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Há 29 anos, o Brasil era deles!

Voltar a 2 de junho de 1991 é lembrar o dia mais importante da história do Criciúma. E do futebol catarinense
Por Denis Luciano 02/06/2020 - 07:30 Atualizado em 02/06/2020 - 07:33

2 de junho, dia da decisão. Criciúma jamais viu festa igual. Respirou o ar amarelo, preto e branco de um dia ensolarado. Às 18h30min a bola rolou para o decisivo Criciúma x Grêmio.

"Um dia maravilhoso no Heriberto Hülse, casa cheia, o Criciúma conquistava o título e estava na Libertadores. Tratava-se de um Davi lutando contra um Golias", lembra Mário Lima, hoje narrador do Timaço da Rádio Som Maior e que naquele dia, há exatos 29 anos, estava no Majestoso narrando Criciúma 0 x 0 Grêmio.

"A torcida começou a gritar campeão depois dos 40", lembra Roberto Cavalo, então volante da equipe, hoje treinador do Criciúma. "Daqui a pouco começou a pular gente, em um minuto o campo lotou", recorda. "O jogo com o Grêmio aqui foi mais difícil que o 1 a 1 lá de Porto Alegre", resgata Vanderlei, um dos líderes daquela equipe. "Alma, garra e coração. Era o Criciúma", pontua Roberto Cavalo. 

"Se tivesse que comer grama, a gente comia", garante Itá, com a garra de sempre. A liderança de Luiz Felipe Scolari fazia a diferença. "O Felipão tinha o jeito dele, de tomar o chimarrão, debaixo da árvore. Fazia uma família de confiança", observa Cavalo. "Nós jogávamos por música. Eu digo sem medo de errar, nós éramos o melhor time do Brasil", destaca Itá. "O grupo não precisava de treinador. O Gonzaga estava de treinador", completa o capitão. "Mesmo com o Gonzaga como técnico a gente seria campeão. O time estava embalado", relata Vanderlei.

Era um domingo aquele 2 de junho de 91, dia de festa em Criciúma

Tempos de saudosismo para Vilmar, o zagueiro da época que, de cabeça, fez o gol mais importante da história do Criciúma, o do 1 a 1 na partida de ida da decisão, no dia 30 de maio, em Porto Alegre. "De vez em quando, a gente pensa, a gente não deveria ficar velho. É a ironia do destino", assinala. "Lembro que naquela hora o Cavalo cobrou uma falta que era ensaiada. Eu cheguei atrasado, estou voltando, por felicidade a bola veio no local certo, fiz aquele belo gol, graças a Deus", completa Vilmar. "É uma história que passou na minha vida que nunca vou esquecer. Que venha outro e faça um gol de Copa do Brasil para o Criciúma também", conclui.

O Criciúma comemora, nesta terça-feira, 2, os 29 anos da histórica conquista, a mais importante da história para Santa Catarina, em um momento de incertezas. Classificado às quartas de final do Campeonato Catarinense, vai jogar a Série C do Campeonato Brasileiro pela quarta vez na história e vai para mais uma transição administrativa. Mas a história não morre e lá está, de novo, o calendário a lembrar o 2 de junho. E esse time campeão: Alexandre, Sarandi, Vilmar, Altair e Itá, Roberto Cavalo, Gelson e Grizzo (Vanderlei), Zé Roberto, Soares e Jairo Lenzi.

No podcast abaixo, uma reportagem que geramos em 2011 para, na ocasião, registrar os 20 anos da conquista da Copa do Brasil pelo Tigre. Vale recordar:

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