Por João Nassif
27/07/2018 - 15:35 Atualizado em 27/07/2018 - 15:40
Destacar as façanhas de Pelé ocuparia certamente um espaço digno das maiores enciclopédias já editadas no mundo. São tantas, as maiorias verdadeiras, mas outras que extrapolam as próprias lendas dignas daqueles que fizeram a história da civilização.
Uma história, lenda ou não, diz que quando tinha apenas nove anos de idade, no dia 16 de julho de 1950 viu seu pai, Dondinho chorar quando o Brasil perdeu em casa a Copa do Mundo para o Uruguai no inesquecível “Maracanazo”. O menino viu seu pai chorar e prometeu: “Não chore, papai. Vou ganhar uma Copa do Mundo para o senhor”. Foi aí que Dondinho chorou mesmo. O moleque ganhou três Mundiais.
Dondinho-Pai de Pelé
Dondinho foi jogador profissional e influenciou Pelé que desde pequenino já brincava coma bola.
Pelé ganhou dinheiro pela primeira vez com o futebol quando tinha apenas 10 anos de idade. Recebeu 4.500 réis para jogar pelo Ipiranguinha time amador de Bauru, cidade do interior de São Paulo onde a família residia.
Ainda com 10 anos criou em Bauru o Sete de Setembro e para comprar uniforme e outros apetrechos Pelé e os integrantes do time roubavam amendoim nos trens e vendiam na cidade.
É apenas o começo da trajetória do maior jogador de futebol de todos os tempos, coroado Rei do Futebol.
Vou falar muito de Pelé neste espaço que também vai contar muitas histórias do mundo do futebol.
Por João Nassif
15/02/2018 - 07:40 Atualizado em 15/02/2018 - 07:41
O quase vazio Heriberto Hülse teve seu momento de glória nesta temporada. Os torcedores enlouqueceram, pularam, gritaram, cantaram a plenos pulmões uma vitória que há muito não acontecia. Parecia a conquista de um título.
Fosse o gol marcado digamos, na metade do segundo tempo não teria o mesmo efeito, ainda que o time precisasse desesperadamente vencer para conseguir fugir da zona do rebaixamento.
Foto: Beto Lima/JEC
O gol foi o divisor do Criciúma no campeonato? Não posso afirmar porque mesmo com a vitória o time mostrou as mesmas deficiências das partidas anteriores. Pouca criatividade e uma enorme dificuldade para finalizar.
O Criciúma começou pilhado com muita vontade, fez um gol numa incrível blitz na abertura do jogo, teve em seguida outra chance clara e quando diminuiu o ritmo permitiu o Joinville equilibrar e chegar ao empate. Resultado justo no primeiro tempo.
O Criciúma tomou conto do jogo em que o Joinville foi no segundo tempo uma caricatura de time de futebol. Muita posse de bola com pouca força ofensiva, inclusive nas inúmeras faltas laterais sem nenhum aproveitamento. Até que no último minuto veio o gol salvador que mudou todo o ambiente do estádio.
Os protestos iniciais estavam há um minuto de serem repetidos. As faixas indesejadas pela arbitragem e seguranças seriam novamente desfraldas e o técnico seria olhado de forma hostil, mesmo com o forte lobby para sua permanência.
Enfim, venceu que era o que importava e a sequência dirá se gol aos 49 do segundo tempo tem o poder magico de mudar o curso da história.
De uns tempos para cá os sorteios das chaves para a primeira fase das Copas do Mundo obedecem a critérios eminentemente técnicos. Por isso algumas vezes definem grupos com seleções de primeira linha chamados de “grupos da morte”.
O sorteio para a Copa do Mundo de 1998 na França não apresentou nenhum destes grupos, mas causou apreensão pelo fato de Irã e Estados Unidos caírem na mesma chave. Os dois países eram rivais históricos no campo diplomático.
Porém, antes do jogo o clima foi de total cordialidade com as duas seleções posando juntas para as fotos e os iranianos entregaram flores aos americanos representando a paz.
Com a bola rolando o Irã venceu por 2x1, mas as duas seleções não conseguiram avançar para as oitavas de final. Alemanha e Iugoslávia foram as classificadas.
A guinada é de 360º. O Criciúma sai de total amadorismo para uma situação profissional que poderá mudar completamente o roteiro de um clube estava caminhando de forma inexorável para o ostracismo no futebol brasileiro.
A contratação do Newton “Chumbinho” Drummond para remontar o futebol em todos os níveis, da base ao profissional, é a sinalização de que o próprio presidente Jaime Dal Farra entendeu que estava jogando seu negócio para o ralo cercado por pessoas que não têm competência e relacionamento para fazer um futebol de primeira linha.
Como empresário e dono do futebol do Criciúma finalmente percebeu a necessidade de uma gestão profissional que agora será implantada com a chegada do Chumbinho. Com plenos poderes para comandar a remontagem do plantel e organizar toda estrutura do departamento de futebol o novo dirigente deverá devolver a autoestima dos torcedores e resgatar a imagem do clube dilapidada nos últimos anos, apesar dos limites orçamentários.
Lisca e Chumbinho na sala de imprensa
E o técnico Lisca veio para completar este roteiro. Estudioso do futebol, trabalhador e guerreiro desde sua apresentação deixou uma imagem positiva que certamente fará o time jogar com a dedicação que está ausente há muito tempo e pelo estilo fazer a interação com a torcida reviver os velhos e bons tempos de um Heriberto Hülse que assustava adversários de todos os níveis do futebol brasileiro.
O assunto do programa de hoje são alguns dos recordes atingidos pela seleção brasileira na história das Copas do Mundo. Antes informo que meu próximo livro “O Brasil nas Copas” será lançado em breve, inclusive com cobertura da Rádio Som Maior.
Mas, vamos aos recordes:
A seleção brasileira é a que tem o maior número de vitórias consecutivas. São 11 que começou no dia 03 de junho de 2002 quando venceu a Turquia por 2x1 em Ulsan na Coréia do Sul e terminou no dia 27 de junho de 2006 com a vitória sobre Gana por 3x0 em Dortmund na Alemanha. No jogo seguinte foi derrotado pela França por 1x0 em Frankfurt.
Seleção brasileira contra a Bulgária em 1966 (Foto: Futebol BH)
Em pé da dir. p/ esq.: Djalma Santos, Denílson, Bellini, Gilmar, Altair e Paulo Henrique(encoberto)
Agachados: Mário Américo (massagista), Garrinccha, Lima, Alcindo, Pelé e Jairzinho (encoberto)
O Brasil tem também a seleção que ficou um número maios de jogos invicta na história dos Mundiais de Futebol. São 13 jogos numa sequencia que começou no dia 08 de junho de 1958 em Udevalla, Suécia quando venceu a Áustria por 3x0. Esta série invicta somente terminou no dia 12 de julho de 1966 quando venceu a Bulgária por 2x0 em Liverpool na Inglaterra.
Neste período a seleção brasileira obteve 11 vitórias e dois empates.
A ortorexia nervosa é um novo distúrbio do comportamento alimentar caracterizado por uma obsessão em comer saudável. A pessoa ortoréxica, inicia uma busca obsessiva por normas (ou regras) de alimentação saudável.
As informações são obtidas através dos meios de comunicação porém são informações distorcidas e exageradas para ficar saudável.
Dessa forma, acaba excluindo muitos alimentos, por exemplo, começa com aqueles considerados impuros, como corantes, conservantes, gorduras trans, açúcar, sal, com agrotóxicos, pesticidas, alimentos transgênicos, entre muitos outros.
Isso leva até a exclusão de grupos de alimentos considerados importantes para uma nutrição adequada podendo levar a quadros de carências nutricionais ou subclínicos. Também associa uma preocupação com a forma de preparo e os utensílios utilizados na preparação dos alimentos.
Comer fora de casa é considerado um problema, evitam reuniões sociais e jantares para não “cair na tentação” de ingerir outro tipo de produto e pesam os alimentos e sentem “grande culpa se quebrar as regras”, e pelo contrário sentem uma sensação confortável ao fazer um prato elaborado exclusivamente com produtos orgânicos,ecológicos, bio ou com determinados certificados de salubridade.
Acabam se isolando para conseguir se alimentar dessa forma saudável ou com alimentos considerados “puros” em casa, não aceitando comer em restaurantes e dessa forma acabam deixando de sair com os amigos ou namoradas/os. A dieta “saudável” acaba tomando conta da sua vida.
O problema é que a pessoa ortoréxica não procura ajuda porque acredita que está fazendo a escolha certa.
Na prática clínica, os pacientes com ortorexia atendidos nos consultórios ambulatoriais, foram encaminhados pelos familiares. Alguns pacientes acabam necessitando de um encaminhamento para psicoterapia.
Ainda não se sabe qual a prevalência deste distúrbio na população geral, porém alguns grupos foram identificados nos últimos trabalhos científicos. Dentro deles, aparecem os atletas, esportistas, os artistas, os médicos e as nutricionistas.
“Comportamentos nutrologicamente desequilibrados merecem toda a atenção e o aconselhamento alimentar e nutrológico adequados”.
* Residente em Medicina do Exercício e do Esporte. Instagram: @luizcarlosfontana @med.esporte E-mail: [email protected]
Por João Nassif
08/11/2017 - 09:00 Atualizado em 08/11/2017 - 10:03
Os times com a corda no pescoço iniciaram processo de reação na luta desesperada para afrouxar o nó e alguns conseguiram respirar depois de ganhar pontos importantes na rodada 34, a quinta antes do capítulo final do campeonato.
Brasil e CRB venceram, Luverdense, Guarani e Figueirense empataram. Além de Goiás e Boa que mesmo derrotados e ainda fora do Z-4 continuam na zona de risco.
Cabe apenas mais um na zona da degola. Santa Cruz, Náutico e ABC dificilmente irão escapar.
Criciúma e Paysandu que estavam com o nó mais folgado venceram e conseguiram boa segurança para respirar ainda mais aliviados.
Após rodada com o primeiro fora do rebaixamento com 40 pontos fica quase certo que a linha de corte será no mínimo de 46 pontos. Cada time terá que disputar 12 pontos até o final. Talvez 46 não sejam suficientes pela tendência de muitos continuarem esperneando com o nó na garganta cada vez mais apertado.
Ao Criciúma que comemorou muito a vitória sobre o Boa na certeza de ter escapado da forca faltam um ou dois pontinhos a mais nos últimos 12 a serem disputados para enterrar em definitivo qualquer risco de rebaixamento.
Importante é frisar que venceu com grande colaboração do adversário que teve o controle do jogo, mas falhou em demasia no setor defensivo e foi incapaz de concluir as boas jogadas que criou no ataque. O primeiro gol do Criciúma, de João Henrique foi uma pintura e o mais bonito no Heriberto Hülse nos últimos anos.
Por João Nassif
02/11/2017 - 19:00 Atualizado em 03/11/2017 - 10:58
Enquanto existiu a Iugoslávia marcou forte presença no futebol mundial participando da primeira Copa do Mundo em 1930 e de mais oito edições até 1998. Neste período a Iugoslávia chegou ao quarto lugar em 1930 no Uruguai e em 1962 no Chile.
Uma série de conflitos étnicos e irregularidades politicas resultaram na desintegração de Iugoslávia que acabou dividida em várias republicas: Sérvia, Croácia, Bósnia e Herzegovina, Montenegro, Eslovênia, Macedônia e Kosovo.
Iugoslávia dividida (Mapa: Geo Bau)
Todos estes países são filiados à FIFA que para efeito estatístico reconhece a Sérvia como sucessora da Iugoslávia.
Desde a divisão do país sempre duas das novas repúblicas estiveram presentes em um Mundial. Em 2002 Croácia e Eslovênia, em 2006 Croácia e Sérvia, em 2010 Sérvia e Eslovênia e em 2014 aqui no Brasil, Croácia e Bósnia e Herzegovina.
A tendência pode ser repetida para 2018, pois a Sérvia já está classificada e a Croácia disputa uma vaga com a Grécia na repescagem europeia.
Por João Nassif
01/11/2017 - 09:27 Atualizado em 01/11/2017 - 10:57
A seleção brasileira foi a primeira a se classificar no campo para o Mundial-2018. Apenas a Rússia por ser o país sede estava automaticamente classificada.
De forma inédita em se tratando de eliminatórias sul-americanas o Brasil carimbou seu passaporte com quatro rodadas de antecedência.
O jogo da classificação aconteceu no dia 28 de março de 2017 contra o Paraguai na Arena Corinthians em São Paulo.
Neymar comemora gol contra o Equador (Foto: blogger)
A seleção brasileira venceu por 3x0 com gols de Phillipe Coutinho, Neymar e Marcelo.
O segundo gol brasileiro marcado por Neymar foi narrado na seguinte forma por um locutor da TV argentina.
Por João Nassif
16/10/2017 - 15:00 Atualizado em 17/10/2017 - 09:47
Grosjean, Bottas, Maldonado, Ricciardo, Pérez e Hulkenberg. O que esses seis têm em comum? Todos da mesma geração de pilotos, estrearam na F1 entre 2010 e 2013. E o máximo que conseguiram: poucas vitórias, alguns pódios, barbeiragens e pés-na-bunda. Talvez o único que se salve nessa história toda seja Bottas, que conseguiu um carro bom para esse ano.
Nico Hulkenber
Começamos com Nico Hulkenberg, talvez o mais injustiçado e azarado desta lista. Um dos pilotos mais promissores dessa geração, estreou em 2010 na Williams, que tinha um dos piores carros do grid, fazia parceria com Barrichello e não conseguia fazer muito além de brigar por alguns pontinhos. Preterido no ano seguinte, voltou em 2012 para a Force India e em 2013 foi para a Sauber, nada pode fazer. Teve a chance de voltar para a Williams em 2014, mas o piloto negou e seguiu para a Force India. Escolha errada, com o novo patrocínio da Martini, a Williams conseguiu alcançar a terceira posição no campeonato, a equipe de Vijay Mallya foi apenas o sexto. Com medo de fazer a escolha errada novamente, Hulk assinou com a Renault e espera que, por estar em uma equipe de fábrica, consiga bons resultados no futuro. O alemão nunca conquistou sequer um pódio na categoria.
Pastor Maldonado
Depois de ter vencido Pérez e Bianchi na GP2 de 2010, Pastor Maldonado estreou bem na Williams em 2011, equipe que ficou até 2013, conquistando uma vitória memorável para a equipe e para ele na Espanha, em seu segundo ano na equipe. Com Kimi Raikkonen saindo da Lotus, o venezuelano optou por fazer parceria com Romain Grosjean na equipe francesa. Um fracasso. Perdeu uma chance enorme de fazer uma temporada dos sonhos na Williams para cometer as maiores barbeiragens – chegando a ser desclassificado de uma corrida na Hungria por receber múltiplas penalidades – e terminar chutado da equipe em 2015. Ninguém mais sabe que fim levou o tal indisciplinado venezuelano.
Sergio Pérez
Um dos maiores pilotos da atual categoria, o mexicano mais sagaz de sua geração, Sérgio Pérez chegou na Formula 1 correndo pela Sauber em 2011. Depois de um ano fantástico em 2012, foi contratado pela poderosa McLaren, para correr ao lado de Jenson Button. Um desastre, terminando apenas em 11º e sendo preterido no ano seguinte. Sua ida para Force India lhe fez muito bem, sendo um dos responsáveis por colocar a equipe no patamar de quarta força. Em 2016, depois de terminar a temporada em sétimo, foi sondado na Ferrari, mas não passou disso. Hoje Sérgio é o sétimo colocado no campeonato, correndo ao lado do jovem francês Esteban Ocon, e acumula sete pódios na carreira.
Daniel Ricciardo
Piloto da equipe júnior da Red Bull desde 2010, Daniel Ricciardo estreou na pequenina HRT em 2011 e passou a ser titular da Toro Rosso em 2012. Sua transferência para a matriz foi ligeira, logo após a aposentadoria de Mark Webber. Escolha arriscada, mas certa. Em seu ano de estreia na poderosa equipe conseguiu três vitórias, conquistando o terceiro lugar no campeonato e batendo ninguém menos que Sebastian Vettel. Daniel ainda corre na equipe austríaca e briga constantemente por pódios, mas impossibilitado de conquistar um título.
Romain Grosjean
Romain Grosjean é uma incógnita na F1. Correndo desde 2012 na categoria, o franco-suíço de 31 anos já acumulou 10 pódios, mas nunca pôde mostrar, em uma categoria de ponta, a superioridade que tinha na GP2. Seus dois primeiros anos na Lotus mostraram o quão indisciplinado e imaturo ele era, mesmo ao lado de um ícone como Kimi Raikkonen. Em 2014, pilotando um carro nada veloz e um companheiro maluco, Romain fez o que pode e mostrou amadurecimento na pilotagem, que despertou interesse na Haas. Atualmente, Grosjean corre pela equipe americana e tem futuro incerto.
Valtteri Bottas
Para finalizar, o menos injustiçado – ou talvez o que mais injustiçou pilotos – Valtteri Bottas, o finlandês que botou Massa para comer poeira por três temporadas e pisou na lama ao chegar na Mercedes. Fez bonito na Williams, terminou em quarto em seu segundo ano e por merecer conseguiu uma vaga na melhor equipe do momento. Traçou o caminho que Hulkenberg nem ousou colocar o pé. Mesmo assim, é questionado na equipe. Será que valeu a pena ter investido nele para substituir Rosberg na segunda mais cobiçada vaga da Formula 1?
Muito se fala em Verstappen, Ocon, Wehrlein, Sainz, e que esses serão o futuro da F1 e tem praticamente um destino traçado: como campeões mundiais. Será que depois de Hamilton, Vettel, Alonso, Raikkonen, Button e Rosberg, veremos uma geração inteira se aposentar sem ganhar nada? Parece provável. Talentos desperdiçados que se aposentarão pensando que seria melhor ter nascido em outro momento.
Por João Nassif
15/10/2017 - 13:10 Atualizado em 16/10/2017 - 09:33
Mas, que diabo, a matemática no futebol existe para acalentar sonhos mesmo sabendo ser quase que impossível alcançá-los. O Criciúma e parte de sua torcida ainda tem sonhos com a série A baseados nas contas que são feitas a cada rodada, inclusive nas que o time não pontua como foi o caso da última.
A derrota em Curitiba só não sepultou de vez a possibilidade do acesso pela matemática que ainda teima em permitir aos sonhadores lidar com os números que possam favorecer o time nas rodadas finais. Faltam nove para terminar o campeonato.
Vamos ser práticos. Até agora o Criciúma somou 42 pontos em 29 jogos o que lhe dá um rendimento de 48%. Está nove pontos atrás do 4º colocado, o Ceará com 58 % de aproveitamento nos mesmos 29 jogos.
Uma pontuação mínima para o acesso é de 63. Para alcançar este número mínimo o Criciúma terá que fazer mais 21 pontos em 27 que terá em disputa. Quer dizer 78% de aproveitamento que hoje é muito mais que o rendimento do líder Internacional que ganhou 65% dos pontos que disputou.
Pela matemática é possível sonhar, mas pela distância e pelo que o time está jogando torna o sonho praticamente impossível de se tornar realidade.
O diretor de futebol Edson Gaúcho afirmou há pouco à Som Maior que o técnico Beto Campos e o preparador físico Márcio Correa chegarão dentro em pouco na cidade e fecharão contrato com o Criciúma para o restante da série B.
A reposição da comissão técnica foi rápida e a direção do clube ainda tem esperanças de acesso.
Continuando com os boicotes às Copa do Mundo vale registrar o fiasco proporcionado pelos ingleses quando resolveram participar de um Mundial depois de ignorar os três primeiros.
Para eles a supremacia dos inventores do futebol não precisava ser testada numa Copa do Mundo, por isso a Inglaterra foi estrear somente no IV Mundial disputado no Brasil.
E a campanha do chamado “English Team” foi vergonhosa, eliminado na primeira fase com direito a uma derrota para os Estados Unidos. Foi a primeira grande zebra numa Copa do Mundo.
Ainda pela Copa do Mundo no Brasil a Índia se classificou com seus jogadores atuando descalços. Os indianos desistiram de vir ao Brasil quando descobriram que pelas regras da FIFA seus jogadores não poderiam atuar descalços. Depois dessa a seleção indiana jamais chegou próxima de disputar uma Copa do Mundo.
Nas eliminatórias para a Copa do Mundo na Suécia em 1958, Indonésia e Sudão, países mulçumanos recusaram-se a entrar em campo para enfrentar Israel. Sem ter com quem jogar os israelenses se classificaram para enfrentar País de Gales, repescado pela FIFA. No confronto os britânicos foram vencedores para alegria dos desistentes.
Aconteceu principalmente nas primeiras Copas do Mundo vários países desistirem de participar da competição. As razões foram as mais diversas, desde questões econômicas, políticas e até por discordarem das regras e querer jogar sem chuteiras.
Aqui no Almanaque das Copas vamos denunciar os países que por um ou outro motivo boicotaram o torneio.
Em 1930 mesmo que o Uruguai pagasse todas as despesas de viagem e acomodação, algumas potencias da Europa recusaram o convite. Como o Mundial estavas em sua primeira edição e não era famoso, apenas quatro seleções europeias atravessaram o Atlântico de navio para participar da I Copa do Mundo.
Foi um trabalho pessoal do presidente da FIFA na época, Jules Rimet que tratou diretamente com os governos da França, Romênia, Iugoslávia e Bélgica.
Na Copa do Mundo de 1934 quem não foi à Itália foi o Uruguai como represália ao boicote de vários países europeus quatro anos antes. Foi a primeira e única vez na história dos Mundiais que o campeão não defendeu o título.
Na Copa do Mundo da Itália a Europa teve 13 representantes. Dos 16 países, apenas Brasil, Argentina e Estados Unidos não eram do continente europeu.
No Mundial de 1938 foi a vez da Argentina boicotar o torneio tudo porque nossos vizinhos disputaram o direito de sediar a Copa com a França e perderam.
Com isso a seleção brasileira não precisou disputar as eliminatórias e foi participar sem nenhum esforço de mais uma Copa do Mundo.
Amanhã aqui no Almanaque das Copas foi relembrar outros boicotes que marcaram a história dos Mundiais de futebol.
Na maioria das competições esportivas, quando existe uma primeira fase em que os times são escolhidos por sorteio sempre existe um grupo que é chamado de grupo da morte pelo equilíbrio entre os competidores.
Numa Copa do Mundo não é diferente. O critério adotado pela FIFA é definir as seleções pelo ranking atualizado da entidade e se uma ou duas candidatas à classificação não estão bem colocadas podem cair numa mesma chave.
Tivemos no Mundial em 2014 aqui no Brasil o grupo da morte formado por três campeões mundiais, Uruguai, Itália e Inglaterra com a pequena Costa Rica entre eles.
E qual não foi a surpresa com o time da América Central terminando a chave na liderança desbancando Itália e Inglaterra ficando o Uruguai em segundo lugar. A Costa Rica derrotou a Itália e o Uruguai e empatou com a Inglaterra.
Bryan Ruiz comemorando gol na Copa de 2014 (Foto: Goal.com)
A proeza costarriquenha, depois de empatar com a Inglaterra no primeiro jogo começou na Arena Pernambuco em Recife quando derrotou a Itália por 1x0.
O gol da Costa Rica foi de seu capitão Bryan Ruiz que você ouve agora na narração de Cléber Machado da Rede Globo:
A seleção brasileira reina soberana nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2018.
Faltando quatro rodadas e com larga margem de vantagem na pontuação e com a classificação garantida o Brasil vai se tornando candidato potencial para vencer mais uma Copa do Mundo.
O Início foi complicado apesar da certeza da conquista da vaga, afinal o Brasil nunca ficou fora de nenhum Mundial, mas com o técnico Dunga a previsão era de sofrimento até o final.
Com a entrada do técnico Tite tudo mudou, convocou realmente os melhores, deixou de fora alguns jogadores de nível médio nos quais Dunga insistia e faz uma campanha espetacular se impondo sobre os adversários, principalmente os mais tradicionais.
Philippe Coutinho comemorando seu gol conta a Argentina (Foto: Goal.com)
Uruguai e Argentina que empataram com o Brasil na era Dunga foram impiedosamente massacrados pela seleção brasileira sob o comando do Tite.
O Brasil venceu o Uruguai em plena Montevideo por 4x0 e derrotou a Argentina por 3x0. O primeiro gol deste jogo marcado em Belo Horizonte foi de Philippe Coutinho.
Vale a pena ouvir a narração deste gol brasileiro na voz de Daniel Mollo da Rádio Cooperativa de Buenos Aires:
A seleção brasileira foi para a Alemanha disputar a Copa do Mundo de 2006 como favorita e com grandes chances de confirmar o título do Mundial anterior e se tornar hexa campeão.
Além de ter vencido a Copa de 2002 o Brasil venceu a Copa das Confederações em 2005 na mesma Alemanha com direito a uma vitória histórica por 4x1 sobre os rivais argentinos.
E até que começou bem, vencendo seus três jogos na fase de grupos. Fez 1x0 na Croácia, 2x0 na Austrália e 4x1 no Japão. Nas oitavas de final venceu Gana com facilidade por 3x0 e foi para as quartas enfrentar a França, carrasca em 1998.
Com um quarteto apelidado de “quadrado mágico” com Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo Fenômeno e Adriano as casas de apostas confirmavam o Brasil como grande favorito.
Gol de Henry contra o Brasil em 2006 (Foto: UOL)
Só que a França tinha Zidane e Thierry Henri que fizeram a diferença e os franceses eliminaram a seleção brasileira ao vencer por 1x0.
Ouça o gol de Henry na voz de Jose Silvério da Rádio Bandeirantes de São Paulo:
O grupo do Brasil que disputou as eliminatórias para a Copa dos Estados Unidos em 1994 era formado por cinco seleções. Uruguai, Bolívia, Equador e Venezuela eram os adversários e somente duas seleções iriam se classificar no grupo.
A seleção brasileira comandada pelo técnico Carlos Alberto Parreira apresentava um futebol irregular encontrando dificuldades para confirmar a vaga.
Começou empatando com o Equador em Quito e no segundo jogo perdeu pela primeira vez uma partida de eliminatórias depois de 31 jogos. Foi derrotado pela Bolívia na altitude de La Paz por 2x1.
Romário marcando contra o Uruguai em 1993 (Foto: Doentes por futebol)
Havia um clamor nacional pela convocação do atacante Romário que Parreira teimosamente o ignorava. Quando chegou a hora da verdade, na ~última rodada o Brasil precisava vencer o Uruguai no Maracanã para se classificar e somente no desespero o técnico se curvou ao apelo de todos.
E não deu outra, com dois gols Romário decidiu a classificação do Brasil abrindo caminho para o tetra campeonato.
Ouça o segundo gol de Romário na vitória sobre o Uruguai por 2x0 na narração de Galvão Bueno da Rede Globo:
A Seleção brasileira disputou as eliminatórias sul-americanas para a Copa de 1990 na Itália no Grupo 3 juntamente com Chile e Venezuela.
Venceu duas vezes a Venezuela, por 4x0 em Caracas por 6x0 no Morumbi em São Paulo. Empatou com o Chile em Santiago e decidiu a classificação contra a seleção chilena no Maracanã.
Este jogo foi realizado no dia 03 de setembro de 1989 e não chegou ao final. Aos 28 minutos do segundo tempo quando o Brasil já vencia por 1x0 das arquibancadas veio um foguete em direção ao gol chileno.
Goleiro chileno Rojas na simulação (Foto Globo.com)
O goleiro Roberto Rojas simulou ter sido atingido, o jogo foi paralisado e os jogadores chilenos se recusaram continuar em campo.
O Brasil vencia por 1x0 e a FIFA decretou vitória brasileira por 2x0, além de afastar a seleção chilena das disputas oficiais por um ciclo mundial.
A seleção brasileira conquistou novamente a vaga para disputar outra Copa do Mundo.
Ouça o gol de Careca, único gol a seleção brasileira na partida na narração de Galvão Bueno da Rede Globo:
Natural de Ribeirão Preto, o jornalista esportivo, comentarista e escritor João Nassif Filho trabalha há mais 50 anos com o futebol. Começou na Rádio Clube Jacareí, passou pela Rádio Gaúcha de Porto Alegre e hoje está na Rádio Som Maior FM de Criciúma. Trabalhou também na TV Gaúcha de Porto Alegre, RCE TV Criciúma e na TV Litoral Sul de Criciúma. Foi colunista do Jornal da Manhã e Jornal A Tribuna de Criciúma. Publicou o Almanaque do Criciúma (1986), o Almanaque das Copas (2013) e Fio do Bigode (2014).Conheça outros Blogs