Ir para o Conteúdo da página Ir para o Menu da página
Carregando Dados...
DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por João Nassif 12/09/2018 - 19:48

Entre jogos do campeonato catarinense de 1961 quando buscava o bicampeonato, o Metropol disputava em paralelo o regional da LARM.

No dia 22 de junho de 1961 o Metropol enfrentou o Atlético Operário e nos livros históricos do clube, além da ficha técnica da partida tem o comentário do jogo feito por alguém próximo do clube.

Imagem de jogo do Metropol (Foto: Acervo Nei Manique)

Está escrito o seguinte: “Mais um compromisso foi cumprido pelo Metropol, desta feita pelo campeonato regional da LARM frente ao Atlético Operário, saindo-se vencedora a equipe dos Mineiros da Metropolitana pelo alto escore de cinco tentos a um.

Um marcador que não deixa dúvidas, visto a supremacia do futebol empregado pelo onze dirigido pelo técnico Ivo Andrade. Entretanto, o Metropol, apesar de sobrepujar amplamente o seu adversário, não apresentou aquele bonito futebol que aplicou na equipe da Manchester Catarinense no domingo último.

O Metropol jogou o suficiente para vencer de forma categórica o Atlético Operário que não vem se apresentando muito bem na atual temporada. No final do cotejo Veloso, defensor atleticano foi expulso e Canela saiu do gramado contundido não podendo mais retornar a campo”.

O jogo foi estádio Euvaldo Lodi com uma renda de Cr$ 13.800,00.

O árbitro foi Virgílio Jorge auxiliado por Arnoldo Amboni e Afonso Câmara Ávila.

Metropol: Dorni, Zezinho, Jorge e Tenente (Flázio); Sabiá e Walter; Márcio, Chagas, Waldir, Pedrinho e Canela.

Atlético: Pavei, Veloso, Uca, Monge e Foguinho; Dino e Santinho; Agenor, Aldo, Gelson e Jorginho.

Márcio duas vezes, Pedrinho, Sabiá e Waldir marcaram para o Metropol e Jorginho fez o gol do Atlético Operário.


 

Por João Nassif 13/09/2018 - 18:04

Conquistar a Taça Libertadores da América de uns tempos para cá virou obsessão dos times brasileiros e certamente de muitos grandes clubes do futebol sul-americano.

Além do prestígio e de alguns dólares, digo alguns se compararmos com a Champions League europeia, a maior competição de clubes do planeta, a Libertadores indica o campeão sul-americano que irá disputar o Mundial de Clubes no final do ano com o gigante campeão europeu. Desde que nenhum africano intruso elimine os favoritos.

Lá nos primórdios da Libertadores não havia tanto desespero dos clubes, principalmente os brasileiros para vencê-la, pois o Mundial de Clubes ainda era incipiente no formato em que o campeão europeu enfrentava o sul-americano em jogos de ida e volta.

Na terceira edição do torneio em 1962 o Santos de Pelé foi o campeão numa decisão contra o Peñarol depois de três jogos intensamente disputado.

Da esq. p/ dir. Em pé: Lima, Zito, Dalmo, Calvet, Gylmar, Mauro.
Agachados: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé, Pepe

O primeiro jogo foi em Montevideo e o Santos venceu por 2x1 com dois gols do Coutinho contra um de Spencer dos uruguaios.

Quando se esperava uma vitória tranquila dos brasileiros no jogo da volta na Vila Belmiro, o Peñarol conseguiu empatar o confronto vencendo por 3x2. Dorval e Mengálvio marcaram para o Peixe, enquanto Sasia e Spencer duas vezes deram a vitória dos visitantes.

É bom lembrar que Pelé não jogou nestas duas partidas ainda se recuperando da lesão na virilha sofrida na Copa do Mundo do Chile.

O Rei do Futebol voltou para a partida decisiva que foi jogada em Buenos Aires no final do mês de agosto. Com Pelé o Santos fez o Peñarol presa fácil de conquistou sua Libertadores com a vitória por 3x0. Pelé fez dois e o zagueiro uruguaio Caetano marcou contra.

O Santos jogou com Gylmar, Lima, Mauro e Dalmo. Zito e Calvet; Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.

Na decisão do Mundial o Santos venceu o Benfica de Portugal por 3x2 no Maracanã e por 5x2 em Lisboa sagrando-se o primeiro time brasileiro campeão mundial de clubes.   


 

Por João Nassif 14/09/2018 - 18:33

Os jogos Pan-Americanos de 1963 foi a quarta edição do evento e teve São Paulo como cidade anfitriã. Participaram dos Jogos 22 países com um total de 1.665 atletas que competiram em 21 modalidades.

A delegação brasileira contou com 385 atletas que conquistaram 52 medalhas, sendo 14 de ouro, 20 de prata e 18 de bronze. O Brasil ficou em segundo lugar na classificação geral somente atrás dos Estados Unidos que conquistaram um total de 199 medalhas.

Uma das medalhas de ouro conquistada pelo Brasil foi no futebol. Competiram apenas cinco seleções, além do Brasil a Argentina, Chile, Uruguai e Estados Unidos que ficaram em último lugar.

Plantel campeão pan-americano em 1963

Não era permitido que profissionais atuassem no torneio, a seleção brasileira era formada por jogadores das categorias de base, quer dizer amadores. O time era basicamente composto por atletas do Rio de Janeiro como Carlos Alberto Torres do Fluminense e Jairzinho do Botafogo que sete anos mais tarde se tornaram tricampeões na Copa do México.

Além deles, outros jogadores como o zagueiro Zé Carlos do Botafogo e os atacantes Airton do Flamengo, além de Arlindo e Othon Valentim também do Botafogo.

O centro avante Airton fez sete gols na partida contra os Estados Unidos e detém até hoje o recorde de gols marcados numa única partida pela seleção brasileira.

A seleção brasileira terminou o torneio invicta vencendo o Chile por 3x0, o Uruguai por 3x1 e os Estados Unidos por 10x0. Empatou em 2x2 com a Argentina que ficou com a medalha de prata.

Por João Nassif 14/09/2018 - 08:15

Entre vários perigos que corre a seleção brasileira para recuperar num futuro imediato a condição de melhor do mundo, o maior é o calendário europeu que a partir deste ano impede que o time da CBF enfrente adversários mais qualificados na preparação para a próxima Copa do Mundo.

As seleções europeias começaram este mês, aproveitando as datas FIFA, para introduzir a Liga das Nações, um torneio que envolve as 55 Federações coordenadas pela UEFA (Confederação Europeia de Futebol).

Os quatro últimos mundiais foram dominados pelos europeus e somente um sul-americano, a Argentina, esteve presente numa final. Nos outros três as decisões foram entre seleções europeias. Este fato mostra o crescimento do futebol num continente que é extremamente comprador de talentos de outras regiões do planeta que ajudam na formação de atletas nascidos em países que compõe a UEFA.

E mais, o crescimento aumenta pelo intercâmbio entre os próprios europeus com competições de alto nível, enquanto seleções de outros continentes não encontram adversários mais competitivos para preparação visando as Copas do Mundo. 

A Liga das Nações limita, por exemplo, que a seleção brasileira detentora de cinco títulos mundiais possa realmente testar sua capacidade para buscar a sexta conquista. Vimos isto no último ciclo do Mundial-2018 com o Brasil soberano nas eliminatórias sul-americanas e mesmo com uma interminável série invicta no pré-Copa, sucumbiu quando enfrentou um adversário mais poderoso nas quartas de final na Rússia. Já havia sido assim nos outros três mundiais anteriores, desde 2002 quando conquistou o penta.

O futuro não deixa uma previsão mais otimista, mesmo com a seleção formada por atletas que são de ponta nas Ligas da Europa, pois uma preparação não se faz apenas com talentos, mas com confrontos que possam realmente testar a capacidade de um grupo individualmente forte, mas com extrema dificuldade coletiva.
 

Por João Nassif 15/09/2018 - 23:05

Poucos sabem a origem do campeonato brasileiro de futebol. 

Tudo começou em 1933 com a criação pelas Federações de São Paulo e do Rio de Janeiro do Torneio Rio São Paulo que com dizia o nome somente participavam clubes dos dois estados.

Depois de ter sido disputado outras duas vezes em 1934 e em 1940, somente a partir de 1950 é que foi inserido no calendário anual das duas Federações. 

Em 1954 passou a ser denominado Torneio Roberto Gomes Pedrosa em homenagem ao ex-goleiro da seleção brasileira que disputou a Copa do Mundo de 1934 e que faleceu em 1954 quando era presidente da Federação Paulista.

Em 1967 o torneio foi ampliado com a participação de clubes de outros estados, abandonando o nome popular de Torneio Rio-São Paulo passando a ser denominado apenas Torneio Roberto Gomes Pedrosa, chamado popularmente de “Robertão”.

Devido a sua ampliação e com caráter nacional, foi encampado pela então CBD passando a ser denominado Taça de Prata e a partir daí passou a ser considerado edições do Campeonato Brasileiro.

Em 1971 a CBD estendeu o direito de participação a todos os estados do país interessados e foi formado o Campeonato Nacional, a primeira competição oficial que premiou os vencedores com o título de “Campeão do Brasil”.

O Campeonato Nacional durou até 1999, pois em 2000 depois de uma longa batalha judicial foi disputada a Taça João Havelange com 108 times divididos em quatro módulos, Verde, Amarelo, Azul e Branco.

Com a normalização em 2001 a competição passou a ser denominada Campeonato Brasileiro que aos poucos foi ganhando credibilidade e hoje é disputado em quatro divisões com acesso e descenso respeitados.
 

Por João Nassif 16/09/2018 - 23:46 Atualizado em 16/09/2018 - 23:47

O primeiro campeonato brasileiro foi disputado em 1971 depois da CBD ter extinguida a Taça de Prata, colocando 20 clubes na competição. Como a moda daquela época era o formulismo, foram formadas duas chaves de 10 com 10 times em cada uma. 

Pelo regulamento na primeira fase os times se enfrentaram si e a classificação era na própria chave. Quer dizer cada time fez 19 jogos com a classificação dos seis primeiros de cada grupo.

Na segunda fase os 12 classificados foram divididos em três grupos de quatro equipes e o enfrentamento foi dentro do próprio grupo com jogos em turno e returno.

Somente os primeiros colocados de cada grupo é que decidiram o título num triangular em turno único.

Telê Santana-primeiro técnico campeão nacional

No grupo A da segunda fase o São Paulo foi o primeiro colocado eliminando Corinthians, América do Rio de Janeiro e Cruzeiro.

No grupo B quem se classificou foi o Atlético Mineiro que deixou de fora Internacional, Santos e Vasco da Gama.

E no grupo C o classificado foi Botafogo com Grêmio, Palmeiras e Coritiba eliminados.

Na decisão do título o Atlético Mineiro derrotou o São Paulo por 1x0 no primeiro jogo com gol do Oldair. O São Paulo venceu o Botafogo por 4x1 e na decisão no dia 19 de dezembro o Galo Mineiro que jogava pelo empate derrotou o Botafogo por 1x0 no Maracanã.

Dario fez o gol do título.

O time do Atlético treinado por Telê Santana foi campeão com Renato, Humberto Monteiro, Grapete, Vantuir e Oldair; Vanderlei e Humberto Ramos; Ronaldo, Lola, Dario e Tião.
 

Por João Nassif 17/09/2018 - 06:55

Thiago Ávila *

Ferrari teoricamente com o melhor desempenho, reinando os últimos treinos, Vettel à 30 pontos de Hamilton com chances claras de voltar à liderança, no campeonato mais disputado dos últimos anos.

O alemão se afobou em Monza e acabou vendo seu adversário disparar ainda mais na frente. Em Singapura a sensação foi a mesma. A Ferrari tem um histórico recente muito bom no circuito, sendo uma das únicas pistas que a Mercedes não tinha total domínio.

Mas se Deus salva a Rainha, Ele também abençoa Lewis Hamilton. Fazendo sessões discretas, o britânico passou com tempos fracos até o Q3. Porém na hora H, o líder do campeonato mostra porque merece o pentacampeonato. Ainda na primeira tentativa, faltando sete minutos para acabar, Hamilton faz uma volta mágica, talvez a mais voadora e importante da carreira, com a marca de 1:36,0, baixando em 1,1s o melhor tempo do Q2. A volta foi tão espetacular que Vertappen, o segundo, foi 0,3s pior. O inconformado Vettel foi apenas o terceiro com 0,6s atrás de seu rival na briga pelo título.

Lewis Hamilson comemorando em Singapura

E como Singapura é um circuito de rua extremamente difícil de ultrapassar, Lewis estava com a vitória na mão desde a largada. E sumiu na frente. Abriu 4s de vantagem sobre Verstappen, que conseguiu tirar depois que Grosjean atrapalhou o inglês, mas logo abriu tudo de novo e terminou a 8 segundos de vantagem. Vettel, fazendo uma péssima estratégia, até chegou a ficar em segundo, mas acabou terminando em terceiro a 39 segundos de Hamilton.

Corrida péssima analisando o Big 6 (seis melhores carros do grid) da F1, sem nenhuma mudança de posição de largada. O que animou a corrida foram as disputas entre Pérez, Sirotkin e Grosjean, que não valeram absolutamente nada. Alonso, o grande destaque do resto, conseguiu por sua McLaren em sétimo.

À 40 pontos na frente, Hamilton já pôs uma mão na taça e, a seis corridas para o fim, só um milagre vai trazer o pentacampeonato para o alemão da Ferrari. E qual lado será iluminado? Seb vai fazer um milagre? Ou Deus vai salvar Hamilton?

* Thiago Ávila, Estudante de Jornalismo da PUCRS

Por João Nassif 17/09/2018 - 18:54

No dia 21 de junho de 1970, no México a seleção brasileira alcançava o tricampeonato mundial ao bater a Itália por 4x1.

Exatos 16 anos depois, também em 21 de junho, um sábado o Brasil era eliminado do Mundial de 1986 derrotado pela França nas quartas de final na cobrança de pênaltis, acordando do sonho do tetra campeonato.

Lembro bem que já naqueles anos se discutia o calendário do futebol brasileiro, com os gigantismos dos campeonatos nacionais, os conchavos para realização dos campeonatos estaduais e a pouca seriedade dos tribunais esportivos. 

Décadas depois continua o estrangulamento do calendário ainda pelos campeonatos estaduais, os tribunais com leis ultrapassadas continuam atendendo interesses fora do campo de jogo e a principal competição do país sendo esculhambada pela superposição com Copa do Brasil e Libertadores e as datas FIFA que tira dos clubes seus principais jogadores em momentos decisivos das competições.

Seleção brasileira em 1986. Em pé da esq. p/ dir. Sócrates, Josimar, Elzo, Júlio Césdar, Edinho, Branco, Carlos
Agachados: Müller, Júnior, Alemão, Careca. (Foto: CBF)

Voltando a 1986, a seleção brasileira que havia fracassado quatro anos antes na Espanha, tinha todas as condições de buscar mais um título. Mas, quis o destino que ainda no tempo regulamentar Zico perdeu um pênalti deixando o jogo empatado em 1x1 gols de Careca e Platini.

Além do pênalti perdido, Careca e Müller acertaram as traves francesas e nas penalidades máximas Sócrates e Júlio César desperdiçaram para a eliminação da seleção comandada mais uma vez pelo técnico Telê Santana.

A carga pela desclassificação caiu como sempre no colo do treinador, como se as incidências do jogo, pênaltis perdidos e bolas na trave não tivessem nenhuma influencia na eliminação. 

Que a baderna vigente no futebol brasileiro não tivesse alguma culpa, pois a CBF estava acéfala com a renuncia do presidente Giulite Coutinho que saiu por não ter conseguido trazer o Mundial para o Brasil, deixando a entidade nas mãos de seus vices, Nabi Abi Chedid e José Maria Marin.

Enfim, a desorganização do futebol brasileiro impediu que craques como Zico, Sócrates, Júnior para citar os mais talentosos se tornassem campeões mundiais. Há quem diga, por pura maldade, que esta geração tinha nascido para perder.

Por João Nassif 18/09/2018 - 22:51 Atualizado em 19/09/2018 - 14:54

No sul da Inglaterra, um modesto clube da quarta divisão de nome Exeter City, tem como orgulho de seus torcedores o fato de ter enfrentado a seleção brasileira numa excursão que realizou ao país.

Este pequeno time que nunca chegou à elite do futebol inglês possui um lugar de honra na história do futebol brasileiro, pois em 21 de julho de 1914 no Estádio das Laranjeiras no Rio de Janeiro foi o primeiro adversário da Seleção Brasileira de Futebol.

Depois de uma excursão pela Argentina, o Exeter City, representante da terceira divisão inglesa, mas com status de clube profissional o que ainda não existia no Brasil aceitou o convite de Fluminense e Paysandu para realizar um amistoso contra uma seleção da Federação Brasileira de Sports.

A Federação Brasileira representada por um pool de cartolas chamou para o amistoso os melhores jogadores do Rio de Janeiro e São Paulo, fazendo nascer a primeira Seleção Brasileira de Futebol.

O resultado da partida é contestado por alguns jornais ingleses. A história diz que a Seleção Brasileira venceu por 2x0 com gols de Osvaldo Gomes e Osman. A mídia inglesa da época afirma que houve empate em 3x3. 

Mas, prevalece a informação dos jornais do Rio de Janeiro que sacramentou a vitória brasileira por 2x0. Sendo assim, Osvaldo Gomes que viria ser presidente da Federação Brasileira, foi o autor do primeiro gol da história da seleção brasileira. 


 

Por João Nassif 19/09/2018 - 18:55

Carlos Alberto Parreira que comandou a seleção brasileira tetracampeã mundial em 1994 é o técnico brasileiro que esteve mais vezes no comando de seleções estrangeiras. Parreira teve 10 passagens por seis seleções diferentes, inclusive em algumas que sob seu comando participaram de Copas do Mundo. 

Carlos Alberto Parreira é formado em Educação Física pela Escola Nacional do Rio de Janeiro em 1966 e no ano seguinte foi enviado pelo Itamaraty para Gana treinar a seleção local numa missão diplomática onde ficou por um ano.

Em Gana fez alguns contatos com a delegação alemã que foi fazer alguns amistosos por lá e quando terminou sua missão diplomática foi estudar na Alemanha.

Na então Alemanha Ocidental ficou conhecendo o técnico Helmut Schön que viria ser o técnico campeão mundial em 1974. Após um convite do treinador acompanhou alguns treinamentos da seleção alemã e assistiu ao amistoso com a seleção brasileira em 1968 quando reencontrou um velho amigo que lhe fez um convite que mudou o rumo de sua carreira.

Admildo Chirol, preparador físico da seleção brasileira convidou Parreira para fazer parte da comissão técnica que preparava a seleção para o Mundial de 1970 no México.

Campeão do Mundo na campanha do tri, Parreira seguiu carreira e em 1994 foi o comandante do tetra nos Estados Unidos. Foi também técnico do Brasil em 2006 no Mundial da Alemanha quando foi eliminado pela França nas quartas de final.

Além da seleção brasileira Carlos Alberto Parreira foi técnico de seleções em outros Mundiais: do Kuwait em 1982 na Espanha, dos Emirados Árabes em 1990 na Itália, da Arábia Saudita em 1998 na França e da África do Sul anfitriã em 2010.

Treinou também vários clubes grandes do futebol brasileiro: Fluminense, três vezes, São Paulo, Atlético Mineiro, Santos, Internacional e Corinthians.
 
 

Por João Nassif 20/09/2018 - 18:37

A Copa do Brasil é o torneio mais democrático do futebol brasileiro que permite equipes de níveis médios e pequenos conseguir chegar ao título. É o que está alardeado nos dias de hoje. Mas, não é bem assim.

Se é verdade que equipes desconhecidas de estados sem nenhuma tradição no futebol entrem na disputa, dificilmente estes times ultrapassam a primeira fase. Entram no jogo representantes dos 26 estados do país mais o Distrito Federal.

Quando ainda não participavam os clubes que disputavam a Libertadores ainda havia esperanças de que alguém pudesse repetir o Criciúma de 1991, o Juventude de 1999, o Santo André de 2004 e o Paulista de Jundiaí em 2005.

Em 2013 a CBF resolveu que a partir daí os times brasileiros que jogavam a competição sul-americana entrariam nas oitavas de final fechando os caminhos para os pequenos chegarem ao título.

No início do torneio em 1989 entravam na disputa somente os campeões de cada estado e mais alguns vices de estados mais tradicionais para que 32 times entrassem começassem a competir numa primeira fase com 16 confrontos.

Depois de várias alterações no regulamento, principalmente na relação do número de clubes participantes, com a mudança de 2013 o torneio passou a ser disputado por 86 clubes em várias fases eliminatórias até o confronto final. 

Hoje com a mudança do regulamento da Libertadores que permite a participação de até seis ou sete times brasileiros a Copa do Brasil é disputada por 91 clubes.

Menos mal que a CBF aumentou a premiação dando ao campeão mais de R$ 60 milhões de reais.

Por isso a importância do torneio acentuada pela postura dos clubes que ainda estão na briga pelo título colocando no Campeonato Brasileiro equipes reservas guardando energia para decidir a Copa do Brasil.
 

Por João Nassif 21/09/2018 - 23:44 Atualizado em 21/09/2018 - 23:44

Do rebaixamento ao título foi a manchete da matéria assinada pela jornalista Michele Picolo na edição nº 2 da revista A BOLA que editei em novembro de 2006.

A matéria dizia que depois da conquista do estadual de 2005, a esperança da torcida foi reavivada. Quem sabe em breve o retorno à elite do futebol brasileiro. Não foi o que aconteceu.

Contratações equivocadas, trocas no comando técnico e falta de planejamento fizeram o tricolor ser rebaixado para a série C. O clube sofria seu maior revés.

No dia 10 de setembro de 2005 o Criciúma terminou sua participação na série B de forma melancólica. Já rebaixado perdeu para o CRB em casa por 2x1. Gritos de protesto vindos das arquibancadas ecoavam no Estádio Heriberto Hülse. Foram três meses sem futebol no Majestoso.

A matéria seguiu detalhando a temporada 2006 com o fracasso no campeonato estadual, a eliminação pelo Vasco da Gama na Copa do Brasil depois de uma virada espetacular sobre o São Caetano e a frustração pela derrota em casa para o Marcílio Dias na semifinal da criada Divisão Especial Catarinense.

Lance de Criciúma x Vitória em 2006

Depois de reformular o plantel no início do ano e com contratações pontuais antes da disputa da série C, o Criciúma iniciou sua caminhada para o retorno à segunda divisão do campeonato brasileiro. As dificuldades eram muitas, pois o campeonato foi inchado e 63 clubes entraram na disputa por apenas quatro vagas de acesso.

A fase final foi disputada por oito times com jogos em turno e returno. O time comandado por Guilherme Macuglia estava entrosado e foi vencendo seus jogos principalmente fora de casa para conquistar o acesso acompanhado do título que veio com uma estrondosa goleada sobre o Vitória da Bahia.

Um 6x0 no Heriberto Hülse com direito ao gol de Zé Carlos, goleiro que bateu com precisão uma falta e se tornando o único goleiro do clube a marcar um gol.


 

Por João Nassif 22/09/2018 - 18:50

Foi lamentável a atitude do técnico Mazola Júnior ao abandonar o jogo em Belém ainda na metade do segundo tempo. Tenho coberto o treinador de elogios pela forma com vem conduzindo o time e do modo como saiu do rebaixamento, mas não posso concordar com atitudes covardes como de hoje contra um adversário de pouquíssimos recursos técnicos e habitante da zona do rebaixamento.

O Paysandu tem no conhecido Pedro Carmona seu articulador e não tivesse chutado uma bola na trave passaria totalmente desapercebido enquanto esteve em campo. E com a agravante de não completar um contra-ataque de três contra um no único vacilo da zaga do Criciúma. Patética atuação a exemplo do Alex Maranhão que de bom fez apenas a cobrança de escanteio que o Liel aproveitou para empatar. Os dois que se pretendiam armadores foram substituídos. 

A mudança deu mais volume de jogo ao Paysandu, mas a insistência na bola aérea esbarrou naquilo que o Criciúma tem de mais forte que é a força antiaérea. Sandro e Nino foram consagrados mais uma vez.  

Quando Mazola começou a colocar jogadores de velocidade à espera de um milagroso contra-ataque o Criciúma veio para trás com a visível preocupação de garantir o empate. Empate contra time do Z-4, convenhamos, mostrou que o técnico está muito mais preocupado com sua série invicta do que propriamente mostrar coragem para ganhar. 

Poderia com mais de vontade emplacar a quarta vitória seguida, sequência que times conseguiram nesta série B.

Agora fico em dúvida se contra o Boa na próxima rodada o espirito será o mesmo. Só lembrando que o Boa está desde a primeira rodada na zona do rebaixamento e a mais de 20 na lanterna da série B.

Não esqueci que o Criciúma mandou uma bola na trave e tomou duas do Paysandu. Bola na trave não é parâmetro para análise de comportamento. 
 

Por João Nassif 22/09/2018 - 14:55 Atualizado em 22/09/2018 - 18:58

A Taça dos Campeões Europeus de futebol, embrião da hoje UEFA Champions League, foi disputada pela primeira vez na temporada 1955/1956.

O torneio teve a participação de 16 clubes e o campeão foi o Real Madrid que venceu na decisão o time francês Stade de Reims no Parc des Princes em Paris.

Os clubes participantes foram escolhidos pela revista francesa L’Equipe baseados na representatividade e prestigio dos clubes na Europa. Um dos escolhidos foi o Chelsea da Inglaterra que foi impedido pela Liga de Futebol Inglesa que via o torneio como intruso nas competições locais.

Entre os clubes convidados estava um representante do Sarre, protetorado desde o final da Segunda Guerra Mundial era administrado pelo França e somente em 1957 é que retornaria à República Federal Alemã. 

Na primeira fase, as oitavas de final, o Saarbrucken, clube do Protetorado do Sarre enfrentou o Milan da Itália e mesmo vencendo o primeiro jogo por 4x3 foi eliminado na partida de volta com a derrota por 4x1.

Depois de duas fases, numa das semifinais o Real Madrid eliminou o Milan depois de vencer em Madrid por 4x2 e ser derrotado na Itália por 2x1. Na outra o Stade de Reims passou pelo Hibernian da Escócia com duas vitórias, por 2x0 na França e 1x0 em território escocês.

Na final disputada em Paris em jogo único o Real Madrid venceu o Stade de Reims por 4x3.

No primeiro torneio dos Campeões da Europa foram marcados 127 gols em 29 jogos com a média de 4,38 gols por partida. Milos Milutinovic do Partizan da Iugoslávia foi o artilheiro com oito gols.
 

Por João Nassif 23/09/2018 - 19:35 Atualizado em 24/09/2018 - 06:41

O xadrez é um esporte, também considerado uma arte e uma ciência. Não definimos como atletas o enxadrista, mas tem que ter o necessário grau de concentração que observamos em atletas de alto rendimento e de esportes que têm o corpo como exigência para alcançar os melhores resultados.

Certamente é a modalidade que exige o maior QI (quociente de inteligência) de seus participantes, por isso os maiores enxadristas estão entre as pessoas de maior QI de todo planeta.

Gary Kasparov, considerado maior jogador de xadrez de todos os tempos, nasceu no Azerbaijão em 1963, tem, portanto, 55 anos, se tornou campeão mundial em 1985, com 22 anos, derrotando o russo Anatoli Karpov. Kasparov reinou absoluto até o ano 2000 e nenhum outro jogador ficou tanto tempo no topo do xadrez mundial. 

Gary Kasparov

Kasparov com QI de 192 pontos aparece na lista das pessoas vivas mais inteligentes do mundo. 

Há controvérsias sobre quando e onde surgiu o xadrez. Existem várias teorias sobre sua origem. Uma delas afirma que o xadrez foi criado na China em 204-203 a.C. Outra afirma que o xadrez nasceu na Índia, enfim controvérsias que atendem aos interesses de cada historiador.

Aos poucos as foram regras foram sendo modificadas e em 1475 deram origem ao jogo assim como o conhecemos nos dias atuais.

O atual campeão mundial é o norueguês Magnus Carlsen que conquistou o título em novembro de 2014 ao derrotar em Sochi na Rússia o então campeão, o indiano Vishy Anand.

Um pouco da história do xadrez que se não tem uma bola em disputa é um esporte praticado em todos os cantos do planeta.
 

Por João Nassif 24/09/2018 - 18:58

Um dos maiores domínios de um clube no futebol brasileiro foi protagonizado pelo Santos que ao longo de 15 temporadas venceu 11 campeonatos paulistas.

O reinado começou em 1955, ainda sem Pelé e em 1956 o Peixe foi bicampeão. Não conseguiu o tri em 1957 vencido pelo São Paulo, mas já com Pelé foi campeão em 1958.

Em 1959 disputou e perdeu o supercampeonato para o Palmeiras para se tornar tricampeão nos anos seguintes.

Foi novamente interrompida a sequencia em 1963 com o Palmeiras campeão. O Santos retomou a hegemonia se tornando bicampeão em 1964 e 1965. Novamente o Palmeiras se intrometeu e foi campeão em 1966.

Finalmente o Santos encerrou o ciclo extremamente vitorioso em 1969 com um tricampeonato. Somente depois de nove temporadas, em 1978 o Santos voltaria a ganhar um campeonato paulista.

Em pé da esq. p/ dir. Lima, Zito, Dalmo, Calvet, Gylmar, Mauro
Agachados: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé, Pepe

Durante esta fase de domínio quase que completo no futebol paulista o time da Vila Belmiro com o Rei do Futebol à frente venceu duas Libertadores, dois Mundiais de Clubes, ambos em 1962 e 1963. 

Foi também campeão do Torneio Rio-São Paulo em 1959, 1963 e 1964, pentacampeão da Taça Brasil de 1961 até 1965, campeão do Torneio Roberto Gomes Pedrosa que foi a 1ª Taça de Prata em 1968.

Sem contar com diversos títulos de torneios disputados ao redor do mundo.

Se começou lá em 1955 e com o surgimento de Pelé o Santos reinou por muitos anos no futebol brasileiro e quando teve oportunidade de enfrentar as grandes europeias também foi destaque no cenário mundial.

Por João Nassif 24/09/2018 - 07:40

Cheguei para trabalhar em Criciúma em 1986 e rapidamente aprendi que os torcedores são exigentes ao extremo e assim fizeram a história vencedora de um clube que havia sofrido bastante em anos anteriores vendo o rival, Joinville, reinar absoluto no futebol catarinense.

Esta mentalidade exigente por vitórias e títulos mudou o patamar do futebol estadual e tornou o Tigre respeitado em todo território nacional, culminando com o título da Copa do Brasil e o primeiro catarinense a conquistar no campo o direito de disputar a Libertadores da América.

Depois de sucessos e fracassos ao longo dos anos a torcida foi perdendo a força do passado e fruto das últimas más gestões se tornou resignada quando escapar do rebaixamento em competições é o máximo que se exige.

Derrotar em casa um Hercílio Luz, por exemplo, é motivo de festa, pois estes três pontos servem para manter o time na primeira divisão do campeonato estadual. 

No campeonato brasileiro, ganhar um pontinho fora de casa é também é motivo de festa, pois está fugindo do rebaixamento, mesmo que seja contra adversários da pior qualidade. A torcida deve pensar, não é necessária ambição pela vitória, vamos na segurança para não perder. Com este pensamento a torcida abandonou o estádio e hoje temos uma média de público ridícula, uma das piores de todos os tempos. 

E assim temos acompanhado o Criciúma nesta trajetória de recuperação comandada por um técnico que fez o time crescer somente a ponto de escapar da zona de rebaixamento. O campeonato tem mostrado que pelo equilíbrio entre todos, um perde e ganha sem fim, arriscando um pouco mais poderia levar o Criciúma mais para perto dos líderes e assim fazer o torcedor retornar ao Heriberto Hülse, além de resgatar sua mentalidade vencedora.  
 

Por João Nassif 25/09/2018 - 18:29

A numeração nas camisas dos times de futebol foi aplicada pela primeira vez em 1933 na decisão da Copa da Inglaterra. O jogo foi entre Everton e Manchester City. Os jogadores do Everton usaram camisas numeradas de 1 a 11 e os do Manchester de 12 a 22.

Até então havia muita resistência por partes dos próprios atletas em usar camisas numeradas nas costas, pois alegavam que ficavam parecidos com presidiários. Somente depois de muito tempo é que se deram conta que não havia nenhum problema em repetir os números nos dois times.

O eterno camisa 10

No Brasil a numeração nas camisas dos jogadores tornou-se obrigatório em 1947 por proposta da Federação Paulista de Futebol quando foi disputado o campeonato brasileiro de seleções.

Em competições internacionais a numeração nas camisas dos jogadores passou a ser obrigatória a partir da Copa do Mundo de 1950 disputada aqui no Brasil.

Até 1994 as camisas não apresentavam o nome dos jogadores. Em razão da Copa do Mundo daquele ano ser nos Estados Unidos, para agradar os torcedores norte-americanos a FIFA obrigou as seleções identificar seus jogadores com o nome nas costas da camisa.

Esta determinação que permanece até hoje facilita bastante a vida de locutores e fotógrafos esportivos ao identificar os jogadores em campo. 

Por João Nassif 26/09/2018 - 18:46

A regra atual determinada pela FIFA permite que um atleta com dupla nacionalidade mude de seleção apenas se não tiver atuado em partidas oficiais por outro país.
Em tempos passados não havia esta regulamentação, por isso Luís Monti que disputou o 1º Mundial pela Argentina pode se tornar campeão mundial no segundo defendendo a Itália em 1934.

Outros que disputaram Copas do Mundo por dois países diferentes foram Puskaz que jogou em 1954 pela Hungria e em 1962 pela Espanha, José Santamaria pelo Uruguai em 1954 e Espanha em 1962, José Altafini, o Mazzola que jogou pelo Brasil a Copa de 1958 e pela Itália em 1962 e finalmente Prosinecki que disputou a Copa de 1990 pela Iugoslávia e a de 1998 pela Croácia.

Robert Prosinecki

Lembrando que a Croácia surgiu como país pela desintegração da Iugoslávia em 1992.

Um exemplo atual permitido pela FIFA é o brasileiro Diego Costa naturalizado espanhol. Diego Costa disputou somente alguns amistosos pela seleção brasileira e quando fez a opção foi liberado para atuar em Copas do Mundo pela seleção espanhola.

A FIFA, entretanto, poderá revisar este conceito atual. Como o mundo globalizado está mudando com a questão imigração muito forte existem problemas de nacionalização em todo o mundo, principalmente na África, Ásia e países da CONCACAF.

Uma das opções é permitir que atletas que atuaram no máximo em duas partidas oficiais por um país possam optar por outro e adquirir condições de participar em competições oficiais.

A discussão é grande sem data para definição.

Por João Nassif 27/09/2018 - 18:49

O dia 28 de janeiro de 1951 ficou marcado na história pelos títulos conquistados por Vasco da Gama e Palmeiras em seus campeonatos estaduais. Os campeonatos naquela época normalmente começavam num ano e terminava no ano seguinte, assim os dois campeonatos referentes a 1950 coincidentemente terminaram no mesmo dia.

No Rio de Janeiro o Vasco teve como adversário o América, time que fez história no campeonato carioca, uma competição por pontos corridos e o jogo na última rodada definiu o campeão. O Vasco venceu por 2x1, dois gols de Ademir de Menezes que foi o artilheiro do campeonato com 27 gols.

O jogo foi violento ao extremo e teve quatro jogadores expulsos, dois de cada lado.

No campeonato paulista que começou em agosto, a decisão foi épica. O São Paulo que era o bicampeão largou na frente sempre perseguido pelo Palmeiras que no final do primeiro turno venceu o confronto direto por 2x0 e assumiu a ponta.

Campeão Paulista de 1950

Quando os dois times chegaram à rodada final o Palmeiras estava um ponto à frente, portanto jogava pelo empate. E foi o que aconteceu.

Mas, antes do jogo caiu um temporal sobre a capital paulista que castigou bastante o gramado do Pacaembu. A partida ficou conhecida como “Jogo da Lama”. Mesmo assim o juiz deu condições para o jogo e o São Paulo saiu na frente logo aos quatro minutos. Gol de Teixeirinha.

O Palmeiras foi empatar somente aos 15 do segundo tempo com o gol do centro avante Aquiles. Foi o gol do título.

28 de janeiro de 1951, data histórica para as torcidas do Vasco da Gama e Palmeiras.

Copyright © 2025.
Todos os direitos reservados ao Portal 4oito