Por João Nassif
30/01/2018 - 16:10 Atualizado em 31/01/2018 - 07:14
No Mundial de 1950 o grupo 1 da primeira fase foi formado com Brasil, México, Suíça e Iugoslávia.
A seleção brasileira estreou goleando o México por 4x0 no Rio de Janeiro. Fez o segundo jogo em São Paulo contra os suíços e terminou com vitória por 2x0 contra a Iugoslávia no Maracanã.
Brasil x Suíça em 1950
Revoltados com o empate por 2x2 contra a Suíça torcedores que haviam bebidos demais se confundiram com a grafia e descontaram no rival errado. Invadiram a Embaixada da Suécia, no Rio de Janeiro, e quebraram vidros e janelas.
Os suecos também estavam na Copa e dias depois foram adversários do Brasil na fase final quando foram goleados por 7x1.
A França foi uma das duas seleções que encantaram o mundo na Copa do Mundo de 1982 na Espanha. A outra, indiscutível foi a seleção brasileira. Por ironia do futebol as duas não conseguiram chegar à final.
A seleção francesa participou de uma das partidas mais polemicas daquele Mundial. O príncipe do Kuwait, Fahd Al-Ahmed Al-Jaber Al-Sababe, presidente da Federação do Kuwait assistia ao jogo nas tribunas.
Príncipe do Kuwait invadindo o campo na Copa de 1982
Inconformado com a marcação do quarto gol francês desceu ao gramado e intercedeu junto ao árbitro alegando que seus jogadores haviam desistido do lande por terem ouvido um apito vindo das arquibancadas. Foi atendido e o gol foi anulado.
Mas, não adiantou. A França fez o quarto gol no final do jogo e venceu por 4x1.
O zagueiro Nino não sabe o que está acontecendo, o Kalil disse que é zika, o Wallacer descobriu que quem faz mais gols vence o jogo, a segunda derrota consecutiva contra times do baixo clero do futebol catarinense deixou os jogadores atrás dos motivos que geraram esta crise no início da temporada.
Enquanto os atletas buscam explicações técnicas ou supersticiosas a visão que tenho é que esta crise se estabeleceu por absoluta falta de planejamento e por consequência de gestão.
Chega uma hora em que os erros cometidos ao longo dos últimos anos cobram uma conta que desgasta por completo a imagem e mancham a história de um clube vencedor de três competições das quatro maiores do futebol brasileiro.
Não gosto de viver do passado, mas a trajetória do Criciúma em nível nacional em tempos passados merece um mínimo de respeito dos atuais dirigentes que teriam a obrigação de manter acesa a chama vencedora do clube. Mesmo que não repetissem as conquistas, mas que dessem todos os motivos para que os torcedores mantivessem o orgulho de desfilar com o manto sagrado tricolor.
Ouvi a informação que o novo diretor Nei Pandolfo irá almoçar com o técnico Argel Fucks em Florianópolis nesta quinta-feira. Ora, o Genivaldo Santos que também funciona como dirigente já fez o contato e a pedida salarial foi comunicada. Então, estão esperando o que? Que o Argel baixa a pedida, esqueçam.
Técnico Argel Fucks
A torcida quer, Argel seria um fato novo e um choque de motivação para os próprios torcedores. Domingo é contra o Avaí, no meio da semana que vem tem Copa do Brasil e pelo próprio histórico do técnico, sua especialidade é tirar times do buraco.
E o buraco por aqui é enorme, depois de cinco rodadas o Criciúma está na penúltima colocação na zona de rebaixamento.
Já que é difícil um choque de gestão no Criciúma, então que se dê um choque no ambiente contratando o técnico que é objeto de desejo da imensa maioria dos torcedores.
Em 1958 a seleção brasileira já havia abandonado as camisas brancas em seu uniforme e adotado a “Canarinho Amarela”.
Na final do Mundial a adversaria era a Suécia, dona da casa, que usava o mesmo amarelo em sua camisa. Houve um sorteio e a Suécia ganhou o direito de jogar com seu uniforme titular.
Sem uma segunda cor a delegação brasileira se apressou e comprou um jogo de camisas azuis como sendo seu segundo uniforme.
Seleção brasileira campeã em 1958
Os jogadores ficaram desconfiados, mas o chefe da delegação, Paulo Machado de Carvalho apelou para a fé dos brasileiros. Disse que azul era o manto de Nossa Senhora, Padroeira do Brasil.
A cor parece ter dado sorte e o Brasil venceu por 5x2 conquistando seu primeiro título Mundial.
Por João Nassif
02/02/2018 - 10:20 Atualizado em 02/02/2018 - 10:24
As limitações financeiras mostram que o Criciúma dificilmente buscará destaque nas competições que terá pela frente em 2018.
Esta falta de recursos ficou escancarada com a não contratação do técnico Argel Fucks, objeto de desejo dos torcedores e a possibilidade de reversão do sofrível quadro técnico atual que em apenas cinco rodadas do campeonato estadual colocou o time na zona do rebaixamento.
Como não existe no mercado outro nome forte para assumir o Tigre, o Argel deve ter percebido a necessidade e imposto como condição tempo de contrato e multa elevada para se garantir em qualquer demissão.
Além da busca de reforços que acrescentariam qualidade o que convenhamos custaria acima dos padrões definidos pelo clube.
Festa do último título do Criciúma-2013 (Foto:Criciúma EC)
Quer dizer, num bom português, a direção do Criciúma não está muito preocupada com o futuro talvez pensando que os adversários no estadual não estão muito acima tecnicamente e mesmo não lutando pelo título o rebaixamento é impensável. Concordo, em nenhum momento trabalho com a possibilidade do time ser rebaixado.
É pouco, mas a modéstia financeira não permite investimentos mais ousados, portanto vamos continuar na mesma choradeira de sempre com o presidente implorando por ajuda para poder fazer um time competitivo.
Como ninguém se habilita a colocar dinheiro no negócio de outro viveremos rodeados de incertezas sobre o futuro do Criciúma.
A maior zebra da história das Copas do Mundo aconteceu no dia 29 de junho de 1950. O jogo era válido pelo grupo 2 do Mundial disputado no Brasil. Perante pouco mais de 13 mil espectadores Inglaterra e Estados Unidos se enfrentaram o Estádio Independência em Belo Horizonte.
Os ingleses tidos como inventores do futebol chegaram ao Brasil com a característica soberba na certeza que ganhariam a Copa que disputavam pela primeira vez. O Mundial de 1950 no Brasil foi o quarto da história.
Havia quase uma certeza de todos que a Inglaterra levaria a Jules Rimet, pois em 30 jogos preparatórios haviam vencido 23 e contava com craques consagradas naquela época como Billy Wright, Alf Ramsey, Stanley Matthews entre outros.
Depois da vitória sobre o Chile por 2x0 os ingleses enfrentaram os Estados Unidos, uma seleção formada por amadores que tinha em seu elenco professor, mecânico, lavador de pratos, carteiro e até um motorista de carro funerário e um ex-médico na Segunda Guerra Mundial.
Mas, o futebol tem seus imponderáveis e aos 38 minutos do primeiro tempo um haitiano, Gaetjens marcou o gol que selaria a vitória dos Estados Unidos e produziria a maior zebra de toda história dos Mundiais de futebol.
Por João Nassif
03/02/2018 - 11:13 Atualizado em 04/02/2018 - 11:15
Em 1986 na fase final da preparação da seleção brasileira para disputar o Mundial no México surgiu um problema de imensa gravidade que privou o time de um de seus principais jogadores.
Os dois ausentes no Mundial de 1986
Renato Gaúcho, em plena forma e que certamente seria titular no time do técnico Telê Santana saiu da concentração sem autorização e foi cortado da delegação.
Junto com Renato estava o lateral Leandro que não foi punido pelo Telê.
Em solidariedade ao ponteiro, Leandro decidiu não se apresentar ao grupo para a viagem ao México. Outro motivo que fez Leandro abdicar do Mundial foi o fato de querer jogar de não e não de lateral direito como vinha sendo escalado.
A seleção viajou sem os dois possíveis titulares e foi eliminada pela França nas quartas de final. Depois empate em 1x1 no tempo normal e prorrogação os franceses venceram nos pênaltis por 4x3.
Com o final da Segunda Grande Guerra a Alemanha ocupada foi dividida em quatro partes administradas pelos Aliados: Estados Unidos, Inglaterra, França e União Soviética.
O fim da Guerra trouxe também uma tensão crescente entre Estados Unidos e União Soviética num período entre 1945 e 1991, conhecido como Guerra Fria.
No futebol o bloco dos aliados ficou conhecido como Alemanha Ocidental e o bloco soviético como Alemanha Oriental.
Seleçao da Alemanha Oriental em 1974
A reunificação da Alemanha ocorreu em outubro de 1990, logo após o Mundial disputado na Itália.
Desde que retornou às Copas em 1954 a Alemanha Ocidental venceu três Mundiais, em 1954 na Suíça, em 1974 jogando em casa e em 1990.
A Alemanha Oriental disputou uma única vez a Copa do Mundo, justamente em 1974 na vizinha Alemanha Ocidental. Por ironia, na primeira fase enfrentou os anfitriões e venceu por 1x0. Dizem que os alemães ocidentais entregaram o jogo para fugir do grupo da Holanda e Brasil na segunda fase.
A Alemanha Oriental foi eliminada nesta segunda fase do Mundial e a Alemanha Ocidental derrotou a Holanda na final de 1974.
Por João Nassif
07/02/2018 - 15:38 Atualizado em 07/02/2018 - 16:39
No Mundial de 1998 na França a seleção holandesa tentava repetir a campanha de 1974 na Alemanha Ocidental quando apresentou ao mundo a famosa “Laranja Mecânica”, que a levou pela primeira vez ao vice-campeonato de uma Copa do Mundo.
Em solo francês a Holanda encaminhou sua classificação com vitória por 5x0 sobre a Coréia do Sul e dois empates contra Bélgica e México.
Nas oitavas de final derrotou a Iugoslávia por 2x1 e nas quartas eliminou a Argentina com a vitória também por 2x1. Na semifinal foi derrota pela seleção brasileira nos pênaltis e na decisão do terceiro lugar perdeu para a Croácia por 2x1.
Holanda e Argentina no Estádio Velodrome em Marseille em 1998
A vitória sobre a Argentina foi sofrida e somente aos 45 minutos do segundo tempo a Holanda conseguiu marcar o gol da vitória. E não foi um gol qualquer. O lançamento de mais de 50 metros do zagueiro Frank de Boer foi pelo alto em diagonal. Já na área argentina o atacante Dennis Bergkamp dominou, driblou um zagueiro e arrematou cruzado para classificar a Holanda.
O gol você ouvirá agora na narração emocionante de um locutor holandês.
Depois de mais um desempenho fantástico em Marrakesh, o líder do campeonato Felix Rosenqvist foi a Santiago esse final de semana para disputar a quarta etapa da Formula E, na esperança de sair com mais um triunfo.
As Audis saíram da última etapa arrasadas. Daniel Abt, que almejava a vitória, veio ao Chile menos confiante. Lucas Di Grassi ainda tentava buscar seu primeiro ponto, mesmo sabendo que tomaria dez pontos de punição por trocar um componente do carro que é selado pela FIA.
Sebastien Buemi, Jean-Éric Vergne, Sam Bird e o próprio Di Grassi cumpriram a missão de botar seus respectivos carros no Superpole, mas a grande surpresa foi André Lotterer. O alemão, que ficara rondando as últimas posições nas três primeiras corridas, fez o melhor tempo na fase de grupos.
Jean-Eric Vergne-Líder da Fórmula E (Foto: Motorsport.com)
Vergne fez a pole, com Buemi em segundo e Lucas em terceiro. Bird errou em uma das curvas e não conseguiu marcar tempo, deixando Lotterer em quarto. Com o brasileiro tomando a punição, Nelsinho Piquet herdou a quinta posição. Mas, e Rosenqvist? O sueco foi apenas o décimo quarto, mostrando a cada corrida que essa temporada é a mais disputada.
Chega às 17 horas e é dada a largada para o EP de Santiago, bem na hora do fim das eleições para a presidência do Corinthians. Nelsinho larga muito bem e pula para segundo, Lotterer assume o terceiro lugar, com Buemi e Bird ficando para trás. Pechito López bate no muro e o Safety Car é acionado.
Nesse momento a transmissão da Fox Sports é interrompida para mostrar definição do novo presidente do clube paulista. E aqui vai minha crítica ao pessoal do jornalismo esportivo da Fox, que reclama tanto da má entrega de produto que a Globo faz com a Formula 1, mas desrespeita os fãs da Formula E quando interrompe uma transmissão para tratar de outro assunto.
A corrida retorna na volta 14, sem grandes mudanças. Di Grassi e Rosenqvist seguiam em sétimo e oitavo, respectivamente. Antes ainda das paradas, Lotterer ultrapassa Piquet e coloca as duas Techeetahs na frente.
É hora das trocas de carro, e uma novidade: é a primeira corrida que não se tem mais obrigação de ficar um tempo mínimo nos boxes. Tudo parece voltar ao normal, nenhuma mudança de posições. Olhando para a tabela de classificação, Flávio Gomes percebe a ausência de Di Grassi no pelotão da frente, até que o trio de comentaristas encontra o brasileiro na décima sexta posição. O carro deu apagão, fim de prova para as Audis mais uma vez.
Enquanto isso, duas brigas se intensificavam lá na frente: Buemi ultrapassara Piquet e Lotterer se aproximava de Vergne. Faltando menos de dez voltas para acabar, Nelsinho voltava a pressionar Sebastien e tentou uma última cartada para buscar o pódio, mas se afobou. Passou reto na curva e bateu no muro, tendo que ver Rosenqvist e Bird passarem a sua frente.
A paz dentro da Techeetah não reinava e o alemão conseguiu grudar o bico do carro na traseira do francês, parecia que Vergne estava servindo de carro reboque. O pelotão de trás cola nos três e a briga pela vitória agora chegava a cinco pilotos. O sueco pressionava o suíço e Lotterer tentava fechar a frente dos dois o quanto podia. Nelsinho já havia conseguido tirar a diferença de seis segundos e também entrava na briga.
Mas nada mudou. Os seis passaram a linha de chegada enfileirados, com dobradinha da Techeetah e decepção para Felix Rosenqvist, que perde a liderança para Jean-Éric Vergne. Agora, além do francês, do sueco e de Sam Bird, Sebastien Buemi entra na briga pelo título da temporada, que volta daqui duas semanas na Cidade do México.
O zagueiro Nino, no alto da sua inexperiência chamou para si a responsabilidade ao final do jogo assumindo totalmente a culpa pela derrota. Livrou o presidente, a comissão técnica e todos do Criciúma num gesto que pode parecer demagógico, mas que retrata o desequilíbrio emocional dos atletas nesta fase difícil depois de três derrotas consecutivas num campeonato de baixíssimo nível técnico.
O Nino não é culpado de nada, aliás é vítima como todos os profissionais do clube que estão à mercê de uma administração completamente amadora e sem nenhuma perspectiva de mudar a forma de fazer um futebol de melhor nível.
Zagueiro Nino (Foto: Criciúma EC)
Podemos discutir a qualidade do plantel, mas pergunto: algum jogador exigiu ser contratado? Qual a culpa de cada um em vestir a camisa do Tigre? Quem vai assumir a responsabilidade? O que não pode é um jogador, ainda garoto se sentir culpado por um fracasso quando o time teve mais de 90 minutos para reverter o resultado.
Grizzo, o técnico tampão afirmou antes do jogo que a qualidade era pequena e somente com muito suor e transpiração o time poderia conseguir a recuperação depois das duas derrotas fora de casa. O que se viu foi um time lutador ao extremo que em momento algum fugiu das divididas, algumas vezes até com excessos, mas não teve a capacidade de traduzir em gols a superioridade e algumas situações que foram criadas.
Nas coletivas nem falo do técnico, mas o diretor Nei Pandolfo, que tem a sombra do Genivaldo ficou rodeando as explicações sem nenhuma objetividade com relação ao futuro. Ninguém poderia esperar algo diferente, é mais um que chega para organizar, mas sem recursos cairá na vala comum de outros que recentemente passaram por aqui.
Somente o presidente pode mudar o cenário, desde que assuma a responsabilidade e como dono do time faça os investimentos necessários para qualificação do plantel.
Sem voltar muito no tempo o Criciúma tem neste início de campeonato o pior rendimento da década. Quatro pontos em seis rodadas não têm similar desde 2011. Mais próximo que o time chegou foi em 2012 e 2015 quando conquistou sete pontos nos seis primeiros jogos.
Em todos estes anos a gestão é da G.A. que conquistou apenas um título estadual, em 2013 quando nas seis primeiras rodadas o time havia conquistado oito pontos. O ano passado foram 10 pontos, em 2011 e 2014, 11 pontos e o melhor rendimento foi obtido em 2016 com 14 pontos nos seis primeiros jogos.
Perceberam? Não há nada similar mostrando um Criciúma na lanterna sem nenhuma perspectiva para o futuro. Claro que não será rebaixado, a camisa e a história têm seu peso mesmo com a força que faz a direção para jogar no lixo toda esta tradição.
Ou muda o orçamento e a direção se vira para buscar recursos ou iremos ver um time sem técnico e qualidade, até quando confesso que não sei.
Por João Nassif
05/02/2018 - 07:05 Atualizado em 06/02/2018 - 07:16
Apenas quatro jogadores entre os milhares que disputaram as Copas do Mundo tiveram o privilégio de marcar gols em duas finais de Mundiais.
O primeiro foi o brasileiro Vavá que marcou dois gols em 1958 na Suécia quando a seleção brasileira se sagrou campeã e em 1962 no Chile na conquista do bicampeonato. Em 1958 o Brasil venceu os donos da casa por 5x2 e em 1962 a vitória foi sobre a Tchecoslováquia por 3x1.
Outro brasileiro, Pelé marcou dois gols na final de 1958 e fez um na final contra a Itália em 1970. O Brasil se tornou tricampeão com a vitória por 4x1.
Pelé comemorando gol em 1970
O alemão Paul Breitner fez um gol de pênalti na decisão do Mundial de 1974 na própria Alemanha Ocidental e também marcou na final de 1982 na Espanha contra a Itália. Em 1974 a Alemanha Ocidental ganhou sua segunda Copa vencendo a Holanda por 2x1 e na Espanha ficou com o vice, derrotada pela Itália por 3x1.
Paul Breitner marcando de pênalti contra a Holanda em 1974
O quarto jogador a marcar gols em duas finais de Copa do Mundo foi o francês Zinedine Zidane. Fez dois contra o Brasil na decisão em 1998 quando a França ganhou seu único título Mundial e outro na final de 2006 na Alemanha. Neste jogo a França foi derrotada nos pênaltis e viu a Itália conquistar pela quarta vez uma Copa do Mundo.
Cabeçada de Zidane para um gol da França na final de 1998
França e Hungria faziam parte do grupo 1 da Copa do Mundo de 1978 na Argentina. Ambas se enfrentaram em Mar del Plata no dia 10 de junho após terem sido desclassificadas, quer dizer, o jogo era apenas para cumprir tabela.
Ao entraram em campo para cumprir o protocolo, ambas estavam com camisas brancas sob os agasalhos. A FIFA havia comunicado através de uma circular que os húngaros jogariam de branco, mas os franceses não leram o comunicado e levaram para Mar del Plata apenas as camisas brancas deixando as tradicionais azuis em Buenos Aires a 400 km.
França de verde e branco contra a Hungria em 1978
Enquanto o público vaiava o atraso um carro da polícia foi a toda velocidade até o estádio do Club Atlético Kimberley. Trouxe as camisas listradas de verde e branco do clube tradicional de Mar del Plata e a seleção francesa famosa pelo seu azul trocou de cor para vencer por 3x1.
Curioso era que o Kimberley, como qualquer time da época tinha camisas numeradas somente de 1 a 16. O francês Rocheteau marcou um gol com o número 18 no calção e com a camisa de número 7.
Por João Nassif
08/02/2018 - 11:35 Atualizado em 08/02/2018 - 11:42
O jogo de ontem entre os lanternas pela Copa do Brasil só poderia terminar do jeito que começou. Empatado com a vantagem do Criciúma que o regulamento da competição faz valer a velha máxima que empate fora de casa é vitória.
Lanternas em jogo pela Copa do Brasil-2018
Não posso fazer nem um comentário sobre o andamento do jogo. Sem imagens apenas o imaginário fala mais alto e pela escalação ficou evidente que o Criciúma optou por jogar pelo regulamento e se aproveitar, como aconteceu de um erro do São Caetano para conseguir seu gol.
Erro, pelo relato de várias fontes, do experiente volante Cristian que teve uma passagem recente pelo Corinthians depois de anos no futebol turco. O gol do Azulão foi do Rafael Costa, velho conhecido por passagens em vários clubes aqui do estado.
Agora o Criciúma com 1,1 milhão garantidos pela cota de patrocínio espera pelo Cianorte do Paraná pela segunda fase da Copa do Brasil. Jogo no Heriberto Hülse ainda sem data confirmada. O Cianorte que é o terceiro colocado em sua chave no campeonato paranaense se classificou vencendo em sua casa o ABC-RN por 2x1.
Antes, o Criciúma precisa ficar ligado no estadual, pois empunhando uma lanterna tem a obrigação de vencer em Lages no sábado de carnaval. Com vários desfalques e não podendo jogar para segurar o empate o técnico Grizzo terá que inventar uma fórmula para propor o jogo e buscar a vitória, senão pode ter certeza, a chapa vai esquentar de vez.
É um confronto direto, pois o Internacional é o penúltimo colocado dois pontos a mais que o Criciúma.
2012 foi um ano que ficará marcado na história do Criciúma, pois o clube conseguiu pela última vez o acesso para a série A do campeonato brasileiro.
A campanha foi surpreendente, pois o ano começou sem que os torcedores tivessem maiores esperanças devido à má campanha no campeonato estadual e a trágica participação na Copa do Brasil quando foi eliminado na segunda fase pelo Atlético-PR. Os paranaenses venceram no Heriberto Hülse por 2x1 e massacraram por 5x1 no Durival Britto.
Dois técnicos trabalharam o time nas duas competições. Márcio Goiano que havia sido contratado ainda em 2011 e Sílvio Criciúma que sai da base para comandar o time ainda no catarinense e na Copa do Brasil.
Sem participar da fase final do campeonato estadual por ter sido o sétimo colocado, o Criciúma teve um mês de preparação para enfrentar a série B do brasileiro.
Com Waldeci Rampinelli na direção de futebol e com o executivo Rodrigo Pastana foram contratados o técnico Paulo Comelli e o preparador físico Márcio Correa. Chegaram o zagueiro Matheus Ferraz, o lateral Marlon, os volantes França e Fransérgio, o meia Kléber entre outros e com os remanescentes Nirley, Lucca e ZéCarlos foi formada a base que levou o Criciúma a fazer a grande campanha que culminou com o acesso.
O Criciúma disputou 38 jogos, conseguiu 22 vitórias, 07 empates e 09 derrotas, marcou 78 gols e sofreu 57. De quebra teve Zé Carlos, o Zé do Gol, artilheiro da série B com 27 gols.
Um dos jogos mais violentos em toda história das Copas do Mundo foi entre Portugal e Holanda em 2006 na Alemanha.
No dia 25 de junho em Nuremberg portugueses e holandeses faziam jogo decisivo pelas oitavas de final de o perdedor seria eliminado do Mundial.
A cidade de Nuremberg foi palco entre novembro de 1945 e outubro de 1946 do tribunal militar internacional que julgou o alto escalão nazista pelas atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial
Sessenta anos depois a cidade uma das sedes da Copa do Mundo viveria nova noite de horrores proporcionada pelos jogadores de Portugal e Holanda que fizeram de tudo menos um jogo de qualidade mesmo com jogadores de alto nível do futebol mundial. Cristiano Ronaldo,Deco, Figo de um lado, Sneijder, van Persie, Robben do outro.
O show de horrores começou quando a bola começou a rolar e com apenas dois minutos de jogo Mark van Bommel deu uma entrada criminosa em Cristiano Ronaldo e o árbitro russo Ivanov Valentin aplicou apenas o cartão amarelo.
Foi o sinal para que a pancadaria prevalecesse e no total foram distribuídos 16 cartões amarelos e quatro vermelhos.
Portugal treinado pelo Felipão venceu por 1x0 com este gol de Maniche narrado desta forma por Galvão Bueno da Rede Globo.
Com a desintegração da República de Iugoslávia que em 1990 surgiram vários países independentes entre eles a Croácia.
A seleção de futebol da Croácia disputou pela primeira vez as eliminatórias europeias para a Copa do Mundo de 1998 conseguindo classificação e foi uma das calouras do Mundial disputado na França.
E teve uma ótima participação na primeira fase, a fase de grupos, vencendo Jamaica e Japão e perdendo por apenas 1x0 para a Argentina.
Seleção croata em 1998
Nas oitavas de final eliminou a Romênia e nas quartas fez seu melhor jogo derrotando fragorosamente a Alemanha por 3x0.
Nas semifinais foi derrotada de virada pelos donos da casa por 2x1, mas conquistou um inédito terceiro lugar vencendo a Holanda por 2x1.
Contra a França a Croácia saiu na frente no primeiro minuto do segundo tempo com este gol de seu artilheiro Suker narrado desta forma por um locutor croata.
O Ramadão é celebrado todos os anos no nono mês do calendário islâmico. É o mês sagrado durante o qual os mulçumanos praticam seu jejum ritual. O jejum é observado durante todo mês, da alvorada ao pôr do sol.
O Ramadão em 2018 será a partir do início da noite de 15 de maio e terminará no início da noite de 14 de junho, dia do jogo de abertura do Mundial.
O sorteio dos grupos e da tabela de jogos para a Copa do Mundo na Rússia mexeu com cinco países que têm a maioria mulçumana da população.
A Arábia Saudita fará o jogo de estreia na Copa contra a Rússia pelo grupo A, exatamente no dia 14 de junho, dia do encerramento do Ramadão.
O mulçumano Mohamed Salah principal jogador da seleção do Egito (Foto: Trivela-UOL)
Egito, Irã e Marrocos estrearão no dia seguinte, quer dizer farão toda preparação durante o mês do Ramadão. O Egito enfrentará o Uruguai também pelo grupo A enquanto Marrocos e Irã terão confronto direto pelo grupo B.
O outro país mulçumano no Mundial é a Tunísia que estreará somente dia 18 contra a Inglaterra pelo grupo G e que também fará sua preparação durante o mês sagrado para os mulçumanos.
Saberemos somente quando a bola começar a rolar se o período do Ramadão foi ou não prejudicial às estas cinco seleções.
Cada país sede de uma Copa do Mundo define as cores e os motivos que são expostos em seus símbolos promocionais do evento. O pôster oficial da Copa do Mundo na Rússia homenageia Lev Yashin, goleiro lendário que disputou quatro Mundiais, de 1958 a 1970, pela União Soviética e o único goleiro a conquistar uma Bola de Ouro.
A imagem mostra Yashin pulando para defender uma bola, dos tempos em que era jogador, com apenas a mão esquerda, vestido com seu tradicional uniforme todo preto com boinas pretas. Daí surgiu o apelido de “Aranha Negra” que o caracterizava.
Os raios de luz que emanam da bola representam a energia da Copa do Mundo e o círculo verde, os gramados dos estádios que receberão os jogos.
O pôster foi criação do artista Igor Gurovich que se inspirou no construtivismo russo do fim dos anos vinte do século passado.
O estilo soviético do pôsteres pós-construtivismo, dos anos vinte e trinta, tornou-se um dos elementos mais importantes e reverenciados da cultura russa.
Natural de Ribeirão Preto, o jornalista esportivo, comentarista e escritor João Nassif Filho trabalha há mais 50 anos com o futebol. Começou na Rádio Clube Jacareí, passou pela Rádio Gaúcha de Porto Alegre e hoje está na Rádio Som Maior FM de Criciúma. Trabalhou também na TV Gaúcha de Porto Alegre, RCE TV Criciúma e na TV Litoral Sul de Criciúma. Foi colunista do Jornal da Manhã e Jornal A Tribuna de Criciúma. Publicou o Almanaque do Criciúma (1986), o Almanaque das Copas (2013) e Fio do Bigode (2014).Conheça outros Blogs