Deu a lógica no Augusto Bauer, o Brusque melhor time de toda série C dominou completamente o Criciúma, fez com absoluta naturalidade os 3x1 e depois abdicou do jogo, certamente pensando na sequencia do campeonato. Abriu cinco pontos sobre o segundo colocado e por tudo que faz na competição ficou com 10 pontos a mais que o Criciúma, quinto colocado neste término de primeiro turno.
Foto: globoesporte.globo.com
Quando falo do Brusque na competição, estou falando de um time bem treinado, com jogadas de velocidade onde cada um sabe o que fazer, sempre voltado para o gol e quase sempre superando os adversários numa campanha irrepreensível com 81% de aproveitamento. O Brusque tem um técnico que assumiu depois do título da série D, venceu a Supercopa catarinense, foi à quarta fase da Copa do Brasil e terminou o estadual na segunda colocação.
Ao contrário o Criciúma. Rebaixado em 2019 manteve a comissão técnica, foi eliminado na primeira fase da Copa do Brasil sofrendo uma goleada em Santo André, foi eliminado na semifinal do catarinense e faz esta campanha irregular na série C com apenas 44% de aproveitamento.
E pior, mesmo com tanto tempo para treinar, com várias contratações o time não mostra jogo após jogo qualquer evolução, pelo contrário cada vez mais se percebe retrocesso, sem esquema, poucas jogadas trabalhadas, um coletivo ruim e poucas perspectivas para o futuro, pois não se percebe nenhum movimento para troca de comando.
É possível ficar entre os quatro a avançar para a segunda fase pela qualidade dos adversários, mas daí em diante não há garantias de acesso. A colheita é fruto total do que foi plantado nas últimas temporadas.
Em 1956 foi criada em Santa Catarina a Liga Especial de Futebol Profissional composta pelos 10 principais clubes do estado.
Dois times eram de Florianópolis (Avaí e Figueirense), dois de Joinville (América e Caxias), dois de Itajaí (Marcílio Dias e Estivadores), dois de Blumenau (Olímpico e Palmeiras) e dois de Brusque (Carlos Renaux e Paysandu).
Operário de Joinville-1956
Paralelo à Liga, a Federação Catarinense de Futebol que apesar de reconhecer a Liga, promoveu outro campeonato disputado por 13 times amadores do estado.
O campeonato da Liga foi vencido pelo Paysandu que na final derrotou o América por 2x1 no Estádio Ernesto Schellem Sobrinho. O campeonato da Federação foi vencido pelo Operário, time da Usina Metalúrgica de Joinville.
A Federação resolveu unificar o título apesar do protesto do Paysandu que já havia dispensado grande parte de seu elenco e obrigou a realização de uma final em duas partidas entre os campeões das duas competições.
O primeiro jogo foi disputado em Joinville e o Operário venceu por 2x1. Na partida de volta em Brusque, nova vitória do Operário pelo placar de 3x1.
Desta forma o título de campeão catarinense de 1956 ficou com o Operário de Joinville, um time amador que tem um troféu profissional em sua prateleira.
Durante algumas décadas do século passado a então CBD promoveu em diversas temporadas o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais. A rigor foram disputados 32 torneios e o Rio de Janeiro que foi Distrito Federal até 1960 com a construção de Brasília foi o maior ganhador com 16 títulos. São Paulo foi campeão 14 vezes e Bahia e Minas Gerais ganharam cada qual um campeonato.
Seleção paulista-1922
O primeiro campeonato de seleções estaduais foi disputado em 1922 e contou com apenas sete participantes, pois a seleção pernambucana desistiu da fase eliminatória e a Bahia que seria sua adversaria se classificou automaticamente para a fase final.
Nas outras três eliminatórias, São Paulo derrotou Minas Gerais por 13x0, o Distrito Federal venceu a seleção do Estado do Rio de Janeiro por 2x0 e Paraná e Rio Grande do Sul empataram em 1x1. Na partida desempate os gaúchos eliminaram os paranaenses com vitória por 4x2.
A fase final foi disputada pelos classificados em turno completo.
Na primeira rodada Distrito Federal e Bahia empataram em 2x2, enquanto que São Paulo derrotou o Rio Grande do Sul por 4x2. Na segunda rodada o Distrito Federal venceu o Rio Grande do Sul por 2x0 e São Paulo derrotou a Bahia por 3x0. Na rodada final os baianos derrotaram os gaúchos por 1x0 e os paulistas venceram a seleção do Distrito Federal por 4x1.
as três vitorias conquistadas São Paulo se tornou o primeiro campeão do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais.
Finalmente ficou claro o porquê o presidente Jaime Dal Farra ter contratado Ocimar Bolicenho para ser o executivo do Criciúma nesta reta final de temporada. Havia toda uma dúvida da necessidade desta contratação, mas nesta quarta-feira houve a resposta.
Ocimar Bolicenho
Pela amizade fraternal entre o presidente e Roberto Cavalo, o dono da G.A. não tomaria a decisão da demitir o treinador. Questão de parceria. Mas, com Bolicenho é diferente, então que venha um executivo profissional e tome as medidas necessárias para tentar salvar o clube de mais um vexame no futebol brasileiro.
Ocimar Bolicenho, contratado há algumas semanas deu todas as chances para que o comando técnico conseguisse tirar o time do buraco, mas a falta de capacidade dos heróis do passado foi escancarada e o desenlace, necessário para que o clube não passe por outra campanha frustrada e permaneça na terceira divisão do futebol brasileiro.
Nada é definitivo, um choque no comando era necessário e o futuro é incerto, mas a mudança era fundamental para dar ao Criciúma a possibilidade do acesso.
A história do futebol não se explica sem a da gloriosa seleção uruguaia. Afinal, o escrete do país sul-americano era uma potência no começo do século XX e já ostentava quatro títulos em sete edições do antigo Campeonato Sul-Americano, a atual Copa América, antes dos Jogos Olímpicos de 1924, em Paris, onde agigantou sua mística.
Uruguai medalha de ouro em 1924
Para a oitava edição das Olimpíadas, o Comitê Olímpico Uruguaio, formado no ano anterior, teve como representante só um dos 17 esportes disputados à época.
Mais tarde, essa decisão mostrou-se acertada, pois o selecionado charrúa fez uma grande campanha (5 vitórias em 5 jogos) e subiu no lugar mais alto do pódio – feito inédito para o país.
Na campanha rumo ao título, triunfos sobre a extinta Iugoslávia (7-0), Estados Unidos (3-0) e França (5-1), dona da casa. Na semifinal, os Países Baixos ofereceram dificuldades aos jogadores sul-americanos, mas perderam de virada (2-1), a minutos do fim.
Na decisão, a vítima foi a Suíça (3-0), no Estádio Olímpico Yves-do-Manor, em Colombas.
Por João Nassif
08/10/2020 - 10:34 Atualizado em 08/10/2020 - 10:34
Foi um bom papo com o secrátario geral da CBF, Walter Feldman. Fizemos uma LIVE no meu Facebook na noite desta quarta-feira, 7, e conversamos bastante sobre o futebol brasileiro. Ouçam aqui a nossa conversa.
Por João Nassif
08/10/2020 - 11:08 Atualizado em 08/10/2020 - 11:08
Diz o velho ditado “antes tarde do que nunca”. Deve ter sido doloroso para o presidente Jaime Dal Farra a demissão do técnico Roberto Cavalo, mas não havia alternativa. O mau desempenho do técnico no comando do time, desde a série B, não recomendava continuidade e a insistência levou o Criciúma ao fracasso no campeonato catarinense, na Copa do Brasil e até esta metade da série C.
A vinda do diretor executivo Ocimar Bolicenho, responsável pela demissão, criou o choque necessário para a corrida de recuperação. Com todo segundo turno por jogar o quinto lugar é uma luz amarela, mas pelo nível da disputa, quem vier poderá reverter e colocar o Criciúma na segunda fase do campeonato.
Falei rapidamente pela manhã com Itamar Schülle que estava em Porto Alegre e sem confirmar estaria vindo para Criciúma. Se confirmado tem bom currículo para transformar o Criciúma num time novamente competitivo.
Na esteira da saída de Roberto Cavalo, toda comissão técnica foi demitida, o auxiliar Wilsão, o diretor Evandro Guimarães e o preparador físico Willian Hauptmann. O novo técnico deverá trazer toda sua equipe de trabalho.
A Copa do Mundo de 2006 foi realizada na Alemanha que abrigou as finais do Campeonato Mundial pela segunda vez, a primeira foi em 1974. A escolha da Alemanha como país sede da XVIII Copa do Mundo gerou controvérsias, pois se esperava que a África do Sul promovesse o torneio.
Legenda
A partir daí a FIFA anunciou que seria feito um rodizio do país sede entre os integrantes de suas Confederações filiadas. A África do Sul foi a escolhida para ser sede do próximo Mundial.
A Alemanha como anfitriã tinha presença garantida na Copa e pela primeira vez o campeão da edição anterior teve que disputar as eliminatórias para estar presente no Mundial. Depois de centenas de jogos entre os 196 países inscritos para as eliminatórias sobraram 31 que se somaram à Alemanha, pré-classificada por ser o país sede.
Contrastando com a perfeita organização, o futebol mais uma vez decepcionou. Nada menos que sete jogos dos 64 disputados terminaram em 0x0, a média de 2,3 gols por jogo só não foi pior que a da Copa de 1990 que teve média de 2,1.
Esta penúria de gols só poderia terminar com uma decisão por pênaltis com a vitória italiana sobre a França. A final ficou marcada pela cabeçada de Zidane em Materazzi zagueiro italiano que resultou na expulsão do capitão francês.
O Campeonato Catarinense de 1962 se estendeu até maio de 1963 e consagrou o Metropol, de Criciúma, como tricampeão do Estado. Logo depois do triunfo, a equipe viajou para Europa, onde disputou 23 jogos.
Marcílio Dias-1963
Como o Estadual de 1962 se estendeu até 63, a Federação decidiu não fazer Campeonato Catarinense em 1963. Para os clubes não ficarem parados criou o torneio Luiza de Mello, então primeira dama do futebol catarinense, por ser casada com o presidente da Federação Catarinense de Futebol, Osni Mello.
O campeonato foi disputado por 10 clubes, América e Caxias de Joinville, Avaí e Figueirense de Florianópolis, Carlos Renaux e Paysandu de Brusque, Almirante Barroso e Marcílio Dias de Itajaí e Olímpico e Palmeiras de Blumenau.
No regime de pontos corridos, na última rodada o Marcílio Dias derrotou em Itajaí o Carlos Renaux por 4x1 garantindo o primeiro lugar no dia 23 de fevereiro de 1964.
Somente em 1983, a FCF decidiu homologar o Marcílio Dias como campeão do Estadual de 63 por ter vencido o único torneio organizado em Santa Catarina naquele ano.
O campeonato catarinense de 1978 começou no dia 16 de abril com 16 clubes e terminou em campo em meados de dezembro. O campeonato foi parar no STJD e somente depois de quatro meses é que foi proclamado o campeão.
A fase final era um hexagonal e Joinville e Chapecoense brigavam pelo título até que no dia 06 de dezembro em jogo valendo pelo segundo turno do hexagonal o Joinville derrotou o Avaí por 1x0 com um gol de pênalti. O Avaí contestou a marcação e abandonou o campeonato.
Com o abandono o Avaí não enfrentou a Chapecoense que considerou os pontos do jogo e com estes pontos se proclamou campeã. O regulamento no artigo 50 que tratava do assunto não esclarecia o que acontecia com os pontos que o Avaí ainda tinha que disputar.
O Joinville terminou na primeira colocação sem que fosse considerados os pontos ganhos pela Chapecoense na partida que não aconteceu contra o Avaí. Por isso o caso foi parar no STJD que depois de quatro meses de disputa considerou o Joinville campeão estadual de 1978. Foi uma vitória do advogado do time da Manchester Catarinense, Waldomiro Falcão, à época um dos maiores especialistas em direito esportivo e com grande trânsito pelo STJD.
A Chapecoense não tinha um advogado de tamanha envergadura, por isso não ficou com o bicampeonato, pois havia sido campeã estadual no ano anterior.
Como lembrança, 1978 foi o primeiro campeonato disputado pelo Criciúma depois que sucedeu o Comerciário, terminando a competição na terceira colocação.
Puxando pelo retrospecto da série C desde 2012, o grupo B, formado pelas equipes do Sul/Sudeste do país, com algumas exceções, a pontuação média para classificação entre os quatro primeiros gira em torno dos 28 pontos.
Itamar Schülle
Foto: engeplus.com.br
Esta pontuação representa um aproveitamento de 51% com 18 jogos disputados pelas 10 equipes que compõe o grupo B da série C do campeonato brasileiro.
O Criciúma que terá mais nove jogos terminou o primeiro turno em quinto lugar com 12 pontos, 44% de aproveitamento e pela média dos últimos anos terá que fazer no mínimo mais 16 para alcançar a segunda fase do campeonato.
Como irá disputar mais 27 pontos, terá que fazer um aproveitamento perto de 60% para ficar entre os quatro primeiros e se colocar na decisão do acesso. A segunda fase, misturada com os classificados do grupo A será formada por dois grupos de quatro clubes, sendo que os dois primeiros de cada grupo terão acesso garantido para a série B em 2021.
Itamar Schülle, técnico recém contratado pelo Criciúma tem como primeira missão conquistar o mínimo de 16 pontos para atingir a segunda fase do campeonato. Para tanto fará cinco jogos no Heriberto Hülse e quatro como visitante.
Houve um equívoco por parte de quem esperava um Criciúma diferente logo no primeiro jogo do novo treinador. O roteiro foi o mesmo dos tempos de Roberto Cavalo/Wilsão. Muita vontade, mas pouco futebol e a vitória muito mais pela fragilidade do adversário que, por incrível que possa parecer estava com uma pontuação maior que o próprio Criciúma.
Foto: Celso da Luz/Criciúma EC
Itamar Schülle, experiente em se tratando de série C pelos bons trabalhos recentes no Cuiabá e no Santa Cruz não faz milagres. Sem tempo para treinar desde sua apresentação não conseguiu estabelecer um padrão diferente do que vimos em toda temporada. É natural, não é apenas com duas conversas que alguém consegue melhorar um coletivo desarrumado, por isso outro jogo ruim do time que mesmo assim encontrou uma vitória importante que diminui a pressão e dá tranquilidade para o trabalho que a partir de agora começará para valer.
O destaque contra o Londrina foi o atacante Jean Dias que entrou para o segundo tempo e foi o diferencial para com velocidade mudar o andamento do jogo. Outro personagem importante foi o atacante Michel que marcou duas vezes mostrando que quando bem acionado conhece o caminho do gol.
Os próximos dois jogos fora de casa serão fundamentais para a classificação e servirão de maneira definitiva para conhecermos o trabalho do novo técnico. A missão inicial do Itamar Schülle é levar o time para a segunda fase da série C. O primeiro passo foi dado.
Desde a primeira disputa em 1930, a Copa do Mundo não parava de crescer e para a edição de 1966, setenta países enviaram suas inscrições à FIFA.
A Copa causou discordância antes mesmo da bola começar a rolar. Dezesseis nações africanas boicotaram o torneio em protesto contra uma resolução da FIFA de 1964 mandando que o vencedor da zona africana enfrentasse o vencedor da zona asiática ou da Oceania para se classificar à fase final.
Os africanos acreditavam que vencer sua zona deveria bastar por si só para ter um lugar nas finais. Depois de muita discussão a FIFA ordenou que 10 seleções europeias, entre elas a Inglaterra, se classificariam, junto com quatro da América do Sul, uma da Ásia e uma da América do Norte, Central e Caribe.
A Copa do Mundo de 1966 teve um grande herói fora das quatro linhas do gramado, um cachorro de nome Pickles. Antes do torneio a Taça Jules Rimet foi roubada de uma vitrine no Center Hall em Westminster em Londres na Inglaterra.
Uma caçada nacional foi montada e descoberta quando um cão farejou alguns arbustos nos arredores de capital inglesa. A Federação Inglesa havia mandado fazer uma réplica, caso e verdadeira Taça não fosse encontrada a tempo para o Mundial.
1º de outubro de 2006, Xangai. Alonso era líder do campeonato, a dois pontos de Michael Schumacher. A chuva intensa que caía no local parecia beneficiar os pneus Michelan em relação aos Bridgestone. Era a chance de ouro para o espanhol se distanciar ainda mais do alemão para ficar a um passo do bicampeonato. Em contrapartida, Michael vinha em uma ótima fase, havia ganhado quatro das últimas seis corridas disputadas, e os pneus japoneses pareciam ter enfim servido na Ferrari.
Alonso largava na pole, seguido Fisichella, duas Hondas e Raikkonen, todos calçando Michelan, Schumi, de Bridgestone, era sexto. O alemão manteve a posição na largada, na volta oito passou Rubinho, na 14 passou Button e logo já era terceiro com o abandono de Raikkonen. A pista foi secando, e Michael, com o carro mais rápido da pista, rapidamente tirou a larga vantagem de 25 segundos de Alonso. Na 30ª volta, Schumi ultrapassa Alonso e agora tinha apenas Fisichella à sua frente. A 16 voltas do fim, o alemão e o italiano partem para sua segunda parada, Michael vai primeiro, retorna com os pneus mais quentes que o rival e consegue a ultrapassagem na primeira curva depois dos boxes. Era a vitória número 91 do lendário heptacampeão, sua última na carreira, um mês antes de anunciar a aposentadoria.
A 91 de Hamilton não foi tão grandiosa assim. Na verdade, foi tão tranquila que Lewis nem percebeu que havia chegado ao recorde de Schumacher neste final de semana em Nurburgring. Bottas fez a pole, foi superior ao inglês na largada, mas cometeu um erro de principiante na volta 13, demorando demais para frear na primeira curva. Eu entendo, eles mal treinaram na sexta, tiveram bem pouco tempo no sábado..., mas também não durou muito e o motor do finlandês estourou, “então é isso aí, Hamilton, pega a vitória lá”. No pódio, subiu com o capacete de Schumi, prestando homenagem ao alemão.
Essa corrida só não foi pior que a da Rússia, porque Ricciardo estava lá para salvar. Mas nem é porque ele fez uma corridaça, fazendo 20 ultrapassagens, volta mais rápida e piloto do dia... Na verdade ele só teve o esforço de guiar o carro as 60 voltas e conseguir o primeiro pódio da Renault desde seu retorno ao grid em 2016.
A marca de Schumacher provavelmente será pulverizada pelo hexacampeão se continuar nesse ritmo. E a lendária vitória 91 do alemão deverá ser substituída pela centésima e alguma coisa do britânico, que também deverá ser tão emblemática quanto a última de Schumi.
Bom, recordes são feitos para serem quebrados, e este é só mais um.
Em 2009 a Confederação Brasileira de Futebol reformulou o calendário nacional ao diminuir de 64 para apenas 20 o número de clubes na série C e inaugurar a série D com 40 participantes.
A proposta de 40 clubes permaneceu até 2015, exceto em 2014 quando disputaram 41 em virtude do rebaixamento de cinco clubes da série C. A partir de 2016 a série D passou a contar com 68 times divididos em 17 grupos. Agora em 2020 nova mudança, com 64 times divididos em oito grupos.
Nestes 10 anos de disputa a série D teve 11 campeões de nove estados sendo que o primeiro deles foi o São Raimundo de Santarém do Pará.
Minas Gerais e Ceará são os únicos estados com dois títulos cada um. Tupi em 2011 e Tombense em 2014 são os campeões de Minas Gerais. Guarany de Sobral em 2010 e Ferroviário em 2018 são os times cearenses campeões da série D.
Os demais estados com apenas um título cada um são: Maranhão que teve o Sampaio Correa campeão em 2012, a Paraíba com o Botafogo em 2013, São Paulo com o Botafogo em 2015, o Rio de Janeiro com o Volta Redonda em 2016, o Paraná com o Operário em 2017 e Santa Catarina com o Brusque em 2019, além do estado do Pará com o São Raimundo na primeira edição da série D do campeonato brasileiro.
Um episódio interessante aconteceu enquanto o Esporte Clube Metropol se preparava para a excursão à Europa em 1962.
O técnico era Ivo Andrade que estava dando uma preleção quando o Diomício Freitas, um dos donos do clube abriu a porta e entrou no vestiário O treinador imediatamente o mandou sair.
Metropol a caminho da Europa
No lado de fora estavam o Santo Guglielmi, também dono do clube, o Dite, o Dilor, o Dilson, o Reginaldo e o Realdo. Imediatamente o Diomício mandou o Dite entrar no vestiário e demitir o técnico. Dite cumpriu a ordem na frente de todos os jogadores.
Na volta, o Dite obediente perguntou ao pai o motivo da demissão. Diomício falou, depois te conto. Foi então que o Santo disse: “manda quem pode e obedece quem precisa”.
No dia seguinte, Dite convidou o Caznok para ser o técnico na viagem ao Velho Continente, Caznok que era técnico do Comerciário e tinha sido vice-campeão da LARM.
Convite aceitou surgiu um problema, Caznok não tinha carteira de técnico da CBD e não poderia viajar à Europa como treinador. A saída encontrada foi convidar Jucílio Fernandes que era massagista do Marcílio Dias que tinha a tal carteira e estava em dia com o pagamento das taxas cobradas pela entidade.
Resultado, o massagista do Metropol Romeu Selling foi cortado da delegação e o Jucílio foi o massagista e roupeiro do time na viagem à Europa.
No final de 1989 Egito e Argélia disputaram em duas partidas uma vaga para o Mundial do ano seguinte que foi realizado na Itália. As duas nações alimentavam rivalidade história motivada pelo processo de independência argelina durante a década de 1950.
Seleção da FLN
Na África muitos países lutavam pela independência. Muitos jogadores argelinos abandonaram seus clubes europeus e formaram uma equipe da Frente de Libertação Nacional (FLN), o movimento armado contra a ocupação francesa em seu território.
O selecionado atuou no Norte da África, na Ásia e no Leste Europeu com a ambição de divulgar o movimento armado pelo mundo.
O governo do Egito apoiou a guerra da independência argelina, mas não teve a mesma postura com relação ao futebol, pois os egípcios temiam represálias por parte da FIFA caso medissem forças com o selecionado rebelde. O Egito era um dos fundadores da Confederação Africana de Futebol e a FIFA não reconhecia o selecionado da FLN.
Mesmo assim a decisão da vaga para a Copa da Itália foi confirmada, no primeiro jogo em Constantina na Argélia houve empate em 0x0 e na segunda partida no Cairo o Egito venceu por 1x0 e ganhou o direito de participar pela segunda vez de uma Copa do Mundo.
Ontem aqui no Almanaque da Bola registrei a disputa entre Egito e Argélia valendo vaga para a Copa do Mundo de 1990 na Itália.
A vitória dos egípcios por 1x0 após as duas seleções terem empatado em 0x0 na Argélia, gerou um tumulto de graves proporções, pois os argelinos não aceitaram a confirmação do gol alegando que seu goleiro havia sofrido falta no lance do gol.
Belloumi
A pancadaria rolou solta no Cairo com os atletas da Argélia partindo para cima do árbitro que demorou quase 10 minutos para chegar ao vestiário. A briga se estendeu pelas arquibancadas com os argelinos atirando vasos de terra sobre o público.
A culpa pelo tumulto recaiu sobre o atacante argelino Belloumi que foi condenado a cinco anos de prisão por um Tribunal do Egito. Inclusive seu nome entrou na lista da Interpol, pois estava fora do Egito quando de sua condenação.
Belloumi só deixou de ser foragido pela organização internacional em abril de 2009 graças aos esforços das duas nações às vésperas de novo encontro entre as seleções pelas eliminatórias para o Mundial de 2010.
Jeff Giassi, natural de Criciúma, encerrou neste final de semana sua participação no Porsche Tag Heuer Esports Supercup, o campeonato mundial de corridas virtuais, no simulador, da montadora alemã. Na etapa de Monza, neste sábado, Giassi largou em nono, com tempo muito próximo dos oito primeiros – que garante inversão de posições na primeira corrida – e depois de uma boa largada, terminou em sétimo na bateria 1.
Na segunda prova, vinha se mantendo em nono e muito próximo dos líderes, até sofrer um toque de Max Benecke, que o jogou para o fim do pelotão. Mesmo com o resultado ruim da última prova, Jeff conseguiu terminar em 10º, cinco pontos a frente do americano Mitchell deJong e conquistou a premiação de seis mil dólares.
Mas o campeonato do brasileiro não se resumiu apenas aos seus últimos resultados ruins. Jeff começou sua temporada de estreia com o segundo melhor tempo na sessão de classificação, em Zandvoort. Depois engrenou uma série de sete top-10 na Catalunha, Donington Park, Silverstone, e incluindo seu melhor resultado em Road Atlanta, o quinto lugar. Na reta final da temporada enfrentou diversos problemas, tanto de leves falhas na classificação, quanto de toques que o tiraram da prova. O sétimo lugar em Monza ainda salvou o top-10 do piloto.
Jeff Giassi na Tag Heurer Esports
Jeff foi o terceiro brasileiro a conseguir ficar entre os dez primeiros em um campeonato do iRacing. O primeiro havia sido Hugo Luis, considerado uma das principais referências brasileiras nos simuladores, que conquistou o título mundial em 2011, na época em que a disputa era em carros de Formula 1. O outro foi Mogar Filho, que conseguiu o mesmo décimo lugar de Giassi em 2013.
Conversamos com o piloto e destrinchamos sua temporada de estreia. Também descobrimos que o catarinense tem ambições para disputar a temporada completa da Porsche Carrera Cup com carros reais, saindo do simulador. O primeiro grande desafio de Giassi nos carros de GT3 vai ser dia 6 de dezembro, nos 500 km de Interlagos.
THIAGO ÁVILA: Como foi o seu desempenho durante a competição? Você começou bem, foi mantendo a regularidade, teve uma leve queda no final e ainda conseguiu terminar no top-10. JEFF GIASSI: O campeonato foi cheio de altos e baixos, toda vez que eu ia para uma corrida, estava indo para algo totalmente inesperado. A diferença de ritmo entre o meu ritmo e o líder do campeonato, que acabou sendo campeão, o Sebastian Job, foi praticamente o mesmo o campeonato inteiro. Por essa diferença ser muito parecida de uma pista para outra, eu sempre chegava pronto para uma surpresa na corrida, porque o ritmo de todos eram muito parecidos. Logo na estreia consegui um segundo lugar na tomada de tempo, e depois na corrida seguinte eu errei só um pouquinho no qualy e acabei caindo para 18º. Então comecei a sentir que o mundial, logo nas primeiras etapas, que para os resultados surtirem efeitos eram nos mínimos detalhes. No meio do campeonato tive um pouco de queda de performance, mais pelo fator sorte, às vezes você erra um pouco no qualy e já perde dez posições, ou como aconteceu em Le Mans, que fomos tirados da corrida, mas senti que o tempo de volta ia melhorando cada vez mais. Chegamos agora e terminamos o campeonato em 10º, estou muito feliz, ganhei uma fatia grande da premiação, não poderia ser melhor. Ainda fui o segundo melhor estreante.
TA: Qual era as expectativas antes do campeonato e depois da primeira prova? JG: Quando eu comecei minha expectativa era ficar entre os 20 primeiros, mas ela acabou mudando bastante depois da minha primeira participação, na tomada de tempo. Então pensei: Bom, se eu consegui isso agora, e eu treinei bastante, quer dizer que até o final eu conseguiria disputar pra estar entre os 10 primeiros. O plano era ficar entre os 20, para manter a vaga para o ano que vem, e depois dessa primeira etapa comecei a criar mais otimismo e quando vi que existia essa possibilidade eu continuei mantendo o ritmo de treino, que já era o dia inteiro, e cheguei na última etapa completamente exausto.
TA: Quais são os planos para o futuro, além dos 500km de Interlagos da Porsche em dezembro? JG: Meu planejamento até há uma semana e meia atrás era tirar férias do simulador até janeiro, mas como o iRacing adiantou os planos e anunciou a volta já em janeiro e a classificatória do mundial começa daqui a pouco, eu vou treinar com os brasileiros que estão buscando essa vaga no mundial, para tentar trazer a experiência que eu tive esse ano para que a gente consiga ter mais brasileiros no mundial. Então minhas férias não vão existir (risos). Mas o que eu desejo para o ano que vem é manter a mesma meta, de ficar entre os 10 primeiros, quem sabe ir até melhor, e sinto que a curva de aprendizado este ano foi muito boa. Infelizmente não terei tempo para descansar, mas em contrapartida não vou perder o ritmo, e acredito que estarei bem preparado para a competição.
TA: E pretende continuar disputando o campeonato brasileiro? JG: Sem dúvida! Se o campeonato continuar no iRacing (plataforma onde acontecem as corridas virtuais), continuarei. Ainda não foi anunciado se terá mais algum campeonato ainda esse ano. Com o calendário do mundial começando já em janeiro, o brasileiro também deve ser alterado. Mas com o brasileiro voltando ano que vem torço muito para que eu volte, porque é o campeonato mais incrível que já teve de automobilismo virtual aqui no Brasil, seria uma honra estar participando de novo, com essas feras que tem no país. E a sensação de andar na frente junto com os melhores é algo que não tem como descrever.
TA: Além dos 500Km de Interlagos, você pensa ainda em correr mais com carros reais? JG: Estou trabalhando para isso. Como não tem nada definido e está tudo muito no começo, não poderia dar certeza de nada. Mas meu sonho é fazer uma temporada completa na Porsche (Carrera Cup Brasil). Vamos ver como vai desenrolar os últimos meses de 2020 e os primeiros meses de 2021 e torcer para que dê tudo certo. Porque no simulador o carro é incrível, das vezes que eu pilotei no real foi ainda mais incrível, então fazer uma temporada completa com esse carro real depois de tudo que disputamos no simulador, seria uma sensação indescritível.
Convivi por quase uma década com Celestino Valenzuela que hoje nos deixou aos 92 anos. Narrador raiz, homem de rádio e televisão deixou uma linda história na comunicação do Rio Grande do Sul.
Celestino Valenzuela
Tive a honra de dividir com o Celestino a bancada do quadro de esportes da TV Gaúcha e muitos e muitos jogos que no final da década de 1970 e até meados da década seguinte a TV transmitia ao vivo.
Fizemos vários jogos dos campeonatos gaúchos, campeonatos nacionais e principalmente da Libertadores que até hoje são reprisados. Fizemos também a final do Mundial de 1983 quando o Grêmio foi campeão.
Se foi mais um amigo e só posso desejar que descanse em paz e muita força para seus familiares. Celestino além de tudo foi um grande pescador de miraguaia.
Natural de Ribeirão Preto, o jornalista esportivo, comentarista e escritor João Nassif Filho trabalha há mais 50 anos com o futebol. Começou na Rádio Clube Jacareí, passou pela Rádio Gaúcha de Porto Alegre e hoje está na Rádio Som Maior FM de Criciúma. Trabalhou também na TV Gaúcha de Porto Alegre, RCE TV Criciúma e na TV Litoral Sul de Criciúma. Foi colunista do Jornal da Manhã e Jornal A Tribuna de Criciúma. Publicou o Almanaque do Criciúma (1986), o Almanaque das Copas (2013) e Fio do Bigode (2014).Conheça outros Blogs