O início da década de 1990 foi magico na história do Criciúma. Depois de conquistar seu segundo título na história como Criciúma EC, chegou ao tricampeonato vencendo as edições de 1990 e 1991. Neste ano o time conquistou a Copa do Brasil e se credenciou para disputar a Taça Libertadores no ano seguinte.
Criciúma no Morumbi
Cada país da CONMEBOL indicava dois representantes para a fase de grupos, a primeira do torneio. O chileno Colo Colo como campeão em 1991 entraria somente na fase seguinte alegando problemas financeiros solicitou à entidade participar da fase de grupos.
Solicitação aceita os 21 times foram divididos em cinco grupos, sendo quatro com quatro em cada um e um grupo de cinco times aí incluído o Colo Colo. Pelo Brasil além do Criciúma entrou o São Paulo campeão brasileiro em 1991.
O Criciúma estreou na Libertadores no dia 06 de março derrotando o São Paulo por 3x0 no Heriberto Hülse e foi eliminado em 20 de maio quando empatou em casa com o mesmo São Paulo em 1x1 depois de ter sido derrotado na capital paulista por 1x0 no jogo de ida.
O Tigre disputou um total de 10 partidas em toda competição com seis vitórias, dois empates e duas derrotas. Marcou 19 gols e sofreu 12.
Por João Nassif
22/09/2020 - 18:30 Atualizado em 22/09/2020 - 19:05
Thiago Ávila *
Esse sábado tivemos a primeira etapa da Porsche GT3 Endurance, no circuito de Velocittá, em Mogi Guaçu. A prova teve 300 km e duas horas e meia de duração e contou com os principais nomes do automobilismo brasileiro.
Apesar da longa corrida de 88 voltas, foi muito movimentada com seis líderes diferentes. O carro #20 de Guilherme Salas e Pedro Aguiar lideraram a maior parte da prova, chegando a estar mais de 20 segundos na frente do segundo colocado.
Felipe Massa
Lico Kaesemodel, que largou de terceiro, caiu para quinto logo na largada, mas quem veio para o substituir no segundo quarto da prova era Felipe Massa, que andou mais de 40 voltas.
O ex-piloto de Formula 1, que vinha fazendo sua estreia, deu um show e melhorou muito o ritmo de corrida do carro #91. Na volta 70 colou em Pedro Aguiar e fez uma ótima ultrapassagem por dentro, assumindo a liderança.
Com três paradas muito eficientes, o carro #20 tinha tudo para dar um undercut sobre o #91 para recuperar a liderança. Voltando na quarta posição, logo à frente do carro de Massa, estava de pneus frios e logo levaria uma volta do #91. Mas Guilherme Salas fechou a frente de Felipe na curva e foi lançado para a grama, danificando o equipamento. A vitória garantida foi jogada fora por conta de uma manobra boba.
Massa retardou demais a parada e quando Kaesemodel voltou à pista, era apenas o quarto colocado. Ricardo Zonta assumiu a ponta, seguido por Miguel Paludo e Alceu Feldmann. O parceiro de Felipe ainda conseguiu uma ultrapassagem sobre Feldmann, mas foi julgada como perigosa e a dupla foi punida, caindo para sexto.
O carro #8 de Zonta e Werner Neugebauer foram os grandes vencedores, seguido do #7 de Paludo e Beto Gresse, e o #100 de Denis Dirani e Feldmann fecharam o pódio.
A Porsche Cup retorna dia 3 de outubro em Interlagos para a terceira etapa da Sprint.
Alberto Pedro Spencer Herrera, conhecido no futebol como Spencer é o maior artilheiro da história da Taça Libertadores tendo marcado 54 gols com as camisas do Peñarol do Uruguai e do Barcelona de Guayaquil no Equador.
Spencer nasceu na cidade de Ancón no Equador em 06 de dezembro de 1937 e faleceu em Cleveland, Estados Unidos com 68 anos no dia 03 de novembro de 2006.
Spencer foi artilheiro isolado na primeira edição do torneio em 1960 quando marcou sete gols pelo time uruguaio. Dois anos depois, pelo mesmo Peñarol foi artilheiro juntamente com Coutinho do Santos e Enrique Raymondi do Emelec do Equador, todos com seis gols.
Spencer disputou 12 Taças Libertadores, 10 pelo Peñarol de 1960 até 1970 e duas pelo Barcelona em 1971 e 1972. Dos 54 gols que marcou 48 foram anotados com a camisa do Peñarol e seis com a do time equatoriano.
O Peñarol que participou de 48 das 61 edições da Taça Libertadores, já computada a deste ano que está em andamento, é o terceiro maior vencedor do torneio sendo cinco vezes campeão.
Três destes cinco títulos foram conquistados na era Spencer, em 1960, 1961 e 1966, além de três vice-campeonatos em 1962, 1965 e 1970.
A história do futebol feminino nas Olimpíadas começou somente em 1996 nos Jogos de Atlanta, Estados Unidos.
Apenas oito seleções marcaram presença, divididas em dois grupos de quatro seleções que jogaram entre si dentro dos próprios grupos com a passagem das suas primeiras para a segunda fase, as semifinais.
Em um dos grupos a China foi a primeira colocada com os Estados Unidos em segundo. As duas seleções que empataram entre si terminaram com sete pontos ganhos pelas duas vitórias sobre a Suécia e Dinamarca.
No outro grupo a Noruega terminou em primeiro com sete pontos e o Brasil ficou na segunda posição com cinco. As norueguesas venceram a Alemanha e o Japão, enquanto que a seleção brasileira venceu o Japão e empatou com a Alemanha. No confronto Brasil/Noruega deu empate.
No cruzamento das semifinais a China derrotou o Brasil por 3x2 e os Estados Unidos venceram a Noruega por 2x1 na prorrogação. A Noruega ficou com a medalha de bronze com vitória sobre a seleção brasileira por 2x0 e os Estados Unidos foram medalha de ouro derrotando a China por 2x1.
A brasileira Pretinha foi uma das artilheiras do torneio com quatro gols. Outras duas jogadoras da Noruega, Ann Kristin e Linda Medalen também marcaram quatro gols.
Por João Nassif
25/09/2020 - 12:06 Atualizado em 25/09/2020 - 14:20
Thiago Ávila *
Nesse final de semana tivemos a estreia da Porsche Cup Endurance em Mogi Guaçu, que contou com a participação do criciumense André Gaidzinski, correndo pelo carro #14 da equipe Farben. Competindo pela classe 3.8 Trophy, fazendo dupla com o paulista Márcio Mauro, terminou na sexta posição, 27º no geral.
O começo de André foi bom, logo na 17ª volta de 88, fez uma ótima ultrapassagem sobre Alexandre Auler, mergulhando por dentro na curva. “Ele me segurou por mais de dez voltas, até que a [classe] 4.0 encostou na gente. Eu aproveitei para ultrapassar o Auler quando o Werner Neugebauer, da 4.0, encostou atrás de mim. Eu puxei para a esquerda no final da reta dos boxes, e o Auler foi para a direita, e eu acabei ultrapassando os dois de uma vez só”, contou o criciumense.
O momento deve entrar no top-5 de melhores ultrapassagens da corrida. Segundo o piloto, o lance está tendo muita repercussão, com Reginaldo Leme compartilhando o vídeo com Willy Hermann, empresário de André e pessoa muito influente no automobilismo brasileiro, conhecido por trazer a Indy para o Brasil.
Gaidzinski foi aos boxes na volta 23, dando lugar para Márcio assumir o controle do carro. O paulista chegou a melhorar o ritmo do carro, inclusive marcando a volta mais rápida no 32º giro, e chegando a estar em 22º antes da segunda parada.
Na volta 40, um dos parafusos que seguram o pneu quebrou e Márcio foi forçado a fazer a segunda parada antes do previsto. Depois de ficar preso por quase sete minutos – uma parada ideal seria de seis minutos - André retornou com um carro reserva laranja e demorou um tempo para adaptá-lo na pista.
Mas no quarto stint, com o paulista de volta ao comando, conseguiram fazer a volta mais rápida do carro #14, com 1:33:158, terminando na 27ª posição no geral.
Apesar do resultado não tão bom, André ficou contente com o desempenho. “A gente não tem experiência. Nesses três anos de Porsche Cup, tenho participado só da Sprint, que são corridas de curta duração, e essa [Endurance] tem que ter muita estratégia, muita cabeça, paciência, frieza, nem sempre quem larga na frente vai ganhar a corrida, porque acontece muita coisa. Mas valeu à pena”.
Próximo desafio do criciumense será em Interlagos para a terceira etapa da Sprint da Porsche Cup.
O Troféu Joan Gamper é um torneio amistoso de caráter internacional, geralmente realizado em agosto antes do início da temporada europeia. A competição é organizada pelo Barcelona no Estádio Camp Nou é homenagem à Joan Gamper, fundador, ex-jogador e ex-presidente do clube.
O primeiro Troféu Joan Gamper foi realizado em 1966 e em todas suas 52 edições teve a participação do anfitrião. De 1966 até 1996 o troféu era disputado por quatro times, compondo duas semifinais um jogo para decisão do terceiro lugar e a partida final. Portanto, cada time participante disputava dois jogos.
Desde 1997 a competição foi reestruturada para jogo único em virtude do aumento do calendário de jogos na temporada do Barcelona que venceu 41 das 52 duas edições do torneio disputadas até 2018.
Apenas um clube brasileiro, o Internacional de Porto Alegre, conquistou o Joan Gamper. Foi na edição de 1982 quando venceu o Manchester City da Inglaterra por 3x1. Na semifinal o Inter derrotou o próprio anfitrião nos pênaltis depois de empatar 0x0 no tempo regulamentar. Na decisão do terceiro lugar o Barcelona também nos pênaltis derrotou o Colônia da Alemanha Ocidental.
Em 2017 a convidada foi a Chapecoense, homenageada pelo Barcelona devido a tragédia aéreo que dizimou a quase totalidade do plantel do clube.
O Troféu Teresa Herrera é um torneio de futebol que, desde 1946, é realizado na cidade da Corunha, na Espanha. É um dos torneios mais populares do mundo, devido à grandiosidade dos clubes que o disputam.
Os jogos são disputados no Estádio Riazor durante dois dias, normalmente na primeira quinzena do mês de agosto. O Deportivo La Coruña é o clube mandante da disputa do troféu.
Historicamente, eram quatro as equipes participantes, com uma estrutura de semifinal, decisão do terceiro lugar e final. Porém, desde 2009 exceto em 2014, só duas equipes disputam o título em partida única, virando uma taça de um contra outro.
O primeiro torneio foi vencido pelo Sevilla da Espanha que derrotou na final Athletic Bilbao, também espanhol, por 3x2.
Cinco clubes brasileiros venceram o Troféu Teresa Herrera, o Vasco da Gama em 1957, o Santos em 1959, o Fluminense em 1977, o São Paulo em 1992 e o Botafogo em 1996.
Na final de 1959 o Santos de Pelé derrotou o Botafogo do Garrincha por 4x1.
Poucas vezes na história os preparativos de uma Copa do Mundo haviam sido objetos de tantas controvérsias como as que rodearam o XI torneio realizado na Argentina.
O futebol foi relegado a um segundo plano, enquanto as autoridades debatiam se deviam ou não boicotar a competição como forma de protesto ao regime totalitário do General Videla e suas contínuas violações aos direitos humanos.
Finalmente, apesar dos apelos gerais para que ninguém aparecesse, todas as seleções classificadas viajaram à Argentina para a disputa do Mundial.
Ficaram de fora somente as que não se classificaram como a Inglaterra, pela segunda vez consecutiva, Iugoslávia e União Soviética. A França retornou à Copa depois de 12 anos ausentes e o Irã e a Tunísia, países sem nenhuma tradição pela primeira vez adquiriram o direito de jogar uma Copa do Mundo.
Sempre apoiada por grandes públicos que lotaram os estádios do país, a seleção argentina foi a campeã vencendo a seleção holandesa que pela segunda vez consecutiva disputava uma final de Copa do Mundo.
Os holandeses jogaram o Mundial sem seu principal jogador, Cruyff, que se recusou a viajar para a Argentina devido a sua situação política.
Nunca um país teve tanto tempo para preparar uma Copa do Mundo. A Espanha foi escolhida como sede do Mundial de 1982 no ano de 1964 em Tóquio no Japão. Em setembro de 1978, Sua Majestade o rei João Carlos I assinou decretos reais criando o Comitê Organizador da Copa do Mundo de 1982.
A Guerra das Malvinas envolvendo a Argentina e o Reino Unido criou uma atmosfera de preocupação sobre possíveis desdobramentos durante a disputa do Mundial.
A cerimônia de abertura que antecedeu o jogo entre Argentina e Bélgica disputado no dia 13 de junho no Camp Nou em Barcelona foi um verdadeiro chamamento à paz e confraternização.
Numa festa brilhante e colorida, ex-campeões mundiais entraram em campo para relembrar outras épocas do futebol mundial. Gigghia (Uruguai), Ferrari (Itália), Beckenbauer (Alemanha), Bellini (Brasil), Bobby Charlton (Inglaterra) e Larrosa (Argentina) foram homenageados pelo mundo do futebol.
A Copa da Espanha foi um torneio pacifico e apresentou duas seleções Brasil e França que jogaram o futebol mais bonito, mas que ficaram pelo meio do caminho para que Itália e Alemanha Ocidental com seus pragmatismos decidissem o título.
90 vitórias. Uma a menos que o heptacampeão Michael Schumacher. Os holofotes estavam todos em cima dele. Até a Netflix veio a Rússia para cobrir um feito histórico. Sim, Lewis Hamilton estava a um passo de chegar nos números do maior de todos. E para ele bastava apenas seguir mantendo a constância em uma pista em que ele já é favorito.
Apenas um obstáculo poderia o tirar desse feito, e era Valtteri Bottas. O finlandês tem seus melhores desempenhos na categoria exatamente em Sochi. Em 2015, brigando pelo pódio, protagonizou uma polêmica batalha com o compatriota Kimi Raikkonen, que o tirou da corrida na última volta; venceu em 2017; foi pole em 2018, e só perdeu a corrida porque a Mercedes o pediu para deixar Lewis passar.
Bottas vencedor em Sochi
E parecia que ia dar certo para Bottas, que liderou todas as sessões de treinos. Mas aí chegou a classificação, e Vettel bate a 2:15 do fim do Q2, com Hamilton ainda sem marcar tempo. A bandeira vermelha é acionada e Lewis agora tinha muito pouco tempo para sair e não ser eliminado. A DOIS SEGUNDOS do fim, ele passa pela linha de chegada, conseguindo abrir a volta que o salvaria da 15ª colocação e o pusera em condições iguais com o companheiro para brigar pela pole.
E Hamilton fez simplesmente a melhor volta do circuito, com 1:31.304, a mais de cinco décimos de Verstappen, o segundo, e seis de Bottas. O hexacampeão agora estava a um passo de chegar a lendária marca. Se não fosse por uma coisa... boba.
Minutos antes de os carros se alinharem para a largada, os pilotos aproveitam para dar algumas voltas de aquecimento e treinar largadas. O ideal para quem quiser fazer isso, é posicionar seu carro no lado direito na saída dos boxes e esperar a luz verde acender para ser liberado.
Lewis reportou no rádio se ele poderia treinar a largada mais à frente do ideal, já que a área permitida estava muito emborrachada. A equipe confirmou e o piloto acabou o fazendo por duas vezes no fim da linha do pit. No artigo 19.1 do regulamento afirma que "Treinos de largadas só poderão ser executados no lado direito logo após o semáforo do fim do pit lane. Para evitar dúvidas, isso inclui qualquer momento em que o pit lane esteja aberto. Os pilotos precisam deixar espaço adequado no lado esquerdo para outro piloto passar". Vendo que o piloto havia infringido tal regra, os comissários decidiram puni-lo com duas punições de cinco segundos, pelos dois erros cometidos no mesmo lugar.
Bom, regras são regras, e elas devem ser cumpridas. Porém, há de se ter uma discussão sobre a tal. Será que não foi exigido demais com dez segundos? Talvez começar a arranjar punições mais brandas? Sim, foi um erro, mas que não comprometeu e nem comprometeria ninguém. Se um piloto é punido com 10 segundos por dois pequenos erros nas voltas de aquecimento, qual será o próximo passo? Desclassificar alguém por atrapalhar a volta lenta de outro em um treino livre?
Isso não é de hoje. A FIA vem sendo extremamente exigente nas advertências desde a morte de Charlie Whiting em março do ano passado. Listemos: Vettel perdeu o GP do Canadá por retornar a pista de “um jeito perigoso”, sendo que ele estava em primeiro; Verstappen perdeu a pole no México por acelerar demais na bandeira amarela, mesmo já tendo feito a melhor volta em condições normais; Norris tomou punição de três posições por ignorar bandeiras amarelas NUM TREINO LIVRE! E tem muitas outras.
De fato, todas essas punições estão previstas nas regras, e os comissários estão seguindo fielmente, mas isso pode prejudicar o esporte se utilizada com muita frequência e exigência.
Voltando a corrida, isso acabou com as chances de vitória do britânico, que caiu para terceiro e teve que se contentar com Bottas tirando sarro dos “haters” no rádio.
A vitória 91 fica para a próxima, talvez em Nurburgring daqui duas semanas. Até lá, podem ter certeza que centenas de matérias serão feitas a respeito disso. E... coitada da Netflix.
O campeonato paulista foi o primeiro campeonato estadual disputado no Brasil. O campeonato foi organizado pela Liga Paulista de Foot-Ball em 1902 e teve a participação de cinco clubes que fundaram a Liga Paulista, a primeira entidade criada no país.
Disputaram o campeonato o São Paulo Athletic, o Paulistano, o Mackenzie, o Internacional e o Germânia. O primeiro campeão paulista, reconhecido pela Federação Paulista de Futebol foi o São Paulo Athletic, equipe formada por ingleses ou filhos de britânicos.
São Paulo Athletic-1902
Todos os cinco times eram da capital do Estado e todos foram fundados no século XIX. O mais velho, o São Paulo Athletic foi fundado no dia 13 de maio de 1888, o Mackenzie em 1898, o Germânia e Internacional em 1899 e o Paulistano em 1900. O regulamento do campeonato dizia que todos jogariam contra todos em turno e returno, portanto cada equipe disputaria oito jogos, de 08 de maio até 25 de outubro.
São Paulo Athletic e Paulistano terminaram empatados na primeira colocação com 12 pontos ganhos cada um. Ambos obtiveram cinco vitórias e dois empates e foram derrotados apenas uma vez.
Foi necessária uma partida desempate entre os dois primeiros colocados para ser apurar o campeão. No dia 26 de outubro de 1902 o São Paulo Athletic derrotou o Paulistano por 2x1 no Velódromo de São Paulo.
Charles Muller, o pai do futebol brasileiro foi o autor dos dois gols na final e também foi o artilheiro do campeonato com 10 gols. Em todo campeonato foram realizados 21 jogos e marcados 60 gols, dando a média de 2,86 gols/jogo.
A duração dos jogos era de 80 minutos divididos em dois tempos de 40.
Depois do primeiro campeonato estadual disputado no país em 1902, campeonato promovido pela Liga Paulista de Foot-Ball, em 1905 foi disputado o primeiro campeonato baiano, o segundo estadual mais antigo do país e a competição de futebol mais antiga da região Nordeste do Brasil.
Internacional-primeiro campeão baiano
A competição foi disputada por quatro clubes, todos da capital Salvador. O campeonato foi organizado pela Liga Bahiana de Sports Terrestres, antecessora da Federação Baiana de Futebol fundada somente em 1913.
Clube de Natação e Regatas de São Salvador, Clube Internacional de Cricket, Esporte Clube Vitória e Sport Club Bahiano foram os participantes do primeiro campeonato baiano de futebol da história.
Depois de muita discussão o regulamento escolhido foi com o sistema de pontos corridos com todos os quatro jogando entre si em turno e returno.
O Internacional foi o primeiro campeão baiano invicto com 100 por cento de aproveitamento, pois venceu suas seis partidas alcançando 12 pontos ganhos. O vice-campeão foi o São Salvador com oito pontos o Vitória ficou em terceiro e o Bahiano foi o quarto colocado com seis derrotas.
Foram realizados 12 jogos e marcados 36 gols, a média foi de exatos 3 gols/jogo. O artilheiro foi Braguinha do Internacional com seis gols.
Por João Nassif
01/10/2020 - 08:11 Atualizado em 01/10/2020 - 08:11
Os jogos do Criciúma são de uma mesmice que coloca em dúvida o esperado acesso no campeonato brasileiro.
Foto: Celso da Luz/Criciúma EC
O quarto lugar, por enquanto, é produto das vitórias apenas sobre os adversários na parte debaixo da classificação. O Criciúma não venceu nenhum dos primeiros sete colocados, ainda falta o vice-líder Brusque, e conseguiu vitórias somente sobre os três últimos em jogos dentro do Heriberto Hülse.
Desde a sofrível campanha na série B de 2019 que culminou com o rebaixamento não se vê evolução na forma do time jogar, por isso afirmei ontem na jornada da Som Maior que a manutenção da comissão técnica é um risco para o futuro do time na busca da série B na próxima temporada.
O jogo de ontem contra o Tombense seguiu o roteiro de todo campeonato. Faltaram criação e finalizações, uma constante que não podem ser justificadas pelas ausências de vários jogadores fora de combate por lesão, suspensão ou Covid-19.
Se não tem reposição é pelo mau planejamento, se tem tempo para treinar e não há evolução é pelo mau trabalho dos técnicos. O time tem alguns bons valores que não conseguem jogar pelo mau coletivo e desta forma as partidas são de baixo nível, inclusive as que foram vencidas.
Ou muda o comando, ou veremos este futebol muito pobre sem qualquer evolução até o final da série C cujo resultado pode frustrar o desejo de toda uma imensa e fiel torcida.
O voleibol nos Jogos Olímpicos existe desde 1964, quando o esporte foi incorporado oficialmente ao programa olímpico. A partir de Atlanta 1996 também foi introduzido o voleibol de praia.
O voleibol foi jogado pela primeira vez nos Jogos Olímpicos em 1924, como parte de um evento especial quando foi apresentado apenas como exibição.
Apenas após a Segunda Guerra Mundial, todavia, começou-se a considerar a possibilidade de adicioná-lo ao programa das Olimpíadas, sob a pressão da recém-formada Federação Internacional (1947) e algumas das confederações continentais.
Para angariar apoio para esta proposta, foi organizado em 1957 um torneio-exibição durante a 53a sessão do COI em Sófia, Bulgária. A competição foi um sucesso, e o esporte foi oficialmente introduzido em 1964.
O número de países disputando os jogos também cresceu em ritmo constante desde 1964. A partir de 1996, 12 equipes tem participado do torneio, tanto no masculino e no feminino. Cada uma das confederações continentais de voleibol é representada por no mínimo uma equipe nas Olimpíadas.
Brasil, Japão e União Soviética são as únicas nações que conquistaram o ouro tanto no masculino quanto no feminino. O Brasil ainda é o único país que possui o ouro tanto no voleibol masculino e feminino de quadra quanto no voleibol masculino e feminino de praia.
Ainda que de forma tímida o vôlei brasileiro começou aparecer de maneira mais forte no cenário internacional ao conquistar a medalha de prata nas Olimpíadas de 1984 em Atlanta nos Estados Unidos.
Na primeira fase a seleção brasileira fez parte do grupo A, jogando quatro partidas com três vitórias e uma derrota. Venceu a Argentina por 3x1 sets, a Tunísia e os Estados Unidos por 3x0. Perdeu apenas para a Coréia do Sul por 3x1, terminando a fase em primeiro lugar.
Na segunda fase, as semifinais o Brasil enfrentou a Itália e venceu por 3x1 sets de virada com parciais de 12x15, 15x2, 15x3 e 15x5.
Na decisão da medalha de ouro o Brasil encarou novamente os Estados Unidos e desta vez foi derrotado ficando com a medalha de prata.
O resultado foi 3x0 a favor dos americanos com parciais de 15x6, 15x6 e 15x7.
Oito anos depois em Barcelona 1992 o Brasil finalmente chegou à medalha de ouro e definitivamente se tornou com potência do voleibol mundial.
O projeto de organizar uma Copa do Mundo começou na criação da FIFA em 21 de maio de 1904. A FIFA, entidade máxima do futebol, foi fundada em Paris, na França e tem sua sede em Zurique, Suíça.
Em 1906 houve a primeira tentativa para um torneio mundial de futebol previsto para ser realizado na Suíça, com quatro grupos de quatro seleções. Mas no final das confirmações de inscrição para os dezesseis países convidados, em 31 de agosto de 1905, nenhuma federação confirmou sua participação e o projeto, naquele momento, foi abandonado.
Com o estabelecimento de um torneio de futebol olímpico no ano de 1908, a FIFA queria o reconhecimento desse torneio como o campeonato mundial de futebol amador. A ideia foi validada no Congresso da FIFA em 1914, mas a Primeira Guerra Mundial bloqueou a iniciativa.
Depois da Guerra, a FIFA mudou a sua atitude. Após a sua eleição como Presidente da FIFA, o francês Jules Rimet colocou em ação o plano para não mais reconhecer o torneio olímpico como o campeonato mundial de futebol amador, lutando para a criação de uma nova competição.
Os Jogos Olímpicos de 1924 e 1928 puderam estabelecer uma ótima relação entre os países da América do Sul e da Europa.
A proposta de uma Copa do Mundo pela FIFA proposta foi aprovada no Congresso em Amsterdã, no dia 26 de maio de 1928, por vinte e cinco votos a favor e cinco contra, com uma abstenção.
A organização da primeira Copa do Mundo foi então atribuída ao Uruguai no Congresso da FIFA, em Barcelona, 18 maio de 1929, para celebrar o centenário de sua independência, mas também porque a seleção havia sido campeã olímpica duas vezes, em 1924 e 1928.
O Lauro Muller Futebol Clube era um time de Itajaí que foi fundado em 24 de março de 1929, cujo nome foi uma homenagem ao ex-governador do Estado, Lauro Severiano Muller.
O clube teve vida curta e seu departamento de futebol foi fechado em 07 de março de 1951, portanto com apenas 21 anos quando uniu-se ao Clube Náutico Almirante Barroso.
Suas cores eram preto e branco e sua maior glória foi ter vencido o campeonato catarinense de 1931. Seus torcedores eram chamados de lauristas e o time foi durante a década de 1940 o arquirrival do Clube Náutico Marcílio Dias.
A curiosidade sobre o Lauro Muller foi ter sido campeão estadual pela primeira vez por W.O. O campeonato de 1931 em sua fase semifinal foi disputado por quatro equipes, além do Lauro Muller, o Brasil de Tijucas, o Caxias de Joinville, o Atlético de Florianópolis.
No dia 20 de dezembro de 1931 o Atlético derrotou o Brasil em Tijucas por 2x1. No dia 17 de janeiro de 1932 o Lauro Muller em casa derrotou o Caxias por 3x2.
A data da decisão foi 24 de janeiro de 1932, porém a Federação Catarinense de Desportos decidiu adiar o jogo por mais uma semana e isso irritou os cartolas do time da Capital.
Insatisfeitos, os dirigentes proibiram os jogadores de entrar no campo do Estádio Adolfo Konder, no dia 31 de janeiro, e assim a Federação Catarinense de Desportos declarou o Lauro Müller campeão catarinense por W.O.
O campeonato catarinense de 1942 foi disputado em várias etapas como era comum naqueles tempos. A competição era dividida por regiões cujos vencedores jogavam para decisão do título.
Avaí campeão em 1942
Sete equipes participaram do campeonato desde seu início, América de Joinville, Avaí da Capital, Barriga Verde de Laguna, Recreativo Brasil de Blumenau, Hercílio Luz de Tubarão, Pery Ferroviário de Mafra e Brusquense de Brusque.
O Hercílio Luz perdeu a decisão da Zona Sul para o Avaí por 6x1 em Florianópolis e o América derrotou o Brusquense por 3x1 em Joinville pela decisão da Zona Norte.
A decisão do Estadual de 1942, entre América, de Joinville, e Avaí nunca aconteceu e o Leão ficou com a taça por conta de um decreto.
Os jogadores do time joinvillense foram impedidos de viajar para a partida decisiva pelo batalhão do exército porque o América tinha no elenco atletas que faziam parte do 13º Batalhão de Caçadores e estavam de plantão no dia do jogo e não poderiam se ausentar da cidade.
Assim, o time do Norte do Estado tentou realizar a partida em outra data, ou mesmo em Joinville — onde os jogadores que serviam o exército poderiam jogar, mas a Federação Catarinense de Futebol não cedeu e decretou o Avaí campeão estadual de 1942.
Semana passada tivemos a penúltima etapa da Porsche Supercup de Esports, o campeonato mundial da montadora alemã de corridas virtuais, no simulador. A etapa ocorreu no histórico circuito de Le Mans, e o criciumense Jeff Giassi, o único brasileiro na disputa, participou.
No treino classificatório, conseguiu a décima posição e já na largada pulou para nono. Durante a corrida teve ótimos momentos, como uma disputa roda a roda com o australiano Joshua Rogers, que é o atual campeão. Giassi vinha em sétimo até a última curva, quando se envolveu em um incidente com o finlandês Tuomas Tähtelä, e acabou caindo para 23º.
Jeff Giassi em Le Mans
Na segunda corrida, largando da posição que terminou a primeira, logo nas primeiras voltas se envolveu em um toque com outro finlandês, dessa vez era Valtteri Alander, e acabou abandonando.
Conversei com Jeff após a corrida e ele contou melhor sobre o final de semana e também esclareceu como funciona um simulador, que não é apenas um joguinho, é tão realista que o piloto pode até quebrar a mão. Segue a entrevista abaixo.
Thiago Ávila: Pelo jeito não foi um bom final de semana... Jeff Giassi: É, esse sábado foi uma etapa muito difícil, até consegui fazer uma classificação boa, larguei entre os dez primeiros, mas Le Mans é uma pista que muita coisa pode acontecer. Consegui ganhar algumas posições, cheguei a estar em sétimo, e um pouco antes da linha de chegada o carro da frente [Tuomas Tähtelä] acabou tendo um enrosco, infelizmente não pude para onde ir, e acabei me envolvendo nesse acidente praticamente faltando uma curva para acabar a corrida. Bastante gente ficou chateada, porque faltava só uma curva para acabar, mas faz parte, é uma situação muito cruel. Agora é erguer a cabeça porque tem a final do campeonato e não focar muito na parte de recuperar pontos, mas fazer o que é possível para tentar ganhar algumas posições.
TA: Vocês fizeram o protesto contra o Tähtela? JG: Com certeza o protesto foi feito e já foi reportado, acredito que não foi apenas eu que reportei, imagino, até porque na segunda bateria ocorreram outros incidentes com o mesmo piloto que gerou toda essa situação. Mas eu acho que fiz a minha parte de ter denunciado a atitude antidesportiva, mas não me preocupo se vai haver alguma punição para ele ou não, porque ele está bem atrás no campeonato. Espero que atitudes como essa não se repitam no campeonato.
TA: Vi que você estava com a mão machucada antes da segunda corrida, o que houve? JG: Na largada da segunda corrida, acabou tendo mais um acidente, e o volante é bem pesado, ele realmente simula os efeitos de um carro de verdade. Então da mesma forma que as pessoas na vida real sofrem acidente e machucam a mão, no simulador é a mesma coisa. Eu machuquei a mão, não foi nada grave, mas fiz a corrida com a mão doendo. Acredito que todos que correm disso já machucaram a mão, o pulso ou o dedo. Inclusive, terei que voltar a correr de luva, que protege bastante, machuca do mesmo jeito, mas evita cortes.
TA: Então o simulador é extremamente realista. Se a batida for muito violenta, o piloto pode acabar quebrando o pulso? JG: Pode. Nunca vi alguém chegar a quebrar o pulso, mas eu já vi pessoas que quebraram o dedo, eu também uma vez quase quebrei também. É engraçado, porque querendo ou não você está atrás de uma tela de computador e mesmo assim acaba sendo ‘perigoso’, porque você pode quebrar a mão, pulso... É o risco que se corre quando você compra um equipamento que te passa muita precisão. Então ele não sabe diferenciar o que é um acidente e quando não é, ele te passa a informação igual ao um carro de verdade.
TA: Esse fator de precisão não pode acabar sendo prejudicial na pilotagem? JG: Existem simuladores que não machucam, mas são mais iniciantes, e você acaba perdendo um pouco de tempo por falta de informação. Quando você está disputando um campeonato mundial, o ideal é ter sempre 100% do que está acontecendo com o carro. Está saindo de traseira, o simulador vai te passar essa informação, um pouco de frente, ele te passa também. Da mesma forma, quando você bate, ele acaba passando a informação não de um jeito tão confortável. Alguns simuladores tem botão de emergência, para caso o volante não pare, ou caso o carro capote e o volante fica batendo, e o botão serve para desligar o motor dele. Mas o risco do automobilismo real não se compara.
Mesmo com os resultados ruins de sábado, Giassi é nono no mundial e segue na disputa para terminar entre os dez primeiros. A última etapa da temporada acontece dia 10 de outubro, no circuito de Monza.
Natural de Ribeirão Preto, o jornalista esportivo, comentarista e escritor João Nassif Filho trabalha há mais 50 anos com o futebol. Começou na Rádio Clube Jacareí, passou pela Rádio Gaúcha de Porto Alegre e hoje está na Rádio Som Maior FM de Criciúma. Trabalhou também na TV Gaúcha de Porto Alegre, RCE TV Criciúma e na TV Litoral Sul de Criciúma. Foi colunista do Jornal da Manhã e Jornal A Tribuna de Criciúma. Publicou o Almanaque do Criciúma (1986), o Almanaque das Copas (2013) e Fio do Bigode (2014).Conheça outros Blogs