Por Denis Luciano
19/05/2020 - 16:17 Atualizado em 19/05/2020 - 16:43
Segundo mais votado na eleição à Câmara de Biguaçu de 2016, na ocasião pelo Partido Progressista (PP), Douglas Borba somou 1.313 votos. O mandato foi interrompido pela vitória de Carlos Moisés da Silva (PSL) para o governo de Santa Catarina e o consequente convite para ser chefe da Casa Civil. Borba, então, licenciou-se do Legislativo na sua cidade para ocupar uma das mais importantes secretarias do novo colegiado empossado em janeiro do ano passado.
Viveu momentos importantes de liderança tanto das ações do governo quanto da estruturação do PSL em Santa Catarina. Foi ele, por exemplo, quem tentou convencer o ex-deputado federal Jorge Boeira a filiar-se no partido de Moisés. E foi recentemente. Para constar, Boeira não aceitou, e o PSL de Criciúma apostou suas fichas no vereador Julio Kaminski, recentemente egresso do PSDB.
Agora, afundado nas denúncias que pautam a CPI dos Respiradores, e que o tiraram da Casa Civil, Douglas Borba deixa também de ser vereador em Biguaçu. Ele tinha direito a retomar o mandato que era seu, conquistado nas urnas, mas o ex-secretário de Estado optou pela renúncia. A carta foi entregue na tarde desta terça-feira, 19, à presidência da Câmara de Biguaçu. Na carta, Borba refere que serviu ao município por 12 anos, seja na Câmara, seja como secretário municipal, mas que agora é hora de "se desligar da atividade política", revelando sua intenção de dedicar-se à família e a atividades privadas.
Douglas deverá ir à CPI na Alesc na próxima terça-feira, 26, e corre risco de encarar uma acareação com o também ex-secretário de Saúde, Helton Zeferino, e com a servidora Márcia Pauli, que nas denúncias responsabilizou o ex-chefe da Casa Civil pelas negociações que culminaram na compra dos 200 respiradores por R$ 33 milhões junto à Veigamed.
Confira abaixo a carta de renúncia de Douglas Borba:
Por Denis Luciano
19/05/2020 - 16:38 Atualizado em 19/05/2020 - 16:39
Bolsonaristas da região carbonífera uniram-se e estão pagando a instalação de outdoors com mensagens de apoio ao presidente da República. "Estamos fechados com Jair Bolsonaro", garante o empresário Nilson Olivo, um dos articuladores do grupo.
O primeiro dos outdoors prometidos já está exposto. "É o teste, ali na área industrial de Içara. Nesta semana vamos instalar mais dez em Criciúma, em locais de destaque", anuncia.
"Vamos trabalhar e se cuidar", postou Nilson em suas redes sociais, indicando um dos discursos de Bolsonaro que os seus apoiadores buscam propagar na região. Um dos momentos recentes de manifestação desse apoio dos eleitores ao presidente foi expressado antes, durante e depois da entrevista que fizemos nesta segunda-feira, 18, com o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) no Agora, na Rádio Som Maior. "Muito boa a entrevista com o Doutor Osmar Terra. Sempre é bom ouvir os DOIS LADOS. Infelizmente existem dois lados", teclou o próprio Nilson Olivo. Outro internauta compartilhou para os seus diversos contatos a seguinte mensagem, disparada no domingo: "Amanhã na Som Maior, no programa do Denis Luciano, entrevista com Osmar Terra. Vamos ficar ligados, entrar no Facebook da rádio e encher de elogios o deputado, mostrar a força do Bolsonaro aqui na região".
Por Denis Luciano
20/05/2020 - 11:02 Atualizado em 20/05/2020 - 11:06
Vai ter influência criciumense no comando da Secretaria Especial de Cultura, equivalente ao ministério do segmento no governo Jair Bolsonaro. Com a saída da atriz Regina Duarte, que não ficou 90 dias na função - havia assumido no começo de março e confirmou que deixa a pasta em vídeo publicado ao lado do presidente -, Mário Frias já foi convidado. Bolsonaro falou com o ator na manhã desta quarta-feira, 20, pouco depois da publicação do vídeo ao lado de Regina.
Em entrevista à CNN Brasil ontem, no fim da tarde, Mário Frias já havia se pronunciado a respeito. Fez diversos elogios a Regina Duarte, dizendo-se fã da atriz, mas elogiou Bolsonaro ainda mais. "Para o Jair, o que ele precisar, estou aqui", disparou. Na entrevista fez, ainda, uma contundente defesa do governo, dizendo que agora vê o Brasil "com chances de ser respeitado". Veja no vídeo abaixo:
Mário é cidadão honorário de Criciúma
E a digital criciumense? Simples. Tem a digital pessoal e a política. Sobre a pessoal, a esposa de Mário Frias é daqui. A publicitária Juliana Camatti da Silva casou com ele em janeiro de 2008, depois de quase dois anos de namoro. O casal tem uma filha, Laura, nascida em 2011.
E o vínculo político passa por Daniel Freitas. Mário e o deputado federal criciumense são amigos de longa data. Em janeiro, os dois tiveram uma agenda com o ministro da Educação, Abraham Weintraub. Na ocasião, Daniel e Mário foram levar a ideia de um game na TV envolvendo estudantes de escolas públicas. Em outro momento, Daniel levou Mário para uma audiência com a ministra Damares Alves. Na pauta, projetos relacionados a adoção de crianças.
Daniel e Mário com o ministro da Educação em janeiro
Mas o vínculo de Mário com Criciúma é um pouco maior. Ele é cidadão honorário da cidade, título conferido em novembro de 2015 pelo então vereador Daniel Freitas. Em julho de 2018, Daniel e Mário participaram juntos de um encontro sobre empreendedorismo em Imbituba, promovido pela Associação Empresarial daquele município. No mês seguinte, encontro semelhante ocorreu em Criciúma, conforme registrou o 4oito, com a presença do ator na cidade.
Daniel e Mário na posse de Regina Duarte na Secretaria de Cultura em março
Em contato do blog faz poucos minutos com uma pessoa bastante ligada ao deputado Daniel Freitas, e com a pergunta "Mário é o secretário?", recebemos a seguinte resposta: "Sim, golaço nosso!". Agora, é questão de horas para a confirmação oficial do cidadão honorário de Criciúma no comando da Cultura nacional. Mário Frias tem 48 anos, é natural do Rio de Janeiro e trabalhou em diversos papeis na Rede Globo e apresentou um programa de viagens no SBT.
Por Denis Luciano
20/05/2020 - 16:46 Atualizado em 20/05/2020 - 17:00
16 de março de 1990. Fernando Collor de Mello (PRN) era o presidente da República havia um dia. Tinha tomado posse na véspera, recebendo a faixa de José Sarney (PMDB). Collor de Mello surfava em alta popularidade, fruto da histórica vitória na eleição de 89 contra Lula da Silva e outros tantos concorrentes. E tirava proveito disso para uma jogada ousada: confiscar os recursos da poupança dos brasileiros. Objetivo, conter a inflação de 80% ao mês que o Brasil encarava.
Agora, 30 anos depois, Collor pediu desculpas. Hoje senador de Alagoas pelo PROS, o ex-presidente é usuário assíduo do Twitter. Na rede social, expõe uma vertente mais leve do que aquele Collor sisudo e sempre ao ataque do passado. Tem sido até bem humorado. E numa das suas sacadas recentes, resolveu pedir desculpas aos brasileiros por ter confiscado as poupanças há 30 anos.
Reprodução / Twitter
Em entrevista há poucos dias ao jornalista Luiz Nassif, Collor contou detalhes da reunião, entre sua eleição em 89 e a posse em 90, na qual decidiu pelo confisco. "Foi numa conversa aqui em Brasília com o ex-ministro Mário Henrique Simonsen. Ele, o André Lara Rezende e o Daniel Dantas", disse. "Foi num período entre a minha eleição e posse, em que eu estava ouvindo diversos economistas e pessoas de fora da órbita da economia, saber deles o que imaginavam poderia ser o meu governo, quais medidas poderiam ser tomadas para a gente resolver o grande problema que acometia a todos nós, a inflação era de 80% ao mês", comentou. "Temos que acabar com a situação, e passar por um congelamento de preços. Mas congelamento com esse excesso de liquidez na economia, impossível. Teríamos uma quebradeira geral. Daí o Mário Henrique expunha essas ideias de congelamento, mas era muito difícil pela liquidez, não sabia como transpor isso", recordou.
Daí veio a ideia de conter a liquidez com menos recursos circulantes. A forma? Bloquear a poupança, ou o excedente dela. "Até que o André Lara Rezende sugeriu que a liquidez precisaria de um bloqueio. Daí o Daniel Dantas replica, perguntando se o André queria cumprimentar as pessoas com o chapéu alheio. Daí o André volta para o Simonsen e diz que essa pode não ser uma ideia das melhores, mas é a saída. E Simonsen disse que tecnicamente é a saída, mas politicamente era inviável, o bloqueio da liquidez, um cerceamento da liquidez para que o congelamento de preços pudesse funcionar e nós termos um espaço de tempo para podermos ir aplicando nossas medidas e controlando a inflação ao mesmo tempo", referiu. "Politicamente cabia a mim tornar viável. As medidas foram tomadas, o bloqueio dos ativos foi numa extensão muito maior que imaginávamos. Nós imaginávamos bloquear o overnight, de curtíssimo prazo, os títulos ao portador, todos os recursos que eram dirigidos à especulação, mas o mercado, como sabemos, é muito esperto, e traça diversos cenários para se antecipar a decisões do governo para ganhar do governo", completou.
O Supermercado Angeloni tem uma loja no Centro. Na Rua Felipe Schmidt. Faz muitos anos. Espaço nobre, bem frequentado. Os fundos da loja ficam para a Rua Martinho Acácio Gomes, uma pequena via de duas quadras que conecta as ruas Dom Joaquim e Marechal Deodoro. É a chamada doca do mercado, por onde os produtos chegam para abastecer as gôndolas e, por consequência, os clientes.
Daqui do Due Fratelli, do privilegiadíssimo décimo segundo andar ocupado pela Som Maior e pelo 4oito, temos uma vista privilegiada, por exemplo, desse ponto citado acima. Em um brevíssimo intervalo entre uma matéria e outra, espiava para aquelas bandas pela vidraça. E vi o caminhão da foto vindo na contramão por outra pequena rua desses arredores, a Domingos Darós, que tem apenas uma quadra. Nessa rua está, entre algumas casas, o Hotel Colle. Essa rua tem mão única, no sentido da Marcos Rovaris para a Martinho Acácio Gomes, aquela rua da doca do Angeloni.
Certo. O caminhão em questão estava abastecendo o supermercado. Ao deixar a doca, se deparou com uma surpresa não muito agradável do trânsito: carros estacionados nos dois lados da via. Ok, pode, mas não tão perto da saída da doca. Resultado: é geometricamente impossível que o caminhão manobre no sentido de deixar a doca e convergir na Martinho Acácio Gomes em direção à Marechal Deodoro, que seria o fluxo correto. Logo, o caminhão foi obrigado a fazer os poucos metros da Domingos Darós na contramão para chegar à Marcos Rovaris e, então, tomar seu rumo.
Calculei, a grosso modo, que o caminhão teria dificuldades para vencer a esquina, mas o habilidoso motorista passou sem qualquer risco aos carros já colocados pela Marcos Rovaris. E um desses automóveis, que vinha ao não muito longe em razoável velocidade por esta via, por poucos metros não se deparou com o caminhão vindo da necessária contramão para seguir seu rumo. Um improviso mais que necessário, mas fica a dica aos motoristas que mal aproveitam o espaço de estacionamento nos fundos do Angeloni: deixem espaço de manobra para os caminhões.
Por Denis Luciano
27/05/2020 - 10:48 Atualizado em 27/05/2020 - 11:01
Ontem foi realizada a reunião do Conselho Consultivo do Criciúma. Ex-presidentes da executiva e do Conselho Deliberativo foram ouvidos. Em pauta, a busca de alternativas para o futuro do clube depois do fim da parceria com a GA e da gestão do presidente Jaime Dal Farra, que vai ocorrer quando a temporada acabar, lá por dezembro ou janeiro.
A reunião contou com a presença de apenas três ex-presidentes: Milton Carvalho, Voimer Conti e Guido Búrigo. Guido representou Moacir Fernandes. Sobre ela, escrevo mais abaixo.
Antenor e Vadão
Muitos queriam colocar na conversa da sucessão um nome histórico do Criciúma, e pivô da última grande guinada do Tigre: Antenor Angeloni. Ele segue silencioso, recluso, e assim deverá continuar, a exemplo do seu irmão Arnaldo. Está, conforme os mais íntimos da família, descartado qualquer retorno deles à rotina do Tigre.
Um canal que temos, vez por outra, para saber algo do ex-presidente é a professora Maria Inês Salvador Cesca, mãe da Vandressa, a esposa de Antenor. Ela fez uma postagem ontem nas redes sociais referindo Antenor. Ela mencionou a tristeza dele com a morte do técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, a quem chamou de amigo. Foi com Vadão como técnico que Angeloni e o Criciúma ganharam o último título tricolor, o Campeonato Catarinense de 2013. Confira abaixo a postagem:
Reprodução / Facebook
E o futuro?
Sobre o futuro do Criciúma, conversei nesta manhã, na Som Maior, com o presidente do Conselho Deliberativo. Carlos Henrique Alamini segue reticente e sem novidades. "É muito cedo para a gente ter uma proposta de administração do Criciúma", falou. "Nós nos reunimos para começarmos a enriquecer uma nova gestão, mesmo sabendo que tudo isso vai ser analisado e aprovado no Conselho. Fizemos a reunião com os ex-presidentes buscando informações, para termos um norte", destacou.
Alamini entende que a reunião foi importante, embora não contando com muitos ex-presidentes participando. "Vamos fazer outras reuniões. Enquanto não tivermos uma proposta oficial vamos em busca de alternativas. O que não pode acontecer é chegar no fim de dezembro sem uma solução", destacou. Ele entende que o Criciúma "caminha a passos largos rumo a uma solução".
Para o presidente do Conselho, "o bom Estatuto" que o Criciúma tem garante a manutenção da estrutura. "A proposta que vier será analisada pelo Conselho, a melhor será aprovada", diz. "O que tem que ter é o dinheiro na frente com a proposta de gestão atrás", responde, quando indagado sobre o modelo a ser adotado: se um presidencialismo ao modo antigo, se uma S.A. ou se uma parceria ao estilo GA. "O que importa agora é respaldo financeiro", sublinha.
O contrato atual garante ao Criciúma a entrega da gestão sem dívidas no fim da parceria com Jaime Dal Farra. "O clube volta realmente zerado e com patrimõnio 100% dele. Para o investidor, ele teve a oportunidade de obter lucro. Lógico, ter um bom time e automaticamente ter retorno disso aí", reforça. "As duas partes foram muito felizes no atual contrato, e até dezembro haja essa transição e que a gente não vai ter problemas nessa transição até o fim do ano", salienta.
Carlos Alamini, presidente do Conselho do Tigre / Arquivo / 4oito
Surgiu algum candidato a investidor?
"Desde que eu me conheço como presidente do Conselho, sempre há especuladores", diz, quando questionado sobre interessados. "Mas tinha o contrato do Jaime. No dia 13 de maio recebemos o pedido de rescisão e no dia seguinte, já recebemos especulação. Mas nada com muita base. Simplesmente interessados em passar para algum empresário e investidor", revela.
Alamini lembra que os balanços do clube estão em dia. Ou seja, transparência para o futuro gestor. "Para início de conversa, não precisa nem procurar a diretoria, já está tudo na página do clube na internet. A partir daquilo ali vem a proposta e a negociação. Mas por enquanto, sobre futuros parceiros, só especulação", garante. "Na hora certa a gente divulga isso", conclui.
Por Denis Luciano
27/05/2020 - 16:07 Atualizado em 27/05/2020 - 16:12
A possível transferência das eleições municipais de outubro para novembro ou dezembro - o próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já admitiu essa hipótese - ajuda a animar um pouco mais o MDB em Criciúma. O partido que passou de protagonista a coadjuvante nas disputas mais recentes em Criciúma "está apostando na renovação". A garantia é do ex-vice-prefeito e ex-secretário municipal de Saúde, Gelson Fernandes, um dos coordenadores da campanha ao Paço.
"O Aníbal será o grande fato novo da eleição. Um homem novo na política, com um discurso novo, uma prática diferente. Um candidato leve", defendeu Gelson, que já teve experiência no Paço. Foi com ele como vice que o MDB, então PMDB, venceu uma eleição pela última vez em Criciúma. Um "venceu" questionável por muitos, já que foi na disputa de 2004, vencida no voto por Décio Góes (PT) que acabou cassado, o que fez da chapa Anderlei Antonelli e Gelson Fernandes, a segunda colocada, a vitoriosa no fim das contas. A dupla fez, na ocasião, 30.364 votos, o equivalente a 45,8% excluindo os sufrágios em Décio.
Aníbal Dário, o candidato do MDB à prefeitura / Arquivo / 4oito
Mas a construção da candidatura de Aníbal Dário é um desafio para o MDB. "É, a gente precisa de um pouco mais de tempo para apresenta-lo, mas ele é bastante conhecido nos bairros, pelo trabalho como médico, falta agora que as pessoas conheçam o Aníbal na política", apontou Gelson. Com todos os impedimentos da pandemia de Covid-19, o MDB conta que o tempo a mais que haverá com a transferência do pleito permitirá ao partido aprofundar o processo de conhecimento de Aníbal Dário no processo. "Estamos trabalhando em reuniões por grupos, com pequenos grupos de pré-candidatos a vereador e lideranças. E o Aníbal vai se desincompatibilizar das suas atividades médicas para dar atenção total à campanha", reforçou o ex-vice-prefeito, que demonstra otimismo.
Otimismo do MDB embora o reconhecido poderio de votos de Clésio Salvaro (PSDB), do qual os emedebistas já foram concorrentes desde 2004. A última vitória do MDB, antes do episódio com Antonelli e o petista Décio em 2004, se deu em 1996, com o ex-secretário Paulo Meller coligado a Maria Dal Farra Naspolini (PSDB) ganhando a disputa com 47,2% dos votos contra Altair Guidi (PPB), Décio Góes (PT), Moacir Fernandes (PFL) e Robak Barros (PCdoB).
O cenário atual, ainda um pouco congestionado, aponta, por enquanto, para o MDB com chapa pura. "Sim, temos alguns nomes que despontam para uma chapa pura", reconheceu Gelson. Uma dessas alternativas é a ex-vereadora Tati Teixeira, que já tentou concorrer a vice na disputa passada, em 2016, naufragando na chapa desistente na ocasião liderada pelo ex-deputado estadual Cleiton Salvaro (PSB). Tati estava no PSD na época.
Nos bastidores, comenta-se sobre outras duas possibilidades de composição de chapa: possível aproximação com o PDT ou então com o PSL. Os pedetistas estão mantendo o deputado estadual Rodrigo Minotto como pré-candidato a prefeito, e o partido do governador Carlos Moisés faz o mesmo com o vereador Júlio Kaminski. Mas há quem aposte que os três partidos poderão figurar no mesmo palanque. A conferir.
E lembrar que despontam, ainda, as pré-candidaturas de Júlia Zanatta (PL), Francisco Balthazar (PT), Ederson da Silva (PSTU), Douglas Mattos (PCdoB) e André Cardoso (PRTB), além do prefeito Salvaro em busca da reeleição.
A história
Abaixo, um histórico do MDB em eleições para prefeito em Criciúma:
O MDB em Criciúma
2016 - Acélio Casagrande (PMDB) foi vice de Márcio Búrigo (PP). Perderam para Clésio Salvaro (PSDB) e terminaram em segundo lugar com 13.018 votos, 11,91%.
2013 - Em eleição suplementar, Ronaldo Benedet (PMDB) concorreu a prefeito, com Douglas Mattos (PCdoB) de vice. Segundo lugar com 12.629 votos, 11,89%. Perderam para Márcio Búrigo (PP).
2012 - Romanna Remor (PMDB) com José Paulo Serafim (PT) de vice somou 21.415 votos. Clésio Salvaro somou mais, mas foi cassado e uma nova eleição precisou ser realizada.
2008 - Acélio Casagrande (PMDB) com Celso Menezes (PFL) de vice, terceiro lugar com 22.528 votos, 20,5%, atrás de Clésio Salvaro (PSDB) e Décio Góes (PT).
2004 - Anderlei Antonelli (PMDB) e Gelson Fernandes (PMDB) terminaram em segundo lugar com 30.364 votos, mas com a cassação de Décio Góes (PT), conseguiram vencer.
2000 - Eduardo Moreira (PMDB) e Maria Dal Farra Naspolini (PMDB) fizeram 38.465 votos, 40,39%, e terminaram em segundo lugar, atrás de Décio Góes (PT).
1996 - Paulo Meller (PMDB) venceu a eleição, com Maria Dal Farra Naspolini (PSDB) de vice. Somaram 40.604 votos, 47,2%, e superaram Altair Guidi (PPB), Décio Góes (PT), Moacir Fernandes (PFL) e Robak Barros (PCdoB).
1992 - Eduardo Moreira (PMDB) ganhou, com Anderlei Antonelli (PSDB) de vice. Somaram 32.721 votos, 42%, e superaram Moacir Fernandes (PFL), Milton Mendes (PT), Ênio Coan (PL) e Vilmar Bonetti (PDT).
1988 - O PMDB com Eduardo Moreira prefeito e Ronaldo Benedet vice perdeu para Altair Guidi (PDS). O PMDB fez 26.362 votos, 33,9%.
1982 - José Augusto Hülse (PMDB) venceu, com 18.533 votos, 32,4%. Roseval Alves (PMDB) era o vice. Foi a eleição das sublegendas. Hülse era PMDB 2. PMDB 1 era Lírio Rosso, e o PDS perdeu com os candidatos Nereu Guidi e Algemiro Manique Barreto.
Por Denis Luciano
28/05/2020 - 15:33 Atualizado em 28/05/2020 - 15:34
Claro que depois do acontecido é bem mais fácil, mas que o presidente Jaime Dal Farra vinha dando sinais de esgotamento do seu projeto no Criciúma, isso era fato. Mais um desses sinais está dado agora. O advogado Albert Zilli dos Santos está deixando a direção jurídica do clube. A saída dele e a posse na função do advogado Rodrigo Sakae foram anunciadas por nota oficial do Criciúma há pouco:
O Dr. Rodrigo da Silva Sakae, OAB/SC 27.116, assumiu a diretoria jurídica do Criciúma Esporte Clube na última segunda-feira (25/05).
Com 37 anos, Sakae atua como advogado desportivo desde 2009, é ex-auditor da Liga Florianopolitana de Futebol (Liff) e já foi assessor jurídico do Criciúma de 2011 a 2014, ocasião em que se tornou procurador constituído do clube para defesa nos órgãos de Justiça Desportiva, prestando consultoria e assessoria de direito desportivo desde então.
Atualmente, é vice-presidente da Comissão de Direito Desportivo da OAB/SC - Subseção de Criciúma, e membro efetivo da Comissão de Direito Desportivo da OAB/SC.
O Criciúma agradece o empenho e dedicação do Dr. Albert Zilli dos Santos no desempenho desta importante função.
Sakae já tem um tempo de atuação pelo Criciúma. É competente, jovem e tem bom trânsito. Auxiliava Albert em diversas demandas e inclusive acabava atuando até mais que o titular na rotina do clube. Albert tinha a visão global do juridiquês no Criciúma. Conhece como poucos os pormenores do contrato da GA com o Criciúma. E isso não vem de agora. Ele foi um agente importantíssimo na consolidação oficial da parceria original, ainda com o presidente Antenor Angeloni.
Há quem diga, inclusive, que Albert teve um papel fundamental na formatação que conferiu aos parceiros, Angeloni e depois Jaime Dal Farra, confiança para fechar negócios de tamanha responsabilidade, como eram o caso de assumir o clube e deixa-lo, sem garantias de lucratividade ao fim do período, enxuto, sem dívidas e com o patrimônio em dia. Albert, enquanto advogado competente que é, participou decisivamente nas duas transições, na que colocou Antenor Angeloni e na que fez de Jaime Dal Farra o sucessor à frente da GA.
Albert em um dos tantos pronunciamentos em meio a crises do Criciúma.
Ele fez parte ativa do Tigre pelo menos nos últimos oito anos.
E não foram poucas vezes que o advogado foi até o Conselho Deliberativo explicar o contrato, tirar dúvidas e abafar crises. Foram várias, desde os destemperos do presidente Dal Farra nas brigas com torcida, imprensa e até outros clubes, passando pelo embate fortíssimo recente com a Federação Catarinense de Futebol (FCF). Albert foi um contemporizador, um contorno às crises com a sua experiência embasada nas leis. Contribuiu e muito para a nova fase que vive o Criciúma, que sairá de mais uma transição assim como apregoa o contrato da GA: livre de dívidas e zerado para a nova turma que vier.
Agora, o cenário é outro: sem lixo acumulado nem atirado no chão, lixeira limpa e pronta para cumprir sua missão.
O acúmulo chamou a atenção da Racli, a empresa contratada pela prefeitura para cuidar disso. É que os seus representantes garantem, como assinalou a matéria do 4oito, que a coleta é diária por ali. Também pudera, zona de grande concentração, muita gente passando, sinal que, ao menos, as pessoas estão utilizando a lixeira. Menos mal.
Ainda sobre lixo na área central, fizemos há oito meses, no começo de setembro, uma apuração sobre a quantidade de resíduos descartados na Praça Nereu Ramos e entorno em um dia normal de comércio aberto e atividades a pleno. À época, nem se falava de pandemia, de Covid-19 e muito menos de isolamento social.
O cálculo da turma da limpeza urbana apontava para até seis contêineres de lixo gerados em um dia movimentado. E essa mesma turma calcula que passavam por dia - antes da pandemia - 5 mil pessoas pela Nereu Ramos. Se cada um arremessasse um lixo qualquer no chão - como muitos fazem - seriam 5 mil itens de imundícies em geral para emporcalhar a cidade e dar mais trabalho aos dez garis que se revezam no coração da cidade.
Ou seja, para manter as lixeiras em ordem, claro que a Racli precisa estar atenta, limpando. Mas a população pode fazer a sua parte também.
Por Denis Luciano
29/05/2020 - 16:10 Atualizado em 29/05/2020 - 16:21
Você está saindo de Nova Veneza com direção a Criciúma. Passa pelo distrito de Caravaggio. Tem o morro da Rodovia José Spillere, um pouco adiante do Santuário, já na SC-447. Vencido o morro e algumas curvas, alcança a Metalúrgica MDS e, em seguida, o limite com Criciúma. Dali veio um alerta pelas redes sociais no fim da manhã desta sexta-feira, 29.
"Fiquem atentos na hora de descer ali na MDS, depois da curva. Tem um declínio, não sei se o asfalto está cedendo, quase fui para a grota", contou um motorista que passava pelo local. "Vão um pouco mais devagar que o asfalto está cedendo. Não sei quem é o responsável ali", referiu. "Precisam arrumar antes que aconteça alguma coisa mais grave ali", completou.
O assunto chegou ao conhecimento do coordenador regional de Infraestrutura, o antigo Deinfra, Gustavo Taufembach. E ele respondeu via rede social. Na resposta, referiu que de fato o trecho está sendo analisado e um paliativo será feito nos próximos dias para corrigir o trecho. A solução definitiva depende de uma adequação nos contratos de conservação das rodovias. Confira a nota abaixo:
Boa tarde, amigo. Obrigado por externar vossa preocupação.
Já realizamos algumas análises no trecho de modo que pudéssemos aplicar a melhor solução no local. Estaremos realizando nos próximos dias algo paliativo para amenizar esse desnível e gerar mais segurança para o usuário, para que em um segundo momento possamos realizar a solução definitiva (algo que não conseguimos hoje, pela necessidade de uma adequação em nosso contrato de conservação rodoviária).
Espero no início da semana que vem realizar essa intervenção paliativa.
De todo modo, estamos a disposição para todo e qualquer esclarecimento.
Ou seja, alerta reforçado para quem está transitando de Nova Veneza para Criciúma via Caravaggio: a curva pós MDS tem uma saliência no asfalto que, em caso de velocidade um pouco maior, pode "levar o motorista para a grota", como alertou o citado acima.
Por Denis Luciano
29/05/2020 - 17:13 Atualizado em 29/05/2020 - 17:19
"Não precisamos recorrer à China. Temos coisa boa em Santa Catarina". O comentário foi feito por um dos que testemunharam os testes nos dez respiradores recebidos pelo Hospital São José no fim da manhã desta sexta-feira, 29. Os aparelhos, fabricados pela WEG, de Jaraguá do Sul, foram adquiridos pelo Governo do Estado e entregues em menos de uma semana. Tanto que o HSJ recebeu os seus dez do primeiro lote, de 100, apenas uma semana depois do anúncio da compra pelo Estado junto à empresa.
Os aparelhos funcionaram perfeitamente nos testes feitos pelos profissionais e médicos do HSJ. "Olha que bacana o pulmão artificial fazendo o respirador funcionar", comentou outra testemunha dos testes.
Eles já vão para equipar dez dos 40 leitos que estão prontos, e que aguardam apenas pelos equipamentos para estarem aptos ao uso por pacientes, tanto de Covid-19 quanto, futuramente, de quaisquer outras doenças respiratórias. Antes disso, o HSJ já contava com 45 leitos equipados com respiradores. Agora, são 55.
Virão mais 400 desses equipamentos para o Estado. Esses primeiros 100 foram entregues, também, para os hospitais São José de Joinville (10), Regional de Chapecó (10), Marieta Bornhausen de Itajaí (20), Tereza Ramos de Lages (13), Terezinha Basso de São Miguel d´Oeste (10), OASE de Timbó (10) e Azambuja de Brusque (10).
A WEG fechou acordo com o Ministério da Saúde e fornecerá 950 respiradores para o Governo Federal. Entregará 200 neste fim de semana, 300 em junho e 450 em julho.
Cabe lembrar que esses 500 respiradores comprados por Santa Catarina tiveram valor unitário de R$ 60 mil com a WEG, enquanto os adquiridos via Veigamed e que resultaram na CPI dos Respiradores custaram cerca de R$ 165 mil por unidade, e os 50 que já chegaram acabaram apreendidos pela Receita Federal. Por doação, foram repassados à Secretaria de Estado da Saúde. Ainda não se tem notícia nem da chegada dos demais 150 nem da condição de uso desses equipamentos, que ainda passarão por revisão técnica.
Comboio na chegada dos respiradores
A operação de recepção dos respiradores também foi digna de destaque. Um comboio monitorado pela coordenação regional de Defesa Civil aguardou o caminhão com os equipamentos na entrada da Via Rápida. A Polícia Militar fez um forte esquema e acompanhou tanto a entrega dos dez no HSJ quanto dos outros quatro - de lotes do próprio Estado, não os da WEG - encaminhados ao Hospital Materno Infantil Santa Catarina.
Por Denis Luciano
01/06/2020 - 08:35 Atualizado em 01/06/2020 - 08:43
A cena é da Rua Júlio Gaidzinski. Da manhã desta segunda-feira, 1. Defronte à obra de construção do Santa Vita Saúde Center. Do outro lado da rua, o Hospital São José. A obra fez desaparecer um grande estacionamento que ali acolhia centenas de veículos. Natural que esteja faltando lugar para os carros, e que os estacionamentos remanescentes estejam ainda mais lotados. Mas o progresso faz dessas coisas.
Rua Júlio Gaidzinski na manhã desta segunda-feira
Porém, o progresso não é, no seu construir, porta de entrada para a transgressão. Se não pode estacionar sobre a calçada, não pode. Simples assim. E, neste caso, o infrator não é apenas um. São vários, como mostra a foto. Essa calçada, indo em frente, leva ao Centro de Triagem Coronavírus, que a prefeitura mantém há dois meses no antigo Posto de Atendimento Médico (PAM) central.
O ouvinte da Som Maior, ao flagrar a cena há pouco, disparou:
Rua Júlio Gaidzinski, em Criciúma. Lateral do Hospital São José, em frente obra em andamento. Cadê a guarda municipal??
Perto dali tem a Rua João Cechinel. A que passa em frente ao Pronto Socorro do Hospital São José. Uma via de grande fluxo, das mais movimentadas de Criciúma. São três pistas, a da direita que converge no sentido de Mina Brasil, São Simão e Cocal do Sul. A central que, preferencialmente, leva em frente, no sentido da Rua Santo Antônio. E a da direita que é passagem para a Rua Coronel Pedro Benedet, no sentido do Centro.
Na João Cechinel, a turma estaciona debaixo da placa que proíbe
Certo, mas a pista da esquerda da João Cechinel, aquela que fica no lado oposto ao do hospital, é ponto constante de uma divergência irritante do trânsito criciumense e que já gerou muitas multas. As placas ali colocadas são claras: é proibido estacionar no trecho entre 7h e 19h. É nesse horário que a pista deve estar liberada para o trânsito. Das 19h01min às 6h59min é possível estacionar. Sem problemas. Depois disso, o motorista passa a infrator e estará sujeito a multa e guincho. Muito justo.
Outra da João Cechinel, e o pessoal estacionado onde não deve
Outro exemplo de constante infração de trânsito na cidade. As fotos não são de hoje, nem de sexta-feira, têm alguns dias a mais, mas mostram uma rotina de desrespeito.
Por Denis Luciano
01/06/2020 - 15:50 Atualizado em 01/06/2020 - 16:01
A Ana Carolina Leal é uma super torcedora do Criciúma. E jovem, 22 anos. E talentosa. É que com seus traços leves tem desenhado caricaturas de personagens vestindo a camisa do Criciúma. Assim ela fez com um grupo da crônica esportiva local - eu incluído nessa turma, para a minha honra e alegria -. A Carol é ilustradora de primeira. Está longe de Criciúma. Vive em Dublin, na Irlanda, e de lá teve uma ideia genial.
Ela bolou a campanha Ícone Tricolor. Começou desenhando as caricaturas, como já contei, de um pessoal do nosso jornalismo esportivo. Daí, lançou nas redes sociais a ideia de fazer o mesmo trabalho para os torcedores, ao custo de R$ 20 por personagem. E o valor arrecadado? Vai para quem precisa.
"Eu e minha família somos todos de Criciúma. Meu pai, Anderson Leal, sempre pedia para que eu fizesse caricaturas dele. Eu fazia, sempre com a camisa do Tigre. Os amigos viram, gostaram e começaram a pedir também. Daí veio a ideia", nos contou a Carol, lá de Dublin. "Daí bolei a campanha Ícone Tricolor. É um projeto independente que eu lancei no meu Instagram, uma campanha beneficente. Eu faço a caricatura, cada personagem custa R$ 20. Pode ser você, sua mãe, seu tio, seu vizinho. Vem aí o Dia dos Namorados também né", comentou. "E o legal é que todo esse dinheiro vai ser destinado para compra de alimentos e material de higiene para famílias de Criciúma", revelou.
"Por isso a preferência por personagens usando a camisa do Tigre. É uma campanha da nossa cidade para o nosso povo", relatou. "Ah, eu moro em Criciúma e torço para o Flamengo? Ninguém é perfeito, mas na hora de ajudar não tem camiseta", brincou. A Carol atende via Instagram para quem quiser conhecer melhor o trabalho e participar do Ícone Tricolor, levando sua caricatura e, de quebra, ajudando os necessitados. Vai lá no @carolilustra.ie e no email [email protected]. Vale a pena. Curte a caricatura do Denis Luciano aí abaixo e simbora participar!
Por Denis Luciano
02/06/2020 - 07:30 Atualizado em 02/06/2020 - 07:33
2 de junho, dia da decisão. Criciúma jamais viu festa igual. Respirou o ar amarelo, preto e branco de um dia ensolarado. Às 18h30min a bola rolou para o decisivo Criciúma x Grêmio.
"Um dia maravilhoso no Heriberto Hülse, casa cheia, o Criciúma conquistava o título e estava na Libertadores. Tratava-se de um Davi lutando contra um Golias", lembra Mário Lima, hoje narrador do Timaço da Rádio Som Maior e que naquele dia, há exatos 29 anos, estava no Majestoso narrando Criciúma 0 x 0 Grêmio.
"A torcida começou a gritar campeão depois dos 40", lembra Roberto Cavalo, então volante da equipe, hoje treinador do Criciúma. "Daqui a pouco começou a pular gente, em um minuto o campo lotou", recorda. "O jogo com o Grêmio aqui foi mais difícil que o 1 a 1 lá de Porto Alegre", resgata Vanderlei, um dos líderes daquela equipe. "Alma, garra e coração. Era o Criciúma", pontua Roberto Cavalo.
"Se tivesse que comer grama, a gente comia", garante Itá, com a garra de sempre. A liderança de Luiz Felipe Scolari fazia a diferença. "O Felipão tinha o jeito dele, de tomar o chimarrão, debaixo da árvore. Fazia uma família de confiança", observa Cavalo. "Nós jogávamos por música. Eu digo sem medo de errar, nós éramos o melhor time do Brasil", destaca Itá. "O grupo não precisava de treinador. O Gonzaga estava de treinador", completa o capitão. "Mesmo com o Gonzaga como técnico a gente seria campeão. O time estava embalado", relata Vanderlei.
Era um domingo aquele 2 de junho de 91, dia de festa em Criciúma
Tempos de saudosismo para Vilmar, o zagueiro da época que, de cabeça, fez o gol mais importante da história do Criciúma, o do 1 a 1 na partida de ida da decisão, no dia 30 de maio, em Porto Alegre. "De vez em quando, a gente pensa, a gente não deveria ficar velho. É a ironia do destino", assinala. "Lembro que naquela hora o Cavalo cobrou uma falta que era ensaiada. Eu cheguei atrasado, estou voltando, por felicidade a bola veio no local certo, fiz aquele belo gol, graças a Deus", completa Vilmar. "É uma história que passou na minha vida que nunca vou esquecer. Que venha outro e faça um gol de Copa do Brasil para o Criciúma também", conclui.
O Criciúma comemora, nesta terça-feira, 2, os 29 anos da histórica conquista, a mais importante da história para Santa Catarina, em um momento de incertezas. Classificado às quartas de final do Campeonato Catarinense, vai jogar a Série C do Campeonato Brasileiro pela quarta vez na história e vai para mais uma transição administrativa. Mas a história não morre e lá está, de novo, o calendário a lembrar o 2 de junho. E esse time campeão: Alexandre, Sarandi, Vilmar, Altair e Itá, Roberto Cavalo, Gelson e Grizzo (Vanderlei), Zé Roberto, Soares e Jairo Lenzi.
No podcast abaixo, uma reportagem que geramos em 2011 para, na ocasião, registrar os 20 anos da conquista da Copa do Brasil pelo Tigre. Vale recordar:
Por Denis Luciano
02/06/2020 - 15:25 Atualizado em 02/06/2020 - 15:32
Dos 666 pacientes de Covid-19 reconhecidos nos municípios da região carbonífera até o fim da tarde desta segunda-feira, 1, havia 457 curados. Um índice elevado, de 68%. Ou seja, de cada dez diagnósticos positivos para o novo coronavírus na Amrec, são sete os já livres da doença. Algo positivo, a ser comemorado.
E existem casos e casos. O dessa senhora do vídeo, de 97 anos, ainda não está na estatística, mas deve ser muito enaltecido.
Quase centenária, ela é certamente a paciente de idade mais avançada a deixar atendimento hospitalar por contaminação pelo coronavírus em Criciúma. No relatório de ontem, a cidade contabilizava 421 casos positivados, com 305 curas, o equivalente a 72% dos pacientes. A senhora que hoje deu alta sob os aplausos engrossará esse cálculo no próximo relatório.
A relação de ontem divulgada pela Vigilância em Saúde apontava que, em Criciúma, 1,2% dos 421 pacientes tinham 80 anos ou mais, justamente a faixa da senhora curada do vídeo acima.
E o gráfico abaixo, também de ontem, aponta para o índice crescente de recuperados, em aceleração constante, com a natural queda dos casos ativos, aqueles que ainda requerem tratamento.
Criciúma tinha, até o fim da tarde passada, 16 pacientes internados por Covid-19, seis em UTI e dez em clínica. Desses, 11 criciumenses e cinco de cidades vizinhas.
Os números apontam: por mais que o número de casos aumente, e tenhamos que lamentar profundamente os nove óbitos já ocorridos, temos bons resultados na luta contra o vírus. Resultado das ações rápidas e profícuas adotadas pela prefeitura e a boa atuação de retaguarda dos nossos hospitais, médicos e demais profissionais de saúde. Estamos vencendo a luta!
Por Denis Luciano
03/06/2020 - 11:15 Atualizado em 03/06/2020 - 11:18
Corre com força, nas últimas horas, o boato de que Jaime Dal Farra estaria antecipando sua renúncia à presidência do Criciúma. Que a entrega do mandato já estaria ocorrendo. Cabe lembrar que Dal Farra formalizou o rompimento da parceria e que, ato contínuo, deixa oficialmente a presidência no fim da temporada. Uma antecipação agora geraria, no mínimo, um impasse institucional, já que não há uma nova diretoria ainda preparada.
"Descarta. Sem chance", garantiu fonte muito próxima a Dal Farra na manhã desta quarta-feira, 3, em contato com o blog. "Chegou ao Jaime essa pergunta, que ele teria antecipado a renúncia, mas não confere. A chance é zero. Em nenhum momento foi tratado disso", reforçou a fonte. Está reforçado que a GA, e Dal Farra, continuam no Criciúma até o fim da temporada.
Um fator que ajuda Dal Farra no argumento de continuar, na mesma linha do que assegurou no recente pronunciamento, é o não aparecimento, até agora, de interessados com propostas concretas para assumir o Criciúma. Não existe qualquer proposta de transição, ainda, mas Dal Farra tem dito às pessoas próximas que está disposto a uma saída negociada "de acordo com o interesse de todos". Ele admite sair antes, em caso de acordo, para dar controle total à nova gestão, ou então ficar o tempo necessário por conta dos vínculos dos jogadores que possui, dentro do que é estabelecido no contrato entre GA e Criciúma.
Em caso de renúncia de Dal Farra, quem assumiria a presidência seria o vice de Finanças do clube, Valcir Montovani.
Mas o presidente segue na ativa. Ontem, participou de reunião online da SC Clubes, que tratou do decreto do governador Carlos Moisés sobre a volta do futebol. Os clubes consideraram o decreto confuso, mas fecharam questão em torno da seguinte interpretação: não tem futebol até o dia 5 de julho, e quando chegar o dia 5 pode haver uma nova orientação do Governo do Estado, conforme o andamento da pandemia de Covid-19, no sentido de prorrogar ou não as medidas de isolamento. Por isso, a volta do Campeonato Catarinense não será, ao menos por enquanto, marcada para o dia 8 de julho, como vinha sendo especulado.
A retomada de jogos e também de treinamentos vai depender, ainda, de novas conversas entre os clubes e os prefeitos das suas respectivas cidades. Há casos mais complexos, como Chapecó e Concórdia, onde houve disparadas recentes nos índices de Covid-19, e a municipalização das decisões, determinada pelo governador Carlos Moisés, deve colaborar nessa unificação do discurso no caso do futebol. Mas uma coisa é certa: Criciúma x Marcílio Dias e os demais jogos da retomada do Campeonato Catarinense não têm data para ocorrer. Ainda.
Por Denis Luciano
03/06/2020 - 15:50 Atualizado em 03/06/2020 - 18:51
Como já havia prometido, o governador Carlos Moisés está processando o deputado estadual Jessé Lopes por injúria e difamação. Em queixa-crime ao Tribunal de Justiça, Moisés pede prisão por até 1 ano e quatro meses do parlamentar além de indenização de R$ 120 mil. A advogada de Moisés no pedido de indenização é a filha dele, Raíssa Martins da Silva. Já na queixa-crime o governador é defenddido pelo advogado Marcos Probst. A informação é do jornalista Upiara Boschi, no NSC Total.
Na ação, consta que o conteúdo postado por Jessé Lopes “tomou proporção assustadora na rede social WhatsApp” e que “em segundos, um número incalculável de pessoas recebeu a postagem difamante e injuriosa do Querelado, sendo impossível o reestabelecimento do status quo ante, com a verdade dos fatos”, e que assim “centenas de perfis na rede social Twitter passaram a comentar o caso de forma jocosa, exaurindo a intenção primeira do querelado: difamar e injuriar o governador do Estado, ofendendo sua reputação, dignidade e decoro”.
É citado, ainda, que Jessé apagou a postagem quatro horas depois da publicação e que, posteriormente, distribuiu uma nota de esclarecimento mas, a essa altura, a postagem do deputado já havia se espalhado pelo país, em uma “situação desonrosa trouxe tamanho constrangimento ao governador do Estado e seus familiares que fora necessária sua manifestação formal acerca dos fatos”. A defesa de Carlos Moisés argumenta, também, que a postagem atingiu a imagem da Assembleia Legislativa, mencionando a nota divulgada pelo presidente da Casa, deputado Júlio Garcia, em desagravo à atitude do parlamentar. A queixa-crime refere que o caso em questão foge à regra da imunidade do deputado, mas é por conta disso que foi encaminhada junto ao TJSC.
Sobre a ação de indenização, veículos de comunicação e jornalistas que mencionaram a postagem de Jessé são citados, e repercussões da rede social também. O vídeo publicado depois por Jessé é colocado como uma confissão de "que se baseou em meros boatos para divulgar a informação e, mais que isso, reconhece ter ferido a honra do requerente e sua família com tamanha leviandade”.
Por Denis Luciano
05/06/2020 - 09:07 Atualizado em 05/06/2020 - 09:09
O glamour atual do futebol - e o peso econômico necessário para ganhar uma Copa do Brasil - certamente não permitirão mais cenas como esta. Cada vez mais, uma conquista dessa se comemora em recintos fechados, exclusivos e por times milionários. Mas nem sempre foi assim. Que o diga o Criciúma de 1991.
Das muitas histórias que cercam a histórica conquista de 1991 - da qual comemoramos 29 anos nesta semana - uma delas trata da festa com a taça da Copa do Brasil de mão em mão, chegando aos bares na madrugada posterior ao 0 a 0 que valeu o título diante do Grêmio, na noite daquele domingo, 2 de junho, no estádio Heriberto Hülse.
É verdade. Teve a taça definitiva, a principal, aquela que está exposta na galeria do Majestoso, a que mais se salienta nas imagens da época e que, naturalmente, foi carregada por todos os jogadores naquelas horas de festança posteriores à enorme conquista, que valeu inédita vaga na Taça Libertadores da América.
E teve outra taça. Era comum - ainda acontece - de outras taças serem entregues por ocasião da mesma conquista. E uma dessas, tão bonita quanto a titular, terminou aquela noite no "Limão, Tragos & Truques", como lembrou a sempre atenta Irene Godoy Costa na sua rede social:
Interessante analisar as fotos, e lembrar desses tempos "raiz" do futebol. Nessa primeira, Itá, Roberto Cavalo (com um copão na mão) e Sarandi.
Na segunda foto, Grizzo e Cavalo no meio da turma.
E na terceira foto, a taça chegou em outra mesa.
Vamos identificar essa turma que está festejando? 29 anos se passaram e muitos deles andam por aí. Aceitamos colaborações para, em futura postagem, escalar esse time da pesada das fotos acima. E viva o Tigre!
Por Denis Luciano
05/06/2020 - 15:23 Atualizado em 05/06/2020 - 15:25
O ex-presidente Fernando Collor de Mello foi um desses políticos que alterou sua postura nas redes sociais. E tem feito delas terreno fértil para abandonar a sisudez que sempre o caracterizou na vida pública, tornando-o um senhor mais afável, compreensivo com as críticas e até brincalhão. Nada a ver com aquele Collor que se notabilizou esbaforido, de língua afiada e altamente desconfiado em suas aparições pós impeachment, em particular ao longo dos anos 90. Não há como esquecer, por exemplo, a histórica entrevista à jornalista Sônia Bridi, em março de 1997.
Foi nessa entrevista que Collor disparou frases até hoje repetidas, como "isso é uma mentira, uma pantomima, uma patuscada", ou "eu repilo isso, com toda a veemência da minha força". Ele reclamava que, tão investigado que fora nas épocas da perda do mandato, entendia que se encontrava perseguido pela Justiça. "É uma mentira da Receita Federal, é uma mentira da Receita Federal, mentira da Receita Federal", repetiu, depois, quando indagado sobre a intrincada Operação Uruguai. "A seara de podridão que virou esse governo em termos de perseguição", apontou, a certa altura, em crítica ao então presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Filhotinha, você está desinformada", chegou a falar, quando questionado pela jornalista sobre a possibilidade de concorrer à presidência em 1998. Vale relembrar a entrevista:
Collor ensaiou um retorno às urnas em 2000 quando, filiado ao PRTB (partido do bigodudo Levy Fidélix e do atual vice-presidente, Hamilton Mourão) tentou concorrer a prefeito de São Paulo. Chegou até a participar de debates mas acabou impedido de disputar a eleição. Voltou às urnas em 2002, ficando em segundo lugar na eleição ao governo de Alagoas. Elegeu-se senador em 2006, ainda pelo PRTB, logo migrando para o PTB.
No exercício desse mandato, proporcionou outra que foi para a história: um forte bate boca em plenário com o então senador Pedro Simon (MDB-RS) no qual fitava o colega de forma grave e disparava, bem ao estilo do seu vernáculo, respostas do nível "palavras que eu quero que o senhor as engula, e as digira como julgar conveniente", ou ainda "nem o senhor, nem quem mais esteja deblaterando como o senhor deblatera, parlapatão que é desta tribuna". Collor discordava de Simon que pedia a renúncia de José Sarney da presidência do Senado. Também vale recordar, para comparar com o Collor dócil nas redes agora.
Em 2010, voltou a concorrer a governador em seu estado, carregando o jingle "é Lula apoiando Dilma, é Dilma apoiando Collor". Não deu certo. Perdeu de novo. Reelegeu-se senador em 2014, começando o mandato que vai até 2002, transferindo-se em 2016 do PTB para o PTC. Em 2019, trocou de novo de partido, do PTC para o PROS.
De uns tempos para cá, o Twitter do ex-presidente vem sendo leitura obrigatória para quem é da política. Pela forma divertida com que interage e pelas respostas que dá às perguntas mais simples e até às mais desaforadas. Outro dia, pediu desculpas pelo confisco da poupança no início do seu governo, em 1990. Hoje, ele tratou de Dia Mundial do Meio Ambiente da seguinte forma:
Reprodução / Twitter
"Cortina de fumaça para toldar o mastodôntico escândalo nacional", desabafou, ao seu estilo, a certa altura, naquela entrevista de 97.
Por Denis Luciano
05/06/2020 - 19:58 Atualizado em 05/06/2020 - 20:01
O prefeito Clésio Salvaro autorizou por decreto a passagem dos veículos do transporte intermunicipal por Criciúma a partir da próxima segunda-feira, 8.
Na prática, essa decisão era necessária, e deverá ser seguida pelos demais prefeitos da Amrec, para a retomada do transporte entre municípios da região.
Confira a nota da prefeitura:
GOVERNO DE CRICIÚMA
NOTA OFICIAL
O Governo de Criciúma informa que, com o objetivo de retomar, de forma gradual, todas as atividades comerciais e considerando a essencialidade do transporte rodoviário com características urbanas (intermunicipal) para a região da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec), o prefeito Clésio Salvaro assinou nesta sexta-feira (5) o decreto municipal n° 719/20, que autoriza, a partir de segunda-feira (8), a circulação de veículos de transporte rodoviário intermunicipal no âmbito do município de Criciúma.
Por conta da emergência de saúde pública decorrente do novo coronavírus, no retorno de suas atividades, as empresas deverão seguir as medidas sanitárias definidas via Portaria SIE n° 321/2020, de 3 de junho de 2020, publicada no Diário Oficial Eletrônico n° 21.283, do Governo do Estado de Santa Catarina. A Administração Municipal ressalta que a autorização poderá ser reavaliada a qualquer momento, de acordo com a situação epidemiológica do município.
A Prefeitura de Criciúma reitera, ainda, que a retomada gradual das atividades do sistema integrado de transporte coletivo de Criciúma, garantida pelo decreto municipal n° 715/20, também ocorrerá na próxima segunda-feira.
Natural de Rio Grande (RS), onde começou no rádio esportivo em 1995 e trabalhou nas rádios Cultura Riograndina e Cassino. Em 2001 migrou para a Rádio ABC de Novo Hamburgo. De 2001 a 2006 atuou na Rádio Guaíba de Porto Alegre. Em 2006 transferiu-se para a Rádio Bandeirantes, de Porto Alegre. Migrou para Criciúma em 2007, onde atuou na Rádio Eldorado e teve primeira passagem na Rádio Som Maior em 2013, para a qual retornou em 2018. Atuou nas TVs Guaíba (de Porto Alegre), Litoral Sul e RTV de Criciúma. Atualmente é comentarista da NSC TV Criciúma. Graduou-se em Jornalismo pela Faculdade Satc. Trabalha com jornalismo online desde 2001.Conheça outros Blogs