Ir para o Conteúdo da página Ir para o Menu da página
Carregando Dados...
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Denis Luciano 19/04/2022 - 12:45 Atualizado em 19/04/2022 - 12:51

Os alertas são frequentes. O fim do Anel de Contorno Viário de Criciúma, adiante do viaduto da Vila Zuleima, representa risco. Patrícia Brasil e sua mãe Claudete souberam disso da pior forma possível. Pouco antes das 19h da última terça-feira (12) elas foram vítimas de um grave acidente no ponto onde o asfalto acaba e o chão batido em direção ao Rio Maina começa.

"A gente seguiu na via, e a via acabou", contou Patrícia, surpresa e ainda chocada, em entrevista ao Conexão Sul desta terça-feira (19) na Rádio Som Maior. . De repente, não tinha mais via. Sem qualquer indicativo de que o asfalto acabaria. Asfalto novo, em ótimo estado, com olhos de gato e, de repente, não tinha mais estrada", registrou. 

O estado que ficou o carro de Patrícia e Clarice após o capotamento

Elas vieram de Lauro Müller, onde residem, para um exame em uma clínica em Criciúma. Terminado o exame, a mãe de Patrícia, que conduzia o carro, colocou "Lauro Müller" como destino no GPS. Por proximidade, o equipamento as encaminhou ao Anel Viário. Tudo certo. Ao se aproximarem do viaduto, estranharam que vários carros convergiam à direita. Seguiram. Daí, poucos metros depois, se depararam com duas pedras no caminho. "Duas pedras, uma menor no chão, que não vimos, e uma maior. Só não morremos pois o carro bateu na pedra menor e capotou duas vezes", contou Patrícia. "Nem conseguimos entender. Estávamos na via e de repente não tinha mais estrada", reforçou.

Mais do carro depois de chegar ao fim do Anel Viário

O isolamento do lugar, tão logo ocorreu o acidente, também assustou filha e mãe. "Estava escurecendo. Ali é um lugar totalmente isolado. Felizmente não ocorreu nada de grave. Você grita por socorro ali e ninguém vê você", confirmou Patrícia. O vídeo abaixo, que gravamos em junho de 2021, confirma o risco apontado pela vítima do acidente:

Clarice, a mãe de Patrícia, se feriu e precisou ser deslocada à UPA da Próspera. "A minha mãe teve um corte perto do pulso direito, eu praticamente não tive nada, eu quebrei três dentes mas foi isso, tive algumas escoriações, algumas batidas, tudo muito leve perto do que poderia ter sido", relatou.

Já o carro teve perda total. "O carro estamos aguardando o retorno da seguradora mas provavelmente foi perda total. Ele capotou duas vezes, todos os airbags abriram, os vidros quebraram, estilhaçados, quando a seguradora trouxe o guincho teve dificuldades em virar o carro para a posição normal, o volante estava travado, o eixo dianteiro danificado, muito provavelmente foi perda total, não tem condições de recuperar o carro", informou Patrícia.

O guincho levando. Deu perda total

Ela comentou que nem ela, nem a mãe viram qualquer sinalização indicando o fim do asfalto. "Não vimos mesmo, não sei se existe essa sinalização, se existe não está cumprindo o papel dela de oferecer segurança, independente de conhecer ou não a via, a via é para todos", destacou. Comentamos, durante a entrevista, que há uma placa indicativa de fim de asfalto, mas que da última vez que lá estivemos, faz alguns meses, tratava-se de uma placa discreta e encoberta parcialmente por mato. "Eu não sou engenheira de trânsito, mas se for para ter sinalização, que seja antes do viaduto. Que aquele viaduto seja interditado, se não leva a lugar algum. Deveria ter uma placa indicando sentido obrigatório para descer à rodovia", emendou Patrícia.

Em junho do ano passado, essa era a situação da placa indicando o fim do asfalto
Foto: Denis Luciano / 4oito

A vítima comentou que até os policiais que foram acionados ficaram preocupados com a segurança do local. "Nós chamamos a polícia e o Corpo de Bombeiros, a viatura ficou ali aguardando o guincho, minha mãe foi encaminhada à UPA, a própria polícia comentou que era melhor deixar o giroflex ligado pois outros carros estavam parando ali. Nos 40 minutos que ficamos ali outros dois carros e uma moto apareceram, em velocidade também alta mas obviamente viram que havia uma viatura da polícia ali, atravessada. É um local em que as pessoas vão parar ali", contou.

Um pouco do que restou do carro da mãe e da filha acidentadas na Vila Zuleima

Outra observação feita depois do acidente, no visual de quem não conhece o lugar, é que assim que o asfalto termina, além das pedras e de um monte de areia ali colocado, há uma curva que atrapalha ainda mais. "Termina o asfalto e tem uma curva, a rua de chão batido não fica na continuidade do asfalto, a gente teria seguido por ali. O problema é que faz uma curva, acabamos nos perdendo ali sem entender o que havia acontecido. Existe de fato essa estradinha", explicou. "A gente quer que ninguém mais passe por isso. É muito ruim. Não morremos mas poderia ter sido um acidente fatal por uma coisa que pode ser remediada muito facilmente, por uma obrigação das autoridades", completou. No vídeo abaixo, mais um pouco do visual de quem chega no fim do Anel Viário na Vila Zuleima:

"Tem um impasse da obra que é do Estado, e quem tem que sinalizar é o Município. Por causa de uma situação burocrática a vida das pessoas pode estar em risco. O nosso primeiro objetivo é que providências sejam tomadas e que a sinalização seja suficiente, que as pessoas entendam que não dá para seguir por ali", sublinho Patrícia.

Assim é a estrada onde o asfalto termina. Um caos
Foto: Denis Luciano / 4oito

Com a palavra, as autoridades de trânsito. O Anel Viário foi feito pelo Estado, e enquanto rodovia ele é municipal, mas com status de estadual. Que a Diretoria de Trânsito e Transportes (DTT) e a Secretaria de Infraestrutura do Estado (SIE) conversem e resolvam com urgência. Isso não pode continuar. Vem aí a quarta etapa, a obra vai sair do papel mas, enquanto isso, muitos outros acidentes poderão ocorrer. Esse não foi o primeiro e, certamente, não será o último. Principalmente se nada for feito.

Ouça, no podcast, o relato de Patrícia Brasil à Rádio Som Maior:

 

Por Denis Luciano 18/04/2022 - 09:10 Atualizado em 18/04/2022 - 09:12

Os resultados positivos da vacinação contra a Covid-19 continuam. Tanto que todo o Sul de Santa Catarina finalizaram este domingo (17) com apenas 485 casos ativos de Covid-19. São 45 municípios. Desses, seis estão zerados, nenhum caso sequer: Treviso, na Amrec; Ermo, Morro Grande do Timbé do Sul, na Amesc; Imaruí e São Martinho, na Amurel.

Isso vem no embalo do anúncio pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, do fim da emergência de saúde pública em decorrência da Covid, em pronunciamento na noite deste domingo. 

Esses 485 positivados na região representam um decréscimo de 60 casos em poucos dias, já que o boletim de sexta-feira (15) indicava 545 casos. Na sexta eram 269 casos na Amurel. No domingo já eram 252. Ainda na sexta, 175 na Amrec, baixando a 154. Na Amesc, a queda foi de 101 para 79 registros.

Por município, o que tem mais positivados no Sul segue sendo Tubarão: 128. Depois vem Criciúma com seus 84 (eram 93 na sexta), e Laguna, com 27. Confira abaixo a lista completa dos positivados por cidade do Sul nos dados divulgados pelo Estado na noite deste domingo:

Tubarão - 128 casos
Criciúma - 84
Laguna - 27
Orleans - 19
Braço do Norte - 17
Araranguá - 16
Treze de Maio - 16
São João do Sul - 13
Cocal do Sul - 12
Grão-Pará - 11
Sombrio - 11
Balneário Gaivota - 10
Urussanga - 10
Gravatal - 9
Capivari de Baixo - 8
Içara - 8
Imbituba - 8
Sangão - 8
Forquilhinha - 7
Praia Grande - 7
Morro da Fumaça - 6
Passo de Torres - 6
Balneário Arroio do Silva - 5
Turvo - 5
Jaguaruna - 3
Siderópolis - 3
Armazém - 2
Jacinto Machado - 2
Lauro Müller - 2
Maracajá - 2
Nova Veneza - 2
Rio Fortuna - 2
São Ludgero - 2
Balneário Rincão - 1
Meleiro - 1
Pedras Grandes - 1
Pescaria Brava - 1
Santa Rosa de Lima - 1
Santa Rosa do Sul - 1
Ermo - 0
Imaruí - 0
Morro Grande - 0
São Martinho - 0
Timbé do Sul - 0
Treviso - 0

Por Denis Luciano 15/04/2022 - 09:45 Atualizado em 15/04/2022 - 09:54

No borderô, consta que 8.852 torcedores assistiram Criciúma 1 x 0 Londrina na noite desta quinta-feira (14), no Heriberto Hülse. Mas a estreia do Tigre na Série B foi assistida por muito mais gente. "Tinha uns 12 mil no estádio", arriscou o narrador Mário Lima.

A noitada começou cedo, com pré-inauguração do Tigre Sports Bar. Em seguida das 17h já tinha torcedor tomando seu chopp no novíssimo pub da cidade ali, debaixo da arquibancada do Majestoso. E a torcida se esbaldou. Matou as saudades de mais de 5 meses, de exatos 165 dias sem ver futebol na sua casa. E não parou 1 minuto.

Aquela concentração antes de a bola rolar, no pátio do Majestoso
Foto: Vitor Filomeno / 4oito

"A vibração da nossa torcida envolveu o time e nos fez ganhar o jogo também", definiu, com precisão, o técnico Cláudio Tencati.

Mas não foi um jogo qualquer. Na hora da protocolar e já tão repetitiva cerimônia dos hinos, o torcedor mostrou que estava para o jogo. Expressiva parcela cantou parte do difícil hino de Santa Catarina, desconhecido de boa parte dos catarinenses: "Sagremos num hino, de estrelas e flores... Num canto sublime de glórias e luz...".

Leia também - E deu Tigre na estreia: 1 a 0 contra o Londrina

Tão logo a bola rolou, não foi difícil perceber que o setor visitante estava, como era de se esperar, praticamente vazio. Era o clarão no Heriberto Hülse. Quatro torcedores com suas camisas azuis do Londrina e uma faixa faziam sua festa em paz. E, perto deles, um cidadão sentado, logo abaixo do placar, usando a camisa do Joinville. Cabe lembrar que o JEC está "fora de série". Novamente, sem Campeonato Brasileiro no calendário.

O torcedor solitário do JEC, sonhando com a volta aos bons tempos
Foto: Enio Biz / 4oito

No primeiro tempo, o Criciúma partiu para o abafa. Pressionou tanto que, aos 15 minutos, saiu o gol. Lá foi o zagueiro Zé Marcos (que ficaria no banco, jogou graças ao veto físico a Rayan). Ele disparou e abriu espaço para Marquinhos Gabriel, com precisão, balançar a rede paranaense. "O Marquinhos foi meu atleta. Conheço ele. É talentoso", assinalou o técnico do Londrina, o experiente Adilson Batista.

Logo em seguida do gol, aos 16 minutos, o jogo parou. A arbitragem notou que um drone sobrevoava o gramado. "Após esperarmos 2 minutos, o equipamento eletrônico saiu dos arredores do campo e do estádio", anotou o árbitro José Padovani de Andrade na súmula.

O drone "de um imbecil", segundo Tencati
SporTV / Reprodução

O episódio rendeu um desabafo do técnico Cláudio Tencati logo após a partida: "a porcaria do drone e o imbecil do drone, esse imbecil, deixa a gente trabalhar. Era um momento forte e ele atrapalhou". O treinador contou que o mesmo ocorreu "de novo no início do segundo tempo e no treinamento também".

Mas a tecnologia contribuiu positivamente também. A certa altura, a galera sacou dos celulares e, aos milhares, proporcionaram o espetáculo das lanternas acesas. Mais uma de tantas formas para manifestar a felicidade de ver o Criciúma ali, em um lugar à sua altura.

E o VAR entrou em ação logo na volta do Tigre à Série B. Na última passagem tricolor pela Segunda Divisão nacional, em 2019, os árbitros de vídeo ainda não haviam chegado por essas terras. Eram exclusividade da elite e das decisões. E o VAR anulou um gol do Criciúma aos 35 minutos. Anulou com precisão. Em sutil impedimento, Rafael Bilu recebeu de Marquinhos Gabriel e arrancou em velocidade para balançar a rede. Não valeu. O Mário Lima gritou gol, a galera também, mas seguiu 1 a 0.

Veio o intervalo. Sossego no Majestoso? Que nada. Como de praxe, o mascote Tigrão ficou fazendo das suas no gramado. A certa altura, começou a interagir com Bumbeblee. Um dos transformers passeava a caráter pelo campo, até que foi desafiado. Tigrão bateria o pênalti e Bumbeblee tentaria defender. A galera foi à loucura. Muitos celulares em punho focados no campo e... partiu o Tigrão, bateu no canto, gol! O transformer nem saltou para a bola (também pudera, nem que quisesse seria possível...).

Um inusitado Tigrão x Bumbeblee no intervalo

Veio o segundo tempo. O Criciúma caiu um pouco de rendimento. O Londrina cresceu e até ameaçou. Mas daí conheceu a força daquele que está sendo chamado de "o segundo mascote" do tricolor: um gambá. A aparição do simpático mamífero marsupial não somente paralisou o jogo, como ganhou enorme repercussão. Ele atravessou o gramado. "Com tanto tempo sem jogo aqui, ele esteve esses meses todos à vontade aqui no estádio", arriscou, no ato, o repórter Rafael Niero, uma das milhares de testemunhas oculares do inusitado episódio.

Ninguém quis pegar o gambá. A fama do odor certamente foi a razão. O árbitro cercou o bichinho batendo palmas na tentativa de afastá-lo. Um que outro jogador também tentou, e quando ele se bandeou para a lateral do campo, um gandula o acompanhou até depois das placas. O jogo abriu passagem para um animalzinho de hábitos noturnos e solitários. Certamente, esse gambá nunca esteve diante de tanta gente: 8,8 mil, segundo o borderô, 12 mil conforme o Mário Lima.

Fim de jogo. Aquela festança. E o árbitro, na solidão da confecção da súmula, não esqueceu do drone, muito menos do gambá. Eles estão lá, na súmula:

Com tanta história para contar em uma partida de estreia, em sua vigésima quinta participação na história da competição, ficou uma certeza: um time, um clube capaz de contar tanto em pouco mais de 90 minutos não pode ficar fora da Série B. Só se for para aparecer na Série A. Para baixo, nunca mais!

Por Denis Luciano 13/04/2022 - 23:15 Atualizado em 13/04/2022 - 23:26

Quando se imaginava que os 10 mil sócios eram o topo, o Criciúma está na iminência de superar a meta em 10%. Afinal, o objetivo era estrear na Série B com 10 mil sócios. Acontece que às 23h desta quarta-feira (13), menos de 24 horas antes da primeira partida no Campeonato Brasileiro, o Criciúma alcançou a marca história de 10.960 associados. Ou seja, faltam 40 para que o Tigre alcance os 11 mil.

É bem possível, então, que o Criciúma entre em campo às 20h desta quinta (14) diante do Londrina, no Heriberto Hülse, com 11 mil associados em seu quadro. Nunca é demais lembrar o peso que isso representa para as finanças e, por consequência, a estabilidade do clube. Quando estava por chegar em 10 mil sócios, o vice-presidente de Finanças, Vilmar Guedes, frisava que com esse número se garantia um valor equivalente a 70% de uma cota de TV da Série B entrando nos cofres do Criciúma.

As carteirinhas esperando os novos sócios do Criciúma / Foto: Enio Biz / 4oito

Com esse número tão elevado de sócios, e com a expectativa que gira em torno dessa estreia, vai um conselho: você que é sócio, pretende ir ao jogo e ainda não retirou a sua carteirinha, vá logo ao estádio. Essa entrega estará disponível a partir das 9h em uma mesa colocada ao lado da porta principal da secretaria do clube. Teve filas nas últimas horas e as filas vão se repetir, provavelmente maiores. Ou você retira a sua carteirinha com alguma antecedência, ou poderá perder momentos preciosos do jogo com o Londrina. Antecipe-se.

As parcerias com Unesc, Sicredi e outros, que estão canalizando novos sócios para o Criciúma, foram importantes para reforçar o quadro social, mas tem chamado a atenção a quantidade de adesões espontâneas nos últimos dias, mesmo depois que os 10 mil sócios foram batidos. Cabe lembrar que, para os novos, o valor é de R$ 90, não mais os R$ 50 que vinham sendo cobrados anteriormente. Mas, pelo visto, nem isso tem inibido os tricolores.

O Criciúma segue firme e forte entre os 15 clubes brasileiros com mais associados. A torcida está fazendo a sua parte.

Por Denis Luciano 13/04/2022 - 00:05 Atualizado em 13/04/2022 - 01:58

Começa a atender nesta quinta-feira (14) o mais novo hotel de Criciúma. "Um cartão postal", definiu o prefeito Clésio Salvaro, que tomou parte do seleto evento da noite desta terça (12) que conferiu a apresentação do primeiro Hotel Tru by Hilton da América Latina e Caribe, cujo site está no ar.

O prefeito não exagerou. Quem chega em Criciúma pela Via Rápida observa, logo adiante do último viaduto da rodovia, aquele prédio de linhas bem definidas, de apresentação marcante sem ser pesada, que transmite leveza e transpira acolhida. Ali, na vizinhança do Criciúma Shopping, nasce o hotel com a responsabilidade de carregar uma marca que é uma verdadeira bandeira, na acepção mais plena: Hilton.

"Era para a gente ter começado a operação em março de 2020", confessa o diretor geral da ICH Administração de Hotéis, Alexandre Gehlen. "Mas daí veio a pandemia, e o novo normal", pontua. A ICH é operadora de hotéis, está à frente das marcas Intercity e Yoo2, que somam mais de 40 hotéis pelo Brasil, e estreia a parceria com os norte-americanos da Rede Hilton por Criciúma.

Um grupo local, de 40 investidores, fez o aporte que colocou de pé a ampla estrutura, em localização muito estratégica, com seus 154 quartos com espaços minuciosamente planejados e suas camas muito confortáveis. "E o entretenimento de primeira classe", define Gehlen. "Afinal, uma cidade pujante merece essa qualidade de empreendimento", derrete-se.

O lobby do hotel confirma que estamos diante de algo diferente. Antes dele, o acesso é dinâmico, de uma beleza indisfarçável, nada forçada. Arejado, aberto, a fachada em vidro sublinhando transparência e a iluminação abundante anunciam: chegamos no Tru by Hilton. Entre no lobby. Ali, hóspedes trabalham mas também jogam. Comem, descansam, conversam e divertem-se. O café da manhã, uma cortesia Hilton, é saudável, contempla doces e salgados. E se a fome bater, seja qual for a hora, o mercado "Et. & Sip." está ali, 24 horas, a postos com lanches e bebidas.

"O novo normal é o normal antigo. As pessoas estão viajando, e esse hotel representa o novo normal, pois ele é a cara da onda de hotéis urbanos que atendem um público a trabalho", aponta Gehlen. Por isso que há tomadas por toda a parte no Tru by Hilton de Criciúma. O Wi-Fi gratuito, bem calibrado e suficiente para a navegação dos hóspedes, colabora para essa conexão ser plena. Você não fica sem sinal muito menos sem bateria. 

Alexandre Gehlen / Foto: Denis Luciano / 4oito

E para quem é da malhação? Uma academia impecável, moderna, com tudo das mais modernas tendências fitness. E até aparelhos para cardio. Um capricho. "Abarcamos tecnologia e vendas com a visão Hilton, com operação local mas conectada a uma empresa internacional". O apontamento de Gehlen é o atestado maior de qualidade.

A acessibilidade tem lugar decisivo. As rampas, os corredores largos, nada é adaptado, tudo é parte de um todo planejado por uma equipe que trabalhou em função de entregar o melhor Tru by Hilton para Criciúma. "Nossa obra foi conduzida pelos melhores arquitetos, os melhores da construção civil, nosso engenheiro ficou dedicado full time para ter esse padrão de qualidade". E o resultado, garantido. "Estamos entregando um hotel diferenciado". Não há dúvidas disso.

Mas e porque escolher Criciúma? "As cidades médias sempre foram esquecidas. Chegou a hora das cidades médias, Criciúma faz parte delas". registra Gehlen.

Tudo isso deve ser muito caro então. Afinal, estamos tratando de um hotel cinco estrelas? "Tem mais de 15 anos que isso se foi", explica Gehlen, contando que a classificação por estrelas foi, literalmente, para o espaço. "A hotelaria é classificada por marcas". Logo, Hilton é Hilton.

E as tarifas? "Estão na internet. De todos. Hoje o cliente tem muita informação. Na internet você descobre a diferença do hotel bom para o ruim". Assim sendo, o assunto no Tru by Hilton é qualidade, conforto. "E experiência", completa o diretor da ICH.

Um hotel para vários hóspedes

Ele é diretor de Desenvolvimento da Rede Hilton para o Brasil. E veio a Criciúma prestigiar a entrega do Tru by Hilton. Leonardo Lido lembrou que essa nova marca nasceu em 2016, abriu sua primeira unidade no ano seguinte nos Estados Unidos e em 2020 decidiu pelo mergulho no mercado latino. 

"O Tru foi desenhado para qualquer mercado, cidades grandes, médias e até menores. E começar na América Latina com um perfil para o qual a marca foi desenhada, o parceiro certo, o projeto certo, a localização perfeita, conveniência, visibilidade, acessibilidade, tudo contribuiu para ter o primeiro Tru by Hilton da América Latina em Criciúma".

Leonardo lembrou que a Rede Hilton detém 18 marcas, das quais a Tru é uma delas. "O Tru by Hilton é para todas as idades, foca na hospedagem, conforto, na confiabilidade da marca Hilton e com serviços direcionados", relatou. 

Você encontrará um restaurante completo no Tru by Hilton de Criciúma? "Não. Não temos um restaurante completo, por isso a localização estratégica, do lado do Criciúma Shopping, perto de tudo. Mas quem nos busca vai encontrar conforto e a segurança da marca Hilton".

Durante o evento, o prefeito Salvaro lembrou o desenvolvimento da vocação turística de Criciúma. E o quanto ter hotéis alinhados com isso é importante. "O Tru by Hilton foi formatado para qualquer tipo de viajante. Nosso lobby tem espaço reservado para quem quer trabalhar, espaço mais descontraído com a mesa de bilhar para quem está se divertindo, o espaço para refeições rápidas e até uma sala de reuniões. Tanto o viajante a lazer quanto a negócios vai encontrar o que necessita aqui", defendeu o diretor.

E como redes tradicionais reagem a modelos novos de hospedagem como o Airbnb, empresa online que atua fortemente no mercado de hospedagens? "É uma proposta diferente. Aqui você encontra serviço e segurança. O Airbnb não impacta no nosso negócio, temos mais de 2 mil hotéis em construção e planejamento no Mundo, o Airbnb não é um concorrente claro, ele segue o seu caminho e o nosso estilo de hospedagem nos faz crescer ano após ano", respondeu Leonardo.

Ele não escondeu que a Rede Hilton planeja novas operações no Brasil. E a expansão da marca lançada de forma pioneira em Criciúma está no radar. "Continuamos acreditando muito no Brasil, com um momento importante, a confiança da nossa matriz no Brasil continua, estrategicamente, com parceiros locais", completou.

A praça vendida e o turismo

O prefeito Clésio Salvaro lembrou que o hotel recém entregue surge em um terreno que, há não muito tempo, pertencia ao Município. "Houve uma polêmica no meu primeiro mandato sobre esse terreno. Era uma praça. E como a prefeitura não é corretora de imóveis, e não havia previsão de uso futuro para esse espaço, colocamos na mão da iniciativa privada. Depois de 12 anos nós voltamos e vemos esse hotel que é um cartão postal".

Salvaro aproveitou para 'vender a cidade'. "Criciúma ganha 4 a 5 mil habitantes novos por ano. É uma cidade boa para morar e investir. Uma das cidades mais seguras do Brasil, nosso índice de homicídios é semelhante ao de cidades europeias". E aproveitou para encaixar um lema do seu governo no discurso. "Se aqui é o primeiro investimento desse hotel da Rede Hilton na América Latina, é porque o Brasil que dá certo começa aqui".

Prefeito Salvaro "inaugurou" a mesa de sinuca do Tru by Hilton / Foto: Denis Luciano / 4oito

Em seguida, o prefeito enalteceu as políticas do seu governo para incrementar o turismo, comparando Criciúma e Rio de Janeiro. "Se o Rio tem o Pão de Açúcar para cima, nós teremos a Mina de Visitação para baixo". Reforçou, assim, sua aposta na extensão da atual Mina Octávio Fontana em direção ao futuro Mirante Realdo Guglielmi, estrutura cujo projeto já foi entregue pela Satc. Salvaro batalha agora pelos recursos, algo em torno de R$ 20 milhões para transformar tudo isso em realidade.

 

Por Denis Luciano 11/04/2022 - 20:50 Atualizado em 11/04/2022 - 21:00

A notícia é da imprensa de Araraquara na noite desta segunda-feira (11). O portal RCI Araraquara informou que o atacante Hygor está voltando para o Criciúma. O jogador, que fez parte do elenco que promoveu o Tigre da Série C no ano passado, acertou a renovação do seu contrato com a Ferroviária até o fim do Paulistão de 2023 e definiu o empréstimo do jogador para o Tigre.

A contratação do atacante Caio Dantas, artilheiro da Série B de 2020 pelo Sampaio Corrêa, também está confirmada pelo Criciúma, que venceu uma queda de braço com o Sport Recife pelo acerto com o jogador. Os dois serão inscritos a tempo do fechamento da janela de inscrições no Brasileiro, nesta terça-feira (12).

Hygor e Caio Dantas são muito bons reforços para o grupo do técnico Cláudio Tencati. Conforme o Meu Time na Rede, Hygor disputou 17 jogos pelo Criciúma e marcou quatro gols, dois deles importantes na campanha do acesso: nos 2 a 1 sobre o Ypiranga e no 1 a 0 diante do Figueirense, ambos no Heriberto Hülse.

Hygor na Ferroviária / Foto: Tiago Pavini

Confra abaixo a informação completa da imprensa de Araraquara sobre a volta de Hygor:

A Ferroviária acertou o empréstimo do atacante Hygor para o Criciúma e disputará o Brasileiro da Série B. O jogador de 29 anos prorrogou o seu vínculo com a Locomotiva até o fim do Paulistão 2023. Antes, seu contrato era válido até 31 de dezembro deste ano.

 

Esta será a segunda passagem do atacante pelo clube carvoeiro. No ano passado, defendeu a equipe catarinense e disputou a Série C, ajudando na conquistada do acesso para a segunda divisão nacional.

 

Com a camisa da Locomotiva, Hygor se destacou e foi útil na equipe comandada por Elano Blumer durante a disputa do Paulistão, anotando três gols em 10 jogos, além de uma assistência.

 

Este foi o segundo jogador do clube araraquarense emprestado no segundo semestre. Antes, o lateral-direito Bernardo acertou transferência para a Ponte Preta, onde ficará até o término da Série B.

 

Na Série D, a Ferroviária estreia neste domingo (17), às 17h, diante da URT-MG, na Fonte Luminosa. A equipe no Grupo A6, que conta, além da URT, com Bahia de Feira-BA, Caldense-MG, Inter de Limeira, Nova Venécia-ES, Real Noroeste-ES e Pouso Alegre-MG.

(Colaboração: Vitor Filomeno)

Por Denis Luciano 11/04/2022 - 13:35 Atualizado em 11/04/2022 - 13:42

Há exatamente um ano, na manhã de 11 de abril de 2021, morria em Criciúma o ex-vereador Júlio Colombo.

Com 57 anos, ele foi vitimado pela Covid-19 e vinha sofrendo com comorbidades como a diabetes, que o acometia havia alguns anos.

Júlio era advogado eficiente, dono de grande clientela e liderança destacada do Rio Maina, de onde arrancou com grandes votações nas eleições de 2012 e 2016, quando elegeu-se por PP e PSB, respectivamente. 

Chegou a presidir a Câmara entre 2017 e 2018. Migrou para o PL, pelo qual concorreu em 2020, ficando na suplência. Era sua última eleição. 

A irmã de Júlio, Ângela, postou uma homenagem em suas redes sociais nesta segunda-feira (11). Confira:

Querido irmão!

Hoje faz 365 dias sem a tua presença física, a saudade é grande, não cabe no peito e me vem lembranças…

Lembranças daquele menino lindo e paparicado pelas manas velhas e que recebeu o nome do nono: Júlio Cézar. Para os amiguinhos de futebol eras o Pilica. Para os sobrinhos o tio Teto.

Lembranças de um jovem flamenguista, goleiro de futsal, batalhador, honesto e que muito novo teve que trabalhar.

Lembranças do teu casamento, eras tão jovem mas já sabias o que querias. Do orgulho que tinhas dos teus filhos e como os teus olhos brilhavam de amor quando falavas deles.

Lembranças das tuas palavras quando a tua netinha Helena nasceu: - A vida é assim perdemos pessoas que amamos e Deus nos dá outras para amarmos mais ainda. Lembranças do amor que tinhas por nós seus irmãos e dos nossos verões na tua casa de praia.

Lembranças das tuas lutas e perdas que não foram poucas…
Dos amigos que a vida te deu alguns verdadeiros, outros nem tanto…

Lembranças. Para alguns eras o bancário, advogado e vereador.
Mas para nós um irmão amado, inteligente, visionário, protetor, caridoso e muito família.

Lembranças são tantas eu escrevendo e as lágrimas teimando em cair. Ah! Mas dizem que as lágrimas são a saudade que transborda, pode até ser, mas para mim saudade é o amor.

Mano, serás sempre o nosso menino e viverás sempre em nossos corações.

Obrigada e até um dia… Amor eterno!

Por Denis Luciano 11/04/2022 - 10:50 Atualizado em 11/04/2022 - 10:53

Nos anos 70 e 80, a agitação sindical de Criciúma e região tinha como epicentro o Sindicato dos Mineiros, na Avenida Getúlio Vargas. Erguido pouco antes disso para ser um polo sindicalista, foi concebido com diversas salas. A meta era estabelecer não somente a representação sindical dos mineiros, mas também de outras categorias ali. O projeto fez água com o tempo mas, por anos a fio, a força dos trabalhadores da mineração de carvão esteve ali representada.

Com o declínio da atividade mineradora em Criciúma, e a consequente expansão para outros municípios, colaborou para um declínio do sindicato em si. A redução da massa trabalhadora, com a mecanização das frentes de lavras, também levou a essa queda aguda nas últimas décadas.

Fotos e vídeos: Denis Luciano / 4oito

Por último, o Sindicato dos Mineiros de Criciúma vinha contando com cerca de 700 associados, trabalhadores de minas da região. E as dívidas se avolumavam. Com isso, a atual diretoria encontrou uma solução: vender a antiga sede por R$ 4 milhões. Assim foi feito. A Construtora Corbetta comprou.

Há poucos dias, na virada de março para abril, as aberturas do prédio foram removidas, à exceção da porta principal do antigo sindicato. De resto, as dezenas de salas na Getúlio Vargas e na rua Ari Barroso estão escancaradas, expostas, com seus interiores repletos de sujeira, detritos, restos. A história recente dessas salas está contada ali, entre os entulhos.

Na primeira sala localizada na extrema do prédio pela Ari Barroso, funcionava um consultório médico e odontológico do próprio Sindicato dos Mineiros. O que restou ali dentro mostra isso. No antigo gabinete dentário, até um velho equipamento resta atirado ao chão.

Na sala de espera, uma TV fixada na parede sobreviveu à limpa, ao menos por enquanto. E pouco abaixo, um guichê de atendimento com as recomendações aos pacientes em cartazes nas paredes ainda resiste.

Nas demais salas, há churrasqueiras, banheiros e, na esquina, o que restou de um bar, que por anos a fio operou ali. O balcão do bar e até algumas garrafas e prateleiras ainda jazem por ali, contando a história de um dos muitos ocupantes.

Descendo pela Getúlio Vargas em direção ao Centro, destaque para a sala que ultimamente era ocupada pela Central Única das Favelas, a Cufa. É o interior de salas com melhor sinal de organização, embora a muita sujeira. As paredes adaptadas para uma casa noturna ainda está ali, até com a bilheteria do pequeno pub que existiu por último naquele espaço.

Nas demais salas, sinal de que bares e lugares que vendiam bilhetes de loteriais resumem um pouco das funções finais dos espaços agora desocupados.

Sobre o fim do prédio, ele está bem próximo. É questão de dias. A demolição já está planejada pela construtora, que ainda guarda a sete chaves o projeto futuro. Certamente, vem aí algum empreendimento mobiliário que tirará proveito da excelente localização do prédio, a poucos quarteirões da Praça Nereu Ramos.

O terreno ocupado equivale a uma parcela significativa de todo o quarteirão. Será o início do fim do Sindicato dos Mineiros? Na realidade, não. Com o dinheiro arrecadado, a dívida de R$ 1,7 milhão com o INSS está paga. Os R$ 300 mil devidos em impostos municipais, idem. E o restante, o presidente Djonatan Elias investe no novo salto do Sindicato dos Mineiros: a estadualização.

Com a autorização pelo Ministério do Trabalho para incorporação de outras classes laborais, como trabalhadores de extração de outros minérios em praticamente toda Santa Catarina, a base territorial saltará dos 700 atuais para mais de 18 mil trabalhadores. Com isso, o sindicato terá uma nova sede em Florianópolis e uma subsede em Criciúma. Pelo visto, é o início de um novo início para o velho sindicato.

Por Denis Luciano 09/04/2022 - 17:15 Atualizado em 09/04/2022 - 17:20

O sábado foi de euforia no estádio Mário Balsini. O tão aguardado gramado, adquirido junto a uma empresa de São Paulo, finalmente chegou. E vem por etapas. A primeira remessa foi descarregada da carreta que trouxe pela manhã e o volumoso grupo de voluntários começou o plantio.

Essa primeira remessa já está toda colocada. O presidente Israel Alves liderou o grupo que começou o plantio. Na turma, ainda, jogadores da base, dirigentes, torcedores e até o técnico Emerson Cris.

Neste domingo chega a segunda carreta. Outras duas são aguardadas para a próxima terça-feira.

O presidente está confiante de que o Próspera vai conseguir jogar o segundo turno da Série D no Mário Balsini, em julho. São quatro partidas. "Vamos conseguir sim", afirma.

Tomara! O fator local foi fundamental para o rebaixamento do Próspera no Catarinense.

 

Por Denis Luciano 07/04/2022 - 20:20 Atualizado em 07/04/2022 - 20:23

Naquela zapeada pelas redes sociais, são sempre imperdíveis as postagens do icônico Archimedes Naspolini Filho. Nosso ex-cronista diário de retumbante sucesso por anos a fio aqui na Som Maior, comentarista atilado de qualquer fato do cotidiano, homem de incontestável bagagem cultural, que conversa sobre temas incontáveis com desenvoltura incrível, o Archimedes também é atento aos temas corriqueiros do cotidiano.

Mas corriqueiros que podem fazer a diferença. Senão vejamos. O alerta que o Archimedes compartilhou nesta quinta-feira em seu Facebook é mais do que oportuno. É um caso de saúde pública. Ele pode ter evitado alguém de quebrar uma perna em plena via pública, ou sofrer algo ainda pior... basta ver a foto abaixo:

E em seguida, o que não mandou avisar, mas sim escreveu o professor Archimedes:

Caminhando, hoje, cedo: aos fundos, árvores da Nereu Ramos.

Agora, olha aqui, no primeiro plano, aos teus pés: o tampo da caixa de passagem quebrou, abriu uma "senhora" fenda e o pedestre é alertado por um pedaço de papelão e um resto de cabo de vassoura.

Triste, mas verdadeiro!

Imagina o tamanho do ferimento de um desavisado que pise nessa fenda...

Por Denis Luciano 04/04/2022 - 12:28 Atualizado em 04/04/2022 - 12:31

Criciúma tem sete ex-prefeitos vivos. O mais antigo, Ruy Hülse, completou 96 anos em fevereiro. O segundo mais longevo, Nelson Alexandrino, está aniversariando nesta segunda-feira (4). Nascido em Imaruí em 4 de abril de 1932, e residindo atualmente em Florianópolis, Alexandrino comemora 90 anos.

Com a família, o pequeno Nelson chegou em Criciúma com apenas 3 anos, em 1935. Elias Angeloni era prefeito na época. Logo, o jovem nutriu o sonho de ser prefeito da cidade. E para chegar lá, adotou a estratégia de se aproximar dos caciques do período na política local.

Não demorou e construiu afinidade com o Partido Social Democrático (PSD), que preponderou no comando do município naqueles tempos, com Addo Caldas Faraco, Paulo Preis, Luiz Lazzarin e outros. Foi próximo desses líderes, e ganhando a confiança até dos próceres estaduais pessedistas (ficou amigo da família Ramos) que Nelson Alexandrino construiu caminho para ser vereador por duas legislaturas nos anos 60.

Nelson Alexandrino em novembro de 2018, em Criciúma
Foto: Guilherme Hahn / Arquivo / 4oito

Estava aberto o caminho para ser prefeito de Criciúma. Mas ele chegou lá de uma maneira diferente do planejado. Afinal, veio o regime militar e o bipartidarismo. Pessedistas e udenistas abrigaram-se, maioria absoluta, sob o guarda-chuva da Arena. Petebistas e outros opositores tomaram o rumo do MDB. Alexandrino seria, naturalmente, Arena. Certo? Nem tanto.

Daí apareceu João Sônego na vida de Nelson Alexandrino. Líder esquerdista, grande nome do rádio e liderança reconhecida, Sônego estava com imensas dificuldades para montar a lista do MDB para a sucessão de Ruy Hülse em 69. Eis que, depois de muito insistir, convenceu Alexandrino a migrar para o MDB e ser lançado candidato a prefeito. Numa luta de tostão contra milhão, no pleito que marcou a estreia da figura do vice-prefeito, a chapa Nelson Alexandrino e João Sônego venceu a Arena com Francisco Canziani e chegou lá.

Alexandrino na época em que foi prefeito, de 70 a 73

"Ninguém acreditava na gente", lembrou Alexandrino em sua última vinda a Criciúma. Foi em novembro de 2018, quando ele recebeu uma moção de aplauso na Câmara, proposta pelo saudoso vereador Júlio Colombo. No dia seguinte ao evento no Legislativo, Alexandrino esteve no Programa Adelor Lessa, na Rádio Som Maior. No bate papo, contou detalhes daquela eleição de 69, a relação com João Sônego, as dificuldades enfrentadas na prefeitura e as conquistas alcançadas naqueles três anos de gestão do MDB.

Depois de Alexandrino, vieram Algemiro Manique Barreto, Altair Guidi e José Augusto Hülse, os três falecidos nos últimos anos. Após, os ainda vivos: Eduardo Moreira, Paulo Meller, Décio Góes, Anderlei Antonelli e Márcio Búrigo.

O ex-prefeito na homenagem recebida em 2018 na Câmara

Relembre a entrevista de Nelson Alexandrino à Som Maior em novembro de 2018 no podcast:

 

Por Denis Luciano 03/04/2022 - 20:27 Atualizado em 03/04/2022 - 20:32

O fim de semana foi de festa de título para nove torcidas pelo Brasil. No sábado, comemorações em Santa Catarina, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Neste domingo, no Paraná e em São Paulo. 

Campeões do fim de semana:
Palmeiras - campeão paulista
Fluminense - campeão carioca
Atlético - campeão mineiro
Grêmio - campeão gaúcho
Coritiba - campeão paranaense
Brusque - campeão catarinense
Atlético - campeão goiano
Cuiabá - campeão matogrossense
Manaus - campeão amazonense

Na semana que está chegando, serão mais cinco campeões. Na quarta-feira (6) será conhecido o campeão no Pará. No sábado (9) saem os campeões de Sergipe e Distrito Federal. No domingo (10), faixas no peito nos melhores de Bahia e Tocantins.

Os Estaduais acabando indicam: o Campeonato Brasileiro está chegando.

Os campeões de sábado

O Grêmio foi campeão gaúcho pela 41ª vez na história ao derrotar o Ypiranga de Erechim por 2 a 1 em Porto Alegre. Bruno Alves e Rodrigues fizeram os gols gremistas. Erick descontou. Os gremistas já haviam vencido na ida por 1 a 0.

Torcida do Grêmio fez a festa

Com a conquista, o Grêmio se aproxima do rival no ranking histórico de títulos. O Inter, que não é campeão estadual desde 2016, tem 45 títulos, quatro a mais que o Grêmio, que sagrou-se pentacampeão. Só deu tricolor de 2018 para cá no Rio Grande do Sul. Em 2017 a taça foi do Novo Hamburgo.

No Rio de Janeiro, deu Fluminense: 1 a 1 com o Flamengo. Gabriel Barbosa anotou o gol rubro negro e Germán Cano igualou. O Flu, que havia vencido por 2 a 0 na ida, chegou ao 32º título estadual. O Flamengo soma 37 conquistas. São 24 do Vasco e 21 do Botafogo.

No Rio, deu Fluminense

Em Minas Gerais, a final foi em jogo único e o Atlético bateu o Cruzeiro por 3 a 1, com gols de Hulk, duas vezes, e Nacho Fernández. Edu descontou. Agora, são 47 títulos do Galo, que chegou ao tricampeonato, contra 38 conquistas do Cruzeiro e 16 do América.

O Cuiabá chegou ao décimo primeiro título em Mato Grosso ao golear o União Rondonópolis na final, 4 a 0. Na ida já havia vencido por 3 a 2. Pepê, Alesson, Marllon e Valdívia fizeram os gols. O maior campeão no Mato Grosso é o Mixto, que tem 23 títulos, o mais recente em 2008. O segundo colocado no ranking é o Operário de Várzea Grande, que tem 12 títulos, o último em 2002.

Ainda no sábado, o Atlético confirmou a conquista em Goiás batendo o Goiás na final por 3 a 1. Já havia ganho na ida, 1 a 0. Nicolas, ex-Criciúma, fez o gol do Goiás, que saiu na frente, mas o Atlético virou com Marlon Freitas, Wellington Rato e Shaylon. O Goiás segue como maior campeão com 28 taças, contra 16 do Atlético e 15 do Vila Nova.

O Manaus foi campeão amazonense pela sétima vez, a segunda consecutiva. Na final, neste sábado, bateu o Princesa do Solimões por 2 a 1.

E teve o Brusque, claro, bicampeão catarinense exatos 30 anos depois da primeira conquista, com o 0 a 0 diante do vice-campeão Camboriú no Augusto Bauer.

Leia também - Após 30 anos, Brusque é campeão catarinense

Os campeões de domingo

O Palmeiras virou a vantagem do rival São Paulo, ganhou por 4 a 0 e sagrou-se campeão paulista. Os gols da goleada foram de Danilo, Zé Rafael e Raphael Veiga, duas vezes. Na ida, o São Paulo havia vencido por 3 a 1.

Palmeiras goleou o São Paulo

O Corinthians segue como o maior campeão paulista com 30 conquistas. O Palmeiras chegou ao 24º título. São 22 do São Paulo e 22 do Santos.

E o Coritiba faturou o Paranaense. Na decisão, goleou o Maringá por 4 a 2, com gols de Alef Manga, Igor Paixão duas vezes e Léo Gamalho. Matheus Bianqui e Gui Sales descontaram para o vice-campeão Maringá. O Coritiba chegou a 39 conquistas no Paranaense. O Athletico tem 26.

Coritiba, campeão paranaense

Os campeões da semana

Na próxima quarta-feira (6) será conhecido o campeão paraense, com a final no clássico entre Paysandu e Remo. O Paysandu vai em situação difícil já que na partida de ida, neste domingo, o Remo goleou por 3 a 0.

No sábado (9), mais duas finais. Sergipe x Falcon vão decidir o Campeonato Sergipano depois da partida de ida, que será nesta quarta. Ceilândia x Brasiliense farão a final no Distrito Federal. Na ida, neste sábado, o Brasiliense ganhou por 2 a 1.

No domingo (10), mais dois campeões serão conhecidos. Jacuipense x Atlético de Alagoinhas decidem o Baiano. Na ida da final, neste domingo, empate em 1 a 1. Em Tocantins, Tocantinópolis x Interporto fazem a decisão. No primeiro jogo, neste sábado, empate em 0 a 0.

Como vão os demais

Doze campeonatos estaduais ainda estão em andamento. No Ceará, a decisão está marcada. O primeiro confronto entre Caucaia e Fortaleza será no próximo domingo. No dia 23 acontece a finalíssima.

Alagoas, Piauí e Maranhão estão nas semifinais. No Mato Grosso do Sul, hexagonal final. Em Pernambuco e Espírito Santo, quartas de final vão sendo jogadas. Na Paraíba, primeira fase. No Rio Grande do Norte, vai acontecer a decisão do returno.

Em Rondônia, semifinal. No Acre, segundo turno continua. Em Roraima, vamos para a final do turno.

E tem um Estadual que ainda não começou. É no Amapá, onde a bola vai rolar em 28 de abril com oito clubes na luta pelo título.

Por Denis Luciano 01/04/2022 - 06:30 Atualizado em 01/04/2022 - 07:10

A história é escrita pelos vencedores. Fato. E quem venceu em 64 optou por registrar nos livros que o golpe militar era uma Revolução. Assim, maiúscula. E que aconteceu no dia 31 de março, a data que foi consagrada nos anais. Mas na verdade o golpe é da madrugada de 1º de abril.

"A encrenca aconteceu dia 1º de abril, mas a data não seria sugestiva por ser o Dia da Mentira", confirma Archimedes Naspolini Filho. Ele é uma das testemunhas da história que chamamos para recontar aqueles dias no programa Conexão Sul deste 31 de março, quinta-feira, na Rádio Som Maior. Além dele, compartilharam memórias conosco o ex-deputado Manoel Dias e o professor e radialista Laenio Ghisi. Cada um viveu aqueles tempos da sua forma, nos seus ambientes.

Essa é a Rui Barbosa, a rua das rádios onde o Exército muito andou naqueles tempos.
À direita, o Centro Empresarial Diomicio Freitas onde, entre os anos 50 e 70,
operou a Rádio Eldorado. Foto: Denis Luciano

Algo estava no ar

"Eu tenho saudades dos meus 21 anos. No final de março de 64 já se esperava que alguma coisa acontecesse, tal o tamanho da ebulição política que acontecia de norte a sul", relata Archimedes. "Dia 31, à frente Magalhães Pinto e Carlos Lacerda, governadores de Minas Gerais e Guanabara, eclodiu o movimento que acabou com a deposição de João Goulart".

Para Archimedes, a maioria em Criciúm apoiou o novo regime. "Não vou dizer que houve unanimidade da sociedade a favor do que estava acontecendo, da revolução, do movimento que resultou na chegada dos militares ao poder. Não houve unanimidade pois meia dúzia se opôs àquele movimento até fugindo da cidade pela possibilidade de serem presos. A cidade vivia esperando que acontecesse alguma coisa, a desordem imperava no Brasil".

A força do movimento sindical em Criciúma ajudou a tornar a cidade um alvo de atenção privilegiada dos militares. "O movimento sindical em Criciúma, Joaçaba, Chapecó, Joinville era muito acentuado, especialmente em Criciúma, onde o movimento sindical era a terceira força da cidade e em função disso o PTB comandava as ações".

À época, Archimedes era servidor da prefeitura, no mandato do prefeito Arlindo Junckes (PSD). O prefeito, o padre da paróquia e o comandante das tropas que vieram para Criciúma naqueles primeiros dias de abril comandavam a Criciúma do pós-golpe. "Era ele [o prefeito], padre Estanislau [Cizeski, pároco da Igreja Matriz São José], um coronel que veio de Blumenau, com ele veio um grupo de militares que se acantonou nas imediações da Cecrisa, aquilo era um descampado total, não havia uma casa em volta, onde temos hoje o Bairro Presidente Vargas. Foi por ali que o Exército permaneceu por um tempo razoável".

Archimedes lembra que raramente se viu evento público tão prestigiado quanto a festa convocada pelos militares para comemorar o êxito da chamada revolução. "A população foi chamada às ruas para festejar a derrubada do governo de Jango e a chegada dos militares. Foi um desfile que não se fez mais igual em Criciúma. Ainda tenho na retina o que aconteceu. Eu estava no terceiro andar do Café Rio, Edifício Dom Joaquim, onde era a direção da União dos Estudantes Secundaristas de Criciúma, o presidente era Eno Steiner. O desfile começou na pracinha do Imigrante, na 6 de Janeiro, e da 6 de Janeiro até onde está a delegacia regional hoje havia um movimento repleto de cabeças em regozijo pelo movimento".

Não demoraram para ocorrer as primeiras prisões. "Imediatamente começaram a ser buscadas e presas aquelas pessoas tidas como lideranças trabalhistas, lideranças do PTB e do Partido Comunista que estava na clandestinidade, as forças que agora dominavam a política foram em busca dessas pessoas. Transformaram uma ou duas salas do Lapagesse em presídios e depois as dependências do Plano do Carvão Nacional, hoje Centro Cultural Jorge Zanatta. Ali foi o QG das prisões. Levava-se para o Lapagesse para uma triagem e do Lapagesse mandava-se ali para o Plano do Carvão ou direto para Curitiba".

Esse prédio era menor nos anos 60, quando a Eldorado falava dali

Em 65, com o golpe completando um ano, Archimedes começou a trabalhar no rádio, na extinta Difusora, e elegeu-se vereador em primeiro mandato pela Arena. 

Maneca, duas vezes cassado

Manoel Dias era uma jovem liderança trabalhista de Criciúma quando elegeu-se vereador para a primeira legislatura da recém emancipada Içara. "Eu era vereador em Içara, na primeira legislatura do município. O país que estava sendo governado por um presidente trabalhista, o Brasil crescia 8% naquele período, era um momento importante e o golpe que se confirmou no dia 1º de abril se percebeu muito aqui. Criciúma sempre foi um centro destacado, era uma luta constante em defesa de um país justo, igual, democrático, infelizmente tivemos esse retrocesso que durou 21 anos mas que recuperou-se depois, a democracia".

Maneca lembra da chegada dos militares vindos de Blumenau para Criciúma. "Criciúma, como tinha muita fama, o Exército não chegou no começo, não tinha guarnição, veio pessoal de Blumenau. Quando chegaram em Criciúma, chegaram na praça e prenderam todos que estavam por ali, envolvidos ou não. Eu fiquei um mês andando por aí e fui preso depois e permaneci preso por 10, 11 meses, ali na sede do Plano Nacional do Carvão".

Preso, acabou perdendo o mandato. "Quando fui preso, o Exército mandou para a Câmara um ofício avisando que eu estava preso por suspeita de atividades subversivas. A Câmara não instaurou processo regular, simplesmente reuniu-se e me cassou o mandato. Tinha dois companheiros do PTB mas o terror que se instalou na época, ninguém tinha coragem de fazer qualquer enfrentamento. A Câmara me cassou sem instaurar um processo".

Onze meses depois, libertado, Manoel foi em busca do seu mandato na Justiça. E conseguiu. "Quando fui solto, entrei na Justiça, ganhei mandado de segurança e voltei em dezembro. Em janeiro fui eleito presidente da Câmara pelos mesmos que me cassaram. Eu renunciei, disse que não aceitava ser presidente de uma Câmara que me cassou sem um processo sequer. Fiquei até o fim do mandato, daí o PTB elegeu o prefeito Nery Rosa em Criciúma e eu fui trabalhar com ele. Só tinha uma secretaria, eram departamentos".

Com o golpe consolidado, Manoel ainda elegeu-se deputado estadual em 65. E acabou cassado novamente. "Passou o tempo até que chegou a eleição de 65, eu já estava no MDB, e todos que atuavam dentro PTB foi para o MDB. Me elegi deputado estadual e permaneci até 1969. Em 69, final do ano, baixaram o AI-5, era presidente o marechal Costa e Silva, ele ficou doente. Sob a alegação de ordem e disciplina baixaram o AI-5 que restabeleceu a cassação de mandatos que estava suspensa pela nova Constituição de 67. Aí em 69 eu fui cassado como deputado estadual, cassado por 20 anos".

Ele lembra que, naqueles tempos, era comum deputados cassados elegerem as esposas. "Mas a minha mulher Dalva estava grávida e não quis. O meu concunhado Murilo [Sampaio Canto] foi candidato a estadual e meu cunhado Walmor [de Lucca] concorreu a federal. Os dois se elegeram".

Manoel Dias foi deputado estadual até 1969, quando foi cassado

Já ligado ao trabalhismo de Jango e Brizola, Maneca recorda o quanto  o ex-governador gaúcho, cunhado do presidente da República, quis resistir à deposição. "Foram anos difíceis. Perdemos. O Jango não quis resistir. Ele tinha maioria, teria condições de fazer o enfrentamento mas não quis, embora o Brizola tenha tentado incentivado a reação ao golpe".

Dos tempos que esteve preso em Criciúma, quase um ano, Maneca não recorda de ter sofrido torturas físicas. Mas sim psicológicas. "Éramos uns 50 presos, ficávamos naquelas salas, quatro ou cinco em cada sala. A gente ficava ali conversando entre nós, rindo e tudo, mas sem nenhum ato de tortura física". 

Por fim, mesmo com golpe cassando dois mandatos seus nos anos 60, Manoel Dias segue firme. "Eu tenho 70 anos de militância partidária, nunca mudei de partido, sempre defendi os mesmos princípios, sonhando com um país mais justo, mais igual"

Nas ondas do rádio

Criciúma dependia muito do rádio para se informar. E uma das primeiras vítimas do regime militar em Criciúma foi justamente o dial. O 31 de março foi uma terça-feira. Na quinta, 2 de abril, a Rádio Difusora era calada. Também pudera. Conta a história que por volta das 4h da madrugada de 1º de abril, já cientes do golpe em Brasília, dirigentes do Sindicato dos Mineiros foram às minas sugerir greve, e usaram os microfones da rádio para fazer o mesmo.

"As duas rádios ficavam na mesma rua, a Rui Barbosa. A Eldorado era um edifício de três andares, a rádio era no terceiro andar. Na mesma rua, um pouco à frente, hoje é a joalheria Vitorette, em cima era a Difusora. Havia auto falantes ali, colocavam hinos militares, discursos do Brizola chamando os povos às ruas", confirma Laenio Ghisi, que como radialista atuou nas duas emissoras de Criciúma naqueles tempos, a Eldorado e a Difusora.

"O pessoal do sindicato passava por ali. Na Eldorado, a porta fechada, a gente para entrar tinha que bater, havia uma preocupação com a segurança do pessoal da rádio. Colocaram um segurança ali para a gente poder trabalhar", lembra.

"A Eldorado tinha programação normal, com noticiários do Rio, São Paulo, Porto Alegre, a gente copiava as notícias de outras rádios. A Difusora tinha uma população voltada mais a discursos do Brizola, marchas militares e hinos chamando a população às ruas", detalha.

Laenio conta que, pela influência de Diomicio e da família Freitas, que era proprietária da emissora, a Eldorado era um lugar seguro. "Eu era um adolescente de 15 anos. Eu comecei a trabalhar na Eldorado com 10 anos, eu ia chorando abrir a rádio. Quando a gente entravana rádio e fechava a porta, a gente se sentia seguro, lá em cima estavam o Diomicio Freitas e os seus irmãos que acompanhavam as rádios de Rio e São Paulo para ter informações". 

Na parte superior desse prédio operou
a Rádio Difusora por alguns meses na Rui Barbosa

O antigo radialista recorda a chegada dos militares no Centro. "Eu lembro da chegada do Exército ocupando a praça Nereu, foram para cima da laje da Galeria Bristot, onde depois funcionou a Difusora. Lá em cima não tinha telha, era uma laje, lá ficaram os militares com aquelas armas direcionadas para a praça Nereu Ramos". E com tanta vigilância, qualquer rodinha que se formava na praça ou nas ruas era razão para intervenção. "Se juntava mais de duas pessoas eles mandavam espalhar. Ficou um ambiente de nervosismo no ar".

 

Por Denis Luciano 30/03/2022 - 21:25 Atualizado em 30/03/2022 - 21:40

É questão de horas para o anúncio. O Criciúma está contratando um meia com forte vocação ofensiva e muitos gols marcados nas últimas temporadas. O presidente Anselmo Freitas traçou o perfil do reforço em entrevista à Rádio Som Maior na noite desta quarta-feira (30), durante o jogo-treino no qual o Tigre perdeu por 2 a 1 para o São José no Heriberto Hülse. Só faltou dizer o nome.

Contou que em 2022 ele disputou nove partidas e marcou um gol em um Estadual. O meia Thiago Alagoano fez isso, defendendo a Inter de Limeira no Campeonato Paulista. E Anselmo relatou que em 2021 o novo reforço tricolor balançou as redes "14 ou 15 vezes". Thiago fez 14 em 53 jogos pelo Brusque.

Leia também - Criciúma está contratando goleador, anuncia presidente

E o dirigente deu outra pista. Que em 2020 o novo contratado do Tigre marcou 21 gols em pouco mais de 40 jogos. De fato, foram 21 gols que Thiago assinalou, em 41 partidas, também pelo Brusque. Só faltou dizer o nome mesmo. "É um atleta que vem para somar, a torcida vai ficar muito satisfeita", garantiu o presidente. "Mas a gente só anuncia quando o contrato estiver assinado", completou.

Thiago Alagoano no Brusque

Já fez quatro gols no Tigre

Thiago Alagoano tem histórico contra o Criciúma. Como adversário, disputou cinco partidas e marcou quatro gols, todos pelo Brusque. Foram três na campanha da Série C de 2020 e um no Catarinense do ano passado.

A ficha

Luiz Carlos Marques Lima, o Thiago Alagoano, tem 32 anos, é alagoano de Delmiro Gouveia. Começou a carreira em 2008 no ASA de Arapiraca, no qual jogou até 2012, quando transferiu-se para o Horizonte, do Ceará. Defendeu o Baraúnas (RN) em 2013 e o Jacuipense (BA) em 2014. Nesse mesmo ano foi emprestado ao Jeju United, da Coreia do Sul.

Thiago Alagoano na Inter de Limeira

Voltou para o Brasil em 2015, passando por Colo Colo (BA) e Coruripe (AL). Em 2016 defendeu Cruzeiro de Porto Alegre (RS) e River (PI). Em 2017 jogou no Joinville e foi para o Inter de Lages em 2018. Defendeu o São Luiz (RS) em 2019 e, na mesma temporada, chegou no Brusque, já arrancando com 15 gols em 31 jogos. Continuou no Brusque em 2020 e 2021, totalizando 50 gols em 125 jogos. Transferiu-se para a Inter de Limeira nesta temporada.

Confira a entrevista do presidente Anselmo Freitas à Som Maior no podcast:

 

Por Denis Luciano 30/03/2022 - 00:43 Atualizado em 30/03/2022 - 00:59

A CBF anunciou na noite desta terça-feira (29) o desdobramento das seis primeiras rodadas da Série B do Campeonato Brasileiro. E com surpresa para o Criciúma. O jogo diante do CSA, que seria a estreia na primeira rodada em Maceió, foi transferido para 4 de maio, uma quarta-feira, às 21h.

Com isso, a estreia do Tigre será na segunda rodada, no dia 14 de abril, uma quinta-feira, enfrentando o Londrina no estádio Heriberto Hülse às 20h. Na sequência, o Criciúma jogará seu segundo jogo, válido pela terceira rodada, no dia 23 de abril, um sábado, às 11h, contra o Sport Recife, novamente no Majestoso.

A primeira partida efetiva do Criciúma fora de casa na Série B será a terceira, válida pela quarta rodada, quando enfrentará o Guarani em Campinas no dia 27 de abril, uma quarta-feira, às 21h, no estádio Brinco de Ouro. Em seguida, no dia 1º de maio, um domingo, o Criciúma volta ao Heriberto Hülse para receber o Novorizontino às 11h.

Daí vem a partida diante do CSA, pela primeira rodada, que será na prática o quinto jogo do Criciúma, na quarta-feira, 4 de maio, em Maceió. Logo após, já pela sexta rodada, o compromisso será no sábado, dia 7, às 16h30min, frente ao Operário em Ponta Grossa.

Trocando em miúdos, a tabela apertou e ficou ruim para o Criciúma nessas seis primeiras rodadas. Em um espaço de 23 dias, fará seis partidas. Das três em casa, duas serão às 11h. E, pela transferência da partida com o CSA, terá um jogo em Maceió e outro em Ponta Grossa separados por apenas três dias.

Por outro lado, o Criciúma ganhou alguns dias a mais de preparação, já que estrearia no dia 8 ou 9 e passou para 14. São mais duas semanas depois do jogo-treino desta quarta, frente ao São José, até pegar o Londrina na arrancada da campanha. As mudanças na primeira rodada envolveram jogos de CSA e CRB por conta da tabela da fase decisiva do Campeonato Alagoano.

Abaixo, a tabela completa das seis primeiras rodadas:

 

Por Denis Luciano 28/03/2022 - 15:33 Atualizado em 28/03/2022 - 17:16

Sem surpresas. Foi assim que a grande maioria recebeu, na tarde desta segunda-feira (28), a decisão de Clésio Salvaro (PSDB), de continuar prefeito de Criciúma até o fim de 2024. Ao abrir mão do convite de João Rodrigues (PSD), para compor chapa ao governo, Salvaro tomou de fato uma decisão corajosa, como ele próprio frisou em nota divulgada nesta tarde.

Afinal, vários sinais indicavam que era "o cavalo encilhado" de Salvaro. Mas algo faltou para dar base à empolgação que fez Salvaro pegar um jatinho na semana passada e ir até Chapecó. Ele não se abalou ao Oeste por acaso. Ele quis ser candidato a vice e anteviu chances até de vitória.

Mas faltou algo. Faltou o apoio em casa. Dona Adriana, a primeira dama, e seu Armelindo, o pai de Clésio, foram contrários. E fizeram até uma enquete em família. E na enquete o "Fica Salvaro" teve 14 votos. O "Vai Salvaro", 5 votos, conforme anunciou o Adelor Lessa mais cedo em seu blog.

E faltou Luciano Hang. Está claro que o empresário não foi enfático na sua candidatura ao Senado, e potencializou isso ao anunciar, nas redes sociais, que volta da Itália na quarta-feira (30) para continuar trabalhando com suas lojas. Logo, está evidente que deve abrir mão de concorrer.

Sem Hang e sem a família, Salvaro optou por esperar. Ele já disse, certa vez, que ainda estará jovem em 2026. Resta saber se o cavalo vai continuar encilhado.

Por Denis Luciano 28/03/2022 - 12:28 Atualizado em 28/03/2022 - 13:05

O prefeito Clésio Salvaro cumpriu duas agendas rápidas no Paço Municipal na manhã desta segunda-feira (28), antes de partir em direção a Florianópolis. Ele ainda tem como tópico número 1 da sua agenda neste início de semana a definição sobre a possível candidatura a vice-governador do Estado. A tendência segue sendo de uma resposta negativa ao assédio do prefeito João Rodrigues (PSD), de Chapecó, que seria o candidato a governador na chapa.

Salvaro manteve uma conversa assim que chegou na prefeitura com dois secretários, Vágner Espíndola (de Governo) e Acélio Casagrande (da Saúde) mais o vereador Nícola Martins, líder do governo na Câmara. Em seguida, tratou de assuntos do Hospital São José com a diretoria da entidade.

Logo após, partiu para Florianópolis. Nesse começo de tarde, conversa com deputados do partido, entre os quais a deputada federal criciumense Geovania de Sá. Com todos, troca ideias sobre os prós e contras de uma candidatura. Dos quatro telefonemas que disse pela manhã que precisava fazer, Salvaro a princípio só fez um, ainda na prefeitura, com o presidente estadual do PSDB, Rogério Pacheco. Ainda estão na sua agenda os contatos com o empresário Luciano Hang, com o prefeito João Rodrigues e com o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo.

Leia também - Salvaro faz últimos contatos e anuncia decisão às 12h

É aguardado com expectativa, também, o discurso que Salvaro fará à noite, no ato de posse da nova diretoria da Associação Empresarial de Criciúma (ACIC). É possível que, durante o ato, ele coloque o seu futuro político. Quando conversou conosco pela manhã, na chegada ao Paço, Salvaro deixou claro que sua decisão sobre renunciar ou não ainda não estava tomada, e que dependia dos contatos que faria ao longo da manhã. A qualquer momento, ele deve anunciar sua decisão à Executiva Estadual tucana.

No Paço seguem as faixas do Fica Salvaro

 

Por Denis Luciano 28/03/2022 - 08:25 Atualizado em 28/03/2022 - 09:19

O prefeito Clésio Salvaro anuncia às 12h, em reunião com a Executiva Estadual do PSDB em Florianópolis, que será ou não candidato a vice-governador na chapa de João Rodrigues (PSD).

Ele chegou por volta das 8h no Paço Municipal. Está agora reunido com os secretários de Governo, Vagner Espindola, e de Saúde, Acélio Casagrande, e com o vereador Nícola Martins (PSDB), líder do Governo Salvaro na Câmara.

Conversamos rapidamente. Perguntei: prefeito, decisão tomada? Salvaro disse que não. Que ainda tem quatro telefonemas a fazer, e que anunciará sua decisão de concorrer ou não na reunião da Executiva tucana às 12h.

As ligações são para o empresário Luciano Hang, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, o presidente estadual dos tucanos e prefeito de Concórdia, Rogério Pacheco, e o prefeito João Rodrigues.

No Paço, o sentimento é que Salvaro não vai. Há duas faixas #FicaSalvaro nos acessos aos estacionamentos. No caminho entre o estacionamento e o gabinete, Salvaro encontrou uma servidora. Disse ela: "não podemos perder esse homem". No que ele respondeu: "a cidade vai ficar em boas mãos".

Mesmo assim, tudo indica que Salvaro fica.

Saiba mais no vídeo abaixo:

 

Por Denis Luciano 27/03/2022 - 21:15 Atualizado em 27/03/2022 - 23:02

Em vídeo que circulou nas redes sociais no fim de semana, o presidente nacional do Partido Republicano da Ordem Social (PROS), Marcos Holanda, anunciou o defensor público estadual Ralf Zimmer como pré-candidato da sigla a governador de Santa Catarina. 

Também neste fim de semana, o Novo confirmou a pré-candidatura de Odair Tramontin a governador. O anúncio da aprovação do promotor de Justiça de Blumenau no processo seletivo do partido foi anunciado no sábado (26) pelas redes sociais do Novo.

A lista de pré-candidatos, de momento, tem:

Republicanos - Carlos Moisés
Progressistas - Esperidião Amin
PDT - Fernando Coruja
PT - Décio Lima
MDB - Antídio Lunelli
Podemos - Fabrício Oliveira
PL - Jorginho Mello
Novo - Odair Tramontin
PSB - Dário Berger
União Brasil - Gean Loureiro
PSD - João Rodrigues e Raimundo Colombo
PROS - Ralf Zimmer

Sobre o PROS

Além de Ralf Zimmer para governador, Marcos Holanda anunciou o advogado Jeferson Rocha como presidente do partido em Santa Catarina. O PROS está alinhado com a busca da reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Em maio de 2021, conforme apontou Hora Brasília, Jeferson "ajudou a organizar a mobilização nacional que levou mais de 200 mil produtores rurais a Brasília em defesa da liberdade e contra as políticas de lockdown, por um Supremo Tribunal Federal decente e um Senado altivo, reclamando moralidade e investigação dos abusos cometidos por Governadores e Prefeitos contra as liberdades individuais dos cidadãos brasileiros". Ele é um dos idealizadores do Movimento Brasil Verde e Amarelo.

Ralf Zimmer, pré-candidato do PROS a governador

Sobre Ralf Zimmer, ele foi candidato a deputado federal em 2018 pelo PSDB. Fez 2.596 votos. Como defensor público estadual, deverá se licenciar em julho para concorrer a governador. Zimmer ganhou notoriedade ao propor o primeiro dos processos de impeachment contra o governador Carlos Moisés e a vice Daniela Reinehr. A razão foi a concessão dos reajustes salariais para procuradores do Estado. Nas falas durante o processo, na Alesc, fez contundentes falas contra o que chamou de crimes de responsabilidade tanto do governador quanto da vice.

Por Denis Luciano 25/03/2022 - 20:40 Atualizado em 25/03/2022 - 20:41

Uma mulher mantinha mais de 90 gatos em sua casa no Bairro Sangão, em Criciúma. O caso chegou ao conhecimento do Núcleo de Bem Estar Animal, que foi ao local efetuar a fiscalização e constatou o precário estado dos bichanos. A dona do imóvel recebeu uma notificação e a orientação de que "desse um jeito" nos gatos. Em seguida, ela partiu acompanhada da filha. O caso já vem se arrastando há algum tempo.

A história começou a se tornar pública a partir de uma postagem de uma mulher no Facebook, faz algumas semanas, pedindo ajuda para tratar gatinhos em situação de abandono e extrema magreza. Uma protetora de animais foi ao local levar ajuda e se deparou com a cena: "fui levar ração para os bichinhos. Eu nunca tinha presenciado algo tão horrível, fiquei desesperada. Tinha um cheiro horrível [na casa], tive que trancar o nariz. Pura pulga pra todo lado. Uma coisa absurda", contou a protetora de animais, que pediu para não ser identificada. 

Um dos gatos que sobreviveu na casa

De pronto, essa pessoa fez contato com a vizinhança. "Duas vizinhas me contaram que alguém fez uma denúncia dessa acumuladora e o Núcleo fez a notificação, mandando elas darem um jeito nos animais. Esse jeito foi pegar uns sacos grandes, colocar os gatos dentro e jogarem no mato, nas bananeiras, em volta. Tinha caveiras de gatos já. Elas [mãe e filha] saíram da casa e deixaram um cachorrinho bem idoso para morrer, quase cego, e alguns gatos que não conseguiram dar fim", detalhou a protetora, horrorizada com as cenas e as informações. "Estava cheio de carcaça de gato morto atrás da residência. Eu nunca imaginei que veria isso de perto", disse.

A protetora contou que alguns gatos foram resgatados da casa. "Consegui resgatar três, dois estão comigo e um já consegui doar", contou. 

Um dos poucos sobreviventes entre os mais de 90 gatos da casa

De posse de todo esse relato, com fotos e detalhes, procuramos o diretor do Núcleo, Cristophe Lima, que assumiu o cargo há poucos dias. Ele não negou o caso mas disse não poder informar detalhes, que isso caberia à Diretoria Executiva de Comunicação (Decom) da prefeitura. Nossa reportagem do 4oito procurou a Decom e não obteve retorno.

Um pouco da grande quantidade de sujeira na casa

 

« 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

Copyright © 2022.
Todos os direitos reservados ao Portal 4oito