Não vejo a mínima necessidade do técnico Mazola Júnior ficar em cada entrevista coletiva lembrando as cinco derrotas do Criciúma no início do campeonato.
O time foi derrotado nos cinco primeiros jogos desta série B. Ponto.
Quando o técnico foi contratado a lanterna sem qualquer ponto conquistado era realidade, então já sabido por todos e sua missão era evitar o rebaixamento.
Com muito trabalho e dedicação no exercício do comando, Mazola foi aos poucos usando de forma inteligente o que tinha à disposição e que não era muito e conquistando pontos que na penúltima rodada do primeiro turno tiraram o time da zona da degola. Méritos totais ao treinador.
Por isso ficar lembrando um passado que não lhe pertenceu não é necessário. Talvez Mazola Júnior queira sugerir que se estivesse desde o começo estaria hoje colocado no G-4. Seu rendimento de 53% em 15 jogos é o mesmo do Avaí atual terceiro colocado.
Como pegou um barco à deriva e lhe deu um rumo seguro, ao invés de espetar o passado o mais correto é continuar focado no presente e continuar fazendo este bom trabalho para livrar em definitivo o time do rebaixamento.
Só lembrando que a distância do Z-4 ainda é muito curta.
Fundado em 13 de maio de 1947 o Comerciário E.C. levou quase duas décadas para conquistar seu primeiro grande título. Até então o time fundado por pessoas do centro de Criciúma detinha somente o título de “Mais querido”, mesmo assim bastante contestado, pois o próprio Lédio Burigo, um dos dirigentes do clube admitiu que alguns votos “foram comprados”. Isto aconteceu lá pelos idos de 1964.
Dois anos depois com Algemiro Manique Barreto na presidência, o Comerciário lançou um plano de vendas de títulos patrimoniais e com a receita conseguiu construir o complexo esportivo com piscina, ginásio de esportes, entre outros.
Mas título de campeão que era bom mesmo, só viria em 1968 quando já parecia que a década de 1960 seria mais uma década perdida.
Comandados pelo técnico Ítalo Alpino o elenco formado por Batista. Ney, Conti, Lili, Toco, Marcos, Oli, Bita, Deda, Sado, Jair, Chiquinho, Alemão, Bossinha, Ivan, Valério e Darlan faria uma campanha vitoriosa culminando com a vitória por 2x0 sobre o Caxias de Joinville no Estádio Adolfo Konder em Florianópolis. Darlan e Jair marcaram os gols do título.
Antes mesmo da final o Comerciário já havia comemorado o título com escola de samba e tudo mais. Mesmo assim teve que fazer um jogo extra contra o Caxias que ganhou um processo na Federação recuperando os pontos de uma partida contra o Guarani de Lages.
Depois do título, a última grande conquista do Comerciário foi a vitória sobre o Metropol por 2x1 quebrando um velho tabu no dia 04 de maio de 1969.
No ano seguinte, vítima de uma forte crise financeira o clube paralisaria suas atividades no futebol profissional, fortalecendo nos anos de inatividade seu quadro social.
O Comerciário retornou ao futebol somente em 1976 e depois com a mudança de nome começaria sua trajetória de grandes conquistas.
Este texto foi retirado da revista “História do Criciúma” que editei em 1992.
O Comerciário EC em 1949 foi o primeiro time de Criciúma na história a participar do campeonato estadual.
Naqueles velhos tempos não havia o mínimo do que acontece nos dias de hoje em relação ao acompanhamento com detalhes dos jogos que inclusive extrapolam aos resultados e classificação das competições em todos os níveis. O scout é atualmente uma ferramenta indispensável aos clubes, pois registra qual o percentual da posse de bola em cada jogo, quantos passes um time concluiu, quanto correu cada jogador e todas as informações possíveis numa partida de futebol.
Antigamente, lá nos primórdios dos campeonatos estaduais foram guardadas pouquíssimas informações e assim a dificuldade de hoje para que pudéssemos precisar, no mínimo, de que forma se apuravam os campeões.
O que sabemos e sobrou na memória é que o campeonato estadual catarinense teve sua primeira edição em 1924 disputado apenas por clubes de Florianópolis. Alguns anos depois equipes de Mafra, Blumenau e Joinville também entraram na disputa e somente em 1949 é que entraram times do sul do estado.
Comerciário EC em 1949 (Foto: Acervo de Murici José Burigo)
Hercílio Luz de Tubarão e Comerciário foram os pioneiros.
A Federação Catarinense de Desporto que depois seria denominada Federação Catarinense de Futebol optou a pedido dos clubes pelo sistema de eliminatórias por zonas.
Pela Zona Norte jogaram Atlético de São Francisco do Sul, Olímpico de Blumenau, Ipiranga de Canoinhas e Juventus de Porto União.
Pela Zona Sul, Avaí, Hercílio Luz e Comerciário.
O Olímpico derrotou o Juventus na semifinal sagrando-se campeão da Zona Norte e o Avaí que derrotou o Hercílio Luz venceu a Zona Sul.
No confronto dos dois campeões levou a melhor o time de Blumenau que venceu os dois jogos finais. O primeiro em Blumenau por 6x1 e o segundo na capital por 4x1.
Infelizmente não existe registro dos jogos do Comerciário no primeiro campeonato estadual que disputou.
Dia 25 de Novembro encerra-se a jornada mais duradoura de um ídolo, um gênio do esporte automotor, um corredor que fez os olhos do público pularem com suas ultrapassagens dificílimas. Polêmico e ao mesmo tempo brilhante, teve momentos de desavenças, de escolhas arriscadas, de injustiças, até trapaças, mas principalmente glórias. Glórias essas que não se sustentam apenas em dois campeonatos conquistados em 16 anos, mas em dois títulos ganhos na raça, desbancando o maior vencedor da história, com mais 32 vitórias na carreira, 22 poles e 97 pódios.
Fernando Alonso vai buscar novos ares na carreira, novos objetivos, seguir os rumos de Graham Hill e Jim Clark e se tornar não apenas um ótimo piloto de F1, mas um piloto completo, de multicategorias. O espanhol se encantou quando disputou a Indy 500 ano passado, festejou como se fosse um título quando conquistou as 24 Horas de Le Mans esse ano e agora vive um novo momento com foco na conquista da Tríplice Coroa (Vitórias em Le Mans, GP de Mônaco e Indy 500).
O “Príncipe” das Astúrias começou sua carreira já como uma promessa, na pequeníssima Minardi, em 2001, que mesmo sem pontuar já fazia atuações brilhantes, que o levaram a Renault no ano seguinte.
E entre 2003 e 2006, Alonso fez a escuderia francesa sair da quarta força para competir pelo título, batendo de frente com a imbatível Ferrari de Michael Schumacher. E Alonso venceu. Não só uma vez, mas duas! Com um carro que não era o melhor, e que ainda via a McLaren de Raikkonen surgir como rival à altura. Venceu na raça, desbancou um heptacampeão mundial, de pneus Michelin, que apresentaram vários problemas durante a temporada de 2005, contra os sob medida pneus Bridgestone da Ferrari.
Fernando Alonso
Em 2007, o chefe de equipe da McLaren, Ron Dennis, vendo sua equipe em ascensão, apostou em um novo projeto, ter um piloto de ponta e um jovem em potencial. Foi assim que a F1 teve a dupla mais talentosa dos últimos anos dividindo a mesma garagem: Fernando Alonso e o campeão da GP2 Lewis Hamilton. Uma dupla que, para o desejo de Ron Dennis, quebrava o paradigma de piloto principal e escudeiro, muito utilizado pela Ferrari e pela Renault nos dois anos anteriores, para deixar os dois se digladiarem.
Durante a primeira metade da temporada, o plano parecia dar muito certo, chegando nas férias com Hamilton em primeiro e Alonso em segundo. Mas dali para frente o clima começou a esquentar. Alonso batia o pé pedindo preferência na equipe, Ron Dennis começava a mostrar mais interesse em Hamilton, dois grupos totalmente divididos entre equipe Hamilton e equipe Alonso...
Enfim, um projeto que na teoria era maravilhoso e na prática durou meio ano e acabou com: título de Kimi Raikkonen, perca do título de construtores por conta de um escândalo de espionagem à Ferrari, delatado pelo próprio Alonso, e a saída deste pela porta dos fundos. Destino do espanhol foi recomeçar na Renault.
Os anos de 2008 e 2009 foram os mais difíceis para Alonso, com um carro muito abaixo que em sua época de glórias, o espanhol conseguiu apenas duas vitórias, uma dessas envolvendo o escândalo de ‘Singapuragate’, que resultou na saída de Nelsinho Piquet, na punição do engenheiro Pat Symonds e no banimento de Flavio Briatore, chefe da equipe. E para piorar, viu Hamilton ser campeão.
Com Kimi Raikkonen de saída e Massa ainda traumatizado com o acidente na Hungria, a Ferrari decidiu trazer o asturiano para a temporada de 2010. E logo na primeira temporada bateu na trave, e a imagem da traseira de Petrov até hoje o traumatiza. Foram mais três anos de domínio da Red Bull e o espanhol tentou de tudo que dava e conquistou mais dois vice-campeonatos pela equipe.
Oito anos depois do fracassado projeto de Ron Dennis, Alonso volta a McLaren com outra ideia, agora o plano Honda. O projeto consistia no renascimento da equipe imbatível nos anos 80 e 90, com os motores japoneses e um dream team como Senna e Prost. A ideia parecia muito arriscada, já que a Honda não estava mais na F1 desde 2008, mas Fernando apostou como uma última cartada na carreira. Foi aí que a renascida equipe inglesa formou a fortíssima dupla Alonso/Button.
Uma dupla dos sonhos que não rendeu em nada. Foram três anos e o máximo que conseguiram foi o sexto lugar nos construtores em 2016. Indignado com a fraquíssimo desempenho, Alonso pediu a equipe que mudasse o fornecedor, e os motores Renault entraram no lugar neste ano. Mesmo sabendo que não teria chances de título, o Príncipe das Astúrias viu aquilo como um recomeço da antiga relação vitoriosa com o fornecedor francês. Mas o que se vê durante este 2018 é um carro fraco, que nunca chega ao Q3 e rema muito para entrar na zona de pontuação.
Nesta terça-feira veio o anúncio. Em um vídeo intitulado ‘Querida F1’, Fernando faz uma declaração de amor à categoria que lhe abriu as portas para se tornar o grande piloto que é, e agradeceu por tudo que viveu: “Toda vez que coloco meu capacete eu sinto a energia, um abraço quente, não há nada como isso. Mas hoje, preciso encarar novos desafios que você não pode me oferecer. Sou agradecido por você e por todos que fizeram parte disso, por me apresentar pessoas incríveis, me ensinar tantas culturas e línguas e por ter feito parte de minha vida. Sei que me ama e você sabe que te amo também”.
O campeonato brasileiro da série B de 2012 foi o mais difícil em toda história da competição desde que em 2006 foi implantado o sistema de pontos corridos com 20 clubes participantes. Em 2006 o Criciúma se tornou campeão da série C.
Mas, o assunto de hoje é o campeonato de 2012. O Criciúma chegou em segundo com 73 pontos, atrás do Goiás, campeão que somou 78 e à frente de outros três times, Atlético-PR, Vitória e São Caetano, todos com 71 pontos. O São Caetano não conseguiu o acesso pelos critérios de desempate.
O Criciúma com o técnico Paulo Comelli realizou 38 jogos com 22 vitórias, sete empates e nove derrotas. Teve o ataque mais positivo com 78 gols e sofreu 57.
Zé Carlos artilheiro em 2012
Para dar uma ideia do tamanho da presença do atacante Zé Carlos na campanha vitoriosa do Criciúma, o Zé do Gol foi o artilheiro do campeonato com 27 gols. O segundo em toda competição foi Isac do América de Natal que marcou apenas 20.
Nos 19 jogos disputados no Heriberto Hülse o Criciúma venceu 14, perdeu quatro e empatou apenas um. Em casa o time marcou 42 gols e sofreu 29.
Fora de casa foram oito vitórias, cinco derrotas e seis empates. Marcou 36 gols e sofreu 28.
O técnico Paulo Comelli comentou após o acesso destacou a posição obtida no campeonato: “Faltou um pouco para nós em casa, mas a segunda colocação ficou de bom tamanho. Foi um campeonato muito equilibrado e subimos com mérito. Muitas pessoas não dão importância ao vice-campeonato, mas eu dou”.
O campeonato sul-americano de 1959, o 26º da história foi disputado na Argentina e teve os anfitriões como campeões.
Além dos donos da casa outras seis seleções participaram do campeonato: Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai. A disputa foi em turno único com todas jogando contra todas e o empate em 1x1 na partida final entre Argentina e Brasil deu o título aos argentinos.
O Brasil empatou com o Peru no primeiro jogo e por isso a Argentina tinha a vantagem do empate na rodada final.
Mais que um vice-campeonato o campeonato ficou na história do futebol brasileiro pela batalha campal na partida contra o Uruguai. Foi a famosa “Batalha do Rio da Prata”.
Didi: "Hoje ganhamos na bola e no braço"
Tudo começou com o brasileiro Almir, o pernambuquinho briguento. A encrenca foi com o zagueiro uruguaio Willian Martinez, outro que não fugia da briga.
Lá pelos 30 minutos do primeiro tempo Almir disputou uma bola pelo alto com o goleiro Leivas e na queda o brasileiro pisou no estomago do uruguaio. Foi o estopim.
Gonçalves e Davoine chutaram Pelé que revidou. Willian Martinez que foi à caça de Pelé foi derrubado pelo massagista Mário Américo. Martinez caiu e foi chutado por Pelé e Coronel.
Gonçalves saiu atrás de Chinezinho e foi derrubado por um soco violento de Paulo Valentim que saiu do banco de reservas. Belini teve o ombro deslocado, Castilho cortou o supercílio e Orlando perdeu dois dentes.
Quando a polícia acabou com a briga o árbitro chileno Carlos Robles expulsou Almir e Orlando do Brasil e Davoine e Gonçalves do Uruguai.
Com nove para cada lado nos segundo tempo o ponteiro uruguaio Escalada abriu a contagem, mas Paulinho Valentim que havia substituído Coronel fez três gols e deu a vitória ao Brasil.
Quando o árbitro apitou o final do jogo um grupo de jogadores uruguaios cercou o capitão Belini. O atacante Sasia deu-lhe a mão e quando Belini o cumprimentou com a mão direita, o uruguaio com a esquerda deu-lhe um soco violento no rosto.
Surgiu Didi que com uma voadora derrubou o uruguaio e tudo recomeçou até a polícia novamente separar os brigões. Assim acabou a “Batalha do Rio da Prata”.
A CBF está preocupada com os clubes que priorizam as competições de mata-mata e disputam vários jogos do campeonato brasileiro com times reservas. A entidade projeta limitar o número de inscrições em competições nacionais para forçar os clubes usarem força máxima nos campeonatos que promove.
Na contramão desta ideia desfalca vários times que estão em fases finais de torneios, inclusive a Copa do Brasil promovida pela entidade, com convocações para amistosos caça-níqueis contra seleções pequenas que não acrescentam nada numa preparação visando uma Copa do Mundo daqui a quatro anos.
Tão ruim quanto é ver o técnico que mesmo derrotado no último mundial não perdeu a empáfia e continua dando explicações que não convencem ninguém e ainda diz que procurou ser justo convocando apenas um atleta dos times com partidas decisivas.
Uma ova, mesmo desfalcados de apenas um jogador o prejuízo de Cruzeiro, Flamengo e Corinthians será grande, pois são titulares e a reposição não é do mesmo nível.
Os três mais o Palmeiras jogarão as semifinais da Copa do Brasil um dia após a partida contra a maravilhosa seleção de El Salvador. Fosse contra França, Argentina ou Espanha ainda vá lá, mas contra El Salvador, convenhamos.
E pior, justificou a não convocação do Bruno Henrique, volante do Palmeiras alegando querer dar oportunidade a Fred e Andreas Pereira. Dos quatro semifinalistas somente o Palmeiras ficou livre do prejuízo por não ter jogador convocado. Vamos continuar aguentando convocações sem sentido para amistosos ainda mais inexplicáveis.
Diferente dos caça-niqueis a Europa vai começar na próxima data FIFA sua Liga das Nações com todas as 55 seleções do continente e todas as datas antes reservadas para amistosos serão ocupadas pela Liga.
Quer dizer, a seleção brasileira somente poderá enfrentar amistosos de bom nível algumas poucas seleções da América do Sul, os demais serão mera fonte de receita para a CBF e danem-se os clubes. Este ano ainda haverá mais quatro datas FIFA embolando o calendário do futebol brasileiro.
Por João Nassif
18/08/2018 - 17:03 Atualizado em 19/08/2018 - 17:06
Geração de prata é como ficou conhecida a Seleção Brasileira de Voleibol Masculina da década de 1980 que deu a primeira medalha olímpica da modalidade ao Brasil.
Tudo começou com 3º lugar na Copa do Mundo de 1981 disputada no Japão. No ano seguinte a seleção brasileira ficou com o vice-campeonato no Mundial da Argentina e foi campeã do Mundialito disputado no Rio de Janeiro.
Em 1983 a geração de prata venceu o Sul-Americano que teve a cidade de São Paulo como sede e foi medalha de ouro no Pan-americano disputado em Caracas na Venezuela.
Desafio de volei no Maracanã
No dia 26 de julho de 1983 foi realizado o Grande Desafio de Vôlei, uma partida entre Brasil e União Soviética. Os russos eram campeões olímpicos e mundiais e foram convidados para participar da primeira partida da modalidade em céu aberto, tendo como palco o Estádio do Maracanã.
Com um público de 95.887 espectadores a partida foi jogada em baixo de forte chuva. Por sugestão do próprio técnico da União Soviética os tapetes que levavam ao vestiário foram colocados na quadra e a marcação das linhas foi feita com esparadrapos.
O Brasil venceu por 3x1 e o jogo foi transmitido ao vivo no Brasil pela Rede Record, nos Estados Unidos e na Inglaterra. Este jogo pode ser considerado o marco inicial que ajudou na popularização do esporte no Brasil e transformou a modalidade no segundo esporte mais popular do país.
E finalmente a medalha de prata em Los Angeles nas Olimpíadas de 1984 que consolidou a Geração de Prata do voleibol brasileiro.
Definitivamente o Brasil não é uma potência olímpica. Pelo seu gigantismo poderia estar num outro patamar, mas a falta de políticas públicas voltadas para o esporte não permitem que o país desenvolva com qualidade o imenso potencial de talentos que poderiam colocá-lo entre os gigantes do esporte mundial.
O Brasil participou de 22 Olimpíadas e conquistou um total de 128 medalhas, sendo apenas 30 de ouro, 36 de pratas e 62 de bronze.
Com 23 medalhas o voleibol é o esporte que mais medalhas deu ao país. São 10 medalhas na quadra e 13 na praia, seguido do judô com 22 e a vela com 18 medalhas.
O vôlei também é o esporte com mais medalhas de ouro, com cinco na quadra e três na praia.
O país conquistou a primeira medalha de ouro na primeira Olimpíada em que esteve presente. Foi em 1920 em Antuérpia na Bélgica na modalidade tiro esportivo, pistola rápida 25m, com Guilherme Paraense, tenente do Exército Brasileiro natural de Belém capital do Pará e que era atleta do Fluminense do Rio de Janeiro.
Além desta medalha de ouro o Brasil em 1920 conquistou mais duas medalhas todas elas no tiro esportivo. Uma de prata, pistola livre 50m, com Afrânio da Costa e uma de bronze por equipes com pistola livre 50m.
O Brasil voltou a ganhar uma medalha de ouro somente nas Olimpíadas de 1952 em Helsinque na Finlândia com Adhemar Ferreira da Silva no salto triplo. O paulista que com 25 anos era atleta do São Paulo em 1952, três anos depois se transferiu para o Rio de Janeiro onde foi estudar na Escola de Educação Física do Exército e trabalhar no jornal Última Hora.
Como atleta do Vasco da Gama foi bicampeão olímpico em 1956 em Melbourne na Austrália.
Por ter sido rebaixado da série B de 2005 o Criciúma foi obrigado a disputar no ano seguinte a terceira divisão do campeonato brasileiro que foi composta por 63 times divididos na primeira fase em 15 grupos com quatro e um grupo com três. Os dois primeiros de cada grupo passaram para a fase seguinte.
Os 32 classificados para a segunda fase foram novamente divididos em oito grupos com quatro times em cada um, passando para a terceira fase os dois primeiros de cada grupo.
Novamente os dois primeiros de cada grupo da terceira fase avançaram para a fase final. Os oito componentes da fase final jogaram entre si em turno e returno com os quatro primeiros sendo promovidos para a série B em 2007.
As duas primeiras fases foram regionalizadas para evitar custos mais elevados para os clubes. Tem disso até os dias de hoje apesar do novo formato na série C.
Na primeira fase o Criciúma se classificou em segundo, na segunda e terceira fases também. Teve alguns resultados expressivos como as goleadas por 6x0 sobre o Novo Hamburgo e 4x0 sobre o Brasil de Pelotas na primeira fase. Teve uma derrota por 5x1 para o Joinville na segunda fase.
No octogonal final a campanha do Criciúma foi espetacular. Depois de 14 jogos o Criciúma foi o campeão da Série C em 2006 com nove vitórias, quatro empates e apenas uma derrota. O título veio na penúltima rodada com direito a um 6x0 sobre o Vitória da Bahia que ficou em segundo com seis pontos a menos.
Os números finais mostram que para chegar à sua terceira estrela em nível nacional o Criciúma disputou 32 jogos com 19 vitórias, sete empates e seis derrotas. O ataque marcou 64 gols e a defesa sofreu 33.
O artilheiro foi Beto Cachoeira que marcou 12 gols.
De hoje até quinta-feira vou contar a história do tricampeonato do Criciúma.
Começo revivendo o primeiro título da série de três conquistado em 1989, quando pela segunda vez o Tigre venceu um campeonato estadual. Antes havia sido campeão em 1986.
Pelos critérios da época o campeonato ocupava praticamente todo primeiro semestre da temporada e era dividido em várias etapas, cada uma valendo Taça como forma de homenagear pessoas e entidades de relevância em Santa Catarina.
Em 1989 a competição foi disputada por 12 clubes em quatro fases antes do quadrangular final que decidiu o título.
A primeira fase foi denominada Taça Governador Pedro Ivo Campos e vencida pelo Marcílio Dias de Itajaí. O Marcílio também conquistou a segunda fase denominada Taça RCE TV. A terceira fase, Taça RBS TV 10 Anos foi conquistada pelo Criciúma.
Após estas três etapas os 12 clubes foram divididos em três quadrangulares pela contagem geral de pontos.
Os quatro que mais pontuaram nas três primeiras fases disputaram o Quadrangular Seletivo Principal que valeu a Taça João Hansen Júnior. O Criciúma foi o primeiro colocado, levou a Taça e juntamente com Blumenau e Marcílio Dias se classificou para o quadrangular final. O Figueirense foi eliminado.
Joinville, Avaí, Ferroviário e Chapecoense, os quatro seguintes na classificação geral disputaram o Quadrangular Seletivo de Repescagem. O Joinville ficou em primeiro, enquanto que os demais foram eliminados.
Próspera, Araranguá, Ferroviário e Brusque, os quatro últimos no geral disputaram o Quadrangular Seletivo de Descenso e o Próspera foi rebaixado.
O quadrangular final que decidiu o título teve o Criciúma foi o campeão. O Joinville ficou em segundo, o Marcílio Dias em terceiro e o Blumenau ficou na quarta colocação.
Grizzo foi o artilheiro do Criciúma com 18 gols e só não foi o principal do campeonato porque Nardela do Joinville marcou 19.
O Criciúma campeão catarinense em 1989 foi no ano seguinte em busca do primeiro bicampeonato de sua história.
Em 1990 o campeonato catarinense foi novamente disputado por 12 clubes, os mesmos do ano anterior, exceção ao Próspera que havia sido rebaixado e com o Hercílio Luz, campeão do acesso em 1989.
A primeira etapa do campeonato foi denominada Taça Governador do Estado e disputada por pontos corridos em dois turnos jogando todos contra todos. Os dois primeiros colocados decidiram o título da Taça.
Criciúma bicampeão catarinense
O Criciúma chegou em primeiro com o Joinville em segundo, a diferença foi de apenas um ponto. Na final houve empate em 1x1 em Joinville no primeiro jogo e na volta o Criciúma ficou com a Taça ao vencer por 1x0 no Heriberto Hülse.
Na segunda fase: Criciúma, Joinville, Figueirense, Chapecoense, Blumenau e Araranguá que foram os seis primeiros colocados na Taça Governador disputaram o chamado Hexagonal Principal, enquanto os outros seis: Brusque, Ferroviário, Hercílio Luz, Marcílio Dias, Caçadorense e Avaí disputaram o Hexagonal secundário. A Caçadorense terminou na última posição e foi rebaixada.
Os classificados para a terceira e última fase do campeonato foram os três primeiros do Hexagonal Principal: Criciúma, Chapecoense e Joinville e o Ferroviário vencedor do Hexagonal Secundário.
Com três vitórias e três empates no quadrangular o Criciúma se tornou bicampeão estadual com o Joinville novamente em segundo, a Chapecoense em terceiro e o Ferroviário na quarta posição.
O artilheiro do campeonato foi o centro avante Soares do Criciúma com 14 gols.
O Criciúma bicampeão estadual ia perseguir em 1991 seu tricampeonato.
A Federação promoveu uma virada de mesa e ao invés de 12 clubes como vinha acontecendo nos últimos anos em 1991 houve aumento para 14. Com isso a Caçadorense que havia sido rebaixada continuou na primeira divisão e outros dois times, Internacional de Lages e Juventus de Jaraguá do Sul vieram do acesso.
Foi um dos mais longos campeonatos estaduais da história. Começou no dia 17 de março e foi terminar somente no dia 15 de dezembro. Na primeira fase não entraram no jogo os times que estavam disputando o campeonato nacional. Criciúma, Blumenau, Figueirense e Joinville estavam jogando a segunda divisão brasileira. O Criciúma disputava em paralelo no primeiro semestre a Copa do Brasil.
A primeira fase foi vencida pelo Araranguá na decisão com o Figueirense que já estava integrado ao campeonato como o Blumenau e o Joinville. O Criciúma entrou na segunda fase depois de ter vencido a Copa do Brasil.
Elenco campeão em 1991
Na segunda fase quando jogaram os 14 times em dois turnos por pontos corridos o Blumenau terminou com 34 pontos um a mais que o Criciúma. Como pelo regulamento os dois primeiros decidiriam a fase o Criciúma foi o vencedor derrotando o Blumenau nos dois jogos.
Na terceira fase os quatro primeiros colocados na fase anterior jogaram o quadrangular principal. Os quatro seguintes disputaram o quadrangular secundário e os restantes o hexagonal do rebaixamento.
No quadrangular principal passaram para a fase final Criciúma, Blumenau e Chapecoense e no secundário o Joinville. O Hercílio Luz foi rebaixado.
Na fase final foram jogadas as semifinais, numa o Criciúma derrotou o Joinville e na outra a Chapecoense eliminou o Blumenau.
O primeiro jogo da finalíssima foi em Chapecó e os donos da casa venceram por 1x0. Na volta vitória do Criciúma por 2x0 no Heriberto Hülse e como precisou ser realizado uma terceira partida, novamente no Heriberto Hülse o Criciúma venceu por 1x0 e conquistou o tricampeonato.
O campeonato carioca de 1958 foi o mais sensacional entre todos os campeonatos estaduais disputados no país em todos os tempos.
Naquela época os campeonatos estaduais eram disputados por pontos corridos em turno e returno e a vitória valia apenas dois pontos.
Participaram do campeonato carioca de 1958 12 equipes e depois de 22 rodadas Flamengo, Botafogo e Vasco da Gama terminaram empatados na primeira posição com 32 pontos.
Cada time venceu 14 jogos, empatou quatro e perdeu quatro. Não havia nenhum critério de desempate, por isso foi necessário um torneio entre os três para ser apurado o campeão. Os clubes foram disputar um supercampeonato.
No primeiro jogo em 20 de dezembro o Vasco derrotou o Flamengo por 2x0. No segundo disputado no dia 27 o Flamengo venceu o Botafogo por 2x1 e na terceira partida o Botafogo derrotou o Vasco por 1x0 já em 1959 no dia 03 de janeiro.
Como todos terminaram com dois pontos ganhos foi necessário um novo torneio chamado de super supercampeonato que começou no dia 10 de janeiro com a vitória do Vasco sobre o Botafogo por 2x1.
No dia 14 de janeiro Botafogo e Flamengo empataram em 2x2 de a decisão ficou para o 17 quando com qualquer resultado entre Vasco e Flamengo estaria definido o campeão. O empate favorecia o Vasco.
Na noite de sábado, dia 17 de janeiro de 1959 Vasco da Gama e Flamengo entraram em campo num Maracanã lotado por cerca de 150 mil torcedores. O público pagante foi de 130.901 para uma renda recorde de CR$ 5.621.768,00.
Roberto Pinto abriu o marcador para o Vasco aos 13 minutos do segundo tempo e aos 25 o ponteiro Babá empatou para o Flamengo e o jogo terminou em 1x1.
O Vasco da Gama, super supercampeão carioca de 1958 jogou a partida final com Miguel, Paulinho, Belini, Orlando e Coronel; Écio e Waldemar; Sabará, Almir, Roberto Pinto e Pinga. O técnico, Francisco de Souza Ferreira, o Gradim.
Stroll na Force India? Sainz na McLaren? Leclerc na Ferrari? Parem! As férias mais movimentadas dos últimos tempos se acabaram e as especulações de transferências voltam a dar lugar ao principal, a essência da F1: as corridas.
Chegamos em Spa-Francorchamps, o circuito mais extenso do calendário, com absurdos 7.004 metros de percurso, mas nada perto do traçado original de mais de 15 km. O lendário circuito belga é um dos quatro mais antigos da categoria, presente no calendário desde a primeira temporada e ausente em apenas seis ocasiões.
Um GP que geralmente vence quem tem o carro mais dominante, é que aconteceu nos últimos três anos com a Mercedes e nos anos de domínio da Red Bull. A diferença é que esse ano não há um domínio claro de apenas um time. Ano passado, por exemplo, mesmo que Vettel tenha ficado um semestre na frente, havia ainda um domínio dos flechas prateadas em tempo de classificação e era questão de tempo para Hamilton tomar a frente. Já essa temporada, vemos claramente uma Ferrari e uma Mercedes disputando posições de largada e de corrida o tempo todo.
E foi aí que Raikkonen dominou os treinos livres (como sempre) e botou os italianos como favoritos para a pole. Como tudo dá certo para o finlandês em quase todas as sessões, com exceção do mais importante, que é o Q3, Vettel parecia o nome mais próximo da volta mais rápida. Mas aí a chuva veio, e quando o tempo fecha, não tem motor ou chassis que salve, é no braço! E Hamilton, mesmo quase rodando na última curva, faz a volta mais rápida e garante a liderança do grid. Lembra do Kimi, que liderou todas as sessões? Então... acabou a gasolina.
De proprietário novo, agora com o bilionário Lawrence Stroll no comando, a Force India conseguiu fazer seu melhor desempenho da temporada, fazendo o terceiro e quarto melhores tempos.
Mas na corrida, a história é outra. Não adianta largar na ponta quando se tem um piloto como Sebastian Vettel logo atrás. Depois da largada conturbada, que tiraram Leclerc, Alonso e Hulkenberg da corrida, Hamilton e Vettel disputam lado a lado a posição na reta depois da sexta curva. O alemão toma a ponta e some na liderança, sem dar folga.
Kimi, Ricciardo e Bottas, com problemas na largada, pararam mais cedo, sendo os dois primeiros forçados a abandonar a prova. Preso atrás das Force Indias, Verstappen dá uma movimentada na entediante corrida e faz duas lindas ultrapassagens para assumir a terceira colocação.
Pódio em Spa
Numa corrida de recuperação, Bottas faz uma improvável ultrapassagem na curva Eau Rouge e assume a 13ª colocação na volta 7. Depois de 27 voltas de corrida, o finlandês já aparecia em quarto, e tendo que fazer mais uma parada, volta em sexto. Há 15 voltas do fim, Valtteri via ainda as duas Force Indias a sua frente. Sem deixar o final da corrida chato, o piloto da Mercedes parte ao ataque e garante a quarta colocação.
Sebastian Vettel, com todo carinho, conduz sua Ferrari para sua quinta vitória no ano e se torna o terceiro piloto mais vitorioso da categoria, com 52 triunfos. O amargo Hamilton fica em segundo, mas mantém a liderança do campeonato com 17 pontos de vantagem.
Mas quem vibra mesmo é a Force India, que depois de ir a falência e correr o risco de ter seus mais de 400 funcionários desempregados, volta com um novo dono e ainda sendo premiado com um quinto e sexto lugares.
A F1 está de volta. E a briga Hamilton e Vettel promete ficar ainda mais interessante nas próximas semanas. Nos vemos em Monza!
Por João Nassif
25/08/2018 - 07:09 Atualizado em 27/08/2018 - 07:15
Neneca; Mauro, Edson, Gomes, Miranda; Zé Carlos, Renato, Zenon; Capitão, Careca e Bozó. Muitos ainda se lembram deste time que sob o comando do técnico Carlos Alberto Silva surpreendeu o Brasil e se tornou campeão brasileiro há exatos 40 anos.
A aposta do Bugre no técnico, ainda um desconhecido se deveu à necessidade do clube em investir nos jogadores da base pela falta de recursos para montar um time com jogadores mais experientes. Aliás, foram contratados alguns mais rodadas que mesclados com os garotos levou o Guarani a fazer a maior campanha de sua história no campeonato nacional de 1978.
O goleiro Neneca veio do Náutico, Zé Carlos que anos depois conquistaria pelo Criciúma o campeonato estadual de 1986 e Zenon do Avaí vieram de times de fora do estado de São Paulo. O capitão Edson era jogador do São Bento de Sorocaba, Gomes o outro zagueiro chegara do Saad, Capitão veio do XV de Piracicaba e Bozó era cria do São Bento com passagens pelo Santos e Atlético-MG.
Os laterais, Mauro e Miranda, o meia Renato e o centroavante Careca foram criados no próprio Brinco de Ouro da Princesa. Estava formado um grande time que se tornou o primeiro e até agora único clube do interior campeão brasileiro da primeira divisão.
A campanha teve altos e baixos até a fase final. O jogo que alertou o país sobre uma grande equipe que poderia chegar ao título aconteceu no Beira-Rio quando até vítima de chacota pelos nomes de seus atacantes, o Guarani enfiou 3x0 no Internacional com quase todos remanescentes do bicampeonato conquistado em 1975-1976.
Nas semifinais o Guarani venceu duas vezes o Vasco da Gama, a primeira em Campinas por 2x0 e no jogo da volta 2x1 no Maracanã.
O título foi conquistado em cima do Palmeiras com duas vitórias por 1x0. No primeiro jogo o goleiro Leão foi expulso depois de ter dominado uma bola e provocado deu uma cotovelada no Careca dentro da área. Pênalti e com Escurinho improvisado de goleiro Zenon definiu a vitória perante mais de 100 mil torcedores no Morumbi.
Em Campinas no jogo da volta nova vitória bugrina por 1x0 com gol de Careca.
Por João Nassif
26/08/2018 - 07:16 Atualizado em 27/08/2018 - 07:21
A CONMEBOL está sendo muito criticado por determinar que a partir de 2019 a final da Libertadores seja realizada em partida única tendo como palco uma cidade previamente definida. Na próxima edição do torneio a final será disputada no Estádio Nacional em Santiago no Chile.
O estádio tem uma rica história não somente por ter sido palco de grandes decisões da Libertadores, mas também por ter servido como prisão nos tempos da ditadura de Augusto Pinochet.
Estádio Nacional em Santiago-Chile
Durante a época em que a decisão da Libertadores previa uma terceira partida em caso de empate em pontos entre os finalistas, frequentemente o Estádio Nacional era escolhido como palco do jogo decisivo.
As três primeiras decisões em campo neutro levaram para o estádio na década de 1960 confrontos entre uruguaios e argentinos.
O primeiro em 1965 teve o Independiente como campeão ao vencer o Peñarol. Os uruguaios deram o troco no ano seguinte ao derrotarem o River Plate por 4x2. Este placar de virada rende até hoje ao River Plate o apelido de “galinhas”. Em 1967 o campeão foi o Racing que venceu o Nacional.
O futebol brasileiro também tem história no Estádio Nacional de Santiago. Em 1962 o Brasil ganhou a segunda Copa do Mundo ao derrotar na final a Tchecoslováquia por 3x1.
Pela Libertadores o Cruzeiro foi campeão em 1976 ao vencer na terceira partida o River Plate por 3x2.
O Flamengo andou por lá em 1981. Depois de vencer o Cobreloa no Maracanã por 2x1 foi derrotado no Estádio Nacional por 1x0. Foi necessário um terceiro jogo em Montevideo para o Flamengo conquistar sua Libertadores.
A CONMEBOL ao escolher Santiago para a final da Libertadores de 2019 aposta nas atrações turísticas da capital chilena como também na proximidade com Argentina, Brasil e Uruguai, países sul-americanos que são presenças constantes em finais do torneio.
No Almanaque da Bola de sexta-feira contei a história da decisão do campeonato carioca de 1958 que terminou com um super supercampeonato entre Vasco da Gama, Flamengo e Botafogo que acabou somente em janeiro de 1959 com o time de São Januário supercampeão.
Não é que um ano depois no campeonato paulista também foi necessário um supercampeonato para que o campeão fosse conhecido?
Com a participação de 20 clubes a competição terminou com Palmeiras e Santos dividindo a primeira colocação. Disputado em turno e returno, depois de 38 jogos ambos terminaram com 63 pontos. O Palmeiras com 29 vitórias e cinco empates, além de quatro derrotas, e o Santos com 30 vitórias, três empates e cinco derrotas. Naquela época cada vitória valia dois pontos.
Palmeiras super campeão de 1959
Impressionou a quantidade de gols marcados por cada um dos times finalistas ao longo do campeonato. O Santos de Pelé alcançou a incrível marca de 155 gols nos 38 jogos, média de mais de 4 gols por jogo e o Palmeiras marcou 112.
O campeonato foi decidido em janeiro de 1960 e houve necessidade de um terceiro jogo, pois houve empate nos dois primeiros.
A primeira partida terminou em 1x1 no dia 05 de janeiro. O segundo jogo terminou em 2x2 no dia 07. Finalmente a partida que definiu o campeão foi jogada no dia 10 e o Palmeiras venceu por 2x1 de virada. Todos os jogos foram realizados no Estádio do Pacaembu
Pelé marcou o gol santista aos 14 minutos do primeiro tempo. Julinho Botelho empatou aos 43 e aos 03 minutos do segundo tempo Romeiro de falta sacramentou o título palmeirense.
Este título interrompeu um possível penta campeonato do Santos de Pelé que havia sido campeão em 1958 e se tornaria tri em 1960, 1961 e 1962.
O rendimento do Criciúma sob o comando do Mazola Júnior despencou com os quatro últimos resultados, justamente nos quatro primeiros jogos do returno da série B.
Quando terminou o primeiro turno o rendimento do Criciúma com o técnico era perto dos 55% o que permitia ao Mazola justificar a então 14ª posição pelas cinco derrotas iniciais quando o técnico era o Argel.
Depois dos quatro primeiros jogos do returno contra os mesmos adversários que derrotaram o Criciúma lá no início, apenas dois empates não tiraram o time do 14º lugar, mas o rendimento do técnico despencou para 46%, percentual para meio de tabela.
Ainda assim é um rendimento que mostra o bom trabalho do treinador pelo material humano que tem em mãos. Não pode fazer melhor. Depois de escapar da zona do rebaixamento na 18ª rodada ao vencer o Vila Nova em casa com aquele gol do Liel que levou a torcida ao delírio, o Criciúma ainda venceu o Sampaio Correa lá no Maranhão e depois não conseguiu mais alguma vitória que poderia lhe dar fôlego e principalmente tranquilidade em relação à zona do rebaixamento.
Com os atuais 25 pontos, mesmo na 14ª posição o risco é eminente, pois é a mesma pontuação do Brasil e São Bento, dois que estão no rebaixamento.
Amanhã o Criciúma completa o ciclo dos cinco primeiros jogos no returno, replay do início do campeonato. Se lá atrás foram cinco derrotas agora são apenas dois empates em quatro partidas e a vitória contra o Guarani, quinto adversário no returno, é fundamental para subir na classificação e principalmente para que o Mazola Júnior possa melhorar seu rendimento e alcançar o meio da tabela, objetivo do clube no campeonato.
Em meio a tudo isso, chama atenção a omissão da direção do clube que faz tempo não se manifesta sobre a campanha e não dá a mínima satisfação aos torcedores preocupados cada vez mais com a possibilidade de um eventual rebaixamento.
Imaginem a série B em 2019 com 17 times dos três estados do sul do país e vou incluir o estado de São Paulo para criar uma competição de pouquíssimos deslocamentos das equipes concorrentes.
São Paulo incluso
Vamos começar a viagem.
Pela posição da classificação de momento da série A, estão na zona de rebaixamento a Chapecoense, o Sport, o Ceará e o Paraná, portanto dois times da região sul. Imaginem que o Sport consiga escapar e o Atlético-PR que já frequentou a série B seja rebaixado, portanto são três times da região sul que cairão para a série B em 2019.
Na zona de acesso da série B estão colocados neste momento Fortaleza, CSA, Avaí e Atlético-GO. Vamos supor que o Avaí não consiga ficar entre os quatro no final e quem sobe é, por exemplo, o Goiás.
Na zona de rebaixamento da série B estão o Brasil de Pelotas, o São Bento, o Sampaio Correa e o Boa de Minas Gerais. Para incrementar nossa viagem Brasil e São Bento escapam e são rebaixados CRB e Paysandu, dois times que já frequentaram a série C.
Quer dizer, nenhum time dos estados em questão que já está na série B subirá de divisão ou será rebaixado.
Definidos os que disputaram e conseguiram o acesso na série C, confirmamos dois times de São Paulo, Botafogo e Bragantino, um do Paraná o Operário de Ponta Grossa e o Cuiabá do Mato Grosso.
Nossa viagem pode terminar com uma incrível coincidência sobre 17 dos 20 clubes que irão jogar a série B em 2019. Querem ver?
Do Rio Grande do Sul, Brasil de Pelotas e Juventude.
De Santa Catarina, Chapecoense, Avaí, Figueirense e Criciúma.
Do Paraná, Atlético, Paraná, Coritiba Londrina e Operário.
E deSão Paulo, Guarani, Ponte Preta, Oeste, São Bento, Botafogo e Bragantino.
Seriam somente três times fora deste eixo, Vila Nova-GO que permanece na B, Ceará rebaixado e Cuiabá.
Natural de Ribeirão Preto, o jornalista esportivo, comentarista e escritor João Nassif Filho trabalha há mais 50 anos com o futebol. Começou na Rádio Clube Jacareí, passou pela Rádio Gaúcha de Porto Alegre e hoje está na Rádio Som Maior FM de Criciúma. Trabalhou também na TV Gaúcha de Porto Alegre, RCE TV Criciúma e na TV Litoral Sul de Criciúma. Foi colunista do Jornal da Manhã e Jornal A Tribuna de Criciúma. Publicou o Almanaque do Criciúma (1986), o Almanaque das Copas (2013) e Fio do Bigode (2014).Conheça outros Blogs