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DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por João Nassif 28/09/2018 - 18:27

São vários os erros de arbitragem no futebol e alguns ficaram gravados na memória por terem decididos torneios e campeonatos.

Até em Copa do Mundo os erros podem ser decisivos como, por exemplo, na final de 1966 quando foi validado um gol da Inglaterra, anfitriã contra a Alemanha Ocidental. O gol que mudou a história do Mundial.

No Brasil podemos lembrar de alguns erros que também mudaram a história como em 1995 com o árbitro Márcio Rezende de Freitas que validou um gol impedido do Botafogo que decidiu o título.

A decisão da Copa do Brasil de 2002 entre Corinthians e Brasiliense quando o árbitro Carlos Simon anulou um gol legitimo do Brasiliense e validou o gol da vitória corintiana numa jogada irregular.

Mas, nada que se compara ao que fez o árbitro Armando Marques na decisão do campeonato paulista de 1973. Foi o erro mais grotesco da história do futebol brasileiro. 

Santos e Portuguesa decidiam o título no Morumbi. Cada time havia vencido um turno e foram para o jogo final. Dois 0x0, no tempo normal e na prorrogação e a decisão foi para os pênaltis.

O Santos perdeu a primeira e converteu as outras duas. A Portuguesa perdeu as três primeiras, mas ainda tinha chances de empatar. Quando errou o terceiro pênalti Armando Marques se confundiu na contagem e encerrou as cobranças. Festa do Santos.

A confusão foi resolvida logo depois com o árbitro reconhecendo o erro e os dirigentes da Federação Paulista queriam recomeçar as cobranças. Os jogadores da Portuguesa rapidamente deixaram o estádio e houve consenso com os dois times sendo considerados campeões. 

Foi o erro mais grotesco do futebol brasileiro, responsável por colocar asterisco na lista dos campeões paulistas de todos os tempos.

Por João Nassif 04/10/2018 - 18:51

De 1930 até 1942, Palmeiras e Corinthians dominavam o futebol paulista. Dos 133 campeonatos estaduais disputados o Palestra Itália/Palmeiras ganhou seis e o Corinthians cinco.

Dizia-se naquela época que para dar outro campeão só se a moeda caísse em pé. Claro que a moeda não caiu em pé, mas o tabu foi quebrado em outubro de 1943 quando o São Paulo conquistou o primeiro título de sua história.

São Paulo FC campeão paulista de 1943
Em pé da esq. p/ dir. Zarzur, Piolim, King, Virgílio, Zezé Procópio, Noronha
Agachados: Luizinho, Sastre, Leônidas da Silva, Remo e Pardal

O São Paulo já havia conquistado o campeonato de 1931, mas este título foi incorporado mais tarde, pois sua fundação oficial foi em 1935.

Como resposta aos dirigentes alviverdes e alvinegros a torcida são-paulina desfilou com carro alegórico exibindo uma moeda em pé.

O título só veio na última rodada, num campeonato disputado por pontos corridos. O São Paulo chegou com 32 pontos contra 30 de Palmeiras e Corinthians que tinham chances de ganhar o título. Naquela época vitória valia somente dois pontos e o São Paulo jogaria contra o Palmeiras por um simples empate.

E foi o que aconteceu. O empate em 0x0 no Estádio do Pacaembu deu o título ao tricolor comandado por Leônidas da Silva.

O time foi chamado de “rolo compressor”, pois não tomava conhecimento de quem viria pela frente.

Num campeonato com 11 clubes a campanha do campeão foi de 20 jogos com 15 vitórias, três empates e somente duas derrotas.
 

Por João Nassif 29/09/2018 - 12:58

Quando Pelé surgiu para o futebol declarou que seu grande ídolo, depois de seu pai Dondinho era um jogador chamado Thomaz Soares da Silva, conhecido como Zizinho, nascido em 14 de setembro de 1921 em São Gonçalo cidade do Estado do Rio de Janeiro.

No início de carreira, Mestre Ziza como ficou conhecido, teve de vencer a desconfiança e superar o então maior ídolo do futebol brasileiro. No primeiro treino no Flamengo teve a dura missão de substituir Leônidas da Silva machucado e jogou os 10 minutos finais.

Zizinho à esq. com Leônidas da Silva e Didi

Na primeira bola que recebeu foi desarmado. Na segunda, partiu para cima, driblou três jogadores e tocou no contrapé do goleiro. Marcou ainda outro gol para confirmar a aposta rubro negra.

Zizinho foi espetacular na seleção brasileira e só não foi contemplado com o título mundial. Participou da fatídica Copa de 1950 e mesmo vice-campeão foi escolhido o melhor jogador do torneio.

A maestria com que jogava lhe rendeu o apelido justamente durante a Copa, apelido dado por um jornalista italiano do Gazzetta dello Sport que escreveu: “o futebol de Zizinho me faz recordar Da Vinci pintando alguma coisa rara”.

Jogou pelo Flamengo de 1939 até 1950. Foi para o Bangu onde ficou até 1957 quando foi contratado pelo São Paulo onde jogou uma temporada. De 1958 até 1962 atuou pelo Audax Italiano do Chile onde encerrou a carreira. 

Pelo Flamengo foi campeão em 1939 e tricampeão em 1942/43/44. Foi também campeão paulista em 1957.

Pela seleção brasileira ganhou uma Copa Roca em 1945, uma Copa América em 1949 e um Pan-americano em 1952.

Por João Nassif 01/10/2018 - 18:39

A Taça das Bolinhas, prêmio oferecido pela Caixa Econômica Federal ao primeiro clube que conquistasse três vezes consecutivas ou cinco alternadas o campeonato brasileiro é até hoje motivo de discussão entre Flamengo e São Paulo que se acham no direito de ficar com o troféu. Em outra oportunidade voltarei à polemica.

O título que abriu a discussão foi o do São Paulo em 2007. Foi o quinto título do tricolor que venceu o campeonato da série A de maneira irrepreensível. Tornou-se campeão no dia 31 de outubro com quatro rodadas de antecedência ao derrotar o América do Rio Grande do Norte por 3x0 em pleno Morumbi com 70 mil pagantes.

O São Paulo ficou 16 rodadas sem perder, da 13ª até a 28ª rodada, nove jogos sem tomar gols e ficou 22 rodadas consecutivas na ponta da tabela. Além de tudo isso ainda terminou a campanha com 15 pontos à frente do Santos, segundo colocado.

Motivo de discórdia entre São Paulo e Flamengo

A comemoração dos são-paulinos foi ainda maior porque o rival Corinthians foi um dos rebaixados para a segunda divisão naquele ano.

A campanha do São Paulo somou 77 pontos com 23 vitórias, oito empates e sete derrotas, duas após a conquista do título. O ataque marcou 55 gols e a defesa sofreu 19. O aproveitamento final foi de 68%.

O time base campeão em 2007 tinha o goleiro Rogério Ceni, André Dias, Breno e Miranda; Souza, Hernanes, Richarlyson, Dagoberto e Jorge Wagner; Borges e Aluísio. O técnico era Muricy Ramalho.
 
 

Por João Nassif 30/09/2018 - 11:44 Atualizado em 01/10/2018 - 14:47

O primeiro grande ídolo do futebol brasileiro em Copas do Mundo, nasceu no dia 06 de setembro de 1913. Filho de um marinheiro e uma cozinheira, Leônidas da Silva teve uma infância simples com muitas escapadas do colégio para jogar bola.

Aos nove anos viu seu pai morrer e acabou sendo adotado pelos patrões da mãe. Estres montaram um bar perto do campo do São Cristóvão, onde jogou nas categorias de base. Passou por vários times do subúrbio carioca até ser contratado pelo Sírio Libanês aos 17 anos.

Em 1931 que teve início sua brilhante carreira. Foi convocado para a seleção carioca para jogar um amistoso contra o Ferencvaros, campeão húngaro quando marcou um gol. No mesmo ano conquistou o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais.

Disputou as Copas de 1934 e 1938. Foi o artilheiro do Mundial na França sete gols e ajudou o Brasil na conquista do terceiro lugar.

Leônidas jogou em três dos grandes times do futebol carioca, Vasco da Gama, Botafogo e Flamengo. Fez mais de 200 jogos pelo São Paulo entre 1942 e 1950 conquistando cinco campeonatos paulistas. Teve também uma rápida passagem pelo futebol uruguaio jogando pelo Peñarol onde marcou 28 gols em 25 jogos. 

Sua popularidade era tão grande que a Lacta resolveu criar um chocolate com um apelido que ganhou no Uruguai. Surgiu o Diamante Negro.  

Leônidas da Silva pendurou as chuteiras em 1950 com 37 anos. Depois de tentar e rapidamente desistir de ser treinador trabalhou como comentarista esportivo em vários rádios até parar em 1974 depois de cobrir a Copa do Mundo na Alemanha.

Neste ano foi diagnosticado com Mal de Alzheimer doença que o abateu e com a qual conviveu até morrer em 2004 no dia 24 de janeiro com 90 anos.
 

Por João Nassif 01/10/2018 - 15:10

Thiago Ávila *

Há muito tempo venho defendendo a ideia do jogo de equipe. Não que eu ache que seja algo que ajude o esporte, mas que em algumas ocasiões há necessidade, é aceitável. Digo isso porque ainda vejo muita hipocrisia por parte dos comentaristas da Rede Globo, que uma hora falam que é uma atitude totalmente anti-desportiva e outra falam que é aceitável.

A verdade é que o automobilismo é um esporte coletivo, pode ser individual na parte de pilotos, mas é na montagem do melhor carro que se desenvolve o jogo. Isso é desde a primeira temporada da F1, quando a Alfa Romeo construía o imbatível 158, que venceu todas as etapas europeias do calendário. Lógico que naquela época havia embate entre pilotos da mesma equipe, já que o momento permitia, era como a Mercedes de Hamilton e Rosberg. Mas já no ano seguinte, na disputa contra a Ferrari de Ascari, a Alfa Romeo foi obrigada a priorizar Fangio para conquistar o bicampeonato.

Hamilton a Bottas no pódio em Sochi-Rússia

Aqui no Brasil, os maiores críticos do tal "jogo de equipe" são Galvão Bueno e sua turma de comentaristas. Vejamos alguns exemplos:

* Em 2002, no GP da Áustria, Schumacher liderava o campeonato com folga, mas era Barrichello que vencia a corrida. Vindo mais rápido, o alemão se aproximava do brasileiro e esperava um comando da Ferrari para passar a frente. Aquele momento permitia a briga entre os pilotos, não era necessário pedir para que desse passagem. Cléber Machado entoou a famosa frase "Hoje não, hoje sim", vendo  Rubinho abrir na reta final.
* Em 2007, Hamilton, Alonso e Raikkonen chegaram no Brasil com chances de título. Massa fez a pole position e liderava a prova até a parada dos boxes, quando Raikkonen assumiu a ponta. Claramente era uma estratégia da equipe para que o finlandês levasse o título. Era necessária, seria egoísta deixar Massa ganhar apenas porque o brasileiro era melhor naquela corrida e perder o campeonato.
* Entre 2010 e 2013, a Ferrari era a segunda força do grid, perdendo para a Red Bull, que tinha um carro extremamente superior. A dupla da escuderia italiana era Fernando Alonso e Felipe Massa. O espanhol claramente era melhor, fazia os melhores tempos, obtinha as melhores posições de corrida e o único que podia bater de frente com Vettel. Mas o que se comentava na transmissão da Globo era que "estão prejudicando Massa", desqualificando totalmente o mérito de Fernando. Óbvio que houve corridas na qual o brasileiro teve que entregar para dar vitória ao companheiro, mas que eram necessárias para a equipe continuar na briga pelo título. O mais criticado foi a vez do "Fernando is faster than you", no GP da Alemanha de 2010. Realmente Alonso era mais rápido e, vendo Vettel se aproximar, era necessário que Massa abrisse para ele assumir a ponta, já que o espanhol era candidato forte na briga pelo título. O espanhol foi duramente criticado pela imprensa britânica na época, mas o que podia fazer?
* Em 2016, agora em uma intriga extra-pista, Felipe Nasr corria pela Sauber com seu companheiro Marcus Ericsson. A Sauber vinha em último colocado no campeonato sem marcar nenhum ponto, o carro era muito ruim. Mas a imprensa brasileira, principalmente o comentarista Lito Cavalcanti alegava, sem nenhuma prova, que a equipe suíça beneficiava o sueco e prejudicava o brasileiro por causa dos patrocinadores de Ericsson. A verdade é que não fazia nenhum sentido a equipe prejudicar um de seus pilotos quando precisava ganhar pontos para receber um maior prêmio da FIA.

O que há de comum entre todos esses? Todos brasileiros. Ano passado, no GP da Hungria, uma situação parecida aconteceu. Bottas deixou Hamilton passar para colar em Raikkonen. Luis Roberto falou que esse tipo de comportamento era natural de uma equipe que briga por título. Tudo bem que ao fim da corrida, as posições retornaram como antes, mas aí fica a pergunta: Por que uma hora é totalmente anti-desportivo e outra é aceitável? Acho que a torcida anda falando mais alto...

Neste fim de semana, a situação foi muito parecida com a do GP da Áustria de 2002. Hamilton não precisava daquela vitória, pela sua expressão ao fim da corrida nem era de seu interesse. É certo que Vettel já se aproximava de Lewis e era necessária a inversão para mantê-lo atrás, mas não desfazer foi uma atitude lamentável. Hamilton não teve culpa, a Mercedes teve.


* Thiago Ávila, Estudante de Jornalismo da PUCRS
 

Por João Nassif 01/10/2018 - 16:50

O técnico Mazola Júnior lembra minha avó fazendo um bolinho de fubá.

Sem nenhum ingrediente a não ser o básico para um bolo devorado pela turma lá de casa sempre pedíamos que a vó repetisse a receita.

Bolo de fubá da vó

Sem nenhuma estrela que poderia ser referência no time, os torcedores e críticos pedem que o técnico repita a estratégia para o time escapar do rebaixamento.

Os dois sempre fizeram o simples, por isso a vó que já foi há muito tempo deixou um legado muito bem seguido pelas mulheres da família.

Por isso o Mazola deve continuar da mesma forma para que as vitórias continuem e o Criciúma possa alcançar objetivo traçado por ele.

A diferença é que a vó não mascava chiclete à beira do fogão.
 

Por João Nassif 02/10/2018 - 18:20

O campeonato carioca de 1956 foi disputado por 12 times em regime de pontos corridos jogando todos contra todos em turno e returno. Começou em julho e foi finalizado às vésperas do Natal.

O Vasco da Gama foi campeão na penúltima rodada ao vencer o Bangu por 2x1 no Maracanã. O técnico era Martim Francisco.

Apesar do Vasco ter sido campeão o grande feito daquele campeonato foi a goleada imposta pelo Flamengo ao São Cristóvão por 12x2. Foi o maior placar registrado no Maracanã até os dias de hoje. O Flamengo que terminou o campeonato em quarto lugar teve o ataque mais positivo com 60 gols.

Na goleada histórica o grande nome foi o centro avante Evaristo que marcou cinco gols. Índio marcou quatro, enquanto Luís Roberto, Paulinho e Joel completaram o massacre.

Quando da disputa da Copa das Confederações em 2013 aqui no Brasil, assim que a tabela foi divulgada havia forte expectativa sobre o jogo Espanha x Taiti marcado para o Maracanã. 

Pela brutal diferença técnica entre as seleções muitos apostavam que os espanhóis campeões do mundo pudessem imprimir nos taitianos um placar mais elástico que o conseguido pelo Flamengo em 1956, fazendo a maior goleada da história do estádio.

Os espanhóis não conseguiram, pois fizeram apenas um 10x0, somente igualando a diferença de gols.

Por João Nassif 03/10/2018 - 17:36

Ontem registramos aqui no Almanaque da Bola a maior goleada aplicada na história do Maracanã. O recorde aconteceu pelo campeonato carioca de 1956 quando o Flamengo venceu o São Cristóvão por 12x2.

No Almanaque de hoje vou destacar as maiores goleadas aplicadas pelo Santos FC ao longo de sua história.

As duas maiores foram pelo placar de 12x1. A primeira no dia 03 de maio de 1927 sobre o Ypiranga da capital paulista e jogo válido pelo campeonato estadual. O destaque foi Araken Patuska que marcou sete gols. O palco foi a Vila Belmiro.

A segunda aconteceu também no estádio santista no dia 19 de novembro de 1959. A vítima foi a Ponte Preta pelo campeonato paulista com destaque para o centro avante Coutinho que marcou cinco dos 12 gols. Neste campeonato o Santos disputou 41 jogos e marcou 155 gols. O artilheiro foi Pelé com 45 gols.

Por falar Pelé, faltava o maior artilheiro do clube aparecer numa grande goleada. O Rei marcou oito gols na vitória sobre o Botafogo de Ribeirão Preto por 11x0 também na Vila Belmiro pelo campeonato paulista no dia 21 de novembro de 1964.

Em competições nacionais a maior goleada realizada pelo Santos foi pela Copa do Brasil de 2010. Esta edição marcou o primeiro título do Peixe na competição. Treinado por Dorival Júnior o Santos venceu por 10x0 o Naviairense do Mato Grosso do Sul.
 

Por João Nassif 05/10/2018 - 17:55

A Copa América que terá o Brasil como sede em 2019 será a 46ª edição do torneio.

No início a competição que envolve as seleções da América do Sul foi denominada de Campeonato Sul-Americano de Futebol. Este campeonato teve início em 1916 e em 1975 passou a ter a denominação atual. O primeiro torneio teve como sede na Argentina e o campeão foi o Uruguai.

O torneio determina o campeão da América do Sul e vale vaga para a Copa das Confederações disputadas a cada quatro anos no país sede da Copa do Mundo no ano seguinte.

A partir de 1993 o torneio passou a contar com 12 seleções, todas as 10 da CONMEBOL e duas convidadas de outras Confederações. Neste mesmo ano o México passou a fazer parte da disputa com mais uma seleção da CONCACAF exceto em 1999 quando o convidado foi o Japão.

Nos primórdios do Campeonato Sul-Americano não havia uma frequência para sua disputa, somente nos últimos anos é que a Copa América é disputada a cada quatro anos.

A exceção foi em 2016 quando foi disputada a Copa América do Centenário com sede nos Estados Unidos. A competição foi ampliada e além das 10 seleções da CONMEBOL, foram convidadas mais seis, todas da CONCACAF.

O Chile foi o campeão da Copa América do Centenário ao vencer a Argentina nos pênaltis por 4x2 depois de empate em 0x0 no tempo regulamentar e na prorrogação. Chile aliás, que um ano antes quando foi sede também derrotou a Argentina na decisão por pênaltis por 4x1. A Copa América de 2015 foi disputada seguindo a frequência do torneio.

O Brasil tem oito títulos da competição, sendo o último conquistado em 2007 quando a sede foi na Venezuela. 
 

Por João Nassif 06/10/2018 - 15:12

O campeonato estadual catarinense de 1942 foi o mais curto de todos os tempos. O Avaí foi campeão jogando apenas uma partida e iniciou uma série de títulos que terminou com um tetracampeonato em 1945.

O campeonato de 1942 foi disputado por sete times divididos em regiões como era comum naquela época. O regulamento da competição era muito simples. Como eram poucos times, em cada região o classificado para as semifinais era decidido num único jogo. 

Pela zona sul se enfrentaram Hercílio Luz de Tubarão e Barriga Verde de Laguna. O Hercílio derrotou o Barriga Verde por 4x1.

Pela zona norte o América de Joinville goleou o Peri Ferroviário de Mafra por 5x1. E pela zona Itajaí-Blumenau-Brusque, o Sport Brusquense eliminou o Brasil de Blumenau com a vitória por 4x1.

Numa das semifinais, decidindo o campeão da zona sul o Avaí goleou o Hercílio Luz por 6x1 e se classificou para a final em partida disputada em Florianópolis.

Na outra semifinal, decisão da zona norte em Joinville o América venceu por 3x1 e eliminou o Sport Brusquense e foi para a decisão do título com o Avaí.

O jogo estava marcado para o dia 04 de outubro em Florianópolis e o América não compareceu. O time joinvilense comunicou em ofício a Federação Catarinense de Desportos que não poderia disputar a final por motivo de força maior. Quatro jogadores americanos serviam o Exército e devido à Segunda Guerra Mundial estavam de sobre aviso e não poderiam deixar a cidade.

A Federação declarou o Avaí campeão fato que gerou forte revolta em Joinville.

Por isso o campeonato catarinense de 1942 foi o mais curto da história com o campeão disputando apenas uma partida.
 

Por João Nassif 08/10/2018 - 07:10

Maior pontuação: Fortaleza – 56 

Menor pontuação: Boa – 26 

Maior número de vitórias: Fortaleza – 17 

Maior número de empates: Juventude – 14 

Maior número de derrotas: Boa – 16 

Maior pontuação como mandantes: Fortaleza – 35 

Maior pontuação como visitante: Figueirense – 23 

Menor pontuação como mandante: Juventude – 13 

Menor pontuação como visitante: Boa – 7 

Melhor ataque: Fortaleza – 44 

Melhor defesa: Vila Nova – 33

Pior ataque: CRB – 21 

Pior defesa: Atlético (GO) – 42 

:Melhor ataque como mandante: Fortaleza – 27 

Melhor ataque como visitante: Avaí, Figueirense – 21 

Melhor defesa como mandante: Vila Nova – 6 

Melhor defesa como visitante: Ponte Preta – 12 

Pior ataque como mandante: Juventude – 8 

Pior ataque como visitante: CRB – 6 

Pior defesa como mandante: Figueirense – 20 

Pior defesa como visitante: Atlético (GO) – 23 

Maior número de rodadas no G-4: Fortaleza – 29 

Maior série invicta: Fortaleza – 9 jogos (da 1ª à 9ª rodada)

Maior série sem vencer: Sampaio Correa – 12 jogos (da 11ª à 22ª rodada)

Artilheiro: Lucão (Goiás) – 13 gols


 

Por João Nassif 08/10/2018 - 16:29

O livro “O negro no futebol brasileiro” escrito pelo jornalista Mário Filho, faz menção ao surgimento do nome Fla-Flu para um dos mais tradicionais clássicos do futebol brasileiro.

A história contada pelo jornalista diz que o futebol no Flamengo surgiu em 1911, quando alguns atletas e dirigentes descontentes com o Fluminense deixaram o tricolor e aportaram no rubro-negro que até então disputava apenas competições de remo.

O primeiro jogo entre os dois aconteceu no dia 07 de julho de 1912 com vitória do Flamengo por 3x2. Os clubes dividiam as atenções no início da década de 1920, pois ambos não admitiam negros no plantel. Defendiam o amadorismo como forma de permitir que somente famílias tradicionais tivessem acesso aos clubes e, consequentemente, pudessem jogar futebol.

Primeiro Fla-Flu no campo das Laranjeiras

As diretorias, aliás, chegaram a encabeçar a criação de uma liga independente para permitir que apenas clubes selecionados por eles pudessem disputar o campeonato. A medida foi tomada depois que o Vasco, que tinha muitos negros e brancos de origem pobre no elenco, conquistou o Estadual. 

O primeiro registro da expressão Fla-Flu que se tem notícia aconteceu no dia 9 de outubro de 1925, na edição de “O Jornal”. A notícia dava conta da convocação da Seleção Carioca para o Campeonato Brasileiro. Somente jogadores dos dois clubes foram convocados, o que causou um grande mal-estar entre os outros filiados. A expressão até ganhou tom pejorativo na época.

Superados os preconceitos, pela rivalidade, o clássico se tornou um dos mais disputados do país.
 

 

Por João Nassif 09/10/2018 - 19:08

Hoje em dia, bicho é uma expressão muito usada no futebol que significa remunerar os jogadores pelos bons resultados colhidos numa partida e até numa conquista de torneio ou campeonato. O Vasco da Gama foi o clube que instituiu esta remuneração.

Em 1923 o clube da Cruz de Malta estreou na Liga Metropolitana e foi campeão. Os portugueses, fundadores do clube, tinham o habito de apostar na vitória do Vasco e como quase sempre ganhavam resolveram dividir o lucro com os jogadores.

Como estes eram amadores não poderiam receber dinheiro e assim foi criada uma tabela de acordo com a importância do adversário.

Um dirigente ia ao vestiário antes dos jogos para dizer aos jogadores quanto ganhariam pela vitória. Não se falava em dinheiro e sim numa espécie de determinação zoológica. A referência era o jogo do bicho que mesmo proibido era de muita popularidade naqueles tempos.

5 mil-réis representava um cachorro, 10 um coelho, 20 um peru, 50 um galo, 100 uma vaca e 400 uma vaca de quatro pernas.

Os jogadores perguntavam: qual o bicho de hoje? O dirigente respondia: um coelho.

Com o advento do profissionalismo não havia mais problema na premiação em dinheiro. Como não existe nenhuma relação dos bichos nas notas estes continuam sendo referência apenas na gíria do dinheiro. 
 

Por João Nassif 10/10/2018 - 18:27

A Copa das Confederações foi realizada pela primeira vez em 1992 por iniciativa da Arábia Saudita. Os sauditas haviam sido campeões da Copa da Ásia em 1988 e resolveram patrocinar um torneio que levou o nome de Copa do Rei Fahd.

A primeira edição foi disputada por quatro seleções: Argentina campeã da Copa América de 1991, Estados Unidos campeão da Copa Ouro de 1991 e Costa do Marfim campeã africana de 1992, além dos anfitriões. A Argentina foi campeã.

As duas edições seguintes também tiveram a Arábia Saudita como sede. Em 1995 a campeã foi a Dinamarca e o Brasil venceu em 1997 derrotando a Austrália na partida final. A partir desta edição a FIFA assumiu o torneio e mudou o nome para Copa das Confederações.

Campeão da Copa das Confederações em 1997
Em pé da esq.p/ dir: Júnior Baiano, César Sampaio, Dida, Aldair, Roberto Carlos, Cafu
Agachados: Ronaldo, Denílson, Juninho Paulista, Romário, Dunga. 

Mantendo a frequência de dois em dois anos em 1999 a Copa foi disputada no México que foi o campeão ao derrotar a seleção brasileira na decisão. Participaram da Copa em 1999 oito seleções.

A partir de 2001 o torneio passou a ser disputado a cada quatro anos no país que sediaria a Copa do Mundo no ano seguinte. O argumento usado foi que o país anfitrião do Mundial, por não participar das eliminatórias, jogaria um ano antes um torneio com algumas seleções de alto nível como preparação efetiva para a Copa do Mundo.

A Copa das Confederações é disputada por oito seleções, as campeãs das Confederações filiadas à FIFA, a seleção do país sede e a última campeã mundial.

O torneio já teve nove edições e o Brasil é maior vencedor com quatro títulos. França duas vezes, Argentina, México e Alemanha completam o quadro dos campeões.

A próxima Copa das Confederações será disputada em 2021 no Qatar.
 

Por João Nassif 11/10/2018 - 16:36

Todos sabemos que um jogo de futebol sendo amistoso ou valendo pontos não é realizado sem a presença de um árbitro. O tempo foi mostrando a dificuldade de comunicação entre árbitros e jogadores, já imaginaram um árbitro argentino advertindo com palavras um jogador chinês?

Por este motivo a FIFA introduziu na Copa do Mundo de 1970 os cartões amarelo e vermelho. O primeiro é simples advertência e o segundo a expulsão. Assim a comunicação ficou clara tanto para quem está no gramado como ao público nas arquibancadas.

Até então, em jogos de Copas do Mundo haviam sido expulsos 18 jogadores, o primeiro foi no Mundial de 1930. Nesta primeira edição do Mundial o zagueiro peruano Plácido Galindo foi mais cedo para o chuveiro no jogo em que sua seleção foi derrotada por 3x1 pela Romênia. O árbitro foi o chileno Alberto Warken.

Carlos Caszely

A primeira vez em que foi aplicado o cartão vermelho numa Copa do Mundo foi em 1974 na Alemanha Ocidental. O árbitro turco Dogan Babacan expulsou o chileno Carlos Caszely aos 22 minutos do segundo tempo no jogo em que o Chile foi derrotado pelos donos da casa por 1x0.

A seleção brasileira é a que mais teve jogadores expulsos em todas as Copas. O total é de 11 expulsões, sendo que cinco delas foi enquanto ainda não estava instituído o cartão vermelho. 

Em todas as Copas do Mundo 174 jogadores foram punidos com cartão vermelho.

Na Copa de 1938 na França o Brasil teve seus dois primeiros jogadores expulsos, Zezé Procópio e Machado contra a Tchecoslováquia. A última expulsão brasileira em Mundiais foi de Felipe Melo em 2010 contra a Holanda na África do Sul.


 

Por João Nassif 12/10/2018 - 15:58

Diferente do que ocorre atualmente lá atrás a seleção brasileira se reunia esporadicamente, não havia as famigeradas datas FIFA e todos discutiam, mas respeitavam as convocações sem prejuízos para os clubes. Hoje não é assim e um simples amistoso da seleção desfalca os times de seus principais jogadores em competições da mais alta importância.

Querem um exemplo? O Brasil perdeu a Copa de 1974 disputada na Alemanha Ocidental. Fez seu último jogo no dia 06 de julho contra a Polônia pela decisão do 3º lugar. 

O próximo jogo da seleção brasileira foi acontecer somente no dia 25 de fevereiro de 1976 em Montevidéu. A partida valeu pela Copa Rio Branco, uma disputa direta entre Brasil e Uruguai que teve várias edições. Quer dizer, mais de 19 meses após o jogo pela Copa de 1974.

Neste período o Brasil jogou uma Copa América, mas com uma seleção formada apenas por jogadores que atuavam em Minas Gerais. Foi um combinado entre Cruzeiro e Atlético Mineiro.

Em pé da esq. p/dir.: Nelinho, Venderlei, Miguel, Piazza, Raul, Gtúlio.
Agachados: Roberto Batata, Geraldo, Roberto Dinamite, Palhinha, Romeu

Depois dos mineiros eliminarem na primeira fase Argentina e Venezuela, foi disputar as semifinais com a seleção do Peru.

No primeiro jogo os peruanos venceram em plena Belo Horizonte por 3x1. Obrigada a vencer o Peru em Lima a seleção ganhou alguns reforços. Geraldo meia do Flamengo e Roberto Dinamite do Vasco ajudaram o Brasil na vitória por 2x0.

De forma bizarra a seleção brasileira foi eliminada através um sorteio. Depois desse fracasso a CBF resolveu disputar as futuras Copas sempre com o time principal e assim melhorou o rendimento do país na competição.  
 

Por João Nassif 09/10/2018 - 14:50

Thiago Ávila *

Depois de mais uma derrota frustrante no Japão, Vettel vê a liderança se distanciar para 67 pontos, número praticamente inalcançável, e a briga que se instaurou desde o início do ano vai indo por água abaixo, como no ano passado. Mas o que se explica esse declínio repentino da equipe de Maranello, que até o GP da Itália vinha se figurando como o melhor carro? Justificativa é o que não falta.

O primeiro e talvez o mais importante dos motivos é o falecimento do ex-presidente do Grupo Fiat, Sergio Marchionne. O italiano era ativamente ligado a equipe e foi o primeiro a dizer que queria ver Charles Leclerc na Ferrari. Vítima de embolia, o empresário morreu no dia 25 de julho e a partir de então os ânimos dentro da equipe só caíram.

Uma briga interna se instaurou e dois grupos se formaram: o liderado por Maurizio Arrivabene, chefe de equipe, que defendia a permanência de Raikkonen; e o outro comandada pela nova cúpula da Ferrari, formada por John Elkann e Louis Camilleri, que seguiam com o desejo de Marchionne. A perda de controle de Arrivabene foi tão grande que ele chegou a ser cotado para assumir a Juventus e ainda nada foi confirmado sobre sua permanência na próxima temporada.

Tetracampeão questinado

O crescimento de desempenho de 2017 para 2018 também colocou uma pressão gigante nas costas de Vettel. Sim, ele cometeu erros, tinha uma chance de ouro de ganhar o título, mas o psicológico afetou, as discussões internas, ainda mais a imprensa e fãs. Até Hamilton defendeu o alemão no Instagram: “Sinto que a mídia precisa mostrar um pouco mais de respeito por Sebastian. Vocês simplesmente não podem imaginar o quão difícil é fazer o que nós fazemos em nosso nível”.

Não há uma resposta ao mau desempenho da Ferrari, mas sim uma série de motivos, que inclui dirigentes, estrategistas e pilotos. E não dá para jogar a culpa toda no alemão. Vejo muitas pessoas dizendo que ele ganhou os quatro títulos pela Red Bull porque o carro guiava por ele, o que não é verdade. Ele é talentosíssimo, mas anda precisando de um psicólogo.

* Thiago Ávila, Estudante de Jornalismo da PUCRS
 

Por João Nassif 13/10/2018 - 07:40

Os 10 clubes que disputarão o campeonato catarinense da série A em 2019 já devem estar pensando qual será a fórmula da competição.

A exemplo da temporada 2018 o calendário divulgado pela CBF reservou 18 datas para os campeonatos estaduais. A Federação Catarinense conseguiu uma data extra e pode realizar um jogo final entre os dois primeiros colocados da competição ser disputada por pontos corridos em turno e returno.

O mesmo pode acontecer para a temporada 2019 e assim ao invés do campeonato começar dia 20 de janeiro como ordenou a CBF poderia haver uma antecipação e o campeonato teria início no dia 17.

Existem outras fórmulas que serão apresentadas no Conselho Técnico previsto para o dia 31 deste mês, mas certamente o formato de 2018 não será alterado pela exigência do Estatuto do Torcedor que indica a manutenção do regulamento no mínimo por dois anos. A inclusão de uma data extra é permitida havendo consenso entre os clubes.

A se confirmar o início do campeonato no dia 17 os jogadores de clubes envolvidos nas séries A e B do Brasileirão de novo sofrerão, pois novamente a pré-temporada será curta sem tempo para uma preparação mais adequada com reflexo direto no rendimento físico dos atletas.

Como haverá paralização das competições na metade do ano em virtude da Copa América que será realizada no Brasil o calendário continuará apertado com as competições como Copa do Brasil, Campeonatos Brasileiros, Libertadores, Copa Sul-Americana que ficarão novamente sobrepostas exigindo o máximo de clubes e jogadores. 

Os campeonatos estaduais teriam que ser repensados, quem sabe para 2020 num formato mais enxuto para não massacrar a todos envolvidos que hoje são obrigados a jogar um exagero de partidas durante toda temporada.  
 

Por João Nassif 13/10/2018 - 13:55

No final deste mês, mais precisamente no dia 30 a Chapecoense vai comemorar 41 anos de seu primeiro título estadual. Título cercado de muita polemica extracampo, mas confirmado pela Federação Catarinense de Futebol.

 

Chapecoense campeã em 1977

O pivô de toda confusão foi o lateral Cosme da Chapecoense que foi expulso em um amistoso contra o Joaçaba no dia 16 de setembro de 1977. O Avaí afirmou que o lateral não poderia atuar no primeiro jogo da decisão em Florianópolis que terminou em 1x1.

A Chapecoense enviou para a Federação uma súmula onde não aparecia o nome de Cosme e sim registrava a expulsão de Elói. O segundo jogo em Chapecó, com Cosme em campo terminou com a vitória dos donos da casa por 4x3.

O Avaí que havia pedido no tribunal a impugnação do primeiro jogo, solicitou o mesmo para o segundo. No tapetão ficou decidido que haveria um terceiro jogo, também em Chapecó, pois o time da casa tinha a melhor campanha no pentagonal final. Além dos finalistas disputaram a fase final o Comerciário que ficou em terceiro, o Joinville e o Paysandu de Brusque.

A partida final terminou com a vitória da Chapecoense por 1x0, gol do atacante Jaime aos 40 minutos do segundo tempo.

Independente da polêmica valeu a decisão de campo e a grande festa realizada em Chapecó. A Associação Chapecoense de Futebol criada dois anos antes mostrava que chegou para se inserir no grupo dos grandes do futebol catarinense.

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