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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por João Nassif 05/07/2020 - 15:59 Atualizado em 05/07/2020 - 15:59

Continuando aqui no Almanaque da Bola a série sobre as eliminatórias para Copas do Mundo, em 1950 a confusão no futebol mundial ainda continuava e a FIFA teve trabalho para poder organizar o Mundial no Brasil.

Seleção da Índia em 1950

Apenas 34 países se inscreveram para disputar as eliminatórias muitos acabaram desistindo antes de começarem os confrontos. Apenas 19 seleções participaram das eliminatórias.
Com a desistência de Birmânia, Indonésia e Filipinas a Índia ficou automaticamente classificada, mas a FIFA não permitiu que seus jogadores atuassem descalços, fazendo com que a Índia também desistisse.

Pela América do Sul, Uruguai e Paraguai se classificaram com as desistências de Peru e Equador.

No Grupo 1 da Europa a Turquia eliminou a Síria e deveria enfrentar a Áustria numa repescagem. A Áustria também desistiu e mesmo classificada a Turquia também não quis vir ao Brasil e a vaga foi oferecida a Portugal que não aceitou. Os portugueses haviam sido derrotados pela Espanha no Grupo 5 das eliminatórias europeias.

Ainda na Europa no Grupo 2 a Iugoslávia eliminou a França que depois foi convidada a participar da Cope e não aceitou. Outra que recusou vir ao Brasil foi a Escócia que juntamente com a Inglaterra havia se classificado num Grupo somente com seleções do Reino Unido.

Em resumo a o Mundial de 1950 que teria 16 países presentes foi disputado com apenas 13.  Em toda eliminatória foram disputados 26 jogos e marcados 121 gols.
 

Por João Nassif 06/07/2020 - 09:30

Continuando aqui no Almanaque da Bola a falar um pouco da história das eliminatórias para as Copas do Mundo, chegamos ao Mundial de 1954 que teve a Suíça como país anfitrião.

Aumentou para 45 o número de seleções inscritas, mas somente 33 participaram efetivamente das eliminatórias. Ainda regionalizadas, mas sem a divisão por Confederações, foram formados 13 Grupos, sendo que a única seleção que se classificou sem disputou um jogo sequer foi a seleção húngara que foi à Suíça pela desistência da Polônia.

O Mundial voltou a ter 16 seleções, sendo 12 da Europa, duas da América do Sul, uma da América do Norte, Central e do Caribe e uma da Ásia. A Turquia se classificou eliminando a Espanha, depois de perder o primeiro jogo em Madrid e vencer o segundo em Istambul, no jogo desempate empatou em 2x2 jogando em Roma e conseguiu a classificação no sorteio.

Pela América do Sul participaram Brasil e Uruguai e as duas seleções foram eliminadas pela Hungria, a brasileira nas quartas de final e a uruguaia na semifinal. O Uruguai perdeu para a Áustria a decisão do terceiro lugar.

As eliminatórias para a Copa do Mundo de 1954 tiveram 57 jogos com a marcação de 208 gols.  
 

Por João Nassif 06/07/2020 - 10:05

Deixando de lado alguns países europeus que por qualquer motivo não obedeceram às normas de segurança com relação ao COVID-19, os que possuem as principais Ligas de futebol do planeta voltaram às competições seguindo com rigor os protocolos estabelecidos pelas autoridades que exigiram jogos com portões fechados. E assim as competições estão em andamento.  

Mesmo no campeonato carioca que foi o primeiro a retomar os jogos são sem público.

Na contramão apareceu o Criciúma. Não sei se foi por falta de ter o que fazer ou simplesmente jogar para a torcida, para os sócios em trabalhar para liberar torcedores nas arquibancadas do Heriberto Hülse. Como se realmente alguém no clube acreditasse que seria autorizada a abertura dos portões.

E para completar o enredo, uma nota oficial explicando que mesmo com esforço e respeito as normas de segurança, teve seu pedido indeferido pelas autoridades sanitárias que mostraram ter muito mais responsabilidade do que alguém do Criciúma que propôs este movimento.

E pior, o clube ainda vai continuar insistindo em ter público se passar pelo Marcílio Dias e continuar no campeonato.
 

Por João Nassif 06/07/2020 - 12:30

Thiago Ávila *

Até que enfim a maior categoria do automobilismo retornou às atividades, para a sua estreia no GP da Áustria. Uma novidade, já que geralmente a temporada começa na Austrália (uma pequena confusão de nomes). Mas isso tudo só aconteceu, claro, por conta da Covid-19, que adiou todo o calendário. Nesse domingo enfim começou. E começou muito bem!

Como eu havia falado no meu último texto sobre Formula 1, uma temporada inteira na Europa é um sinal que poderemos ter um campeonato inteiro disputado.

Valtteri Bottas no pódium da Áustria

Fazia mais de quatro meses que os carros não iam à pista, e pareciam estar meio enferrujados, porque dos 20 pilotos que começaram, apenas 11 terminaram, e nenhum foi por lambança do piloto. O único que bobeou foi Sebastian Vettel, que jogou fora uma possível disputa por pódio, por se afobar na tentativa de ultrapassagem para cima de Sainz.

No mais, Verstappen e Magnussen teve problema elétrico; Ricciardo, Stroll, Grosjean e Russell com problemas no motor; Albon se envolveu com um acidente com Hamilton; Kvyat estourou o pneu; e a roda de Raikkonen simplesmente ESCAPOU DO CARRO!

Voltando ao acidente de Albon e Hamilton, uma sensação de déjà vu. Praticamente igual ao que aconteceu em Interlagos ano passado. O tailandês era mais rápido, ultrapassou o inglês por fora, que não deixou espaço na curva e o piloto da Red Bull rodou. O hexacampeão tomou cinco segundos de punição por isso e caiu para quarto, abrindo passagem para Charles Leclerc e Lando Norris irem ao pódio.

O piloto da Ferrari e da McLaren fizeram uma excelente corrida em carros meramente medianos. O inglês, em especial, nas duas últimas voltas conseguiu uma ultrapassagem para cima de Pérez, que o quase lançou para fora da pista, e na última fez a melhor volta, necessária para ganhar a posição de Hamilton e um ponto extra. O piloto de 20 anos, o mais novo do grid, conseguiu seu primeiro pódio na categoria.

por fim, temos ele, o nome mais brilhante do fim de semana, o imbatível: Valtteri Bottas! O finlandês despachou Hamilton no sábado e ainda manteve tranquilamente a liderança do início ao fim. Para deixar quem acredita que ele é apenas o ‘escudeiro de Hamilton’ com um pé atrás.
Semana que vem a Formula 1 retorna ao circuito de Spielberg, dessa vez para o GP da Estíria.

* Jornalista
 

Por João Nassif 07/07/2020 - 09:52

Foi em 20 de fevereiro de 1977, um sábado de carnaval que a seleção brasileira fez seu primeiro jogo nas eliminatórias da Copa do Mundo de 1978 que foi disputada na Argentina. O jogo terminou empatado em 0x0 contra a Colômbia no Estádio El Campín em Bogotá perante 50 mil espectadores.

Brasil em 1977

A campanha mal havia começado, mas os dirigentes não quiseram esperar e quando a delegação voltou ao Brasil o técnico Osvaldo Brandao que assumira o comando da seleção em 1975 foi demitido.

Para seu lugar foi escolhido Cláudio Coutinho que fizera parte da comissão técnica da seleção brasileira como preparador físico na campanha do tri em 1970 no México e como coordenador técnico em 1974 na Alemanha e já era técnico do Flamengo.

Coutinho assumiu imediatamente e sua estreia foi justamente contra a Colômbia no jogo de volta e a seleção goleou impiedosamente pelo placar de 6x0 no Maracanã perante mais de 162 mil torcedores. 

Roberto Dinamite e Marinho Chagas marcaram dois gols cada, com Zico e Rivelino completando a goleada.

A classificação do Brasil veio em cima do Paraguai com vitória no Defensores Del Chaco em Assunção por 1x0 e empate em 1x1 no Maracanã.
 

Por João Nassif 07/07/2020 - 10:30

A entrevista do técnico Roberto Cavalo agora a pouco na Som Maior FM foi definitiva sobre as incertezas da retomada do campeonato neste momento em que vai crescendo na região o número de infectados pelo COVID-19.

Foi a primeira vez que ouvi um profissional que vai para o jogo, porque até agora falaram somente os cartolas que insistiram na volta dos jogos, mesmo com os alertas emitidas por todas autoridades que entendem e sabem como o vírus se comporta.

Todo mundo sabia que no inverno a possibilidade de propagação é maior, que o sul do país sofreria com mais intensidade por ser uma região que tem o clima mais frio, como está ocorrendo e mesmo assim os dirigentes teimaram e conseguiram liberação para recomeçar nesta quarta-feira.

O Roberto Cavalo foi claro ao afirmar que os jogadores estão receosos, pois haverá o contato com adversários, por mais que o protocolo seja especifico na relação entre eles quando a bola rolar não haverá como evitar que vários itens deste protocolo sejam descumpridos.

O risco e as incertezas aumentam depois que o técnico do Marcílio Dias, adversário de amanhã, foi testado positivo e trabalhou com os atletas até o final de semana. Será que um teste rápido como têm sido feitos com todos detectará alguém infectado?

Repetindo o que venho dizendo desde que inventaram esta história de volta do campeonato, é muito arriscado não só aqui em Criciúma, mas em todas as praças onde haverá jogos. Ainda há tempo para uma reversão, se não acontecer temo pelo pior.
 

Por João Nassif 08/07/2020 - 10:02

ãoA seleção brasileira disputou primeira vez jogos pelas eliminatórias visando a Copa do Mundo de 1954 na Suíça, a quinta edição do torneio.

Na primeira em 1930 a seleção brasileira participou pelo convite da FIFA, a segunda em 1934 pela desistência do Peru, a terceira em 1938 por ter sido o único país inscrito pela América do Sul e na quarta pelo fato de ter sido o país anfitrião.

Seleção brasileira-1954

Para o Mundial na Suíça o Brasil disputou no grupo tendo como adversários Paraguai e Chile. Todos os jogos foram disputados no mesmo ano da Copa e a caminhada da seleção começou no dia 28 de fevereiro com vitória por 2x0 em Santiago do Chile.

Do Chile a seleção foi para Assunção derrotar o Paraguai por 1x0.

Nos jogos da volta mais duas vitórias no Maracanã sobre o Chile por 1x0 e sobre o Paraguai por 4x1. A seleção brasileira terminou invicta as eliminatórias marcando oito gols e sofrendo apenas um.

O artilheiro da campanha foi o centroavante Baltazar que marcou cinco dos oito gols da seleção. Julinho Botelho marcou dois e Pinga um. O técnico do Brasil era Zezé Moreira que inclusive comandou o time no Mundial. Na Suíça a seleção chegou às quartas de final e foi eliminada pela Hungria com derrota por 4x2.
 

Por João Nassif 09/07/2020 - 09:11

A partir das eliminatórias para a Copa do Mundo de 1958 a FIFA estabeleceu a divisão por Confederações que foram disputadas obedecendo os critérios determinados pela entidade. A decisão tomada pela entidade foi para acabar com a confusão reinante em eliminatórias anteriores que tiveram várias desistências.

Foram inscritos 55 países, pela Europa foram 29, nove pela América do Sul, pela América do Norte, Central e do Caribe seis e 11 representantes da Ásia e África. A Suécia anfitriã e a Alemanha Ocidental última campeã estavam automaticamente classificadas.

País de Gales x Israel

A presença de Israel nas eliminatórias fez com que várias seleções se recusassem a enfrenta-lo e mesmo que a FIFA tenha obrigado a participação de todos inscritos, vários países por questões políticas desistiram de brigar por uma vaga no Mundial disputado na Suécia.

Sobrou para Israel tentar a vaga numa repescagem com o País de Gales, melhor segundo colocado nas eliminatórias da Europa. Deu País de Gales com duas vitórias por 2x0 em Tel-Aviv e em Cardiff.  

A classificação do Brasil foi sobre o Peru com empate no primeiro jogo em Lima e vitória por 1x0 no Maracanã na segunda partida. A Venezuela outra seleção eu fazia parte do grupo desistiu de competir.

Além do Brasil Argentina e Paraguai foram as outras seleções sul-americanas classificadas para o Mundial na Suécia.

Em todas as eliminatórias para a Copa do Mundo de 1958 forma disputados 89 jogos e marcados 341 gols.

Por João Nassif 10/07/2020 - 09:21

A Copa do Mundo de 1962 foi disputada no Chile, portanto duas seleções da América do Sul não precisaram disputar as eliminatórias, a chilena por ser o país sede e a brasileira campeã do Mundial anterior.

À exceção da Venezuela que ainda não havia disputado uma única competição oficial de futebol, as demais foram divididas em quatro grupos, sendo que o Paraguai não enfrentou seleções sul-americanas e foi direto para a repescagem. 

A Venezuela entrou na disputa pelas eliminatórias somente para o Mundial de 1966, muito mais tarde que os outros países da CONMEBOL, pois até então o basquete e o beisebol eram os esportes preferidos da comunidade esportiva venezuelana. 

Os paraguaios foram derrotados na repescagem pelo México. Argentina, Uruguai e Peru foram as outras seleções sul-americanas presentes no Mundial de 1962.

Foram inscritos 56 países para a disputa das eliminatórias para a Copa de 1962 sendo que 49 participaram dos confrontos pelas 14 vagas.

A Europa como sempre teve o maior contingente com 30 países, além dos sul-americanas a América do Norte, Central e do Caribe foi representada por oito, a Ásia por cinco e a África por seis seleções. 

Foram realizados 127 jogos e marcados 325 gols em jogos valendo pelas eliminatórias à Copa de 1962 disputada no Chile.

Por João Nassif 10/07/2020 - 14:22

Estou na torcida para que fiquemos apenas com a notícia dos testes positivos para 13 componentes do grupo da Chapecoense entre jogadores e comissão técnica que participaram do jogo contra o Avaí na quarta-feira.

Não foi por falta de aviso. Aqui mesmo no blog fiz várias postagens alertando para os riscos, pois sempre ouvi os especialistas e nenhum admitiu a volta prematura do futebol no estado, mesmo porque agora no inverno a contaminação é maior e a flexibilização foi seguida por muitos sem os devidos cuidados.

Mas, a SC Clubes e a Federação ignoraram todos os alertas e quando anunciaram a retomada eram pioneiros no futebol brasileiro e sul-americano. Teriam os holofotes de toda mídia do continente e certamente do planeta. Foram atropelados pelo Flamengo, mas diferente do campeonato carioca recomeçaram o catarinense com aval de todos os clubes. 

O caso da Chapecoense ainda é único, mas os testes rápidos como exige o protocolo do campeonato não representam a mínima segurança, pois são necessários de 07 a 10 dias para um resultado mais preciso. 

Quando falei que o técnico Roberto Cavalo foi a única voz sensata entre os envolvidos, por não querer a retomada, fui até taxado de ser contra o futebol, mas comentei sempre baseado nas conversas com especialistas, principalmente o Dr. Renato Matos.

Mas, fomos vencidos e agora? A irresponsabilidade dos dirigentes que já causou uma situação dramática e de apreensão deixa o futebol catarinense em total estado de alerta.  
 

Por João Nassif 11/07/2020 - 10:15

Vou trocando a prosa aqui no Almanaque da Bola, depois de uma série com uma pequena retrospectiva sobre as eliminatórias aos Mundiais de Futebol, aliás, mais adiante voltarei ao assunto para ir completando a história.

Voltando ao normal deste espaço o assunto hoje é campeonato brasileiro que nos primórdios era chamado de campeonato nacional. 

Até hoje está em discussão o dono do título de 1987. A CBF veio à público anunciar que passava por grave crise financeira e não tinha condições de organizar o campeonato nos moldes de anos anteriores.

A entidade afirmou que estava atrás de um patrocinador e caso não conseguisse tentaria um acordo com os clubes para que estes arcassem com as despesas da competição. E foi o que aconteceu.

Os principais clubes do Brasil querendo um campeonato mais rentável reagiram e fundaram uma nova entidade denominada Clube dos Treze que organizou um campeonato próprio que recebeu o nome de Copa União, nome fantasia para o campeonato brasileiro de 1987.

O regulamento do campeonato brasileiro de 1986 determinava 28 clubes na primeira divisão em 87. Como o Clube dos Treze montou o campeonato com apenas 16 clubes, os demais se rebelaram e a CBF para resolver o impasse criou um campeonato com 16 equipes que não estavam na Copa União.

A Copa União passou a ser chamada de Módulo Verde e o campeonato organizado pela CBF de Módulo Amarelo. Para atender outros clubes que não estavam em nenhum dos dois módulos a CBF inventou mais dois Módulos, o Azul e o Branco. 

Para valer mesmo os dois primeiros que foram vencidos por Flamengo e Sport Recife. Oficialmente a CBF confirmou o Sport como campeão brasileiro. O Flamengo se dá o direito de ser o campeão e esta discussão se tornou interminável, inclusive chegando às instancias máximas da Justiça comum. Até quando?  

Por João Nassif 11/07/2020 - 14:03

Primeiro foi a Chapeocense, agora o Criciúma que confirmou dois atletas positivados para o Covid-19 com o silêncio dos outros clubes.

Continuam brincando com a pandemia. É impressionante a irresponsabilidade dos que comandam o futebol em Santa Catarina. 

Será que estão esperando algum atleta ou integrantes de comissão técnica ser internado, para não dizer coisa pior, para enfim parar com esta absurda retomada do campeonato?   
 

Por João Nassif 11/07/2020 - 19:30

Precisou a intervenção da Superintendência de Vigilância em Saúde Estadual para que a Federação Catarinense suspendesse a rodada de amanhã pelas quartas de final do campeonato.

omo afirmei diversas vezes a retomada era prematura e certamente teríamos confirmação de profissionais infectados colocando em risco todos envolvidos num jogo de futebol. Mas, queriam porque queriam a volta do campeonato e Federação  e SC Clubes de tanto insistir conseguiram fazer os jogos de ida das quartas de final e somente uma medida superior fez com que os dirigentes interrompessem a competição.

Menos mal, assim certamente entenderão o momento que o Estado vive com o crescimento da presença do COVID-19 e parem com estas ideias completamente fora do contexto e esperem por melhoras para a vida seguir com normalidade.

Por João Nassif 12/07/2020 - 08:56

Conforme vimos no Almanaque da Bola de ontem está se discutindo até hoje o campeão brasileiro de 1987. Depois de toda confusão e o rompimento entre o Clube dos Treze e a CBF, acabou resultando um campeonato mais enxuto com apenas 24 clubes em 1988 e pela primeira vez foi obedecido o sistema verdadeiro com acesso e descenso.

O sistema de pontuação foi alterado em caráter experimental. Cada partida passou a valer três pontos. Em caso de vitória no tempo normal o time vencedor ficava com os três pontos e o perdedor com zero. Em caso de empate cada equipe ficava com um ponto e o terceiro ponto era disputado em cobranças de pênaltis.

Final -Bahia x Internacional

Essa pontuação valia somente na primeira fase, nas demais prevalecia a pontuação tradicional que à época era de dois pontos ao vencedor e em caso de empate um ponto para cada equipe.

Na primeira fase os 24 clubes foram divididos em dois grupos. No primeiro turno (12 rodadas) os clubes de um grupo enfrentaram os clubes do outro. No segundo turno (11 rodadas) os clubes se enfrentaram dentro do próprio grupo. Classificaram-se para a fase seguinte os dois primeiros colocados de cada grupo em cada um dos turnos. Os quatro últimos colocados na classificação geral foram rebaixados à série B de 1989.

Os classificados do primeiro turno foram Fluminense, Internacional, Vasco da Gama e Grêmio. Sport, Flamengo, Cruzeiro e Bahia se classificaram pelo segundo turno. Bangu, Santa Cruz, Criciúma e América do Rio de Janeiro foram os times rebaixados.

Os oito classificados foram agrupados na segunda fase para a disputa das quartas de final, os vencedores passaram às semifinais até que Bahia e Internacional sobraram para a decisão do título.

O campeonato terminou somente em 1989, no dia 15 de fevereiro os finalistas se enfrentaram na Fonte Nova em Salvador com vitória do Bahia por 2x1. No jogo da volta no Beira Rio terminou empatado em 0x0, assim o Bahia se tornou campeão do campeonato brasileiro de 1988, também conhecido como II Copa União.


 

Por João Nassif 13/07/2020 - 09:39

O campeonato paulista de 1958 poderia ser um campeonato comum, disputado por 20 equipes por pontos corridos como era comum naqueles tempos.

Tornou-se um dos maiores campeonatos de todos os tempos, pois o Santos de um Pelé ainda nos primórdios da carreira foi campeão marcando o absurdo de 143 gols com a fantástica e inédita média de 3,76 gols por jogo.

Pelé que quando começou o campeonato ainda não era o Rei do Futebol, voltou coroada da Suécia como campeão mundial disputou 30 dos 38 jogos do Santos e marcou 58 gols, quase dois gols por partida.

Na campanha o Santos construiu algumas goleadas que ficaram marcadas na história, ganhou por 10x0 do Nacional de São Paulo, 9x1 no Comercial da capital, 8x1 e 7x1 no Guarani e 8x1 no Ypiranga também de São Paulo, 7x3 no Jabaquara e outras menos extravagantes.

Nos 38 jogos o time da Vila Belmiro ganhou 29, empatou seis e foi derrotado em apenas três oportunidades. Perdeu para o Noroeste em Bauru por 1x0, para o Taubaté por 3x2 e para a Ferroviária em Araraquara por 2x1.

A defesa levou 40 gols fazendo um saldo de 103 gols.
 

Por João Nassif 12/07/2020 - 22:26

Thiago Ávila *

A Formula 1 retornou ao circuito de Spielberg este final de semana (na verdade, nem saiu de lá) para a segunda etapa da temporada. Novamente uma corrida muito movimentada, mas um resultado final já esperado.

Primeiro, falando do treino classificatório, uma loteria. Chuva intensa, os carros melhoravam suas voltas a cada segundo que passava. Com isso até George Russell, com uma Williams, conseguiu ir ao Q2. A equipe britânica não ia a segunda sessão de classificação desde 2018. Max Verstappen, o mestre da chuva, era o favorito a pole, mas encontrou um inspirado hexacampeão voando. Lewis Hamilton foi 1,2 segundos mais rápido que o holandês, uma distância absurda para os padrões da F1.

Lewis Hamilton na linha de chagada

E na corrida, um domínio absoluto do inglês, praticamente de ponta a ponta, Verstappen nem chegou a ameaçar o reinado de Lewis. Para ficar ainda melhor a festa da Mercedes, Valtteri Bottas ainda conseguiu ultrapassar o holandês há cinco voltas do fim.

Mas a prova movimentada ficou por conta da disputa pela quarta colocação. Albon, Pérez, Ricciardo, Stroll, Sainz e Norris. Seis carros muito próximos brigando pelo ‘melhor do resto’. As disputas começaram com Pérez em nono, que conseguiu ultrapassar Sainz depois do espanhol ter saído mal dos boxes. Depois ainda teve um bom duelo com Lance Stroll e conseguiu a quinta posição de Daniel Ricciardo. O mexicano ainda fez, por três vezes consecutivas, a volta mais rápida e colou na traseira de Alex Albon.

Nesse tempo, Stroll e Ricciardo iniciaram uma nova disputa pela sexta posição, e Lando Norris passava Carlos Sainz. Na penúltima volta, Pérez e Albon se enroscam, e o bico do mexicano quebra. Norris faz ultrapassagem dupla em Stroll e Ricciardo e o canadense ganha a posição do australiano. O britânico da McLaren ainda consegue tempo para ultrapassar Pérez e garantir o quinto lugar. Pérez, Stroll e Ricciardo ainda cruzam a linha de chegada praticamente juntos, mas sem nenhuma mudança de posições.

O fantástico quinto lugar de Norris, que largou de 9º, colocou o piloto da McLaren em terceiro no campeonato, com 26 pontos, apenas atrás dos dois gigantes da Mercedes: Bottas com 43 e Hamilton com 37.

* Jornalista

Por João Nassif 13/07/2020 - 21:26 Atualizado em 13/07/2020 - 23:49

Como numa mesa de poker, Federação Catarinense de Futebol e SC Clubes pagaram alto para ver as cartas do coronavírus, achando que o COVID-19 estava blefando e perderam colocando em risco dezenas de profissionais que trabalham com este esporte fantástico que é o futebol.

A dupla pensou que fazendo um protocolo que foi na contramão do que pregavam os especialistas poderia ludibriar a pandemia e o que se viu foi um grande fracasso. Não se aposta com jogo fraco contra um adversário que a cada dia mostra seu poder e ficou provado que foi uma mera aventura a retomada do campeonato com a primeira rodada das quartas de final. 

Campeonato suspenso sem previsão de retorno. Felizmente a interferência da Superintendência de Vigilância em Saúde do Estado colocou um ponto final nesta aposta que já se previa perdida. 

Sem mais fichas para nova aposta os dirigentes devem aguardar instruções de quem realmente sabe lidar com a pandemia e se for preciso terminar o estadual em meio ao campeonato brasileiro se este realmente começar como está previsto no começo do próximo mês.  
 

Por João Nassif 14/07/2020 - 09:44 Atualizado em 15/07/2020 - 19:05

A Federação Catarinense de Futebol promoveu em 1962 o Torneio da Legalidade que foi o Primeiro Campeonato Sul-Brasileiro Interclubes. Participaram do torneio os finalistas dos campeonatos estaduais do Sul do Brasil de 1961.

Grenal do Torneio da Legalidade

Os seis participantes foram os seguintes: de Santa Catarina o Metropol campeão e o vice Marcílio Dias. Do Rio Grande do Sul o campeão Internacional e o Grêmio que foi vice. O Cornélio Procópio, campeão paranaense em 1961 não pode participar e em seu lugar foi convidado o Coritiba, também participou vice-campeão o Operário de Ponta Grossa. 

O campeonato foi disputado em dois turnos no sistema de pontos corridos. O Grêmio foi campeão invicto com 17 pontos, obtendo sete vitórias e três empates nos 10 jogos que disputou. Só lembrando, em 1962 vitória valia dois pontos e empate um.

O Marcílio Dias foi o vice-campeão com 12 pontos. O outro representante catarinense, o Metropol ficou na lanterna com apenas cinco pontos. O time de Criciúma venceu apenas um jogo, empatou três e sofreu seis derrotas.

A única vitória do Metropol foi sobre o Coritiba por 2x1 no Estádio Euvaldo Lodi. O Internacional teve o ataque mais positivo com 19 gols marcados e a defesa mais vazada foi a do Metropol que sofreu 25 gols.

Por João Nassif 15/07/2020 - 09:25

Nos anos 1960 e depois no começo deste século foram feitas algumas tentativas para consolidar uma competição regional no sul do país como forma de dar calendário aos clubes que não encontravam espaço para disputar os campeonatos brasileiros cujas fórmulas eram modificadas a cada ano atendendo prioritariamente os interesses dos grandes clubes do país.

Mais recente houve o movimento para criação da Primeira Liga com clubes do sul do país e alguns do Rio de Janeiro e Minas Gerais, mas que também pela falta de apelo e patrocínio acabou não vingando. Mas, houve diversas iniciativas para que os clubes que não estavam nas competições nacionais pudessem ficar em atividade na complementação do calendário.

Em 1986, por exemplo, foi inventado um torneio chamado de Brasil Sul com algumas equipes que ficaram de fora do campeonato brasileiro.

Matsubara de Cambará e Grêmio Maringá, Internacional de Santa Maria e São Paulo de Rio Grande, Figueirense e Hercílio Luz, foram os clubes do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina que participaram do Torneio Brasil Sul de 1986.

O torneio foi disputado entre novembro e dezembro e com todos jogando entre si, por pontos corridos em turno e returno terminou com o Matsubara em primeiro lugar com 12 pontos ganhos. O Grêmio Maringá foi o segundo colocado com 11 pontos.

O Figueirense ficou em terceiro com 10 pontos e os demais terminaram empatados com nove pontos ganhos. 

Por João Nassif 16/07/2020 - 09:54

Em 1999 foi criada a Copa Sul que no ano seguinte se transformou em Copa Sul-Minas que teve vida curta com apenas quatro edições sendo a última em 2002.

A Copa Sul foi disputada por 12 clubes de janeiro a março de 1999 e disputa final aconteceu em abril. As 12 equipes foram divididas em três grupos com quatro em cada um e a classificação para a segunda fase dos dois primeiros de cada grupo.

No grupo A, Coritiba, Criciúma, Grêmio e Tubarão, no B, Caxias, Figueirense, Internacional e Paraná de no grupo C, Atlético, Avaí, Grêmio Maringá e Juventude.

Pela ordem de classificação passaram para a segunda fase no A Coritiba e Grêmio, no B Internacional e Paraná e no C Atlético e Juventude.

Na segunda fase os seis times foram divididos em dois grupos. Como somente os clubes do Paraná e Rio Grande do Sul conseguiram classificação cada grupo da segunda fase foi disputado entre os clubes de cada estado. Ficou assim, no Grupo 1 Paraná, Atlético e Coritiba, e no 2 Grêmio, Internacional e Juventude.

O Paraná foi o primeiro colocado no Grupo 1 e o Grêmio no Grupo 2, assim as duas equipes foram para a decisão do título.

O primeiro jogo foi em Porto Alegre e o Grêmio venceu por 2x1. No jogo da volta em Curitiba o Paraná ganhou por 2x0. O jogo desempate foi também disputado na capital paranaense e o Grêmio venceu por 1x0

O Grêmio foi o campeão da Copa Sul de 1999.
 

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