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DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Denis Luciano 09/04/2022 - 17:15 Atualizado em 09/04/2022 - 17:20

O sábado foi de euforia no estádio Mário Balsini. O tão aguardado gramado, adquirido junto a uma empresa de São Paulo, finalmente chegou. E vem por etapas. A primeira remessa foi descarregada da carreta que trouxe pela manhã e o volumoso grupo de voluntários começou o plantio.

Essa primeira remessa já está toda colocada. O presidente Israel Alves liderou o grupo que começou o plantio. Na turma, ainda, jogadores da base, dirigentes, torcedores e até o técnico Emerson Cris.

Neste domingo chega a segunda carreta. Outras duas são aguardadas para a próxima terça-feira.

O presidente está confiante de que o Próspera vai conseguir jogar o segundo turno da Série D no Mário Balsini, em julho. São quatro partidas. "Vamos conseguir sim", afirma.

Tomara! O fator local foi fundamental para o rebaixamento do Próspera no Catarinense.

 

Por Denis Luciano 11/04/2022 - 10:50 Atualizado em 11/04/2022 - 10:53

Nos anos 70 e 80, a agitação sindical de Criciúma e região tinha como epicentro o Sindicato dos Mineiros, na Avenida Getúlio Vargas. Erguido pouco antes disso para ser um polo sindicalista, foi concebido com diversas salas. A meta era estabelecer não somente a representação sindical dos mineiros, mas também de outras categorias ali. O projeto fez água com o tempo mas, por anos a fio, a força dos trabalhadores da mineração de carvão esteve ali representada.

Com o declínio da atividade mineradora em Criciúma, e a consequente expansão para outros municípios, colaborou para um declínio do sindicato em si. A redução da massa trabalhadora, com a mecanização das frentes de lavras, também levou a essa queda aguda nas últimas décadas.

Fotos e vídeos: Denis Luciano / 4oito

Por último, o Sindicato dos Mineiros de Criciúma vinha contando com cerca de 700 associados, trabalhadores de minas da região. E as dívidas se avolumavam. Com isso, a atual diretoria encontrou uma solução: vender a antiga sede por R$ 4 milhões. Assim foi feito. A Construtora Corbetta comprou.

Há poucos dias, na virada de março para abril, as aberturas do prédio foram removidas, à exceção da porta principal do antigo sindicato. De resto, as dezenas de salas na Getúlio Vargas e na rua Ari Barroso estão escancaradas, expostas, com seus interiores repletos de sujeira, detritos, restos. A história recente dessas salas está contada ali, entre os entulhos.

Na primeira sala localizada na extrema do prédio pela Ari Barroso, funcionava um consultório médico e odontológico do próprio Sindicato dos Mineiros. O que restou ali dentro mostra isso. No antigo gabinete dentário, até um velho equipamento resta atirado ao chão.

Na sala de espera, uma TV fixada na parede sobreviveu à limpa, ao menos por enquanto. E pouco abaixo, um guichê de atendimento com as recomendações aos pacientes em cartazes nas paredes ainda resiste.

Nas demais salas, há churrasqueiras, banheiros e, na esquina, o que restou de um bar, que por anos a fio operou ali. O balcão do bar e até algumas garrafas e prateleiras ainda jazem por ali, contando a história de um dos muitos ocupantes.

Descendo pela Getúlio Vargas em direção ao Centro, destaque para a sala que ultimamente era ocupada pela Central Única das Favelas, a Cufa. É o interior de salas com melhor sinal de organização, embora a muita sujeira. As paredes adaptadas para uma casa noturna ainda está ali, até com a bilheteria do pequeno pub que existiu por último naquele espaço.

Nas demais salas, sinal de que bares e lugares que vendiam bilhetes de loteriais resumem um pouco das funções finais dos espaços agora desocupados.

Sobre o fim do prédio, ele está bem próximo. É questão de dias. A demolição já está planejada pela construtora, que ainda guarda a sete chaves o projeto futuro. Certamente, vem aí algum empreendimento mobiliário que tirará proveito da excelente localização do prédio, a poucos quarteirões da Praça Nereu Ramos.

O terreno ocupado equivale a uma parcela significativa de todo o quarteirão. Será o início do fim do Sindicato dos Mineiros? Na realidade, não. Com o dinheiro arrecadado, a dívida de R$ 1,7 milhão com o INSS está paga. Os R$ 300 mil devidos em impostos municipais, idem. E o restante, o presidente Djonatan Elias investe no novo salto do Sindicato dos Mineiros: a estadualização.

Com a autorização pelo Ministério do Trabalho para incorporação de outras classes laborais, como trabalhadores de extração de outros minérios em praticamente toda Santa Catarina, a base territorial saltará dos 700 atuais para mais de 18 mil trabalhadores. Com isso, o sindicato terá uma nova sede em Florianópolis e uma subsede em Criciúma. Pelo visto, é o início de um novo início para o velho sindicato.

Por Denis Luciano 11/04/2022 - 13:35 Atualizado em 11/04/2022 - 13:42

Há exatamente um ano, na manhã de 11 de abril de 2021, morria em Criciúma o ex-vereador Júlio Colombo.

Com 57 anos, ele foi vitimado pela Covid-19 e vinha sofrendo com comorbidades como a diabetes, que o acometia havia alguns anos.

Júlio era advogado eficiente, dono de grande clientela e liderança destacada do Rio Maina, de onde arrancou com grandes votações nas eleições de 2012 e 2016, quando elegeu-se por PP e PSB, respectivamente. 

Chegou a presidir a Câmara entre 2017 e 2018. Migrou para o PL, pelo qual concorreu em 2020, ficando na suplência. Era sua última eleição. 

A irmã de Júlio, Ângela, postou uma homenagem em suas redes sociais nesta segunda-feira (11). Confira:

Querido irmão!

Hoje faz 365 dias sem a tua presença física, a saudade é grande, não cabe no peito e me vem lembranças…

Lembranças daquele menino lindo e paparicado pelas manas velhas e que recebeu o nome do nono: Júlio Cézar. Para os amiguinhos de futebol eras o Pilica. Para os sobrinhos o tio Teto.

Lembranças de um jovem flamenguista, goleiro de futsal, batalhador, honesto e que muito novo teve que trabalhar.

Lembranças do teu casamento, eras tão jovem mas já sabias o que querias. Do orgulho que tinhas dos teus filhos e como os teus olhos brilhavam de amor quando falavas deles.

Lembranças das tuas palavras quando a tua netinha Helena nasceu: - A vida é assim perdemos pessoas que amamos e Deus nos dá outras para amarmos mais ainda. Lembranças do amor que tinhas por nós seus irmãos e dos nossos verões na tua casa de praia.

Lembranças das tuas lutas e perdas que não foram poucas…
Dos amigos que a vida te deu alguns verdadeiros, outros nem tanto…

Lembranças. Para alguns eras o bancário, advogado e vereador.
Mas para nós um irmão amado, inteligente, visionário, protetor, caridoso e muito família.

Lembranças são tantas eu escrevendo e as lágrimas teimando em cair. Ah! Mas dizem que as lágrimas são a saudade que transborda, pode até ser, mas para mim saudade é o amor.

Mano, serás sempre o nosso menino e viverás sempre em nossos corações.

Obrigada e até um dia… Amor eterno!

Por Denis Luciano 11/04/2022 - 20:50 Atualizado em 11/04/2022 - 21:00

A notícia é da imprensa de Araraquara na noite desta segunda-feira (11). O portal RCI Araraquara informou que o atacante Hygor está voltando para o Criciúma. O jogador, que fez parte do elenco que promoveu o Tigre da Série C no ano passado, acertou a renovação do seu contrato com a Ferroviária até o fim do Paulistão de 2023 e definiu o empréstimo do jogador para o Tigre.

A contratação do atacante Caio Dantas, artilheiro da Série B de 2020 pelo Sampaio Corrêa, também está confirmada pelo Criciúma, que venceu uma queda de braço com o Sport Recife pelo acerto com o jogador. Os dois serão inscritos a tempo do fechamento da janela de inscrições no Brasileiro, nesta terça-feira (12).

Hygor e Caio Dantas são muito bons reforços para o grupo do técnico Cláudio Tencati. Conforme o Meu Time na Rede, Hygor disputou 17 jogos pelo Criciúma e marcou quatro gols, dois deles importantes na campanha do acesso: nos 2 a 1 sobre o Ypiranga e no 1 a 0 diante do Figueirense, ambos no Heriberto Hülse.

Hygor na Ferroviária / Foto: Tiago Pavini

Confra abaixo a informação completa da imprensa de Araraquara sobre a volta de Hygor:

A Ferroviária acertou o empréstimo do atacante Hygor para o Criciúma e disputará o Brasileiro da Série B. O jogador de 29 anos prorrogou o seu vínculo com a Locomotiva até o fim do Paulistão 2023. Antes, seu contrato era válido até 31 de dezembro deste ano.

 

Esta será a segunda passagem do atacante pelo clube carvoeiro. No ano passado, defendeu a equipe catarinense e disputou a Série C, ajudando na conquistada do acesso para a segunda divisão nacional.

 

Com a camisa da Locomotiva, Hygor se destacou e foi útil na equipe comandada por Elano Blumer durante a disputa do Paulistão, anotando três gols em 10 jogos, além de uma assistência.

 

Este foi o segundo jogador do clube araraquarense emprestado no segundo semestre. Antes, o lateral-direito Bernardo acertou transferência para a Ponte Preta, onde ficará até o término da Série B.

 

Na Série D, a Ferroviária estreia neste domingo (17), às 17h, diante da URT-MG, na Fonte Luminosa. A equipe no Grupo A6, que conta, além da URT, com Bahia de Feira-BA, Caldense-MG, Inter de Limeira, Nova Venécia-ES, Real Noroeste-ES e Pouso Alegre-MG.

(Colaboração: Vitor Filomeno)

Por Denis Luciano 13/04/2022 - 00:05 Atualizado em 13/04/2022 - 01:58

Começa a atender nesta quinta-feira (14) o mais novo hotel de Criciúma. "Um cartão postal", definiu o prefeito Clésio Salvaro, que tomou parte do seleto evento da noite desta terça (12) que conferiu a apresentação do primeiro Hotel Tru by Hilton da América Latina e Caribe, cujo site está no ar.

O prefeito não exagerou. Quem chega em Criciúma pela Via Rápida observa, logo adiante do último viaduto da rodovia, aquele prédio de linhas bem definidas, de apresentação marcante sem ser pesada, que transmite leveza e transpira acolhida. Ali, na vizinhança do Criciúma Shopping, nasce o hotel com a responsabilidade de carregar uma marca que é uma verdadeira bandeira, na acepção mais plena: Hilton.

"Era para a gente ter começado a operação em março de 2020", confessa o diretor geral da ICH Administração de Hotéis, Alexandre Gehlen. "Mas daí veio a pandemia, e o novo normal", pontua. A ICH é operadora de hotéis, está à frente das marcas Intercity e Yoo2, que somam mais de 40 hotéis pelo Brasil, e estreia a parceria com os norte-americanos da Rede Hilton por Criciúma.

Um grupo local, de 40 investidores, fez o aporte que colocou de pé a ampla estrutura, em localização muito estratégica, com seus 154 quartos com espaços minuciosamente planejados e suas camas muito confortáveis. "E o entretenimento de primeira classe", define Gehlen. "Afinal, uma cidade pujante merece essa qualidade de empreendimento", derrete-se.

O lobby do hotel confirma que estamos diante de algo diferente. Antes dele, o acesso é dinâmico, de uma beleza indisfarçável, nada forçada. Arejado, aberto, a fachada em vidro sublinhando transparência e a iluminação abundante anunciam: chegamos no Tru by Hilton. Entre no lobby. Ali, hóspedes trabalham mas também jogam. Comem, descansam, conversam e divertem-se. O café da manhã, uma cortesia Hilton, é saudável, contempla doces e salgados. E se a fome bater, seja qual for a hora, o mercado "Et. & Sip." está ali, 24 horas, a postos com lanches e bebidas.

"O novo normal é o normal antigo. As pessoas estão viajando, e esse hotel representa o novo normal, pois ele é a cara da onda de hotéis urbanos que atendem um público a trabalho", aponta Gehlen. Por isso que há tomadas por toda a parte no Tru by Hilton de Criciúma. O Wi-Fi gratuito, bem calibrado e suficiente para a navegação dos hóspedes, colabora para essa conexão ser plena. Você não fica sem sinal muito menos sem bateria. 

Alexandre Gehlen / Foto: Denis Luciano / 4oito

E para quem é da malhação? Uma academia impecável, moderna, com tudo das mais modernas tendências fitness. E até aparelhos para cardio. Um capricho. "Abarcamos tecnologia e vendas com a visão Hilton, com operação local mas conectada a uma empresa internacional". O apontamento de Gehlen é o atestado maior de qualidade.

A acessibilidade tem lugar decisivo. As rampas, os corredores largos, nada é adaptado, tudo é parte de um todo planejado por uma equipe que trabalhou em função de entregar o melhor Tru by Hilton para Criciúma. "Nossa obra foi conduzida pelos melhores arquitetos, os melhores da construção civil, nosso engenheiro ficou dedicado full time para ter esse padrão de qualidade". E o resultado, garantido. "Estamos entregando um hotel diferenciado". Não há dúvidas disso.

Mas e porque escolher Criciúma? "As cidades médias sempre foram esquecidas. Chegou a hora das cidades médias, Criciúma faz parte delas". registra Gehlen.

Tudo isso deve ser muito caro então. Afinal, estamos tratando de um hotel cinco estrelas? "Tem mais de 15 anos que isso se foi", explica Gehlen, contando que a classificação por estrelas foi, literalmente, para o espaço. "A hotelaria é classificada por marcas". Logo, Hilton é Hilton.

E as tarifas? "Estão na internet. De todos. Hoje o cliente tem muita informação. Na internet você descobre a diferença do hotel bom para o ruim". Assim sendo, o assunto no Tru by Hilton é qualidade, conforto. "E experiência", completa o diretor da ICH.

Um hotel para vários hóspedes

Ele é diretor de Desenvolvimento da Rede Hilton para o Brasil. E veio a Criciúma prestigiar a entrega do Tru by Hilton. Leonardo Lido lembrou que essa nova marca nasceu em 2016, abriu sua primeira unidade no ano seguinte nos Estados Unidos e em 2020 decidiu pelo mergulho no mercado latino. 

"O Tru foi desenhado para qualquer mercado, cidades grandes, médias e até menores. E começar na América Latina com um perfil para o qual a marca foi desenhada, o parceiro certo, o projeto certo, a localização perfeita, conveniência, visibilidade, acessibilidade, tudo contribuiu para ter o primeiro Tru by Hilton da América Latina em Criciúma".

Leonardo lembrou que a Rede Hilton detém 18 marcas, das quais a Tru é uma delas. "O Tru by Hilton é para todas as idades, foca na hospedagem, conforto, na confiabilidade da marca Hilton e com serviços direcionados", relatou. 

Você encontrará um restaurante completo no Tru by Hilton de Criciúma? "Não. Não temos um restaurante completo, por isso a localização estratégica, do lado do Criciúma Shopping, perto de tudo. Mas quem nos busca vai encontrar conforto e a segurança da marca Hilton".

Durante o evento, o prefeito Salvaro lembrou o desenvolvimento da vocação turística de Criciúma. E o quanto ter hotéis alinhados com isso é importante. "O Tru by Hilton foi formatado para qualquer tipo de viajante. Nosso lobby tem espaço reservado para quem quer trabalhar, espaço mais descontraído com a mesa de bilhar para quem está se divertindo, o espaço para refeições rápidas e até uma sala de reuniões. Tanto o viajante a lazer quanto a negócios vai encontrar o que necessita aqui", defendeu o diretor.

E como redes tradicionais reagem a modelos novos de hospedagem como o Airbnb, empresa online que atua fortemente no mercado de hospedagens? "É uma proposta diferente. Aqui você encontra serviço e segurança. O Airbnb não impacta no nosso negócio, temos mais de 2 mil hotéis em construção e planejamento no Mundo, o Airbnb não é um concorrente claro, ele segue o seu caminho e o nosso estilo de hospedagem nos faz crescer ano após ano", respondeu Leonardo.

Ele não escondeu que a Rede Hilton planeja novas operações no Brasil. E a expansão da marca lançada de forma pioneira em Criciúma está no radar. "Continuamos acreditando muito no Brasil, com um momento importante, a confiança da nossa matriz no Brasil continua, estrategicamente, com parceiros locais", completou.

A praça vendida e o turismo

O prefeito Clésio Salvaro lembrou que o hotel recém entregue surge em um terreno que, há não muito tempo, pertencia ao Município. "Houve uma polêmica no meu primeiro mandato sobre esse terreno. Era uma praça. E como a prefeitura não é corretora de imóveis, e não havia previsão de uso futuro para esse espaço, colocamos na mão da iniciativa privada. Depois de 12 anos nós voltamos e vemos esse hotel que é um cartão postal".

Salvaro aproveitou para 'vender a cidade'. "Criciúma ganha 4 a 5 mil habitantes novos por ano. É uma cidade boa para morar e investir. Uma das cidades mais seguras do Brasil, nosso índice de homicídios é semelhante ao de cidades europeias". E aproveitou para encaixar um lema do seu governo no discurso. "Se aqui é o primeiro investimento desse hotel da Rede Hilton na América Latina, é porque o Brasil que dá certo começa aqui".

Prefeito Salvaro "inaugurou" a mesa de sinuca do Tru by Hilton / Foto: Denis Luciano / 4oito

Em seguida, o prefeito enalteceu as políticas do seu governo para incrementar o turismo, comparando Criciúma e Rio de Janeiro. "Se o Rio tem o Pão de Açúcar para cima, nós teremos a Mina de Visitação para baixo". Reforçou, assim, sua aposta na extensão da atual Mina Octávio Fontana em direção ao futuro Mirante Realdo Guglielmi, estrutura cujo projeto já foi entregue pela Satc. Salvaro batalha agora pelos recursos, algo em torno de R$ 20 milhões para transformar tudo isso em realidade.

 

Por Denis Luciano 13/04/2022 - 23:15 Atualizado em 13/04/2022 - 23:26

Quando se imaginava que os 10 mil sócios eram o topo, o Criciúma está na iminência de superar a meta em 10%. Afinal, o objetivo era estrear na Série B com 10 mil sócios. Acontece que às 23h desta quarta-feira (13), menos de 24 horas antes da primeira partida no Campeonato Brasileiro, o Criciúma alcançou a marca história de 10.960 associados. Ou seja, faltam 40 para que o Tigre alcance os 11 mil.

É bem possível, então, que o Criciúma entre em campo às 20h desta quinta (14) diante do Londrina, no Heriberto Hülse, com 11 mil associados em seu quadro. Nunca é demais lembrar o peso que isso representa para as finanças e, por consequência, a estabilidade do clube. Quando estava por chegar em 10 mil sócios, o vice-presidente de Finanças, Vilmar Guedes, frisava que com esse número se garantia um valor equivalente a 70% de uma cota de TV da Série B entrando nos cofres do Criciúma.

As carteirinhas esperando os novos sócios do Criciúma / Foto: Enio Biz / 4oito

Com esse número tão elevado de sócios, e com a expectativa que gira em torno dessa estreia, vai um conselho: você que é sócio, pretende ir ao jogo e ainda não retirou a sua carteirinha, vá logo ao estádio. Essa entrega estará disponível a partir das 9h em uma mesa colocada ao lado da porta principal da secretaria do clube. Teve filas nas últimas horas e as filas vão se repetir, provavelmente maiores. Ou você retira a sua carteirinha com alguma antecedência, ou poderá perder momentos preciosos do jogo com o Londrina. Antecipe-se.

As parcerias com Unesc, Sicredi e outros, que estão canalizando novos sócios para o Criciúma, foram importantes para reforçar o quadro social, mas tem chamado a atenção a quantidade de adesões espontâneas nos últimos dias, mesmo depois que os 10 mil sócios foram batidos. Cabe lembrar que, para os novos, o valor é de R$ 90, não mais os R$ 50 que vinham sendo cobrados anteriormente. Mas, pelo visto, nem isso tem inibido os tricolores.

O Criciúma segue firme e forte entre os 15 clubes brasileiros com mais associados. A torcida está fazendo a sua parte.

Por Denis Luciano 15/04/2022 - 09:45 Atualizado em 15/04/2022 - 09:54

No borderô, consta que 8.852 torcedores assistiram Criciúma 1 x 0 Londrina na noite desta quinta-feira (14), no Heriberto Hülse. Mas a estreia do Tigre na Série B foi assistida por muito mais gente. "Tinha uns 12 mil no estádio", arriscou o narrador Mário Lima.

A noitada começou cedo, com pré-inauguração do Tigre Sports Bar. Em seguida das 17h já tinha torcedor tomando seu chopp no novíssimo pub da cidade ali, debaixo da arquibancada do Majestoso. E a torcida se esbaldou. Matou as saudades de mais de 5 meses, de exatos 165 dias sem ver futebol na sua casa. E não parou 1 minuto.

Aquela concentração antes de a bola rolar, no pátio do Majestoso
Foto: Vitor Filomeno / 4oito

"A vibração da nossa torcida envolveu o time e nos fez ganhar o jogo também", definiu, com precisão, o técnico Cláudio Tencati.

Mas não foi um jogo qualquer. Na hora da protocolar e já tão repetitiva cerimônia dos hinos, o torcedor mostrou que estava para o jogo. Expressiva parcela cantou parte do difícil hino de Santa Catarina, desconhecido de boa parte dos catarinenses: "Sagremos num hino, de estrelas e flores... Num canto sublime de glórias e luz...".

Leia também - E deu Tigre na estreia: 1 a 0 contra o Londrina

Tão logo a bola rolou, não foi difícil perceber que o setor visitante estava, como era de se esperar, praticamente vazio. Era o clarão no Heriberto Hülse. Quatro torcedores com suas camisas azuis do Londrina e uma faixa faziam sua festa em paz. E, perto deles, um cidadão sentado, logo abaixo do placar, usando a camisa do Joinville. Cabe lembrar que o JEC está "fora de série". Novamente, sem Campeonato Brasileiro no calendário.

O torcedor solitário do JEC, sonhando com a volta aos bons tempos
Foto: Enio Biz / 4oito

No primeiro tempo, o Criciúma partiu para o abafa. Pressionou tanto que, aos 15 minutos, saiu o gol. Lá foi o zagueiro Zé Marcos (que ficaria no banco, jogou graças ao veto físico a Rayan). Ele disparou e abriu espaço para Marquinhos Gabriel, com precisão, balançar a rede paranaense. "O Marquinhos foi meu atleta. Conheço ele. É talentoso", assinalou o técnico do Londrina, o experiente Adilson Batista.

Logo em seguida do gol, aos 16 minutos, o jogo parou. A arbitragem notou que um drone sobrevoava o gramado. "Após esperarmos 2 minutos, o equipamento eletrônico saiu dos arredores do campo e do estádio", anotou o árbitro José Padovani de Andrade na súmula.

O drone "de um imbecil", segundo Tencati
SporTV / Reprodução

O episódio rendeu um desabafo do técnico Cláudio Tencati logo após a partida: "a porcaria do drone e o imbecil do drone, esse imbecil, deixa a gente trabalhar. Era um momento forte e ele atrapalhou". O treinador contou que o mesmo ocorreu "de novo no início do segundo tempo e no treinamento também".

Mas a tecnologia contribuiu positivamente também. A certa altura, a galera sacou dos celulares e, aos milhares, proporcionaram o espetáculo das lanternas acesas. Mais uma de tantas formas para manifestar a felicidade de ver o Criciúma ali, em um lugar à sua altura.

E o VAR entrou em ação logo na volta do Tigre à Série B. Na última passagem tricolor pela Segunda Divisão nacional, em 2019, os árbitros de vídeo ainda não haviam chegado por essas terras. Eram exclusividade da elite e das decisões. E o VAR anulou um gol do Criciúma aos 35 minutos. Anulou com precisão. Em sutil impedimento, Rafael Bilu recebeu de Marquinhos Gabriel e arrancou em velocidade para balançar a rede. Não valeu. O Mário Lima gritou gol, a galera também, mas seguiu 1 a 0.

Veio o intervalo. Sossego no Majestoso? Que nada. Como de praxe, o mascote Tigrão ficou fazendo das suas no gramado. A certa altura, começou a interagir com Bumbeblee. Um dos transformers passeava a caráter pelo campo, até que foi desafiado. Tigrão bateria o pênalti e Bumbeblee tentaria defender. A galera foi à loucura. Muitos celulares em punho focados no campo e... partiu o Tigrão, bateu no canto, gol! O transformer nem saltou para a bola (também pudera, nem que quisesse seria possível...).

Um inusitado Tigrão x Bumbeblee no intervalo

Veio o segundo tempo. O Criciúma caiu um pouco de rendimento. O Londrina cresceu e até ameaçou. Mas daí conheceu a força daquele que está sendo chamado de "o segundo mascote" do tricolor: um gambá. A aparição do simpático mamífero marsupial não somente paralisou o jogo, como ganhou enorme repercussão. Ele atravessou o gramado. "Com tanto tempo sem jogo aqui, ele esteve esses meses todos à vontade aqui no estádio", arriscou, no ato, o repórter Rafael Niero, uma das milhares de testemunhas oculares do inusitado episódio.

Ninguém quis pegar o gambá. A fama do odor certamente foi a razão. O árbitro cercou o bichinho batendo palmas na tentativa de afastá-lo. Um que outro jogador também tentou, e quando ele se bandeou para a lateral do campo, um gandula o acompanhou até depois das placas. O jogo abriu passagem para um animalzinho de hábitos noturnos e solitários. Certamente, esse gambá nunca esteve diante de tanta gente: 8,8 mil, segundo o borderô, 12 mil conforme o Mário Lima.

Fim de jogo. Aquela festança. E o árbitro, na solidão da confecção da súmula, não esqueceu do drone, muito menos do gambá. Eles estão lá, na súmula:

Com tanta história para contar em uma partida de estreia, em sua vigésima quinta participação na história da competição, ficou uma certeza: um time, um clube capaz de contar tanto em pouco mais de 90 minutos não pode ficar fora da Série B. Só se for para aparecer na Série A. Para baixo, nunca mais!

Por Denis Luciano 18/04/2022 - 09:10 Atualizado em 18/04/2022 - 09:12

Os resultados positivos da vacinação contra a Covid-19 continuam. Tanto que todo o Sul de Santa Catarina finalizaram este domingo (17) com apenas 485 casos ativos de Covid-19. São 45 municípios. Desses, seis estão zerados, nenhum caso sequer: Treviso, na Amrec; Ermo, Morro Grande do Timbé do Sul, na Amesc; Imaruí e São Martinho, na Amurel.

Isso vem no embalo do anúncio pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, do fim da emergência de saúde pública em decorrência da Covid, em pronunciamento na noite deste domingo. 

Esses 485 positivados na região representam um decréscimo de 60 casos em poucos dias, já que o boletim de sexta-feira (15) indicava 545 casos. Na sexta eram 269 casos na Amurel. No domingo já eram 252. Ainda na sexta, 175 na Amrec, baixando a 154. Na Amesc, a queda foi de 101 para 79 registros.

Por município, o que tem mais positivados no Sul segue sendo Tubarão: 128. Depois vem Criciúma com seus 84 (eram 93 na sexta), e Laguna, com 27. Confira abaixo a lista completa dos positivados por cidade do Sul nos dados divulgados pelo Estado na noite deste domingo:

Tubarão - 128 casos
Criciúma - 84
Laguna - 27
Orleans - 19
Braço do Norte - 17
Araranguá - 16
Treze de Maio - 16
São João do Sul - 13
Cocal do Sul - 12
Grão-Pará - 11
Sombrio - 11
Balneário Gaivota - 10
Urussanga - 10
Gravatal - 9
Capivari de Baixo - 8
Içara - 8
Imbituba - 8
Sangão - 8
Forquilhinha - 7
Praia Grande - 7
Morro da Fumaça - 6
Passo de Torres - 6
Balneário Arroio do Silva - 5
Turvo - 5
Jaguaruna - 3
Siderópolis - 3
Armazém - 2
Jacinto Machado - 2
Lauro Müller - 2
Maracajá - 2
Nova Veneza - 2
Rio Fortuna - 2
São Ludgero - 2
Balneário Rincão - 1
Meleiro - 1
Pedras Grandes - 1
Pescaria Brava - 1
Santa Rosa de Lima - 1
Santa Rosa do Sul - 1
Ermo - 0
Imaruí - 0
Morro Grande - 0
São Martinho - 0
Timbé do Sul - 0
Treviso - 0

Por Denis Luciano 19/04/2022 - 12:45 Atualizado em 19/04/2022 - 12:51

Os alertas são frequentes. O fim do Anel de Contorno Viário de Criciúma, adiante do viaduto da Vila Zuleima, representa risco. Patrícia Brasil e sua mãe Claudete souberam disso da pior forma possível. Pouco antes das 19h da última terça-feira (12) elas foram vítimas de um grave acidente no ponto onde o asfalto acaba e o chão batido em direção ao Rio Maina começa.

"A gente seguiu na via, e a via acabou", contou Patrícia, surpresa e ainda chocada, em entrevista ao Conexão Sul desta terça-feira (19) na Rádio Som Maior. . De repente, não tinha mais via. Sem qualquer indicativo de que o asfalto acabaria. Asfalto novo, em ótimo estado, com olhos de gato e, de repente, não tinha mais estrada", registrou. 

O estado que ficou o carro de Patrícia e Clarice após o capotamento

Elas vieram de Lauro Müller, onde residem, para um exame em uma clínica em Criciúma. Terminado o exame, a mãe de Patrícia, que conduzia o carro, colocou "Lauro Müller" como destino no GPS. Por proximidade, o equipamento as encaminhou ao Anel Viário. Tudo certo. Ao se aproximarem do viaduto, estranharam que vários carros convergiam à direita. Seguiram. Daí, poucos metros depois, se depararam com duas pedras no caminho. "Duas pedras, uma menor no chão, que não vimos, e uma maior. Só não morremos pois o carro bateu na pedra menor e capotou duas vezes", contou Patrícia. "Nem conseguimos entender. Estávamos na via e de repente não tinha mais estrada", reforçou.

Mais do carro depois de chegar ao fim do Anel Viário

O isolamento do lugar, tão logo ocorreu o acidente, também assustou filha e mãe. "Estava escurecendo. Ali é um lugar totalmente isolado. Felizmente não ocorreu nada de grave. Você grita por socorro ali e ninguém vê você", confirmou Patrícia. O vídeo abaixo, que gravamos em junho de 2021, confirma o risco apontado pela vítima do acidente:

Clarice, a mãe de Patrícia, se feriu e precisou ser deslocada à UPA da Próspera. "A minha mãe teve um corte perto do pulso direito, eu praticamente não tive nada, eu quebrei três dentes mas foi isso, tive algumas escoriações, algumas batidas, tudo muito leve perto do que poderia ter sido", relatou.

Já o carro teve perda total. "O carro estamos aguardando o retorno da seguradora mas provavelmente foi perda total. Ele capotou duas vezes, todos os airbags abriram, os vidros quebraram, estilhaçados, quando a seguradora trouxe o guincho teve dificuldades em virar o carro para a posição normal, o volante estava travado, o eixo dianteiro danificado, muito provavelmente foi perda total, não tem condições de recuperar o carro", informou Patrícia.

O guincho levando. Deu perda total

Ela comentou que nem ela, nem a mãe viram qualquer sinalização indicando o fim do asfalto. "Não vimos mesmo, não sei se existe essa sinalização, se existe não está cumprindo o papel dela de oferecer segurança, independente de conhecer ou não a via, a via é para todos", destacou. Comentamos, durante a entrevista, que há uma placa indicativa de fim de asfalto, mas que da última vez que lá estivemos, faz alguns meses, tratava-se de uma placa discreta e encoberta parcialmente por mato. "Eu não sou engenheira de trânsito, mas se for para ter sinalização, que seja antes do viaduto. Que aquele viaduto seja interditado, se não leva a lugar algum. Deveria ter uma placa indicando sentido obrigatório para descer à rodovia", emendou Patrícia.

Em junho do ano passado, essa era a situação da placa indicando o fim do asfalto
Foto: Denis Luciano / 4oito

A vítima comentou que até os policiais que foram acionados ficaram preocupados com a segurança do local. "Nós chamamos a polícia e o Corpo de Bombeiros, a viatura ficou ali aguardando o guincho, minha mãe foi encaminhada à UPA, a própria polícia comentou que era melhor deixar o giroflex ligado pois outros carros estavam parando ali. Nos 40 minutos que ficamos ali outros dois carros e uma moto apareceram, em velocidade também alta mas obviamente viram que havia uma viatura da polícia ali, atravessada. É um local em que as pessoas vão parar ali", contou.

Um pouco do que restou do carro da mãe e da filha acidentadas na Vila Zuleima

Outra observação feita depois do acidente, no visual de quem não conhece o lugar, é que assim que o asfalto termina, além das pedras e de um monte de areia ali colocado, há uma curva que atrapalha ainda mais. "Termina o asfalto e tem uma curva, a rua de chão batido não fica na continuidade do asfalto, a gente teria seguido por ali. O problema é que faz uma curva, acabamos nos perdendo ali sem entender o que havia acontecido. Existe de fato essa estradinha", explicou. "A gente quer que ninguém mais passe por isso. É muito ruim. Não morremos mas poderia ter sido um acidente fatal por uma coisa que pode ser remediada muito facilmente, por uma obrigação das autoridades", completou. No vídeo abaixo, mais um pouco do visual de quem chega no fim do Anel Viário na Vila Zuleima:

"Tem um impasse da obra que é do Estado, e quem tem que sinalizar é o Município. Por causa de uma situação burocrática a vida das pessoas pode estar em risco. O nosso primeiro objetivo é que providências sejam tomadas e que a sinalização seja suficiente, que as pessoas entendam que não dá para seguir por ali", sublinho Patrícia.

Assim é a estrada onde o asfalto termina. Um caos
Foto: Denis Luciano / 4oito

Com a palavra, as autoridades de trânsito. O Anel Viário foi feito pelo Estado, e enquanto rodovia ele é municipal, mas com status de estadual. Que a Diretoria de Trânsito e Transportes (DTT) e a Secretaria de Infraestrutura do Estado (SIE) conversem e resolvam com urgência. Isso não pode continuar. Vem aí a quarta etapa, a obra vai sair do papel mas, enquanto isso, muitos outros acidentes poderão ocorrer. Esse não foi o primeiro e, certamente, não será o último. Principalmente se nada for feito.

Ouça, no podcast, o relato de Patrícia Brasil à Rádio Som Maior:

 

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