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DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por João Nassif 23/10/2019 - 10:47

A Copa Libertadores da América de 1960 foi a primeira edição da competição que em todos os anos é organizada pela CONMEBOL, Confederação Sul-Americana de Futebol.

Nesta edição inaugural sete países participaram com suas equipes campeãs nacionais em 1959. O representante do Brasil foi o Bahia campeão da Taça Brasil. Equador e Venezuela não tiveram clubes no torneio e o Universitário do Peru que estava inscrito desistiu de participar.

O primeiro jogo da história da Libertadores foi entre o Peñarol do Uruguai e o Jorge Wilstermann da Bolívia com vitória dos uruguaios por 7x1 no dia 19 de abril de 1960.

O Bahia enfrentou o San Lorenzo na primeira fase e foi eliminado mesmo vencendo o jogo de volta na Fonte Nova por 3x2. O San Lorenzo havia vencido o primeiro jogo por 3x0 jogando em Buenos Aires.

Além do Peñarol e San Lorenzo, foram às semifinais o Millonarios da Colômbia que eliminou a Universidad de Chile e o Olímpia do Paraguai com a desistência do Universitário do Peru.

Nas semifinais o Peñarol eliminou o San Lorenzo e o Olímpia despachou o Millonarios com uma goleada de 5x1 no segundo jogo em Assunção.

A final sul-americana, diferente da europeia é disputada em dois jogos e na primeira edição da Libertadores o Peñarol foi o campeão depois de vencer por 1x0 em Montevideo e empatar em 1x1 em Assunção.

Com a conquista o Peñarol se credenciou para disputar com o Real Madrid, campeão da Liga dos Campeões da Europa a Taça Intercontinental de 1960.
 

Por João Nassif 24/10/2019 - 10:17

A primeira edição da Copa Intercontinental ocorreu em 1960. Foi disputada em duas partidas entre o campeão europeu e o sul-americano, Real Madrid da Espanha e Peñarol do Uruguai, respectivamente.

O Real Madrid ganhou o direito de participar da primeira edição da Copa Intercontinental depois de vencer o Eintracht Frankfurt, da Alemanha, na final da quinta edição da Taça dos Clubes Campeões Europeus. O time espanhol havia ganho as cinco primeiras edições da competição.

Campeão da primeira Copa Intercontinental

O Real Madrid venceu na final o Eintracht Frankfurt por 7 a 3, sendo citado pela imprensa como a maior final realizada até aquela data, de modo que o campeão seria o representante da UEFA no torneio que definiria o melhor time do mundo. 

O Peñarol ganhou o direito de participar da primeira edição do torneio, depois de vencer o Olimpia, pela primeira edição da Copa Libertadores da América, que indicou o melhor clube da América do Sul. 

Após a disputa das duas partidas, o Peñarol venceu a final no placar agregado de 2 a 1, sendo campeão da Libertadores e sendo indicado pela CONMEBOL para disputar o torneio que definiria o melhor time do mundo.

A decisão da primeira Copa Intercontinental foi jogada em duas partidas. No primeiro jogo em Montevideo houve empate em 0x0.

Após esse empate sem gols, a decisão foi para Madrid. Com aproximadamente 120 mil torcedores no Santiago Bernabeu o Real Madrid conquistou o primeiro título intercontinental ao golear o Peñarol por 5x1. 


 

Por João Nassif 25/10/2019 - 09:50

A sexta edição da Taça do Campeões Europeus de Futebol correspondendo à temporada 1960/1961 foi disputada por 27 clubes, inclusive com o Real Madrid campeão da edição anterior. O desafio de 26 times era superar o Real Madrid campeão de todas as edições disputadas até então.

Wankdorf Stadium em Berna-Suíça

O destaque da fase preliminar foi o Stade Reims da França que havia disputado duas das cinco finais do torneio. O time francês eliminou o Jeunesse Esch de Luxemburgo com duas goleadas, 6x1 na França e 5x0 em Luxemburgo.

Na primeira fase da Taça o Real Madrid que participou como campeão da edição anterior enfrentou o Barcelona, campeão espanhol. Depois de empate em 2x2 no primeiro jogo em Madrid o pentacampeão foi eliminado pelo seu maior rival com a derrota por 2x1 no Camp Nou.

Numa das semifinais o Benfica de Portugal eliminou o Rapid Wien com vitória por 3x0 em Lisboa e empate de 1x1 na Áustria. Na outra semifinal o Barcelona se classificou ao vencer em casa o Hamburgo da Alemanha por 1x0 e mesmo derrotado na Alemanha por 2x1, foi para a final por ter feito um gol fora casa.

A final da Taça dos Campeões de Futebol da Europa na temporada 1960/1961 foi jogado no Wankdorf Stadium em Berna na Suíça no dia 31 de maio de 1961.

O Benfica que foi base da seleção portuguesa que disputou em 1966 pela primeira vez uma Copa do Mundo venceu o Barcelona por 3x2 e quebrou a hegemonia do Real Madrid conquistando o torneio pela primeira vez.

Com o título o Benfica se credenciou para disputar a segunda edição da Copa Intercontinental com o Peñarol do Uruguai, bicampeão da Taça Libertadores da América.  
 

Por João Nassif 26/10/2019 - 09:27

Na Europa o Benfica de Portugal conseguiu quebrar a hegemonia do Real Madrid que havia conquistado cinco títulos na Taça dos Campeões Europeus de Futebol, na América do Sul o Peñarol venceu novamente a Taça Libertadores que em 1961 realizou sua segunda edição.

Os dois se credenciaram para disputar a segunda edição da Taça Intercontinental.

Para ser bicampeão da América o Peñarol derrotou na final o Palmeiras que foi o primeiro brasileiro a participar de uma final da Libertadores.

O torneio começou com nove clubes, campeões dos países filiados à CONMEBOL, exceção da Venezuela que não esteve presente.

Foi necessária uma fase preliminar para alinhar os times para a disputa das quartas de final. O Independiente Santa Fé da Colômbia eliminou o Barcelona de Guayaquil, Equador.

Nas quartas de final o Olímpia do Paraguai eliminou o Colo-Colo do Chile, o Peñarol passou pelo Universitário do Peru, o Palmeiras eliminou o Independiente da Argentina e o Independiente Santa Fé eliminou o Jorge Wilstermann da Bolívia.

No cruzamento das semifinais o Palmeiras passou pelo time colombiano e o Peñarol pelo Olímpia.

O primeiro jogo da decisão foi em Montevideo e o Peñarol venceu por 1x0 no Estádio Centenário com mais de 64 mil torcedores. O segundo jogo foi no dia 11 de junho de 1961 no Pacaembu em São Paulo e terminou em 1x1.

Peñarol e Benfica disputaram a Taça Intercontinental que será nosso assunto de amanhã.
 

Por João Nassif 27/10/2019 - 13:27

A segunda edição da Taça Intercontinental foi disputada em 1961 entre o campeão da Taça dos Campeões de Futebol da Europa e o campeão da Taça Libertadores da América.

Para chegar à esta decisão o Benfica campeão europeu pela primeira vez derrotou o Barcelona por 3x2 numa final histórica. O Peñarol venceu a Taça Libertadores pela segunda vez consecutiva derrotando o Palmeiras em dois jogos, vencendo o primeiro por 1x0 em Montevideo e empatando o segundo em 1x1 em São Paulo.

O primeiro jogo da decisão da Taça Intercontinental foi disputado em Lisboa e o Benfica venceu por 1x0.

O segundo jogo foi realizado em Montevideo e o Peñarol imprimiu uma goleada histórica ao vencer por 5x0, depois de fazer 4x0 ainda no primeiro tempo. Com a vitória do time uruguaio houve necessidade de uma partida desempate.

Em 19 de setembro, dois dias após a impressionante goleada, novamente no Estádio Centenário na capital uruguaia perante 60 mil torcedores o Peñarol voltou a vencer, agora por 2x1, placar definido ainda no primeiro tempo.

Suportando na segunda etapa uma forte pressão do time português o Peñarol conseguiu manter a vantagem e conquistou o título de melhor time do mundo em 1961.  
 

Por João Nassif 27/10/2019 - 09:01

Diferente de outros esportes o futebol tem uma imprevisibilidade própria que em questão de minutos, segundos, altera toda a tendência que vai sendo criada no transcurso de uma partida.

O que vi sábado no Scarpelli foi algo impensável pelo que o jogo estava mostrando, jogo aliás de uma pobreza técnica no qual tanto o Figueirense como o Criciúma não mereciam vencer. Erros, muitos erros de ambos mostravam o motivo dos dois times estarem enfiados no Z-4 e sem maiores perspectivas de reação para escapar do rebaixamento.

Foto: Patrick Floriani/FFC

Por razões que somente o futebol proporciona o Figueirense conseguiu fazer o primeiro gol aos 45 minutos no único chute ao gol dos dois times, bonito gol na única jogada lucida em toda primeira etapa. Fez o segundo no início do segundo tempo numa falha do Criciúma pelo lado esquerdo e uma rebatida do goleiro nos pés do atacante deixando a forte impressão de jogo decidido.

Após o segundo gol começou a festa no estádio com os 15 mil torcedores do Figueirense em estado de êxtase, cantando e pulando o tempo todo, o chute do lateral do time na trave do Luiz aumentou ainda mais a euforia e todos davam como certa a vitória e a saída da zona do rebaixamento.

Entrou um atacante, Yuri Mamute, que executou algumas pedaladas para alegria dos torcedores, foi executada a “ola”, celulares acesos em toda extensão das arquibancadas, enfim grande festa no estádio aguardando apenas o apito final.

Faltou combinar com o Léo Gamalho.

Quando faltavam pouco mais de 10 minutos para o final, um chute despretensioso, quase sem convicção desviou num zagueiro e tirou o goleiro da jogada com a bola entrando mansamente e fazendo os torcedores calarem e apagarem os celulares.

O Figueirense sentiu o golpe e numa falta cavada longe da área permitiu ao Criciúma executar a forma única que consegue para chegar ao gol. Bola alta com a zaga adversaria batendo cabeça e o empate trazendo justiça ao péssimo jogo de dois times combalidos nesta reta final de campeonato.

Além do jogo, a briga entre torcedores do Tigre foi a outra nota lamentável de um sábado em um estádio de futebol.
 

Por João Nassif 28/10/2019 - 10:25

A Taça dos Campeões de Futebol da Europa da temporada 1961/1962 foi a sétima edição do torneio e disputada por 29 clubes. O Benfica campeão da edição anterior entrou no torneio somente depois da fase preliminar e pela primeira vez o campeão nacional de Malta disputou a competição.

Na fase preliminar o destaque ficou com o B 1913 campeão da Dinamarca que impôs no agregado o placar de 15x2 no Spora Luxemburgo. O jogo de ida terminou em 6x0 na casa do Spora e o da volta foi 9x2 na Dinamarca.

Na primeira fase, as oitavas de final, o Benfica eliminou o Áustria Vienna e o B 1913 goleador na fase anterior sofreu uma estrondosa goleada do Real Madrid que venceu na Dinamarca por 3x0 e em Madrid por 9x0.

Benfica bicampeão europeu

Entre as quatro equipes das semifinais estavam o Benfica campeão da última Taça dos Campeões e o Real Madrid que buscava recuperar o título depois de ter sido campeão cinco vezes consecutivas. 

O Benfica enfrentou o Tottenham da Inglaterra e passou para a final com vitória por 3x1 em Lisboa e derrota em Londres por 2x1. 

Por sua vez o Real Madrid derrotou o Standard Liège da Bélgica com duas vitórias, a primeira no Santiago Bernabeu por 4x0 e no jogo de volta em Liège por 2x0.

A final foi disputada no Estádio Olímpico de Amsterdam na Holanda onde 65 mil espectadores viram o Benfica conquistar o bicampeonato da Taça dos Campeões da Europa. 

Foi uma partida espetacular entre dois especialistas nesta competição. O Real saiu na frente e rapidamente fez 2x0, o Benfica empatou e o time espanhol ficou novamente à frente fazendo 3x2, placar do primeiro tempo.

Na segunda etapa com uma exibição sensacional de Eusébio, o maior jogador português da história, que marcou dois gols o Benfica fechou o marcador em 5x3.

Campeão, novamente o Benfica se credenciou para disputar a Taça Intercontinental de 1962 contra o Santos, campeão da Taça Libertadores.

Por João Nassif 29/10/2019 - 10:02

A Taça Libertadores da América de 1962, originalmente denominada Copa dos Campeões da América pela CONMEBOL, iniciou-se com nove equipes divididas em três grupos de três equipes cada. A Venezuela não teve representante neste que foi o terceiro torneio da competição. 

Foi a primeira edição a contar com uma fase de grupos. Os campeões de cada grupo avançaram para as semifinais, que contou com a presença do Peñarol, campeão da edição anterior.

Nesta fase de grupos os nove times foram alinhados em três grupos e somente o primeiro colocado avançava para as semifinais.

No Grupo 1 o Santos chegou na frente do Cerro Porteño do Paraguai e do Deportivo Municipal da Bolívia. No Grupo 2 o classificado foi o Nacional do Uruguai, enquanto o Racing da Argentina e o Sporting Cristal do Peru foram eliminados e no Grupo 3 o vencedor foi a Universidad Católica do Chile com Emelec do Equador em segundo e Millonarios da Colômbia em terceiro.

Estes três classificados se juntaram ao Peñarol para disputar as semifinais que indicariam os finalistas. O Santos passou pelo time chileno e no confronto entre os uruguaios quem se deu bem foi o Peñarol.

Finalistas definidos o primeiro jogo da decisão foi em Montevideo e o Santos venceu por 2x1. No jogo de volta na Vila Belmiro o Peñarol deu o troco e venceu por 3s2.

Foi necessária uma partida desempate e no dia 30 de agosto de 1962 no Monumental de Nuñez em Buenos Aires o Santos venceu por 3x0 e se tornou o primeiro time brasileiro campeão da Taça Libertadores. E mais, adquiriu o direito de disputar com o Benfica a Copa Intercontinental de 1962.
 

Por João Nassif 29/10/2019 - 20:24

NOVO TORNEIO

A FIFA já decidiu que o Mundial de Clubes a partir de 2021 será disputado por 24 clubes das suas seis Confederações filiadas. As vagas também já foram distribuídas, são oito vagas para a UEFA (Europa), seis vagas para a CONMEBOL (América do Sul), três vagas para a CONCACAF (América do Norte, Central e Caribe), três vagas para a CAF (África), três para AFC (Ásia) e uma vaga que será disputada por um clube da OFC (Oceania) e um clube da China (país anfitrião). O novo Mundial de Clubes irá substituir a Copa das Confederações de será disputado a cada quatro anos, sempre no ano anterior à Copa do Mundo.

CONMEBOL

Abordei a alguns dias que a Confederação Sul-Americana havia definido que quatro das seis vagas seriam dos campeões da Libertadores e da Taça Sul-Americana de 2019 e 2020, ficando em aberto as outras duas que, de acordo com a entidade seriam disputadas num torneio envolvendo todos os clubes campeões da Libertadores desde sua primeira edição. Este torneio chamado de Supercopa da Libertadores seria realizado entre dezembro e janeiro de 2020

CBF

A Confederação Brasileira de Futebol alega falta de datas, pois pelo calendário dezembro é o mês destinado às férias dos jogadores e janeiro é o mês da pré-temporada. Quer dizer, no calendário atual não existe a possibilidade dos 10 clubes brasileiros participarem da Supercopa da Libertadores. A solução é mexer no calendário.
 

CLUBES

Todos os 10 clubes brasileiros que já conquistaram a Libertadores são conscientes que um torneio desta magnitude com grandes confrontos seria altamente rentável, com forte apelo popular, além de maior nível técnico comparando, por exemplo, com os falidos campeonatos estaduais. Então, por que insistir em manter o calendário atual e não o alterar para seguir o modelo aplicado no mundo todo? Os clubes têm obrigação de bater de frente com a CBF e com as Federações que exigem os campeonatos estaduais alegando ser sua única forma de sobrevivência.

OUTROS CLUBES

Existem centenas de clubes pelo país que têm nos estaduais suas únicas competições. Milhares de jogadores dependem dos campeonatos estaduais para suas sobrevivências, acabar com os estaduais criara um enorme problema social. É verdade. O que me deixa intrigado é que a milionária CBF não está nem aí para questões que fogem da seleção brasileira, sua fonte milionária de receita. Com toda esta receita a entidade poderia perfeitamente propor o enxugamento dos estaduais e criar mais divisões no futebol brasileiro para dar calendário a muitas equipes e garantir o emprego de milhares de profissionais.

MATANDO A VACA

Não é justo que os grandes clubes deixem de arrecadar milhões para garantir a sobrevivência de outros. A CBF tem obrigação de cuidar de todos filiados, grandes ou pequenos e adequar um calendário racional à necessidade de todos. E não agradar as Federações cujos presidentes garantem o “status quo” desde muito tempo.
 

Por João Nassif 30/10/2019 - 10:06

A terceira edição da Copa Intercontinental ocorreu em 1962. Já revivemos aqui no Almanaque da Bola as duas primeiras edições vencidas pelo Peñarol do Uruguai que só não foi para sua terceira disputa por ter sido derrotado pelo Santos de Pelé na final da Libertadores.

O Santos venceu a decisão da Taça Libertadores de 1962 depois de uma partida extra disputada em Buenos Aires. O placar foi 3x0 para o time brasileiro.

Na decisão regular o Santos venceu o primeiro em Montevideo por 2x1 e foi derrotado na Vila Belmiro por 3x2.

O Benfica, campeão da Taça Europeia de Clubes Campeões foi para a decisão da Intercontinental depois de derrotar o Real Madrid no Estádio Olímpico de Amsterdam por 5x3 na decisão da temporada 1961/1962.

Santos no Estádio da Luz

Se o Santos tinha Pelé, o Rei do futebol, o Benfica contava com Eusébio, o Pantera Negra, seu maior jogador.

O primeiro jogo da Copa Intercontinental foi disputado no Maracanã com mais de 85 mil torcedores e o Santos venceu por 3x2 com dois gols de Pelé e um de Coutinho. Eusébio não marcou e os dois gols do time português foram do meia Santana.

O jogo de volta, em Lisboa no Estádio da Luz, os mais de 70 mil presentes viram uma das maiores exibições de Pelé & Cia. O Santos impôs uma goleada de 5x2 com três gols de Pelé, um de Coutinho e outro do ponteiro esquerdo Pepe. Eusébio e Santana marcaram para o Benfica.

O Santos foi o time brasileiro que conquistou pela primeira vez o título da Copa Intercontinental.  
 

Por João Nassif 31/10/2019 - 10:43

Estou fazendo aqui no Almanaque da Bola um resumo da forma como foram disputadas as Taças dos Campeões Europeus de Futebol e a Taças Libertadores desde suas primeiras edições. Temporada a temporada, ano a ano, busquei detalhes dos torneios cujos campeões a partir de 1960 disputaram a Copa Intercontinental.

Hoje é dia de abordar a Taça dos Campeões da Europa da temporada 1962/1963 que é a oitava edição do torneio que até então teve apenas dois vencedores, o Real Madrid campeão cinco vezes e o Benfica duas.

Esta edição começou com 30 clubes e foi necessária uma fase preliminar para que sobrassem 16 que foram para aas oitavas de final, a segunda fase do torneio. O placar mais contundente aconteceu na Inglaterra quando o Ipswich Town goleou o Floriana de Malta por 10x0.

Depois de duas fases, oitavas e quartas, ficaram para as semifinais o Milan, o Benfica, o Dundee da Escócia e o Feyenoord da Holanda. No emparceiramento o Milan eliminou o time escocês depois de vencer em Milão por 5x1 e ser derrotado na Escócia por 1x0.

 

Na outra perna das semifinais o Benfica foi à final empatando em 0x0 na Holanda e vencendo o Feyenoord em Lisboa por 3x1.

A decisão foi para Wembley em Londres e o bicampeão Benfica foi derrotado pelo Milan por 2x1. Mazzola marcou os dois gols dos italianos e Eusébio fez o gol do Benfica.

Com a vitória o Milan se credenciou para disputar a Copa Intercontinental de 1963 contra o Santos, bicampeão da Libertadores. 
 

Por João Nassif 01/11/2019 - 10:30

A Taça Libertadores da América de 1963 foi a quarta edição do torneio sendo que das três edições anteriores duas foram vencidas pelo Peñarol do Uruguai e uma, a anterior pelo Santos.

A edição de 1963 foi disputada por nove clubes, campeões nacionais dos países filiados à CONMEBOL, exceção à Bolívia e Venezuela que não tiveram representantes. Do Brasil foram dois clubes na competição, o Santos campeão da Libertadores de 1962 e o Botafogo, vice-campeão da Copa do Brasil de 1962.

Final da Libertadores 1963

Na primeira fase oito clubes foram divididos em três grupos, dois grupos com três equipes e um com duas. Jogaram pelo Grupo 1 o Botafogo, o Alianza Lima do Peru e o Millonarios da Colômbia. O Botafogo terminou na primeira colocação.

Pelo Grupo 2 com apenas dois times o Peñarol superou o Everest do Equador. E pelo Grupo 3 o Boca Juniors foi o primeiro, o Olimpia do Paraguai o segundo e o terceiro a Universidad de Chile.

Numa das semifinais o Boca Juniors superou o Peñarol com duas vitórias, por 2x1 em Montevideo e 1x0 na Bombonera.

Na outra semifinal o Santos se classificou depois de empatar com o Botafogo em 1x1 no Pacaembu e golear por 4x0 no Maracanã.

A decisão começou no dia 04 de setembro com o Santos derrotando o Boca Juniors por 3x2 jogando no Maracanã perante 63 mil torcedores. O jogo de volta foi no dia 11 de setembro na Bombonera e o Santos venceu por 2x1 conquistando o bicampeonato da Libertadores.

Com o título o Santos se credenciou para disputar a Copa Intercontinental de 1963 contra o Milan, campeão da Taça dos Clubes Campeões da Europa.
  

Por João Nassif 02/11/2019 - 10:40

A quarta edição da Copa Intercontinental ocorreu em 1963. Foi disputada em duas partidas regulamentadas e uma de desempate. Participaram, assim como nos outros anos, o campeão da Taça dos Campeões Europeus e o campeão da Taça Libertadores da América.

O Milan foi o primeiro clube italiano a ganhar a Taça dos Campeões da Europa em 1963 e o Santos que havia sido campeão da Libertadores também disputava o título de bicampeão da Copa Intercontinental. 

O Milan chegou à decisão do torneio depois de vencer o atual campeão Benfica na final do torneio europeu. O Santos para decidir com o Milan derrotou na final da Libertadores o Boca Juniors depois de três partidas.

Diferente do passeio do Santos sobre o Benfica na edição anterior, para vencer pela segunda vez a Copa Intercontinental o time paulista teve que disputar um jogo desempate.
Alternando os continentes o primeiro jogo foi na Itália e o Milan venceu por 4x2 no dia 16 de outubro no Estádio San Siro em Milão. Pelé marcou os dois gols do Santos e saiu contundido da partida.

No jogo de volta no Maracanã em 14 de novembro perante 133 mil torcedores numa partida dramática debaixo de muita chuva o Santos conseguiu vencer por 4x2 de virada, depois de estar perdendo por 2x0 no final do primeiro tempo 

Na volta do intervalo dois gols de Pepe, um do Almir Pernambuquinho e um Lima em pouco mais de 20 minutos o Santos definiu sua vitória forçando o jogo desempate dois dias depois.

No dia 16 de novembro em outra partida dramática o Santos conquistou o bicampeonato da Copa Intercontinental ao vencer o Milan por 1x0 com um gol de pênalti marcado pelo lateral Dalmo aos 31 minutos do primeiro tempo.

Somente depois de 18 anos o futebol brasileiro voltaria a ter um clube campeão mundial.
 

Por João Nassif 03/11/2019 - 10:15 Atualizado em 03/11/2019 - 11:13

A Taça dos Campeões Europeus 1963/1964 foi a nona edição do torneio e teve um vencedor inédito. Depois de cinco títulos do Real Madrid, de dois do Benfica e um do Milan, a Taça continuou em Milão com a vitória da Internazionale.

Com o campeão nacional do Chipre estreando na competição o torneio foi disputado por 31 clubes, incluindo o Milan campeão da edição anterior.

Na fase preliminar o destaque ficou com o PSV da Holanda que goleou por 7x1 em Eindhoven o Esbjerg da Dinamarca e do francês Monaco que em casa derrotou o AEK da Grécia por 7x2.

O Milan então campeão europeu foi eliminado nas quartas de final pelo Real Madrid que mesmo perdendo o segundo jogo em Milão por 2x0 conseguiu a classificação por haver vencido na Espanha por 4x1.

No cruzamento das semifinais o Real Madrid despachou o Zurich com duas vitorias, 2x1 na Suíça e 6x0 na Espanha. A Internazionale eliminou o Borussia Dortmund com empate em 2x2 na Alemanha e vitória no San Siro por 2x0. O brasileiro Jair da Costa marcou o segundo gol do time italiano. Jair da Costa havia sido bicampeão mundial com a seleção brasileira no Mundial de 1962 no Chile.

A decisão da Taça dos Campeões Europeus foi jogada no Praterstadion em Viena na Áustria e a Internazionale derrotou o Real Madrid por 3x1 perante 72 mil espectadores.

A Internazionale se credenciou para disputar a Copa Intercontinental de 1964 contra o Independiente da Argentina campeão da Libertadores. 
 

Por João Nassif 03/11/2019 - 12:53 Atualizado em 03/11/2019 - 12:53

É muito pesada a carga que a torcida do Criciúma tem que carregar para tirar o time do rebaixamento. Tenho acompanhado as entrevistas do técnico e de jogadores conclamando a presença de todos para ajudar o time que tem se mostrado incapaz de dar uma resposta positiva aos torcedores que estão fazendo um trabalho espetacular nas arquibancadas esperando algumas migalhas de dentro do campo.

Cada um que vai ao estádio, seja sócio ou não, mas responde ao chamamento e fazendo sua parte, pressionando árbitros, adversários e quem quer que se intrometa em sua missão. Mesmo assim não vê correspondência para atingir o clímax com uma mísera vitória.

A resposta de sábado foi emblemática. Depois de fazer o que teria que fazer durante os 90 minutos, somente poucos manifestaram contrariedade com vaias e palavras de ordem contra todos do clube ao passo que muitos, muitos mesmos, saíram do estádio resignados pensando que não adianta fazer a parte que lhes cabe e não ser recompensado.

É triste ver o semblante da impotência daqueles que realmente tem verdadeira paixão pela camisa tricolor. E o dono? Não dá para saber de seu sentimento, pois ele que se diz torcedor fica enclausurado no silêncio e não vem dar satisfações a quem realmente ama o Criciúma. 
 

Por João Nassif 04/11/2019 - 10:54

A quinta edição da Taça Libertadores da América foi disputada em 1964 com 11 clubes representantes de todos os países filiados à CONMEBOL. 

O decimo primeiro time foi o Bahia, vice-campeão da Copa do Brasil em 1963. No mesmo ano o Santos foi campeão da Copa do Brasil e como também havia sido campeão da Libertadores entrou apenas nas semifinais, abrindo a vaga brasileira para o time baiano.

Independiente 1964

O Bahia teve que disputar uma fase preliminar e foi eliminado em dois jogos pelo Deportivo Itália, ambos na Venezuela, sede de seu adversário.

A primeira fase do torneio foi disputada em três grupos de três equipes em cada um.

No Grupo 1 o classificado foi o Nacional do Uruguai que deixou eliminados o Cerro Porteño do Paraguai e o Aurora de Cochabamba, Bolívia.

O primeiro colocado do Grupo 2 foi o Independiente da Argentina com o Millonarios da Colômbia em segundo e o Alianza Lima do Peru na terceira colocação.

E no Grupo 3 o Colo-Colo do Chile se classificou para as semifinais, deixando pelo caminho o Barcelona de Guayaquil, Equador e o Deportivo Itália.
Independiente e Santos jogaram uma semifinal e deu o time da Argentina que venceu os dois confrontos, no Maracanã por 3x2 e em Avellaneda por 2x1.

O Nacional foi para a final eliminando o Colo-Colo com duas vitórias por 4x2. A primeira foi em Santiago e a segunda no Estádio Centenário em Montevideo.

O primeiro jogo da decisão foi na capital uruguaia e Nacional e Independiente empataram em 0x0. No jogo da volta em Buenos Aires o Independiente venceu por 1x0 e conquistou pela primeira vez a Libertadores da América.

Neste quinto torneio da Taça Libertadores o Independiente quebrou a hegemonia do Peñarol, campeão em 1960 e 1961 e do Santos, campeão em 1962 e 1963. O time argentino ganhou o direito de disputar a Copa Intercontinental de 1964 com a Internazionale de Milão.
 

Por João Nassif 05/11/2019 - 09:48 Atualizado em 07/11/2019 - 09:53

A Taça Intercontinental de 1964 disputada entre o campeão da Taça dos Campeões da Europa e o campeão da Taça Libertadores foi a quinta edição do torneio e teve um campeão inédito.

Depois do Real Madrid, do Peñarol e do Santos bicampeão a Internazionale de Milão campeã da temporada europeia 1963/1964 derrotando o Independiente da Argentina campeão da Libertadores.

As duas equipes que decidiram a Taça chegaram pela primeira à final. A Internazionale conquistou o título europeu derrotando na final o Real Madrid por 3x1 em Viena na Áustria.

O Independiente chegou a decisão depois de vencer a Libertadores em duas partidas disputadas contra o Nacional do Uruguai. No primeiro jogo deu empate em 0x0 no Centenário em Montevideo e no jogo de volta os argentinos venceram por 1x0.

Na decisão da Taça Intercontinental a Internazionale precisou disputar uma partida extra com o Independiente para se tornar campeã. A expectativa era de um confronto com muito equilíbrio, pois ambos os clubes estavam pela primeira vez numa final de Mundial de Clubes.

Mantendo o rodizio entre os continentes o primeiro jogo foi disputado em Buenos Aires e o Independiente venceu por 1x0 em Avellaneda.

O jogo de volta foi para o Giuseppe Meazza em Milão e os italianos venceram por 2x0.

O jogo desempate foi disputado em Madrid no Estádio Santiago Bernabeu com 25 mil espectadores. Confirmando o esperado equilíbrio a Internazionale venceu o confronto por 1x0 com um gol marcado aos 05 minutos do segundo tempo da prorrogação.

Desta forma a Inter de Milão conquistou pela primeira vez a Taça Intercontinental.
 

Por João Nassif 06/11/2019 - 09:57 Atualizado em 07/11/2019 - 10:00

A Taça dos Campeões Europeus teve sua decima edição na temporada 1964/1965 e pela terceira vez consecutiva um time italiano conquistou o título. A Internazionale de Milão repetindo o Santos se tornou bicampeã derrotando na final o Benfica de Portugal.

Como na Taça dos Campeões o local da partida final é definido com antecedência e coincidentemente havia sido escolhido o Estádio San Siro em Milão, sede do time campeão.

Jair da Costa

O torneio começou com uma fase preliminar que apresentou pela primeira vez um time islandês, o KR Reykjavik que foi fulminado pelo Liverpool da Inglaterra num placar agregado de 11x1. Os ingleses venceram na Islândia por 5x0 e em Liverpool por 6x1. 

A maior goleada num único jogo da fase preliminar foi um 8x3 imposta pelo Lokomotiv Sofia da Bulgária sobre o Malmö da Suécia.

Depois de mais duas fases eliminatórias a Taça do Campeões chegou às semifinais e teve logo um confronto de gigantes. A Internazionale eliminou o Liverpool mesmo perdendo o primeiro jogo na Inglaterra por 3x1. No jogo de volta deu Inter que venceu por 3x0.

A outra semifinal teve o Benfica eliminando o Vasas da Hungria com duas vitórias, 1x0 em Budapest e 4x0 em Lisboa.

Na decisão na casa da Internazionale os italianos venceram os portugueses por 1x0 com gol do brasileiro Jair da Costa. Jair da Costa, ponteiro direito que havia sido bicampeão com a seleção brasileira na Copa do Mundo de 1962 no Chile.

Com o título da Taça dos Campeões da Europa na temporada 1964/1965 a Internazionale novamente se credenciou para a disputa da Taça Intercontinental e assim como havia sido na edição anterior seu adversário foi o Independiente da Argentina, campeão da Libertadores de 1965. 

Por João Nassif 07/11/2019 - 13:38

A Taça Libertadores da América de 1965 foi a sexta edição do torneio e novamente contou com a participação de 10 clubes. O Independiente campeão da edição anterior teve vaga garantida e a Argentina teve dois participantes, pois o Boca Juniors foi o campeão nacional de 1964.

Todos os países da América do Sul estiveram presentes na Libertadores-1965, exceção feita à Colômbia não enviou representante. O Santos campeão em 1964 foi o time brasileiro no torneio.

A primeira fase foi dividida em três grupos de três equipes, ficando o campeão Independiente para entrar somente nas semifinais.

O Grupo 1 teve classificado em primeiro lugar o Boca Juniors que eliminou o The Strongest da Bolívia e o Deportivo Quito do Equador.

No Grupo 2 o classificado foi o Santos enquanto foram eliminados o Universidad de Chile e o Universitario do Peru.

E no Grupo 3 quem se classificou foi o Peñarol e eliminados o Guarani do Paraguai e o Deportivo Galícia da Venezuela. 

No emparceiramento das semifinais ficaram numa perna os dois argentinos com uma vitória para cada um. O Independiente venceu o primeiro jogo por 2x0 e o Boca Juniors o segundo por 1x0. 

Foi necessária uma partida desempate e o Independiente venceu por 4x1 se credenciando para disputar sua segunda final consecutiva da Libertadores.

Na outra semifinal o Peñarol num jogo desempate eliminou o Santos vencendo por 2x1 em Buenos Aires. No primeiro jogo o Santos venceu por 5x4 na Vila Belmiro e o Peñarol deu troco ganhando por 3x2 em Montevideo.

A final da Libertadores de 1965 também foi decidida em três jogos. No primeiro o Independiente venceu por 1x0 em Buenos Aires no estádio de Avellaneda. No segundo o Peñarol derrotou o time argentino por 3x1 em Montevideo.

Na decisão no Estádio Nacional de Santiago no Chile o Independiente conquistou o bicampeonato da Libertadores vencendo o Peñarol por 4x1.

Novamente o Independiente foi para a disputa da Taça Intercontinental enfrentar a Internazionale de Milão.
 

Por João Nassif 08/11/2019 - 23:37 Atualizado em 08/11/2019 - 23:39

A Copa Intercontinental de 1965 foi decidida novamente pela Internazionale da Itália, campeã da Taça dos Campeões da Europa e o Independiente da Argentina, campeão da Taça Libertadores.

Pela primeira vez houve uma edição com confronto cujos participantes eram os mesmos da edição anterior.

Internazionale x Independiente (1965)

O time italiano que havia vencido o Independiente no ano anterior alimentava a expectativa de se tornar bicampeão., enquanto os argentinos buscavam a revanche.

Para chegar à esta outra decisão a Internazionale derrotou o Benfica por 1x0 na final da Taça dos Campeões da Europa em partida realizada em sua própria casa, o Estádio Giuseppe Meazza em Milão.

Já o Independiente conseguiu a vaga para esta decisão precisou de três jogos para derrotar o Peñarol do Uruguai. Venceu o primeiro em Buenos Aires por 1x0, foi derrotado em Montevideo por 3x1 e se tornou bicampeão da Libertadores vencendo por 4x1 em Santiago do Chile. 

Com a alternância de continentes, o primeiro jogo da Copa Intercontinental foi disputado em Milão e a Internazionale venceu no Giuseppe Meazza por 3x0 perante 60 mil torcedores.

No jogo de volta a Internazionale confirmou o bicampeonato com em empate em 0x0 no Estádio La Dobre Visera em Avellaneda diante de 55 mil espectadores.

Com a conquista da sexta edição da Copa Intercontinental de 1965 a Internazionale igualou-se ao Santos vencendo a disputa por duas vezes consecutivas. 

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