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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Archimedes Naspolini Filho 14/04/2020 - 07:05

Busquei, na edição que circulou na semana de 28 de março a 4 de abril de 1964, do nosso saudoso semanário Tribuna Criciumense, os tópicos de publicações que dão um mergulho no passado e se transformam na Crônica da Cidade de hoje.

USIMINAS DEVE UM BILHÃO AO SUL – Com destino ao Rio de Janeiro, viajará, na segunda feira, uma caravana de mineradores em companhia dos prefeitos municipais da região carbonífera. Essa comissão terá encontro com o ministro de Minas e Energia, com o ministro da Fazenda, com o presidente do BNDE e com o presidente da Usiminas, visando obter uma solução para o pagamento das faturas em atraso que, a esta altura, ultrapassam a soma de um bilhão de cruzeiros. Na ocasião tratarão, junto ao Congresso Nacional, da manutenção do royalty às prefeituras, quando discutir a regulamentação do imposto único sobre minerais. Esse royalty foi a salvação das nossas prefeituras durante muito tempo. Fora criado o IUM, ou Imposto Único sobre Minerais e, dele, generosa fração era devolvido aos municípios produtores de minérios. Quando o IUM era creditado à conta do tesouro municipal, havia festa nas cidades produtoras de carvão: com tais recursos os prefeitos liquidavam praticamente todos os débitos da administração.

ZÉ TRINDADE VEM AÍ – Zé Trindade, popular cômico do cinema nacional, estará em Criciúma dia 4 de abril. Esse fenomenal artista tem sido responsável por inúmeras gargalhadas pelos diversos papéis que interpretou. Conhecido em todo o Brasil pelas telas dos cinemas, Zé Trindade trabalhou em diferentes películas, como Mulheres, Cheguei, Espírito de Porco, Mulheres à vista, Marajá da índia, Entrei de Gaiato, Camelô da Rua Largo, e tantos outros. Depois de se apresentar no palco do Cine e Teatro Milanez Zé Trindade irá se apresentar na Metropolitana e em Siderópolis.

ELEIÇÕES ESTUDANTIS EM CRICIUMA – (Reprodução ipsis literis) Realizaram-se, dia 15 p. p., as eleições democráticas visando a renovação nos quadros diretivos da União dos Estudantes de Grau Médio de Criciúma – Uesc. Foi grande o comparecimento às urnas por parte do estudantado de Criciúma, apesar da inexistência de oposição à candidatura de Archimedes Naspolini Filho e de seus companheiros de chapa Carlos Roberto Amante e Linei Regina Conti. A posse aconteceu no salão nobre da Galeria Benjamin Bristot com a presença de altas autoridades e de muitos estudantes da cidade. As eleições da Uesc realmente mexiam com a cidade de Criciúma. Lamentavelmente aquela entidade sucumbiu em 1965, por ordem de autoridades militares, segundo informou o presidente de então, Eno Steiner. 

E eu retornarei amanhã. Até lá amigos e um abraço do meu tamanho!

Por Archimedes Naspolini Filho 13/04/2020 - 16:12 Atualizado em 13/04/2020 - 16:39

Hoje fujo da rotina: nada de coronavírus, nada de Covid-19, nada de quarentena, absolutamente nada de prisão na própria casa. Hoje quero falar de um personagem que, mercê de Deus e da sua competência, é o responsável por uma família de, certamente, mais de 1.000 descendentes diretos e indiretos. Num resumo muito estreito, tentarei publicar a sua vida.

Na fria noite do dia 9 de abril de 1853, numa roda de enjeitados do Instituto Santa Maria della Pietá, num dos canais da bela cidade de Veneza, uma mãe, da qual sabe-se absolutamente nada, deixava seu filho, nascido naquele dia, puxava o sino que anunciava a chegada de um bebê, e ali iniciava a saga de um ítalo-brasileiro que, depois de adotado e casado, emigrou para o Brasil, vindo a residir em Cocal, hoje Cocal do Sul.
 
Quando aquela mãe deixou aquela criança na roda dos enjeitados, num orfanato que se dedicava a esse mister, deixou, também, uma única referência: a metade de um santinho, santinho do Sagrado Coração de Maria. Imagina-se que, se as suas condições de vida melhorassem, retornaria e se apresentaria com a outra metade, para receber de volta o seu filho. 

Seria a certidão de nascimento daquela pequena criatura. Mas, a mãe não retornou. E a metade do santinho ficou arquivada com o seu registro no orfanato, onde se encontra até os dias atuais. Na pia batismal no próprio orfanato, recebeu o nome de Stefano, Stefano Naspolini, sobrenome inventado, no momento do registro, no orfanato.

Na adoção pela família de Pietro Panata, foi levado para Arson, um lugarejo na montanha, que nem fazia parte do mapa, no secular município de Feltre, protegido por muralhas. Casado, com sua mulher Giovanna Scott, veio para o Brasil. E foi chamado, por Ferdinando Burigo, para chefiar uma turma de operários, quase todos italianos como ele, que abriam a ligação rodoviária entre Florianópolis e Lages. Acantonado em Rancho Queimado foi vítima de tifo e, por causa do tifo, morreu, aos 51 anos de idade. Foi sepultado no cemitério de Taquaras, vilarejo daquele município.

Deixou órfãos os filhos Brasil, com 17 anos, Ítalo, com 13 anos, Cincinato, com 11, Archimedes, com 5 e Iolanda, com 2 aninhos apenas. Brasil, o mais velho, na condição de arrimo da família, tomou para si os encargos da educação dos seus irmãos. Foi conselheiro, em Urussanga, em 1903. 

Na quinta-feira santa, Stefano estaria completando 167 anos. A família que ele iniciou vai se reunir, na vila de Taquaras, cidade de Rancho Queimado, onde repousam seus restos mortais, dia 9 de abril de 2023, para comemorar os 170 anos de Stefano e de fundação da família Naspolini, conforme programa estabelecido por seu guardião maior, o Professor Antenor Naspolini, pesquisador e descobridor de todas estas informações.

Naspolini: meu avô, primeira geração; meu pai, segunda geração, este articulista, terceira geração e, assim, sucessivamente, até a oitava, cujos primeiros Naspinhos estão chegando.

Desculpem, hoje minhas linhas tinham que ser para o nonno, para o nonno Stefano, fundador e esteio angular do tronco familiar Naspolini.

Por Archimedes Naspolini Filho 13/04/2020 - 10:15 Atualizado em 13/04/2020 - 16:34

Continuo buscando, na edição que circulou na semana de 21 a 28 de março de 1964, do nosso saudoso semanário Tribuna Criciumense, os tópicos de publicações que dão um mergulho no passado e se transformam na Crônica da Cidade de hoje.

DESPERTAR DE VOCAÇÕES – A vida atual, em suas diversas circunstâncias, e pela inflação que, a todos, atormenta, tem tornado cada vez mais difícil o setor dos estudos. Procurando superar estas condições e dar ao filho do operário mineiro, além do estudo teórico, o técnico, tão solicitado pela especialização atual, os mineradores de carvão tomaram a iniciativa de criar a escola técnica da Satc, cuja parte industrial foi focada em reportagem anterior que vem, agora, ser complementada por algumas palavras sobre o ginásio industrial, que funciona com suas quatro séries ao lado daquele estabelecimento. É um artigo, da direção do jornal, falando sobre o funcionamento da escola técnica industrial da Satc. A redação é concluída com estas palavras: Antes de terminar deve-se dizer que, tanto na escola industrial quanto no ginásio industrial o ensino é inteiramente gratuito, assim também o transporte, o internato, o material, a alimentação, os livros didáticos, enfim, para estudar na Satc o aluno tem apenas um dispêndio: querer estudar.

SEM VESTIBULAR – O ministro interino da Educação, sr. Júlio Sambaqui, informou a jornalistas que, já no próximo ano, 1965, cerca de 20.000 formandos do curso secundário, não precisarão prestar exames vestibulares para ingressar no ensino superior, terão ingresso garantido. OS beneficiados serão os alunos dos colégios universitários instituídos pelo MEC junto às antigas universidades. Esta medida é o início de um programa que visa acabar com os exames vestibulares, permitindo que o certificado de conclusão do curso secundário garanta, ao portador, ingresso automático nas faculdades. Não ocorreu. O vestibular continuou sendo o terror dos secundaristas até o século seguinte, pois só depois do ano 2000 é que tais vestibulares, para alguns cursos, foram abolidos.

CRICIÚMA VERÁ O PERNAS TORTAS – Garrincha acompanhará a delegação botafoguense que, em futuro próximo, visitará nossos gramados, a convite do Atlético Operário F. C. Porém, a data de 1 de abril está descartada. A vinda do Botafogo foi adiada porque o Atlético está comprometido com o campeonato catarinense. Veremos, em edições futuras, que o Botafogo veio e trouxe o Pernas Tortas. Garrincha foi a grande atração, mas parou no zagueiro Tenente. Eu estava no Valdemar de Brito, e vi.

E eu retornarei amanhã. Até lá amigos e um abraço do meu tamanho!

Por Archimedes Naspolini Filho 09/04/2020 - 10:34 Atualizado em 16/04/2020 - 10:55

Com certeza grande parte da sociedade católica de nossa região, atônita com a experiência do confinamento em sua própria casa, está meio esquecida de que vivemos a semana santa, tradicional período do calendário católico, que nos remete à Paixão e Morte de Jesus Cristo.

A mídia tem se ocupado diuturnamente da Covid-19 e nós outros, amedrontados, não pensamos noutra coisa a não ser na possibilidade do contágio e no perigo de um óbito iminente.

Hoje é a quinta-feira santa.

Hoje, na casa de meus pais – faz tempo, é verdade – hoje era um dos dias que mais trabalhávamos os afazeres domésticos. Tudo em dobro, haja vista que a tradição e o costume eram fazer absolutamente nada na sexta-feira da Paixão.  Na Sexta-feira Santa falava-se baixinho, fazia-se o jejum, não se faziam nenhum dos costumeiros serviços diários: sequer a casa era varrida. Tudo para não perder a concentração de que, naquele dia, comemorava-se a morte de Jesus Cristo.

Evidentemente que os tempos são outros, a educação deu um pulo à frente, os costumes são outros, a igreja se renovou. Mas já foi exatamente assim como explanei.

Hoje é a Quinta-feira Santa. Foi na quinta-feira que ocorreu a última ceia do Mestre, a qual tomaria o nome de Santa Ceia ou Última Ceia. E foi nela que foi instituída a eucaristia, e foi nela que foi instituído o sacerdócio.

A eucaristia, quando Jesus tomou o pão e o vinho e, depois de abençoa-los os distribuiu aos seus discípulos com o mandamento: tomai e comei, isto é o meu corpo.

O sacerdócio, quando ele determinou: fazei isto em memória de mim.

É hoje, também, que o ritual sacro do catolicismo realiza a cerimônia do lava-pés e a bênção dos santos óleos. Na do lava-pés remonta-se à época em que os judeus, ao fazerem visitas ao próximo, antes de adentrar à casa, lavavam seus pés para purifica-los e não portarem resquícios de sujeira àquele lar. Tem-se, também, como significado, a humildade de Cristo em se abaixar e praticar a lavagem dos pés de seus semelhantes.

Nas cerimônias religiosas de hoje, a Igreja Católica, nas suas catedrais, faz a bênção dos óleos que, durante o ano serão utilizados pelos sacerdotes em diversas ocasiões como: batizado, crisma, unção dos enfermos, extrema unção, etc. O ato é presidido, sempre, pelo bispo da respectiva diocese.

A partir de hoje os sinos de todos os templos católicos deixarão de bater e permanecerão em silêncio até o domingo de Páscoa que, como todos sabemos, celebra a ressurreição de Cristo. Até lá o som será o das matracas.
Então, feliz páscoa, caríssimo ouvinte!

E que todos comecemos o dia como queremos termina-lo! Bom dia!

Por Archimedes Naspolini Filho 09/04/2020 - 07:01 Atualizado em 13/04/2020 - 16:50

Busquei, na edição que circulou na semana de 21 a 28 de março de 1964, do nosso saudoso semanário Tribuna Criciumense, os tópicos de publicações que dão um mergulho no passado e se transformam na Crônica da Cidade de hoje.

SEM INCIDENTES – Falharam os prognósticos que previam ambiente tenso e manifestações violentas por ocasião da visita do Padre Alípio Freitas à cidade. Com efeito, o comício de quarta-feira, dia 18, no Sindicato dos Mineiros, não foi muito concorrido. A pregação da caravana nacionalista é realmente exaltada, porém nosso mineiro manteve-se calmo, as palavras não o exaltaram, nem mesmo quando lhe era solicitada parte ativa. Ao contrário do que sucedeu em Araranguá, onde os líderes nacionalistas não puderam discursar, aqui eles falaram livremente. Parte dos que ouviram os discursos o fizeram mais por curiosidade. A caravana pouco se demorou em nossa cidade, tendo seguido viagem na mesma noite.

Padre Alípio era deputado federal e liderava a facção mais à esquerda da política nacional. Português de nascimento era amigo de Pablo Neruda e Kruhtchev. Em 1962 abandonou o sacerdócio. O governo militar cassou seus direitos políticos e passou a viver na clandestinidade fomentando o movimento revolucionário camponês. Morreu no México em 2017. Agitava demais!

NOVA RODOVIA A SIDERÓPOLIS - ... A expansão do nosso quadro rodoviário é fato comprovado, havendo, porém, uma obra a ser levada a efeito: a nova estrada Criciúma-Siderópolis. Agora, com a conclusão da nova rodovia Criciúma-Urussanga, é altamente interessante que o governo, possivelmente com a participação das companhias mineradoras, tomasse a sério esta questão. Realmente, está aí uma estrada que não deixou saudades: a antiga ligação Criciúma-Siderópolis. Começava subindo o íngreme Morro do Bainha, passava pelo Bairro Naspolini, depois a Mina do Toco, depois São Geraldo para, finalmente, descer a montanha e chegar a Siderópolis. Era estreita, esburacada, coberta de rejeito piritoso e com muitas curvas.

POBRES VIANDANTES – Espetáculo dos mais deprimentes a população de Criciúma teve oportunidade de assistir, na tarde de terça-feira, quando um grupo de pessoas maltrapilhas deteve-se ante a prefeitura municipal, solicitando auxílio. Tribuna Criciumense compareceu ao local, onde, cercados por quantidade de curiosos, mulheres e crianças pobres, acomodadas sobre trouxas de roupa, esperavam para saber qual seria o seu destino. Interrogamos um dos viandantes que nos disse serem provenientes do norte do Paraná de onde saíram por não terem trabalho naquela região. Fez questão de garantir que, embora maltrapilhos, eram pessoas de bem que queriam, unicamente, trabalho. 

E eu retornarei segunda-feira. Até lá amigos e um abraço do meu tamanho!

Por Archimedes Naspolini Filho 08/04/2020 - 10:45 Atualizado em 16/04/2020 - 10:58

Ontem falei sobre o Fundão e fiz até um raciocínio meio confuso porque são dois os Fundos: o Eleitoral e o Partidário. O primeiro cuida de pagar as despesas das eleições e, o segundo, da vida dos partidos políticos. Mas, a semelhança não é mera coincidência.

Parece que eu já sabia: ao final da tarde, o juiz federal Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara Federal Cível de Brasília, determinou o bloqueio de tais fundos, e que tais dotações sejam destinadas às campanhas de combate à proliferação do Novo Coronavirus.

Não sei quanto tempo essa determinação viverá, isto é, não sei se, em instância superior, a determinação não será cassada e esta dúvida reside no fato de que tais instâncias superiores têm se aprimorado, ultimamente, em votar contra os anseios do povo.

A História nos diz que a Itália foi o berço de nascimento de partidos políticos, mas que o primeiro país a adota-los foi a Inglaterra. No Brasil, o primeiro partido a ser fundado foi o Republicano, ao tempo da Monarquia, e que visava, exatamente, a derrubada do regime monárquico e a adoção da República como forma de governo.

Desde então, a cada eleição, se discute a possibilidade de candidaturas avulsas, isto é, sem a vinculação a partidos políticos. E esta tese está nos escaninhos do Congresso Nacional e da Suprema Corte de Justiça. No Congresso, em forma de proposta de emenda à Constituição abrindo tal possibilidade. No STF, como recurso ao registro de tal candidatura.

Feita esta digressão, lembro que, no corrente ano, haverá eleições para prefeito e para vereador. Com data pré estabelecida: 4 de outubro.

Em função da crise estabelecida no combate à praga do Covid-19, ouvem-se vozes falando em suspensão das eleições deste ano, remetendo-as para 2022, com a prorrogação dos atuais mandatos municipais, ou, adiamento do pleito, jogando-o para o mês de dezembro.

A primeira hipótese sequer será examinada pelo Tribunal Superior Eleitoral e/ou pelo Congresso Nacional. Por quê? Porque a consulta popular objetivando eleições da maneira como o são, é cláusula pétrea da nossa Constituição Federal que, por ser pétrea, só poderia ser alterada por uma Assembleia Nacional Constituinte, e seria um casuísmo pernicioso convocar uma Assembleia Nacional Constituinte para votar tal proposta. Agora, o adiamento, para dezembro, tem fôlego e poderá até ser estabelecido, isto é, ao invés de outubro, jogar as eleições para dezembro.

O que se nota, relativamente ao ano eleitoral, é que a discussão político-eleitoral, também entrou no clima do confinamento: os partidos, os políticos, os candidatos, as consultas, os convites, as visitas, os conchavos, a cooptação, tudo na caserna: com o covid-19, as candidaturas murcharam, os candidatos deixaram de se assanhar, os sonhadores emudeceram. E, com esta da suspensão do pagamento do Fundão, para pagar as despesas eleitorais, muitos “potenciais” candidaturas passam a ser esquecidas. Sem recursos financeiros, diria Dona Chiquinha, o buraco é mais embaixo!

E que todos comecemos o dia como queremos termina-lo! Bom dia!

Por Archimedes Naspolini Filho 08/04/2020 - 06:58 Atualizado em 13/04/2020 - 16:51

Continuo buscando, na edição que circulou na semana de 14 a 21 de março de 1964, do nosso saudoso semanário Tribuna Criciumense, os tópicos de publicações que dão um mergulho no passado e se transformam na Crônica da Cidade de hoje.

EM FORQUILHINHA INAUGURADA AGÊNCIA DOS CORREIOS – No último dia 8 realizou-se a inauguração das novas instalações da agência postal telegráfica de Forquilhinha, com a presença do diretor regional do DCT em Santa Catarina, Israel Gomes Caldeira, do Delegado do Tesouro Nacional em nosso estado, senhor Natalício Barcelos e de diversas outras autoridades estaduais e municipais. Grande número de agentes postais de toda a região se fez presente à cerimônia que teve início com a bênção às dependências procedida pelo vigário da paróquia local. A seguir foi feita uma comunicação com Florianópolis, Criciúma e Tubarão, trocando-se as mensagens inaugurais. Ao final falou o Sr. Apolinário Tiscoski, agente postal telegráfico do Distrito. Terminou convidando a todos os presentes para um coquetel nas dependências do Hotel Forquilhinha.

CAMPEONATO CATARINENSE – Metropol x Guatá – Teremos o início do campeonato da divisão de honra, da Federação Catarinense de Futebol, amanhã, quando o E. C. Metropol estreará frente ao Guatá, da cidade de Lauro Müller. Cremos que o match válido pelo campeonato do estado muito trará de proveitoso ao público presente.

Comerciário x Urussanga – Na sequência da primeira rodada teremos, quarta-feira próxima, uma partida noturna em que o Comerciário recepcionará ao Urussanga F. C., da cidade do vinho.
Atlético em Florianópolis – Temos também um dos nossos representantes em ação, na noite de quarta-feira, na capital do Estado, frente ao aguerrido Figueirense F. C.
Gaiola no Metropol – No retorno de Gaiola, do Rio de Janeiro, onde esteve fazendo teste no Botafogo de Futebol e Regatas, não mais se acertou com o time da Vila Famosa e, por esta razão, fez teste no Metropol. Gaiola satisfez ao novo treinador, Luiz Engelk, e foi contratado por uma temporada.

O CASCA GROSSA – Dia 24 de abril vindouro, reprise da comédia O Casca Grossa, no Cine e Teatro Milanez, em benefício ao Ginásio Marista. Elenco: Modesto, Antônio Luiz; Mendonça, Altair Cascaes; Honorato, Edmar Vilaça; Luiz, Magno Garbelotto; Isabel, Santina Silvestre; Clementina, Donatila Borba; Etelvina, Juçara Hülse. Ponto: Edite Caetano e Carmem Frydberg. 

E eu retornarei amanhã. Até lá amigos e um abraço do meu tamanho!

Por Archimedes Naspolini Filho 07/04/2020 - 10:23 Atualizado em 16/04/2020 - 11:00

Hoje quero falar de um tema que arrepia os brasileiros de norte a sul do país: o Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, ou – na forma simplificada – do Fundo Partidário, ou, na forma mais simplificada, do Fundão.

Esse Fundão é uma forma de financiamento das eleições geradas no Brasil, assim como à própria manutenção dos partidos políticos brasileiros. Quer dizer, nós pagamos para os políticos se organizarem em partidos e nós pagamos as despesas eleitorais para os políticos se elegerem.

Não vou nem desenhar: é fácil – demais - o entendimento.

E não é coisa nova, não. O Fundão existe desde 1965, quando foi editada a primeira Lei Orgânica dos Partidos Políticos, sancionada pelo presidente Castello Branco. Só que, a exemplo de um certo vírus que ameaça a humanidade, ele veio sofrendo mutações e transformações e, hoje, tem uma dotação orçamentária bilionária, paga por nós.

Além da robusta verba no orçamento fiscal, isto é, daquele valor que é colocado no orçamento nacional para ser distribuído aos partidos, ao Fundão também são alocados, a ele, os dinheiros arrecadados a título de multas eleitorais, que não são poucos.

Compete ao Tribunal Superior Eleitoral fixar as parcelas do Fundão para cada partido, considerando que todos se igualam numa primeira distribuição: 5% para cada agremiação política registrada no TSE. Os outros 95% são distribuídos aos partidos proporcionalmente à sua representação parlamentar: quanto mais deputados federais o partido eleger maior será a sua parte nesse Fundão. Para o PT, que tem a maior bancada, a maior fatia: a bagatela de 377 milhões e 700 mil reais. Capisci?

O TSE chama seus técnicos contábeis – nem precisa ser tão técnico para isso – para calcular o valor que cada partido deva receber, mensalmente. É o tal valor duodecimal, que o tesouro nacional deposita a cada partido, ao final de cada mês, religiosamente.

Aí os dirigentes de cada partido, lá em cima, fazem a distribuição dentro de sua respectiva agremiação: tanto para a representação do presidente, tanto para pagar as secretárias, tanto para pagar os assessores, tanto para a reserva às eleições, tanto para pagar ex-presidente. Enfim, cabe a cada partido fazer uso do nosso dinheiro como melhor lhe aprouver.

Quando ficou proibida a busca de dinheiro empresarial para custear as eleições, os expertos manipuladores do dinheiro público, compensaram aquela substancial contribuição aumentando a dotação do Fundão. Hoje é de 2 bilhões e 34 milhões de reais que deverão dar suporte às eleições de prefeitos e vereadores em todo o país. E os deputados e senadores aprovaram essa escandalosa importância sem ficarem com a cara vermelha!

Daí, o Partido Novo, resolveu destinar a sua cota para engrossar a verba de combate ao Novo Coronavirus. O Tribunal Superior Eleitoral não permitiu.

Quer dizer, desgraçadamente um país com sua economia em frangalhos é obrigado a custear as despesas de eleição de seus políticos, com o dinheiro do povo, com o dinheiro dos nossos impostos, com o dinheiro que poderia ajudar nas campanhas epidemiológicas. 
Pobre Brasil!

E que todos comecemos o dia como queremos termina-lo! Bom dia!

Por Archimedes Naspolini Filho 07/04/2020 - 07:04 Atualizado em 13/04/2020 - 16:52

Busquei, na edição que circulou na semana de 7 a 14 de março de 1964, do nosso saudoso semanário Tribuna Criciumense, os tópicos de publicações que dão um mergulho no passado e se transformam na Crônica da Cidade de hoje.

A capa da edição em tela foi toda ocupada por notícias dependentes da manchete: CARVÃO – A MAIS SÉRIA DAS CRISES – novamente o nosso carvão estava em crise, daquelas crises costumeiras. O Brasil consumia pouco carvão de Santa Catarina e os mineradores queriam cotas maiores. Os mineiros queriam salários mais expressivos. E, costumeiramente, o governo não aumentava as cotas e os mineradores alegavam que não podiam pagar o que os mineiros reivindicavam. Era estabelecida a crise. Depois, a greve. Depois, o aumento das cotas. Depois, o aumento salarial. Era o costume da época.

ESTATUTO DOS SERVIDORES MUNICIPAIS – Na edição epigrafada é iniciada a publicação da Lei nº 1/63-L, promulgada pelo presidente da Câmara, vereador Pedro Guidi, instituindo o estatuto dos funcionários civis do município de Criciúma. O projeto fora apresentado por vereadores e aprovado pela Câmara. O prefeito Arlindo Junkes não apôs a sua assinatura de sanção e o Presidente da Câmara o promulgou. Até no número, estava errado: ao invés de se buscar o número sequencial das leis ordinárias e complementares, a Câmara inventou um número: 1/63-L. Sem comentários.

EXÉRCITO ENTRE NÓS – Uma movimentação de tropas do Exército em nossa cidade, deixou parte da população curiosa e  apreensiva. Diversas interrogações foram feitas depois que, na última quarta-feira, foram vistas fardas verdes circulando em nosso meio, provocando várias versões. Conforme as palavras do delegado regional de polícia, senhor Zelindro Serafim, tão logo ele soube da presença de tais militares enviou uma comissão ao chefe das tropas para saber o motivo, recebendo como resposta que os mesmos estavam a passeio. É preciso lembrar que Criciúma não possuía quartel do Exército e, evidentemente, grupos de soldados vestindo a gloriosa farda verde oliva suscitava imaginações mil. Coincidentemente, eles voltariam ao final do mês, dia 31 de março.

ADEUS AO PADRE PAULO – E Tribuna registra a partida, para os Estados Unidos, do ilustre sacerdote, Padre Paulo Petruzzelis, diretor do Bairro da Juventude. A viagem obedecia mandamento da congregação Rogacionista.

E eu retornarei amanhã. Até lá amigos e um abraço do meu tamanho!

Por Archimedes Naspolini Filho 06/04/2020 - 10:55 Atualizado em 16/04/2020 - 11:03

Parece que, a partir de hoje, Santa Catarina retomará o caminho da normalidade do cotidiano, abalada com o “andaço” do Covid-19. Muita gente vai se achar enquadrada nos dispositivos do decreto de Moisés, o governador, e alcançará as ruas: “Todo mundo é encanador”, um dos profissionais liberados.

Aos idosos, como este comentarista, é melhor ficar fazendo nada dentro de casa, pois a nonna já nos dizia: cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.

Já perdi a conta de quantos dias ficamos trocando os cômodos dentro de casa, afundando o assoalho: quarto, sanitário, cozinha, copa, área de serviço e sala com tv, ida e volta, diariamente, o dia todo. Madonna Mia!

E nesse confinamento, fomos poucos os que nos lembramos que há um exército de profissionais que ficou trabalhando, para que tivéssemos um mínimo de conforto. Os colonos, os granjeiros, os donos de galinheiros, os fruticultores, os caminhoneiros, os lixeiros, os garis, os motoristas de ambulâncias, os jornalistas e os radialistas, o açougueiro, o padeiro, os supermercadistas, os donos de armazéns, o pessoal das funerárias – e dos cemitérios -, o pessoal da Celesc, e o da Casan, e o da Internet, o pessoal do governo municipal, a turma da saúde – e aqui temos a obrigação de incluir desde os porteiros até os dirigentes de nossas casas de saúde, passando pelo corpo de enfermagem e pelo corpo clínico. É nosso dever não voltarmos à normalidade do dia-a-dia, brecada com a chegada dessa praga do Novo Coronavirus, sem deixar consignado um agradecimento especial e profundo a esses profissionais todos. Com certeza estavam - e estão - correndo risco com mais intensidade do que nós outros, recolhidos ao recôndito de nossas casas. 

Agora, vamos adentrar ao terreno das suposições: como você aí, que me dá a honra da audiência, também tenho recebido muitas mensagens com depoimentos de técnicos e de pseudos técnicos, alguns defendendo o recolhimento e muitos defendendo a liberdade do ir e vir, com cuidados especiais aos idosos e doentes crônicos. Igual a cada um de vocês, eu também balanço entre defender este ou aquele ponto de vista. Há manifestações favoráveis ao que diz o presidente Bolsonaro, relativamente à praga, e há as que defendem o proselitismo da mídia televisiva maior que, não raras vezes, nos deixa a impressão de que defende a política do “quanto pior melhor”, divulgando tudo o que é ruim e sonegando as informações positivas relativas aos bons resultados colhidos pela medicina nacional, relativamente a essa doença.

Tenho certeza de que todos queremos voltar à normalidade. O Brasil pede para voltar à normalidade. Só Deus saberia responder de quanto tempo precisaremos para retomar o caminho da produção e retornar ao status quo derrubado pela Covid-19 que, o país inteiro estava acompanhando, era de fortalecimento de nossa economia.

Os de minha geração e de gerações periféricas, devemos nos manter recolhidos às nossas casas. Os de idade inferior, que vão tocar o Brasil pra frente, que tenham a responsabilidade de se cuidar a ponto de não trazerem, para nós, os confinados, esse vírus desqualificado.

E que todos comecemos o dia como queremos termina-lo! Bom dia!

Por Archimedes Naspolini Filho 06/04/2020 - 07:07 Atualizado em 13/04/2020 - 16:53

Busquei, na edição que circulou na semana de 29 de fevereiro a 7 de março, de 1964, do nosso saudoso semanário Tribuna Criciumense, os tópicos de publicações que dão um mergulho no passado e se transformam na Crônica da Cidade de hoje.

IMIGRANTES TERÃO MONUMENTO – Há alguns anos que Criciúma dedicou, aos Imigrantes, uma Praça. Esse lugar público foi arborizado e iluminado porém faltava um monumento, uma placa que traduzisse a homenagem do nosso povo ao nosso fundador. Agora, por iniciativa da UESC, acatada pela prefeitura, grupos de homens tem trabalhado, diariamente na Praça erigindo um monumento que, através da pedra, vai manifestar o agradecimento de Criciúma aos imigrantes. Os diretores da União dos Estudantes de Grau Médio de Criciúma entenderam de dar a sugestão e de ir buscar as pedras mós que moíam o milho na primeira atafona da cidade, de propriedade de Benjamin Bristot. Aquelas pedras estavam em Treze de Maio, abandonadas no que restava de uma velha atafona. Os estudantes Júlio Wessler, Carlos Roberto Amante e Luiz Carlos Búrigo, num caminhão caçamba do governo municipal, foram a Treze de Maio e trouxeram as pedras. São as que estão erguidas na pracinha do Imigrante, início da Rua Seis de Janeiro.

NOVO SALÁRIO MÍNIMO – O presidente João Goulart acaba de assinar decreto fixando os valores do salário mínimo para todo o território nacional. O valor variava de estado para estado e dentro do próprio estado. Assim, em Santa Catarina, havia duas regiões: a primeira, formada por Florianópolis, Blumenau, Brusque, Campos Novos, Concórdia, Criciúma, Gaspar, Ilhota, Itajaí, Joinville, Joaçaba, Lages, Lauro Muller, Orleans, Tubarão e Urussanga. Para estes municípios o valor foi de Cr$ 35.600,00. A outra região compreendia todos os demais municípios catarinenses e o valor foi de Cr$ 31.800,00.

NOTÍCIAS DE FUTEBOL – O Esporte Clube Próspera foi a Tubarão e enfrentou ao Hercílio Luz, na noite de quarta-feira. Ao final dos 90 minutos o marcador era de 2 x 1 para os prosperanos. Nordestino e Poeira marcaram para os escarlates e Gonzaga para os hercilistas. Com bom desempenho atuou, no amistoso, o juiz Urias Correa, presidente do quadro de árbitros da nossa cidade. Após o encontro o apitador foi, vergonhosamente, atingido por alguns torcedores tubaronenses.
O E. C. Boa Vista seguirá, domingo, para Araranguá onde jogará contra a equipe do Arati F. C., dessa cidade.
Seguiu, na manhã de ontem, para o Paraná, a delegação do E. C. Metropol. A primeira apresentação do tri campeão deverá acontecer na cidade de Paranaguá.

E eu retornarei amanhã. Até lá amigos e um abraço do meu tamanho!

Por Archimedes Naspolini Filho 03/04/2020 - 10:40 Atualizado em 16/04/2020 - 10:41

Sextou, diriam os trabalhadores que têm, na sexta-feira, a porta para o final de semana e a geladinha indispensável à comemoração de mais uma etapa vencida.  Só que, hoje, sextar não representa absolutamente mais nada, haja vista o isolamento a que fomos induzidos, por conta dessa maldita praga que assola o mundo, chamada Covid-19. Nenhuma diferença entre sexta, terça, quinta, domingo: ficou tudo igual.

Mas eu quero falar, mesmo, é do domingo vindouro, depois de amanhã. Os cristãos celebraremos o Domingo de Ramos, porta da Semana Santa, festa móvel do cristianismo celebrada no domingo antes da Páscoa.

O Domingo de Ramos celebra a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém e é preciso que nos lembremos de que, à época, as cidades eram cercadas e nelas se entrava por determinadas portas. Uma delas era a dourada e teria sido por ela que Cristo adentrara à maior cidade do Oriente Médio, montado em um jumento, e recebido pelo povo que Lhe acenava com folhas de palmeiras. Evidentemente que todos sabiam de Sua chegada: os próprios discípulos de Cristo teriam se encarregado de transmitir sua chegada àquela cidade. 

Aí ficamos nos perguntando por quê montado num jumento e não num cavalo?

É que, pela cultura oriental, o jumento é lembrado como um animal da paz, ao contrário do cavalo, que seria um animal de guerra. Segundo a tradição, quando o rei chegava montado num cavalo esta afirmando que queria guerrear.

Um dos evangelistas, contadores da história de Cristo, nos transmite que, ao ver a cidade, Jesus teria chorado, já prevendo o que O esperava.

A tradição nos traz, até hoje, a exibição de ramos folhas de palmeiras, em suas variadas espécies e tamanhos, para lembrar aquela entrada do Mestre na cidade que O executaria. 

Não há nenhuma orientação canônica determinando o tipo do ramo a ser exibido no cerimonial que lembra a entrada de Jesus Cristo em Jerusalém.

Lembro de um costume muito divulgado entre os católicos da Região e intrinsicamente ligado ao Domingo de Ramos: ramos de oliveira e de outras plantas, assim como folhas de pequenas palmeiras eram levados, pelas famílias, para as comemorações sacras do Domingo de Ramos. Ali eram abençoadas, coletivamente, pelo sacerdote oficiante e, depois, levadas para casa onde eram guardadas com muito cuidado, geralmente dependuradas num cantinho de um cômodo qualquer. Na de meus pais, aqueles ramos eram fracionados e queimados nos momentos das grandes intempéries, acreditando-se que, a fumaça dele originada, diminuía e/ou afugentava os raios, tão comuns em tempestades. Como a fé remove montanhas...

Em algumas paróquias esses ramos são disponíveis à entrada do respectivo templo facilitando a exortação dos fiéis durante a cerimônia religiosa. Noutras, esses ramos são guardados e incinerados: colhidas as cinzas, estas são armazenadas para serem aplicadas na cerimônia da Quarta-Feira de Cinzas.

Depois de amanhã será Domingo de Ramos, dia de reflexão sobre a paixão e morte de Jesus Cristo e seu significado para os cristãos. Dia de reflexão sobre as consequências da praga que castiga a humanidade: o Covid-19.

E que todos comecemos o dia como queremos termina-lo. Bom dia!

Por Archimedes Naspolini Filho 03/04/2020 - 06:59 Atualizado em 13/04/2020 - 16:54

Busquei, na edição que circulou na semana de 22 a 29 de fevereiro, de 1964, do nosso saudoso semanário Tribuna Criciumense, os tópicos de publicações que dão um mergulho no passado e se transformam na Crônica da Cidade de hoje.

APOSENTADORIA DOS MINEIROS – Na última semana, o presidente João Goulart, despachando no Palácio das Laranjeiras, na cidade do Rio de Janeiro, presente o ministro do Trabalho, assinou decreto que regula a aposentadoria especial aos 15, 20 e 25 anos de atividades aos trabalhadores que exercem funções consideradas insalubres e, por isso, nocivas à saúde. O decreto presidencial está baseado em dispositivos da Lei Orgânica da Previdência Social, que regula a matéria. E essa aposentadoria especial que alcançava aos nossos mineiros só sofreu alteração com a recente reforma trabalhista.

RINCÃO IATE CLUBE – Na capa, Sebastião Humberto Pieri, fez publicar extensa matéria relacionada à criação do Rincão Iate Clube, a ser construído junto à Lagoa dos Esteves. 

TRILHOS PARA A FERROVIA – O Jornal do Brasil informa que está a caminho de nosso país, o cargueiro polonês, Nordwind, transportando trilhos adquiridos pela Rede Ferroviária Federal. Esse cargueiro destina-se ao porto de Imbituba trazendo duas mil e quinhentas toneladas de trilhos para a Estrada de Ferro Dona Teresa Cristina.

PORTUGUESA NÃO VIRÁ A CRICIÚMA – Estava previsto para amanhã mais um jogo sensacional. A Portuguesa de Desportos estaria em nossa cidade apresentando um ótimo futebol ao torcedor criciumense. Também traria à nossa cidade grandes personagens do futebol, como o famoso técnico Aimoré Moreira e o segundo Pelé paulista, Ivair que, há tempos, vem dando um novo ânimo para a torcida portuguesa em São Paulo. Viria, também, o famoso massagista Mário Américo que sempre acompanha a seleção brasileira. O Metropol, por sua vez, deveria apresentar-se com grande esquadrão podendo, até mesmo surpreender ao clube paulista. Por não completarem 72h entre o jogo contra o Grêmio Porto-alegrense, a Portuguesa não veio a Criciúma.

E eu retornarei segunda-feira. Até lá amigos e um abraço do meu tamanho!

Por Archimedes Naspolini Filho 02/04/2020 - 10:19 Atualizado em 16/04/2020 - 10:43

Covid 19 – está aqui o nome pelo qual os cientistas denominam essa maldita doença infecciosa causada pelo Novo Coronavirus. Sobre o nome da doença e sobre o seu causador, temos ouvido e lido o dia inteiro, todos os dias.

Uma das primeiras notificações que nos foi ensinada é a de que a doença é infecciosa e transmissível através de contato com outra pessoa, infectada, a qual transmite o vírus por meio de tosse, gotículas de saliva ou coriza. Tosse, febre, dores no corpo e pneumonia, são os sintomas indicadores da possibilidade da contaminação. 

Não tocar no rosto, evitar cumprimentos através de beijos, e lavar as mãos com frequência, as primeiras indicações para dela se afastar.

Muito bem!

Para proteger, com mais segurança, a população, as autoridades constituídas e as que cuidam especificamente da saúde pública, recomendam o recolhimento de todos às suas casas e isto foi o que ocorreu conosco em todo o território nacional (presume-se). 

Mas aí, prisioneira de si própria, uma fração da população se manifestou contrária a tal confinamento e não faltou meia dúzia de “infratores” que saíram e saem para caminhadas, para o trabalho a portas fechadas, e para outras atividades ao ar livre, colocando em cheque o que nos determinam os preceitos sanitários. São os que se autoproclamam acima dos seus semelhantes, sem a consciência de que, com tais gestos, põem em cheque as pessoas com as quais se encontram e com aquelas com as quais coabitam. E justificam ser muito estranha essa contaminação, pois “sair para ir à farmácia, não pega; sair ao mercado, não pega; sair ao posto de combustível, não pega; ir à lotérica, não pega; ir ao banco, não pega; passar e pagar o pedágio nas rodovias, não pega. Só pega para sair para o trabalho?”

Não deixa de ser um questionamento lógico e curioso, certamente. Todavia, ainda assim, com tais aberturas, a medicina que cuida especificamente de males dessa natureza insiste em nos indicar que o confinamento continua sendo o remédio mais eficaz contra o contágio.

Temos aqui, na Covid-19, uma desgraçada doença que, não cuidada a tempo leva a óbito. E o óbito só não é pior do que a determinação de que o velório da pessoa assim falecida deva se resumir aos seus pais e irmãos em evento de pouquíssimas horas, isto é, sem tempo e permissão para as cenas de última despedida, de parentes e amigos.

E o que temos presenciado, pela mídia que dá e mostra a notícia, é a pandemia se alastrando mundo a fora até aos seus recônditos menos habitados e os selvagens, em alta velocidade, não respeitando pessoas saudáveis, doentes, ricos, pobres, sexo, raças e etnias.
- Mais quantos dias de confinamento, sem a volta às atividades normais? 
- O necessário para poderemos contar esta história aos nossos descendentes. Os apressados poderão não ter essa oportunidade.

E que todos comecemos o dia como queremos termina-lo! Bom dia!

Por Archimedes Naspolini Filho 02/04/2020 - 07:06 Atualizado em 13/04/2020 - 16:54

Busquei, na edição que circulou na semana de 15 a 22 de fevereiro, de 1964, do nosso saudoso semanário Tribuna Criciumense, os tópicos de publicações que dão um mergulho no passado e se transformam na Crônica da Cidade de hoje.

UMA FIRMA EM EXPANSÃO – Há organizações que acompanham o progresso de Criciúma, crescem com a cidade, ampliam suas instalações para poderem se manter no ritmo da atualidade e oferecer cada vez melhor serviço ao público. Assim, a Firma Irmãos Manique que, na última quinta-feira, dia 13, inaugurou suas novas dependências na Travessa Padre Pedro Baldoncini. Aos atos de inauguração, dessa casa comercial, estiveram presentes diversas autoridades e muitos convidados. Coube ao prefeito municipal, Arlindo Junkes, o corte da fita inaugural. A bênção foi procedida pelo Padre Gregório Locks. Representando o firma falou o senhor Adhemar Costa. Também usou a palavra o empresário Algemiro Manique Barreto que encerrou o seu discurso convidando a todos para se servirem de um coquetel. Isso era comum: os empresários, ao se estabelecerem, levavam as autoridades do município e singular número de convidados para o evento da inauguração que  terminava, sempre, com um coquetel.

CÂMARA DE SIDERÓPOLIS – No último dia 4 reuniu-se a Câmara Municipal de Siderópolis para a primeira sessão do ano e eleição da nova Mesa diretora. Esta ficou assim constituída: Presidente Valmor Freccia, Vice-Presidente Renato Melilo, 1º Secretário Raulino Cesa e, 2º Secretário Plinio Bonassa. Sem desmerecer aos vereadores que os sucederam, nem aos atuais, mas deu para ver a estatura dos vereadores sideropolitanos, de então? Só feras.

JUIZ DE DIREITO – Tribuna Criciumense tem o grato prazer de felicitar a comarca de Criciúma pela posse efetiva, no cargo de Juiz da 2ª, do Juizado de Direito local, do Doutor Ayres Gama Ferreira de Mello. Posteriormente o Dr. Ayres foi nomeado desembargador e, nessa condição, presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Há magistrados que afirmam que a Justiça de SC possui dois tempos bem distintos: antes do Dr. Ayres e depois do Dr. Ayres. E ele foi o nosso Juiz, morou aqui em Criciúma.

SANTOS, SEM PELÉ, NÃO IMPRESSIONOU – O jogo Metropol x Santos, que prometia ser o maior espetáculo futebolístico do ano, não impressionou a quantidade de torcedores e curiosos que se dirigiram, na tarde do último sábado, ao estádio Euvaldo Lodi, para ver as jogadas que fizeram, do time santista, Campeão Mundial de Clubes. A ausência de Pelé foi, sem dúvida, o primeiro fator de decepção.

E eu retornarei amanhã. Até lá amigos e um abraço do meu tamanho!

Por Archimedes Naspolini Filho 01/04/2020 - 10:50 Atualizado em 16/04/2020 - 10:46

Finalmente a praga chegou ao final. Já podemos ir para as ruas, praças e logradouros públicos, Os restaurantes já abriram e estão a pleno vapor. Os ônibus trafegam pra lá e pra cá levando e trazendo gente de toda parte para toda parte. Os escolares tomam as calçadas e, com suas algazarras, chegam às suas escolas. Uber e 99 deixaram as garagens e transportam idosos e jovens por todos os lados. Já não há mais restrições ao ir e vir. As diaristas já estão chegando. As igrejas de todos os credos estão repletas de seus fiéis. Acaba de ser sepultado o causador da maior crise que o mundo contemporâneo vivenciou: morreu o novo coronavirus!

Ah se isto fosse verdade!

Hoje é primeiro de abril e fica meio estranho dizermos “um de abril”. Mais do que qualquer outro primeiro dia de mês, o de abril – obrigatoriamente – é chamado de Primeiro de Abril. E a ele adicionado: O Dia da Mentira.
Por que?

O calendário que nos orienta desde 1582, é o Gregoriano, instituído pelo Papa Gregório XIII, através da bula papal Gravíssimas, em substituição ao Calendário Juliano, instituído pelo imperador romano Júlio Cesar, no ano 46, antes de Cristo.

Pelo calendário antigo o ano começava no dia 1 de abril e foi o rei Carlos IX, da França, que determinou que o ano começasse dia 1 de janeiro. Muitos franceses, no entanto, resistiram à mudança e continuaram a festejar o início de um novo ano no dia 1 de abril.

Os gozadores – e onde não os temos? – passaram, então, a ridicularizarem os conservadores e, no dia 1 de abril, enviavam – a eles – presentes estrambóticos, esquisitos, e convites para festas inexistentes. 

Nascia o Dia da Mentira!

No Brasil, o “Primeiro de Abril” começou a ser conhecido a partir de Minas Gerais onde, em 1828, circulou um periódico denominado “A Mentira”. Em seu primeiro número, que circulou dia 1 de abril daquele ano, era noticiada a morte de Dom Pedro I, desmentida no dia seguinte.

Aquele jornal circulou, pela última vez, dia 14 de setembro de 1849, convocando todos os seus credores para um acerto de contas no dia 1 de abril do ano seguinte, dando como referência um endereço inexistente.

Hoje é “Primeiro de Abril” e não podemos deixar de nos lembrar de grandes peças aplicadas, mentirosamente, nesta data. 

Em meio à pandemia que nos trancafia em nossas próprias residências, que – segundo instruções médico-sanitárias – é a única forma de evitarmos a contaminação com o coronavirus, uma mentirinha como essa que fiz abrindo este comentário, nos antecipa o alívio do seu final.

Certamente não haverá um dia especial para o fim dessa praga, ele, o fim, será paulatinamente registrado. Então, a mentira que proferi é compreensível, espero, porque provocou a explicação do porquê hoje ser o Dia da Mentira.

Tomemos cuidado! Os mentirosos contumazes estão de plantão. Hoje eles fazem a festa!

E que todos comecemos o dia como queremos termina-lo! Bom dia!

Por Archimedes Naspolini Filho 01/04/2020 - 07:01 Atualizado em 13/04/2020 - 16:55

Busquei, na edição que circulou na semana de 8 a 15 fevereiro de 1964, do nosso saudoso semanário Tribuna Criciumense, os tópicos de publicações que dão um mergulho no passado e se transformam na Crônica da Cidade de hoje.

Na capa, com manchete em letras garrafais: CONCLUSÃO DA BR-59 EM SANTA CATARINA – Quando o ministério da Viação e Obras Públicas determinou ao Departamento Nacional de Estradas de Rodagem que abrisse a BR-59, cortando o litoral de Santa Catarina de Norte a Sul, os catarinenses vibraram de satisfação. Os trabalhos foram iniciados e, em pouco tempo, alguns rtrechos ficaram concluídos. O barriga-verde assistia ao trabalho das máquinas e dos homens removendo terra, com indisfarçável entusiasmo de um povo cansado das péssimas estradas esburadas que caracterizavam Santa Catarina. Mas, a alegria dutou pouco, pois a BR ficou na sua fase inicial. DSe sua extensão total de 404,5 km em território catarinense foram concluídos apenas 258,1km.
Sentindo, como todos, a necessidade da conclusão da rodovia, o Deputado federal Diomício Freitas, em 14 de agosto, proferiu discurso na Câmara Federal solicitando imediatas providências no sentido de serem reencetados os trabalhos nos trechos Araranguá-Criciúma e Laguna-Florianópolis.

Aqueles 258km que restaram a serem abertos, estavam exatamente no sul do Estado que, até a duplicação e construção de obras de arte, foi preterido para o lado do Norte. Segundo jornal, Diomício Freitas, além do discurso, foi ao ministro da Viação e Obras Públicas e, em nome do sul catarinense, exigiu que os trabalhos fossem recomeçados imediatamente. A BR chegou a trocar de nome, de 59 passou a ser denominada 101, mas a bronca de Diomício Freitas fez pouco efeito porque, em abril, o Brasil tomaria outro rumo e os responsáveis por aquele estado de coisa desapareceram do serviço público.

NOTÍCIAS DO RIO MAINA – CINE GUARANY – O Cine Guarany é alvo de críticas por suas más condições de higiene. É a única casa de espetáculos do Distrito e, no entanto, as suas instalações sanitárias estão muito descuidadas. O problema do Cine Guarany já foi levado ao conhecimento dos responsáveis, mas nada ficou resolvido. Alguém se lembra do C ine Guarany, do Rio Maina? Ou melhor: alguém sabia que o Rio Maina tinha um cinema?

E eu retornarei amanhã. Até lá amigos e um abraço do meu tamanho!

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