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Moody's rebaixa rating dos EUA após 108 anos

Por Arthur Lessa 19/05/2025 - 08:49 Atualizado há 2 horas

O Ibovespa fechou a sexta-feira em queda de 0,11%, em reação a balanços de empresas listadas. 

No acumulado da semana, o índice acumulou alta de 1,96%.

O destaque negativo do último pregão ficou com o Banco do Brasil, que caiu mais de 12,5% depois de o resultado do balanço do primeiro trimestre ficar abaixo do esperado.

A bolsa também foi impactada pela criação da MBRF, empresa nascida da fusão anunciada da Marfrig, que viu suas ações dispararem 21,35%, e BRF, que teve alta de 0,78% das ações.

Já o dólar caiu 0,19% ante o real na sexta-feira, cotado a R$ 5,67. Na semana, entre altos e baixos, a moeda americana valorizou apenas 0,25%.

No exterior, os principais índices de Nova York estenderam a alta iniciada com o anúncio da trégua na guerra comercial entre EUA e China. 

Pro radar de hoje, o principal destaque é a agência de risco Moody's, que rebaixou a nota de crédito soberana dos Estados Unidos de AAA, maior possível, para AA1. O fato é histórico, já que desde 1917 a Moody's mantinha a nota de crédito na economia americana no nível máximo.

O anúncio teve efeitos já na sexta-feira, com as taxas de títulos americanos subindo e os ativos dos EUA apresentando perdas no after market.

A decisão da Moody’s se baseia principalmente no crescimento persistente da dívida pública americana e dos gastos com juros.

Segundo a agência, a relação dívida/PIB dos EUA deve saltar de 98% em 2024 para 134% em 2035. No mesmo período, o déficit anual pode passar de 6,4% para quase 9% do PIB.

A Moody’s foi a última das três grandes agências a retirar o rating máximo dos EUA. 

A S&P Global tomou essa decisão em 2011, e a Fitch seguiu o mesmo caminho em agosto de 2023. 

A Moody’s havia sinalizado esse risco em novembro do ano passado, quando alterou a perspectiva da nota americana para negativa.

Além do impacto de imagem, que é algo mais subjetivo, a classificação de risco impacta diretamente na possibilidade de investimento de fundos soberanos e de pensão, em empresas e países. 

Se a nota cai, muitos desses fundos são literalmente obrigados a desinvestir nesses ativos.

O impacto da nova classificação da economia norte-americana já está fazendo preço no pré-mercado, com os futuros de Wall Street operando em baixa, com S&P 500 (-1,18%), Dow Jones (-0,79%) e Nasdaq (-1,57%).

Já o futuro do índice EWZ, que acompanha o Ibovespa em Nova York, cai 0,43% na prévia do pregão.

E no Brasil, além dos impactos que virão certamente dos EUA, devemos acompanhar os impactos da crise aviária que chegou no Brasil e deve afetar, entre as empresas da Bolsa, principalmente a catarinense BRF. 

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