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DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por João Nassif 17/06/2019 - 13:20

O futebol brasileiro produziu dois gênios incomparáveis. Incomparáveis com outros jogadores e com eles mesmos. Pelé e Garrincha, Garrincha e Pelé. Qual o melhor? As opiniões desde muito se dividem, mas cada qual no seu estilo foi o máximo que já se viu no futebol mundial. À medida que crescia a admiração do povo por estes seus ídolos, ambos iam se tornando inimigos públicos de seus companheiros de profissão. Estava declarada aberta a temporada de caça ao Pelé e à Garrincha. 

Como cada um tinha um estilo e reagia de acordo com seu temperamento. Pelé quando caçado, derrubado e pisado levantava-se com os olhos ardendo e fulminava o brucutu do outro time e partia para o revide também sem contemplação.

Gênios do futebol

Garrincha pelo contrário, na sua pureza não reagia, levava a pancada, caía, apalpava as pernas para sentir se algo estava quebrado, levantava-se e ficava pronto para novo pontapé. Nem olhava para seu algoz. Quando muito, quando se levantava perguntava inocentemente: “que foi que lhe fiz?”

Esta inocência fez Garrincha inventar a mais pura jogada do futebol brasileiro: a bola fora quando um adversário se machuca.  Garrincha inventou esta jogada num Botafogo e Fluminense. O zagueiro Pinheiro ao rebater uma bola estourou o músculo da coxa. A bola sobrou para Garrincha que foi livre para a área. Podia fazer o gol, mas ao ver Pinheiro caído jogou para lateral como se fizesse a coisa mais natural do mundo.  Quando o lateral do Fluminense foi bater o lateral, compreendeu que tinha que retribuir. Aquela bola era do Botafogo e não do Fluminense. 

O fair-play, criação de Garrincha tornou-se tradição no futebol brasileiro e hoje é praticado em todos os cantos do planeta.
 

Por João Nassif 18/06/2019 - 11:31

Podem até encontrar outro momento, mas o maior da história olímpica do Brasil aconteceu no dia 23 de agosto de 1987 em Indianapolis nos Estados Unidos. 

Foi na final de basquete do pan-americano na vitória sobre os Estados Unidos e a consequente medalha de ouro. Os americanos haviam até ali massacrado todos seus adversários e tinham a certeza de ganhar com facilidade a medalha de ouro do torneio.

Perante um público de 17 mil pessoas, esta certeza ganhou forma quase definitiva no final do primeiro tempo que terminou com vitória dos Estados Unidos por 68x54. 

No intervalo, todos da delegação brasileira se comprometeram a alcançar o milagre e incentivados pelo assistente técnico José Medalha que aos gritos de “Chutem, chuta que dá” começou uma das mais emocionantes reações do esporte mundial.

Oscar e Marcel seguiram a letra o comando do técnico, Gérson e Israel eram dois leões nos rebotes e a jovem equipe americana se assustou com a garra e determinação dos brasileiros.

Oscar acertou sete arremessos de três pontos, e juntamente com Marcel foram responsáveis por 55 pontos dos 66 que o Brasil, marcou no segundo tempo, determinando a vitória por 120x115.

Indianapolis, conhecida como a Capital do Basquete, viu sua seleção perder uma invencibilidade de 34 jogos oficiais da equipe masculina dos Estados Unidos que até então nunca havia perdido uma partida sequer em seu país.
 

Por João Nassif 19/06/2019 - 12:02

Em 1960 o campeonato estadual catarinense foi disputado por 26 times divididos em quatro grupos, norte, sul, leste e oeste. O Caxias de Joinville e o Paula Ramos de Florianópolis entraram no campeonato somente na segunda fase em virtude de terem sido finalistas do campeonato de 1959. O estadual começou no dia 8 de outubro de 1960.

Ferroviário, Hercílio Luz, Comerciário e Metropol jogaram entre si em turno e returno na primeira fase, com o campeão o Metropol chegando na primeira posição e se classificando para a segunda fase do campeonato. 

Na segunda parte da competição foi jogado em turno e returno um pentagonal entre o Marcílio Dias de Itajaí, Palmeiras de Blumenau, Paula Ramos de Florianópolis, Hercílio Luz de Tubarão e o Metropol. O Hercílio Luz foi chamado para substituir o Avaí que inexplicavelmente abandonou o campeonato.

Depois de oito jogos disputados por cada time, Metropol e Marcílio Dias se classificaram para o quadrangular final, junto com o Caxias de Joinville e o Comerciário de Joaçaba. 

Metropol campeão em 1960

No quadrangular final o Metropol fez uma campanha de luxo, com quatro vitórias, um empate e uma derrota. Nos seis jogos marcou 14 gols e sofreu nove. O último jogo foi realizado no dia 16 de julho de 1961 em Itajaí com vitória do time dos mineiros de Criciúma por 2x0, gols de Chagas e Nilzo.

Começava e era Metropol que tomou conta do estado em toda a década. 1960 marcou o primeiro de três títulos seguidos do time que ainda está na memória de grande parcela da população do estado catarinense.
 

Por João Nassif 20/06/2019 - 08:49

Continuando com a história do tricampeonato do Metropol, 1961 foi o ano do bi que inclusive rendeu a todos os jogadores uma viagem à Europa, excursão que foi uma das mais longas de um time brasileiro ao exterior.

O campeonato catarinense de 1961 teve no princípio 19 equipes, novamente dividida em várias chaves para que fossem apurados os seis times que participariam da fase final da competição. O regulamento mandava que fosse realizado um supercampeonato entre os dois times que chegassem nas primeiras posições da fase final para definição do campeão.

O hexagonal da fase final foi disputado em turno e returno por América e Caxias de Joinville, Carlos Renaux de Brusque, Marcílio Dias de Itajaí, Metropol e Olímpico de Blumenau. O Metropol fez outra campanha excelente e terminou na primeira posição com o Marcílio Dias em segundo.

O time criciumense venceu oito dos 10 jogos que disputou, além de um empate e apenas uma derrota. Marcou 33 gols e sofreu 11. A única derrota foi justamente para o Marcílio Dias por 2x0 em jogo realizado no Estádio Euvaldo Lodi em Criciúma.

No supercampeonato, Metropol e Marcílio Dias precisaram de quatro jogos para decidir o título. O primeiro jogo foi realizado no dia 14 de janeiro de 1962 em Criciúma e o Metropol suou para vencer por 4x3. No jogo seguinte houve empate em Itajaí, 3x3. Foi preciso outra partida e novamente em Itajaí e foi a vez do Marcílio vencer também por 4x3. 

Com os dois times rigorosamente empatados para a decisão do campeonato foi necessária mais uma partida, aí sim para que o estadual catarinense de 1961 tivesse um vencedor.

 Este jogo foi realizado no Estádio Adolfo Konder em Florianópolis no dia 01 de abril de 1962. A vitória do Metropol veio com um gol de Nilzo e a conquista do bicampeonato que garantiu a prometida excursão à Europa.
 

Tags: Metropol Nilzo

Por João Nassif 21/06/2019 - 08:52 Atualizado em 21/06/2019 - 08:55

Depois de termos relembrado nos dois últimos Almanaques do bicampeonato do Metropol, chegamos em 1962, quando foi conquistado o tri, marcando em definitivo a hegemonia do time no futebol catarinense.

O campeonato foi novamente disputado por 26 equipes divididas pelas quatro zonas do estado, sendo que o Metropol e o Marcílio Dias, finalistas no campeonato anterior estavam liberados de disputar a fase de classificação. Aproveitando a folga no começo do estadual o Metropol fez sua excursão à Europa e retornou com mais experiência e mais entrosamento para buscar mais um título e continuar seu reinado em Santa Catarina.

A fase final foi disputada por 10 clubes, sendo que o Flamengo de Curitibanos desistiu do campeonato logo após ter sido derrotado pelo Metropol por 12x1 na primeira rodada da fase decisiva.

A campanha do campeão foi feita em 17 jogos, com 11 vitórias, 4 empates e apenas 2 derrotas. Marcou 44 gols e sofreu 16. Carlos Renaux por 4x1 e Hercílio Luz por 2x1 foram os times que conseguiram vencer o Metropol. Outros resultados expressivos que consta da história foram uma vitória por 6x2 contra o Caxias de Joinville e 4x1 para cima do Guarani de Lages.

Nilzo foi o artilheiro do campeonato com 12 gols, seguido de Waldir Paulo Berg e Hélio Zeferino que marcaram cada um 09 gols.

Fechado o ciclo do tricampeonato, o Metropol voltaria a ganhar mais dois campeonatos estaduais na década, em 1967 e 1969. Criciúma voltou a ser tricampeã estadual, pois entre os dois títulos do Metropol, o Comerciário ganhou seu primeiro campeonato em 1968.

Na década de 1960, Criciúma foi a dona do futebol catarinense.
 

Por João Nassif 22/06/2019 - 07:32

O saudoso comentarista Luiz Mendes, o mais antigo cronista em atividade no Brasil à época de seu falecimento era dono de um prestígio que ultrapassava a audiência dos cariocas e que se tornou unanimidade nacional. Pelas ondas potentes da Rádio Globo do Rio sua voz foi ouvida em todo país e certamente deixou saudades pela competência como exercia sua profissão, além de ser um ótimo caráter. 

O comentarista da palavra fácil como era chamado teve uma curta passagem pela Rádio Tupi, também do Rio e foi um dos fundadores dos debates esportivos conhecidos como Mesas Redondas na extinta TV Rio.

Luiz Mendes

Apesar de ter feito toda sua carreira no Rio de Janeiro, Luiz Mendes nasceu no Rio Grande do Sul, em Palmeiras das Missões em junho de 1924 e morreu em 2011 com 87 anos.   

Pelo fato de ser gaúcho, Luiz Mendes teve sempre grande carinho pelos profissionais que trabalhavam no rádio do Rio Grande do Sul. Quando eu fazia parte da equipe da Rádio Gaúcha pude conviver com ele em algumas situações e pude desfrutar de seus ensinamentos, adquirindo mais experiência no tratamento do jornalismo esportivo.

Durante a excursão da seleção brasileira pela América do Sul para disputar as eliminatórias para a Copa de 1982, os quase 30 dias que durou a viagem estivemos juntos em várias oportunidades. Como já frisei seu carinho sempre foi claro conosco profissionais do Rio Grande do Sul e como tinha a palavra fácil, nos orientava sobre a maneira correta de enfocar a seleção brasileira, pelo seu peso e penetração no sentimento popular.

Perdemos um grande mestre e um ótimo comentarista, mas tudo vem na sua hora certa. Hoje, mesmo longe durante tantos anos sempre reverenciei seu trabalho e sua postura e a grande contribuição que deu à profissão.

A fila anda.
 

Por João Nassif 23/06/2019 - 10:10

O campeonato brasileiro de futebol foi disputado pela primeira vez em 1971. Até então a competição mais importante do país era o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, disputado pelos grandes times de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia e Paraná.

Em 1971 a competição que foi denominada em campeonato nacional começou com 20 equipes e o primeiro campeão foi o Atlético Mineiro treinado por Telê Santana.

O campeonato nacional ficou marcado pelas mudanças do regulamento, as famosas viradas de mesa que sempre protegeram os grandes clubes em detrimento dos médios e pequenos. 

Esta mania tipicamente brasileira durou até 2001 quando começou a moralização e o campeonato brasileiro ganhou credibilidade. O regulamento passou a ser respeitado e aos poucos a competição passou a tomar forma até que em 2003 passou a ser disputada com 24 times no sistema de pontos corridos. 

Em 2006 o limite foi diminuído e somente 20 equipes passaram a jogar o campeonato e a cada ano os quatro últimos são rebaixados para a série B.

Também em 2006 foi implantada a série B também com 20 times no mesmo sistema da primeira divisão. No mesmo ano a série C teve grande valorização, afinal de contas jogar a segunda divisão é um grande negócio pela importância e visibilidade.

Ainda por questões financeiras e terceira divisão é disputada por divisão regional, mas vai ganhando visibilidade e certamente num futuro não muito distante será também jogada no mesmo sistema das divisões maiores.

Finalmente em 2009 foi implantada a série D ainda inchada, mas certamente nas próximas temporadas terá seu regulamento parecido com as outras divisões e o campeonato brasileiro que já ganhou credibilidade poderá ter um maior crescimento técnico com as quatro divisões bem definidas pelo país a fora.
 

Por João Nassif 24/06/2019 - 11:02

Hoje aqui no Almanaque da Bola vou registrar os momentos em que o futebol de Tubarão foi vitorioso em nível estadual, pois era muito forte e comportava dois times com duas torcidas fanáticas que fizeram história no futebol catarinense.

O Hercílio Luz sagrou-se bicampeão estadual no final dos anos 1950. Em 1957 na primeira fase envolvendo apenas equipes do sul do estado o Hercílio Luz chegou na frente com o

Ferroviário em segundo, Comerciário em terceiro e o Henrique Lages de Lauro Müller na quarta colocação. 

Como o Hercílio foi o vencedor da zona sul de Santa Catarina foi para a fase final juntamente com o Sadia de Concórdia campeão da zona oeste, Carlos Renaux de Brusque campeão da Zona Leste e o Ypiranga de São Francisco do Sul campeão da Zona Norte.

No cruzamento entre os campeões de todas as regiões estaduais o Hercílio Luz enfrentou o Ypiranga na fase semifinal e venceu os dois jogos. No dia 11 de maio goleou por 5x2 em São Francisco do Sul e no jogo de volta venceu no Aníbal Costa por 3x1.

O adversário na decisão do título foi o Carlos Renaux que havia eliminado o Sadia com duas goleadas, 5x0 em Concórdia e 6x1 em Brusque.

No primeiro jogo da final a vitória foi do Carlos Renaux por 3x1 jogando no Augusto Bauer em Brusque. Na volta o Hercílio Luz venceu em casa por 4x2. Como era comum naquela época, se necessário o terceiro jogo da final do campeonato catarinense era disputado em Florianópolis no campo da Federação. E foi lá que o Hercílio foi campeão estadual pela primeira vez na história. Venceu por 2x0 no dia 08 de junho de 1957.

A escalação do Hercílio: Bateria, Rato, Pinto; Mário, Adir, Ernani; Giovani, Betinho, Waldir, Ernesto e De Lucas.

Nos próximos programas falarei do bicampeonato do Hercílio Luz e do título do Ferroviário em 1970.
 

Por João Nassif 25/06/2019 - 12:39

Em 1958 o Hercílio Luz conquistou seu segundo título no campeonato catarinense, repetindo o que havia conseguido no ano anterior.

O campeonato foi disputado por 16 times num formato diferente do ano anterior, pois foram formadas oito chaves com as equipes jogando partidas eliminatórias em ida e volta na própria chave.

Uma das chaves era formada pelo Hercílio Luz e o Internacional de Lages com o time de Tubarão vencendo o confronto e passando para a fase seguinte.

Nas quartas de final o Hercílio eliminou o Barriga Verde de Laguna, o Marcílio Dias derrotou o Baependi de Jaraguá do Sul, o Comerciário de Criciúma passou pelo Henrique Lage de Lauro Muller e o Carlos Renaux de Brusque eliminou o Figueirense. 

Vieram as semifinais e o Hercílio derrotou o Marcílio Dias nos dois jogos. No primeiro fez 3x1 em Tubarão e no jogo de volta nova vitória, por 2x1 em Itajaí.

Na outra semifinal o Carlos Renaux passou pelo Comerciário com uma vitória por 5x2 em Brusque e um empate de 2x2 em Criciúma. 

À exemplo do ano anterior, Hercílio Luz e Carlos Renaux foram para a decisão do título. E de novo deu Hercílio. 

O regulamento dizia que o campeão seria o time que fizesse quatro pontos nos dois jogos, lembrando que naquela época o time vencedor do jogo ganhava apenas dois pontos.

Pois bem, no primeiro jogo em Brusque o Carlos Renaux venceu por 4x1. Na segunda partida em Tubarão houve empate em 5x5, sendo, portanto necessário um terceiro jogo. As equipes foram decidir o título em Florianópolis no dia 29 de março de 1959 e o Hercílio venceu por 3x1.

Como o Hercílio Luz era dono de melhor campanha foi proclamado campeão catarinense de 1958, vencendo o campeonato catarinense pela segunda vez consecutiva.
 

Por João Nassif 26/06/2019 - 11:46

Em 1970 o campeonato catarinense de futebol foi disputado por 15 equipes por pontos corridos em turno e returno, formato que acabou ficando apenas na lembrança pelo formulismo que foi implantado e que dura até os dias de hoje. 

Com o fechamento ou licenciamento de vários clubes da região, o sul catarinense ficou representado apenas pelo Ferroviário e Hercílio Luz de Tubarão e pelo Próspera de Criciúma.

O curioso é que mesmo com 15 clubes no campeonato foram poucas as cidades envolvidas na competição, quase todas representadas por dois times. Além de Tubarão, Joinville teve dois representantes o América e o Caxias. 

Por Florianópolis jogaram os tradicionais Avaí e Figueirense. De Brusque Carlos Renaux e Paysandu, de Blumenau Olímpico e Palmeiras e de Lages o Internacional e o Guarani. Ainda participaram do campeonato o Almirante Barroso de Itajaí e o Juventus de Rio do Sul.

O campeonato começou no dia 26 de abril e o Ferroviário que se sagraria campeão derrotou o Caxias de Joinville por 1x0 jogando no Domingos Silveira Gonzáles. 

Cada time disputou 28 jogos e ao final o Ferroviário atingiu a marca de 16 vitórias, 07 empates e somente 05 derrotas, perfazendo o total de 39 pontos ganhos, naquela época a vitória valia apenas 02 pontos. 

O vice-campeão foi o Olímpico de Blumenau com a mesma pontuação, mas com uma derrota a mais que o Ferroviário. 

O Hercílio Luz ficou na nona colocação com 27 pontos, depois de ter alcançado 08 vitórias, 11 empates e 09 derrotas.

O título de campeão estadual conquistado pelo Ferroviário foi o último de um clube de Tubarão, cidade que foi três vezes campeã catarinense em toda a história.
 

Por João Nassif 27/06/2019 - 10:40

A Copa do Mundo de Futebol Feminino que está sendo disputada na França é a 8ª edição do torneio que começou em 1991 e acontece a cada quatro anos.

A primeira edição teve a China como sede o campeão foram os Estados Unidos que derrotaram na final a Noruega por 2x1. Diferente do modelo atual com 24 seleções, em 1991 apenas 12 participaram do torneio. 

Estados Unidos-campeões do futebol feminino em 1991

A seleção brasileira ficou na terceira colocação em seu grupo com apenas uma vitória sobre o Japão por 1x0 e duas derrotas. Perdeu para os Estados Unidos por 5x0 e para a Suécia por 2x0.

A melhor colocação do Brasil no Mundial Feminino foi um vice-campeonato em 2007, também na China quando perdeu a final para a Alemanha por 2x0.

Nas sete edições já disputadas do Mundial os Estados Unidos são os maiores vencedores com três títulos. Alemanha duas vezes, Noruega e Japão uma vez cada são outros países que venceram o campeonato.

Nesta Copa do Mundo que está sendo disputada na França a vitória dos Estados Unidos sobre a Tailândia por 13x0 é a maior goleada já registrada num Mundial de Futebol, incluído as Copas do Mundo masculina.

Até então, no Mundial masculino de 1982 na Espanha a maior goleada era da Hungria sobre El Salvador por 10x1. 
 

Por João Nassif 28/06/2019 - 13:02

Com o passar dos anos o futebol brasileiro foi organizando seu calendário que aos poucos foi atendendo ao apelo dos torcedores e da própria mídia para que se tornasse coerente com o melhor que era feito no mundo e acima de tudo tivesse credibilidade.

As competições em nível nacional foram sendo criadas, passando antes por etapas regionais, pois afinal de contas o deslocamento dos times era feito de forma precária com as dificuldades naturais das estradas e dos veículos de locomoção que em tempos antigos impediam maior integração entre os clubes que a cada ano iam surgindo por todo o país.

A primeira competição dita como nacional surgiu em 1933 e por motivos óbvios foi batizada de Torneio Rio-São Paulo. Seu sucessor foi o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, embrião do campeonato nacional, com a participação de clubes de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, depois estendido com representantes do Paraná, Bahia e Pernambuco.

Palestra Itália (Palmeiras) campeão do Rio-São Paulo de 1933

Em 1971 foi realizada a primeira edição do campeonato nacional que seguiu recheado de fórmulas que eram alteradas a cada ano, até que em 2003 surgiu o campeonato brasileiro da série A, disputada por pontos corridos em turno e returno. 

Começou com 24 times e hoje é disputado com 20, valendo vaga para a Taça Libertadores e Sul-Americana, além do rebaixamento inevitável de quatro equipes para a série B que a partir de 2006 também passou a ser disputada por pontos corridos.

Mesmo com o advento do campeonato nacional e pelo gigantismo do país dividido em várias regiões, são realizados torneios importantes que colocam na disputa equipes dos diversos estados brasileiros.

Agrupados em suas regiões estes times disputaram torneios como a Copa do Nordeste, Copa Centro-Oeste, Copa Norte além da Copa do Brasil integrando mais de 80 clubes de todos os estados do país.
 

Por João Nassif 28/06/2019 - 07:45

Podemos não concordo com a vida do Neymar fora das quatro linhas, mas não podemos negar seu inegável talento para jogar futebol. Por isso é o maior jogador do futebol brasileiro na atualidade sem que haja qualquer outro que consiga chegar perto de seu talento.

Sem Neymar o mais recente candidato a ídolo é o Everton, jogador que se destaca no Grêmio e pode se tornar o melhor jogador em atividade no país. Foi o destaque principal no jogo contra o Peru aproveitando a fragilidade de seu marcador e usando sua habilidade para se projetar e ser especulado pelos principais times do planeta.

Bastou alguns dribles, um gol e pronto, temos um novo ídolo. Cebolinha, seu apelido, passou a ser exaltado por narradores, comentaristas, torcedores como o grande jogador da seleção brasileira.

Assisti o jogo contra o Paraguai pelo SporTV e o narrador começou a mil cada vez que Everton era acionado virava Cebolinha e a torcida delirava esperando maravilhas do jogador.

Com a marcação implacável dos paraguaios aos poucos o narrador foi trazendo o Everton de volta e os torcedores resignados perceberam que não temos o substituto do Neymar. 

Infelizmente.  
 

Por João Nassif 29/06/2019 - 23:57 Atualizado em 30/06/2019 - 08:22

Hoje completam 61 anos do primeiro título mundial da seleção brasileira na Copa do Mundo na Suécia. Depois da frustração em 1950 no torneio disputado em casa e a derrota em 1954 para a Hungria na Copa do Mundo na Suíça a CBD organizou uma grande estrutura com o intuito de vencer o Mundial.

Com padrão diferenciado do que se fazia naquela época, foi formada a comissão técnica que inclusive continha dentista, cozinheiro e até psicólogo.

Era comum o técnico dos times e seleções fazerem também o trabalho de preparação física, mas a CBD incluiu um preparador físico em sua comissão, mesmo porque o técnico Vicente Feola não tinha condições de acumular os trabalhos.

Primeiro título na Suécia

O Brasil sediado em Gotemburgo começou a Copa vencendo a Áustria por 3x0, empatou em zero com a Inglaterra e derrotou a desconhecida União Soviética por 2x0 revelando para o mundo a dupla Garrincha e Pelé.

Sem ter levado gols na primeira fase a seleção brasileira enfrentou o País de Gales nas quartas de final e venceu por 1x0 com o gol histórico marcado por Pelé.

O maior desafio veio nas semifinais contra a França. Foi o jogo da melhor defesa contra o melhor ataque. E deu Brasil com vitória por 5x2, com três gols de Pelé, um de Vavá e outro de Didi.

E veio a final contra os donos da casa agora em Estocolmo. Nova vitória por 5x2 com dois de Vavá, dois de Pelé e um de Zagallo. 

Veio o título e a consagração de Pelé como Rei do Futebol.

Foi o primeiro de cinco títulos conquistado pelo Brasil em Copas do Mundo. 
 

Por João Nassif 30/06/2019 - 12:23

Foi na Taça Brasil de 1964 que o futebol de Criciúma teve seu primeiro grande momento no cenário nacional. Representada pelo Metropol a cidade viveu momentos de extrema emoção, pois alguns dos grandes times do futebol brasileiro vieram para jogar partidas oficiais. 

Até então somente jogos amistosos que visavam apenas arrecadação sem a preocupação de melhor nível técnico.

Em 1964 a Taça Brasil foi disputada por 22 clubes, cada qual campeão de seus estados no ano anterior, sendo que São Paulo tinha um representante a mais, o Santos que havia sido campeão da competição em 1963, quando derrotou o Bahia na final.

O torneio foi dividido em quatro grupos, regionalizados com os times tradicionais, os chamados grandes, entrando apenas nas quartas de final.

Os times da região norte do país foram divididos em dois grupos com o Ceará e o Náutico vencendo cada um deles. O Ceará venceu a decisão da região norte e se classificou para as semifinais da Taça.

O mesmo critério foi usado na região sul. O Metropol eliminou na primeira fase o Grêmio de Maringá e com um empate em 1x1 em Criciúma e uma vitória por 2x1 no interior do Paraná. 

Na final do grupo o Metropol derrotou o Grêmio de Porto Alegre, empatando em 1x1 no Olímpico e vencendo por 2x0 em Florianópolis.

No outro grupo o vencedor foi o Atlético Mineiro que havia eliminado o Rio Branco do Espírito Santo na final. Na decisão da região sul deu Atlético que venceu o Metropol duas vezes, a primeira em Belo Horizonte por 1x0 e a segunda em Florianópolis por 2x1.

O Metropol estava fora da competição, mas ficou marcado como grande time do sul do país.

A Taça Brasil de 1964 seguiu em frente e na final o Santos tornou-se bicampeão derrotando o Flamengo por 4x1 em São Paulo e empatando em 1x1 no Rio de Janeiro.
 

Por João Nassif 01/07/2019 - 11:27

Ontem relembrei a Taça Brasil de 1964 quando o Metropol representando Santa Catarina foi o campeão da Região Sul, perdendo nas quartas de final para o Atlético Mineiro, mas marcando pela primeira vez a presença do estado em nível nacional.

Quatro anos depois a história se repetiu com o Metropol vencendo a chave da Região Sul da competição e sendo barrado por uma armação da CBD que beneficiou o grande Botafogo do Rio de Janeiro e fez com que por total desgosto o time catarinense encerrasse suas atividades prematuramente.

A Taça Brasil de 1968 teve novamente 22 times na sua fase inicial com o Palmeiras campeão da edição anterior entrando na fase final e repetiu-se a divisão por regiões.

Na chave da Zona Sul o Metropol começou empatando em casa com o Grêmio, também empatou com o Água Verde jogando no Paraná, no returno venceu o time paranaense por 4x0 no Euvaldo Lodi e empatou novamente o Grêmio jogando no Estádio Olímpico. Terminou na primeira posição empatado com o time gaúcho, mas se classificou pelo melhor saldo de gols. 

Metropol na Taça Brasil de 1968

Vieram as quartas de final e os confrontos contra o Botafogo. O primeiro jogo foi no Rio de Janeiro e o time carioca goleou por 6x1. No jogo da volta no dia 08 de dezembro de 1964 a vitória foi do Metropol por 1x0 jogando em casa. 

O desempate, pelo regulamento seria jogado no mesmo local do segundo jogo, portanto em Criciúma. Com a alegação que o estádio do Metropol não oferecia condições de iluminação adequada a CBD transferiu a partida para Florianópolis com o que o Metropol não concordou.

Criado o impasse o torneio ficou paralisado até abril do ano seguinte quando a Confederação mandou jogar a decisão no Rio de Janeiro. Desabou um temporal e o jogo foi suspenso no início do segundo tempo com o placar apontando 1x1. 

Não havia previsão de nova data para a realização do jogo, o Metropol veio de volta para casa e no caminho foi informado que o jogo seria realizado naquele dia. Não havia tempo para o retorno ao Rio de Janeiro e o Botafogo foi declarado vencedor.

Com a paralisação os paulistas Santos e Palmeiras desistiram do torneio o que facilitou para o Botafogo ser o campeão jogando a final contra o Fortaleza.
 

Tags: Metropol CBD

Por João Nassif 02/07/2019 - 11:45

O prêmio Melhor Jogador do Ano, uma promoção da FIFA é uma distinção anual para jogadores considerados como os melhores do mundo. O prêmio é entregue tanto ao masculino como ao feminino.

Criado em 1991, teve em 2009 uma alteração em sua denominação para a premiação masculina, quando anunciou-se a unificação desta com a Ballon d'Or, que fora outrora entregue pela revista francesa France Football, criando assim a FIFA Ballon d'Or. 

A partir 2016, a FIFA e a revista francesa voltaram a realizar premiações separadas: a France Football voltou a realizar o Ballon d'Or e a FIFA voltou a realizar sua tradicional premiação, denominando-a nesta nova fase como The Best FIFA Football Awards. 

A eleição do melhor do mundo é baseada em votos de treinadores e capitães de equipes em vários países. O sistema de votação determina que um treinador tenha três votos com pesos de, respectivamente, cinco, três e um pontos, sendo vencedor o jogador com mais pontos somados.

Em 1991 na primeira edição do concurso o vencedor foi o meia alemão Lothar Matthaus que jogava pela Internazionale de Milão. Em segundo lugar ficou o francês Jean-Pierre Papin jogador do Olympique de Marseille e em terceiro o inglês Gary Lineker do Tottenham Hotspur.

Lothar Matthaus- melhor do mundo em 1991

Nos seus 28 concursos de 1991 até 2018 a premiação teve diversas parcerias e denominações. Todas somadas, deu empate entre os maiores vencedores. Zinedine Zidane, Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, cada um ganhou a Bola de Ouro seis vezes. 
 

Por João Nassif 03/07/2019 - 11:34

Na história da seleção brasileira ficou marcado o campeonato sul-americano de 1949 que foi disputado no país com a participação de oito dos 10 países filiados à Confederação Sul Americana de Futebol. Apenas a Argentina e a Venezuela ficaram de fora.

Depois de cada seleção disputar sete partidas entre Rio de Janeiro e São Paulo, nos estádios de São Januário e Pacaembu, Brasil e Paraguai terminaram empatados na primeira colocação com seis vitórias e uma derrota cada um. No jogo desempate a seleção brasileira venceu pelo placar de 7x0 em São Januário perante 55 mil torcedores.

Seleção campeã em 1949

Foi nesta competição que a seleção brasileira imprimiu as duas maiores goleadas entre todos os jogos da sua história.

Na abertura da competição o Brasil venceu o Equador por 9x1 jogando no Rio de Janeiro, com 02 gols de Tesourinha, 02 de Jair, 02 de Simão e um gol de Ademir, Otávio e Zizinho.

Mas, foi no segundo jogo do Brasil que aconteceu a maior goleada de toda história. No Pacaembu no dia 10 de abril de 1949 a seleção venceu a Bolívia por 10x1. Nininho marcou 03 gols, Cláudio, Simão e Zizinho marcaram 02 cada um e Jair completou a goleada.

Com o final de desempate a seleção brasileira marcou 46 gols em 08 jogos com média altíssima de quase 06 gols por jogo o que não era surpreendente no futebol daqueles tempos. A seleção campeã sul americana formou a base para o Mundial de 1950 que também foi realizado no Brasil.

Sob o comando do Flávio Costa o Brasil jogava em 1949 com Barbosa, Augusto e Mauro; Eli, Danilo e Noronha; Tesourinha, Zizinho, Ademir, Jair e Simão, quase todos que estariam presentes na Copa do Mundo.
 

Por João Nassif 04/07/2019 - 11:30

Hoje vou abordar aqui no Almanaque da Bola as seleções que foram campeãs Mundiais vencendo todos os jogos que disputou.

A primeira foi o Uruguai, justamente na primeira Copa do Mundo da história quando venceu todos os quatro jogos que disputou em seu próprio país. Numa Copa com apenas 13 seleções os anfitriões derrotaram a Romênia e o Peru na primeira fase, a Iugoslávia na semifinal e foram campeões contra a Argentina na partida final com vitória por 4x2.

A segunda vez em que uma seleção foi campeã Mundial vencendo todos os seus jogos foi em 1938 na Itália. A Copa contou com 15 seleções e os donos da casa derrotaram quatro adversários, Noruega, França e Brasil na semifinal. Fez a final contra a Hungria e venceu por 4x2.

Depois do Mundial de 1938 somente a seleção brasileira, por duas vezes, conseguiu se sagrar campeã derrotando todos seus adversários. A primeira foi em 1970 na Copa do Mundo do México. 

Seleção brasileira em 1970

A seleção brasileira derrotou na estreia a Tchecoslováquia, ainda na primeira fase venceu a Inglaterra e a Romênia. Nas quartas de final passou pelo Peru, derrotou o Uruguai na semifinal e a Itália por 4x1 na decisão do título.

A segunda vez em que a seleção brasileira ganhou um título Mundial derrotando todos os adversários foi em 2002 na Copa do Mundo compartilhada entre o Japão e a Coréia do Sul.

Na primeira fase derrotou a Turquia, China e Costa Rica. Nas oitavas de final passou pela Bélgica, nas quartas derrotou a Inglaterra e na semifinal venceu novamente a Turquia. 

A decisão foi contra a Alemanha e o Brasil tornou-se pentacampeão com vitória por 2x0. 
 

Por João Nassif 05/07/2019 - 11:30

Ontem abordei aqui no Almanaque da Bola as seleções que foram campeãs Mundiais vencendo todos os jogos que disputou.

Uma série de outras seleções venceram Copas do Mundo de forma invicta conquistando vitórias e empates e só não vou ficar aqui detalhando porque a lista é enorme. Em outras oportunidades irei destacar em pequenos grupos para ficar mais fácil de entender.

Nem todas seleções que terminaram a Copa do Mundo de forma invicta foram campeãs nos respectivos Mundiais. 
Em todos os 21 Mundiais já disputados em apenas um deles todas seleções foram derrotadas, inclusive a campeã Alemanha Ocidental. Foi em 1954 na Suíça, Copa do Mundo disputada por 16 seleções em que todas foram derrotadas ao menos uma única vez.

Seleção escocesa no Mundial de 1974

A primeira vez em que uma seleção saiu invicta de uma Copa do Mundo e não conquistou o título foi em 1974 na Alemanha Ocidental. A Escócia foi eliminada ainda na primeira fase com uma vitória sobre a seleção do Zaire e dois empates contra Brasil e Iugoslávia.

Camarões em 1982 na Espanha, Bélgica em 1998 na França e Nova Zelândia em 2010 na África do Sul se despediram das Copas depois de terminada a primeira fase, invictas, mas empatando seus únicos três jogos.
 

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