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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Denis Luciano 28/05/2020 - 17:11

No começo da tarde, pouco antes das 14h, a reportagem do 4oito registrou o caso de lixeiras abarrotadas no Centro de Criciúma, proximidades do Colégio Lapagesse. A notícia surtiu efeito, pois não demorou e a limpeza foi providenciada.

Agora, o cenário é outro: sem lixo acumulado nem atirado no chão, lixeira limpa e pronta para cumprir sua missão.

O acúmulo chamou a atenção da Racli, a empresa contratada pela prefeitura para cuidar disso. É que os seus representantes garantem, como assinalou a matéria do 4oito, que a coleta é diária por ali. Também pudera, zona de grande concentração, muita gente passando, sinal que, ao menos, as pessoas estão utilizando a lixeira. Menos mal.

Ainda sobre lixo na área central, fizemos há oito meses, no começo de setembro, uma apuração sobre a quantidade de resíduos descartados na Praça Nereu Ramos e entorno em um dia normal de comércio aberto e atividades a pleno. À época, nem se falava de pandemia, de Covid-19 e muito menos de isolamento social. 

O cálculo da turma da limpeza urbana apontava para até seis contêineres de lixo gerados em um dia movimentado. E essa mesma turma calcula que passavam por dia - antes da pandemia - 5 mil pessoas pela Nereu Ramos. Se cada um arremessasse um lixo qualquer no chão - como muitos fazem - seriam 5 mil itens de imundícies em geral para emporcalhar a cidade e dar mais trabalho aos dez garis que se revezam no coração da cidade.

Ou seja, para manter as lixeiras em ordem, claro que a Racli precisa estar atenta, limpando. Mas a população pode fazer a sua parte também.

Confira também - No Centro, até seis contêineres de lixo por dia

 

Por Denis Luciano 28/05/2020 - 15:33 Atualizado em 28/05/2020 - 15:34

Claro que depois do acontecido é bem mais fácil, mas que o presidente Jaime Dal Farra vinha dando sinais de esgotamento do seu projeto no Criciúma, isso era fato. Mais um desses sinais está dado agora. O advogado Albert Zilli dos Santos está deixando a direção jurídica do clube. A saída dele e a posse na função do advogado Rodrigo Sakae foram anunciadas por nota oficial do Criciúma há pouco:

O Dr. Rodrigo da Silva Sakae, OAB/SC 27.116, assumiu a diretoria jurídica do Criciúma Esporte Clube na última segunda-feira (25/05). 

 

Com 37 anos, Sakae atua como advogado desportivo desde 2009, é ex-auditor da Liga Florianopolitana de Futebol (Liff) e já foi assessor jurídico do Criciúma de 2011 a 2014, ocasião em que se tornou procurador constituído do clube para defesa nos órgãos de Justiça Desportiva, prestando consultoria e assessoria de direito desportivo desde então.

 

Atualmente, é vice-presidente da Comissão de Direito Desportivo da OAB/SC - Subseção de Criciúma, e membro efetivo da Comissão de Direito Desportivo da OAB/SC.

 

O Criciúma agradece o empenho e dedicação do Dr. Albert Zilli dos Santos no desempenho desta importante função.

Sakae já tem um tempo de atuação pelo Criciúma. É competente, jovem e tem bom trânsito. Auxiliava Albert em diversas demandas e inclusive acabava atuando até mais que o titular na rotina do clube. Albert tinha a visão global do juridiquês no Criciúma. Conhece como poucos os pormenores do contrato da GA com o Criciúma. E isso não vem de agora. Ele foi um agente importantíssimo na consolidação oficial da parceria original, ainda com o presidente Antenor Angeloni.

Há quem diga, inclusive, que Albert teve um papel fundamental na formatação que conferiu aos parceiros, Angeloni e depois Jaime Dal Farra, confiança para fechar negócios de tamanha responsabilidade, como eram o caso de assumir o clube e deixa-lo, sem garantias de lucratividade ao fim do período, enxuto, sem dívidas e com o patrimônio em dia. Albert, enquanto advogado competente que é, participou  decisivamente nas duas transições, na que colocou Antenor Angeloni e na que fez de Jaime Dal Farra o sucessor à frente da GA.

Albert em um dos tantos pronunciamentos em meio a crises do Criciúma.
Ele fez parte ativa do Tigre pelo menos nos últimos oito anos.

E não foram poucas vezes que o advogado foi até o Conselho Deliberativo explicar o contrato, tirar dúvidas e abafar crises. Foram várias, desde os destemperos do presidente Dal Farra nas brigas com torcida, imprensa e até outros clubes, passando pelo embate fortíssimo recente com a Federação Catarinense de Futebol (FCF). Albert foi um contemporizador, um contorno às crises com a sua experiência embasada nas leis. Contribuiu e muito para a nova fase que vive o Criciúma, que sairá de mais uma transição assim como apregoa o contrato da GA: livre de dívidas e zerado para a nova turma que vier.

Por Denis Luciano 27/05/2020 - 16:07 Atualizado em 27/05/2020 - 16:12

A possível transferência das eleições municipais de outubro para novembro ou dezembro - o próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já admitiu essa hipótese - ajuda a animar um pouco mais o MDB em Criciúma. O partido que passou de protagonista a coadjuvante nas disputas mais recentes em Criciúma "está apostando na renovação". A garantia é do ex-vice-prefeito e ex-secretário municipal de Saúde, Gelson Fernandes, um dos coordenadores da campanha ao Paço.

O MDB já deliberou e avalizou a candidatura do médico Aníbal Dário à prefeitura. Será a estreia dele nas urnas. Clínico geral e professor universitário, Aníbal tem raízes nos colonizadores de Criciúma. Seu bisavô esteve entre os fundadores da cidade, lembrou em recente crônica na Rádio Som Maior o articulista Archimedes Naspolini Filho.

Aníbal, fato novo

"O Aníbal será o grande fato novo da eleição. Um homem novo na política, com um discurso novo, uma prática diferente. Um candidato leve", defendeu Gelson, que já teve experiência no Paço. Foi com ele como vice que o MDB, então PMDB, venceu uma eleição pela última vez em Criciúma. Um "venceu" questionável por muitos, já que foi na disputa de 2004, vencida no voto por Décio Góes (PT) que acabou cassado, o que fez da chapa Anderlei Antonelli e Gelson Fernandes, a segunda colocada, a vitoriosa no fim das contas. A dupla fez, na ocasião, 30.364 votos, o equivalente a 45,8% excluindo os sufrágios em Décio.

Aníbal Dário, o candidato do MDB à prefeitura / Arquivo / 4oito

Mas a construção da candidatura de Aníbal Dário é um desafio para o MDB. "É, a gente precisa de um pouco mais de tempo para apresenta-lo, mas ele é bastante conhecido nos bairros, pelo trabalho como médico, falta agora que as pessoas conheçam o Aníbal na política", apontou Gelson. Com todos os impedimentos da pandemia de Covid-19, o MDB conta que o tempo a mais que haverá com a transferência do pleito permitirá ao partido aprofundar o processo de conhecimento de Aníbal Dário no processo. "Estamos trabalhando em reuniões por grupos, com pequenos grupos de pré-candidatos a vereador e lideranças. E o Aníbal vai se desincompatibilizar das suas atividades médicas para dar atenção total à campanha", reforçou o ex-vice-prefeito, que demonstra otimismo.

Confira também - "A democracia deve ser uma festa, e não uma guerra", diz Aníbal

Otimismo do MDB embora o reconhecido poderio de votos de Clésio Salvaro (PSDB), do qual os emedebistas já foram concorrentes desde 2004. A última vitória do MDB, antes do episódio com Antonelli e o petista Décio em 2004, se deu em 1996, com o ex-secretário Paulo Meller coligado a Maria Dal Farra Naspolini (PSDB) ganhando a disputa com 47,2% dos votos contra Altair Guidi (PPB), Décio Góes (PT), Moacir Fernandes (PFL) e Robak Barros (PCdoB).

O cenário atual, ainda um pouco congestionado, aponta, por enquanto, para o MDB com chapa pura. "Sim, temos alguns nomes que despontam para uma chapa pura", reconheceu Gelson. Uma dessas alternativas é a ex-vereadora Tati Teixeira, que já tentou concorrer a vice na disputa passada, em 2016, naufragando na chapa desistente na ocasião liderada pelo ex-deputado estadual Cleiton Salvaro (PSB). Tati estava no PSD na época.

Nos bastidores, comenta-se sobre outras duas possibilidades de composição de chapa: possível aproximação com o PDT ou então com o PSL. Os pedetistas estão mantendo o deputado estadual Rodrigo Minotto como pré-candidato a prefeito, e o partido do governador Carlos Moisés faz o mesmo com o vereador Júlio Kaminski. Mas há quem aposte que os três partidos poderão figurar no mesmo palanque. A conferir.

E lembrar que despontam, ainda, as pré-candidaturas de Júlia Zanatta (PL), Francisco Balthazar (PT), Ederson da Silva (PSTU), Douglas Mattos (PCdoB) e André Cardoso (PRTB), além do prefeito Salvaro em busca da reeleição.

A história

Abaixo, um histórico do MDB em eleições para prefeito em Criciúma:

O MDB em Criciúma

2016 - Acélio Casagrande (PMDB) foi vice de Márcio Búrigo (PP). Perderam para Clésio Salvaro (PSDB) e terminaram em segundo lugar com 13.018 votos, 11,91%.

2013 - Em eleição suplementar, Ronaldo Benedet (PMDB) concorreu a prefeito, com Douglas Mattos (PCdoB) de vice. Segundo lugar com 12.629 votos, 11,89%. Perderam para Márcio Búrigo (PP).

2012 - Romanna Remor (PMDB) com José Paulo Serafim (PT) de vice somou 21.415 votos. Clésio Salvaro somou mais, mas foi cassado e uma nova eleição precisou ser realizada.

2008 - Acélio Casagrande (PMDB) com Celso Menezes (PFL) de vice, terceiro lugar com 22.528 votos, 20,5%, atrás de Clésio Salvaro (PSDB) e Décio Góes (PT).

2004 - Anderlei Antonelli (PMDB) e Gelson Fernandes (PMDB) terminaram em segundo lugar com 30.364 votos, mas com a cassação de Décio Góes (PT), conseguiram vencer.

2000 - Eduardo Moreira (PMDB) e Maria Dal Farra Naspolini (PMDB) fizeram 38.465 votos, 40,39%, e terminaram em segundo lugar, atrás de Décio Góes (PT).

1996 - Paulo Meller (PMDB) venceu a eleição, com Maria Dal Farra Naspolini (PSDB) de vice. Somaram 40.604 votos, 47,2%, e superaram Altair Guidi (PPB), Décio Góes (PT), Moacir Fernandes (PFL) e Robak Barros (PCdoB).

1992 - Eduardo Moreira (PMDB) ganhou, com Anderlei Antonelli (PSDB) de vice. Somaram 32.721 votos, 42%, e superaram Moacir Fernandes (PFL), Milton Mendes (PT), Ênio Coan (PL) e Vilmar Bonetti (PDT).

1988 - O PMDB com Eduardo Moreira prefeito e Ronaldo Benedet vice perdeu para Altair Guidi (PDS). O PMDB fez 26.362 votos, 33,9%.

1982 - José Augusto Hülse (PMDB) venceu, com 18.533 votos, 32,4%. Roseval Alves (PMDB) era o vice. Foi a eleição das sublegendas. Hülse era PMDB 2. PMDB 1 era Lírio Rosso, e o PDS perdeu com os candidatos Nereu Guidi e Algemiro Manique Barreto.

Por Denis Luciano 27/05/2020 - 10:48 Atualizado em 27/05/2020 - 11:01

Ontem foi realizada a reunião do Conselho Consultivo do Criciúma. Ex-presidentes da executiva e do Conselho Deliberativo foram ouvidos. Em pauta, a busca de alternativas para o futuro do clube depois do fim da parceria com a GA e da gestão do presidente Jaime Dal Farra, que vai ocorrer quando a temporada acabar, lá por dezembro ou janeiro.

A reunião contou com a presença de apenas três ex-presidentes: Milton Carvalho, Voimer Conti e Guido Búrigo. Guido representou Moacir Fernandes. Sobre ela, escrevo mais abaixo.

Antenor e Vadão

Muitos queriam colocar na conversa da sucessão um nome histórico do Criciúma, e pivô da última grande guinada do Tigre: Antenor Angeloni. Ele segue silencioso, recluso, e assim deverá continuar, a exemplo do seu irmão Arnaldo. Está, conforme os mais íntimos da família, descartado qualquer retorno deles à rotina do Tigre.

Um canal que temos, vez por outra, para saber algo do ex-presidente é a professora Maria Inês Salvador Cesca, mãe da Vandressa, a esposa de Antenor. Ela fez uma postagem ontem nas redes sociais referindo Antenor. Ela mencionou a tristeza dele com a morte do técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, a quem chamou de amigo. Foi com Vadão como técnico que Angeloni e o Criciúma ganharam o último título tricolor, o Campeonato Catarinense de 2013. Confira abaixo a postagem:

Reprodução / Facebook

E o futuro?

Sobre o futuro do Criciúma, conversei nesta manhã, na Som Maior, com o presidente do Conselho Deliberativo. Carlos Henrique Alamini segue reticente e sem novidades. "É muito cedo para a gente ter uma proposta de administração do Criciúma", falou. "Nós nos reunimos para começarmos a enriquecer uma nova gestão, mesmo sabendo que tudo isso vai ser analisado e aprovado no Conselho. Fizemos a reunião com os ex-presidentes buscando informações, para termos um norte", destacou.

Alamini entende que a reunião foi importante, embora não contando com muitos ex-presidentes participando. "Vamos fazer outras reuniões. Enquanto não tivermos uma proposta oficial vamos em busca de alternativas. O que não pode acontecer é chegar no fim de dezembro sem uma solução", destacou. Ele entende que o Criciúma "caminha a passos largos rumo a uma solução".

Para o presidente do Conselho, "o bom Estatuto" que o Criciúma tem garante a manutenção da estrutura. "A proposta que vier será analisada pelo Conselho, a melhor será aprovada", diz. "O que tem que ter é o dinheiro na frente com a proposta de gestão atrás", responde, quando indagado sobre o modelo a ser adotado: se um presidencialismo ao modo antigo, se uma S.A. ou se uma parceria ao estilo GA. "O que importa agora é respaldo financeiro", sublinha.

O contrato atual garante ao Criciúma a entrega da gestão sem dívidas no fim da parceria com Jaime Dal Farra. "O clube volta realmente zerado e com patrimõnio 100% dele. Para o investidor, ele teve a oportunidade de obter lucro. Lógico, ter um bom time e automaticamente ter retorno disso aí", reforça. "As duas partes foram muito felizes no atual contrato, e até dezembro haja essa transição e que a gente não vai ter problemas nessa transição até o fim do ano", salienta.

Carlos Alamini, presidente do Conselho do Tigre / Arquivo / 4oito

Surgiu algum candidato a investidor?

"Desde que eu me conheço como presidente do Conselho, sempre há especuladores", diz, quando questionado sobre interessados. "Mas tinha o contrato do Jaime. No dia 13 de maio recebemos o pedido de rescisão e no dia seguinte, já recebemos especulação. Mas nada com muita base. Simplesmente interessados em passar para algum empresário e investidor", revela.

Alamini lembra que os balanços do clube estão em dia. Ou seja, transparência para o futuro gestor. "Para início de conversa, não precisa nem procurar a diretoria, já está tudo na página do clube na internet. A partir daquilo ali vem a proposta e a negociação. Mas por enquanto, sobre futuros parceiros, só especulação", garante. "Na hora certa a gente divulga isso", conclui.

Ouça a entrevista no podcast:

Por Denis Luciano 22/05/2020 - 09:43

O Supermercado Angeloni tem uma loja no Centro. Na Rua Felipe Schmidt. Faz muitos anos. Espaço nobre, bem frequentado. Os fundos da loja ficam para a Rua Martinho Acácio Gomes, uma pequena via de duas quadras que conecta as ruas Dom Joaquim e Marechal Deodoro. É a chamada doca do mercado, por onde os produtos chegam para abastecer as gôndolas e, por consequência, os clientes.

Daqui do Due Fratelli, do privilegiadíssimo décimo segundo andar ocupado pela Som Maior e pelo 4oito, temos uma vista privilegiada, por exemplo, desse ponto citado acima. Em um brevíssimo intervalo entre uma matéria e outra, espiava para aquelas bandas pela vidraça. E vi o caminhão da foto vindo na contramão por outra pequena rua desses arredores, a Domingos Darós, que tem apenas uma quadra. Nessa rua está, entre algumas casas, o Hotel Colle. Essa rua tem mão única, no sentido da Marcos Rovaris para a Martinho Acácio Gomes, aquela rua da doca do Angeloni.

Certo. O caminhão em questão estava abastecendo o supermercado. Ao deixar a doca, se deparou com uma surpresa não muito agradável do trânsito: carros estacionados nos dois lados da via. Ok, pode, mas não tão perto da saída da doca. Resultado: é geometricamente impossível que o caminhão manobre no sentido de deixar a doca e convergir na Martinho Acácio Gomes em direção à Marechal Deodoro, que seria o fluxo correto. Logo, o caminhão foi obrigado a fazer os poucos metros da Domingos Darós na contramão para chegar à Marcos Rovaris e, então, tomar seu rumo.

Calculei, a grosso modo, que o caminhão teria dificuldades para vencer a esquina, mas o habilidoso motorista passou sem qualquer risco aos carros já colocados pela Marcos Rovaris. E um desses automóveis, que vinha ao não muito longe em razoável velocidade por esta via, por poucos metros não se deparou com o caminhão vindo da necessária contramão para seguir seu rumo. Um improviso mais que necessário, mas fica a dica aos motoristas que mal aproveitam o espaço de estacionamento nos fundos do Angeloni: deixem espaço de manobra para os caminhões.

Por Denis Luciano 20/05/2020 - 16:46 Atualizado em 20/05/2020 - 17:00

16 de março de 1990. Fernando Collor de Mello (PRN) era o presidente da República havia um dia. Tinha tomado posse na véspera, recebendo a faixa de José Sarney (PMDB). Collor de Mello surfava em alta popularidade, fruto da histórica vitória na eleição de 89 contra Lula da Silva e outros tantos concorrentes. E tirava proveito disso para uma jogada ousada: confiscar os recursos da poupança dos brasileiros. Objetivo, conter a inflação de 80% ao mês que o Brasil encarava.

Agora, 30 anos depois, Collor pediu desculpas. Hoje senador de Alagoas pelo PROS, o ex-presidente é usuário assíduo do Twitter. Na rede social, expõe uma vertente mais leve do que aquele Collor sisudo e sempre ao ataque do passado. Tem sido até bem humorado. E numa das suas sacadas recentes, resolveu pedir desculpas aos brasileiros por ter confiscado as poupanças há 30 anos.

Reprodução / Twitter

Em entrevista há poucos dias ao jornalista Luiz Nassif, Collor contou detalhes da reunião, entre sua eleição em 89 e a posse em 90, na qual decidiu pelo confisco. "Foi numa conversa aqui em Brasília com o ex-ministro Mário Henrique Simonsen. Ele, o André Lara Rezende e o Daniel Dantas", disse. "Foi num período entre a minha eleição e posse, em que eu estava ouvindo diversos economistas e pessoas de fora da órbita da economia, saber deles o que imaginavam poderia ser o meu governo, quais medidas poderiam ser tomadas para a gente resolver o grande problema que acometia a todos nós, a inflação era de 80% ao mês", comentou. "Temos que acabar com a situação, e passar por um congelamento de preços. Mas congelamento com esse excesso de liquidez na economia, impossível. Teríamos uma quebradeira geral. Daí o Mário Henrique expunha essas ideias de congelamento, mas era muito difícil pela liquidez, não sabia como transpor isso", recordou.

Daí veio a ideia de conter a liquidez com menos recursos circulantes. A forma? Bloquear a poupança, ou o excedente dela. "Até que o André Lara Rezende sugeriu que a liquidez precisaria de um bloqueio. Daí o Daniel Dantas replica, perguntando se o André queria cumprimentar as pessoas com o chapéu alheio. Daí o André volta para o Simonsen e diz que essa pode não ser uma ideia das melhores, mas é a saída. E Simonsen disse que tecnicamente é a saída, mas politicamente era inviável, o bloqueio da liquidez, um cerceamento da liquidez para que o congelamento de preços pudesse funcionar e nós termos um espaço de tempo para podermos ir aplicando nossas medidas e controlando a inflação ao mesmo tempo", referiu. "Politicamente cabia a mim tornar viável. As medidas foram tomadas, o bloqueio dos ativos foi numa extensão muito maior que imaginávamos. Nós imaginávamos bloquear o overnight, de curtíssimo prazo, os títulos ao portador, todos os recursos que eram dirigidos à especulação, mas o mercado, como sabemos, é muito esperto, e traça diversos cenários para se antecipar a decisões do governo para ganhar do governo", completou.

Vale ver o vídeo:

Por Denis Luciano 20/05/2020 - 11:02 Atualizado em 20/05/2020 - 11:06

Vai ter influência criciumense no comando da Secretaria Especial de Cultura, equivalente ao ministério do segmento no governo Jair Bolsonaro. Com a saída da atriz Regina Duarte, que não ficou 90 dias na função - havia assumido no começo de março e confirmou que deixa a pasta em vídeo publicado ao lado do presidente -, Mário Frias já foi convidado. Bolsonaro falou com o ator na manhã desta quarta-feira, 20, pouco depois da publicação do vídeo ao lado de Regina.

Confira também - Regina Duarte fora do governo Bolsonaro

Em entrevista à CNN Brasil ontem, no fim da tarde, Mário Frias já havia se pronunciado a respeito. Fez diversos elogios a Regina Duarte, dizendo-se fã da atriz, mas elogiou Bolsonaro ainda mais. "Para o Jair, o que ele precisar, estou aqui", disparou. Na entrevista fez, ainda, uma contundente defesa do governo, dizendo que agora vê o Brasil "com chances de ser respeitado". Veja no vídeo abaixo:

Mário é cidadão honorário de Criciúma

E a digital criciumense? Simples. Tem a digital pessoal e a política. Sobre a pessoal, a esposa de Mário Frias é daqui. A publicitária Juliana Camatti da Silva casou com ele em janeiro de 2008, depois de quase dois anos de namoro. O casal tem uma filha, Laura, nascida em 2011.

E o vínculo político passa por Daniel Freitas. Mário e o deputado federal criciumense são amigos de longa data. Em janeiro, os dois tiveram uma agenda com o ministro da Educação, Abraham Weintraub. Na ocasião, Daniel e Mário foram levar a ideia de um game na TV envolvendo estudantes de escolas públicas.  Em outro momento, Daniel levou Mário para uma audiência com a ministra Damares Alves. Na pauta, projetos relacionados a adoção de crianças.

Daniel e Mário com o ministro da Educação em janeiro

Mas o vínculo de Mário com Criciúma é um pouco maior. Ele é cidadão honorário da cidade, título conferido em novembro de 2015 pelo então vereador Daniel Freitas. Em julho de 2018, Daniel e Mário participaram juntos de um encontro sobre empreendedorismo em Imbituba, promovido pela Associação Empresarial daquele município. No mês seguinte, encontro semelhante ocorreu em Criciúma, conforme registrou o 4oito, com a presença do ator na cidade.

Daniel e Mário na posse de Regina Duarte na Secretaria de Cultura em março

Em contato do blog faz poucos minutos com uma pessoa bastante ligada ao deputado Daniel Freitas, e com a pergunta "Mário é o secretário?", recebemos a seguinte resposta: "Sim, golaço nosso!". Agora, é questão de horas para a confirmação oficial do cidadão honorário de Criciúma no comando da Cultura nacional. Mário Frias tem 48 anos, é natural do Rio de Janeiro e trabalhou em diversos papeis na Rede Globo e apresentou um programa de viagens no SBT.

Por Denis Luciano 19/05/2020 - 16:38 Atualizado em 19/05/2020 - 16:39

Bolsonaristas da região carbonífera uniram-se e estão pagando a instalação de outdoors com mensagens de apoio ao presidente da República. "Estamos fechados com Jair Bolsonaro", garante o empresário Nilson Olivo, um dos articuladores do grupo. 

O primeiro dos outdoors prometidos já está exposto. "É o teste, ali na área industrial de Içara. Nesta semana vamos instalar mais dez em Criciúma, em locais de destaque", anuncia.

"Vamos trabalhar e se cuidar", postou Nilson em suas redes sociais, indicando um dos discursos de Bolsonaro que os seus apoiadores buscam propagar na região. Um dos momentos recentes de manifestação desse apoio dos eleitores ao presidente foi expressado antes, durante e depois da entrevista que fizemos nesta segunda-feira, 18, com o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) no Agora, na Rádio Som Maior. "Muito boa a entrevista com o Doutor Osmar Terra. Sempre é bom ouvir os DOIS LADOS. Infelizmente existem dois lados", teclou o próprio Nilson Olivo. Outro internauta compartilhou para os seus diversos contatos a seguinte mensagem, disparada no domingo: "Amanhã na Som Maior, no programa do Denis Luciano, entrevista com Osmar Terra. Vamos ficar ligados, entrar no Facebook da rádio e encher de elogios o deputado, mostrar a força do Bolsonaro aqui na região".

Por Denis Luciano 19/05/2020 - 16:17 Atualizado em 19/05/2020 - 16:43

Segundo mais votado na eleição à Câmara de Biguaçu de 2016, na ocasião pelo Partido Progressista (PP), Douglas Borba somou 1.313 votos. O mandato foi interrompido pela vitória de Carlos Moisés da Silva (PSL) para o governo de Santa Catarina e o consequente convite para ser chefe da Casa Civil. Borba, então, licenciou-se do Legislativo na sua cidade para ocupar uma das mais importantes secretarias do novo colegiado empossado em janeiro do ano passado.

Viveu momentos importantes de liderança tanto das ações do governo quanto da estruturação do PSL em Santa Catarina. Foi ele, por exemplo, quem tentou convencer o ex-deputado federal Jorge Boeira a filiar-se no partido de Moisés. E foi recentemente. Para constar, Boeira não aceitou, e o PSL de Criciúma apostou suas fichas no vereador Julio Kaminski, recentemente egresso do PSDB.

Agora, afundado nas denúncias que pautam a CPI dos Respiradores, e que o tiraram da Casa Civil, Douglas Borba deixa também de ser vereador em Biguaçu. Ele tinha direito a retomar o mandato que era seu, conquistado nas urnas, mas o ex-secretário de Estado optou pela renúncia. A carta foi entregue na tarde desta terça-feira, 19, à presidência da Câmara de Biguaçu. Na carta, Borba refere que serviu ao município por 12 anos, seja na Câmara, seja como secretário municipal, mas que agora é hora de "se desligar da atividade política", revelando sua intenção de dedicar-se à família e a atividades privadas.

Douglas deverá ir à CPI na Alesc na próxima terça-feira, 26, e corre risco de encarar uma acareação com o também ex-secretário de Saúde, Helton Zeferino, e com a servidora Márcia Pauli, que nas denúncias responsabilizou o ex-chefe da Casa Civil pelas negociações que culminaram na compra dos 200 respiradores por R$ 33 milhões junto à Veigamed.

Confira abaixo a carta de renúncia de Douglas Borba:

A carta de renúncia de Douglas Borba

 

Por Denis Luciano 19/05/2020 - 08:57 Atualizado em 19/05/2020 - 09:01

A sede por uma taça era tão grande que a torcida tricolor invadiu Chapecó. De carro, de ônibus e até de avião, o que não faltou foi torcedor do Tigre naquela tarde de 19 de maio de 2013, um domingo, na casa da Chapecoense. O Indio Condá lotou para ver aquele Chapecoense 1 x 0 Criciúma. Ainda assim, a festa foi tricolor, com o Tigre levantando a taça já que, na primeira partida da final, havia vencido por 2 a 0 no Heriberto Hülse.

Era o coroar de uma expectativa que já vinha positiva para aquele Estadual. É que, no fim do ano anterior, o Criciúma havia comemorado o acesso à Série A. A gestão Antenor Angeloni vivia seu estado de graça, o Tigre se aprontava para voltar a disputar uma Série A e, de quebra, faturava o título estadual - entrou favorito na competição - que não ganhava desde 2005. Foi a décima conquista de Campeonato Catarinense que veio para o Criciúma.

Esse título, o último conquistado pelo Criciúma, teve a liderança do técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão. O Tigre jogou e sagrou-se campeão com Bruno, Sueliton, Matheus Ferraz, Ewerton Páscoa e Marlon, Amaral, Elton e Ivo (João Vitor), Lins (Gilson), Marcel e Fabinho (Tartá). Depois do jogo, uma festa inesquecível. O retorno festivo com a delegação chegando na manhã de segunda-feira, sendo recebida por milhares de torcedores nas ruas.

A conquista daquele Catarinense veio depois de 22 jogos, com dez vitórias, cinco empates e sete derrotas, 47 gols marcados e 26 sofridos.

Naquela mesma temporada o Criciúma foi à terceira fase da Copa do Brasil, sendo eliminado pelo Salgueiro, e jogou a Copa Sul Americana, caindo na primeira fase ante a Ponte Preta. E na Série A, brigando para não cair, conseguiu se manter, fechando a disputa em décimo quarto lugar com 46 pontos, à frente da dupla Fla-Flu, que escapou, e dos rebaixados Portuguesa, Vasco, Ponte Preta e Náutico.

Por Denis Luciano 17/05/2020 - 19:47 Atualizado em 17/05/2020 - 19:53

O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) será nosso entrevistado nesta segunda-feira, 18, às 9h, no programa Agora, na Rádio Som Maior. 

Terra tem sido, em nível de mídia, uma das vozes mais atuantes na defesa do presidente Jair Bolsonaro em relação à pandemia de Covid-19. Talvez por isso, Terra esteja ente os mais cotados para assumir o Ministério da Saúde. Na última sexta-feira, Nelson Teich deixou o ministério. Pediu demissão por conta das várias diferenças de pensamento em relação ao presidente. 

Terra chegou a dizer, lá nos primeiros tempos, que o Brasil perderia no máximo duas mil vidas. Já estamos em mais de 15 mil óbitos pelo coronavírus. 

Será, a fala de Terra, um interessante contraponto ao ex-ministro José Gomes Temporão, que ouvimos no mesmo espaço na semana passada. Fora que corremos o risco de conversar com um futuro ministro da Saúde.

Conto com vocês, nesta segunda, 9h.

Por Denis Luciano 17/05/2020 - 16:57 Atualizado em 17/05/2020 - 17:06

O domingo de sol tirou muita gente de casa, mesmo em tempos de isolamento social e pandemia de Covid-19.

Na Serra do Rio do Rastro, fila de espera nos restaurantes e, de tanta gente no Mirante, muitos visitantes nem conseguiram acessar o estacionamento para apreciar o visual.

Fila de carros descendo a Serra do Rio do Rastro

Não muito longe de Bom Jardim da Serra, no litoral, gente também na orla do Balneário Rincão. Teve os visitantes e nativos que curtem aquela caminhada na beira da praia e teve aqueles que, alheios às regras, fizeram da faixa de areia uma pista de corrida. Em alta velocidade, cavalinhos de pau e zerinhos para causar riscos aos demais. Lamentável. 

(Colaboração: Guto Borba e Cristophe Lima)

Por Denis Luciano 15/05/2020 - 17:29 Atualizado em 15/05/2020 - 17:33

Não é brincadeira, não. Roberto Miguel Rey Júnior, o Dr. Rey, quer ser ministro da Saúde do Brasil. Cirurgião plástico e apresentador de TV, ele distribuiu vídeo nas redes sociais comentando do seu interesse de comandar as políticas de saúde no Brasil.

"Eu trago ideias de fora. Vamos proteger a economia. A economia destruída, o Brasil fica pior que o terceiro mundo", disse. "Aqui fala Dr. Rey e peço que seja cogitado para ministro da Saúde. Eu trago ideias novas, como anticorpos que Israel está produzindo", comentou. Ele citou o Remdesivir, uma nova aposta nas pesquisas nos Estados Unidos contra o Covid-19. "O Remdesivir, medicamento que está tendo muito sucesso, eu quero trazer. Eu 100% apoio o presidente Bolsonaro, sou cidadão, tenho direito de ser considerado ministro da Saúde, o Brasil está em queda livre", afirmou. "Amo vocês, estou muito preocupado, o Mundo está começando a criticar o Brasil. Vamos mudar isso", completou.

Dr. Rey ficou famoso ao apresentar programas de TV exibidos no Brasil e Estados Unidos. Ele chegou a se apresentar como pré-candidato a presidente do Brasil em 2018 pelo Partido Ecológico Nacional (PEN). Rey distribuiu o vídeo no mesmo dia em que Nelson Teich deixou o Ministério da Saúde.

Por Denis Luciano 14/05/2020 - 21:52 Atualizado em 14/05/2020 - 21:57

Caiu como uma bomba no fim da tarde desta quinta-feira. Foi o segredo mais bem guardado dos últimos tempos no Majestoso. 

Jaime Dal Farra lavrou a carta de renúncia no dia 20 de março e entregou três dias depois ao diretor comercial e de marketing. A assinatura de Júlio Remor, como um protocolo, está ali no documento. Ou seja, o risco estava no ar. A decisão, tomada fazia quase dois meses. Faltava tornar público. Foi o que aconteceu. 

Dal Farra teve uma reunião tensa com seus parceiros de diretoria no início da semana. A renúncia fervilhava nas ideias do presidente.

O advogado Arlindo Rocha, prefeito de Maracajá, era o vice-presidente de Administração até a última sexta-feira, 8, quando formalizou sua saída do cargo. Ele já vinha desconfiado, notava o afastamento de Jaime e, via de regra, o ouvia reclamar das finanças e da pressão. Ele estava desgastado.

E há ainda a hipótese do cansaço pessoal. Corre à boca pequena que o acúmulo de ameaças recebidas por familiares pesou. O teor dessas ameaças, não sabemos.

Mas a decisão é administrativa e empresarial. Jaime fez cálculos. É bom nisso. Está diante da menor receita desde outubro de 2015, quando assumiu. Tem uma Série C pela frente e mínimas perspectivas de faturamento. O último grande fôlego financeiro se foi, o dinheiro da venda de Roger Guedes acabou.

O Criciúma depende agora da sua boa estrela. Estará saneado ao fim efetivo  da gestão Dal Farra, no fim do ano. Depois, recomeça do zero.

Sim, Dal Farra renunciou também. Mas, da mesma forma, rescindiu um contrato. São duas figuras num só homem: o presidente eleito pelo Conselho Deliberativo e o gestor da GA reconhecido legalmente pelo mesmo organismo.

A renúncia agora, e a rescisão também, seis meses antes, são o instrumento que garante a ele saída sem pagar a temida multa de R$ 10 milhões. Ele precisa deixar as contas em dia e sem passivo trabalhista. Mas ficará o Criciúma, também, sem jogadores. Vida nova total em 2021.

E o futuro? Moacir Fernandes, Anselmo Freitas e os irmãos Angeloni, são os nomes da hora para assumir. Ou então algum novo parceiro. Agora é hora de calma.

E os torcedores? Alguns fizeram carreata pelas ruas nesta noite para comemorar a renúncia de Dal Farra. Está nos vídeos dessa postagem.

 

Por Denis Luciano 14/05/2020 - 15:38 Atualizado em 14/05/2020 - 15:43

A empresa Veigamed anunciou, por nota, a chegada já aguardada dos primeiros 50 de um total de 200 respiradores adquiridos pelo Governo do Estado por R$ 33 milhões. 

Na nota, a empresa comunica que já toma as providências para a liberação de mais 50 equipamentos, o que deve ocorrer a partir de domingo, 17, na China.

O que a Veigamed não destaca é que os 50 respiradores foram encaminhados à DEIC. Serão periciados para constatar se servirão efetivamente ao uso pelos pacientes de Covid-19.

Confira a nota:

NOTA À IMPRENSA

 

A VEIGAMED, empresa distribuidora de produtos médicos que atua há 22 anos no mercado, informa que o primeiro lote com 50 respiradores pulmonares invasivos Shangrila S510 acaba de chegar ao aeroporto de Florianópolis. Assim que forem completados os trâmites alfandegários locais, a carga será descarregada e liberada. E será entregue ao governo do Estado de Santa Catarina para ajudar no tratamento dos pacientes com Covid-19.

 

A VEIGAMED ressalta que já iniciou os trâmites burocráticos necessários para o embarque do segundo lote de 50 respiradores pulmonares invasivos Shangrila S510, com previsão de saída da China no próximo dia 17.

Por Denis Luciano 13/05/2020 - 17:06 Atualizado em 13/05/2020 - 17:07

Lages conseguiu o que Criciúma ainda não conseguiu: a volta do transporte coletivo. Ao menos parcialmente. Se não para toda a população, como antes da pandemia de Covid-19, ao menos um segmento importante está usufruindo, de forma diferenciada, do serviço.

A CDL fretou ônibus da empresa Transul, a única que opera o serviço público na cidade, e efetua com eles o deslocamento dos trabalhadores das suas associadas. Tudo diante das rígidas normas contra a Covid-19, com distanciamento, máscara obrigatória e álcool gel por toda a parte. Só podem viajar passageiros sentados, e no máximo 32 por veículo. Tudo isso aos moldes daquele decreto que a prefeitura de Criciúma chegou a fazer para reger o sistema quando do retorno por aqui.

Em Lages, a CDL cadastrou todos os usuários e somente eles embarcam nos ônibus, tudo sob fiscalização dos motoristas e cobradores. Quem não está na lista da CDL, não entra nem viaja. E as "linhas" cumprem horários fixos, cinco por dia, três pela manhã e dois no fim da tarde. E com partida e chegada não no terminal de ônibus, mas em um terreno próximo, também no Centro. São servidos com o serviço temporário os bairros mais distantes.

Em Criciúma, consultamos a presidente da CDL a respeito. Andrea Salvalaggio contou que, para cá, é inviável um sistema desse "por uma série de variáveis". 

Logo, a expectativa está depositada nas próximas horas. É que vem com força de Florianópolis a informação de que o governador Carlos Moisés pode anunciar a flexibilização, ao menos parcial, do transporte coletivo.

Por Denis Luciano 13/05/2020 - 15:45 Atualizado em 13/05/2020 - 15:47

O Carvoeiro Doente lançou um desafio. Titular do blog do 4oito e do super frequentado perfil das redes sociais, Roberto Lima foi às ruas comemorar o aniversário do Criciúma de um jeito bem diferente. Ele está entregando brindes nas casas dos tricolores que, ao seu modo, manifestam sua paixão pelo Tigre no dia dos 73 anos do clube.

Na vizinhança do estádio Heriberto Hülse, Roberto flagrou um bandeirão tremulando em uma janela ao alto. Tocou o interfone e, instantes depois, desceu a Bruna Dagostim. A torcedora ganhou, de pronto, o seu brinde. O mesmo aconteceu com outros tricolores, não somente na área central. "Pra quem não acreditava, fomos nos bairros também", contou Roberto.

A torcedora com o seu brinde. Tudo graças ao bandeirão na janela / Reprodução / Instagram

Enquanto isso, a Loja Tigremaníacos está de portas abertas, e comemorando os 73 anos do Criciúma em alto estilo, oferecendo 50% de desconto para sócios e 30% para não sócios do Tigre. As vendas vão muito bem, tanto que há filas em diversos momentos ao longo do dia. Uma camisa oficial, que custa R$ 169,90, sai pela metade do preço para o tricolor associado e em dia. E esse preço promocional está ao dispor para todos os produtos da loja.

Foto: Roberto Lima / Carvoeiro Doente / 4oito

O Criciúma faz a sua programação de 73 anos. Além dos descontos na loja, promove uma interação à parte nas suas redes sociais e promete uma atração externa para as 20h desta quarta-feira, caso não chova. É ficar de olho nos arredores do Majestoso para saber o que é.

 

Por Denis Luciano 13/05/2020 - 12:30

No centro da polêmica que resultou em uma CPI na Alesc e que derrubou dois secretários, os respiradores estão chegando. Pelo menos 50 dos 200 equipamentos adquiridos pela Secretaria de Estado da Saúde, e importados da China, já se encontram no Brasil e aportam nesta quinta-feira em Santa Catarina. A informação é do colega Raphael Faraco, da NSC TV.

Mas assim que chegarem, os respiradores não servirão aos hospitais nem aos catarinenses. Eles serão deslocados até a sede da DEIC, em Florianópolis, onde passarão por uma verdadeira perícia. Eles serão analisados pela secretaria, por seus técnicos, que verificarão se os respiradores servem ou não para o uso. Ocorre que a importação da mesma origem feita por outros estados não teve resultados muito positivos, com equipamentos ou obsoletos, ou sem condições de uso.

A promessa é que os demais três lotes, cada um com 50 respiradores, chegam no fim de maio. A informação é da Veigamed que, enquanto isso, precisará se explicar à CPI sobre os R$ 16,5 milhões de lucro bem como a destinação dos recursos, já que quando do sequestro das contas, ordenado recentemente pela Justiça catarinense, restavam pouco mais de R$ 400 mil.

A investigação da Operação O2 apura um enorme esquema de lavagem de dinheiro sobre esses R$ 33 milhões empregados pelo Estado na compra dos equipamentos, com o ex-chefe da Casa Civil, Douglas Borba, como protagonista do que é investigado.

Uma pergunta que fica: alguém conseguirá usar esses respiradores? Saberemos a partir de amanhã.

Por Denis Luciano 13/05/2020 - 10:33 Atualizado em 13/05/2020 - 10:41

O governador Carlos Moisés está, neste momento, reunido com o chefe da Casa Civil tratando da possível liberação, ao menos parcial, do transporte coletivo em Santa Catarina. A busca de uma saída para o segmento tem sido uma das engenharias mais recentes do novo processo iniciado na Casa da Agronômica desde a saída do secretário Douglas Borba. Seu sucessor, Amandio João da Silva Júnior, tem se ocupado de melhorar a interlocução de Moisés. Em uma das reuniões de ontem, intermediada pelo deputado Rodrigo Minotto (PDT), o governador conversou com dois representantes do transporte coletivo em Santa Catarina.

Da conversa, Moisés tomou conhecimento, em detalhes, de um protocolo montado pelas empresas para conseguir retomar o transporte de passageiros em Santa Catarina. O secretário Amandio, desde então, bateu nessa tecla com Moisés, e deu um claro sinal desse rumo hoje pela manhã. Em entrevista à NSC TV, ele afirmou que o problema está sendo discutido ao longo do dia e que uma decisão, sobre flexibilização do transporte, poderá ser anunciada na entrevista coletiva do fim da tarde. Ontem, Moisés não participou da entrevista, outro sinal da nova fase que Amandio tenta ditar ao gabinete do governador.

Lembrando que o transporte segue suspenso em Santa Catarina desde meados de março, quando a pandemia de Covid-19 começou. Em Criciúma, o presidente da Associação Criciumense de Transporte Urbano (ACTU), Everton Trento, disse ontem, no Ponto Final na Som Maior, que ainda estão sem expectativas positivas, e que o sistema já deixou de transportar 2 milhões de passageiros, apresentando grande prejuízo. Relatou que, em breve, começam as demissões de trabalhadores, e que as empresas enfrentam grandes dificuldads para honrar com as folhas de pagamento.

Confira também:

Transporte coletivo ainda sem expectativa de volta

Representantes do transporte coletivo reúnem-se com Moisés

Carlos Moisés não garante volta do transporte nesta semana

Por Denis Luciano 12/05/2020 - 16:12 Atualizado em 12/05/2020 - 16:22

Está nas mãos do presidente da Assembleia Legislativa (Alesc), o novo pedido de impeachment contra o governador Carlos Moisés (PSL). E que promete ser o mais polêmico e abrangente, já que parte de dois deputados estaduais que, por seus discursos afiados, parecem chegar munidos de vários votos de apoio entre os colegas de plenário.

Depois de vários dias de preparação, o deputado Maurício Eskudlark (PL) finalmente entregou o pedido - que trata-se de um volumoso processo, muitos papeis - ao presidente da Alesc, deputado Julio Garcia (PSD). Detalhe, Eskudlark, que foi líder do governo Moisés até o fim do ano passado, não assina sozinho o pedido. Com ele, avaliza o pedido a deputada Ana Caroline Campagnolo (PSL). Do mesmo partido de Moisés, a deputada esteve desde os primeiros tempos do mandato rompida com Moisés, e distante do governador. Chegou, a exemplo do deputado criciumense Jessé Lopes, a ter sua expulsão do PSL cogitada. Campagnolo e Jessé foram, da bancada do PSL, os de maior oposição ao governador, e de maior alinhamento com o presidente Jair Bolsonaro.

A adesão de Ana Caroline à autoria do pedido tem algo de emblemático, já que Eskudlark foi buscar essa parceria em uma deputada da bancada de seis parlamentares do próprio partido do governador.

Eskudlark e Ana Caroline entregando o pedido de impeachment ao presidente da Alesc

"Algumas atitudes do governo foram piores que o coronavírus", disse antes de mim, aqui, o deputado Moacir Sopelsa (MDB). "Eu me senti enganada pelo governador. Votei nele, me senti enganada pois depois de eleito, fui cobrar os compromissos e vi diante de mim um homem arrogante, prepotente, debochado e indisposto a negociar, chegou a gargalhar das propostas que levei para ele", disparou. "O cidadão catarinense não precisa se envergonhar, é legítimo esperar mudança. Mas é óbvio que esperávamos que ele fosse um grande homem, e descobrimos que ele não é nem um homem grande, nem um grande homem. Ele é um anão político, vive de dar rasteiras, pela baixa estatura moral e política que tem", reforçou a deputada.

Ouça abaixo o pronunciamento de Ana Caroline:

Ana Caroline fez, durante sua fala, uma exposição de manchetes contra Moisés que a mídia estadual vem propagando. Uma delas é do 4oito, e refere entrevista do deputado Ivan Naatz sugerindo que o governador "parasse com as baladinhas na Agronômica".

Protocolado, o processo agora segue sua tramitação rumo às comissões da Alesc. Em paralelo, também nesta terça, a CPI dos Respiradores faz sua primeira reunião.

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