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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Arthur Lessa 04/11/2021 - 09:23 Atualizado em 04/11/2021 - 12:46

O Nubank é hoje o maior player da nova leva de instituições que tem tirado os bancos tradicionais da zona de conforto. Ao contrário do Banco Inter, por exemplo, o Nubank já nasceu digital e nem gosta de ser chamado de banco, mesmo oferecendo, cada vez mais, serviços bancários (empréstimo, CDB, seguro,...). É uma espécie de suco do Chaves, que é de limão, parece de tamarindo mas tem gosto de groselha.

Com uma estratégia mais que bem sucedida de posicionamento de marketing, apresentando um novo modelo de relação com o cliente e com um base de cerca de 24 milhões de cadastros, a fintech já pode ser consolidada no mercado financeiro e dará o próximo passo: IPO.

Onde abrir capital?

Na ultima segunda-feira (1º), o Nubank anunciou que fez pedido de registro na SEC (Securities and Exchange Commission) para a realização de seu IPO na NYSE (Bolsa de Nova Iorque). Simultaneamente, a empresa entrou com pedido de listagem no Brasil. Com isso, ao mesmo tempo que forem iniciadas as negociações na NYSE, os BDRs começam a circular na B3 (Bolsa de São Paulo), diferente, por exemplo, da XP Inc, que demorou quase dois anos entre os dois movimentos.

Assim como XP, Stone e PagSeguro, o roxinho também fará sua abertura de capital original nos EUA. Mas, ao contrário dos compatriotas, após ser disputado pelas principais Bolsas do país, escolheu a NYSE (New York Securities Exchange), mais tradicional que a NASDAQ, que é focada em tecnologia e conta com Google, Facebook, Uber e afins. Já a Nyse conta com a economia mais "física", com destaques como Bank of America, Boeing, Chevron.

Mais que o Nubank

Vale ressaltar que, assim como o IPO da XP Inc não foi só abertura de capital da corretora de mesmo nome (a empresa tem também as corretoras Clear e Rico, o site Infomoney e a research Spiti), esse IPO será da Nu Holdings Ltd., que  é a empresa-mãe dos vários outros Nus (Nubank Brasil, Nu Colômbia, Nu México, Nu Invest…). 

Tickers

Aproveitando a maior liberdade oferecida no mercado norte-americano (na B3 precisa ter 4 caracteres e um número), nos EUA o ticker do Nubank será NU e a stock deve estrear com preço entre US$ 10 e US$ 11. No Brasil, cada BDR representará 1/6 da NU e o ticker será NUBR33, com preço inicial esperado entre R$ 9,25 e R$ 10,39.

Início das negociações

No prospecto não está claro o início das negociações na NYSE, mas, partindo do principio de que a empresa vai abrir negociação simultânea nos dois países, vamos nos basear no cronograma do BDR, que define:
07/12/21 - Encerramento do período de reservas
08/12/21 - Fixação do preço
09/12/21 - Início das negociações na B3 

BDRs de brinde

O que tem chamado muito a atenção na oferta é a possibilidade de os clientes do Nubank receberem gratuitamente um BDR NUBR33 apenas respeitando alguns requisitos nada restritivos. Segundo o blog da fintech, é preciso "ser um cliente ativo, ter uma conta do Nubank que não esteja bloqueada para transações, não estar inadimplente por mais de oito dias corridos e ter realizado ou recebido pelo menos uma operação em qualquer produto do Nubank nos últimos 30 dias antes de aderir ao programa". 

O pedido poderá ser feito a partir do dia 9 de novembro pelo próprio aplicativo do Nubank. Em comunicado, a empresa reforça também que esses produtos são do Nubank, e não Nu Invest, que é o nome da Easynvest, adquirida em setembro de 2020, desde agosto de 2021.

Esse, inclusive, foi um ponto que criou certa polêmica (descabida, na minha opinião). Muitos analistas e influenciadores, em suas redes sociais, afirmaram que essa prática poderia ser usada para inflar o artificialmente o contingente de investidores da empresa, poderia criar problema para aqueles que receberiam sem querer as ações e não saberiam o que fazer (como declarar IR, por exemplo) e coisas do tipo.

Vale ressaltar que a adesão ao programa não é compulsória, não vai aparecer uma ação na conta do cidadão "do nada". Quem quiser, pede. Provavelmente (saberemos no dia 9) no pedido o investidor apontará em que conta de que corretora deve ser alocado o ativo. Talvez seja necessário que o investidor abra uma conta no Nu Invest, mas a plataforma está "fora" da campanha. 

Para mais informações sobre a campanha, intitulado NuSócios, acesse o Blog do Nubank.

Prospectos diferentes

Ainda sobre os IPOs, agora entrando em algo mais técnico, vale destacar algumas mudanças identificadas pelo site Brazil Journal.

Sobre a relação da cantora e empresária Anitta com a empresa, da qual é conselheira, o prospecto em inglês, encaminhado à SEC, detalha o contrato de R$ 36 milhões com a empresa Rodamoinho, controlada por Larissa Macedo Machado (Anitta), foi fechado em 30 de junho de 2021, com duração de cinco anos, em troca de serviços de marketing e publicidade. Já o prospecto em português economiza palavras e sequer cita o nome de Anitta (ou Larissa).

Outro fato importante que foi amplamente divulgado, mas parece ter sido esquecido nos prospectos, é o tamanho da participação da Berkshire Hathaway, de Warren Buffet, que aportou US$ 500 milhões há poucos meses. Segundo fontes ouvidas pelo Brazil Journal,  "o investimento de Buffett foi na forma de preferred equity [um tipo de dívida com retorno garantido], e não common stock, a ação ordinária, que expõe o investidor 100% ao risco do negócio".

Por Arthur Lessa 05/08/2021 - 18:18

Eu defendo há anos que o caminho para que os cidadãos entendam e participem da gestão pública é voltar alguns passos e simplificar.

A minha simplificação para esse tema é o condomínio, que pode ser um prédio, um loteamento, um grupo de empresas ou até um fundo de investimento. O prefeito é o síndico, a Câmara é o conselho, os contribuintes são os moradores. O mesmo vale para governadores e assembleias; presidente e Congresso.

Ai vão as comparações

O síndico tem como função cotidiana receber a taxa de condomínio de cada unidade (imposto de cada empresa, por exemplo) e administrar os recursos arrecadados para pagar as contas geradas pelos serviços contratados (serviços públicos) para o bom funcionamento do condomínio (cidade). Entre esses serviços está a segurança (polícia), a zeladoria (garis e coleta de lixo), água, energia e outros. Em resumo, deixar tudo funcionando da porta pra fora das unidades, seguindo as diretrizes (leis) do estatuto (constituição / legislação) do grupo.

Na função secundária entra a política interpessoal, com as reuniões de condomínio. Nesses encontros, que podem ser facilmente comparados com as sessões legislativas, são discutidas questões como possíveis mudanças de regras, que pode ser autorizar ou não, como animais de estimação; contratação de serviços como pintura da fachada do prédio; ou definição de padrão para fechamento de sacadas.

E os comparativos seguem

Nessas reuniões pode-se definir, inclusive, que tipo de decisão deve ser tomada apenas pelos membros do conselho (câmara de vereadores) e que decisões precisam ser pautadas em reunião geral (plebiscitos).

Há também decisões que podem atender apenas parte dos contribuintes, como a autorização de instalação de CNPJ em algum apartamento. Mas, se há uma votação que aprova pelos parâmetros definidos em estatuto (maioria simples, maioria absoluta, unanimidade...), faça-se cumprir.

E, é claro, assim como o prefeito, o síndico é eleito pelos contribuintes.

Simples, não? Não é o que esperamos de um gestor público?

Vamos olhar para o Executivo, que vai da prefeitura à presidência. Aí podemos colocar a discussão de tamanho de Estado. Estado Mínimo, atendendo apenas educação, saúde e segurança, ou maior, atendendo também Previdência, FGTS, auxílios sociais, empresas públicas e por aí vai.

Podemos ter uma entrega mínima de serviços públicos, que tende a afetar principalmente quem necessita deles, mas retira dos trabalhadores e empresas poucos recursos, deixando mais para investimento individual. Podemos, por outro lado, ter um Estado que cobra uma fatia grande das receitas geradas, mas entrega muito do que a população demanda, tirando dos orçamentos estes custos fixos, deixando o que resta mais livre para uso. 

O problema que enfrentamos no Brasil atualmente é que pagamos pelo Estado grande e recebemos menos que o Estado Mínimo ofereceria. Pagamos como se recebêssemos educação pública, mas pagamos por escolas particulares. Pagamos pela saúde pública, mas contratamos planos de saúde. Não que não existam os serviços, nem que sejam desnecessários, mas a relação de entrega pelo custo é absurdamente discrepante.

Como resolver então, cara pálida?

Vou sugerir algumas medidas baseado única e exclusivamente na minha experiência profissional e de vida.

Redistribuição de renda

Não entre pessoas, mas entre Executivos. Ninguém mora no Brasil. Ninguém mora em Santa Catarina. As pessoas moram nas cidades. Sendo assim, não faz sentido o pacto federativo atual que define que a maior parte dos impostos vá pra Brasília (que foi fundada no meio do nada para fugir da pressão popular) para depois voltar “descontado” para os Estados e Municípios, sendo que esses precisam pedir com pires na mão migalhas que sobram. É como se você entregasse metade do seu salário para o síndico e precisasse pedir pra ele o suficiente para pagar a luz do seu apartamento.

Simplificação dos impostos

Não tem motivo para o seu síndico saber o que você faz, de onde vem a sua renda, e levar isso em conta para definir a sua taxa de condomínio. O padrão normal é basear o seu pedaço do rateio no tamanho da sua unidade. Em prédios com mais de um tamanho de apartamento, paga mais quem tem o espaço maior. Estamos assistindo a discussão da Reforma Tributária e vendo que a simplificação apresentada ficará muito aquém da prometida. Mais que pagar impostos gigantescos, nem sabemos direito o que estamos pagando.

Meu objetivo nessa semana foi estimular a reflexão, principalmente levando em conta que temos eleições no ano que vem e, assim como na Bolsa, quando deixamos a paixão vencer a razão na escolha, o prejuízo é certo.

 

Por Arthur Lessa 29/07/2021 - 18:06 Atualizado em 29/07/2021 - 18:06

Sem muita convicção sobre o que escrever nessa semana para o Toda Sexta, me peguei agora há pouco montando minha equipe do Cartola FC para a próxima rodada do Brasileirão e lembrei do João Luiz Braga, sócio e analista de investimentos da gestora de fundos Encore Asset. (Talvez eu pense muito em mercado financeiro, mas por enquanto não acho que seja caso para tratamento).

Pra quem não conhece, essa espécie de jogo baseado na realidade consiste em montar uma escalação com 11 jogadores de times que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro e torcer para o bom desempenho de cada um deles nos seus jogos. Cada passe, gol, defesa, falta, cartão e afins conta pontos a mais ou a menos para o seu time. Se o Gabigol fizer um gol (+8) e receber um cartão amarelo (-2), ele soma 6 pontos para os “cartoleiros” que o escalaram.

Feito esse esclarecimento, voltamos ao assunto que é o que tem a ver o Cartola com o  mercado financeiro. A resposta é: stock picking (termo em inglês para o ato de escolher a dedo cada ativo que receberá investimento).

Faz anos que participo do fantasy game do Globo Esporte, sem muita disciplina, é verdade. Às vezes esqueço de reorganizar a equipe entre uma rodada e outra. Mas uma prática que sempre mantenho é começar cada equipe do zero.

Antes de preparar o time para a próxima rodada, eu vendo todos os jogadores da rodada anterior, deixando o campinho vazio. A partir daí eu escolho minhas 17 apostas (11 jogadores + técnico + 5 reservas) para os próximos jogos, um a um, posição por posição. É comum que alguns recém vendidos sejam reintegrados. Acontece também que um ou outro se repitam por diversas escalações. Mas a rotina é sempre a mesma. Sai todo mundo e depois eu vejo quem entra.

O Braga, além de um baita nome da gestão de fundos no Brasil, é conhecido pela maneira como a economia comportamental faz parte de suas estratégias, com destaque para os métodos como anula (quando possível) os vieses cognitivos que atrapalham tanto o lado emocional dos investidores.

Uma rotina que adotara em outras gestoras e que é bastante alinhada com essa minha prática cartoleira. Para começar cada dia, os analistas do fundo são orientados a olhar os ativos que tem na carteira e se fazer a pergunta: “se tivéssemos vendido a carteira toda ontem, compraríamos tudo novamente no preço que estão agora?”. Aqueles que forem analisados e a resposta for “sim” devem, de acordo com as premissas da equipe, estar bem precificados e são mantidos. Aqueles que recebem um “não” devem, seguindo as mesmas premissas, estar caros e o ideal é vender para rebalanceamento da carteira.

Obviamente não é possível, como no Cartola, que o investidor venda e recompre carteiras inteiras a torto e a direito, seja por custos de corretagem e impostos, seja pelo trabalho despendido para tal. Mas o raciocínio serve para qualquer tamanho de carteira.

Já tratei de vieses em alguns textos para o Toda Sexta, sendo o mais recente com esse tema o Sobre flores e ervas daninhas, da edição 041. Lá citei Peter Lynch e a ancoragem que nos impede de vender as ações que nos dão prejuízo (como se nos devessem um lucro prometido) e nos incentivam a vender as vencedoras (como se já tivessem cumprido seu papel). Mas ancoragem pode ser platônica também.

Acontece que muitas vezes podemos nos interessar numa ação e não ter convicção (ou dinheiro) para investir naquele momento. Mas o preço fica gravado na mente e vira a âncora de todas as análises futuras. “Eu queria investir na XPTO3 (fictícia), mas quando eu vi, há dois meses, ela estava a R$ 10 por ação. Agora que subiu pra R$ 12 não consigo, perdi o bonde”. Por outro lado, alguém que esteja analisando a mesma ação pela primeira vez (sem âncora) consegue ver que ela está ainda extremamente barata e vale o investimento.

Faça esse exercício. Olhe para o que você tem e se pergunte se compraria de novo pelo preço que vale no mercado. Pode ser com ações, carro, guitarra,...

Só não faça com a esposa ou o marido. Ou faça, mas não me responsabilizo!

Por Arthur Lessa 22/07/2021 - 18:11

Me peguei pensando nisso nessa semana se não estamos assistindo a uma versão 2.0 da Corrida Espacial, sendo que a primeira edição foi protagonizada por Estados Unidos e União Soviética, as duas grandes potências do período seguinte à 2ª Guerra Mundial.

À época o objetivo era imprimir os máximos esforços para superar o outro. Enquanto Iuri Gagarin colocou os soviéticos na dianteira ao ser a primeira pessoa a viajar pelo espaço, em abril de 1961, foram os norte-americanos que levaram o homem à Lua, com Neil Armstrong e companhia em julho de 1969.

Mais de meio século depois, testemunhamos a cores e pela internet, em menos de 10 dias, dois famosos bilionários também levando ao espaço suas ambições. O primeiro foi o britânico Richard Branson, do Grupo Virgin, que teve sua nave VSS Unity “carregada” por um avião até entrar em órbita, onde permaneceu por cerca de 20 minutos e desceu planando de volta à sua base espacial (construída para fins comerciais). Estavam com ele dois pilotos e quatro especialistas. A viagem aconteceu no dia 11 de julho.

Nove dias depois, o americano Jeff Bezos, fundador da Amazon e homem mais rico do mundo, foi parabenizado pelo próprio Branson ao decolar do Texas com um foguete autônomo (sem piloto) e orbitar a Terra por cerca de 10 minutos. Estavam com ele o irmão Mark Bezos, Wally Funk (pioneira do setor aeroespacial de 82 anos) e Oliver Daemen (estudante de física de 18 anos), respectivamente as pessoas mais velha e mais nova a viajar ao espaço.

Várias semelhanças, não?

Primeiramente o fato de estarmos tratando de duas potências. Ao contrário do embate dos anos 60, quando o clima era bélico e as potências eram nações, agora acompanhamos grandes forças financeiras e privadas. Branson tem fortuna avaliada em cerca de US$ 4,3 bilhões, enquanto Bezos acumular patrimônio que supera os US$ 200 bilhões. Ambos podem ser chamados de self-made man, como são chamados aqueles que construíram com os próprios esforços suas fortunas. E por aí vão as semelhanças.

E nem coloquei na conversa o sul-africano Elon Musk, CEO da Tesla e fundador da SpaceX, que já vem lançando foguetes não tripulados há tempos. A disputa na verdade é um triângulo.

Voltando ao período da Guerra Fria, muitos se perguntam por que motivo, depois de chegar na Lua, não fomos (ou a Nasa) mais longe? Depois de tanto esforço para chegar lá, por que se dar por satisfeito?

Ao que tudo indica, o que acontecia era uma guerra de egos. Eram dois machos-alfa medindo forças, trocando ameaças, mostrando suas armas (muitas vezes armas mesmo). Além disso, as pesquisas e desenvolvimento dos foguetes eram extremamente custosos aos cofres públicos.

Agora, pelo que é divulgado, as viagens que assistimos não são o fim em si mesmas, mas o início de planos ambiciosos, mesmo que diferentes.

A Virgin Galactic tem objetivo de trabalhar como uma companhia aérea. Seu voo decolou de uma pista aeroespacial construída por ele mesmo para fins comerciais. Dali devem partir cerca de 400 voos espaciais com passageiros pagantes por ano. Além disso, a Virgin estuda os voos suborbitais para transporte de carga.

Com a Blue Origin, Bezos já adentra mais no que hoje ainda nos soa como ficção cientifica: junto à Nasa, construir assentamentos humanos permanentes na Lua, que orbita a 384 mil quilômetros da Terra.  

Já Musk tem planos parecidos, mas olha mais longe. O objetivo da SpaceX é colonizar Marte, que está a uma distância de cerca de 230 milhões de quilômetros.

Se e como estas três frentes vão evoluir, só o tempo dirá. Mas estamos vendo a história ser escrita. E, diferente de antes, os projetos atuais contam com tecnologia mais avançada e recursos financeiros que não são públicos, não vem de impostos pagos por nenhum povo.

E, se cada um gasta seu dinheiro como quer, melhor viajar para Lua que se empanturrar de caviar e Don Perrignon, não acham?

Por Arthur Lessa 15/07/2021 - 18:02

No mundo do tênis, existe o que podemos chamar de “Santíssima Trindade”, da qual fazem parte o suíço Roger Federer, o espanhol Rafael Nadal e o sérvio Novak Djokovic. 39, 35 e 34 anos, respectivamente. Cada um já conquistou 20 Grand Slams, que são os 4 principais torneios da temporada: Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open.  

Cada um tem uma característica marcante. Federer é um jogador clássico, preciso e elegante. Nadal, por outro lado, é conhecido, não à toa, como “Touro Miura”, por ser potente, forte, agressivo. E tem Novak Djokovic, frio, mental, constante. Não grifei a última por acaso. Constância é o foco desse texto.

Assisti com atenção a duas finais com Djokovic nas últimas semanas. Roland Garros e Wimbledon. Os dois Grand Slams mais recentes. No saibro de Paris, o adversário era o grego Stefanos Tsitsipas, de 22 anos. Na grama de Londres o oponente era Matteo Berrettini, de 25 anos. Eis aqui a primeira semelhança: a idade.

Outra semelhança, condizente com a idade, é o fato de serem dois jovens em início de carreira chegam pela primeira vez à decisão de um Grand Slam. Mas o que mais me chamou atenção foi o roteiro dos dois jogos, que começou com número 1 do mundo visivelmente subjulgado pelos “garotos”, ágeis e confiantes.

Tsitsipas começou a tomando conta das jogadas, chegando a ser aplaudido pelo próprio adversário em alguns pontos. Chegou a abrir uma vantagem de 2 sets a 0, o que deixava (aparentemente) óbvio que levantaria o título, já que faltava só mais um para a vitória. Mas o sérvio venceu os três sets seguintes e, numa virada impressionante, foi o campeão.

Berretini não chegou a abrir tanta vantagem, mas também dominou os primeiros pontos do jogo. Rápido, parecia estar em todos os lugares, acertava saques inalcançáveis e era preciso nos golpes. Venceu o primeiro set e foi só. Logo no segundo assistiu Djokovic tomar cada vez mais o controle da partida. 3 sets a 1.

Constância

Tsitsipas e Berrettini chegaram ao topo de suas carreiras até aquele momento. Era a chance da vida, que tinham que agarrar com unhas e dentes. E assim entrar em quadra. Dando tudo de si. E assim colocaram 110% de energia e concentração a cada rebatida. Apresentaram todos os truques assim que possível.

Djokovic, por outro lado, entrou no seu ritmo. Um ritmo impressionante, até pelo jogador que é, mas claramente longe de entregar 100%. A cada set ele se sentia mais à vontade em quadra. A cada período, mais precisão, mais erros forçados do adversário, mais coelhos tirados da cartola. Ao contrário dos adversários, ele guardara os melhores golpes para os momentos de necessidade.

E, o que é mais importante para essa comparação de comportamentos: a cada erro, mais nervosos ficavam os novatos; game após game, Djokovic se mantinha praticamente sem reação, concentrado e fiel à estratégia que já tinha lhe rendido 83 títulos na carreira.

Assim como há corridas que terminam em segundos, demandando potência, uma maratona dura horas. E assim é o tênis. Os garotos entraram no sprint dos 100m rasos. Djokovic entrou no trote dos maratonistas.

E essa mesma constância serve, veja se não, para a disciplina do investimento. Quando começamos queremos colocar nosso dinheiro onde o rendimento for mais intenso, mesmo que o risco seja também maior. Nessa linha muitos entram direto pelo daytrade, opções e afins. Depois de um tempo, muitos desses investidores vão entendendo uma frase bastante conhecida de Charlie Munger, sócio de Warren Buffett: “O dinheiro grande não está em comprar ou vender, mas em esperar”.

O próprio Buffett defende que “o mercado de ações é um dispositivo para transferir dinheiro dos impacientes para os pacientes”.

A lição que tiro de Djoko, Munger e Buffett é simples: calma, foco e constância podem te levar longe!

Por Arthur Lessa 08/07/2021 - 18:14 Atualizado em 08/07/2021 - 18:15

Conta a lenda em Wall Street que Warren Buffet ligou para Peter Lynch (duas grandes referências do mercado financeiro mundial) pedindo para usar uma frase do livro One Up on Wall Street (de Lynch) em seu comunicado anual da Berkshire Hathaway. Esta frase seria: Vender suas ações vencedoras e segurar suas perdedoras é como cortar as flores e regar as ervas daninhas.

Essa frase, bastante repetida quando se fala na estratégia de investimento buy and hold (comprar e segurar), resume em poucas palavras o que o próprio autor considera o pior erro da sua carreira, marcada por rendimentos anuais de quase 30% ao ano por 13 anos gerindo o fundo Magellan.

Lynch menciona exemplos de ações vencedoras que ele vendeu cedo demais. Home Depot (rede de lojas de departamento voltada principalmente à construção) talvez tenha sido a mais memorável. Lynch vendeu a empresa depois que a cotação triplicou, mas a empresa multiplicou por mais de 50 posteriormente.

Eu conheci essa história há pouco tempo, mas pouco antes tive uma experiência bem parecida. E eu vou contar pra você.

Senta que lá vem a história

Como diria Galvão Bueno, o primeiro semestre de 2020 foi “teste pra cardíaco, amigo!”. Em 22 dias entre fevereiro e março o Índice Bovespa (considerado o termômetro da Bolsa brasileira) desvalorizou mais de 45%, com desvalorização registrada de 14% em um único pregão.

Se o Ibovespa caiu, significa que muitas empresas caíram. Se as que compõe o índice são as principais e viram suas ações derreter, as menores então nem se fala. Entre elas está a Portobello, que havia entrada no meu radar no começo desse movimento. Ticker PTBL3. Empresa catarinense, com bom nome no segmento cerâmico.

Em 24 de janeiro de 2020 sua ação fechou valendo R$ 6,34. Em 3 de abril encerrou o pregão a R$ 1,68. Desvalorização de 73,5% em praticamente dois meses. Em uma empresa que não está no meio de uma crise interna ou algo do tipo, pode ser uma oportunidade.

Me interessei enquanto me preparava para cobrir para a rádio a ExpoRevestir, grande feira de revestimentos brasileira. Estudei os múltiplos, conversei com minha arquiteta de confiança (que é a Rafaela, minha esposa), o parecer foi favorável e comecei a colocá-la na carteira.

De fevereiro a maio comprei a ação por preços que variaram de R$ 5,08 a 2,46. Em agosto mais uma parte por R$ 5,43. Preço médio ficou em cerca de R$ 2,84. Não aumentei mais a posição desde então porque achei que ela já tinha valorizado muito quando começou a superar os R$ 7,00 por ação. Por eu ter pago, em média, menos de R$ 3,00 por ação, aquilo parecia um exagero.

Essa percepção é uma das armadilhas que a cabeça prega no investidor. É o chamado viés de ancoragem, que explica por que as primeiras informações recebidas (nesse caso, o preço da ação) servem como base para decisões futuras.

Em abril desse ano, após mais um movimento de boa valorização da empresa, acabei me desfazendo da posição inteira pelo preço de R$ 9,23 por ação, 225% a mais do que eu havia pago. Um rendimento substancial, sem dúvida. Mas foi um erro!

Na última segunda-feira (05/07) a Portobello fechou o pregão valendo R$ 19,28 por ação. Isso é mais que o dobro do preço que pagaram pelas minhas. Se tivesse mantido, aquela posição estaria agora com um rendimento acumulado de 579%. E subindo, provavelmente.

Ganhei, mas perdi

Se por um lado fui bem-sucedido numa operação que gerou lucro, com um rendimento substancial, por outro anulei parte do rendimento futuro do meu patrimônio. A posição dentro da minha carteira nesse caso era bem pequena, algo em torno de 4% ou 5%, mas poderia ser maior e seguir crescendo, tanto por aportes quanto pela própria valorização.

O outro ponto da frase célebre de Lynch que também devemos tratar é “cultivar as ervas daninhas”. Aqui o raciocínio enviesado é o oposto: investimentos ruins dos quais não nos desfazemos. É aquela máxima de “só é prejuízo se vender”, muitas vezes mal interpretada.

Se você é investidor já deve ter notado que tem casos em que você vê que jogou errado mas fica esperando reverter, como se aquela posição te devesse alguma coisa. O investidor cria uma relação de dívida, do ativo com ele. E isso não poderia estar mais errado.

Para esse caso, uma lição que está no Axioma 6 do livro Os Axiomas de Zurique: Numa operação que não deu certo, não se deixe apanhar por sentimentos de lealdade e saudade.

Em resumo, as lições desse texto são bem simples:

1) identifique as suas flores e as regue;

2) identifique as ervas daninhas e as arranque;

3) pare de fazer o contrário das lições anteriores.

Por Arthur Lessa 03/04/2020 - 20:53 Atualizado em 03/04/2020 - 21:43

A pandemia por coronavirus, que explodiu nos últimos dias de fevereiro , assustou o mundo com as mortes italianas e que mantém isolada socialmente boa parte da população desde a metade do mês de março, também causou uma demanda nunca antes vista por informações confiáveis sobre o tema.

Essa necessidade fez com que o vírus virasse o principal foco da redação, que passou a contar com novas e especializadas fontes de informação, tanto da área médica quanto epidemiológica e econômica, o que deu uma melhor contextualização às informações transmitidas em cada notícia. O 4oito, portal de conteúdo com pouco mais de dois anos de trabalho, conta ainda, e com mais intensidade neste momento de crise, com a colaboração da estrutura de jornalismo da Rádio Som Maior

Vale ressaltar, principalmente, o esforço dos jornalistas envolvidos nesta cobertura, que, conscientes da missão social da imprensa em momento tão crítico, alongaram seus expedientes pela qualidade da informação. Isso resultou na programação jornalística estendida da Som Maior, com programas especiais no sábado e domingo, e a redação do 4oito em regime de plantão permanente.

Esta atitude, em conjunto com a responsabilidade e rotinas criteriosas de apuração das notícias, consolidaram o 4oito como a mais completa e confiável fonte de informação sobre o tema na região Sul de Santa Catarina.

Esta relevância se mostra nos dados de acessos. Segundo o Google Analytics, o conteúdo produzido pela redação do 4oito gerou 1,219 milhões de sessões em março, sendo 949 mil (quase 78% desse fluxo) apenas na segunda quinzena do mês, quando foram decretadas as medidas de restrição do comércio e isolamento social. Em outros números, foram 2,171 milhões de visualizações de páginas no mês, distribuidas em 587 mil usuários.

O pico de acessos ao conteúdo do 4oito durante este último mês foi alcançado no último domingo (29), durante o programa especial matinal da Rádio Som Maior, quando o Governador Carlos Moisés, um dia depois de anunciar flexibilização da quarentena em Santa Catarina, voltou atrás da decisão e anunciou um novo decreto, alongando por mais sete dias o isolamento social e fechamento de boa parte do comércio em todo o Estado.

Frente a esses números, tomo a liberdade de, em nome de toda a incansável equipe do 4oito, agradecer aos nossos leitores pela confiança e reforçar o nosso compromisso de informar da maneira completa, responsável, aprofundade e relevante, com foco sempre no que interfere na vida de quem vive, produz e movimento o Sul de Santa Catarina.

Sigam conosco daí que nós seguimos por vocês daqui.

Tags: Coronavírus

Por Arthur Lessa 03/12/2019 - 16:56 Atualizado em 03/12/2019 - 17:09

Em resposta ao deputado Bruno Souza, o ex-governador de Santa Catarina Raimundo Colombo gravou um vídeo indignado com o fato de ser um dos 26 denunciados pelo parlamentar na CPI da Ponte Hercílio Luz, da qual Souza é relator.

Na fala, Colombo afirma que as acusações são mentirosas e chama a atitude do deputado de “política rasteira”.

“O Estado teve toda a precaução e o conhecimento jurídico para inabilitar e retirar a empresa da obra. E aí nós conseguimos encontrar qualificadas que concluíssem essa etapa”, explica o ex-governador, que emendou afirmando que ser denunciado por não excluir a empresa é uma “inverdade”. "Por que essa política rasteira? Por que tentar desconstruir uma vitória tão grande?", desabafou. 

Confira o vídeo na íntegra:

Por Arthur Lessa 26/11/2019 - 17:31 Atualizado em 26/11/2019 - 17:32

De fala rápida e carisma irônico, Ricardo Amorim é um dos mais influentes comunicadores do Brasil nas áreas de investimentos e economia e foi um dos destaques do Expert Talks Floripa 2019 resumindo contextualizando para o cotidiano do cidadão comum e, principalmente, dos investidores, os possíveis efeitos de acontecimentos como a guerra comercial, o risco de recessão global, as reformas no Brasil e perspectivas para os mercados. 

Novatos na Bolsa

Em uma conversa rápida, logo depois da palestra, na área de imprensa da XP Inc, conversei com Amorim sobre um movimento que ele citou mais superficialmente na plenária do evento: os novos investidores atraídos pela união da comunicação mais fácil que as redes apresentam com as quedas sucessivas das taxas de juros, que reduzem sensivelmente a atratividade das aplicações em renda fixa.

Nunca se falou tanto de investimentos como hoje em dia, a Bolsa de Valores brasileira nunca teve tantos CPFs cadastrados e ativos e, com essa “descoberta” de que a renda variável (ações e afins) é acessível, e não lotéricas, são muitos os novatos no mercado. E estes precisam estudar, pesquisar e, principalmente, errar pequeno. “Coloque seu dinheiro, e coloque pouco. Porque, se você só acompanhar de longe, você não vai ver como reage na prática nos verdadeiros altos e baixos”, sugere Amorim. 

Sobre investir pouco nos primeiros movimentos, o economista afirma, sem titubear, que é porque os erros virão sem dúvida, e devem vir. “Qualquer coisa na vida a gente aprende errando. E o importante de começar errando com pouco é o custo da lição que você vai ter pra poder ganhar com muito mais depois”.

Além de estudar e começar devagar, Ricardo Amorim também reforçou a importância para os novos investidores de contar com um especialista, ou alguém mais experiente no mercado financeiro, que possa ajudar nos primeiros passos, na própria gestão dos recursos e na busca por oportunidades. “Ao longo do tempo você vai investir cada vez melhor e vai ter resultado cada vez melhores”, explica. 

Efeito dos estreantes do mercado

Numa análise mais ampla, Amorim observa que o efeito que esta nova massa de investidores causa no mercado é o de oscilações mais intensas das ações. Como muitos chegam sem conhecimento prático e a experiência citada acima, acabam sendo levados pelo efeito de manada, ou seja, veem outros operando e acabam fazendo igual. “Esses movimentos de manada, quanto maiores eles são, mais eles levam a bolsa em movimentos bruscos, tanto para cima quanto para baixo. A volatilidade, que é o tamanho das oscilações, tende a aumentar”, coloca. 

Essa edição em Florianópolis, entre os dias 22 e 23 de novembro no Centrosul, foi o primeiro Expert Talks realizado fora de São Paulo (SP). O evento é promovido pela XP Inc., que engloba as corretoras XP Investimentos, Rico e Clear, além da corretora de criptomoedas XDEX e do portal de notícias Infomoney, voltado ao mercado de economia e investimentos. 


 

Por Arthur Lessa 24/04/2019 - 14:00

Aconteceu nesta terça-feira (23), em Porto Alegre, a cerimônia de premiação do 25º Prêmio Açorianos de Literatura de 2018, que registra os livros que mais se destacaram em 2018. A cerimônia foi realizada no Teatro Renascença, pela Secretaria Municipal da Cultura, por meio da Coordenação da Literatura e Humanidades.

Entre as obras premiadas está o livro Hoje Eu Venci o Câncer, do jornalista David Coimbra, do Grupo RBS, gaúcho de nascimento, mas com passagem destacada pelos veículos de imprensa de Criciúma nas décadas de 80 e 90.

O livro, lançado no início de 2018, começou a nascer quando David, diagnosticado com um grave tumor em 2013, foi informado de que teria pouco tempo de vida. Em meio ao turbilhão de sentimentos e com a perspectiva de que teria pouco tempo para ver o desenvolvimento do filho, ele encontrou a literatura como meio de compartilhar dores e esperanças e possibilitar que o pequeno pudesse conhecer quem fora seu pai.

Para conhecer melhor a obra, vale a leitura da matéria públicada no portal GaúchaZH na época do lançamento.

Felizmente, o mundo ganhou uma grande história e não será por ela que o Bê vai conhecer o pai, que, como antecipa o título do livro, venceu o câncer depois de uma dura batalha de anos.

Aproveitando, essa premiação foi citada na terça-feira (23) pelo jornalista Luciano Potter quando foi perguntado sobre o que ouve do colega David Coimbra sobre os tempos de Criciúma (SC).

Veja o trecho do programa, ainda sem data para ir ao ar:

 

Por Arthur Lessa 31/10/2018 - 18:11 Atualizado em 31/10/2018 - 18:42

Hoje eu quebrei o protocolo na abertura do Ponto Final. E tive um bom motivo para isso.

Hoje comemoramos mais uma vitória.  

Na última sexta-feira, no mesmo Ponto Final, fiz questão de comemorar ao vivo a quebra da barreira dos 400 mil acessos ao 4oito só no mês de outubro.

Essa foi uma vitória!

E hoje, quarta-feira (31), mas um recorde batido. Mais uma baita vitória!

Com pouco mais de um ano de vida, lançado do zero em agosto do ano passado, mas com muito trabalho e dedicação da nossa equipe, estamos passando hoje da marca de 500 mil acessos.

Meio milhão de acessos, só em outubro.

Nunca duvidamos do poder e do potencial dessa ideia, desse veículo, desse jeito diferente de levar conteúdo de qualidade aos leitores e ouvintes do Sul do Estado. Mas isso não tira o orgulho, nem o sentimento de conquista. 

E é daí pra frente, sempre adiante, cada vez melhor e mais empenhados na nossa missão de ser, junto à rádio Som Maior e o jornal A Tribuna, a grande voz, o grande megafone da população do Sul de Santa Catarina.

 

Por Arthur Lessa 28/10/2018 - 13:12 Atualizado em 28/10/2018 - 13:26

Chegou o dia derradeiro das Eleições 2018.

Serão decididos neste domingo o próximo Presidente da República e o próximo governador de Santa Catarina.

Comandante Moisés ou Gelson Merísio. Jair Bolsonaro ou Fernando Haddad.

E, assim como no primeiro turno, em 7 de outubro, a Som Maior e o 4oito te convidam a acompanhar, ao vivo, a partir das 14h, todas as informações do pleito e da apuração.

Estamos com dezenas de repórteres espalhados por Criciúma e municípios da região, além da capital acompanhando Moisés e Merísio.

Fique ligado (a)!

Seu voto elege o seu destino!

 

Por Arthur Lessa 27/10/2018 - 20:37 Atualizado em 27/10/2018 - 20:42

O empresário Luciano Hang, da rede de lojas Havan, usou as redes sociais para anunciar que está entrando na justiça contra o ex-prefeito de Brusque, Paulo Eccel (PT). Segundo ele, a ação busca compensação por danos morais causados pela divulgação de informações relativas à denúncia de esquema de pagamento, por parte de empresas, de sistema de envio de mensagens em massa em favor de Jair Bolsonaro (PSL). Denúncia que ele chama, desde a publicação no jornal Folha de São Paulo, de fake news.

A pena pedida na ação é de R$ 100 mil reais, que serão repassadas para a Apae de Brusque.

Sobre o fato de Hang citar Eccel como "prefeito cassado", vale lembrar que o ex-prefeito teve seu mandato cassado em 2015 por usar o orçamento de publicidade intitucional do município em favor da campanha de reeleição, com gastos exorbitantes. A pena foi revertida mais de dois anos depois, no Supremo Tribunal Federal.  

Por Arthur Lessa 22/10/2018 - 23:45 Atualizado em 23/10/2018 - 00:02

Por recomendações médicas, e por estratégia, com o próprio afirmou em entrevista há poucos dias, Jair Bolsonaro (PSL) não participa de nenhuma debate desde o atentado que sofreu em Juiz de Fora (MG), no dia 6 de setembro. 

Para seguir a tradição e honrar seu compromisso com os patrocinadores e espectadores, a Rede Globo marcou um debate entre Bolsonaro e Fernando Haddad (PT) e, confirmada  a ausência do deputado,  anunciou uma sabatina de 1h40 com o petista. 

Acontece que, na noite desta segunda-feira (22), a emissora voltou atrás e cancelou o convite a Haddad.

Leia a nota da Globo sobre o cancelamento do debate

Recebemos na data de hoje, último dia combinado com as campanhas dos candidatos à Presidência para confirmação do debate de sexta-feira próxima, email da campanha do candidato Jair Bolsonaro (transcrito abaixo), informando que o mesmo não poderá participar do evento, em razão de limitações de saúde. 

Já o candidato do PT, Fernando Haddad, confirmou sua disposição de estar presente. Como se trata de campanha de segundo turno, obviamente não há outros candidatos para viabilizar a realização do debate. 

Na reunião de elaboração das regras do evento foi acertado com as assessorias dos candidatos que, se Jair Bolsonaro não pudesse comparecer por razões de saúde, o debate não seria substituído por entrevistas. 

Na sequencia, foi divulgada a carta da campanha de Bolsonaro enviada à TV Globo: 

'Como informado pelo Rodrigo Marcondes, na reunião do dia 9 de outubro pp., a presença do candidato Jair Bolsonaro ao debate da TV Globo precisaria ser confirmada por sua assessoria, tendo em vista o seu atual quadro de saúde.

Apesar de o Dr. Antonio Macedo ter reduzido o nível de restrição de suas atividades rotineiras, o candidato continua com limitações em virtude da bolsa de colostomia. Segundo explicado pelo aludido médico (vídeo anexo), o paciente com a bolsa de colostomia fixada ao lado direito do abdômen, como no caso do candidato, não tem qualquer controle intestinal. Com isso, o seu preenchimento total pode ser rápido e inesperado, podendo levar ao rompimento da bolsa, o que gera extremo desconforto e constrangimento ao paciente.

Além disso, por orientação médica, ele ainda deve evitar esforço físico, estresse excessivo ou ficar muito tempo em pé.

Por esses motivos, ele não poderá comparecer ao debate marcado para o dia 26 de outubro, às 22 horas'".

Por Arthur Lessa 09/10/2018 - 17:52 Atualizado em 09/10/2018 - 18:07

Procurado pela equipe do jornal A Tribuna, na tarde desta terça-feira (9), o candidato Gelson Merísio (PSD) não quis comentar a declaração de Jair Bolsonaro não irá dedicar apoio ao também pesselista Comandante Moisés na disputa pelo Governo de Santa Catarina.

A única resposta recebida foi por meio da assessoria, que afirmou que "o que ele [Merísio] fez no primeiro e nesse segundo turno é o apoio próprio à candidatura da presidência, por acreditar que é, sim, o lado certo do rio, o que será melhor para o país".

Mais cedo, Daniel Freitas, deputado federal mais votado pelo PSL no Estado, afirmou que a cúpula estadual do partido vai ao encontro de Bolsonaro reforçar o pedido de apoio.

Por Arthur Lessa 09/10/2018 - 14:34 Atualizado em 09/10/2018 - 18:20

A principal informação de toda a corrida eleitoral de 2018 em Santa Catarina surgiu hoje no programa Pânico, da rádio Jovem Pan, quando o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) declarou que, embora do mesmo partido, não dará apoio ao candidato ao Governo de Santa Catarina Comandante Moisés (PSL). Segundo ele, a "escolha por um lado" minaria seus votos no estado onde recebeu maior votação proporcional.

Deputado federal mais votado pelo partido e nome importante da sigla no Estado, o criciumense Daniel Freitas (PSL) comentou a declaração e afirmou que a cúpula do partido está reunida e irá ao Rio de Janeiro para um encontro com o próprio Bolsonaro para reiterar a importância de apoio nessa curta campanha de 2º turno. Sobre o apoio do PSL catarinense ao presidenciável, Freitas afirmou que não está abalado e o partido segue engajado na missão de torná-lo o novo presidente do Brasil.

Ouça o que disse o deputado eleito Daniel Freitas:

 

Por Arthur Lessa 28/06/2018 - 14:22 Atualizado em 28/06/2018 - 14:25

Paola Carosella, 45 anos, cozinheira (como ela mesma se define) e jurada do programa MasterChef, é uma das figuras mais conhecidas da culinária brasileira . Além deste, que é um dos hobbies que mais cresce na atualidade, a argentina também se destaca nas redes sociais por suas bandeiras, principalmente em relação ao projeto de lei 6299/02, apelidado de “PL do Veneno”, que trata da regulação de agrotóxicos.

Mas Paola Carosella também é empresária. E, como descobri hoje, tem uma bela história de reinvenção e sucessivas superações pessoais e profissionais.

Se você é empreendedor, pensa em ser um ou apenas não está feliz com o rumo que a sua vida tomou, com o lugar onde está, pare por 30 minutos (1/3 de um jogo da Copa) e assista a esse vídeo dela para a série Day1, da Endeavor Brasil.

 

Por Arthur Lessa 18/06/2018 - 13:58 Atualizado em 18/06/2018 - 14:04

A melhor coisa que existe no humor hoje são os memes. E, obviamente, eles não poderiam ficar de fora da Copa do Mundo.

Primeiro, um compilado de memes brasileiros sobre a primeira partida da Seleção na Rússia.

Até aí, tudo bem... Mas e quando os suíços resolvem dar aquela cutucada...

 

Por Arthur Lessa 29/05/2018 - 15:36 Atualizado em 29/05/2018 - 16:14

Em entrevista a Ricardo Boechat, na manhã desta terça-feira (29), na rádio BandNews FM, o deputado federal e presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) foi questionado sobre a sua participação e apoio no movimento de protesto nacional dos caminhoneiros.

Na conversa, publicada no video abaixo, Bolsonaro afirmou que não apoia a continuidade do movimento, que avançou demais. "Nós não podemos quebrar o Brasil pra atingir uma classe política ineficiente. O Titanic vai afundar!".  Ele mesmo é vítima do desabastecimento, tanto na cultura de soja quanto na criação de galinhas.

Além disso, quando questionado sobre o apoio aos pedidos de intervenção militar, o deputado afirmou que nunca citou essa possibilidade. 

Por fim, Bolsonaro repetiu que "pra matar o carrapato, não podemos matar a vaca".

 

Por Arthur Lessa 23/05/2018 - 09:29 Atualizado em 23/05/2018 - 09:35

Está no G1: Correios anunciam suspensão da postagem de encomendas Sedex 10, Sedex 12 e Sedex Hoje.

Também sentem o efeito dos protestos dos caminhoneiros os serviços de Sedex “comum” e PAC e correspondências terão prazo de entrega alongado.

A operação dos Correios envolve mais de 25 mil veículos, 1.500 linhas terrestres e 11 linhas aéreas que circulam pelo país de norte a sul para distribuição de meio bilhão de objetos.

Ou seja... O consumidor comprou pela internet, fato comum nos dias de hoje, e o produto vai demorar pra chegar, se chegar.

Ok... Então vou comprar na loja física. Não! Porque o caminhão que abasteceria o estoque está preso em alguma BR.

Vou na cidade vizinha, então. Lá tem o que eu quero. Boa sorte na busca por um posto que tenha combustível. Não são todos!

É isso. A greve dos caminhoneiros para a circulação da economia brasileira. É igual sangue. Se para, se tranca na artéria, vira infarto, AVC ou algo que o valha. E isso mata.

Se seguir assim, será que dá tempo de levar o país pro “pronto atendimento”? Onde é o pronto atendimento? Tem gasolina na ambulância?

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