Ir para o Conteúdo da página Ir para o Menu da página
Carregando Dados...
DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por João Nassif 09/11/2019 - 09:27

Os resultados de ontem na abertura da rodada 34 deram vida ao Criciúma que hoje poderá até perder como diz a lógica e mesmo assim continuar vivo para escapar do rebaixamento. Irá depender apenas de suas próprias pernas.

E aí é que está o problema. Não tem conseguido fazer principalmente a lição de casa, mas a incompetência dos adversários vai lhe dando sobrevida e a esperança de que consiga nas rodadas finais os pontos para a salvação.

O nível do campeonato é tão baixo que o Criciúma que não vence a oito jogos ainda tem chances matemáticas de salvação. Por que?

Porque o lanterna São Bento com 30 pontos empatou três e perdeu quatro nos últimos sete jogos. Porque o Vila Nova, 18º colocado perdeu quatro e empatou cinco nos últimos nove jogos. Porque o Figueirense o primeiro do Z-4 empatou suas últimas quatro partidas. E porque o Londrina o primeiro fora da zona do rebaixamento foi derrotado nas últimas quatro rodadas.

Perceberam? Mesmo com sua notória incapacidade o Criciúma tem a esperança de escapar beneficiado pelo histórico recente dos seus acompanhantes nesta batalha infeliz. 

Por João Nassif 10/11/2019 - 08:18 Atualizado em 10/11/2019 - 08:28

Não lembro de já ter ouvido o árbitro dizer ao técnico que errou ao não validar o gol que poderia ser o de empate e que ficaria alguns dias sem dormir. Foi o que disse Wagner Reway ao técnico Roberto Cavalo, segundo palavras do próprio treinador quando na entrevista coletiva após o jogo de sábado em Recife.

Muito bem, se falou está registrado e deu amplo direito do Criciúma reclamar pelo ponto que poderia lhe dar maior esperança para escapar do rebaixamento. As polemicas da arbitragem FIFA também poderiam dar ao Sport direito de reclamar pelo gol anulado com a marcação de um impedimento inexistente.

Ilha do Retiro
Foto: 4oito.com.br (Jota Eder)

O pênalti marcado contra o Criciúma em minha opinião não existiu. No lance imediatamente anterior houve um toque no braço do zagueiro do Criciúma e o pênalti não foi marcado. Enfim, vários erros bem distribuídos entre os dois times.

Todos no Criciúma, jogadores, técnicos, dirigentes têm se agarrado numa teoria da conspiração que há uma orquestração para derrubar o time. Ouvi até um retrospecto de seis, sete jogos nos quais o time foi prejudicado.

Já afirmei diversas vezes que minha visão é outra, os erros acontecem em todos os jogos e o Criciúma não é o único prejudicado. Sábado mesmo, no fechamento da rodada o Oeste foi castigado em Pelotas com um pênalti mal marcado aos 52 minutos do segundo tempo.

Desde muito tempo, cinco anos, o Criciúma tem sido mal administrado em seu futebol e aí é que reside o problema. Já escapou do rebaixamento em temporadas anteriores, tanto no brasileiro como no catarinense, e agora quando não vence a nove jogos e está sentindo a realidade de um rebaixamento, tenta justificar nas arbitragens sua incompetência

Por João Nassif 10/11/2019 - 18:31 Atualizado em 11/11/2019 - 06:43

A Taça Libertadores da América de 1966 foi a sétima edição do torneio e apresentou uma novidade em relação às edições anteriores. A CONMEBOL, Confederação Sul-Americana de Futebol determinou que os vice-campeões de seus países filiados também participassem da competição. 

Por entender que tal mudança iria descaracterizar o torneio, Brasil e Colômbia não participaram. Por isso esta sétima edição teve a participação de apenas 17 clubes.

A Argentina teve três equipes no torneio, o Boca Juniors campeão nacional em 1965, o River Plate, vice-campeão e o Independiente por ter sido campeão da Libertadores no ano anterior.

A primeira fase foi dividida em três grupos, dois com seis e um com apenas quatro clubes com a classificação dos dois primeiros de cada grupo. A esses classificados se juntou o Independiente que divididos em duas chaves disputaram a fase semifinal. 

Na chave com quatro equipes o River Plate ficou em primeiro e classificado para a decisão. Na outra chave com três clubes o vencedor foi o Peñarol.

Para ser apurado o campeão foram necessárias três partidas. Na primeira jogando em casa o Peñarol derrotou o River Plate por 2x0. Na segunda no Monumental de Nuñez o time argentino deu o troco e venceu por 3x2.

A decisão foi novamente disputada em Santiago do Chile e o Peñarol venceu na prorrogação por 4x2 depois da partida ter terminada empatada em 2x2 no tempo regulamentar.

Com a vitória o Peñarol venceu a Libertadores pela terceira vez e adquiriu o direito de disputar novamente a Copa Intercontinental. 
 

Por João Nassif 09/11/2019 - 16:37 Atualizado em 11/11/2019 - 06:43

A Taça dos Campeões Europeus da temporada 1965/1966 foi a 11ª edição do torneio que teve novamente a participação de 31 clubes. Depois de ter conquistado o título nas cinco primeiras edições o Real Madrid voltou a vencer e se tornou hexacampeão.

Real Madrid campeão europeu 1965/1966

Antes da primeira fase correspondente às oitavas de final foi disputada a fase preliminar que teve como destaque o Benfica de Portugal que impôs duas goleadas ao Dudelange de Luxemburgo. No primeiro jogo em Dudelange o placar foi 8x0 e no jogo de volta em Lisboa o Benfica venceu por 10x0.

Nas oitavas de final o destaque ficou por conta do Anderlecht da Bélgica que derrotou por 9x0 o Derry City da Irlanda do Norte que desistiu de jogar a partida de volta.

Nas semifinais o Real Madrid eliminou a Internazionale de Milão com vitória por 1x0 na Espanha e empate em 1x1 no Giuseppe Meazza.

Na outra semifinal o Partizan da Iugoslávia venceu o Manchester United da Inglaterra por 2x0 em Belgrado e mesmo sendo derrotado por 1x0 no segundo jogo em Manchester adquiriu o direito de disputar a partida final.

A decisão aconteceu no Estádio de Heysel em Bruxelas capital da Bélgica no dia 11 de junho de 1966 e o Real Madrid num jogo duramente disputado perante um público de 55 mil espectadores derrotou de virada o Partizan por 2x1. 

Pela segunda vez o local abrigou uma decisão da Taça dos Campeões. A primeira havia sido na final da temporada 1957/1958 quando o Real Madrid conquistou o tricampeonato derrotando o Milan por 3x2.

Novamente o Real Madrid adquiriu o direito de disputar a Copa Intercontinental contra o campeão da Taça Libertadores.
 

Por João Nassif 11/11/2019 - 13:45 Atualizado em 12/11/2019 - 06:37

A Copa Intercontinental de 1966 foi a sétima edição do torneio envolvendo o Real Madrid campeão da Taça dos Campeões da Europa e o Peñarol campeão da Taça Libertadores.

Este confronto repetiu a disputa da primeira Copa Intercontinental disputada em 1960 em que o Real Madrid foi o vencedor. Depois de empatar em 0x0 no Uruguai o time espanhol goleou por 5x1 no jogo de volta.

Peñarol x Real Madrid em Montevideo

Para chegar à esta decisão em 1966 o Real Madrid venceu a Taça dos Campeões da Europa numa partida duríssima ao derrotar o Partizan da Iugoslávia por 2x1.

O mesmo aconteceu com o Peñarol que precisou de um jogo extra contra o River Plate para vencer a Libertadores. No primeiro jogo o time uruguaio venceu por 2x0, foi derrotado no segundo por 3x2 e venceu o desempate no Chile por 4x2 na prorrogação.

O primeiro jogo da Copa Intercontinental de 1966 foi realizado no Estádio Centenário de Montevideo e o Peñarol venceu por 2x0 com os dois gols marcados pelo seu artilheiro Spencer.

Na segunda partida no Santiago Bernabeu em Madrid com mais de 71 mil torcedores, nova vitória do time uruguaio também por 2x0 com gols de Pedro Rocha e Spencer.

Assim o Peñarol deu o troco e assim como o Santos conquistou pela segunda vez a Copa Intercontinental. 
 

Por João Nassif 12/11/2019 - 10:29

Nos últimos Almanaques da Bola fiz uma retrospectiva das principais competições de clubes do planeta que tiveram início na temporada europeia de 1955/1956 com a realização da primeira edição da Taça dos Campeões Europeus de Futebol.

Contei detalhes do torneio até a temporada 1965/1966, portanto das 11 primeiras edições da história da Taça dos Campeões que teve o Real Madrid como seu maior vencedor. O time espanhol venceu seis das 11 edições disputadas.

Taça dos Campeões da Europa

Benfica duas vezes, Internazionale de Milão também acumulava duas conquistas e o Milan, outro italiano com um título completavam as 11 disputas realizadas no futebol europeu.

Entremeadas com a Taça dos Campeões da Europa abordei as disputas da Taça Libertadores da América até a sétima edição, pois por aqui a CONMEBOL iniciou a Libertadores somente em 1960.

O maior vencedor nas sete primeiras edições foi o Peñarol que acumulou três títulos, superando o Santos e o Independiente da Argentina que venceram cada um duas vezes o torneio.

A partir de 1960 a FIFA introduziu a Copa Intercontinental cuja disputa era entre o campeão da Europa contra o campeão da América do Sul. Até 1966 foram disputadas sete edições com vantagem para os times sul-americanos que conquistaram quatro títulos.

Santos e Peñarol venceram os confrontos em duas oportunidades. Pelo lado europeu a Internazionale venceu duas vezes e o Real Madrid apenas uma.

Fiquei por aqui, mas em breve continuarei contando os detalhes destes três torneios. A partir de amanhã retorno com outras histórias, com outras competições e tudo que envolve o mundo dos esportes.

 

Por João Nassif 13/11/2019 - 14:33

O campeonato paulista de 1959 teve dois times que marcaram mais de 100 gols na competição. O Santos com Pelé praticamente iniciando sua carreira apesar do título de campeão mundial conquistado na Suécia e o Palmeiras que foi campeão num supercampeonato conquistado em cima do próprio Santos. 

O ataque do Santos marcou 155 gols em 41 jogos, sendo que o Rei do Futebol marcou 45 vezes. O Palmeiras por sua vez marcou 112 vezes também em 41 jogos.

O gol do supercampeonato de 1959

O campeonato foi disputado por 20 clubes e naquela época não existia nenhuma fórmula que os cartolas introduziram anos depois no futebol brasileiro. 

Eram simplesmente pontos corridos com a diferença de agora é que a vitória valia apenas dois pontos.

Não computando os jogos extras, tanto o Palmeiras como o Santos jogaram 38 vezes, com 30 vitórias do Santos contra 29 do Palmeiras. O Palmeiras perdeu 04 vezes e o Santos 05.  O Palmeiras empatou 05 jogos e o Santos 03. 

Portanto, cada time atingiu a marca de 63 pontos ganhos e terminaram na primeira posição obrigando a realização de uma decisão extra entre eles, o chamado supercampeonato.  

No primeiro jogo, dia 05 de janeiro de 1960 houve empate em x1, dois dias depois Santos e Palmeiras voltaram a empatar em 2x2 para no terceiro e último jogo o Palmeiras vencer por 2x1 e se tornar supercampeão paulista de 1959. 
 

Por João Nassif 13/11/2019 - 07:20

É natural a empolgação pela vitória que finalmente chegou depois de nove jogos e mais uma vez dentro do Heriberto Hülse. Foi somente a segunda em todo segundo turno e felizmente o adversário era o Londrina, seguramente o time mais fraco que o Criciúma enfrentou nesta série B. Nem o lanterna São Bento é pior

Todos no próprio time paranaense sabem que a queda é inevitável. Sem alma, com erros típicos de quem não vê perspectivas como indolência nas divididas, passes mal feitos, saídas de bola equivocadas, enfim o Londrina se mostrou resignado e já ligado no modo fim de feira.

Foto: 4oito.com.br

Pela fragilidade do adversário quero afirmar que ninguém no Criciúma pode se iludir pensando que a fuga do rebaixamento fica mais tranquila. As dificuldades ainda são enormes, pois não depende única e exclusivamente de suas próprias forças.

O técnico Roberto Cavalo que tem a assessoria do Wilsão mostrou confiança no futuro, ficou feliz com a vitória, mas sabe que o caminho ainda é pleno de obstáculos. Faltam três jogos para o final e uma pedreira monumental que será o próximo contra o melhor time do campeonato.

Caso perca para o Bragantino o Criciúma terá obrigação de vencer os outros dois, contra o Paraná em casa e Oeste fora, para ainda assim depender dos resultados de outros jogos para escapar.

Como tem que ser administrado jogo a jogo uma vitória em Bragança se torna fundamental. 
 

Por João Nassif 14/11/2019 - 13:13

Em 1971 João Havelange, presidente da então CBD, idealizou um torneio para comemorar o Sesquicentenário da Independência do Brasil que foi chamado de Taça Independência ou Minicopa. O cartola quis mostrar força e organização alimentando o sonho de se tornar presidente da FIFA o que aconteceu três anos depois.

A Minicopa teve em sua primeira fase a participação de 15 seleções distribuídas em três grupos de cinco em cada um. 

Jairzinho comemorando o gol do título

O grupo A com sedes em Aracaju, Maceió e Salvador foi disputado pela Argentina, França, Colômbia, um combinado africano e um combinado da CONCACAF.

No Grupo B com jogos em Natal e Recife teve como participantes as seleções de Portugal, Chile, Irlanda, Equador e Irã.

Jogaram pelo Grupo C com sedes Curitiba, Campo Grande e Manaus, Iugoslávia, Paraguai, Peru, Bolívia e Venezuela.

Os primeiros colocados de cada Grupo, Argentina, Portugal e Iugoslávia passaram para a fase seguinte e se juntaram ao Brasil, Escócia, Tchecoslováquia, União Soviética e Uruguai. Estas oito seleções foram divididas em duas chaves com quatro seleções em cada uma. Os dois primeiros colocados decidiram o título da Minicopa.

O Brasil chegou em primeiro no seu grupo com a Iugoslávia em segundo, a Escócia em terceiro e em último a Tchecoslováquia.

Na outra chave o primeiro colocado foi Portugal, a Argentina ficou em segundo, a União Soviética em terceiro e a lanterna ficou com o Uruguai.

Na decisão do terceiro lugar a Iugoslávia venceu a Argentina por 4x2 no Maracanã. Também no Maracanã no dia 09 de julho de 1972, perante 100 mil torcedores a seleção brasileira derrotou Portugal por 1x0. Jairzinho marcou o gol do título aos 44 minutos do segundo tempo.
 

Por João Nassif 15/11/2019 - 08:30

O segundo torneio mais importante do futebol asiático é a Copa da AFC (Confederação Asiática de Futebol).

Criada em 2004 reúne clubes do segundo escalão do futebol asiático e acontece em paralelo com a Liga dos Campeões da Ásia. Diferentemente do que ocorre com a Copa Sul-Americana ou a Liga Europa, os clubes que participam da segunda divisão continental não vêm de posições intermediarias em suas Ligas Nacionais.

Festa do Al-Ahed campeão da Copa da AFC

Desta forma, enquanto a Champions Asiática se restringe às federações mais bem ranqueadas da região, a Copa da AFC inclui os países restantes. Assim os concorrentes pelo troféu secundário não serão, por exemplo japoneses e sauditas entre outros, mas campeões de nações como a Síria, Vietnã, Tadjiquistão e a Índia.

A decisão da Copa da AFC em 2019 reuniu dois times que pela primeira vez chegaram à final do torneio. E com características bem peculiares. O 25 de abril time do exército da Coréia do Norte contra o Al-Ahed do Líbano, clube com estreitas ligações com o Hezbollah.

A final do torneio estava programada para Pyongyang, capital norte-coreana, mas devido aos incidentes quando do confronto entre as duas Coréias a Federação Asiática mudou o jogo para Kuala Lumpur na Malásia. A decisão foi vista por apenas 500 pessoas.

O goleiro do 25 de abril que era o melhor jogador em campo foi expulso aos 26 minutos do primeiro tempo da decisão, por uma falta cometida fora da área. Os libaneses em vantagem numérica conseguiram o gol do título aos 29 minutos do segundo tempo.

Depois do jogo o goleiro libanês Mehdi Khalil foi eleito o melhor jogador do torneio, ele que é titular da seleção de seu país não sofreu gol em 09 dos 11 jogos de seu time ao longo do torneio. 
 

Por João Nassif 16/11/2019 - 02:58

O futebol brasileiro não perdoa e a falta de vitórias tem custado o pescoço de dezenas de treinadores. Tenho curiosidade para saber se o técnico Tite será mantido no cargo depois de cinco jogos sem vitória da seleção brasileira. 

Três empates e duas derrotas, a maioria dos resultados contra seleções que historicamente são freguesas, podemos excluir a Argentina, última algoz, mas os demais, convenhamos. Perder para o Peru, empatar com a Colômbia, Senegal e Nigéria não tem como explicar, por mais que o reconhecido encantador de serpentes tente justificar as más atuações do time. 

Veremos se o presidente da CBF terá peito para mudar e não venha com o argumento que não tem ninguém com perfil de treinar a seleção. Se não encontrar no futebol brasileiro que vá buscar lá fora, o que não pode é ficarmos nesta onda de fracassos. 
 

Por João Nassif 16/11/2019 - 19:15

Desde sempre os clubes do futebol brasileiro mostram descontentamento com a CBF, mas falta entendimento entre eles, além da coragem para uma ruptura com o poder central do esporte no país.

Há mais de 30 anos os maiores clubes tiveram a iniciática de formar uma associação que pudesse ter vida própria e organizar as competições como acontece, por exemplo, na Inglaterra onde os clubes fundaram a Premier League com resultados fantásticos financeiramente e que concentram muitos dos maiores craques do planeta.

O Clube dos 13 fundado em 1987 depois da CBF declarar que não poderia organizar o campeonato brasileiro daquele ano por falta de verbas.  

Os presidentes do São Paulo, Carlos Miguel Aidar e do Flamengo, Márcio Braga entenderam que era hora de unir os principais clubes brasileiros em torno de uma entidade que pudesse não só organizar o campeonato, mas também representar os interesses das agremiações.

Uma reunião no dia 11 de julho de 1987 num salão dentro do Estádio do Morumbi surgiu o Clube dos 13. Os fundadores foram os quatro grandes de São Paulo, São Paulo, Palmeiras, Corinthians e Santos, os quatro do Rio de Janeiro, Flamengo, Vasco da Gama, Fluminense e Botafogo, os mineiros Cruzeiro e Atlético, os gaúchos Grêmio e Internacional, além do Bahia representante do Nordeste.

Apenas o campeonato de 1987 foi organizado pela nova entidade, em 1988 a CBF reassumiu o comando e aos poucos, com muitas desavenças motivadas pelos interesses de cada sócio o Clube dos 13 foi perdendo força até usa extinção em fevereiro de 2011.

Foi perdida a grande chance de uma guinada total no futebol brasileiro.
 

Por João Nassif 17/11/2019 - 14:16

Estamos a uma semana da decisão da Libertadores envolvendo Flamengo e River Plate, dois clubes com torcedores fieis e confiantes amparados no momento e na história dessas entidades centenárias.

Flamengo x River Plate na Libertadores 2018

Em duas edições anteriores do torneio já se enfrentaram e se empataram na fase de grupos em 2018, lá atrás em 1982 o Flamengo levou vantagem vencendo os dois confrontos.

A Libertadores de 1982 foi disputada por 21 times e o Flamengo campeão no ano anterior não participou da primeira fase. Os demais foram divididos em cinco grupos de quatro clubes em cada um e somente o primeiro colocado de cada grupo avançou para a segunda etapa do torneio.

Na segunda fase, chamada de semifinal, os cinco classificados mais o Flamengo foram formados dois grupos com três equipes em cada um e os dois primeiros colocados disputaram a final.

Num dos grupos o Flamengo enfrentou o Peñarol e o River Plate. No confronto contra os argentinos o time de Zico & Cia. Venceu as duas partidas, a primeira em Buenos Aires por 3x0 e a segunda no Maracanã por 4x2.

Na casa do River os goleadores foram Lico, Zico e Nunes. No Rio de Janeiro marcaram para o Flamengo, Tita, Júnior, Zico e Ronaldo.

De nada adiantaram as duas vitórias de 1982 sobre o rival do próximo sábado. O classificado no grupo foi o Peñarol que conseguiu quatro vitórias enfrentando Flamengo e River Plate, duas vezes um.
 

Por João Nassif 18/11/2019 - 10:45

As Eliminatórias da Copa de 2022 viveram uma partida histórica há pouco mais de um mês. Pela primeira vez, Coreia do Norte e Coreia do Sul disputaram um jogo oficial em Pyongyang. 

Como era de se prever, o duelo na capital norte-coreana foi cercado de cautela e tensões, diante da tênue trégua que existe entre os países – ainda tecnicamente em guerra, já que não existe um tratado de paz desde o armistício em 1953. E o clássico inédito também seria cercado de melancolia. 

O governo norte-coreano proibiu a entrada de torcedores e jornalistas sul-coreanos. A partida não teve transmissão ao vivo. Pior, sequer a torcida local ganhou permissão para entrar. Ao final, praticamente ninguém viu o empate por 0 a 0, no vazio Estádio Kim Il-sung.

Coreia do Norte e Coreia do Sul haviam se enfrentado apenas uma vez em Pyongyang, mas em caráter amistoso. A chamada “Partida da Reunificação” recebeu 150 mil torcedores no Estádio Rungrado 1° de maio em outubro de 1990 e contou com a vitória norte-coreana por 2 a 1, a única do país na história do confronto. 

Duas semanas depois, aconteceu o reencontro no Estádio Olímpico de Seul, com vitória da Coreia do Sul por 1 a 0, diante de 70 mil espectadores. Naquele momento, ensaiava-se uma aproximação entre os países através dos esportes.
 

Por João Nassif 19/11/2019 - 15:39

Há exatos 50 anos, no dia 19 de novembro de 1969 o mundo mais uma vez reverenciava Pelé, O Rei do Futebol pelo seu milésimo gol na carreira.

O palco não poderia ser outro a não ser o Maracanã templo do futebol à época o maior estádio do mundo. Além de Pelé entrou para a história o goleiro Andrada do Vasco da Gama que sofreu o gol de pênalti marcado pelo Rei na vitória do Santos por 2x1 perante a presença de mais de 70 mil pessoas. 

Momento do gol 1.000 do Rei

A importância do gol gerou grande polemica entre alguns pesquisadores. O jornalista italiano radicado no Brasil, Thomaz Mazzoni chefe de redação de “A Gazeta Esportiva” tinha um acerco próprio e garantiu que o milésimo gol foi marcado uma semana antes em Recife na goleada do Santos sobre o Santa Cruz por 4x0.

Outros afirmam que o gol 1.000 de Pelé foi marcado no dia 14 de novembro em João Pessoa na Paraíba na vitória do Santos sobre o Botafogo por 3x0 numa partida amistosa.

Enfim, à época o bate-boca entre os jornalistas foi intenso, mas a imprensa mundial consagrou o dia 19 de novembro como a data oficial do milésimo gol de Pelé.

Pelé jogou pelo Santos de setembro de 1956 até outubro de 1974, poucos mais de 18 anos. Do Santos foi para os Estadas Unidos e defendeu a camisa do New York Cosmos de junho de 1975 até outubro de 1977 quando pendurou oficialmente as chuteiras às vésperas de completar 38 anos.

Na carreira entre jogos oficiais e amistosos por clubes e seleção brasileira Pelé jogou 1.363 partidas e marcou o total de 1.282 gols.
 

Por João Nassif 20/11/2019 - 09:29

Em março de 1977, a alemã Elizabeth Käsemann foi presa em Buenos Aires. Nascida em Gelsenkirchen e filha de um professor de teologia, a socióloga de 30 anos, estudava economia e trabalhava como professora de idiomas na capital argentina.

Elizabeth foi listada como terrorista pelo regime, foi levada para uma detenção e depois de semanas torturada foi executada em 24 de maio com um tiro nas costas junto com mais 15 prisioneiros.

Elizabeth Käsemann

Por que este episodio aqui no Almanaque da Bola?

No dia 05 de junho daquele ano foi realizado um amistoso entre Argentina e Alemanha Ocidental, os alemães então campeões mundiais e a seleção argentina que ganharia o título jogando em casa um ano depois. A partida foi realizada na Bombonera perante 60 mil espectadores.

Nas semanas que antecederam o amistoso grupos de direitos humanos e religiosos se mobilizaram ao redor da prisão de Elizabeth. A diplomacia alemã ignorou um pedido de habeas corpus e três dias antes do jogo a embaixada alemã em Buenos Aires e a Federação Alemã de futebol receberam a confirmação da morte da socióloga.

Mesmo assim as autoridades preferiram confirmar o amistoso e ignorar o assassinato. O presidente da Federação Alemã, Hermann Neuberger, já havia relativizado publicamente as acusações contra o governo argentino e se prontificou a evitar que os jogadores fossem informados sobre o caso.

Somente no dia seguinte ao jogo é que a informação sobre a morte de Elizabeth Käsemann se tornou pública. O ocorrido não mudou o pensamento dos dirigentes alemães que ignoraram mais uma vez os assassinatos e atrocidades cometidos pela ditadura argentina e um ano depois a seleção alemã retornou à Argentina para disputar a Copa do Mundo.

No amistoso de 1977 na Bombonera a Alemanha Ocidental derrotou os donos da casa por 3x1.
 

Por João Nassif 21/11/2019 - 10:11

Milão é a cidade italiana que abriga duas potencias do futebol mundial. Milan e Internazionale que além de ganharem inúmeros campeonatos italianos e Copa da Itália, têm bonita história no cenário mundial, pois venceram em conjunto 10 títulos da Taça Europeia dos Campeões, três da Liga Europa e cinco do Mundial de Clubes.

A Internazionale nasceu de uma dissidência do Milan em 1908 e desde lá foi criada uma rivalidade histórica, inclusive dividindo o mesmo estádio com nomes diferentes. Quando joga a Internazionale o estádio leva o nome de Giuseppe Meazza, quando é o Milan que está em campo muda o nome para San Siro.

Uma das formações do MilanInter

Mas, toda esta rivalidade não impediu que em poucas ocasiões fosse formado o MilanInter, time que agrupava jogadores dos dois times em ocasiões especiais para disputa de jogos beneficentes ou comemorativos.

O primeiro jogo do MilanInter foi disputado pela primeira vez em 1949 na comemoração do cinquentenário de fundação da Internazionale. O combinado foi derrotado pelo Áustria Viena por 3x1.

Depois de mais alguns jogos em 1980 a dupla se reuniu novamente em solidariedade após o terremoto na região de Irpínia que deixou 3 mil mortos e mais de 10 mil feridos no sul da Itália. O combinado foi derrotado pelo Bayern Munique por 2x1.

Dois anos depois terminou a história do MilanInter quando perdeu dois jogos preparatórios de Peru e Polônia para a Copa do Mundo.

No total o MilanInter disputou 10 jogos com três vitórias, três empates e quatro derrotas.
 

Por João Nassif 22/11/2019 - 09:08

Ali Daei estabeleceu em 2006 o recorde de 109 gols defendendo a seleção do Irã em jogos internacionais. O número alcançado em jogos oficiais pelo artilheiro iraniano parecia inalcançável por qualquer outro até bem pouco tempo quando surgiu no seu rastro o português Cristiano Ronaldo.

Ali Daei

O recorde anterior pertencia ao húngaro Ferenc Puskas que havia anotado 84 gols pela sua seleção e até 2018 apenas os dois jogadores haviam superado a marca de 80 gols jogando por selecionados nacionais. No ano passado Cristiano Ronaldo completou o pódio tornando-se o terceiro jogador a superar os 80 gols oficiais por seleções.

De 2018 até agora com as datas FIFA e as eliminatórias para a Eurocopa, Cristiano Ronaldo aproxima-se rapidamente do recorde de Ali Daei. Com 11 gols marcados pelas eliminatórias o português atingiu a marca de 99 gols, faltando apenas 11 para se tornar o maior artilheiro de seleções na história do futebol. 

Os maiores goleadores pela média de partidas disputadas o primeiro é Puskas que marcou seus 84 gols em 85 jogos com a incrível média de 0,99 gols por jogo.

O japonês Kunishine Kamamoto com 0,95 gols por jogo tem a segunda maior média, pois marcou 80 gols em 84 jogos. 

O recordista Ali Daei jogou 149 partidas para marcar seus 109 gols, sua média é de 0,73 gols/jogo. Cristiano Ronaldo tem média de 0,60, pois precisou de 164 jogos para marcar 99 gols.
 

Por João Nassif 23/11/2019 - 10:02 Atualizado em 23/11/2019 - 10:02

Fazendo um paralelo com o que Gabriel García Márquez escreveu no seu livro de 1981, podemos transferir para o Criciúma EC dos últimos anos a obra deste fantástico escritor colombiano.
Em seu livro García Márquez faz uma reconstrução jornalísticas dos últimos dias de vida de Santiago Nasar assassinado sem defesa pelos dois irmãos Vicario. Todos os habitantes do lugarejo onde vive a vítima sabiam do homicídio premeditado algumas horas antes, mas não fazem nada de concreto para proteger a vítima de seus algozes.

Gabriel García Márquez

Sem me alongar as considerações do escritor são cópia fiel do que acontece com o Criciúma EC. Todos sabiam do desfecho pela incompetência de sua administração que nos últimos anos flertou com o rebaixamento e ninguém, muito menos o Conselho Deliberativo, fez algo para estancar os erros e procurar salvar o clube da derrocada final. 

Se a missão contratual do Conselho é apenas zelar pelo patrimônio, a marca Criciúma que representa a essência deste patrimônio está sendo vilipendiada por uma gestão que não tem a mínima noção do que é administrar futebol nos dias de hoje. 

Desde algumas rodadas já era dado como certo o rebaixamento do Criciúma. Foi ganhando sobrevida pelo benefício da também incompetência de seus concorrentes. Até que não teve jeito, quem não se ajuda ficar na dependência de terceiros é como pedir para ser enterrado.

A “Crônica de uma morte anunciada” retrata fielmente o Criciúma dos últimos anos sem perspectivas de reação.  
 

Por João Nassif 23/11/2019 - 16:45

Alguém ainda se lembra do CEUB? Os alunos e funcionários do Centro de Ensino Unificado de Brasília em fevereiro de 1971 criaram um clube que estreou no mesmo ano no campeonato amador da Capital Federal.

Jogadores do CEUB

Os campeonatos de futebol de Brasília começaram antes da inauguração da cidade reunindo clubes originários de construtoras, associações classistas e órgãos governamentais. Grêmio Brasiliense, Cruzeiro, Rabello e o Departamento de Força e Luz, o “Defelê”, como era conhecido.

Houve até mesmo um período profissional na primeira década quando alguns desses clubes chegaram a disputar a Taça Brasil e que terminou em 1967 com a falência de poucos clubes que ainda resistiram.

Depois de dois anos disputando o campeonato amador da Capital, em 1973 o CEUB deu um passo ambicioso ao saber que a CBD pretendia ampliar o campeonato brasileiro de 26 para 40 clubes, incluindo um representante do Distrito Federal.  

Atendendo às exigências da CBD o CEUB se profissionalizou e como teria que possuir um estádio com capacidade mínima para participar do campeonato reformou e ampliou em tempo recorde o Estádio Edson Arantes do Nascimento, o Pelezão com capacidade para 40 mil pessoas. Além disso, para não fazer feio, contratou diversos jogadores do Sul e Sudeste do país.

A estreia foi contra o Botafogo num Pelezão lotado e o jogo terminou em 0x0. Conseguiu algumas vitórias marcantes como um 2x0 sobre o Cruzeiro e 2x1 em cima do Corinthians. Terminou o campeonato na 33ª posição, portanto livre do rebaixamento.

Continuou no campeonato brasileiro e em 1974 terminou na 37ª colocação. No ano seguinte depois de uma excursão à Europa participou pela última vez da competição nacional.

Fechou suas portas em 1976, ironicamente no primeiro ano em que o Distrito Federal voltaria a ter um campeonato profissional. 
 

Copyright © 2025.
Todos os direitos reservados ao Portal 4oito