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DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por João Nassif 29/08/2018 - 19:19

O primeiro campeonato sul-americano de clubes campeões foi disputado em 1948 e teve como sede Santiago, capital do Chile

Participaram sete equipes, todas campeãs em seu país no ano anterior: o chileno Colo Colo, o Emelec do Equador, o Litoral da Bolívia, o Municipal do Peru, o Nacional do Uruguai, o River Plate da Argentina e o Vasco da Gama do Brasil.

A pergunta: por que o Vasco se na época não havia qualquer campeonato brasileiro de clubes? A CBD promovia apenas o campeonato brasileiro de seleções estaduais e o Rio de Janeiro, então Distrito Federal havia sido campeão na última edição em 1946, por isso a entidade premiou o Vasco da Gama, campeão do estadual do Rio de Janeiro em 1947.

Em Santiago cada equipe disputou seis jogos, a competição foi em turno completo com todos jogando contra todos e no final o Vasco foi o campeão invicto com quatro vitórias e dois empates.

Vasco da Gama campeão no Chile em 1948

Venceu seus quatro primeiros jogos, 2x1 sobre o Litoral, 4x1 em cima do Nacional, 4x0 sobre o Municipal e derrotou o Emelec por 1x0.

Os empates aconteceram nas partidas finais. No penúltimo jogo o Vasco empatou em 1x1 com os donos da casa e finalmente o empate em 0x0 contra o River Plate no jogo que decidiu o título.

A Copa dos Campeões em Santiago foi a única disputada pela América do Sul. Somente em 1960 a Confederação Sul-Americana de Futebol implantou um novo torneio envolvendo os campeões de todas as 10 Federações filiadas. 

Foi criada a Copa Libertadores da América.

Por João Nassif 28/08/2018 - 18:27 Atualizado em 29/08/2018 - 18:34

O futebol, esporte mais popular do planeta é como se fosse um intruso nas Olimpíadas que dão maior visibilidade a outras modalidades o que fica claro quando se vê a história do futebol nos Jogos Olímpicos.

Esta relação conflituosa torna praticamente impossível que as grandes potências mundiais consigam a tão cobiçada medalha de ouro. São poucas seleções de alto nível que alcançaram em Olímpiadas o lugar mais alto do pódio. 

Na Era Moderna apenas a França em Los Angeles em 1984, a Espanha quando foi anfitriã em Barcelona em 1992, a Argentina em 2004 em Atenas e o bi em 2008 em Pequim e o Brasil em casa em 2014 conquistaram a medalha de ouro.

Os conflitos ainda persistem e têm origem nos primórdios dos ciclos olímpicos O Barão de Coubertin, criador dos Jogos Olímpicos era defensor ardoroso do amadorismo, por isso o futebol foi admitido na segunda edição dos Jogos em 1900. Até 1928 o torneio olímpico de futebol era a principal competição internacional de seleções.

Com a implantação da Copa do Mundo em 1930 começou o profissionalismo no futebol e a FIFA a partir de 1936 admitiu às seleções olímpicas relacionar seus melhores atletas desde que fossem amadores. 

Esta restrição permitiu que os países socialistas do Leste Europeu mandassem para os Jogos seus principais jogadores, pois eram oficialmente militares, portanto amadores. Os países ocidentais eram obrigados a mandar jogadores amadores ou das categorias de base.

Hungria potência do futebol olímpico nos anos 1950

Em função deste impedimento a supremacia dos países socialistas ficou evidente com Hungria sendo campeã olímpica três vezes, a União Soviética vencendo duas vezes e Iugoslávia, Polônia, Alemanha Oriental e Tchecoslováquia conquistando uma medalha de ouro.

Com a dissolução da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) em 1991 chegou ao fim a supremacia no futebol olímpico dos países socialistas.

Mesmo que ainda haja restrições na montagem dos times olímpicos de futebol, Nigéria, Camarões, Espanha, Argentina duas vezes, México e Brasil já conseguiram a cobiçada medalha de ouro.  
 

Por João Nassif 30/08/2018 - 19:50

O primeiro campeonato estadual do Rio Grande do Sul foi disputado em 1919 um depois da criação de Federação Rio-Grandense de Futebol.

Ainda na fase amadora o campeonato foi dividido por regiões e o Brasil de Pelotas foi o primeiro campeão. O Guarany de Bagé foi campeão em 1920 e o Grêmio de Porto Alegre se tornou bicampeão na sequência.

Primeiro campeão gaúcho da história

Em razão da Revolução de 1923 que colocou frente a frente Ximangos e Maragatos não houve campeonato estadual em 1923 e 1924.

Em 1925 o campeão foi o Grêmio Bagé e mesmo com a implantação do profissionalismo a partir de 1942 o campeonato continuou sendo disputado por regiões e vários times conquistaram o título. Mas, já era percebido o crescimento da dupla Gre-Nal.

De 1942 até 1960 quando terminou o campeonato por regiões e foi criada a Divisão Especial com clubes de todo estado, a dupla Gre-Nal ganhou 18 dos 19 títulos disputados. O Internacional ganhou 11 e o Grêmio sete, sendo que o intruso foi Sport Club Renner de Porto Alegre campeão em 1954.

A partir de 1961 a hegemonia dos dois times grandes de Porto Alegre ficou consolidada e até agora somente três equipes do interior conseguiram supera-los. 

Os dois primeiros foram equipes da cidade de Caxias do Sul, o Juventude em 1998 e a SER Caxias em 2000. 

O Juventude sob o comando do saudoso técnico Lori Sandri foi campeão invicto disputando a final com o Internacional. Venceu em Caxias por 3x1 e empatou em 0x0 no Beira Rio.

Já o Caxias treinado pelo Tite, hoje na seleção brasileira foi campeão no confronto contra o Grêmio. No primeiro jogo no Estádio Centenário vitória do Caxias por 3x0 e no jogo final 0x0 no Estádio Olímpico. Neste jogo Gilmar Dal Pozo, atualmente técnico de futebol, defendeu um pênalti batido por Ronaldinho Gaúcho.

E finalmente em 2017 o campeão foi o Novo Hamburgo treinado por Beto Campos, falecido recentemente, que passou no ano passado pelo Criciúma. Na decisão contra o Internacional o Novo Hamburgo empatou em 2x2 no Beira Rio e em 1x1 em casa. Na decisão por pênaltis o Novo Hamburgo venceu por 3x1.

No acumulado de títulos do campeonato gaúcho o Internacional conquistou 45 e o Grêmio 37.
 

Por João Nassif 31/08/2018 - 19:27

Em julho de 1983 o Grêmio foi a La Plata enfrentar o Estudiantes pela Libertadores, uma partida decisiva que encaminharia o vencedor para a disputa final do torneio. O jogo terminou empatado e o Grêmio para se classificar ficou na dependência do América de Cali não ser derrotado pelo time argentino no último jogo da chave.

Era muito ruim a relação Brasil-Argentina, pois no final de junho alguns aviões ingleses que se dirigiam às Ilhas Falkland foram abastecidos em Canoas e Florianópolis reavivando os boatos que o Brasil deu apoio aos aviões britânicos durante a Guerra das Malvinas um ano antes.

Este conflito diplomático e a má reputação dos Estudiantes pelo anti-jogo que promovia em seus domínios criou um ambiente hostil para a delegação gremista, inclusive para jornalistas e torcedores que se deslocaram para o local da partida.

De acordo com o esperado o Grêmio foi recebido com extrema violência pelos torcedores e pelos próprios jogadores do Estudiantes que provocaram os gremistas ao extremo bem antes do jogo começar. O atacante argentino Trobbiani recebeu cartão amarelo antes do jogo começar.

Com a bola rolando dois jogadores argentinos foram expulsos, mas mesmo com nove jogadores o Estudiantes fez 1x0 aos 38 e aos 44 o meia Osvaldo empatou.

O atacante gremista Caio sofreu uma pancada violenta quando se dirigia ao vestiário e teve que ser substituído por César que marcou o segundo gol aos oito minutos e aos 18 Renato Gaúcho fez 3x1.

O Estudiantes teve mais dois expulsos e mesmo assim com apenas sete jogadores conseguiu empatar em 3x3 acalmando a fúria de todos no estádio em La Plata.

Diz a lenda que a pressão de todos os brasileiros no local do jogo, além da própria polícia obrigou o técnico Valdir Espinosa ordenar que seu time permitisse o empate. 

O jogo ficou conhecido como a “Batalha de La Plata”.

O América de Cali segurou o empate com o Estudiantes e este resultado classificou o Grêmio que se tornaria campeão da Libertadores de 1983 no confronto contra o Peñarol.
 

 

Por João Nassif 01/09/2018 - 19:47 Atualizado em 02/09/2018 - 23:06

Alguns podem não entender bem o significado do Almanaque da Bola quando falo de esportes que não têm a bola como referência. Quero repetir que este é um espaço destinado ao esporte em todas suas modalidades e mesmo a bola não estando presente é sempre a referência que nos remete à prática esportiva. Me fiz entender?

Assim no Almanaque da Bola de hoje vou falar de boxe, um esporte que já foi referência no Brasil.

Acabou de ser lançado no Festival de Cinema de Gramado no Rio Grande do Sul o filme “10 segundos para vencer” que conta a trajetória de Eder Jofre o maior peso-galo da história do boxe mundial.

Eder nasceu em São Paulo em 1936 numa família de boxeadores e seu pai um argentino, José Aristides Jofre, um ex-pugilista conhecido como Kid Jofre era dono de uma academia de boxe no Parque Peruche, zona leste da capital paulista. Foi aí que Eder recebeu os primeiros ensinamentos sobre a chamada “nobre arte” apesar de na adolescência sua preferência era pelo desenho arquitetônico.

Com o desabamento do teto do Liceu de Artes e Ofício Eder Jofre perdeu seu material didático e assim resolveu encarar o boxe como profissão.

Começou em 1953 como amador, disputou as Olimpíadas de 1956 em Melbourne e apesar de favorito, por erros da organização brasileira seus treinos foram com atletas bem maiores que resultou numa fratura do nariz impedindo que fosse campeão. Foi derrotado na segunda luta para o chileno Cláudio Barrientos que após se tornar profissional voltou a lutar contra Eder e foi derrubado oito vezes antes do K.O. final.   

Eder Jofre começou sua carreira profissional em 1957 na categoria peso-galo. No ano seguinte tornou-se campeão brasileiro. Em 1960 conquistou o título sul-americano e ainda em 1960 foi morar nos Estados Unidos e no mesmo ano conquistou o título mundial derrotando o mexicano Eloy Sanchez.

Um ano depois unificou o título da categoria peso-galo derrotando o irlandês Jhonny Caldweel, campeão europeu da categoria.

Eder conseguiu manter seu título até 1965 derrotando todos os desafiantes por nocaute, até ser derrotado por pontos pelo japonês “Fighting” Harada num resultado muito contestado. Em 1966 outra derrota para o japonês em outro resultado duvidoso, fazendo com que Eder Jofre abandonasse o boxe.

Surpreendentemente em 1970 Eder retornou aos ringues agora como “peso pena” uma categoria acima da que ele começou e em 1973 depois de 25 vitórias, sendo uma contra o gigante cubano José Legrá conquistou o título mundial do Conselho Mundial de Boxe;

Em 1974 seu pai, Kid Jofre faleceu e em 1976 devido ao falecimento de um irmão Eder Jofre aposentou-se do boxe profissional.

Por João Nassif 02/09/2018 - 20:52 Atualizado em 02/09/2018 - 23:05

Vocês já sabem que os livros que contam a trajetória de jogos do Metropol estão em meu poder cedidos que foram pelo Divino Antônio da Silva.

Nestes livros estão registradas todas as fichas técnicas das partidas realizadas pelo time profissional idealizado por Dite Freitas e escritas por um autor não identificado. 

Muitas dessas fichas não trazem a escalação do adversário do Metropol, mas muitas são acompanhadas de comentários sobre os jogos numa visão própria de torcedor que sempre exalta com paixão as vitórias e quase sempre culpa a arbitragem pelos tropeços naturais que o futebol proporciona.

Um dos times do Comerciário nos anos 1960

Hoje vou reproduzir a ficha da primeira partida do Metropol profissional contra seu maior adversário, o Comerciário, mas infelizmente sem a crônica sobre o que foi o jogo vencido pelo time da região Mineira.

O palco do confronto foi o Heriberto Hülse no dia 23 de outubro de 1960 valendo pelo campeonato catarinense com renda de Cr$ 23.000,00.

O árbitro foi Afonso Câmara Ávila auxiliado por Adamastor Martins da Rocha e Abílio Zoile Thomé.

Escalação do Metropol: Dorni, Zezinho, Tenente (Flázio) e Walter; Sabiá e Bolognini; Márcio, Chagas, Almerindo, Pedrinho e Santinho.

Não foi registrada a escalação do Comerciário.

O Metropol venceu por 2x1 com gols de Pedrinho e Chagas. Waldir fez o gol do Comerciário.

Este foi o primeiro confronto entre as duas equipes começando uma rivalidade que durou até quase o final dos anos 1960, quando encerraram as atividades. 

O Comerciário retornou em 1976 e o Metropol ficou apenas na lembrança de quem pode acompanhar sua trajetória vitoriosa pelos gramados do estado, país e também pelo exterior.

Por João Nassif 03/09/2018 - 17:06 Atualizado em 03/09/2018 - 17:24

Em 1992 editei a revista HISTÓRIA DO CRICIÚMA com a trajetória do único time catarinense a vencer uma Copa do Brasil e o primeiro que disputou a Taça Libertadores da América.

Numa das matérias, o jogo pela competição sul-americana contra o San José da Bolívia, cujo textos dizia o seguinte:

“Pela primeira vez em sua história o Criciúma jogava uma partida oficial no exterior. Pior, na Bolívia a 2.000 metros de altitude. O adversário: o San José de Oruru, vice-campeão boliviano.

Criciúma na Libertadores em 1992

Não eram poucos os que acreditavam que o Criciúma tremeria na base ao enfrentar o compromisso. Qual nada. Suportou altitude, torcida adversaria e ainda venceu o jogo. Está certo que o time não fez uma grande partida, mas o suficiente para vencer.  

O primeiro gol foi marcado por Gelson cobrando pênalti sofrido por Jairo Lenzi. Mas, quase não deu tempo para comemorar, logo em seguida o San José empatou também de pênalti.

Mas, no finalzinho o Criciúma mostrou que não estava para brincadeiras. Roberto Cavalo fez um lançamento primoroso para Jairo Lenzi que arrancou pela esquerda e fez um golaço.

Estava começando a nascer a principal estrela do Criciúma em sua história que, por diversas vezes esteve cotado para servir a seleção brasileira ainda quando vestia a camisa do Tigre”.

Este texto foi escrito por Ismail Ahmad Ismail.

O técnico Levir Culpi mandou a campo este time: Alexandre, Jairo Santos, Vilmar, Wilson e Itá; Roberto Cavalo, Gelson e Grizzo; Vanderlei (Adilson Gomes), Zé Roberto (Paulo da Pinta) e Jairo Lenzi.

Por João Nassif 03/09/2018 - 18:35

Na coletiva após o jogo contra o Guarani, último disputado até agora o técnico Mazola Júnior sinalizou que com mais duas rodadas escalaria o time que ele entende como ideal para escapar em definitivo do rebaixamento na reta final da série B. 

O Criciúma não venceu nos últimos cinco jogos, somou apenas três pontos e caiu duas posições depois que saiu do Z-4. Esta queda e a não entrada na zona fatal deve-se muito mais a fragilidade do Brasil de Pelotas e Paysandu que não conseguem vencer jogando em suas casas.

Vamos voltar ao começo do texto. Pelo que está sinalizado o time amanhã em Caxias sofrerá mudanças e se confirmado aquilo que foi trabalho nesta semana sem jogos certamente será o ideal pelas palavras do próprio treinador. Frisa com insistência a importância de colocar em campo jogadores que encarnam o espirito da série B, experientes e cascudos para alcançar os resultados.

A volta do goleiro Luís, a confirmação de Sandro na zaga, Liel retornando à posição de origem e o recém contratado Ronaldo compondo o meio de campo. Somente dois atletas formados no clube são titulares indiscutíveis, Nino e Eduardo pelo bom campeonato que realizam. Completando o time os dois laterais Suéliton e Marlon, Elvis com mais uma chance e no ataque Zé Carlos e Vitor Feijão.

Sandro e Elvis titulares em Caxias do Sul (Foto: Engeplus)

A escalação de Zé Carlos, suspenso outro dia por quatro jogos, só é possível pelo efeito suspensivo, uma das aberrações do futebol brasileiro. 

O time no papel tem casca grossa, deve ser o melhor idealizado pelo técnico com as opções à sua disposição e a empreitada é difícil, mas com boas possiblidades, pois repito os outros na ponta de baixo da tabela são piores ou na melhor das hipóteses iguais ao Criciúma.

Vamos conferir o comportamento nesta terça-feira em Caxias contra um Juventude de técnico novo, Luiz Carlos Winck, que apesar de dois pontos a mais também vê com preocupação a proximidade da zona do rebaixamento. 
 

Por João Nassif 03/09/2018 - 22:37

Thiago Ávila *

Quem não comemorou quando Alonso bateu Schumacher em 2005 com a sua Renault, ou quando o próprio Schumi venceu, ainda de Benetton, a poderosas Williams, ou Nelson Piquet, que impressionou o mundo com sua genialidade de mecânica colocando a pequena Brabham a brigar por vitórias contra outras equipes de ponta. Enfim, domínios e hegemonias existem, mas servem para serem quebrados, pela alma do esporte.

Desde o início da era dos motores híbridos, em 2014, a Mercedes é quem manda na categoria e ninguém sequer chegou perto de quebrar a supremacia. Até o ano passado, quando a Ferrari parecia no primeiro semestre ter um carro que batia de frente, mas que ainda não conseguia tirar as poles de Hamilton.

Esse ano a situação é diferente e parece que pela primeira vez nessa era vemos uma situação de incerteza. Até a entrada das férias, a disputa era apertada, com Vettel e Hamilton dividindo poles e vitórias. A Ferrari, por sua vez, voltou melhor para a metade final do campeonato e depois de vencer o GP da Bélgica, dominou as sessões de treinos desse fim de semana em Monza, e até conseguiu colocar Kimi Raikkonen na pole! Mas se de um lado temos uma Ferrari com um ótimo carro, do outro temos Lewis Hamilton, que de forma ou outra é ainda o maior nome da atualidade.

O GP da Itália foi um dos mais interessantes dessa temporada. Vettel tocado logo na largada, Hamilton colado em Raikkonen o tempo todo, estratégia inteligente da Mercedes, com uma pitada de jogo de equipe, e para finalizar uma vitória de gala do britânico. Talvez a melhor corrida de Lewis na temporada, que vem prova a prova esquecendo os maus resultados do início do ano e trocando as vitórias “na sorte” por “na raça”.

Se na Bélgica, Vettel tirou a vitória de Hamilton, agora o inglês deu o troco.

Faltam sete corridas para o fim do campeonato, e mesmo com a estrondosa vantagem de 30 pontos de Lewis para Seb, a disputa continua em aberto. E não é apenas por motivos matemáticos, senão também pelo carro superior nas mãos do alemão. Como lembrado anteriormente, hegemonias são feitas para serem quebradas e, sim, poderemos ver a Ferrari dar esse gosto de esperança a categoria.

Porém, além de tudo há uma rivalidade e continuamos vendo um duelo interessantíssimo pelo pentacampeonato. Hamilton não vai deixar barato. Quem vence: O melhor carro ou o maior nome da atualidade?

* Thiago Ávila-Estudante de jornalismo da PUCRS

Por João Nassif 04/09/2018 - 18:13

Hoje me veio à cabeça a Copa América de 1979. Podem perguntar o que tem a ver a competição de quase 40 anos atrás?

Lembrei por ter sido a primeira vez que pude acompanhar pelo rádio um jogo oficial da seleção brasileira. Sim, pela Copa América de 1979 o Brasil foi jogar no Paraguai com partida valendo pelas semifinais do torneio.

Na primeira fase a seleção ainda comandada pelo Cap. Cláudio Coutinho ainda sofria a frustração de um terceiro lugar na Copa de 1978, enfrentou em sua chave Bolívia e Argentina.

Com uma vitória e uma derrota para os bolivianos e uma vitória e um empate contra a Argentina o Brasil terminou em primeiro lugar credenciando-se para enfrentar os paraguaios na fase semifinal.

Paraguai campeão da Copa América-1979

O primeiro jogo, este que veio à lembrança foi disputado no Defensores del Chaco, tradicional estádio em Assunção e os donos da casa venceram por 2x1. Lembro que o atacante Palhinha cria do Cruzeiro de Minas que em 1979 jogava pelo Corinthians fez o gol brasileiro.

No jogo da volta no Maracanã as seleções empataram em 2x2 e o Brasil foi desclassificado por um Paraguai que se tornaria campeão da Copa América vencendo na decisão do título o Chile em três confrontos. O primeiro foi em Assunção e os paraguaios venceram por 3x0. Em Santiago o Chile venceu por 1x0 e no jogo final em Buenos Aires houve empate em 0x0 e o título ficou com o Paraguai que na diferença de gols nos dois primeiros jogos teve a vantagem na decisão.

Mas, aquele jogo no Defensores del Chaco que marcou minha estreia internacional na Rádio Gaúcha e seleção brasileira jogou com: Leão (Vasco) , Toninho (Flamengo), Amaral (Corinthians), Edinho (Fluminense) e Pedrinho (Palmeiras); Chicão (São Paulo). Falcão (Internacional), Jair (Internacional) Palhinha; Tarciso (Grêmio), Sócrates (Corinthians) e Eder (Grêmio) Zé Sérgio (São Paulo).

Por João Nassif 05/09/2018 - 16:20

Com 25 rodadas completadas o perde-ganha continua na série B, principalmente na parte de baixo da classificação com os postulantes ao descenso alternando posições e deixando o quadro indefinido.

Tudo bem que podemos dar como certa a queda do Boa e do Sampaio Correa, ambos com 21 pontos e distantes oito pontos do paraíso do 16º lugar, última posição para escapar da degola. No mínimo sete equipes, pela posição atual deverão preencher as outras duas vagas rumo à série C.

Juventude com 28 e Paysandu com 26 são hoje integrantes do Z-4. Acima CRB e Brasil, pelos critérios têm a mesma pontuação do Juventude. Criciúma com 29, Londrina com 30 e São Bento com 31 em 12º completam o bloco que deverão continuar até o final na luta para escapar.

Apesar da oscilação vejo o Criciúma com poderio maior que estes adversários. Não que seja muito melhor, mas com um projeto de jogo mais consistente que tem podido resolver alguns jogos com mais eficiência, principalmente contra estes adversários diretos na classificação.

Ainda está fresco na memória o jogo de ontem em Caxias, contra um Juventude pressionado, que demitiu treinador e a oito jogos sem vencer. O time gaúcho foi uma caricatura, sem qualidade individual e de conjunto, errando passes em demasia, permitiu sem reação o domínio do Criciúma durante 90 por cento do jogo indo parar pela primeira vez na zona de rebaixamento de onde não sairá tão cedo.

O Criciúma foi cirúrgico em sua proposta de fechar o setor defensivo apostando sempre na bola parada que tem resolvido muitos jogos e conseguindo pontos cruciais para avançar na classificação.

Só para efeito comparativo, na edição passada da série B, após 25 rodadas os dois primeiros do Z-4, Figueirense e Luverdense tinham os mesmos 28 pontos e somente o Figueirense sobreviveu. O Santa Cruz que também estava com 28 pontos foi rebaixado, além do dois caíram Náutico e ABC. Em 2017 escapou quem conseguiu 44 pontos.

O Criciúma no ano passado tinha 37 pontos depois da rodada 25. Terminou o campeonato com 48 pontos na 13ª posição. 
 

Por João Nassif 05/09/2018 - 19:31 Atualizado em 06/09/2018 - 13:35

Hoje, quero abordar outro tema sobre o Criciúma e sua trajetória coberta de glórias ao longo da história. Houve diversos dissabores que devem ficar no esquecimento, pois os sucessos sempre serão lembrados com muito orgulho pelos torcedores e pela comunidade do sul catarinense.

O jogo contra o Flamengo em 1982 foi sem dúvida o primeiro grande momento na história do clube. O Comerciário ficou alguns anos afastado do futebol profissional e no seu retorno teve as dificuldades naturais de um time desacostumado das competições mais exigentes. Mesmo assim em seu primeiro campeonato estadual disputado depois do retorno ficou na terceira colocação para no ano seguinte trocar de nome com o surgimento do Criciúma E.C..

Sem nenhum brilho nas temporadas seguintes, veio 1982 e o amistoso contra o Flamengo, então o campeão mundial de clubes. E foi uma grande comoção no estado. Com a presença de todos os campeões, com o fanatismo da torcida rubro negra o Heriberto Hülse acolheu o primeiro grande público de sua história e todos puderam ver uma atuação de gala dos comandados de Lori Sandri que venceram por 4x2. Foi a primeira grande vitória do clube que com o passar dos anos se tornaria multi campeão, mas aquela vitória está até hoje no coração de todos quantos tiveram o privilégio de presenciá-la.
 

Por João Nassif 06/09/2018 - 07:37 Atualizado em 08/09/2018 - 07:41

Pouca gente sabe que no final da década de 1940 a Colômbia criou uma Liga Pirata e levou para lá alguns dos principais jogadores de futebol da América do Sul.

O profissionalismo ainda não havia de todo tomado conta do futebol e a própria FIFA ainda engatinhava, por isso os colombianos criaram em 1948 a Liga Dymaior, independente da FIFA que mesmo assim ameaçou os rebeldes com banimento. O apelido Pirata veio logo depois e acabou pegando. 

A movimentação nas contratações de grandes craques sul-americanos e europeus ganhou o nome de El Dorado. Com muito dinheiro para investir o recém-criado Millonarios levou para a Colômbia três dos maiores craques sul-americanos da época: os argentinos Di Stefano, Adolfo Pedernera e Nestor Rossi e com eles venceu quatro títulos nacionais de 1949 a 1953, consagrando a era mais vitoriosa do clube.

Alfredo Di Stefano

Heleno de Freitas, um dos melhores jogadores brasileiros da época também foi contratado, por isso ficou fora da seleção que disputou o Mundial de 1950.

A Liga Pirata deu tão certo que em 1951 a Federação Colombiana resolveu regularizar sua situação junto a FIFA.

Os jogadores estrangeiros até então em situação irregular puderam atuar até 1954 e depois voltaram a seus clubes de origem sem custos. Justamente neste ano a presença de estrangeiros chegou praticamente a zero, dando fim ao El Dorado colombiano. 
 

Por João Nassif 07/09/2018 - 07:44 Atualizado em 08/09/2018 - 07:49

Os tempos eram outros, a seleção brasileira não jogava com a frequência de agora e os jogos eram esperados com ansiedade pela torcida que tinha certeza de ver em campos muitos dos principais jogadores em atividade no país.

Para que todos tenham ideia, após o Mundial de 1954 na Suíça com o Brasil desclassificado nas quartas de final derrotado pela Hungria no dia 27 de junho, a seleção voltou aos gramados somente no dia 18 de setembro do ano seguinte, quer dizer quase 15 meses após a disputa da Copa do Mundo.

Entre partidas oficiais contra Chile e Paraguai valendo as taças Bernardo O’Higgins e Osvaldo Cruz, o Brasil disputou um sul-americano extra no Uruguai terminando em quarto lugar. 

Logo após foi realizado um Campeonato Pan-Americano no México com o Brasil campeão sendo representado por uma seleção gaúcha. 

Em seguida a seleção principal realizou dois amistosos contra Atlético Mineiro e combinado pernambucano para logo após cumprir um roteiro de amistosos pela Europa.

Venceu Portugal, Áustria e Turquia, empatou com Suíça e Tchecoslováquia e foi derrotada pela Itália. Mas o grande desafio viria no último jogo da excursão.

Gol da Inglaterra em 1956

Enfrentar a Inglaterra em pleno Estádio de Wembley era o sonho de qualquer jogador. A seleção treinada por Flávio Costa que reassumiu o cargo, pois havia sido demitido após o fracasso de 1950, foi à campo com Gylmar (Corinthians), Djalma Santos (Portuguesa), Pavão (Flamengo), Zózimo (Bangu) e Nilton Santos (Botafogo); Dequinha (Flamengo) e Didi (Botafogo); Paulinho (Flamengo). Álvaro (Santos), Gino e Canhoteiro (ambos do São Paulo).

A Inglaterra venceu por 4x2 com Paulinho e Didi marcando para a seleção brasileira. Três anos depois viria o troco com a vitória do Brasil por 2x0 no Maracanã. 

Entre estes dois jogos, Brasil e Inglaterra empataram em 0x0 na Copa do Mundo de 1958 na Suécia.
 

Por João Nassif 08/09/2018 - 17:54

Ontem aqui no Almanaque da Bola falei de passagem sobre o Campeonato Pan-Americano de 1956 disputado na Cidade do México. O Brasil foi representado por uma seleção com jogadores que atuavam apenas no Rio Grande do Sul. Sob o comando do polêmico técnico Teté o Brasil foi o campeão.

O campeonato que teve a participação de seis seleções: México, Costa Rica, Argentina, Brasil, Chile e Peru foi disputado em turno completo jogando todos contra todos.

Da esq. para a dir. em pé: Valdir, Oreco, Florindo, Odorico, Ênio Rodrigues, Duarte.
Agachados: Luizinho, Bodinho, Larry, Ênio Andrade, Chinesinho 

A seleção brasileira venceu invicta com quatro vitória e um empate. Derrotou o Chile por 2x1, o Peru por 1x0, o México por 2x1 e Costa Rica por 7x1. Empatou apenas seu último jogo em 2x2 com a Argentina que ficou em segundo com sete pontos, dois atrás do Brasil.

O artilheiro da seleção brasileira foi Larry Pinto de Farias que marcou cinco dos 14 gols da seleção.

No jogo contra o Peru um lance inusitado. O Brasil vencia por 1x0 e os peruanos dominavam o jogo no segundo tempo ameaçando a vitória brasileira. O massagista Moura entrara em campo para atender Ênio Rodrigues e ainda estava por perto da área quando o atacante peruano Félix Castillo driblou três brasileiros e estava frente à frente com o goleiro Sérgio na iminência de marcar o gol de empate.

Moura, da linha de fundo, simplesmente lançou sua maleta nas pernas do peruano que caiu e não conseguiu chutar para o gol. A partida foi interrompida, houve socos e pontapés, Moura foi expulso, mas seu gesto anti-desportivo diminuiu o ímpeto dos peruanos e o Brasil manteve a vantagem até o final.
 

Por João Nassif 09/09/2018 - 15:41

A UEFA Champions League, conhecida com Liga dos Campeões da UEFA é o um torneio totalmente europeu disputado pelos principais times de cada um dos países que compõe a Federação Europeia de Futebol.

Começou a ser disputada na temporada 1955/1956 com o nome de Taça dos Clubes Campeões Europeus, com a participação de apenas 16 clubes, todos eles campeões em seus países.

O Real Madrid foi o primeiro campeão e não por acaso, como melhor time da Europa conquistou também os quatro torneios seguintes sendo até os dias atuais o único a conquistar um pentacampeonato. 

Real Madrid nos anos 1950/1960

Com o passar dos anos outros clubes, não somente os campeões de cada país, foram sendo incorporados e a partir da década de 1990 o formato da competição foi expandido e hoje vários clubes das principais Ligas Europeias participam da Champions.

O maior vencedor é o Real Madrid 13 títulos. Além do pentacampeonato nos primórdios do torneio o time espanhol venceu na sequência os três últimos. Além das 13 conquistas o Real Madrid foi três vezes vice-campeão. Participou, portanto de 16 finais nos 63 torneios já disputados.  

Depois do Real Madrid, o italiano Milan foi quem mais venceu, são sete títulos no total sendo o último na temporada 2006/2007.
Por país, a Espanha é a maior ganhadora da Champions com 18 títulos. Além dos 13 do Real Madrid, o Barcelona foi cinco vezes campeão.

O segundo país que mais venceu o torneio é a Itália com 12 conquistas. As sete do Milan, mais três da Internazionale e duas da Juventus.

Cristiano Ronaldo é o maior artilheiro da história da Champions com 121 marcados pelo Manchester United da Inglaterra e pelo Real Madrid.

O argentino Lionel Messi é o segundo maior artilheiro com 100 gols, todos marcados com a camisa do Barcelona.

Ainda este mês vai começar a fase de grupos da 64ª Champions League da história.
 

Por João Nassif 10/09/2018 - 19:05

Hoje é dia em que vou falar sobre um dos grandes goleiros produzidos pelo futebol brasileiro.

Geraldo Pereira de Matos Filho, conhecido por Mazaropi, nascido em Além Paraíba-MG foi formado na base do Vasco da Gama e prestou serviços em vários clubes do futebol brasileiro.

Depois de 10 anos atuando pelo clube de São Januário, com passagens por empréstimo para Coritiba, Grêmio e Náutico, em 1984 foi contratado em definitivo pelo clube gaúcho onde jogou por sete temporadas.

 Mazaropi

Depois de entrar na política e ser eleito vereador em Porto Alegre, Mazaropi abandonou a Câmara para ser treinador de goleiros no Japão permanecendo por lá por oito anos. Quando retornou ao Brasil foi técnico de alguns times do interior do Rio Grande do Sul e hoje é comentarista na Rádio Grêmio, emissora que transmite todos os jogos do clube. 

Conto estes detalhes da carreira de Mazaropi, pois ele é detentor de um recorde mundial que poucos têm conhecimento. 

Quando ainda goleiro do Vasco da Gama, entre 1977 e 1978 Mazaropi ficou 1.816 minutos sem levar um golzinho sequer. É recorde mundial conquistado em competições oficiais reconhecidas pela FIFA. Na contagem de tempo são considerados apenas os minutos em campo se serem levados em conta intervalos e acréscimos dados nos jogos.

A série começou na penúltima partida do primeiro turno do campeonato carioca de 1977 quando o Vasco venceu o Americano de Campos por 3x0 e só foi quebrada no ano seguinte.

O recorde de Mazaropi é reconhecido pela Federação Internacional de História e Estatísticas de Futebol. 

Por João Nassif 10/09/2018 - 12:30

Cada vez mais longe da zona do rebaixamento o Criciúma vai mantendo bom rendimento neste momento da série B que tem lhe dado esperanças de chegar ao final com tranquilidade, afinal esta foi a proposta da direção e do técnico Mazola Júnior quando assumiu o time na sexta rodada e na 19ª colocação no campeonato.

No princípio o time oscilou em demasia e mesmo dando sinais de melhora somente na penúltima rodada do turno é que conseguiu se safar do Z-4. Muito contribuiu para esta situação a fragilidade de muitos times que teimam em não pontuar e vão dando chances de fuga ao time que agora respira com mais tranquilidade já que está quatro pontos longe do Brasil de Pelotas o primeiro da zona fatal.

Feita a resenha da trajetória do Criciúma tem que ser elogiado o trabalho do técnico e o entendimento dos atletas na proposta de jogo simples de um plantel com limitações onde prevalece a vontade e a entrega de todos.

A força defensiva cresceu muito com a fixação de jogadores mais robustos em se tratando de série B, competição em que prevalece muito mais o esforço do que propriamente a técnica com Nino, único criado na base, que faz um campeonato seguro e eficiente crescendo a cada jogo.

O meio de campo com pouca criatividade tem na recomposição seu ponto forte e sustenta com muito empenho o setor defensivo. Perceberam que tenho destacado o trabalho defensivo do Criciúma, pois é com ele que o time ganhou esta gordura em relação ao rebaixamento.

O ataque tem pouco destaque, mas nos últimos jogos tem compreendido a filosofia de jogo, sempre à espera de uma bola em velocidade ou a tão esperada bola parada.

Enfim, é um Criciúma que ganhou corpo e vai de degrau em degrau atingido seu objetivo e deixando boa expectativa para 2019, desde que seja produto de uma gestão mais ambiciosa e profissional. 
 

Por João Nassif 11/09/2018 - 09:25

Ouvi várias críticas e explicações por ter sido contrário a manutenção de Tite no comando técnico da seleção brasileira.

Meus argumentos foram baseados em fatos observados desde que o treinador assumiu em meio as eliminatórias para o Mundial.

Primeiro, enfileirou uma série de jogos de invencibilidade, mas lembro que jogou contra seleções de nível bem inferior, numa disputa sul-americana em que não encontrou nenhuma resistência. Todos entendiam que a classificação do Brasil era esperada e se empenharam muito mais nos confrontos diretos.

Segundo, convocou alguns jogadores de acordo com seu passado vitorioso no Corinthians e deixou subliminarmente que estava agradecendo pelo sucesso alcançado. E mais, montou sua comissão com profissionais identificados com o clube paulista. Só para deixar clara sua paixão pelo Corinthians, num jogo contra o Santos em Itaquera foi flagrado pela televisão vibrando com um gol corintiano. Ridículo.

Terceiro, levou para o Mundial na Rússia jogadores contundidos para recuperação na preparação pré-Copa. Deixou por aqui jogadores saudáveis e em ótimas condições técnicas. Por que não convocou Arthur e Luan do Grêmio e levou, por exemplo, Fred e Taison que nem jogaram?

Finalmente levou um nó tático do técnico da Bélgica na partida que despachou o Brasil da Copa.

Ouvi justificativas dizendo que o treinador merecia nova chance. Que não existem opções no mercado brasileiro e a seleção jamais poderia ser treinada por um estrangeiro. Apenas explicações.

E para culminar o crime na convocação de jogadores que ainda jogam no Brasil desfalcando seus times nas decisões em competições que a própria CBF organiza. O calendário do futebol brasileiro é uma excrecência, privilegiando os campeonatos estaduais em quase um quarto da temporada deixando as competições mais importantes sobrepostas, sem contar as tais datas FIFA.

E mais, colocar a braçadeira de capitão no braço do Neymar é outra piada contada pelo treinador. O brasileiro é alvo de chacota em todo mundo e não tem o minimo perfil de liderança.  

No mundo inteiro as competições nacionais param quando são formadas as seleções, aqui não, além de não parar, o técnico ainda tira dos clubes seus principais jogadores.

Mas, esperar o que de uma entidade e um treinador conivente que um dia assinou um manifesto contra os cartolas instalados no poder do futebol brasileiro e meses depois estava sendo beijado por um Marco Polo Del Nero, hoje ex-presidente acusado de corrupção, mas que ainda tem a chave do poder.
 

Por João Nassif 11/09/2018 - 19:42

“Botafogo, Botafogo, campeão desde 1910″. A frase composta por Lamartine Babo abre o hino do Botafogo de Futebol e Regatas. 

Este realmente o primeiro título oficial do alvinegro, até que em 1996, foi reconhecido o título de 1907, dividido com o Fluminense.

O título de 1910, que neste mês completa 108 anos, foi conquistado de forma magistral, com nove vitórias em dez jogos. Foram 66 gols marcados contra apenas nove sofridos. 
Entre as goleadas aplicadas, 15 a 1 no Riachuelo e 11 a 0 no Haddock Lobo. O poderio ofensivo se mostrou também na decisão, quando o Fogão atropelou o Fluminense por 6 a 1. O grande destaque do time foi Abelardo de Lamare, artilheiro do campeonato com 22 gols.

Nas manchetes do dia seguinte, estampava o Botafogo como “Glorioso campeão de 1910″. Daí surgiu o apelido que o clube carrega até hoje.

Alceu Mendes de Oliveira Castro, primeiro historiador do Botafogo descreveu assim a vitória do dia 25 de setembro sobre o Fluminense:
“O primeiro tempo teve um sensacional transcurso e Abelardo Delamare, o formidável meia alvinegro, sob o delírio do público, enviou três bolas às redes tricolores. Iniciado o segundo tempo, em uma investida de Cox, Lulu, querendo passar a bola a Coggin, vasa nossas próprias redes. 
O Fluminense se alegra, mas em pura perda, pois o Botafogo reage como um leão, reassume o controle do jogo e mais três bolas magistrais, duas de Décio e uma de Mimi, vão dormir nas redes de Waterman, definindo a estrondosa contagem de 6x1. Estava o Botafogo vencedor e campeão, sob o delírio de uma multidão verdadeiramente alucinada! Nascia, com esta notável façanha, o ‘Glorioso’!” 


 

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