Ir para o Conteúdo da página Ir para o Menu da página
Carregando Dados...
DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Denis Luciano 09/03/2022 - 15:17 Atualizado em 09/03/2022 - 15:19

A CBF confirmou, na tarde desta quarta-feira (9), a data e o horário da segunda partida do Criciúma na temporada. O jogo diante do Goiás, confronto único pela segunda fase da Copa do Brasil, será na quinta-feira (17) da semana que vem, às 21h30min, no estádio da Serrinha, em Goiânia.

Trata-se de jogo único. Em caso de empate, a decisão da vaga na terceira fase se dará nos pênaltis. O Criciúma já anunciou que disponibilizará um ônibus para torcedores viajarem até Goiás. Agora, com data e horário confirmados, o clube tratará de preparar a logística, tanto da excursão da torcida quanto da sua viagem para o compromisso.

Por Denis Luciano 10/03/2022 - 22:30 Atualizado em 10/03/2022 - 22:42

É uma noite atípica em Criciúma esta de quinta-feira. Os postos que estão abertos, estão com filas. Algumas bem grandes, como a de um posto na esquina da Centenário com a Lúcia Milioli, beirando a Henrique Lage. A fila é tão grande que avança pela Centenário. Um bocado de carros esperando a vez para encher o tanque e escapar, ao menos por alguns dias e alguns vários reais, do que está por vir: o provável repasse de 18,8% de reajuste na gasolina e 24,9% no diesel anunciados pela Petrobras.

Esse aumento, que deve equivaler a 65 centavos no litro da gasolina e 90 centavos no litro do diesel, um pouco mais, um pouco menos, deverá vigorar já ao longo desta sexta. A prova foi dada por um empresário que fechou o seu posto na noite desta quinta. Preferiu não vender. Não consta que tenha acabado o seu combustível. Ao que parece, optou por esperar a sexta, e os valores mais elevados. Um direito dele. É da livre concorrência. É do mercado.

Posto na Centenário com filas às dez e meia da noite.
Foto do Luciano Nunes, nosso leitor e ouvinte

No fim das contas, o revendedor (aquele que não abusa, que é decente, que trabalha dentro das regras) ele é tão vítima quanto o consumidor. Afinal, ele é obrigado a repassar os reajustes e precisa ter margem de lucro. Afinal, ele é uma empresa, precisa pagar as contas e lucrar. Logo, o reajuste que a Petrobras ordena é uma cascata que desce densa, cai como uma avalanche no bolso do cidadão mas tira nacos e nacos de lucros pedalados nos centavos daqueles que revendem também. Já foi um bom negócio ter posto de gasolina aberto. Talvez não esteja sendo mais, prova disso é que um posto foi fechado na noite desta quinta em Criciúma, por ordem do seu proprietário. Não era hora de vender? Talvez seja mais vantajoso guardar o estoque para vender horas depois por um preço mais elevado. É do jogo. É do mercado. Faz parte.

E tem fila e fila na Centenário

Melhor que outro posto que reajustou a gasolina ainda ao longo da quinta. O Procon já está ciente. A fiscalização deve agir ao longo desta sexta. As próximas horas serão longas nos postos que estão abertos. E eles seguem sendo a maioria absoluta. Quer saber mais da noitada de postos lotados em Criciúma. Clica aqui e confere a cobertura do 4oito.

Por Denis Luciano 17/03/2022 - 16:53 Atualizado em 17/03/2022 - 17:08

O Metropol aposta na experiência para treinar a sua jovem equipe que marca a retomada do clube, depois de 52 anos, em competições da Federação Catarinense de Futebol (FCF). Vitalino Adolfo Barzotto, o Grizzo, foi confirmado na tarde desta quinta-feira (17) como treinador da equipe que representará o alviverde da Metropolitana na Copa Santa Catarina Sub-20.

Em convite disparado há pouco, o presidente do Metropol, José Carlos China Vieira, confirmou a contratação de Grizzo e anunciou a sua apresentação para o próximo dia, no estádio João Estevão de Souza, juntamente com os demais membros da comissão técnica. "Hoje o Grizzo esteve conosco aqui no estádio, agora estamos acertados e felizes com a contratação dele", destacou o dirigente.

Leia também - O Metropol voltou! Alviverde confirmado na Copa SC Sub-20

Grizzo terá, naturalmente, uma equipe de meninos. O que não se sabe, ainda, é se a base será de atletas do Metropol e arredores ou se o clube abrirá espaço para jogadores de outras origens, sempre em busca de espaços em competições estaduais e federadas, como é o caso. 

A tabela já foi divulgada pela FCF. A competição conta com 16 equipes, dividias em duas chaves de oito. A primeira fase, em turno único, terá sete rodadas e apontará quatro classificados por grupo que se enfrentarão em mata-mata até a decisão.

O Metropol estreia no dia 30 de abril, fora de casa, contra o Camboriú. Na segunda rodada, faz seu primeiro jogo em Criciúma. Encarará o Barra no dia 7 de maio, sábado, às 15h, no João Estevão de Souza que passou por diversas reformas para receber as partidas do Metropol na Copinha. Na última rodada o Metropol vai enfrentar o Criciúma no CT Antenor Angeloni, no dia 11 de junho.

Confira abaixo os jogos na primeira fase:

30/4 - Camboriú x Metropol
7/5 - Metropol x Barra
14/5 - Avaí x Metropol
21/5 - Metropol x Hercílio Luz
28/5 - Metropol x Próspera
4/6 - Manchister x Metropol
11/6 - Criciúma x Metropol

 

Por Denis Luciano 19/03/2022 - 08:15 Atualizado em 19/03/2022 - 19:25

Quando o Criciúma sagrou-se campeão do Brasil em 1991, logo após a bola ter parado no gramado do Heriberto Hülse na noite daquele 2 de junho de 91, no 0 a 0 diante do Grêmio, o saudoso Clésio Búrigo desfiava, a plenos pulmões, a orgulhosa campanha que acabara de levar o Tigre à Taça Libertadores da América. E lá pelas quantas (arquivos no Youtube provam isso) o consagrado locutor lascou na transmissão que ancorava na RCE TV: "Criciúma, a capital do futebol, por que não".

É. Claro que muita coisa aconteceu de lá para cá. O Criciúma colecionou acessos e descensos em nível nacional, é um dos mais frequentes nesse quesito. Mas amargou uma queda inédita em 2021, com evidentes reflexos agora. A quem é crítico dos campeonatos estaduais, eis a prova de que ruim com eles, pior sem. Aí está o Criciúma encaminhando-se para o fim de março com apenas dois jogos disputados na temporada. Enquanto isso, Avaí e Figueirense já atuaram 15 vezes em 2022. A Chapecoense, 13.

Catarinenses - Número de jogos em 2022 (até 19/3)
Avaí e Figueirense - 15
Chapecoense - 13
Brusque, Hercílio Luz, Camboriú, Concórdia e Marcílio Dias - 12
Barra, Joinville, Próspera e Juventus - 11
Criciúma - 2

E assim será até 8 ou 9 de abril (o desmembramento chega nos próximos dias) quando o Criciúma estreará na Série B do Brasileiro diante do CSA em Maceió. A saudade de casa é maior ainda. No Heriberto Hülse, a última vez do Criciúma foi em 31 de outubro. São exatos 139 dias sem a bola rolar no Majestoso. A última vez que o torcedor tricolor pisou no gramado do HH (literalmente) foi em 6 e 7 de novembro, na festança do acesso à Série B depois da vitória diante do Paysandu em Belém do Pará.

Esse jejum se espichará mais um bocado, já que a estreia na temporada em casa será somente na segunda rodada da Série B, diante do Londrina, em 15 ou 16 de abril. Ocorre que as duas únicas partidas de 2022 até agora, na recém encerrada campanha da Copa do Brasil, foram longe de Criciúma: em Nova Iguaçu (RJ) e Goiânia.

Essas amargas lembranças vêm à tona num sábado em que Brusque x Avaí e Camboriú x Marcílio Dias definem os primeiros semifinalistas do Catarinense 2022. E na véspera de um domingo no qual será a vez de Hercílio Luz x Figueirense e Concórdia x Chapecoense exercerem a mesma briga. No mesmo Estadual em que o Próspera foi de sensação a rebaixado, dando um péssimo sabor em dose dupla para Criciúma: duas temporadas, dois rebaixamentos para a cidade.

Série B do Catarinense

Ainda sobre saudade de Estadual, cabe lembrar que a Série B do Catarinense, inédita na vida do Criciúma (e que será a casa do Próspera em 2023), só terá o início da sua edição 2022 em 29 de maio, estendendo-se por três meses, até 28 de agosto. A tabela, portanto, será divulgada até o fim deste mês, seguindo a determinação do Estatuto do Torcedor, de divulgação dois meses antes do início da competição.

A competição é composta de turno único na primeira fase. Nove jogos para cada. Por questão técnica, Criciúma, Metropolitano, Nação, Carlos Renaux e Guarani jogarão cinco em casa e quatro fora. O contrário valerá para Atlético Tubarão, Inter de Lages, Atlético Catarinense e os recém promovidos da Série C, Blumenau e Caravaggio. Esses jogarão quatro em casa e cinco fora. 

Feitos os nove jogos, os oito melhores avançam às quartas de final. Os dois últimos caem para a Terceira Divisão. Os oito que seguem fazem mata-mata em ida e volta até a decisão. Campeão e vice estarão promovidos. Logo, a jornada do retorno à elite exigirá do Criciúma passar por 13 partidas (as 9 da primeira fase, 2 da segunda, as quartas, e 2 da terceira, a semifinal). Daí virá a decisão em mais 2 partidas, totalizando 15 na Segunda Divisão. Só cumprindo esse roteiro o Tigre sai da Segundona.

Os adversários na Segunda Divisão

Sobre os adversários acima relacionados, o Criciúma nunca enfrentou três deles na história: Nação, Atlético Catarinense e Caravaggio. Contra os demais, tem histórico. Abaixo, um pouco mais de cada um dos nove concorrentes do Tigre.

Metropolitano: é de Blumenau, onde foi fundado em janeiro de 2002. Tem, portanto, 20 anos. Vem sofrendo com a falta de estádios nas últimas temporadas. Na elite em 2021, teve que mandar suas partidas em Ibirama depois do litígio com o Sesi, que deixou de alugar o Complexo Esportivo que mantém em Blumenau. Nos últimos meses, a prefeitura vem negociando a municipalização do complexo, que poderá dar uma casa para Metro e Blumenau, mas nada certo ainda. Foi rebaixado com o Criciúma. Conforme o Meu Time na Rede, Criciúma e Metropolitano já se enfrentaram 39 vezes na história. O Criciúma ganhou 20, empatou 7 e perdeu 12. No mais recente confronto, o Tigre conquistou a única vitória no vexame do Catarinense de 2021, 2 a 0 no Heriberto Hülse.

Nação Esportes: fundado em 2018 em Joinville, surgiu com a meta de ser modelo na formação de jovens atletas, e usar só jogadores com até 20 anos. Estreou no profissionalismo na Série C de 2019, terminando em terceiro lugar. No ano seguinte, foi vice-campeão da Terceirona assegurando o acesso. Na B de 2021 transferiu-se para Canoinhas, onde fez boa campanha. Brigou pelo acesso até as rodadas finais, sendo superado por Barra e Camboriú. Terminou em terceiro. Para 2022, o Nação Esportes voltou para Joinville, onde mantém um CT. Mandará suas partidas na Arena. Alegou que não teve receptividade do empresariado nem apoio da prefeitura em Canoinhas. Vai enfrentar o Criciúma pela primeira vez na história.

Carlos Renaux: contrapondo o caçula Nação Esportes, está o Carlos Renaux de Brusque, o vovô do futebol catarinense. Com seus 108 anos de história, é o clube mais antigo de Santa Catarina. Na B de 2022, é um dos três já campeões catarinenses na elite, a exemplo de Criciúma e Inter de Lages. O vovô levantou a taça em 1950 e 53. Em 2021 fez boa Série B, terminando em quarto. Depois de anos licenciado, voltou ao profissionalismo em 2019, sendo quarto na Série C. Conseguiu o acesso em 2020, em terceiro. Manda suas partidas no Augusto Bauer, estádio de sua propriedade em Brusque. Na história, segundo o Meu Time na Rede, enfrentou o Criciúma 24 vezes: o Tigre ganhou 13, houve 9 empates e apenas 2 vitórias do Carlos Renaux: no Catarinense de 81 por 1 a 0 e no de 83, 2 a 1, ambos em Brusque. O último confronto aconteceu em 29 de setembro de 83, no HH, com vitória do Criciúma por 2 a 1.

Guarani: o índio de Palhoça é outro veterano, tem 94 anos, mas só se profissionalizou em 2000. Manda suas partidas no estádio Renato Silveira. Estreou na elite em 2004, sendo o quarto do Campeonato Catarinense da Série A. Sofreu o primeiro rebaixamento em 2008. Voltou à Série A em 2014, caindo em 2016 de novo. Vai, portanto, para a sexta participação consecutiva na B, na qual as últimas campanhas não foram animadoras: quinto em 2017, nono e penúltimo em 2018, oitavo e antepenúltimo em 2019 e 2020 e quinto em 2021. O Meu Time na Rede lembra que Criciúma e Guarani de Palhoça já se enfrentaram 11 vezes, com 6 vitórias do Tigre, 2 empates e 3 derrotas. O último confronto foi vencido pelo Guarani, 2 a 1 em 1/4/2016 em Palhoça.

Atlético Tubarão: o Tubarão ficou em sexto lugar na Série B do ano passado. Lutou contra o rebaixamento, escapando na última rodada. Foi fundado em abril de 2005 como Cidade Azul. Ao conquistar o acesso à Série A de 2008, por pressão da torcida, mudou de nome, para Atlético Tubarão. Assim disputou a elite em 2008 e 2009, quando foi rebaixado. Jogou a B entre 2010 e 2015, sempre batendo na trave pelo acesso. Voltou à elite em 2016. No jogo do acesso, goleou o Porto por 9 a 1 jogando no Heriberto Hülse, em Criciúma. Em 2017 foi sexto na Série A, ganhou vaga na Série D do Brasileiro e faturou a Copa Santa Catarina. Terceiro do Estado em 2018, chegou à segunda fase da Copa do Brasil. Foi oitavo em 2019 e caiu no Estadual de 2020, em décimo e último lugar. Manda suas partidas no estádio Domingos Gonzales. O Meu Time na Rede aponta nove confrontos entre Criciúma e Atlético Tubarão na história, de 2009 a 2020. O Tigre ganhou 5, houve 2 empates e 2 vitórias do Peixe.

Inter de Lages: nessa Série B de 2022, é um dos três que já foram campeões estaduais na elite. Além do Criciúma (com 10 conquistas) e do Carlos Renaux (campeão em 1950 e 53), o Leão Baio foi o melhor do Estado em 1965. Tradição não falta ao Colorado lageano, fundado em junho de 1949, tem 72 anos e manda seus jogos no estádio Vidal Ramos Júnior. Tem 63 confrontos com o Criciúma entre 1978 e 2018, aponta o Meu Time na Rede. É o clássico dessa Série B que está por vir. São 28 vitórias do Criciúma, 16 empates e 19 vitórias do Internacional. Depois de 13 anos fora, o Leão Baio voltou à Primeira Divisão estadual em 2015 e, de quebra, fez grande campanha. Terminou em quarto e ganhando os três confrontos com o Criciúma, com direito a um 2 a 0 em pleno HH. Foi caindo de rendimento gradualmente: sexto em 2016, sétimo em 2017 e acabou rebaixando em 2019, nono e penúltimo lugar. Caiu em acirrada briga com o Hercílio Luz. Desde então, fez campanhas opacas na Segunda Divisão: quarto em 2019, sétimo em 2020 e repetiu a sétima posição na última temporada.

Atlético Catarinense: Caçulinha da Série B, foi fundado em 20 de março de 2020. Logo, completa dois anos neste domingo. É o primeiro clube profissional de São José, na Grande Florianópolis. Na temporada de estreia, mandou seus jogos em casa, no estádio Ênio Amantino da Silva, e deu certo: foi campeão da Série C. Guindado à B de 2021, foi forçado a buscar outra casa, já que a FCF apontou necessárias melhorias à casa do Atlético. Buscou abrigo no Orlando Scarpelli, alugado pelo Figueirense, e ali fez campanha fraca. Acabou quase rebaixado. Terminou a Segundona passada em oitavo com os mesmos 17 pontos do rebaixado Caçador. Só escapou pois alcançou 4 vitórias, contra 3 do concorrente. Será a primeira vez que o Atlético Catarinense enfrentará o Criciúma e, se tiver sorte com a tabela, virá ao Heriberto Hülse. Senão, será a chance de o Tigre jogar no Scarpelli pelo Catarinense de 2022.

Blumenau: é o atual detentor da marca BEC no futebol catarinense. Mas não é exatamente o original Blumenau Esporte Clube, aquele de julho de 1919 e hoje teria 102 anos, e que jogou Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e acabou fechando as portas em 1998. O atual Blumenau Esporte Clube é outro, fundado em novembro de 2003 como Sport Club Madureira, que evoluiu de time amador Fez campanhas inexpressivas entre idas e vindas até que, em 2017, já sem o Madureira no nome (adotou o Blumenau Esporte Clube em 2015) sagrou-se campeão da Série C estadual. Terminou em sétimo na Série B de 2018. Em 2019, com dificuldades, o Blumenau não conseguiu adequar o estádio Erwin Blaese, em Indaial, dando WO em duas partidas. Com isso, acabou excluído da competição e rebaixado à Série C de 2020. Acabou se mantendo afastado, só retornando em 2021. Daí, levantou a taça, batendo na final o Caravaggio. Logo, o atual BEC nunca enfrentou o Criciúma. Já o antigo Blumenau Esporte Clube, conforme o Meu Time na Rede, jogou contra o Tigre 79 vezes entre 1980 e seu último ano, 1998. Foram 45 vitórias do Criciúma, 22 empates e 12 vitórias do BEC. Se o negócio da prefeitura de Blumenau para municipalizar o estádio do Sesi vingar até maio, daí pode ser que o Blumenau jogue em casa. Senão, manterá o que fez em 2021, disputando o Catarinense em Indaial, no Erwin Blaese.

Caravaggio: além de Nação Esportes e Atlético Catarinense, o Caravaggio é outro adversário que entra para a história do Criciúma nesta temporada. Farão o primeiro encontro oficial, e com o gostinho de um confronto microrregional por uma Série B de Catarinense. O Azulão é herdeiro de uma tremenda tradição no futebol amador. Fundado em 1970, serviu sempre como elemento de união entre os moradores do distrito de Nossa Senhora do Caravaggio e carrega a fé na Santa na camisa, onde ela historicamente está estampada, além da onipresença no vestiário do estádio da Montanha, abençoando os atletas. O Caravaggio foi um dos grandes do amadorismo. Primeiro, na região, com 6 conquistas do Regional da LARM (1995, 96, 97, 2000, 2011 e 2017) e outras 6 na Copa Sul dos Campeões (2003, 2006, 2010, 2013, 2016 e 2019). Depois alçou voo estadual, com o bicampeonato do Catarinense Amador em 2013 e 2019, e ganhou ainda o Sul Brasileiro em 2014. Na estreia no profissionalismo, em 2021, fez bonito na Série C, sendo vice-campeão e garantindo acesso. Mandou suas partidas no estádio Mário Balsini, do Próspera, e levou a decisão contra o Blumenau para o Heriberto Hülse, cedido pelo Criciúma. Em 2022 está fazendo as adequações e disputará a Série B na Montanha. Ou seja, Nova Veneza terá, pela primeira vez na história, jogos de futebol profissional em seu território. E pode ser um Caravaggio x Criciúma!

Por Denis Luciano 19/03/2022 - 18:29 Atualizado em 19/03/2022 - 18:37

O Brusque confirmou o favoritismo e está na semifinal do Campeonato Catarinense. Alcançou dez jogos de invencibilidade no Estadual na tarde deste sábado (19) ao empatar em 0 a 0 com o Avaí no estádio Augusto Bauer. Com o regulamento na mão, por conta da melhor campanha na primeira fase, o Brusque despachou o Avaí depois desse empate e do 1 a 1 da partida de ida, na Ressacada.

Na primeira fase, o Brusque classificou com a melhor campanha com 24 pontos enquanto o Avaí avançou na oitava posição, com 12, e lutou contra o rebaixamento na última rodada. O Brusque espera agora por Concórdia ou Chapecoense, que farão a partida de volta das quartas de final neste domingo (20), às 16h, no estádio Domingos Machado de Lima, em Concórdia. Independente de quem passar, o Brusque terá a vantagem de decidir em casa e de jogar por dois resultados iguais.

Fotos: Rodrigo Polidoro / Mix Mídia

No outro lado da chave, Camboriú e Marcílio Dias definem neste sábado, às 19h, em Balneário Camboriú, outra vaga na semifinal. Na ida, 1 a 1 em Itajaí. Quem passar pega Hercílio Luz ou Figueirense que enfrentam-se neste domingo (20), às 11h, em Tubarão. O Figueira tem a vantagem, fez 1 a 0 na ida.

Goleiro do Brusque foi destaque

"Feliz pelo momento que a equipe vem passando, com os companheiros que estão lutando. Somos um grupo muito homogêneo", comemorou o goleiro Ruan Carneiro. Ele elogiou o papel do torcedor. "Foi bonito, lotou a arquibancada, incentivou os 90 minutos, importante o torcedor estar conosco, sabendo a qualidade do nosso time", destacou. A partida contou com 3.601 torcedores no Augusto Bauer.

Uma vez campeão, em 1992, e uma vez vice, em 2020, o Brusque tentará alcançar a decisão do Catarinense pela terceira vez na história.

Atual campeão fora

Eliminado na segunda fase da Copa do Brasil e agora fora do Catarinente também na segunda fase, o Avaí não poderá defender o título de 2021, conquistado contra a Chapecoense. Na temporada passada, os avaianos haviam eliminado o Brusque na semifinal do Estadual.

Agora, o Avaí volta a campo na abertura da Série A, em 9 ou 10 de abril, na Ressacada, contra o América (MG).

Por Denis Luciano 19/03/2022 - 21:23 Atualizado em 19/03/2022 - 21:25

Um dos prefeitos mais alinhados ao governador na região, Evandro Scaini tomou o mesmo rumo de Carlos Moisés, e está filiado ao Republicanos. Mas o prefeito do Balneário Arroio do Silva não participou do ato deste sábado (19), em São José, na Grande Florianópolis, no qual Moisés anunciou a adesão de mais de 30 prefeitos e vices ao seu novo partido.

"Eu já tinha uma viagem programada com a família, mas mandei um vídeo para o governador confirmando todo meu apoio", destacou Scaini. Eleito pelo PSL em 2020, ele levou para o novo partido, também, o seu vice-prefeito, Carlos Scarsanella, outro que pertencia ao PSL. Do mesmo partido era o vice-prefeito de Balneário Gaivota, Jonatã Coelho, mais um que aderiu ao Republicanos.

Scaini e Scarsanella assinaram ficha no novo partido nesta sexta-feirar (18). 

Evandro Scaini licenciou-se da prefeitura por uma semana na última segunda-feira (14). O vice fez o mesmo, abrindo espaço para que o presidente da Câmara, Vanderlei de Souza (PSL), assumisse. Foi a primeira vez na história do Arroio do Silva que um vereador teve a oportunidade de ser prefeito interino.

Por Denis Luciano 23/03/2022 - 22:45 Atualizado em 23/03/2022 - 23:03

O Hospital São José publicou um vídeo na noite desta quarta-feira (23) no qual faz uma saudação há muito aguardada. As imagens dos profissionais limpando os leitos e fechando as portas da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) são carregadas de um profundo simbolismo: é o primeiro dia, em dois anos de pandemia, que o São José não tem pacientes internados na UTI Covid. Assim, ela pode mesmo estar com as portas fechadas.

Trata-se de uma contundente vitória da ciência. A lamentar que uma parcela razoável dos 720 criciumenses que morreram de Covid passaram por aqueles corredores e leitos e estiveram sob cuidados de tantos profissionais que ali atuavam e atuam. Mas a destacar que a substancial redução dos números nas últimas semanas são um claro atestado dos evidentes efeitos da vacina.

Mais do vídeo

"E lá se foram dois anos". O vídeo começa com um profissional na UTI retirando sua face shield. "Dois anos de muita luta. Dois anos de muitas incertezas", segue o texto. E a força da luta foi enfatizada, com destaque para a batalha diária pela saúde das pessoas. "A gente ofereceu cuidado, amor, tempo e todo conhecimento que temos".

A produção anuncia que trata-se "de um dia que o coração quase para". É a alegria de ver a pandemia sendo vencida. "Respiramos fundo e pensamos, foi difícil, mas a gente conseguiu". Enquanto o orgulho dos colegas e das equipes estava em ênfase, uma profissional remove as luvas descartáveis e joga no lixo.

"Hoje, apagamos estas luzes, fechamos estas portas, guardamos estes EPIs aliviados", anuncia o Hospital São José. "E certos que fizemos tudo e mais um pouco". Segue essa verdadeira declaração de amor à vida e ao trabalho de garantir saúde: "foram mais de 700 dias lutando pelas vidas dentro das Unidades de Terapia Intensiva". Nesse instante, o time da UTI, já com as luzes apagadas e o cenário preparando para o fechamento da unidade, bate palmas reunido.

"Vamos continuar aqui, lutando por todos vocês". Nesse instante, a porta se abre pela última vez para que a UTI, finalmente sem pacientes, seja fechada. "Nosso desejo é que dias assim não voltem mais". O cartaz de "restrito" é removido, a porta se fecha e a dupla que encerra a UTI troca um soquinho carinhoso. "Vocês foram incansáveis". Assista!

Mais números

Criciúma fechou esta quarta, conforme o relatório da Vigilância Epidemiológica, com apenas 95 casos ativos de Covid. São, pelo registro oficial, seis pacientes internados na cidade, um em leito de UTI (que não está no São José, naturalmente), quatro em leitos clínicos e um caso suspeito, de uma criança, também em clínica. Desses internados, um recusou vacina.

Já foram aplicadas 429.719 doses de vacinas contra a Covid em Criciúma. São 189.125 de primeira dose, 166.165 de segunda dose e 74.422 doses de reforço. Foram 6.734 vacinas para crianças de 5 a 11 anos, sendo 6.273 em primeiras doses e 461 em segunda dose.

Tags: UTI Covid

Por Denis Luciano 24/03/2022 - 08:25 Atualizado em 24/03/2022 - 08:41

24 de março de 1992. Há exatos 30 anos, pelas imagens da Rede OM, com a narração de Lombardi Júnior e comentários de Milioli Netto, a torcida e Santa Catarina assistiam a primeira partida do Criciúma fora do Brasil na Taça Libertadores da América. Era uma terça-feira em Oruro, cidade ao centro sul da Bolívia distante 3 mil quilômetros de Criciúma.

No Grupo 2, o Criciúma havia estreado no dia 6 vencendo o São Paulo por 3 a 0 no Heriberto Hülse. A viagem foi cercada de cuidados, já que havia o temor em relação aos efeitos do ar rarefeito da Bolívia. Mas o time se comportou bem, não se abateu aos 3,7 mil metros de altitude no estádio Jesús Bermúdez. Se impôs e ganhou por 2 a 1.

Os gols saíram no segundo tempo. Grizzo recebeu um lançamento na esquerda, deu o tapa para Jairo Lenzi que, na área, foi derrubado. Pênalti marcado pelo árbitro colombiano J.J. Toro. "Correto o juiz colombiano, penalidade clara", anunciou Milioli, de pronto. "Pênalti que o Gelson bate muito bem,  mas o Gelson não está jogando bem", advertiu o saudoso comentarista.

Instantes depois, anunciou Lombardi Júnior: "alegria, alegria, alegria do meu povão catarinense". Era o gol do Criciúma, o primeiro gol de um catarinense na história da Libertadores fora do Brasil. Recorde o gol no vídeo abaixo:

Antes, o San José havia desperdiçado um pênalti. "Definitivamente, a sorte está de um lado só", afirmou Lombardi, ao contar uma sucessão de dois arremates dos bolivianos na trave quando o placar ainda estava 0 a 0. Um pênalti batido na trave e outro chute, em seguida, também terminou no poste do goleiro Alexandre. Relembre:

O empate do time da casa veio também em um pênalti, cometido por Vilmar que "estava nervoso", segundo Milioli Netto.

E coube a Jairo Lenzi o gol da vitória tricolor. "Esse garoto é bom de bola", vibrou Lombardi, ao contar os 2 a 1 do Criciúma. Assista:

O Criciúma venceu o San José de Oruro na sua estreia internacional jogando com Alexandre, Jairo Santos, Vilmar, Wilson e Itá, Roberto Cavalo, Gelson e Grizzo, Vanderlei (Adilson Gomes), Zé Roberto (Paulo da Pinta) e Jairo Lenzi. Adilson Gomes, Grizzo e Wilson tomaram cartões amarelos.

Aquele jogo teve o testemunho de um pequeno e barulhento grupo de torcedores que saiu de Criciúma para empurrar a equipe. Nessa jornada estava, por exemplo, o Mário Lima, nosso narrador da Rádio Som Maior. Ele contou aquela partida em Oruro, na ocasião pela Rádio Eldorado.

Três dias depois, em 27 de março, o Criciúma fez o segundo jogo na Bolívia, empatando em 1 a 1 com o Bolivar em La Paz e marchando para a classificação, mas isso é história pra recordar mais adiante.

Por Denis Luciano 25/03/2022 - 15:40 Atualizado em 25/03/2022 - 15:51

Chamou a atenção o discurso do secretário municipal de Educação, Miri Dagostim, na abertura do Torneio de Robótica que acontece na Escola S, em Criciúma. Na manhã desta sexta-feira (25), Miri disse que "estava representando o prefeito Clésio Salvaro" que "está em um evento muito importante em Chapecó", e que "na semana que vem poderemos dar uma boa notícia, com o nosso prefeito estar podendo representar a gente em algo maior, estadualmente".

A fala de Miri veio no calor das conversas para que Salvaro torne-se candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD) na eleição de outubro. João e Salvaro conversam na tarde desta sexta, em Chapecó, onde Salvaro está para ter essa conversa, desatar esse nó e, também, participar do evento de aniversário do possível candidato a governador, neste sábado (26).

Miri e o recado sobre a possível candidatura de Salvaro a vice-governador

O movimento do secretário de Educação vem sendo acompanhado por outros do primeiro escalão que, nas últimas horas, estão dando sinais de que a renúncia de Salvaro é, a cada dia, uma hipótese mais provável. Mais cedo, em entrevista à Rádio Som Maior, o secretário de Saúde, Acélio Casagrande, comentou que, de fato, o prefeito está refletindo sobre o assunto. "O prefeito está sendo convidado por todos os lados e tem tido dias tensos", apontou. Acélio salientou que Salvaro tem ouvido muitas pessoas e deverá tomar sua decisão ao longo do fim de semana.

Salvaro fez uma reunião às pressas com o primeiro escalão nesta quinta-feira (24), antes de partir para Chapecó. No encontro, pediu para que fossem apressadas inaugurações de obras e preparou a equipe para a sua possível renúncia.

Está claro que as candidaturas de João Rodrigues e Clésio Salvaro, além de condicionadas ao aceite de um e outro, estão vinculadas à parceria com o empresário Luciano Hang para concorrer ao Senado. Se toparem a empreitada, João e Salvaro precisarão renunciar às prefeituras de Chapecó e Criciúma até o sábado da semana que vem, 2 de abril. Se abrirem mão dos mandatos, passarão para seus vices Itamar Agnoletto (PP) e Ricardo Fabris (PSD).

Por Denis Luciano 25/03/2022 - 20:40 Atualizado em 25/03/2022 - 20:41

Uma mulher mantinha mais de 90 gatos em sua casa no Bairro Sangão, em Criciúma. O caso chegou ao conhecimento do Núcleo de Bem Estar Animal, que foi ao local efetuar a fiscalização e constatou o precário estado dos bichanos. A dona do imóvel recebeu uma notificação e a orientação de que "desse um jeito" nos gatos. Em seguida, ela partiu acompanhada da filha. O caso já vem se arrastando há algum tempo.

A história começou a se tornar pública a partir de uma postagem de uma mulher no Facebook, faz algumas semanas, pedindo ajuda para tratar gatinhos em situação de abandono e extrema magreza. Uma protetora de animais foi ao local levar ajuda e se deparou com a cena: "fui levar ração para os bichinhos. Eu nunca tinha presenciado algo tão horrível, fiquei desesperada. Tinha um cheiro horrível [na casa], tive que trancar o nariz. Pura pulga pra todo lado. Uma coisa absurda", contou a protetora de animais, que pediu para não ser identificada. 

Um dos gatos que sobreviveu na casa

De pronto, essa pessoa fez contato com a vizinhança. "Duas vizinhas me contaram que alguém fez uma denúncia dessa acumuladora e o Núcleo fez a notificação, mandando elas darem um jeito nos animais. Esse jeito foi pegar uns sacos grandes, colocar os gatos dentro e jogarem no mato, nas bananeiras, em volta. Tinha caveiras de gatos já. Elas [mãe e filha] saíram da casa e deixaram um cachorrinho bem idoso para morrer, quase cego, e alguns gatos que não conseguiram dar fim", detalhou a protetora, horrorizada com as cenas e as informações. "Estava cheio de carcaça de gato morto atrás da residência. Eu nunca imaginei que veria isso de perto", disse.

A protetora contou que alguns gatos foram resgatados da casa. "Consegui resgatar três, dois estão comigo e um já consegui doar", contou. 

Um dos poucos sobreviventes entre os mais de 90 gatos da casa

De posse de todo esse relato, com fotos e detalhes, procuramos o diretor do Núcleo, Cristophe Lima, que assumiu o cargo há poucos dias. Ele não negou o caso mas disse não poder informar detalhes, que isso caberia à Diretoria Executiva de Comunicação (Decom) da prefeitura. Nossa reportagem do 4oito procurou a Decom e não obteve retorno.

Um pouco da grande quantidade de sujeira na casa

 

Por Denis Luciano 27/03/2022 - 21:15 Atualizado em 27/03/2022 - 23:02

Em vídeo que circulou nas redes sociais no fim de semana, o presidente nacional do Partido Republicano da Ordem Social (PROS), Marcos Holanda, anunciou o defensor público estadual Ralf Zimmer como pré-candidato da sigla a governador de Santa Catarina. 

Também neste fim de semana, o Novo confirmou a pré-candidatura de Odair Tramontin a governador. O anúncio da aprovação do promotor de Justiça de Blumenau no processo seletivo do partido foi anunciado no sábado (26) pelas redes sociais do Novo.

A lista de pré-candidatos, de momento, tem:

Republicanos - Carlos Moisés
Progressistas - Esperidião Amin
PDT - Fernando Coruja
PT - Décio Lima
MDB - Antídio Lunelli
Podemos - Fabrício Oliveira
PL - Jorginho Mello
Novo - Odair Tramontin
PSB - Dário Berger
União Brasil - Gean Loureiro
PSD - João Rodrigues e Raimundo Colombo
PROS - Ralf Zimmer

Sobre o PROS

Além de Ralf Zimmer para governador, Marcos Holanda anunciou o advogado Jeferson Rocha como presidente do partido em Santa Catarina. O PROS está alinhado com a busca da reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Em maio de 2021, conforme apontou Hora Brasília, Jeferson "ajudou a organizar a mobilização nacional que levou mais de 200 mil produtores rurais a Brasília em defesa da liberdade e contra as políticas de lockdown, por um Supremo Tribunal Federal decente e um Senado altivo, reclamando moralidade e investigação dos abusos cometidos por Governadores e Prefeitos contra as liberdades individuais dos cidadãos brasileiros". Ele é um dos idealizadores do Movimento Brasil Verde e Amarelo.

Ralf Zimmer, pré-candidato do PROS a governador

Sobre Ralf Zimmer, ele foi candidato a deputado federal em 2018 pelo PSDB. Fez 2.596 votos. Como defensor público estadual, deverá se licenciar em julho para concorrer a governador. Zimmer ganhou notoriedade ao propor o primeiro dos processos de impeachment contra o governador Carlos Moisés e a vice Daniela Reinehr. A razão foi a concessão dos reajustes salariais para procuradores do Estado. Nas falas durante o processo, na Alesc, fez contundentes falas contra o que chamou de crimes de responsabilidade tanto do governador quanto da vice.

Por Denis Luciano 28/03/2022 - 08:25 Atualizado em 28/03/2022 - 09:19

O prefeito Clésio Salvaro anuncia às 12h, em reunião com a Executiva Estadual do PSDB em Florianópolis, que será ou não candidato a vice-governador na chapa de João Rodrigues (PSD).

Ele chegou por volta das 8h no Paço Municipal. Está agora reunido com os secretários de Governo, Vagner Espindola, e de Saúde, Acélio Casagrande, e com o vereador Nícola Martins (PSDB), líder do Governo Salvaro na Câmara.

Conversamos rapidamente. Perguntei: prefeito, decisão tomada? Salvaro disse que não. Que ainda tem quatro telefonemas a fazer, e que anunciará sua decisão de concorrer ou não na reunião da Executiva tucana às 12h.

As ligações são para o empresário Luciano Hang, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, o presidente estadual dos tucanos e prefeito de Concórdia, Rogério Pacheco, e o prefeito João Rodrigues.

No Paço, o sentimento é que Salvaro não vai. Há duas faixas #FicaSalvaro nos acessos aos estacionamentos. No caminho entre o estacionamento e o gabinete, Salvaro encontrou uma servidora. Disse ela: "não podemos perder esse homem". No que ele respondeu: "a cidade vai ficar em boas mãos".

Mesmo assim, tudo indica que Salvaro fica.

Saiba mais no vídeo abaixo:

 

Por Denis Luciano 28/03/2022 - 12:28 Atualizado em 28/03/2022 - 13:05

O prefeito Clésio Salvaro cumpriu duas agendas rápidas no Paço Municipal na manhã desta segunda-feira (28), antes de partir em direção a Florianópolis. Ele ainda tem como tópico número 1 da sua agenda neste início de semana a definição sobre a possível candidatura a vice-governador do Estado. A tendência segue sendo de uma resposta negativa ao assédio do prefeito João Rodrigues (PSD), de Chapecó, que seria o candidato a governador na chapa.

Salvaro manteve uma conversa assim que chegou na prefeitura com dois secretários, Vágner Espíndola (de Governo) e Acélio Casagrande (da Saúde) mais o vereador Nícola Martins, líder do governo na Câmara. Em seguida, tratou de assuntos do Hospital São José com a diretoria da entidade.

Logo após, partiu para Florianópolis. Nesse começo de tarde, conversa com deputados do partido, entre os quais a deputada federal criciumense Geovania de Sá. Com todos, troca ideias sobre os prós e contras de uma candidatura. Dos quatro telefonemas que disse pela manhã que precisava fazer, Salvaro a princípio só fez um, ainda na prefeitura, com o presidente estadual do PSDB, Rogério Pacheco. Ainda estão na sua agenda os contatos com o empresário Luciano Hang, com o prefeito João Rodrigues e com o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo.

Leia também - Salvaro faz últimos contatos e anuncia decisão às 12h

É aguardado com expectativa, também, o discurso que Salvaro fará à noite, no ato de posse da nova diretoria da Associação Empresarial de Criciúma (ACIC). É possível que, durante o ato, ele coloque o seu futuro político. Quando conversou conosco pela manhã, na chegada ao Paço, Salvaro deixou claro que sua decisão sobre renunciar ou não ainda não estava tomada, e que dependia dos contatos que faria ao longo da manhã. A qualquer momento, ele deve anunciar sua decisão à Executiva Estadual tucana.

No Paço seguem as faixas do Fica Salvaro

 

Por Denis Luciano 28/03/2022 - 15:33 Atualizado em 28/03/2022 - 17:16

Sem surpresas. Foi assim que a grande maioria recebeu, na tarde desta segunda-feira (28), a decisão de Clésio Salvaro (PSDB), de continuar prefeito de Criciúma até o fim de 2024. Ao abrir mão do convite de João Rodrigues (PSD), para compor chapa ao governo, Salvaro tomou de fato uma decisão corajosa, como ele próprio frisou em nota divulgada nesta tarde.

Afinal, vários sinais indicavam que era "o cavalo encilhado" de Salvaro. Mas algo faltou para dar base à empolgação que fez Salvaro pegar um jatinho na semana passada e ir até Chapecó. Ele não se abalou ao Oeste por acaso. Ele quis ser candidato a vice e anteviu chances até de vitória.

Mas faltou algo. Faltou o apoio em casa. Dona Adriana, a primeira dama, e seu Armelindo, o pai de Clésio, foram contrários. E fizeram até uma enquete em família. E na enquete o "Fica Salvaro" teve 14 votos. O "Vai Salvaro", 5 votos, conforme anunciou o Adelor Lessa mais cedo em seu blog.

E faltou Luciano Hang. Está claro que o empresário não foi enfático na sua candidatura ao Senado, e potencializou isso ao anunciar, nas redes sociais, que volta da Itália na quarta-feira (30) para continuar trabalhando com suas lojas. Logo, está evidente que deve abrir mão de concorrer.

Sem Hang e sem a família, Salvaro optou por esperar. Ele já disse, certa vez, que ainda estará jovem em 2026. Resta saber se o cavalo vai continuar encilhado.

Por Denis Luciano 30/03/2022 - 00:43 Atualizado em 30/03/2022 - 00:59

A CBF anunciou na noite desta terça-feira (29) o desdobramento das seis primeiras rodadas da Série B do Campeonato Brasileiro. E com surpresa para o Criciúma. O jogo diante do CSA, que seria a estreia na primeira rodada em Maceió, foi transferido para 4 de maio, uma quarta-feira, às 21h.

Com isso, a estreia do Tigre será na segunda rodada, no dia 14 de abril, uma quinta-feira, enfrentando o Londrina no estádio Heriberto Hülse às 20h. Na sequência, o Criciúma jogará seu segundo jogo, válido pela terceira rodada, no dia 23 de abril, um sábado, às 11h, contra o Sport Recife, novamente no Majestoso.

A primeira partida efetiva do Criciúma fora de casa na Série B será a terceira, válida pela quarta rodada, quando enfrentará o Guarani em Campinas no dia 27 de abril, uma quarta-feira, às 21h, no estádio Brinco de Ouro. Em seguida, no dia 1º de maio, um domingo, o Criciúma volta ao Heriberto Hülse para receber o Novorizontino às 11h.

Daí vem a partida diante do CSA, pela primeira rodada, que será na prática o quinto jogo do Criciúma, na quarta-feira, 4 de maio, em Maceió. Logo após, já pela sexta rodada, o compromisso será no sábado, dia 7, às 16h30min, frente ao Operário em Ponta Grossa.

Trocando em miúdos, a tabela apertou e ficou ruim para o Criciúma nessas seis primeiras rodadas. Em um espaço de 23 dias, fará seis partidas. Das três em casa, duas serão às 11h. E, pela transferência da partida com o CSA, terá um jogo em Maceió e outro em Ponta Grossa separados por apenas três dias.

Por outro lado, o Criciúma ganhou alguns dias a mais de preparação, já que estrearia no dia 8 ou 9 e passou para 14. São mais duas semanas depois do jogo-treino desta quarta, frente ao São José, até pegar o Londrina na arrancada da campanha. As mudanças na primeira rodada envolveram jogos de CSA e CRB por conta da tabela da fase decisiva do Campeonato Alagoano.

Abaixo, a tabela completa das seis primeiras rodadas:

 

Por Denis Luciano 30/03/2022 - 21:25 Atualizado em 30/03/2022 - 21:40

É questão de horas para o anúncio. O Criciúma está contratando um meia com forte vocação ofensiva e muitos gols marcados nas últimas temporadas. O presidente Anselmo Freitas traçou o perfil do reforço em entrevista à Rádio Som Maior na noite desta quarta-feira (30), durante o jogo-treino no qual o Tigre perdeu por 2 a 1 para o São José no Heriberto Hülse. Só faltou dizer o nome.

Contou que em 2022 ele disputou nove partidas e marcou um gol em um Estadual. O meia Thiago Alagoano fez isso, defendendo a Inter de Limeira no Campeonato Paulista. E Anselmo relatou que em 2021 o novo reforço tricolor balançou as redes "14 ou 15 vezes". Thiago fez 14 em 53 jogos pelo Brusque.

Leia também - Criciúma está contratando goleador, anuncia presidente

E o dirigente deu outra pista. Que em 2020 o novo contratado do Tigre marcou 21 gols em pouco mais de 40 jogos. De fato, foram 21 gols que Thiago assinalou, em 41 partidas, também pelo Brusque. Só faltou dizer o nome mesmo. "É um atleta que vem para somar, a torcida vai ficar muito satisfeita", garantiu o presidente. "Mas a gente só anuncia quando o contrato estiver assinado", completou.

Thiago Alagoano no Brusque

Já fez quatro gols no Tigre

Thiago Alagoano tem histórico contra o Criciúma. Como adversário, disputou cinco partidas e marcou quatro gols, todos pelo Brusque. Foram três na campanha da Série C de 2020 e um no Catarinense do ano passado.

A ficha

Luiz Carlos Marques Lima, o Thiago Alagoano, tem 32 anos, é alagoano de Delmiro Gouveia. Começou a carreira em 2008 no ASA de Arapiraca, no qual jogou até 2012, quando transferiu-se para o Horizonte, do Ceará. Defendeu o Baraúnas (RN) em 2013 e o Jacuipense (BA) em 2014. Nesse mesmo ano foi emprestado ao Jeju United, da Coreia do Sul.

Thiago Alagoano na Inter de Limeira

Voltou para o Brasil em 2015, passando por Colo Colo (BA) e Coruripe (AL). Em 2016 defendeu Cruzeiro de Porto Alegre (RS) e River (PI). Em 2017 jogou no Joinville e foi para o Inter de Lages em 2018. Defendeu o São Luiz (RS) em 2019 e, na mesma temporada, chegou no Brusque, já arrancando com 15 gols em 31 jogos. Continuou no Brusque em 2020 e 2021, totalizando 50 gols em 125 jogos. Transferiu-se para a Inter de Limeira nesta temporada.

Confira a entrevista do presidente Anselmo Freitas à Som Maior no podcast:

 

Por Denis Luciano 01/04/2022 - 06:30 Atualizado em 01/04/2022 - 07:10

A história é escrita pelos vencedores. Fato. E quem venceu em 64 optou por registrar nos livros que o golpe militar era uma Revolução. Assim, maiúscula. E que aconteceu no dia 31 de março, a data que foi consagrada nos anais. Mas na verdade o golpe é da madrugada de 1º de abril.

"A encrenca aconteceu dia 1º de abril, mas a data não seria sugestiva por ser o Dia da Mentira", confirma Archimedes Naspolini Filho. Ele é uma das testemunhas da história que chamamos para recontar aqueles dias no programa Conexão Sul deste 31 de março, quinta-feira, na Rádio Som Maior. Além dele, compartilharam memórias conosco o ex-deputado Manoel Dias e o professor e radialista Laenio Ghisi. Cada um viveu aqueles tempos da sua forma, nos seus ambientes.

Essa é a Rui Barbosa, a rua das rádios onde o Exército muito andou naqueles tempos.
À direita, o Centro Empresarial Diomicio Freitas onde, entre os anos 50 e 70,
operou a Rádio Eldorado. Foto: Denis Luciano

Algo estava no ar

"Eu tenho saudades dos meus 21 anos. No final de março de 64 já se esperava que alguma coisa acontecesse, tal o tamanho da ebulição política que acontecia de norte a sul", relata Archimedes. "Dia 31, à frente Magalhães Pinto e Carlos Lacerda, governadores de Minas Gerais e Guanabara, eclodiu o movimento que acabou com a deposição de João Goulart".

Para Archimedes, a maioria em Criciúm apoiou o novo regime. "Não vou dizer que houve unanimidade da sociedade a favor do que estava acontecendo, da revolução, do movimento que resultou na chegada dos militares ao poder. Não houve unanimidade pois meia dúzia se opôs àquele movimento até fugindo da cidade pela possibilidade de serem presos. A cidade vivia esperando que acontecesse alguma coisa, a desordem imperava no Brasil".

A força do movimento sindical em Criciúma ajudou a tornar a cidade um alvo de atenção privilegiada dos militares. "O movimento sindical em Criciúma, Joaçaba, Chapecó, Joinville era muito acentuado, especialmente em Criciúma, onde o movimento sindical era a terceira força da cidade e em função disso o PTB comandava as ações".

À época, Archimedes era servidor da prefeitura, no mandato do prefeito Arlindo Junckes (PSD). O prefeito, o padre da paróquia e o comandante das tropas que vieram para Criciúma naqueles primeiros dias de abril comandavam a Criciúma do pós-golpe. "Era ele [o prefeito], padre Estanislau [Cizeski, pároco da Igreja Matriz São José], um coronel que veio de Blumenau, com ele veio um grupo de militares que se acantonou nas imediações da Cecrisa, aquilo era um descampado total, não havia uma casa em volta, onde temos hoje o Bairro Presidente Vargas. Foi por ali que o Exército permaneceu por um tempo razoável".

Archimedes lembra que raramente se viu evento público tão prestigiado quanto a festa convocada pelos militares para comemorar o êxito da chamada revolução. "A população foi chamada às ruas para festejar a derrubada do governo de Jango e a chegada dos militares. Foi um desfile que não se fez mais igual em Criciúma. Ainda tenho na retina o que aconteceu. Eu estava no terceiro andar do Café Rio, Edifício Dom Joaquim, onde era a direção da União dos Estudantes Secundaristas de Criciúma, o presidente era Eno Steiner. O desfile começou na pracinha do Imigrante, na 6 de Janeiro, e da 6 de Janeiro até onde está a delegacia regional hoje havia um movimento repleto de cabeças em regozijo pelo movimento".

Não demoraram para ocorrer as primeiras prisões. "Imediatamente começaram a ser buscadas e presas aquelas pessoas tidas como lideranças trabalhistas, lideranças do PTB e do Partido Comunista que estava na clandestinidade, as forças que agora dominavam a política foram em busca dessas pessoas. Transformaram uma ou duas salas do Lapagesse em presídios e depois as dependências do Plano do Carvão Nacional, hoje Centro Cultural Jorge Zanatta. Ali foi o QG das prisões. Levava-se para o Lapagesse para uma triagem e do Lapagesse mandava-se ali para o Plano do Carvão ou direto para Curitiba".

Esse prédio era menor nos anos 60, quando a Eldorado falava dali

Em 65, com o golpe completando um ano, Archimedes começou a trabalhar no rádio, na extinta Difusora, e elegeu-se vereador em primeiro mandato pela Arena. 

Maneca, duas vezes cassado

Manoel Dias era uma jovem liderança trabalhista de Criciúma quando elegeu-se vereador para a primeira legislatura da recém emancipada Içara. "Eu era vereador em Içara, na primeira legislatura do município. O país que estava sendo governado por um presidente trabalhista, o Brasil crescia 8% naquele período, era um momento importante e o golpe que se confirmou no dia 1º de abril se percebeu muito aqui. Criciúma sempre foi um centro destacado, era uma luta constante em defesa de um país justo, igual, democrático, infelizmente tivemos esse retrocesso que durou 21 anos mas que recuperou-se depois, a democracia".

Maneca lembra da chegada dos militares vindos de Blumenau para Criciúma. "Criciúma, como tinha muita fama, o Exército não chegou no começo, não tinha guarnição, veio pessoal de Blumenau. Quando chegaram em Criciúma, chegaram na praça e prenderam todos que estavam por ali, envolvidos ou não. Eu fiquei um mês andando por aí e fui preso depois e permaneci preso por 10, 11 meses, ali na sede do Plano Nacional do Carvão".

Preso, acabou perdendo o mandato. "Quando fui preso, o Exército mandou para a Câmara um ofício avisando que eu estava preso por suspeita de atividades subversivas. A Câmara não instaurou processo regular, simplesmente reuniu-se e me cassou o mandato. Tinha dois companheiros do PTB mas o terror que se instalou na época, ninguém tinha coragem de fazer qualquer enfrentamento. A Câmara me cassou sem instaurar um processo".

Onze meses depois, libertado, Manoel foi em busca do seu mandato na Justiça. E conseguiu. "Quando fui solto, entrei na Justiça, ganhei mandado de segurança e voltei em dezembro. Em janeiro fui eleito presidente da Câmara pelos mesmos que me cassaram. Eu renunciei, disse que não aceitava ser presidente de uma Câmara que me cassou sem um processo sequer. Fiquei até o fim do mandato, daí o PTB elegeu o prefeito Nery Rosa em Criciúma e eu fui trabalhar com ele. Só tinha uma secretaria, eram departamentos".

Com o golpe consolidado, Manoel ainda elegeu-se deputado estadual em 65. E acabou cassado novamente. "Passou o tempo até que chegou a eleição de 65, eu já estava no MDB, e todos que atuavam dentro PTB foi para o MDB. Me elegi deputado estadual e permaneci até 1969. Em 69, final do ano, baixaram o AI-5, era presidente o marechal Costa e Silva, ele ficou doente. Sob a alegação de ordem e disciplina baixaram o AI-5 que restabeleceu a cassação de mandatos que estava suspensa pela nova Constituição de 67. Aí em 69 eu fui cassado como deputado estadual, cassado por 20 anos".

Ele lembra que, naqueles tempos, era comum deputados cassados elegerem as esposas. "Mas a minha mulher Dalva estava grávida e não quis. O meu concunhado Murilo [Sampaio Canto] foi candidato a estadual e meu cunhado Walmor [de Lucca] concorreu a federal. Os dois se elegeram".

Manoel Dias foi deputado estadual até 1969, quando foi cassado

Já ligado ao trabalhismo de Jango e Brizola, Maneca recorda o quanto  o ex-governador gaúcho, cunhado do presidente da República, quis resistir à deposição. "Foram anos difíceis. Perdemos. O Jango não quis resistir. Ele tinha maioria, teria condições de fazer o enfrentamento mas não quis, embora o Brizola tenha tentado incentivado a reação ao golpe".

Dos tempos que esteve preso em Criciúma, quase um ano, Maneca não recorda de ter sofrido torturas físicas. Mas sim psicológicas. "Éramos uns 50 presos, ficávamos naquelas salas, quatro ou cinco em cada sala. A gente ficava ali conversando entre nós, rindo e tudo, mas sem nenhum ato de tortura física". 

Por fim, mesmo com golpe cassando dois mandatos seus nos anos 60, Manoel Dias segue firme. "Eu tenho 70 anos de militância partidária, nunca mudei de partido, sempre defendi os mesmos princípios, sonhando com um país mais justo, mais igual"

Nas ondas do rádio

Criciúma dependia muito do rádio para se informar. E uma das primeiras vítimas do regime militar em Criciúma foi justamente o dial. O 31 de março foi uma terça-feira. Na quinta, 2 de abril, a Rádio Difusora era calada. Também pudera. Conta a história que por volta das 4h da madrugada de 1º de abril, já cientes do golpe em Brasília, dirigentes do Sindicato dos Mineiros foram às minas sugerir greve, e usaram os microfones da rádio para fazer o mesmo.

"As duas rádios ficavam na mesma rua, a Rui Barbosa. A Eldorado era um edifício de três andares, a rádio era no terceiro andar. Na mesma rua, um pouco à frente, hoje é a joalheria Vitorette, em cima era a Difusora. Havia auto falantes ali, colocavam hinos militares, discursos do Brizola chamando os povos às ruas", confirma Laenio Ghisi, que como radialista atuou nas duas emissoras de Criciúma naqueles tempos, a Eldorado e a Difusora.

"O pessoal do sindicato passava por ali. Na Eldorado, a porta fechada, a gente para entrar tinha que bater, havia uma preocupação com a segurança do pessoal da rádio. Colocaram um segurança ali para a gente poder trabalhar", lembra.

"A Eldorado tinha programação normal, com noticiários do Rio, São Paulo, Porto Alegre, a gente copiava as notícias de outras rádios. A Difusora tinha uma população voltada mais a discursos do Brizola, marchas militares e hinos chamando a população às ruas", detalha.

Laenio conta que, pela influência de Diomicio e da família Freitas, que era proprietária da emissora, a Eldorado era um lugar seguro. "Eu era um adolescente de 15 anos. Eu comecei a trabalhar na Eldorado com 10 anos, eu ia chorando abrir a rádio. Quando a gente entravana rádio e fechava a porta, a gente se sentia seguro, lá em cima estavam o Diomicio Freitas e os seus irmãos que acompanhavam as rádios de Rio e São Paulo para ter informações". 

Na parte superior desse prédio operou
a Rádio Difusora por alguns meses na Rui Barbosa

O antigo radialista recorda a chegada dos militares no Centro. "Eu lembro da chegada do Exército ocupando a praça Nereu, foram para cima da laje da Galeria Bristot, onde depois funcionou a Difusora. Lá em cima não tinha telha, era uma laje, lá ficaram os militares com aquelas armas direcionadas para a praça Nereu Ramos". E com tanta vigilância, qualquer rodinha que se formava na praça ou nas ruas era razão para intervenção. "Se juntava mais de duas pessoas eles mandavam espalhar. Ficou um ambiente de nervosismo no ar".

 

Por Denis Luciano 03/04/2022 - 20:27 Atualizado em 03/04/2022 - 20:32

O fim de semana foi de festa de título para nove torcidas pelo Brasil. No sábado, comemorações em Santa Catarina, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Neste domingo, no Paraná e em São Paulo. 

Campeões do fim de semana:
Palmeiras - campeão paulista
Fluminense - campeão carioca
Atlético - campeão mineiro
Grêmio - campeão gaúcho
Coritiba - campeão paranaense
Brusque - campeão catarinense
Atlético - campeão goiano
Cuiabá - campeão matogrossense
Manaus - campeão amazonense

Na semana que está chegando, serão mais cinco campeões. Na quarta-feira (6) será conhecido o campeão no Pará. No sábado (9) saem os campeões de Sergipe e Distrito Federal. No domingo (10), faixas no peito nos melhores de Bahia e Tocantins.

Os Estaduais acabando indicam: o Campeonato Brasileiro está chegando.

Os campeões de sábado

O Grêmio foi campeão gaúcho pela 41ª vez na história ao derrotar o Ypiranga de Erechim por 2 a 1 em Porto Alegre. Bruno Alves e Rodrigues fizeram os gols gremistas. Erick descontou. Os gremistas já haviam vencido na ida por 1 a 0.

Torcida do Grêmio fez a festa

Com a conquista, o Grêmio se aproxima do rival no ranking histórico de títulos. O Inter, que não é campeão estadual desde 2016, tem 45 títulos, quatro a mais que o Grêmio, que sagrou-se pentacampeão. Só deu tricolor de 2018 para cá no Rio Grande do Sul. Em 2017 a taça foi do Novo Hamburgo.

No Rio de Janeiro, deu Fluminense: 1 a 1 com o Flamengo. Gabriel Barbosa anotou o gol rubro negro e Germán Cano igualou. O Flu, que havia vencido por 2 a 0 na ida, chegou ao 32º título estadual. O Flamengo soma 37 conquistas. São 24 do Vasco e 21 do Botafogo.

No Rio, deu Fluminense

Em Minas Gerais, a final foi em jogo único e o Atlético bateu o Cruzeiro por 3 a 1, com gols de Hulk, duas vezes, e Nacho Fernández. Edu descontou. Agora, são 47 títulos do Galo, que chegou ao tricampeonato, contra 38 conquistas do Cruzeiro e 16 do América.

O Cuiabá chegou ao décimo primeiro título em Mato Grosso ao golear o União Rondonópolis na final, 4 a 0. Na ida já havia vencido por 3 a 2. Pepê, Alesson, Marllon e Valdívia fizeram os gols. O maior campeão no Mato Grosso é o Mixto, que tem 23 títulos, o mais recente em 2008. O segundo colocado no ranking é o Operário de Várzea Grande, que tem 12 títulos, o último em 2002.

Ainda no sábado, o Atlético confirmou a conquista em Goiás batendo o Goiás na final por 3 a 1. Já havia ganho na ida, 1 a 0. Nicolas, ex-Criciúma, fez o gol do Goiás, que saiu na frente, mas o Atlético virou com Marlon Freitas, Wellington Rato e Shaylon. O Goiás segue como maior campeão com 28 taças, contra 16 do Atlético e 15 do Vila Nova.

O Manaus foi campeão amazonense pela sétima vez, a segunda consecutiva. Na final, neste sábado, bateu o Princesa do Solimões por 2 a 1.

E teve o Brusque, claro, bicampeão catarinense exatos 30 anos depois da primeira conquista, com o 0 a 0 diante do vice-campeão Camboriú no Augusto Bauer.

Leia também - Após 30 anos, Brusque é campeão catarinense

Os campeões de domingo

O Palmeiras virou a vantagem do rival São Paulo, ganhou por 4 a 0 e sagrou-se campeão paulista. Os gols da goleada foram de Danilo, Zé Rafael e Raphael Veiga, duas vezes. Na ida, o São Paulo havia vencido por 3 a 1.

Palmeiras goleou o São Paulo

O Corinthians segue como o maior campeão paulista com 30 conquistas. O Palmeiras chegou ao 24º título. São 22 do São Paulo e 22 do Santos.

E o Coritiba faturou o Paranaense. Na decisão, goleou o Maringá por 4 a 2, com gols de Alef Manga, Igor Paixão duas vezes e Léo Gamalho. Matheus Bianqui e Gui Sales descontaram para o vice-campeão Maringá. O Coritiba chegou a 39 conquistas no Paranaense. O Athletico tem 26.

Coritiba, campeão paranaense

Os campeões da semana

Na próxima quarta-feira (6) será conhecido o campeão paraense, com a final no clássico entre Paysandu e Remo. O Paysandu vai em situação difícil já que na partida de ida, neste domingo, o Remo goleou por 3 a 0.

No sábado (9), mais duas finais. Sergipe x Falcon vão decidir o Campeonato Sergipano depois da partida de ida, que será nesta quarta. Ceilândia x Brasiliense farão a final no Distrito Federal. Na ida, neste sábado, o Brasiliense ganhou por 2 a 1.

No domingo (10), mais dois campeões serão conhecidos. Jacuipense x Atlético de Alagoinhas decidem o Baiano. Na ida da final, neste domingo, empate em 1 a 1. Em Tocantins, Tocantinópolis x Interporto fazem a decisão. No primeiro jogo, neste sábado, empate em 0 a 0.

Como vão os demais

Doze campeonatos estaduais ainda estão em andamento. No Ceará, a decisão está marcada. O primeiro confronto entre Caucaia e Fortaleza será no próximo domingo. No dia 23 acontece a finalíssima.

Alagoas, Piauí e Maranhão estão nas semifinais. No Mato Grosso do Sul, hexagonal final. Em Pernambuco e Espírito Santo, quartas de final vão sendo jogadas. Na Paraíba, primeira fase. No Rio Grande do Norte, vai acontecer a decisão do returno.

Em Rondônia, semifinal. No Acre, segundo turno continua. Em Roraima, vamos para a final do turno.

E tem um Estadual que ainda não começou. É no Amapá, onde a bola vai rolar em 28 de abril com oito clubes na luta pelo título.

Por Denis Luciano 04/04/2022 - 12:28 Atualizado em 04/04/2022 - 12:31

Criciúma tem sete ex-prefeitos vivos. O mais antigo, Ruy Hülse, completou 96 anos em fevereiro. O segundo mais longevo, Nelson Alexandrino, está aniversariando nesta segunda-feira (4). Nascido em Imaruí em 4 de abril de 1932, e residindo atualmente em Florianópolis, Alexandrino comemora 90 anos.

Com a família, o pequeno Nelson chegou em Criciúma com apenas 3 anos, em 1935. Elias Angeloni era prefeito na época. Logo, o jovem nutriu o sonho de ser prefeito da cidade. E para chegar lá, adotou a estratégia de se aproximar dos caciques do período na política local.

Não demorou e construiu afinidade com o Partido Social Democrático (PSD), que preponderou no comando do município naqueles tempos, com Addo Caldas Faraco, Paulo Preis, Luiz Lazzarin e outros. Foi próximo desses líderes, e ganhando a confiança até dos próceres estaduais pessedistas (ficou amigo da família Ramos) que Nelson Alexandrino construiu caminho para ser vereador por duas legislaturas nos anos 60.

Nelson Alexandrino em novembro de 2018, em Criciúma
Foto: Guilherme Hahn / Arquivo / 4oito

Estava aberto o caminho para ser prefeito de Criciúma. Mas ele chegou lá de uma maneira diferente do planejado. Afinal, veio o regime militar e o bipartidarismo. Pessedistas e udenistas abrigaram-se, maioria absoluta, sob o guarda-chuva da Arena. Petebistas e outros opositores tomaram o rumo do MDB. Alexandrino seria, naturalmente, Arena. Certo? Nem tanto.

Daí apareceu João Sônego na vida de Nelson Alexandrino. Líder esquerdista, grande nome do rádio e liderança reconhecida, Sônego estava com imensas dificuldades para montar a lista do MDB para a sucessão de Ruy Hülse em 69. Eis que, depois de muito insistir, convenceu Alexandrino a migrar para o MDB e ser lançado candidato a prefeito. Numa luta de tostão contra milhão, no pleito que marcou a estreia da figura do vice-prefeito, a chapa Nelson Alexandrino e João Sônego venceu a Arena com Francisco Canziani e chegou lá.

Alexandrino na época em que foi prefeito, de 70 a 73

"Ninguém acreditava na gente", lembrou Alexandrino em sua última vinda a Criciúma. Foi em novembro de 2018, quando ele recebeu uma moção de aplauso na Câmara, proposta pelo saudoso vereador Júlio Colombo. No dia seguinte ao evento no Legislativo, Alexandrino esteve no Programa Adelor Lessa, na Rádio Som Maior. No bate papo, contou detalhes daquela eleição de 69, a relação com João Sônego, as dificuldades enfrentadas na prefeitura e as conquistas alcançadas naqueles três anos de gestão do MDB.

Depois de Alexandrino, vieram Algemiro Manique Barreto, Altair Guidi e José Augusto Hülse, os três falecidos nos últimos anos. Após, os ainda vivos: Eduardo Moreira, Paulo Meller, Décio Góes, Anderlei Antonelli e Márcio Búrigo.

O ex-prefeito na homenagem recebida em 2018 na Câmara

Relembre a entrevista de Nelson Alexandrino à Som Maior em novembro de 2018 no podcast:

 

Por Denis Luciano 07/04/2022 - 20:20 Atualizado em 07/04/2022 - 20:23

Naquela zapeada pelas redes sociais, são sempre imperdíveis as postagens do icônico Archimedes Naspolini Filho. Nosso ex-cronista diário de retumbante sucesso por anos a fio aqui na Som Maior, comentarista atilado de qualquer fato do cotidiano, homem de incontestável bagagem cultural, que conversa sobre temas incontáveis com desenvoltura incrível, o Archimedes também é atento aos temas corriqueiros do cotidiano.

Mas corriqueiros que podem fazer a diferença. Senão vejamos. O alerta que o Archimedes compartilhou nesta quinta-feira em seu Facebook é mais do que oportuno. É um caso de saúde pública. Ele pode ter evitado alguém de quebrar uma perna em plena via pública, ou sofrer algo ainda pior... basta ver a foto abaixo:

E em seguida, o que não mandou avisar, mas sim escreveu o professor Archimedes:

Caminhando, hoje, cedo: aos fundos, árvores da Nereu Ramos.

Agora, olha aqui, no primeiro plano, aos teus pés: o tampo da caixa de passagem quebrou, abriu uma "senhora" fenda e o pedestre é alertado por um pedaço de papelão e um resto de cabo de vassoura.

Triste, mas verdadeiro!

Imagina o tamanho do ferimento de um desavisado que pise nessa fenda...

Copyright © 2025.
Todos os direitos reservados ao Portal 4oito