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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Arthur Lessa 06/02/2025 - 08:40 Atualizado em 06/02/2025 - 08:45

Bom dia, Adelor

Depois de 12 quedas seguidas, o dólar fechou a quarta-feira em alta, mas ainda abaixo dos R$ 5,80, a R$ 5,79. Aqui no Brasil o movimento foi comandado por investidores realizando os lucros mais recentes, enquanto no exterior o dia foi de nova queda da moeda norte-americana.

A alta de 0,37% de ontem encerrou a maior sequencia negativa do dólar frente ao real nos últimos 20 anos. No ano, o dólar registra queda acumulada de 6,34%.

Entre os motivos para o movimento estão os resultados da produção industrial brasileira divulgados ontem, que apontaram em dezembro uma queda menos intensa do que previa o mercado, de 0,3% contra a expectativa de 1,2%, além do crescimento de 3,1% no acumulado de 2024, também acima da expectativa do mercado.

Falando da nossa Bolsa, o Ibovespa fechou a quarta-feira em alta de 0,31%, aos 125.534 pontos, impulsionada pelos grandes bancos, com destaque especial para o Santander, que viu suas ações subiu 6,2% depois de divulgar o balanço trimestral pouco antes da abertura dos trabalhos. Outros bancos do índice, o Itaú subiu 1,52% e Bradesco subiu 1,46% e 2,33%, ações ON e PN respectivamente.

As maiores altas do dia foram da Embraer (+15,51%), Santander (6,20%) e Auren Energia (+2,96%), enquanto as quedas foram lideradas por Azul (-8,87%), Raízen (-7,65%) e Vamos (-5,82%).

Nessa semana cheia de apresentação, com os investidores aguardando a divulgação amanhã dos dados de folha de pagamento dos EUA, o chamado payroll, a quinta-feira é um dia de respiro, com a divulgação dos pedidos de seguro-desemprego nos EUA na manhã de hoje.

E, depois de bons dias de poucas falas vindo de Brasília, o ministro da Fazenda Fernando Haddad voltou a falar ontem sobre novos impostos. A bola da vez é um imposto mínimo para quem tem renda entre R$ 50 mil e R$ 100 mil. Segundo Haddad, o objetivo é "equilibrar o jogo" entre ricos e pobres. 

O problema dessa estratégia é que, sempre que fala de equilibrar esse jogo, o Governo anuncia aumento de imposto na renda mais alta, enquanto o grande problema maior está na carga tributária soterrando a outra ponta, da renda mais baixa. 

Inclusive é sempre bom reforçar que imposto não é só de renda. O de consumo, que é cobrado das empresas e é o maior montante da carga brasileira, é parte do preço de tudo o que consumimos e, por consequência, pago pelo consumidor final, seja ele o pobre que recebe salário mínimo, o rico que recebe acima de R$ 50 mil ou quem está no meio desse espectro, a chamada classe média, que não tem as isenções de um lado nem as sobras do outro e é a principal vítima tributária do Brasil.

Por outro lado, nesse mesmo tema, começamos a ver a Fazenda falando em revisão da tabela do imposto de renda, que não sofre reajuste nem da inflação desde 2015.

Pense comigo... Quanto representava um salário de R$ 4.600,00 em 2015 e quanto representa o mesmo valor em 2025?

É ou não é um imposto escondido, uma arapuca que vai capturando cada vez mais trabalhadores a cada reajuste salarial anual?

Por Arthur Lessa 07/02/2025 - 08:28 Atualizado em 07/02/2025 - 08:29

Os investidores também estão de olho nas oscilações do dólar e do Ibovespa. Na quinta-feira (6), o dólar à vista fechou em queda de 0,52%, cotado a R$ 5,7638, possivelmente retomando a tendência de baixa depois da alta de quarta-feira.

No mesmo dia, o Ibovespa avançou 0,56%, atingindo 126.283,98 pontos, com os destaques positivos seguindo a linha dos humilhados serão exaltados. Raízen subiu 10% após informações sobre possível aumento de capital, seguida por Magalu (7,41%), Cogna (7,14%). Na outra ponta Automob (-6,90%), Embraer (-2,82%) e Vamos (-2,29%).

Seguindo a temporada de resultados dos bancos, depois do Santander e do Itaú, hoje foi a vez do Bradesco divulgar o resultado do quarto trimestre, que veio com um lucro 88% acima do ano passado, mas com um resultado por ação menor do que o previsto. 

No quarto trimestre o lucro por ação foi de R$ 0,50, que, somado aos três trimestres anteriores, leva a um múltiplo de R$ 1,75 em 12 meses, valor abaixo das projeções do mercado, que esperavam para o período algo entre R$ 1,82 e R$ 1,89, com mediana de R$ 1,83.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou ontem, durante sua primeira agenda pública aberta desde que assumiu o cargo, que não responderia a perguntas sobre política monetária para evitar qualquer impacto no mercado. A declaração foi feita durante a BIS Chapultepec Conference, na Cidade do México.

Enquanto isso, os investidores de olho nas falas do ministro Fernando Haddad, da Fazenda, em entrevista na manhã desta sexta na rádio Cidade de Caruaru.

Nos Estados Unidos, a manhã começa com a divulgação do Payroll, com números sobre a criação de vagas de emprego e a taxa de desemprego de janeiro, ambos às 10h30, seguidos pela confiança do consumidor de fevereiro, às 12h. 

Por Arthur Lessa 10/02/2025 - 08:02 Atualizado em 10/02/2025 - 08:03

Na última sessão da semana passada, o dólar fechou em alta de 0,51%, a R$ 5,79, mantendo o ritmo de estabilidade que vem se apresentando em fevereiro, quando registrou três quedas e duas altas em cinco dias úteis, se mantendo entre R$ 5,76 e R$5,80.

Enquanto isso, o Ibovespa registrou queda de -1,27%, fechando a 124.619 pontos, com destaques para as altas de Totvs (TOTS3 / +2,69%), Hapvida (HAPV3 / +2,64%) e Fleury (FLRY3 / 1,83%). Nas baixas, destaque para Automob (AMOB3 / -7,41%), Coasn (CSAN3 / -6,14%) e Localiza (RENT3 / -6,11%). 

Agora falando sobre esta segunda-feira, destaque para o resultado do BTG Pactual, tarifas de Trump e divulgação do Boletim Focus, que sai por volta das 8h30.

E o BTG Pactual (BPAC11) já divulgou seus resultados de outubro a dezembro de 2024, quando apresentou mais um trimestre de crescimento, com lucro líquido ajustado de R$ 3,3 bilhões, alta de 15% em relação ao último trimestre de 2023. No acumulado de 2024, o BTG lucrou R$ 12,3 bilhões, 18% acima do registrado em 2023.

No relatório, o BTG destaca que reportou resultados recordes tanto para o trimestre quanto para o ano, mesmo com a deterioração do cenário macroeconômico ao longo do ano.

Outro destaque importante é o ROE, que mede o retorno sobre o patrimonio líquido e ficou em 23,1% no ano, crescimento ante os 22,7% do ano passado. Isso aponta uma rentabilidade do BTG acima de Itaú (22%), Santander (17%) e Bradesco (12,7%).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse no domingo que anunciará nesta segunda-feira tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para os EUA. Falando aos repórteres no Força Aérea Um, Trump também disse que anunciará tarifas recíprocas na terça ou quarta-feira que entrarão em vigor quase imediatamente.
 

Por Arthur Lessa 11/02/2025 - 08:13 Atualizado em 11/02/2025 - 08:39

O Ibovespa fechou o pregão de ontem em alta de 0,76%, fechando aos 125.571,81 pontos. 

Entre destaques positivos do dia estão Automob (+16,00%), Cogna (+5,92%) e Vamos (+5,42%). Do outro lado, Azul (-3,17%), Embraer (-2,13%) e Raia Drogasil (-1,74%) encabeçam a ponta de baixo.

Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam em alta, impulsionadas pelo setor de siderurgia após as notícias sobre a nova tarifa.

E o dólar, seguindo a gangorra de fevereiro, fechou mais uma vez em queda, agora de 0,13%, a R$ 5,78. No acumulado do mês, a moeda registra desvalorização de 0,87% e, em 2025, de 6,38%.

A terça-feira começa com o mercado de olho no IPCA, a inflação oficial do Brasil, que será divulgada às 9h pelo IBGE. Lá fora o mercado fica de olho nas falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) no Senado dos Estados Unidos.

Por Arthur Lessa 12/02/2025 - 07:49 Atualizado em 12/02/2025 - 08:11

Maior alta do pregão de terça, 11, com 10,08%, o Atacadão, também conhecido como Carrefour Brasil, pode estar se despedindo da bolsa brasileira. O Grupo Carrefour, controlado pelo Carrefour S.A. (França) e o Carrefour Nederland B.V. (Holanda), oficializou ontem a proposta de comprar 100% das ações do Atacadão (CRFB3), que é o Carrefour Brasil. 

Caso seja concretizado o negócio, o Carrefour Brasil se tornaria uma subsidiária integral do Grupo Carrefour e teria capital privado, ou seja, seria deslistada da bolsa.

De acordo com a proposta, os acionistas da CRFB3 terão três alternativas de remuneração pelas ações:

  • Receber R$ 7,70 por ação, em dinheiro;
  • Receber metade (R$ 3,85), em dinheiro, e converter a outra metade para 0,04545 da ação em Paris ou um BDR equivalente;
  • Converter tudo e receber 0,0909 da ação do Carrefour em Paris ou um BDR equivalente.

O valor ofertado representa um prêmio de 32,4% em relação à média do preço das ações nos 30 dias anteriores a 10 de fevereiro de 2025 e de 8,5% em relação ao fechamento de ontem.

Além do impacto direto para os acionistas da empresa envolvida em processos de OPA, Oferta Pública de Aquisição, que é o contrário do IPO, o movimento de fechamento de capital aponta que os acionistas principais, ou grandes investidores, entendem que as ações da empresa estão sendo negociadas a um preço muito baixo, ou seja, com desconto muito alto.

E, por consequencia, esse tipo de acontecimento dá a entender que a Bolsa está barata. E, sinceramente, olhando para as empresas certa, está mesmo!

Por Arthur Lessa 12/02/2025 - 07:49 Atualizado em 12/02/2025 - 07:55

Ontem Ibovespa fechou mais uma vez em alta de 0,76%, a 126.521 pontos, colocando o índice de volta ao campo positivo no acumulado de fevereiro e com alta de 4,95% no acumulado do ano.

Um dos principais fatores desse movimento positivo foi a divulgação do IPCA, o índice oficial de inflação do Brasil, que veio em 0,16% por conta dos descontos aplicados pelo bônus de Itaipu nas contas de energia elétrica. Com esse registro, o acumulado de 12 meses caiu de 4,83% para 4,56%, ainda acima do teto da meta, que é 4,5%.

Na ponta de cima, ficaram Carrefour Brasil (+10,08%), Hapvida (+7,26%) e TIM (+6,95%). Lá embaixo, Automob (-3,45%), Azul (-3,01%) e CSN (-2,21%), diretamente impactada pela taxação de Trump de 25% sobre aço e alumínio, tiveram os piores desempenhos do pregão. 

O campeão do dia, inclusive, pode estar se despedindo da bolsa brasileira. O Grupo Carrefour, controlado pelo Carrefour S.A. (França) e o Carrefour Nederland B.V. (Holanda), oficializou ontem a proposta de comprar 100% das ações do Atacadão (CRFB3), que é o Carrefour Brasil

Olhando pra fora

Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam mistas, com investidores avaliando o impacto das tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio nos Estados Unidos.

Além disso, o mercado segue atento às declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que indicou não ter pressa para ajustar as taxas de juros.

O dólar fechou em queda de 0,31%, a R$ 5,77.

Por Arthur Lessa 13/02/2025 - 07:53 Atualizado em 13/02/2025 - 08:11

Oscilando cada vez menos, o dólar fechou a quarta-feira em leve queda de 0,08%, a R$ 5,76.

O ibovespa, depois de dois seguidos registrando alta de 0,76%, fechou em queda de 1,69%, aos 124.380 pontos. Impactou na queda os dados de inflação dos EUA, medida pelo CPI (Índice de Preços ao Consumidor), que é o IPCA deles e subiu 0,5%.

Esse número foi acima do que esperava o mercado e reforça a previsão de que o Federal Reserve (Fed) pode adiar cortes na taxa de juros da economia norte-americana.

Outro dado que afetou o mercado ontem no Brasil foi a queda de 0,5% do setor de serviços em dezembro de 2024, na comparação com novembro. O resultado, divulgado pelo IBGE, ficou abaixo do esperado pelo mercado, que esperava uma alta de 0,1%.

Entre as maiores altas do dia, ficaram Carrefour Brasil (+2,68%), Vamos (+2,42%) e TIM (+2,19%). Do outro lado, Hapvida (-7,17%), CSN Mineração (-5,83%) e CVC (-5,67%) tiveram os piores desempenhos da sessão.

Entre as 87 ações que compõe o Ibovespa, apenas 9 fecharam o dia em alta. Carrefour, Vamos, Tim, Hypera Farma, Azul, Pão de Açúcar, Vivo, BB Seguridade e Natura.

Nos Estados Unidos, queda do S&P 500, com -0,27%, e Dow Jones, com -0,50%, enquanto a Nasdaq ficou no 0x0. 

Junto aos números decepcionantes da inflação, os investidores também reagiram ao discurso de Jerome Powell, presidente do Fed.

No Congresso, Powell deixou claro que que o banco central segue na avançando na luta contra a inflação, mas “ainda não chegou lá”, o que indica que a postura monetária seguirá restritiva. Ou seja, sem redução de juros.

E da Casa Branca, no lugar de novas tarifas, chegam informações de que o presidente Donald Trump e o líder russo, Vladimir Putin, conversaram sobre um possível acordo de paz na Ucrânia, o que trouxe algum alívio para os mercados.

A bolsa russa, por exemplo, é o destaque do momento, com alta de 6,30% às 7h50 desta quinta.

Por Arthur Lessa 14/02/2025 - 07:52 Atualizado em 14/02/2025 - 07:53

O Ibovespa fechou a quinta-feira em alta de 0,38%, aos 124.850 pontos, impulsionado principalmente pelas altas das empresas de maior peso no índice, como Vale, Petrobrás e bancos. AS maiores altas foram Braskem (5,38%), Usiminas (+3,35%) e CSN Mineração (+3,19%). Já na outra ponta, queda da BRF (-3,76%), Automob (-3,70%) e Marfrig (-3,21%).

Em mais um dia de movimento tímido, o dólar fechou em leve alta de 0,10%, cotado a R$ 5,77.

Nos EUA, bolsas para cima com anúncio do presidente Donald Trump de aplicação das chamadas tarifas de reciprocidade a países exportadores de produtos para os EUA. 

As novas taxas serão calculadas caso a caso e com base em taxas, impostos, subsídios e outras práticas comerciais que Trump considera injustas. Na Casa Branca, Trump afirma que seu governo “quer condições de concorrência equitativas”. 

A prioridade será para os países com os quais os Estados Unidos têm os maiores déficits comerciais, ou seja, dos quais mais compram do que vendem.

O IBGE divulgou ontem os dados do varejo brasileiro. 

As vendas do comércio varejista subiram 4,7% em 2024 em relação ao ano anterior. Essa foi a 8ª alta anual consecutiva e a maior taxa de crescimento desde 2012, quando subiu 8,4%. 

O varejo ampliado –que inclui veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo– teve alta de 4,1% em 2024 em relação a 2023.

Vale ressaltar que, na prática, esses números mostram que, com boa vontade, podemos dizer que o varejo ficou de lado em 2024. Afinal, se subiu 4,7% em um momento de inflação de 4,83%, o que aconteceu foi apenas a atualização dos preços. Ou seja, quem vendia 10 calças por dia seguiu vendendo 10 calças por dia. 

Por Arthur Lessa 06/03/2025 - 17:34 Atualizado em 06/03/2025 - 17:35

Muitos brasileiros tem pra si que "o ano só começa de verdade depois do Carnaval".

Se é assim, por que não planejar esse Ano Novo?

E hoje eu não quero falar do orçamento cotidiano, das contas que se repetem a cada mês, como financiamentos, aluguel, energia, água, escola das crianças e por aí vai...

A proposta que eu faço a você é definir um calendário daqueles gastos que consideramos imprevistos, mas que não deveriam ser.

Se você tem um imóvel, pagará o IPTU no começo do ano.

Se você tem um automóvel, pagará o IPVA no mês definido pela placa.

Em maio tem Dia das Mães, em agosto tem Dia dos Pais.

Se você tem filhos pequenos, vai gastar no Dia das Crianças em outubro. Então coloque na conta.

Além disso tem a Páscoa, Natal, aniversários de pessoas queridas,...

Então a minha dica é a seguinte:

Pegue uma folha em branco, ou crie uma planilha no Excel, se preferir, e divida em 12 espaços representando os 12 meses do ano, começando em março de 25 e terminando em fevereiro de 26.

Depois anote esses gastos no mês adequado junto com o valor que você pretende gastar em cada um deles. É importante ser realista nesse ponto.

Agora, por fim, some os valores de cada mês.

Pronto... Agora mantenha essa programação num local visível e não sofra mais com esses gastos nada imprevistos.

Por Arthur Lessa 09/04/2025 - 09:32 Atualizado em 09/04/2025 - 09:38

Ray Dalio, uma das vozes mais influentes do mercado atual, afirma que as tarifas de Trump são apenas ruído; o verdadeiro problema que vamos enfrentar é o colapso dos sistemas globais. Segundo ele, o dinheiro está se afogando em dívidas, a política está uma bagunça com populistas se chocando e a geopolítica está mudando de "somos todos amigos" para "cada país por si".

Como o artigo é longo (confira aqui a íntegra), resumi os cinco pontos críticos que levam Dalio a defender a ideia de que estamos vendo o fim do mundo como o conhecemos hoje.

  1. A ordem monetária/economica está se desintegrando pelo fato de as grandes economias estarem baseadas em dívidas insustentáveis e crescentes. Enquanto devedores, como os EUA, seguem contraindo dívidas cada vez mais caras, outros, como a China, já tem créditos demais acumulados. Além disso, a relação de dependência comercial da China, que vive de vender seus produtos fabricados a baixo custo para os EUA, com os EUA, que não vivem sem os produtos baratos vindos da China, que agora se movimentam como inimigos.
  2. A ordem política doméstica está se desintegrando ´por conta dos desequilibrios dos níveis de educação, de oportunidades, de produtividade de renda e riqueza e valores. Essa falha do sistema cria um cenário fértil para ascensão de populistas, tanto de esquerda quanto de direita, que leva à frigilização do Estado de Direito e, posteriormente, a regimes autocráticos.
  3. A ordem mundial geopolítica internacional está se desintegrando pelo fim da era de uma potência dominante que dita a ordem que outros países seguem. A postura cooperativa adotada até então pelos EUA dá lugar a uma abordagem de "América em primeiro lugar". 
  4. Atos da natureza (secas, inundações e pandemias) são cada vez mais perturbadores, e
  5. Mudanças surpreendentes na tecnologia, como a IA, terão alto impacto em todos os aspectos da vida, incluindo a ordem monetária/dívida/econômica, a ordem política, a ordem internacional (afetando as interações entre os países econômica e militarmente) e os custos dos atos da natureza.

No artigo, Ray Dalio afirma que o mundo já viu cenários muito semelhantes ao atual pouco antes de grandes mudanças da economia mundial e, voltando ao início, deixa o alerta para que você não cometa o erro de pensar que o que está acontecendo agora é principalmente sobre tarifas.

Por Arthur Lessa 21/04/2025 - 09:20 Atualizado em 21/04/2025 - 09:33

Aproveitando que estamos na temporada 2025 da Declaração de Imposto de Renda, referente ao movimento financeiro de 2024, trago a seguinte proposta: aumente a sua restituição em 2026.

Via de regra, o cidadão comum paga mensalmente o imposto de renda referente ao salário que recebe.

Levando em conta que o imposto foi pago durante o ano, e que é possível deduzir da renda os gastos com saúde, educação e dependentes, a declaração é o momento de recalcular o imposto e, como resultado, receber de volta do Governo o que foi pago a mais.

O que muitos não sabem é que existe mais um tipo de dedução, que, com a orientação correta, possibilita uma redução de até 12% da renda tributável, que é a base de cálculo do imposto: Previdência Privada.

Num exemplo simplista, se o cidadão paga 20% de imposto sobre uma renda de R$ 100 mil, serão R$ 20 mil pagos à Receita. Tendo R$ 12 mil investidos em um plano de previdência PGBL, a renda tributável desce para R$ 88 mil e o imposto, nos mesmos 20% sobre a renda, baixa para R$ 17,6 mil. 

São R$ 2.400,00 a menos de imposto, que voltarão em forma de restituição de forma totalmente legal. 

Isso sem contar com outros fatores benéficos de investir em Previdência, como o próprio fato de investir para o seu "futuro eu", portabilidade de investimento e imposto de renda reduzido no momento do resgate do dinheiro.

Mas, por se tratar de uma modalidade com condições bastante específicas e que não pode ser alterados posteriormente, é importante contar com a orientação de um profissional de confiança e independente para a contratação.

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Por Arthur Lessa 08/05/2025 - 08:09 Atualizado em 08/05/2025 - 08:11

Deu a lógica.

Deu o esperado.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central confirmou ontem a expectativa do Mercado e subiu a taxa Selic em 0,5%, de 14,25% para 14,75%.

No comunicado, um ponto de atenção é a identificação de que, apesar de a inflação se manter acima da banda de tolerância da meta, é possível identificar uma moderação no movimento, o que é um bom sinal.

Mas o ponto mais importante a ser analisado no comunicado é sobre a próxima reunião. 

Ao contrário das últimas reuniões, desde o ano passado, não há uma indicação do que acontecerá na próxima reunião, no fim de junho.

Ao citar que "o estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária”, o Comitê deixa no ar a possibilidade de termos chegado ao final do ciclo de alta da taxa de juros.

Esse mudança depende, principalmente, de três pontos:

  • Como irá evoluir a política comercial dos EUA com outros países nos próximos meses;
  • O comprometimento do Governo com a gestão fiscal, principalmente nas questões de gastos e segurando medidas de incentivo ao crédito, que aquecem a economia, gerando inflação;
  • A resiliência das inflações do mercado de trabalho e do setor de serviços;

Para o investidor de Renda Fixa, isso significa que o CDI passa a render quase 1,15% ao mês. Líquido de imposto, vai de 0,89% a 0,97% por mês. 

Já a poupança, não muda, já que a rentabilidade dessa modalidade é de 70% da Selic, com limite de 0,5% ao mês.

Nas bolsas

E ontem, o Ibovespa fechou em compasso de espera, esperando a definição dos juros no Brasil e nos EUA. 

O principal índice da nossa bolsa caiu 0,09%, aos 133.398 pontos.

Assim como no Brasil, o Fed divulgou no meio da tarde o que o Mercado já esperava: manutenção da taxa de juros no intervalo entre 4,25% e 4,5% ao ano. 

O presidente do Fed, Jerome Powell, disse que não há pressa em ajustar as taxas de juros, acrescentando que as tarifas do governo Trump podem levar a um aumento da inflação e do desemprego.

Essa decisão mantem a atratividade do mercado americano para o capital estrangeiro, o que jogou o dólar pra cima, que fechou em alta de 0,62% sobre o real, cotada a R$ 5,75.

Já nas bolsas americanas, S&P 500 subiu 0,43%, Nasdaq teve alta de 0,27% e Dow Jones avançou 0,70%.

Por Arthur Lessa 12/05/2025 - 09:54 Atualizado em 12/05/2025 - 09:56

Bom dia Adelor, bom dia ouvinte, bom dia investidores

O Ibovespa fechou a sexta-feira com leve alta de 0,21%, aos 136.511 pontos. Na semana, o índice fechou em alta de 1,02%.

A alta da sexta-feira teve como protagonista o Itaú, que valorizou 5,41% e fechou na máxima histórica R$ 37,23.

Por outro lado, o último pregão foi cruel com as companhias aéreas. A Gol fechou com queda de 25,21%, enquanto a Azul caiu 11,89%.

Já o dólar, na gangorra que faz com a nossa bolsa, recuou 0,11% e fechou cotado a R$ 5,65. 

Já nos Estados Unidos, Wall Street encerrou a semana com um tom mais cauteloso, na véspera de negociações comerciais entre EUA e China. 

Os índices S&P 500, Nasdaq e Dow Jones apresentaram pouca variação ao longo do dia e fecharam praticamente de lado. 

E para hoje, três fatos estarão com destaque no radar do investidor.

O primeiro é para a trégua firmada entre EUA e China, que anunciaram acordo de 90 dias com suspensão da maior parte das tarifas recíprocas enquanto negociam outros termos.

Tanto EUA irá reduzir de 125% para 10% o imposto de importação dos produtos importados da China, quanto a China para os produtos americanos.

Sobre a novela do Banco Master, dois fatos importantes.

Um é a queda da liminar que impedia a assinatura do contrato de compra de 58% do Master pelo BRB (Banco Regional de Brasília).

O desembargador João Egmont Lopes, que derrubou a liminar, ressaltou que a concretização do negócio ainda depende da aprovação do Banco Central e do Cade e, portanto, não há urgência que justifique uma liminar para barrar o negócio.

Outro fato sobre o Master é o empréstimo de R$ 4 bilhões concedido pelo FGC, Fundo Garantidor de Crédito. 

A ideia desse aporte de socorro tem o objetivo de dar tempo ao banco para que encontre soluções para o problema de liquidez que tem enfrentado atualmente.

O Master fechou 2024 com mais de R$ 7,5 bilhões de títulos a vencer até junho, além de outro R$ 8,4 bilhões no segundo semestre.

Aí o investidor que tem títulos do Master na carteira pode estar se perguntando: E agora?

E eu respondo:

Se você não tem, não compre

Se você tem, não compre mais.

Outra medida importante é entender se a soma dos seus títulos do Master está abaixo do limite de R$ 250 mil, somando o valor investido e o rendimento previsto até o vencimento. Se estiver, dentro do limite, apenas acompanhe

Se algo acontecer com o Master que impeça o pagamento, o FGC tem saldo para compensar os investidores.

Por Arthur Lessa 13/05/2025 - 07:42 Atualizado em 13/05/2025 - 09:44

O Ibovespa fechou o pregão de ontem de lado, com alta de 0,04%, aos 137.563 pontos. A alta colocou o índice em nova máxima para o ano. 

A segunda-feira foi de otimismo nos mercados globais após Estados Unidos e China concordarem em reduzir temporariamente tarifas mútuas sobre seus produtos. 

O dólar avançou 0,53%, cotado a R$ 5,68.

Já no exterior, o alívio nas tensões comerciais teve como reflexo a alta das bolsas em Wall Street e na Europa. 

O S&P 500 saltou 3,26%, enquanto o Nasdaq Composite subiu 4,35%. Na Europa, o Stoxx 600 avançou 1,21%.

Na temporada de resultados, a Petrobras reportou lucro de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre deste ano, alta de 48,6% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. 

A receita de vendas da estatal subiu 4,6% nos primeiros três meses de 2025, para R$ 123,14 bilhões, ante os R$ 117,72 bilhões do mesmo período de 2024.

A Petrobras anunciou também o pagamento de dividendos e JCP no valor de R$ 11,72 bilhões em duas parcelas nos meses de agosto e setembro. 

A primeira, no valor de R$ 0,45458310 por ação ordinária e preferencial em circulação, será paga em 20 de agosto de 2025, sob a forma de juros sobre capital próprio.

A segunda parcela, em R$ 0,45458309 por ação ordinária e preferencial em circulação, será paga em 22 de setembro de 2025. 

Desse valor, R$ 0,30844749 sob a forma de dividendos, e R$ 0,14613560 sob a forma de juros sobre capital próprio.

O yield dessa distribuição sobre o preço de fechamento de segunda (12) da PETR4, de R$ 31,77, é de 2,86%. 

E no radar de hoje dos investidores estará a ata do Copom, publicada pelo Copom às 8h. 

O Comite do Banco Central definiu, na semana passada, pelo aumento da Selic de 14,25% para 14,75%, mas não deixou claro o próximo movimento. 

Existem duas apostas no Mercado: fica como está para, depois, iniciar ciclo do baixa ou sobe para 0,25%.

Por Arthur Lessa 15/05/2025 - 07:51 Atualizado em 15/05/2025 - 07:51

O Ibovespa fechou a quarta-feira em queda de 0,39%, aos 138.423 pontos, um dia depois de conquistar nova máxima histórica no pregão de terça. 

Entre os destaques do dia ficou a Azul, que derreteu 16% depois de apresentar o balanço do primeiro trimestre de 2025 com prejuízo líquido ajustado de R$ 1,8 bilhão.

Já o dólar subiu 0,42% frente ao real, fechando o dia cotada a R$ 5,63. 

Nos EUA, S&P 500 e Nasdaq fecharam em alta, enquanto Dow Jones fechou em queda.

Aqui do lado, a Argentina anunciou ontem um plano para reduzir e, talvez, abolir os impostos de importação cobrados sobre eletrônicos. 

O objetivo é baixar os preços desses produtos, que chegam a custar o dobro do que no Brasil e nos Estados Unidos.

De acordo com o porta-voz da Presidência, é “ridículo” um cidadão viajar a outro país para adquirir um aparelho por preços mais baratos. 

O plano inclui a redução de impostos sobre celulares, televisões, videogames e ar-condicionados importados.

No radar de hoje, os dados de vendas no varejo de março. As projeções apontam para uma alta de 1%, ante avanço de 0,5% no mês anterior.

E na área bancária, depois de Bradesco e Itaú, é a vez do Banco do Brasil apresentar os resultados do primeiro trimestre. Os dados serão publicados após o fechamento dos mercados.

É consenso entre analistas da Bloomberg, Goldman Sachs e XP a expectativa de um resultado mais tímido em decorrência, principalmente, do aumento de provisões referentes ao setor de crédito rural.

E, pra fechar:

Ontem, em entrevista ao Wall Street Journal, Warren Buffet falou sobre a decisão de deixar o comando da Berkshire Hathaway, dando espaço a Greg Abel, de 62 anos.

Buffet, de 94 anos, assumiu o comando da companhia em 1965, aos 34 anos de idade.

Segundo ele, não houve um "dia mágico” ou um evento marcante para a decisão, mas alguns sinais cotidianos apontaram que seria o momento de passar o bastão, como episódios de desequilíbrio e outros de esquecimentos de nome.

Junto a isso, Warren afirma que vê há anos que Greg tem entregado cada vez mais energia ao trabalho enquanto ele próprio tem conseguido entregar cada vez menos.

Em resumo: Warren Buffet sentiu que a idade chegou… aos 94 anos.

Por Arthur Lessa 16/05/2025 - 07:56 Atualizado em 16/05/2025 - 08:16

Descolo dos ruídos sobre preocupações fiscais, o Ibovespa fechou ontem em alta de 0,66%, aos 139.334 pontos. É a primeira vez que o índice fecha acima dos 139.000 pontos.

Essa alta acontece apesar da notícia divulgada pelo Estadão de que o governo estuda novas medidas de estímulo para impulsionar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de olho nas eleições de 2026.

As medidas incluiriam um aumento no valor do Vale Gás e uma linha de crédito especial para motoristas de aplicativos.

Haddad até tentou amenizar o impacto afirmando que as medidas cumprirão as diretrizes  do arcabouço fiscal, mas sem muito resultado.

É importante ressaltar que o impacto dessas medidas na economia não se restringe a popularidade do presidente.

Medidas de distribuição de renda e aumento de crédito são fatores geradores de inflação, que é exatamente o que o Banco Central vem tentado enfrentar e que levou a taxa Selic aos quase 15% ao ano que vem hoje.

Por isso eu digo, e temos hoje outro exemplo, que o Governo segue pisando no acelerador enquanto o Banco Central pisa no freio

Por conta disso, o dólar subiu 0,83% e fechou cotado a R$ 5,68

Entre as principais negociações do dia, destaque negativo para as ações da Eletrobras, que estão do FGTS de muitos brasileiros. Elas recuaram 5% após a divulgação do balanço da companhia registrando prejuízo líquido ajustado de R$ 81 milhões no primeiro trimestre de 2025. 

Por outro lado, informação importante no mercado foi o anúncio de fusão da Marfrig com a BR Foods. A nova empresa terá o nome de MBRF Global Foods Company, que deve ser redomiciliada, levando a sede para os Estados Unidos.

Marcos Molina, controlador e presidente dos conselhos das duas empresas, afirmou ao Valor que a administração vem preparando a BRF para este momento há três anos, desde que a Marfrig assumiu o controle da companhia de aves e suínos.

A efetivação do negócio se dará pela troca de cada ação da BRF por 0,85 ação da Marfrig.

A nova empresa MBRF nasce como uma das maiores do setor no mundo, presente em 117 países com marcas como Sadia, Perdigão, Qualy, Banvit e Bassi.

No exterior, o S&P 500 subiu pela quarta sessão consecutiva, dando continuidade ao rali desta semana após acordo entre EUA e China.

S&P 500 subiu 0,65%, Dow Jones teve alta de 0,41% e Nasdaq caiu 0,18%.

E, pra fechar, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, anunciou ontem que o Tesouro pretende ampliar o horário de negociação dos títulos Tesouro Selic para 24 horas por dia, 7 dias na semana. Segundo ele, a mudança deve ser implementada entre setembro e outubro.

Outra novidade prevista pelo Tesouro, a ser anunciada depois da ampliação de horário do Tesouro Selic, está sendo chamada de “poupança de emergência”. Segundo Ceron, a ideia é ter uma caixinha mais clara de um investimento adequado, sem que o investidor corra riscos caso precise utilizar esse recurso.

Por Arthur Lessa 19/05/2025 - 08:49 Atualizado em 19/05/2025 - 08:49

O Ibovespa fechou a sexta-feira em queda de 0,11%, em reação a balanços de empresas listadas. 

No acumulado da semana, o índice acumulou alta de 1,96%.

O destaque negativo do último pregão ficou com o Banco do Brasil, que caiu mais de 12,5% depois de o resultado do balanço do primeiro trimestre ficar abaixo do esperado.

A bolsa também foi impactada pela criação da MBRF, empresa nascida da fusão anunciada da Marfrig, que viu suas ações dispararem 21,35%, e BRF, que teve alta de 0,78% das ações.

Já o dólar caiu 0,19% ante o real na sexta-feira, cotado a R$ 5,67. Na semana, entre altos e baixos, a moeda americana valorizou apenas 0,25%.

No exterior, os principais índices de Nova York estenderam a alta iniciada com o anúncio da trégua na guerra comercial entre EUA e China. 

Pro radar de hoje, o principal destaque é a agência de risco Moody's, que rebaixou a nota de crédito soberana dos Estados Unidos de AAA, maior possível, para AA1. O fato é histórico, já que desde 1917 a Moody's mantinha a nota de crédito na economia americana no nível máximo.

O anúncio teve efeitos já na sexta-feira, com as taxas de títulos americanos subindo e os ativos dos EUA apresentando perdas no after market.

A decisão da Moody’s se baseia principalmente no crescimento persistente da dívida pública americana e dos gastos com juros.

Segundo a agência, a relação dívida/PIB dos EUA deve saltar de 98% em 2024 para 134% em 2035. No mesmo período, o déficit anual pode passar de 6,4% para quase 9% do PIB.

A Moody’s foi a última das três grandes agências a retirar o rating máximo dos EUA. 

A S&P Global tomou essa decisão em 2011, e a Fitch seguiu o mesmo caminho em agosto de 2023. 

A Moody’s havia sinalizado esse risco em novembro do ano passado, quando alterou a perspectiva da nota americana para negativa.

Além do impacto de imagem, que é algo mais subjetivo, a classificação de risco impacta diretamente na possibilidade de investimento de fundos soberanos e de pensão, em empresas e países. 

Se a nota cai, muitos desses fundos são literalmente obrigados a desinvestir nesses ativos.

O impacto da nova classificação da economia norte-americana já está fazendo preço no pré-mercado, com os futuros de Wall Street operando em baixa, com S&P 500 (-1,18%), Dow Jones (-0,79%) e Nasdaq (-1,57%).

Já o futuro do índice EWZ, que acompanha o Ibovespa em Nova York, cai 0,43% na prévia do pregão.

E no Brasil, além dos impactos que virão certamente dos EUA, devemos acompanhar os impactos da crise aviária que chegou no Brasil e deve afetar, entre as empresas da Bolsa, principalmente a catarinense BRF. 

Por Arthur Lessa 20/05/2025 - 07:40 Atualizado em 20/05/2025 - 08:52

O Ibovespa renovou sua máxima histórica no primeiro pregão da semana, fechando nos 139.636 pontos. Uma valorização de 0,32%. 

O movimento foi impactado pelas declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, de que as taxas de juros devem continuar em nível muito restritivo. 

Essa fala deixa no ar mais uma vez a previsão de estarmos chegando ao fim do ciclo de aperto de juros.

O Banco do Brasil ontem teve mais um dia de quedas, ainda no efeito dos resultados ruins registrados no primeiro trimestre. Foram mais 2,57% de desvalorização, fechando a R$ 25,04. Foram 14,8% de queda em apenas dois pregões. 

O principal impacto sentido pelo BB vem do setor agro, que tem sofrido financeiramente, registrando inadimplência e, em muitos casos, recuperações judiciais.

E pode ainda piorar antes de melhorar, já que a chegada da gripe aviária ao país pode causar prejuízo mensal de US$ 300 milhões. Essa projeção do BTG Pactual considera que os países que impuseram bloqueio de importação das aves brasileiras representam 42% do valor exportado em 2024.

No mercado de Fundos Imobiliários, destaque de ontem foi o anúncio de venda de todo o portfólio de imóveis do SARE11, administrado e gerido por empresas do grupo Santander, para o BTLG11, fundo imobiliário logístico do BTG Pactual.

A conclusão do negócio, que deve movimentar R$ 476 milhões, depende de aprovação em Assembleia convocada pela gestão do SARE11, que conta hoje com cerca de 30 mil cotistas.

No câmbio, o dólar perdeu força em todo o mundo por conta do rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela Moody’s na última sexta-feira (16). 

A moeda americana caiu 0,25% contra o real e fechou cotada a R$ 5,655.

Por outro lado, a redução de classificação dos EUA não impactou as bolsas de Nova York, que fecharam em alta na segunda-feira.

O índice Dow Jones foi a que mais subiu (0,33%), seguido pelos movimentos tímidos do S&P500 (0,09%) e Nasdaq (0,02%).

Por Arthur Lessa 21/05/2025 - 08:12 Atualizado em 21/05/2025 - 08:17

 

O Ibovespa fechou acima dos 140.000 pontos pela primeira vez nesta terça-feira (20). O principal índice da B3 avançou 0,34%, para 140.109 pontos.

O dólar avançou 0,26% ante o real, cotado a R$ 5,67.

As ações da Gol subiram 12,09% com o anúncio de que espera deixar o Chapter 11 nos EUA (processo similar à recuperação judicial no Brasil) depois que uma corte de Nova York aprovou seu plano de reestruturação. 

E, enquanto o mercado ainda sente o impacto da redução de rating de crédito da economia americana, o Morgan Stanley anunciou a elevação da classificação das ações do Brasil para overweight, que é equivalente a indicação de compra.

O banco citou aos clientes que a indicação é baseada no potencial início de uma mudança na política fiscal, de olho nas eleições de 2026, o fim da alta da Selic e os valuations baratos das ações na nossa bolsa.

No cenário macroeconômico, investidores aguardam o anúncio de medidas fiscais apresentadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  

Nos EUA, as bolsas de Nova York recuaram após o rali dos últimos dias. O S&P 500 caiu 0,39%, enquanto Nasdaq e Dow Jones tiveram baixas de 0,38% e 0,27%, respectivamente.

E, agora, dois destaques de empresas brasileiras negociadas em Nova York

O conselho de administração da XP aprovou um novo programa de recompra de ações equivalente em dólares norte-americanos de até R$ 1 bilhão. 

Segundo comunicado da XP, as ações poderão ser recompradas a preço de mercado, ou em transações privadas, no período de 21 de maio de 2025 até a conclusão do programa de recompra, ou 31 de dezembro de 2026, o que acontecer primeiro, a depender de condições de mercado.

Recompra de ações, principalmente no mercado americano, tem o objetivo de remunerar o acionista ao valorizar os papéis reduzindo as ações em circulação no mercado e, muitas vezes, cancelando essas ações. Quanto menos ações uma empresa tem, maior é o pedaço da empresa representado em cada uma.  

E mais um baque para os investidores do Nubank.

Dias depois de ver Warren Buffet anunciando a venda de todas as ações que tinha do banco, o Nu anunciou a saída de Youssef Lahrech, atual presidente e diretor de Operações, deixará os cargos executivos após quase seis anos na companhia. 

As duas funções executivas serão assumidas pelo CEO e cofundador do Nubank, David Vélez, de acordo com a fintech. Segundo comunicado da instituição, as mudanças ajudarão a otimizar a eficiência e a velocidade das operações.

Esta é a segunda mudança feita pelo Nubank na estrutura da diretoria neste ano. Em março, a fintech anunciou que Vélez retomaria o comando direto da liderança, para simplificar as operações. Com isso, cinco executivos passaram a reportar a ele de forma direta, entre eles Lahrech.

Por Arthur Lessa 22/05/2025 - 08:57 Atualizado em 22/05/2025 - 08:58

O Ibovespa caiu com força ontem, recuando 1,59% e fechando aos 137.881 pontos. 

O movimento contou com alguma realização de lucros, mas seguiu principalmente os movimentos também negativos das bolsas americanas.

Dow Jones caiu 1,91%, S&P 500 caiu 1,61% e Nasdaq caiu 1,41%.

Já o dólar, deixando de lado a gangorra que normalmente acontece com i Ibovespa, também caiu 0,46% ante o real e fechou o dia cotado a R$ 5,64.

Esse movimento de quedas generalizadas é efeito do pessimismo que voltou ao radar dos investidores. 

A preocupação é sobre a capacidade dos EUA de controlar o crescimento de seu déficit fiscal, que ameaça seu status de porto seguro para investimento de todo o mundo.

Esse tema foi destacado pelo ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steve Mnuchin, durante a participação no Fórum Econômico do Catar. 

Segundo ele, o déficit orçamentário é um problema pior que os desequilíbrios comerciais e deve ser prioridade do Governo Federal. 

E pra piorar, como efeito do rebaixamento da nota de crédito pela agência Moody’s, os EUA tem enfrentado um problema de captação de dinheiro pelos títulos do Tesouro. 

Ontem a demanda fraca no leilão de ativos das Treasuries no valor de US$ 16 bilhões impulsionou os juros pagos pelos títulos de dívida do governo dos EUA a patamares históricos, acima de 5% ao ano.

E isso impacta também no Brasil e na Selic, já que, mesmo perdendo a nota máxima, a economia norte americana segue sendo uma economia sensivelmente mais seguro e atraente para investimentos que o Brasil.

Então, se sobem os juros por lá, sobem os juros aqui. Ou, pelo menos, fica mais difícil de cair.

Por outro lado, as intempéries enfrentadas pela economia americana, que tem afetado inclusive as empresas listadas nas bolsas de Nova York, deve seguir incentivando o fluxo de capital estrangeiro para empresas da bolsa brasileira, que pode resultar em valorizações pontuais de algumas empresas, mesmo que o índice não replique essa valorização na mesma medida.

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