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DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por João Nassif 06/04/2020 - 09:43

No campeonato catarinense de 1986 o Criciúma reinou soberano e venceu todas as três etapas antes do hexagonal final que decidiu o título. 

O Criciúma que até então não havia conseguido vencer uma única Taça entre tantas que havia disputado desde 1978 quando substituiu o Comerciário EC ganhou na sequência a Taça Governador, a Taça 25 anos da Universidade Federal de Santa Catarina e a Plínio De Nez, antes de levantar a Taça Pedro Lopes pela conquista de seu primeiro campeonato.

Alguns dias antes do início do hexagonal decisivo o Criciúma teve sua primeira experiencia internacional. Passava pelo Estado a seleção da Indonésia numa excursão em que buscava aprender com os brasileiros como fazer futebol.

No dia 08 de julho o Criciúma goleou a seleção visitante por um elástico 7x0 com arbitragem de Dalmo Bozzano.

O atacante Osmair fez três gols e a goleada foi completada por Jorge Veras, Colonetti, Vanderlei e pelo volante Jairo.

O time que o técnico Zé Carlos mandou a campo: Luiz Henrique, Sarandi, Sílvio Laguna, Solis e Itá; Jairo, Carlos Alberto e Vanderlei; Edemílson, Osmair e Jorge Veras. 

Entraram no segundo tempo: Ado, Treze, Colonetti e Rudi. 
 

Por João Nassif 07/04/2020 - 10:04

Criciúma viveu nos anos 1960 uma fase de ouro no futebol catarinense. Sempre com quatro clubes participando dos campeonatos estaduais, vários títulos conquistados pelo Metropol e Comerciário e com boas campanhas do Atlético Operário e Próspera.

No final da década os clubes não conseguiram mais se sustentar, terminou o ciclo de ouro do carvão que obrigou Metropol e Atlético Operário encerrarem suas atividades no futebol. 

O Comerciário sem os rivais não teve condições de bancar boas equipes e também fechou o departamento de futebol. Sobrou apenas o Próspera que bancado por empresa do governo resistiu até 1975 quando foi rebaixado e encerrou seu ciclo profissional.

O último campeonato do Time da Raça foi disputado por 13 clubes com todos se enfrentando em turno e returno. Houve divisão em duas chaves para efeito de classificação. Na chave A seis e na B sete clubes.

O regulamento dizia que os quatro primeiros de cada chaves estariam classificados para a segunda etapa, enquanto os dois últimos da A e os três últimos da B seriam rebaixados.

O Próspera caiu no grupo B e ficou em último lugar com apenas nove pontos conquistados. Foi o pior desempenho entre todos os participantes.

O campeão estadual em 1975 foi o Avaí que enfrentou o Figueirense na decisão. 

Junto com o Próspera foram rebaixados o Caxias de Joinville, o Guarani de São Miguel D’Oeste, o Hercílio Luz de Tubarão e o Carlos Renaux de Brusque. 
 

Por João Nassif 08/04/2020 - 09:24

O confronto entre seleções nos Jogos Olímpicos foi realizado pela primeira vez em 1906 nas Olimpíadas realizadas em Atenas, Grécia, entre os dias 22 de abril e 02 de maio. Vale ressaltar que estes Jogos não foram reconhecidos pelo Comitê Olímpico Internacional.

O COI instituiu a frequência de quatro anos para a realização dos Jogos e como em 1904 a III Olimpíada havia sido disputa em Saint Louis nos Estados Unidos os Jogos seguintes seriam realizados em Londres no Reino Unido.

De qualquer forma as Olimpíadas de 1906, mesmo não oficial teve o futebol entre seleções disputado pela primeira vez na história.

Quatro times entraram no torneio. A Dinamarca, a seleção grega formada por jogadores de Atenas e Salônica e outros dois times gregos com jogadores de duas das maiores cidades do país à época com um ou outro estrangeiro nas suas formações.

Um time da Esmirna composto por mercadores estrangeiros oriundos da Inglaterra, França e Armênia. Outro de Tessalônica formado por vários artistas vindo de várias partes do mundo.

Nos dois primeiros confrontos valendo como semifinais a seleção da Dinamarca derrotou a seleção de Esmirna por 5x1. No outro jogo a seleção grega derrotou o time de Tessalônica por 5x0.

No jogo final Dinamarca venceu a Grécia por 9x0 com todos os gols marcados no primeiro tempo. Os gregos não retornaram para a segunda etapa.

Com a desistência da seleção da Grécia Esmirna ficou com a medalha de prata goleando Tessalônica por 12x0.

Por João Nassif 09/04/2020 - 09:40

Poucos sabem, mas a primeira transmissão de uma Copa do Mundo pela televisão brasileira foi possível por um blefe de um componente de uma delegação que foi ao México negociar com o Telesistema Mexicano os direitos para que o povo brasileiro pudesse assistir ao vivo o Mundial de 1970.

A empresa mexicana havia comprado os direitos para negociar a transmissão dos jogos com as televisões do mundo inteiro e a TV Tupi comprou a exclusividade para o Brasil. Como havia sido assinado um protocolo em 1966 que proibia a exclusividade para a transmissão de jogos da seleção brasileira as demais emissoras protestaram e foi necessário um novo acordo para compra dos direitos junto ao Telesistema Mexicano.

O contrato de compra pela TV Tupi foi anulado e as emissoras fizeram um “pool” para transmitir os jogos da seleção brasileira. Este “pool” formado pelos representantes de várias televisões brasileira foi ao México no final de 1969 negociar com o todo poderoso Emílio Ascárraga comandante do Telesistema Mexicano.

Numa negociação muito tensa o mexicano pediu a quantia de US$ 1.200.000 para ceder os direitos às emissoras brasileiras. As emissoras responderam com uma contraproposta de US$ 550.000 rejeitada por Ascárraga. 

Foi aí que o diretor da Rádio Nacional, Paulo César Ferreira que estava presente na reunião blefou e disse com todas as letras: “Pois bem, senhor Ascárraga. O senhor é o homem mais poderoso da América Latina, faça então o que quiser. Não transmita a Copa para o Brasil, mas também fique certo que não terá a seleção brasileira em campo. O senhor acha que o governo brasileiro irá permitir que a nossa seleção jogue depois de uma ofensa dessas do México? Eu quero ver como é que vai ficar essa merda de sua Copa sem a seleção brasileira”.

O blefe foi disparado com tanta convicção que o mexicano pensou que o Paulo César fosse também representante do governo brasileiro. O acordo foi revisto e o contrato com o “pool” de emissoras foi fechado em US$ 715.000 e garantiu a transmissão da Copa de 1970 para todo o Brasil.
 
 

Por João Nassif 10/04/2020 - 09:31

A história mostra que o primeiro Campeonato Brasileiro de Futebol foi realizado em 1971 e tem como campeão o Atlético Mineiro.

Entretanto a CBF em 1974 unificou os títulos da antiga Taça Brasil disputada desde 1959 e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão de 1967 até 1970.

Sendo assim, o Campeonato Brasileiro de 1971 foi a 15ª edição do Campeonato Brasileiro que durante alguns anos foi chamado de Campeonato Nacional.

Dadá Maravilha e o gol do título

Enfim, há muita discussão sobre os títulos da Taça Brasil e do Robertão serem ou não campeonato brasileiros ou nacionais, como queiram.

Muito bem, quando começou em 1971 a competição teve participação de mais clubes de estados que não faziam parte do Torneio Roberto Gomes Pedrosa para ser atingido o total de 20. 

Ceará, Sport do Recife e Atlético Mineiro foram incorporados ao campeonato que foi dividido em duas chaves com 10 times cada uma com a classificação dos seis primeiros para a segunda fase.

Nesta primeira fase os times em princípio jogaram dentro da chave e depois contra adversários do outro grupo em apenas um turno para classificação geral.

Na segunda fase os 12 classificados foram divididos em três chaves e somente o primeiro colocado de cada uma disputaria o triangular final.

Chegaram à decisão do campeonato Atlético Mineiro, São Paulo e Botafogo. No primeiro jogo o time mineiro venceu o São Paulo por 1x0 no Mineirão. Em seguida o São Paulo derrotou o Botafogo por 4x1 no Morumbi.

A partida final foi no Maracanã e o Atlético que jogava por um empate venceu o Botafogo por 1x0 com gol do lendário Dario, o Dadá Maravilha.

Assim o Atlético Mineiro treinado por Telê Santana com toda controvérsia é considerado vencedor do primeiro Campeonato Brasileiro de Futebol.
 

Por João Nassif 11/04/2020 - 08:11

Quando em 1968 a CBD assumiu o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, criou além deste torneio as Copas Centro-Sul e Norte-Nordeste que seria um tipo de segunda divisão não oficial.

Em 1968, Grêmio Maringá e Sport Recife disputaram em ida e volta a decisão que poderia ser considerada como a final não oficial da segunda divisão do futebol brasileiro.

Em 1969 e 1970, mesmo não oficial não houve a decisão desta chamada segunda divisão, pois a Copa Centro-Sul não foi realizada. Pela Copa Norte-Nordeste o Ceará foi campeão em 1969 e o Fortaleza venceu o torneio no ano seguinte.

Em 1971 a CBF estendeu o direito de participação a qualquer estado interessado e transformou o Torneio Roberto Gomes Pedrosa em Campeonato Brasileiro, as Copas Centro-Sul e Norte-Nordeste tornaram-se zonas regionais da segunda divisão do futebol brasileiro.

Portanto as Copas Centro-Sul e Norte-Nordeste disputas entre 1968 e 1970 podem ser consideradas antecessoras da série B e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa precursor da série A do Campeonato Brasileiro.

A segunda divisão sofreu interrupção de 1973 a 1979 quando não havia regras claras para o número de participantes da série A por extensão não havia acesso e descenso. Todas as equipes eram convidadas a participar da competição do primeiro nível.

Somente a partir de 1980 é que a CBF conseguiu organizar melhor as competições e voltaram acesso e descenso apesar de algumas viradas de mesa até que a partir de 2002 os campeonatos se organizaram e partir de então as regras básicas do futebol foram sendo respeitadas.    

Por João Nassif 12/04/2020 - 08:36

A primeira Copa do Mundo da história, disputada no Uruguai em 1930 foi a única que não teve jogos eliminatórios. As seleções que participaram do torneio foram todas convidadas.

Como muitas, principalmente as europeias recusaram o convite feito por Jules Rimet, o idealizador da competição, o Mundial contou com apenas 13 seleções. O projeto era que fossem 16 países representados no torneio.

Foram vários os motivos que fizeram com que não houvesse interesse de seleções importantes em viajar até o Uruguai. 

Estádio Centenário-Montevideo

A Europa estava mergulhada em uma enorme crise econômica e os custos dos deslocamentos das delegações para outro continente eram enormes.

Outro motivo: o profissionalismo estava começando no futebol e os principais clubes europeus não aceitaram ficar muito tempo sem seus principais jogadores.

Mesmo assim Jules Rimet foi irredutível. Como havia sido decidido dois anos antes, a Copa foi realizada no Uruguai que completaria 100 anos de sua República. 

Apenas quatro países europeus, Bélgica, França, Iugoslávia e Romênia aceitaram o convite e a eles somaram os norte-americanos México e Estados Unidos e os sul-americanos Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Peru, além, é claro do Uruguai anfitrião.

Legenda

Em tempo recorde foi construído o gigantesco estádio que por motivos óbvios recebeu o nome de Estádio Centenário. Foram removidas toneladas de terra para rebaixar o terreno para proteger o gramado dos ventos fortes que assolam a região. A construção começou no início do ano da Copa e foi completada em meados de julho. 

Portanto, em sete meses foi construído o gigante de concreto com capacidade para 70 mil espectadores.

O Uruguai foi o vencedor da primeira Copa do Mundo que teve a Argentina como vice.

Por João Nassif 12/04/2020 - 01:10

Thiago Ávila *

Essa é a pergunta que todo mundo me faz. Se eu tivesse a resposta para isso e apostasse, certamente ganharia muito dinheiro. Por isso hoje faremos uma breve análise dos postulantes a próximo candidato tupiniquim a ingressar na Formula 1, mostrando seus pontos fortes e seus agravantes para chegar até lá.

SERGIO SETTE CAMARA

Pontos positivos: O mineiro de 21 anos é filho do presidente do Atlético Mineiro, já tem um aporte financeiro para pegar alguma vaga. Atualmente é piloto reserva da Red Bull e AlphaTauri e conseguiu a superlicença pelos razoavelmente bons resultados na Formula 2 nos últimos dois anos. Ou seja, é o 5º piloto da marca de energéticos, qualquer um que der mole ou se lesionar, ele entra.

Pontos negativos: Ele não está sozinho nessa. Além de torcer para que um dos quatro Red Bulls se der mal, ele tem um outro concorrente que também quer roubar sua vaga. Trata-se do estoniano Juri Vips. Ele já está na academia júnior do time desde 2018, há um bom tempo tendo bons resultados na F3 e F4. Este ano será adversário direto do brasileiro na Super Formula Japonesa. A Red Bull deve estar muito de olho neles, quem tiver os melhores resultados na temporada deve pegar a vaga na AlphaTauri em 2021.

PIETRO FITTIPALDI

Pontos positivos: Neto de Emerson, Pietro é protegido da Haas há dois anos e a equipe faz questão de dizer que o brasileiro é um ótimo piloto de testes. Além de tudo, tem sobrenome, e ter um Fittipaldi de volta é tudo o que a F1 quer. Além de tudo conseguiu a superlicença no início deste ano, ao ficar em quinto na Toyota Racing Series

Pontos negativos: É ruim. Desculpem-me pachequistas, mas ele é muito fraco. Em 2017 foi o último campeão da Formula V8 3.5, mas num grid inteiramente de pilotos pagantes. Ano passado no DTM foi horroroso! Ele foi disparado o pior das Audi – que era o melhor carro do grid – e ainda terminou atrás de uma Aston Martin – que é a Williams da categoria alemã. Quem achar justo que ele entre na F1 é extremamente hipócrita, o Stroll fez mais por merecer do que ele. Outro problema é a idade, 23 anos e um currículo nada satisfatório, passou da validade.

PEDRO PIQUET

Pontos positivos: Filho de Nelson, Pedro teve resultados bons na GP3 2018 e na F3 no ano passado. Agora vai correr na F2, na busca para conseguir a superlicença. Tem sobrenome.

Pontos negativos: O grid da Formula 2 para esse ano é um dos mais fortes dos últimos anos. Piquet terá muitas dificuldades para se destacar. Ele já tem 21 anos, daria no máximo dois anos para mostrar que merece alguma vaga. Outra é que ele não está ligado a nenhuma equipe de F1, isso nos dias atuais é praticamente matar uma carreira próspera.

FELIPE DRUGOVICH

Pontos positivos: Tem 19 anos e já está no grid da F2. Se mostrar bons resultados logo de cara poderá chamar atenção de algumas equipes. Tem tempo, dá para ir se adaptando aos poucos na categoria.

Pontos negativos: Não tem nenhuma relação com equipes da F1. Na Formula 3 ano passado não teve resultados expressivos e mesmo assim achou um lugar na F2. Tenho mais certeza que ele migre a carreira para a Stock Car.

ENZO FITTIPALDI

Pontos positivos: Neto de Emerson, tem apenas 18 anos e uma carreira vitoriosa. Venceu a F4 Italiana em 2018 e foi vice-campeão da F3 Regional em 2019. Além disso há tempos está na academia júnior da Ferrari. Esse ano disputa o mundial de Formula 3 como um dos postulantes ao título. Se há alguém com futuro praticamente garantido na Formula 1 é Enzo.

Pontos negativos: Ainda tem uma longa jornada. Se for bem na F3, ainda terá que passar pela F2, onde terá pelo menos uns outros três membros da academia Ferrari lutando por alguma vaga na Alfa Romeo.

IGOR FRAGA

Pontos positivos: O nipônico-brasileiro foi terceiro na F3 Regional no ano passado, foi campeão da Toyota Racing Series este ano e ainda teve bons desempenhos em categorias de base da Indy. Mês passado ainda ingressou na academia júnior da Red Bull.

Pontos negativos: Já tem 21 anos, está atrasado em relação a outros concorrentes. A Formula 1 de hoje não tem mais espaços para experientes. As equipes querem novos Verstappens, novos Leclercs, jovens de no máximo 22 anos. Mesmo se Fraga tiver uma ascensão meteórica ganhando a F3 e a F2 seguidamente, já terá 24 anos, e a idade vai pesar contra.

GIANLUCA PETECOF

Pontos positivos: O jovem piloto de 17 anos já faz parte da academia júnior da Ferrari. Faz uma carreira praticamente aliada à de Enzo, mas sempre algumas posições mais atrás. Ano passado foi vice na F4 Italiana e esse ano vai disputar a F3 Regional.

Pontos negativos: Os mesmo de Enzo, com um adicional de não ter um sobrenome de peso.

CAIO COLLET

Pontos positivos: Fechamos a lista com um dos nomes mais promissores do automobilismo. Aos 18 anos, o paulistano já é piloto de desenvolvimento da Renault e tem sua carreira gerenciada pelo empresário Nicolas Todt, o mesmo que administra as carreiras de Charles Leclerc e Felipe Massa. Ano passado foi quinto colocado na Formula Renault Eurocup.

Pontos negativos: É bom se apressar, senão o tempo passa. Outro problema é que a Renault não é o melhor lugar para hospedar jovens garotos. Qual foi a última revelação dos franceses? Jolyon Palmer? Romain Grosjean?

E aí? Quem será o próximo brasileiro na Formula 1?

* Jornalista

Por João Nassif 12/04/2020 - 21:45

O futebol não pode fugir do sacrifício que toda sociedade brasileira vem enfrentando com a pandemia que se alastra a cada dia pelo país.

É compreensível o esforço e diria a necessidade de uma retomada o mais rápido possível, mas o quadro não indica que jogos e campeonatos retornem num curto e até médios prazos.

Rubens Angelotti-presidente da FCF

Ouvi ontem o presidente da Federação Catarinense, Rubens Angelotti, sobre o questionamento ao governo do estado para que tenhamos jogos a partir da segunda semana de maio, jogos com portões fechados para que o campeonato estadual seja finalizado.

Os clubes que já não andam bem financeiramente teriam a oportunidade de conseguir algumas receitas com o patrocínio e com a parcela final da cota da televisão. Será este o argumento e também seriam feitos testes dos profissionais envolvidos nos jogos para isolar quem porventura testar positivo para o Covid-19. 

Ouvi também o secretário geral da CBF, Walter Feldmann, que não acredita num retorno ainda em maio em função da pandemia ainda não atingir seu pico máximo, segundo o Ministério da Saúde. Os dois dirigentes fizeram questão de frisar que a prioridade é zelar pela saúde e pela vida dos que trabalham com o futebol e que obedecerão às recomendações dos órgãos governamentais. O decreto do governador Carlos Moisés é especifico, eventos esportivos somente no final de maio. Jogos com portões fechados se enquadram no impedimento, portanto penso que o pleito da Federação não será atendido. 

Infelizmente a previsão é sombria para clubes e Federações que deverão perder receitas com uma paralisação que se desenha prolongada.
 

Por João Nassif 13/04/2020 - 08:57

Conforme vimos no Almanaque da Bola de ontem não houve eliminatórias para a disputa da 1ª Copa do Mundo na história em 1930. Todos as 12 seleções que se deslocaram para o Uruguai e se integraram aos anfitriões foram convidadas pela FIFA.

Por isso somente no segundo Mundial em 1934 na Itália é que houve necessidade de jogos classificatórios para a disputa do torneio.

A primeira partida da história valendo por eliminatórios às Copas do Mundo foi realizada no dia 24 de setembro de 1933. Iugoslávia e Suíça empataram por 2x2 em Belgrado, capital de Iugoslávia.

O jogo valeu pelo Grupo 6 das eliminatórias que além das duas seleções tinha a presença da seleção da Romênia.

Pelo regulamento apenas duas seleções seriam classificadas por este Grupo 6. No segundo jogo a Suíça em Berna derrotou o Romênia por 2x0 e no terceiro jogo a Romênia em Bucareste derrotou a Iugoslávia por 2x1.

Como a previsão era somente jogos de ida em turno completo sem partidas de volta, Suíça e Romênia se classificaram com a consequente eliminação da Iugoslávia.

Assim a Romênia participou pela segunda vez de uma Copa do Mundo. A Iugoslávia que jogou como convidada na Copa inaugural ficou de fora do Mundial da Itália e a Suíça jogou uma Copa do Mundo pela primeira vez.

Por João Nassif 14/04/2020 - 09:45

A Copa Rio de 1951, também chamada de Torneio Internacional de Clubes Campeões foi disputada por oito equipes da Europa e da América do Sul em São Paulo e no Rio de janeiro nos estádios do Pacaembu e Maracanã, respectivamente.

A competição foi organizada pela Confederação Brasileira de Desportos, a CBD, com auxilio e autorização da FIFA e levou o nove de Copa Rio por ter sido patrocinada prefeitura do Rio de Janeiro. 

O torneio teve a divisão das equipes em dois grupos. 

O grupo do Rio de Janeiro foi formado com o Vasco da Gama campeão carioca de 1950, Sporting de Portugal, Áustria Viena e Nacional do Uruguai.

Pelo grupo de São Paulo disputaram o Palmeiras campeão paulista de 1950 e do Torneio Rio-São Paulo de 1951, Juventus da Itália, Estrela Vermelha da Iugoslávia e Nice da França.

No grupo do Rio de Janeiro o Vasco foi o primeiro colocado com o Áustria Viena em segundo. Em São Paulo o Juventus chegou na frente do Palmeiras que ficou na segunda colocação.

Nas semifinais disputadas em dois jogos, no Pacaembu a Juventus eliminou o Áustria Viena com empate em 3x3 e vitória por 3x1 e no Maracanã o Palmeiras superou o Vasco da Gama com vitória por 2x1 no primeiro jogo e empate em 2x2 no segundo.

As partidas finais foram jogadas no Maracanã. Na primeira o Palmeiras venceu por 1x0 e na segunda houve empate em 2x2 no dia 22 de julho.

Assim o Palmeiras foi o campeão da Copa Rio de 1951. A FIFA declara que o Palmeiras é detentor do título da primeira competição mundial entre clubes da história.
 

Por João Nassif 14/04/2020 - 11:59

Mesmo que remota ainda existe a possibilidade do Governador do Estado liberar com portões fechados a retomada do campeonato catarinense.

O pedido foi feito pela Federação Catarinense no embalo de outros segmentos terem sido atendidos na volta ao funcionamento, com restrições que nem sempre são cumpridas. O argumento principal é o fato dos clubes poderem ir à falência sem o retorno às atividades.

Rubens Angelotti, presidente da FCF numa entrevista à Rádio Som Maior FM afirmou que além da possível liberação pelo Governo, teria que ter para o retorno às atividades a concordância dos clubes e atletas, além dos testes para todos os envolvidos nas partidas. Isto representaria testes em 35 profissionais em média de cada clube, equipes de arbitragem, mídia e mesmo sem público pessoas que trabalham em várias dependências de um estádio em dias de jogos.  

Suponhamos que clubes e atletas concordem com as medidas preventivas, todos testaram negativo e o campeonato volte a ser disputado.

Existem deslocamentos, proximidade entre todos, contatos na disputa do jogo, sem máscaras, possivelmente com luvas, mas falamos de um jogo. E os demais, serão feitos testes a cada rodada? Os atletas e outros profissionais ficarão isolados nos dias em que não haverá jogos?

É muito arriscado propor uma situação sem a menor possibilidade de controle. Por isso, com todo respeito aos que pedem liberação, espero que o Governador mantenha suas normas e não permita eventos esportivos, mesmo sem a presença de público para preservação da saúde de todos. E que os clubes apelem para sócios e patrocinadores manterem seus pagamentos.
 

Por João Nassif 15/04/2020 - 08:58

A Taça Libertadores da América que em 2020 está na 61ª edição mostra os clubes argentinos como os maiores vencedores. Com a vitória do River Plate em 2018 os clubes argentinos acumularam um total 25 títulos.

O Independiente é o maior vencedor da Libertadores com sete conquistas, seguido pelo Boca Juniors que venceu a competição em seis oportunidades. 

Independiente de 1972-campeão da Libertadores

O segundo país cujos representante mais venceram a Libertadores é o Brasil que acumula um total de 19 títulos.

Santos, Grêmio e São Paulo são os maiores vencedores com três títulos cada um.

Cruzeiro, Internacional e Flamengo venceram a competição em duas oportunidades cada um, enquanto Vasco da Gama, Palmeiras, Corinthians e Atlético Mineiro foram campeões apenas uma vez.

O futebol brasileiro dominou a competição na década de 1990. Nas 10 Libertadores disputas entre 1991 e 2000 os clubes brasileiros venceram seis edições.

A década começou com o Colo Colo do Chile vencendo em 1991. Em 1992 e 1993 o São Paulo foi bicampeão, o argentino Velez Sarsfield venceu em 1994, o Grêmio foi o campeão de 1995. 

Depois do River Plate ter sido o vencedor em 1996 o futebol brasileiro conquistou três títulos seguidos: Cruzeiro em 1997, Vasco em 1998 e o Palmeiras em 1999. 

A sequência foi quebrada no ano 2000 com o título do Boca Juniors que derrotou na final o Palmeiras numa decisão por pênaltis. 

Foi a década de 1990 a mais vitoriosa do futebol brasileiro em se tratando de Taça Libertadores da América.
 

Por João Nassif 16/04/2020 - 09:40

Em 1988 foi criada pela CONMEBOL a Supercopa da Libertadores da América. A Supercopa foi disputada pelos campeões da Libertadores até então.

Desde 1960 quando surgiu a Taça Libertadores teve 13 vencedores até 1988 e todos participaram do novo torneio.

O sistema de disputa foi eliminatório com a formação de seis grupos com dois times em cada um mais o Nacional do Uruguai que foi de stand bye.

Racing campeão da 1ª Supercopa da Libertadores

A primeira fase foi praticamente um confronto entre clubes brasileiros e argentinos. O Cruzeiro eliminou o Independiente, o Grêmio passou pelo Boca Juniors, o Flamengo pelo Estudiantes. Somente o Santos foi eliminado pelo Racing.

Nas outras duas chaves o Argentino Juniors eliminou o Peñarol e o River Plate superou o Olímpia do Paraguai.

Nas quartas de final o Nacional que havia ficado de fora na fase anterior eliminou o Flamengo. O Grêmio foi eliminado pelo River Plate e o Cruzeiro derrubou o Argentino Juniors. Quem ficou de stand bye foi o Racing.

semifinais os vencedores foram Racing que eliminou o River Plate e o Cruzeiro despachou o Nacional.

O primeiro jogo da final foi em Buenos Aires e o Racing derrotou o Cruzeiro por 2x1. No jogo da volta em Belo Horizonte houve empate em 1x1. Com estes resultados o Racing foi o campeão da primeira Supercopa da Libertadores.

Depois de 10 edições o torneio foi encerrado 1997. Entre os brasileiros o Cruzeiro foi campeão em 1991 e 1992 e o São Paulo em 1993.

Por João Nassif 17/04/2020 - 09:19

Saindo do mundo da bola, pauta maior deste espaço, hoje quero falar de uma modalidade que não é popular, mas tem praticantes em larga escala por aqui no sul catarinense e certamente por todo país e muito pelo mundo a fora.

Xadrez. Um esporte que exige inteligência e muita concentração. Sua origem é controversa, mas se afirma que foi inventado na Ásia. A versão mais difundida nos dias de hoje é que nasceu na Índia e rapidamente se espalhou pela China, Rússia, Persa e Europa onde foram estabelecidas as regras atuais.

O primeiro campeonato mundial de xadrez que se tem notícia foi disputado em 1886 com sede nos Estados Unidos e vencido por Wilheim Steinitz, judeu do Império Austríaco.

Durante muitos anos os russos dominaram a modalidade revelando vários campeões mundiais que ficaram na história como o primeiro deles Alexander Alekhine, franco-russo que foi campeão entre 1937 e 1946.

De 1937 até o ano 2000 somente enxadristas russos foram campeões mundiais. Apenas um intruso entre eles que foi o norte-americano Bobby Fischer que derrotou Boris Spassky no campeonato mundial disputado na Islândia em 1972. Dois anos depois Fischer foi derrotado pela revelação russa Anatoly Karpov.

 

A partir da virada do século o predomínio mundial foi mesclado por enxadristas de outros países como a Índia, Uzbequistão, Bulgária, Ucrânia até 2013 quando o norueguês Magnus Carlsen assumiu o trono e hoje é o tetra campeão mundial.

Inclusive a manutenção do título aconteceu há poucos dias quando Carlsen derrotou o norte-americano Fabiano Caruana num confronto muito equilibrado. Depois de uma batalha de 12 empates em 19 dias o norueguês venceu no tie-break por 3x0. 
 

Por João Nassif 18/04/2020 - 08:14

Sem contarmos as duas primeiras edições das Copas do Mundo, a seleção brasileira foi eliminada na primeira fase somente na 8ª edição em 1966 na Inglaterra.

Em 1930 e em 1934 o Brasil não ultrapassou a primeira fase, muito devido à rivalidade entre cariocas e paulistas que dominavam o futebol naqueles velhos tempos.

A partir de 1938 a CBD escalou sempre força máxima até 1966. Em 1938 a seleção brasileira foi terceira colocada, em 1950 vice-campeã com direito a tragédia, em 1954 caiu na segunda fase, as quartas de final e foi bicampeã em 1958 e 1962.

Convocados do Brasil para a Copa de 1966

A preparação para o Mundial da Inglaterra foi cercada de soberba. Foram convocados 44 jogadores, inclusive um deles por erro da comissão técnica da CBD. Depois de convocar 43 atletas para os amistosos que determinariam os 22 inscritos, um dirigente percebeu que haviam sido chamados poucos jogadores do Corinthians. Resolveram então inscrever o zagueiro Ditão. 

A secretária encarregada de datilografar os nomes de batismo dos jogadores escreveu o nome de outro Ditão, o do Flamengo. Para não cair no ridículo a comissão técnica não desfez o mal-entendido, confirmou o jogador do Flamengo e a bobagem ficou por isso mesmo.

Outro fator de polemica foi o comunicado enviado pela Federação Inglesa alertando que o café consumido por habito entre os brasileiros era considerado estimulante. A CBD respondeu o assunto teria que ser tratado com o Instituto Brasileiro do Café, e mais, que o chá bebido pelos ingleses era muito mais estimulante.

Já era sabido desde o início que os europeus fariam de tudo para que o Brasil não vencesse por três seguidas a Copa do Mundo. A caça à Pelé foi intensa e praticamente alijou o Rei dos jogos decisivos. A desorganização da preparação também ajudou para a eliminação precoce da seleção em gramados ingleses. 

Depois de 1966 a seleção brasileira jamais foi eliminada na primeira fase de um Mundial de Futebol. 
 

Por João Nassif 19/04/2020 - 09:54

A seleção brasileira venceu duas das seis primeiras edições do Campeonato Sul-Americano. O Uruguai é o maior vencedor com três títulos e a Argentina ganhou apenas um.

A seleção brasileira foi campeã em 1919 e 1922, ambos torneios disputados aqui no Brasil.

Somente depois de 15 edições é que a seleção brasileira conquistou o campeonato pela terceira vez e novamente em casa. Foi em 1949 um ano antes da Copa do Mundo que seria disputada no país.

O campeonato contou com a participação de oito seleções e todas se enfrentaram em turno único, Argentina e Venezuela não vieram disputar a competição. Os jogos foram disputados nos estádios de São Januário e General Severiano no Rio de Janeiro, no Pacaembu em São Paulo e no Independência em Belo Horizonte.

Nos sete jogos que realizou a seleção brasileira venceu seis e foi derrotada apenas uma vez. Perdeu para o Paraguai na última rodada por 2x1.

Com esta vitória o Paraguai igualou o Brasil em pontos, pois cada um venceu seis jogos e foi necessária uma partida extra para se saber o campeão.

No dia 11 de maio em São Januário perante mais de 55 mil torcedores a seleção brasileira impôs ao Paraguai uma goleada de 7x0. Além desta goelada a seleção brasileira conseguiu outras como 10x1 sobre a Bolívia, 9x1 em cima do Equador e 7x1 sobre o Peru.

No total o Brasil marcou 46 gols em oito jogos. O artilheiro do campeonato foi Jair da Rosa Pinto com nove gols.

Por João Nassif 20/04/2020 - 09:35

Em 2003 o campeonato brasileiro da série A passou a ser disputado por pontos corridos. A competição foi disputada por 24 clubes o mesmo acontecendo em 2004. 

Em 2005 o número de competidores diminuiu para 22 e a partir de 2006 o formato permanece inalterado com 20 clubes disputando em turno e returno por pontos corridos.

Edmundo caiu com o Vasco da Gama em 2008

A partir de 2003 quando foi implantado o sistema atual e sem casuísmos adotado o rebaixamento somente em duas edições não aconteceu a queda de clubes que já foram campeões brasileiros.

A primeira foi em 2006 quando foram rebaixados Ponte Preta, Fortaleza, São Caetano e Santa Cruz. A segunda foi agora em 2018 com as quedas do Sport, América, Vitória e Paraná.

Os campeões brasileiros rebaixados na era dos pontos corridos são os seguintes:
2003 – Bahia
2004 – Guarani e Grêmio
2005 – Coritiba e Atlético-Mineiro
2007 – Corinthians
2008 – Vasco da Gama
2009 – Coritiba
2010 – Guarani
2011 – Atlético Paranaense
2012 – Palmeiras
2013 – Vasco da Gama e Fluminense que caiu em campo, mas foi salvo pelo STJD e não disputou a série B em 2014. 
2014 – Bahia e Botafogo
2015 – Vasco da Gama
2016 – Internacional
2017 – Coritiba
2019 - Cruzeiro
 

Por João Nassif 20/04/2020 - 16:57 Atualizado em 20/04/2020 - 17:15

Thiago Ávila *

Se montássemos um grid com as dez melhores equipes da década, cada um com seu melhor carro, seus melhores pilotos e engenheiros, como seria? Primeiramente é válido lembrar que a década de 10 só acaba no final deste ano, mas como se popularizou que a década terminou em 2019 e 2020 é um ano perdido, nos rendemos ao senso comum. Hoje começamos com os cinco primeiros, durante a semana fechamos o grid.

MERCEDES

Os alemães sem sombra de dúvidas foram os melhores destes últimos dez anos. Foram seis títulos consecutivos, com 93 vitórias e um domínio absurdo na era híbrida.

- Carro: W07 (2016). Foi o ano de maior domínio dos flechas prateadas, com 19 vitórias em 21 corridas. Sendo que essas duas restantes foram perdidas na Espanha - quando Hamilton e Rosberg se bateram na primeira curva - e na Malásia – quando o motor de Lewis estourou nas voltas finais.

- Chefe e Engenheiro: Toto Wolff e James Alisson. O austríaco moldou a equipe hexacampeão mundial, trazendo Hamilton e montando uma das equipes de engenheiros e estrategistas mais competentes da história. Já o britânico foi, na minha opinião, o melhor projetista da década. Além de montar os competitivos carros da Renault e Lotus no início desse período e ter um papel importante na evolução da Ferrari na nova era, foi fundamental nos últimos três títulos da Mercedes. No mais recente, inclusive, conseguiu uma retomada gigantesca depois de maus resultados na pré-temporada e levou os alemães para uma de suas temporadas mais avassaladoras.

- Pilotos: Lewis Hamilton e Nico Rosberg. Não tem muito o que falar, foram os dois campeões pela equipe. O melhor da década e um de seus maiores rivais. Nico ainda supera os outros pois foi o único que correu de igual para igual com Lewis por quatro anos e ainda levou uma delas.

RED BULL

Tirando a Mercedes, a marca de energéticos completa os outros quatro títulos da década. Com 58 vitórias e um domínio na primeira metade, é a segunda melhor equipe dos últimos dez anos.

- Carro: RB9 (2013). O RB9 foi o carro quase perfeito dos austríacos. Foram 13 vitórias em 19 corridas, uma das obras primas de Adrian Newey. E justamente na melhor fase de Sebastian Vettel, que conquistou um recorde de nove vitórias consecutivas.

- Chefe e Engenheiro: Christian Horner e Adrian Newey. A dupla dos sonhos de qualquer equipe. Horner chegou jovem, mas arrumou a casa deixada pela Jaguar em 2005. Em cinco anos o britânico fez a equipe levar o primeiro caneco, e até hoje segue sendo um dos chefes mais desejados da F1. Newey é um gênio, não tem discussão. Já tinha feito diversas máquinas campeãs nos anos 90 e foi o cara que projetou os quatro RBs vencedores.

- Pilotos: Sebastian Vettel e Max Verstappen. Um é tetracampeão, o outro é um talento enorme. O que pesa ainda a favor do holandês em relação a outros candidatos é a temporada de 2019, na qual foi uma pedra no sapato de Hamilton, mesmo com um carro visivelmente inferior.

FERRARI

Os tifosi não poderiam ficar de fora do top-3. Com 28 vitórias, a única temporada fraca nesse período foi em 2014.

- Carro: SF71H (2018). Foi o único carro que se bateu de frente com a Mercedes. Na primeira metade, foram dominantes, mas na volta das férias tiveram uma queda, mesmo que ainda se mantiveram no topo com boas chances de quebrar a hegemonia dos alemães.

- Chefe e Engenheiro: Maurizio Arrivabene e Mattia Binotto. Nenhum dos dois foram lá excelentes chefes. Binotto é um excelente engenheiro, ele foi o ‘cabeça’ dos carros de 2017 e 2018. E Maurizio, apesar de errar demais nas estratégias, tinha um forte espírito de liderança e a dupla com Mattia quase parou a Mercedes.

- Pilotos: Fernando Alonso e Charles Leclerc. O espanhol levou a equipe nas costas entre 2010 e 2014, quando o carro não era lá essas coisas. Foram três vice-campeonatos, sendo dois perdidos na última corrida. Já o monegasco em apenas um ano já conquistou o coração do torcedor ferrarista. Duas vitórias e sete poles, além de bater o experiente Vettel, cavam seu lugar no time dos melhores da Ferrari na década.

MCLAREN

A década da equipe 12 vezes campeã mundial é divida em duas partes: a era Hamilton e a pós-Hamilton. Com 18 vitórias, os britânicos se encontram na quarta posição da nossa lista.

- Carro: MP4-26 (2011). O desempenho do MP4-26 foi um dos mais impressionantes da era pré-híbrida, caindo curiosamente no pior ano da carreira de Hamilton (a sorte do britânico foi ele ter ido para a Mercedes nos anos seguintes). Foram seis vitórias e apenas três corridas fora do pódio. Ao contrário de Lewis, foi um excelente ano para Button, que foi vice-campeão.

- Chefe e Engenheiro: Ron Dennis e Paddy Lowe. Depois da saída de Dennis foi só ladeira abaixo na McLaren, apesar de Ron já dar sinais de ‘passar da validade’ com as intrigas com Alonso em 2007, a perda de desempenho em 2012 e a contratação de Magnussen em 2014. Já Paddy foi o responsável pelos três carros da era Hamilton, os únicos que botaram a McLaren brigar por vitórias.

- Pilotos: Jenson Button e Carlos Sainz. Rodízio de pilotos na McLaren foi o que não faltou. Foram oito em dez anos. Muita gente fraca (Magnussen, Pérez, Vandoorne...), outros excelentes (Hamilton e Alonso), mas dois escolhidos. Button levou o time nas costas após a saída de Hamilton e aguentou o tranco quando inventaram de fazer parceria com a Honda. Já Sainz, em apenas um ano na equipe, foi um dos principais responsáveis por recolocar a McLaren ao patamar de equipe competitiva, inclusive alcançando um pódio inédito desde 2014.

LOTUS GP

É impressionante em pleno século XXI termos o nome Lotus vinculado em um dos principais times do século. Durou apenas quatro anos, mas já serviu para se colocar como a quinta melhor equipe da década.

- Carro: E20 (2012). A temporada de estreia da equipe já foi brilhante. James Alisson montou um carro que levou o time a uma vitória, dez pódios e o retorno sensacional de Raikkonen, que terminou a temporada em terceiro. O carro também tinha um dispositivo polêmico mas legal, o chamado duplo DRS, que dava mais velocidade de reta quando se abria a asa traseira. No período antes das férias, a equipe fez oito pódios, na volta os outros times já haviam passado por cima.

- Chefe e Engenheiro: Éric Boulier e Nick Chester. O chefe comandou a Lotus nos dois primeiros anos da equipe, no auge da parceria com James Alisson. Éric foi demitido após Alisson ir para a Ferrari e a equipe perdeu seu rendimento. Nick Chester esteve no projeto dos quatro carros e assumiu o posto de diretor de engenharia após a saída de Alisson.

- Pilotos: Kimi Raikkonen e Romain Grosjean. Não foi tão difícil escolher, além deles só Pastor Maldonado correu. Kimi é detentor de 100% das vitórias do time, Romain levou dez pódios. Fechamos por aqui.

* Jornalista

 

Por João Nassif 21/04/2020 - 09:01

Um incidente em 1920 deu início à grande rivalidade entre Brasil e Argentina que perdura até nos dias de hoje.

O estopim foi a partida amistosa marcada para o dia 06 de outubro no Campo do Barracas em Buenos Aires.

Na véspera um jornal argentino publicou um desenho da seleção brasileira como macacos e alguns jogadores se recusarem a entrar em campo e a partida foi iniciada com a equipe brasileira integrada por apenas sete jogadores e completada por quatro argentinos.

O público argentino presente no Campo protestou contra os reforços argentinos e a partida foi disputado com apenas sete jogadores de cada lado.

Por esse motivo, muitas publicações não consideram como oficial o jogo de 06 de outubro de 1920.

Osvaldo Gomes que ainda jogava pelo Fluminense estava com a delegação brasileira apenas como dirigente e entrou em campo para completar o time brasileiro.

O jogo com sete para cada lado terminou com a vitória dos argentinos por 3x1. O gol brasileiro foi marcado pelo atacante Castelhano. 

Apesar do nome, Castelhano era brasileiro nascido na cidade gaúcha de Santana do Livramento. Seu nome Cipriano Nunes da Silveira. Como tinha sotaque de quem morava em Rivera no Uruguai ganhou o apelido de Castelhano.

Na época do amistoso em Buenos Aires, Castelhano jogava pelo Santos o segundo time de sua carreira. Ele que começou no 14 de julho de sua terra natal. 

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