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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por João Nassif 05/01/2020 - 23:27

Vocês que me conhecem sabem que além de trabalhar com muita dedicação minha profissão de jornalista esportivo no rádio e televisão, periodicamente também publico livros e revistas que focam o esporte em geral.

Já escrevi livros sobre as Copas do Mundo, frutos de intermináveis pesquisas, livros e revistas sobre o Criciúma desde 1986 quando venceu seu primeiro título até 2012 com a fantástica campanha que colocou o clube novamente na série A do campeonato brasileiro.

Em 2006 e 2007 publiquei a Revista A Bola que mostrou aos leitores o que era feito naqueles anos tanto no futebol profissional como principalmente no esporte amador, quase sempre esquecidos pelos veículos da grande mídia regional.

De 1988 com a Revista o Futebol na Região Mineira, passando por 1992 com a história do Criciúma na Libertadores, até 2012 com a especial sobre o acesso tive vários parceiros da maior competência que ajudaram de forma inestimável a produção deste grande material.

David Coimbra, Ismail Ahmad Ismail, João Lucas Cardoso, Andréia Limas, o Juninho-Olmar Vieira Júnior, fotógrafos, colaboradores, enfim todo um grupo de profissionais que participaram com garra para atender aos leitores de Criciúma e região.

Aos poucos, aqui no Almanaque da Bola tenho mesclado a história registrada nestas várias publicações com eventos onde o esporte tem sua importância. Não só os que têm uma bola como objetivo, mas também aqueles que pela relevância merecem a lembrança de todos nós que gostamos do esporte em suas várias modalidades.


 

Por João Nassif 05/01/2020 - 18:30

O Comerciário EC em 1949 foi o primeiro time de Criciúma na história a participar do campeonato estadual. 

Naqueles velhos tempos não havia o mínimo do que acontece nos dias de hoje em relação ao acompanhamento com detalhes dos jogos que inclusive extrapolam aos resultados e classificação das competições em todos os níveis.

Comerciário EC em 1949

O scout é atualmente uma ferramenta indispensável aos clubes, pois registra qual o percentual da posse de bola em cada jogo, quantos passes um time concluiu, quanto correu cada jogador e todas as informações possíveis numa partida de futebol.

Antigamente, lá nos primórdios dos campeonatos estaduais foram guardadas pouquíssimas informações e assim a dificuldade de hoje para que pudéssemos precisar, no mínimo, de que forma se apuravam os campeões.

O que sabemos e sobrou na memória é que o campeonato estadual catarinense teve sua primeira edição em 1924 disputado apenas por clubes de Florianópolis. Alguns anos depois equipes de Mafra, Blumenau e Joinville também entraram na disputa e somente em 1949 é que entraram times do sul do estado.

Hercílio Luz de Tubarão e Comerciário foram os pioneiros.

A Federação Catarinense de Desporto que depois seria denominada Federação Catarinense de Futebol optou a pedido dos clubes pelo sistema de eliminatórias por zonas. 

Pela Zona Norte jogaram Atlético de São Francisco do Sul, Olímpico de Blumenau, Ipiranga de Canoinhas e Juventus de Porto União.

Pela Zona Sul, Avaí, Hercílio Luz e Comerciário.

O Olímpico derrotou o Juventus na semifinal sagrando-se campeão da Zona Norte e o Avaí que derrotou o Hercílio Luz venceu a Zona Sul.

No confronto dos dois campeões levou a melhor o time de Blumenau que venceu os dois jogos finais. O primeiro em Blumenau por 6x1 e o segundo na capital por 4x1.

Infelizmente não existe registro dos jogos do Comerciário no primeiro campeonato estadual que disputou.
 

Por João Nassif 03/01/2020 - 09:43

Fundado em 13 de maio de 1947 o Comerciário E.C. levou quase duas décadas para conquistar seu primeiro grande título. Até então o time fundado por pessoas do centro de Criciúma detinha somente o título de “Mais querido”, mesmo assim bastante contestado, pois o próprio Lédio Burigo, um dos dirigentes do clube admitiu que alguns votos “foram comprados”. Isto aconteceu lá pelos idos de 1964.

Dois anos depois com Algemiro Manique Barreto na presidência, o Comerciário lançou um plano de vendas de títulos patrimoniais e com a receita conseguiu construir o complexo esportivo com piscina, ginásio de esportes, entre outros.

Mas título de campeão que era bom mesmo, só viria em 1968 quando já parecia que a década de 1960 seria mais uma década perdida.

Comandados pelo técnico Ítalo Alpino o elenco formado por Batista. Ney, Conti, Lili, Toco, Marcos, Oli, Bita, Deda, Sado, Jair, Chiquinho, Alemão, Bossinha, Ivan, Valério e Darlan faria uma campanha vitoriosa culminando com a vitória por 2x0 sobre o Caxias de Joinville no Estádio Adolfo Konder em Florianópolis. Darlan e Jair marcaram os gols do título.

Antes mesmo da final o Comerciário já havia comemorado o título com escola de samba e tudo mais. Mesmo assim teve que fazer um jogo extra contra o Caxias que ganhou um processo na Federação recuperando os pontos de uma partida contra o Guarani de Lages.  

Depois do título, a última grande conquista do Comerciário foi a vitória sobre o Metropol por 2x1 quebrando um velho tabu no dia 04 de maio de 1969.

No ano seguinte, vítima de uma forte crise financeira o clube paralisaria suas atividades no futebol profissional, fortalecendo nos anos de inatividade seu quadro social. O Comerciário retornou ao futebol somente em 1976 e depois com a mudança de nome começaria sua trajetória de grandes conquistas.

Este texto foi retirado da revista “História do Criciúma” que editei em 1992.

Por João Nassif 02/01/2020 - 09:34

Os Jogos Pan-Americanos, evento multi-esportivo tem como base os Jogos Olímpicos e são organizados pela ODEPA (Organização Desportiva Pan-Americana). É uma versão dos Jogos Olímpicos no qual participam apenas os países do continente americano.

São disputados a cada quatro anos e seguem um rodizio entre as três regiões do continente: América do Sul, Central e do Norte. A primeira edição foi realizada em Buenos Aires, capital da Argentina em 1951.

Após as Olimpíadas de 1932 e com a realização dos Jogos Centro Americano e do Caribe alguns membros do Comitê Olímpico Internacional propuseram a realização uma competição regional entre as Américas com o intuito de fortalecer o esporte na região.

Com a realização do I Congresso Esportivo Pan-Americano em 1940 ficou decidido que os Jogos seriam realizados dois anos depois em Buenos Aires.

Com a entrada dos Estados Unidos no final de 1941 na Segunda Guerra Mundial os Jogos não puderam ser realizados. Somente após o conflito e a realização de novo Congresso após as Olimpíadas de 1948, ficou decidido que finalmente os Jogos Pan-Americanos seriam realizados em 1951 com sede em Buenos Aires, como estava inicialmente previsto.

A abertura dos I Jogos Pan-Americanos foi no dia 25 de fevereiro com a participação de 2.513 atletas de 21 países que disputaram as provas em 18 modalidades. A Argentina anfitriã conquistou 47% das medalhas.

O Brasil foi sede dos Jogos duas vezes na história. A primeira em 1963 em São Paulo quando recebeu 1.665 atletas de 22 países. A segunda em 2007 no Rio de Janeiro com a participação de 5.662 atletas oriundos de 42 países que disputaram 332 provas em 41 modalidades.
 

Por João Nassif 01/01/2020 - 10:03

A Copa Libertadores da América, sendo que a denominação oficial é CONMEBOL LIBERTADORES é a principal competição de futebol entre clubes profissionais da América do Sul. A competição é organizada pela Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) desde 1960.

É a competição de clubes mais importante do continente, sendo um dos torneios mais prestigiados no mundo, juntamente com a Liga dos Campeões da UEFA ou UEFA CHAMPIONS LEAGUE.

O nome do torneio é uma homenagem aos principais líderes da independência das nações da América do Sul: José Artigas, Simon Bolívar, José de San Martin, José Bonifácio de Andrada e Silva, D.Pedro I, Antônio José de Sucre e Bernardo O’Higgins, 

A competição teve vários formatos ao longo de sua história. No início, apenas os campeões nacionais participavam, tanto que nos seus primórdios a competição era chamada de Copa dos Campeões da América, sendo que recebeu o nome atual apena em 1965.

A partir de 1966 os vice-campeões nacionais sul-americanos também passaram se classificar para a competição. Em 1998 as equipes do México foram convidadas a competir até 2017 quando a CONMEBOL instituiu uma reforma no torneio que desencorajou os mexicanos a continuar participando.

No formato atual o torneio é disputado em três etapas, Depois de vários times jogarem a fase eliminatória, os seis classificados se juntam aos 26 pré-classificados e são formados oito grupos de quatro equipes que jogarão a segunda fase.

Com a classificação dos dois primeiros de cada grupo, os 16 sobreviventes jogarão em mata-mata até o confronto final.

O campeão da Libertadores se credencia para disputar a Copa do Mundo de Clubes da FIFA. 
 

Por João Nassif 31/12/2019 - 09:22

Depois que se tornou campeão estadual em 1968 o Comerciário ainda disputou o de 1969 e em seguida encerrou suas atividades no futebol profissional.

O retorno aconteceu em meados de 1976 e somente no ano seguinte é que o clube disputou novamente o campeonato catarinense. Depois de várias etapas o Comerciário conseguiu chegar à fase final, um pentagonal, terminando na terceira posição. 

Comerciário EC - o retôrno

A decisão foi entre Chapecoense e Avaí com o título ficando com a Chapecoense que foi campeã pela primeira vez em sua história.

Somando todas as fases o Comerciário disputou 44 jogos com 20 vitórias, 12 empates e 12 derrotas. Teve, portanto um rendimento de 59%, o quarto melhor do campeonato.

O Joinville que ficou em quarto lugar no pentagonal final foi o terceiro em rendimento com pouco mais de 65%.

O ataque do Comerciário foi o mais positivo de todo campeonato com 64 gols marcados. Sua defesa foi vazada 36 vezes. O Comerciário teve também o artilheiro do campeonato, Ademir Patrício, o Pezão que marcou 27 gols. Ademir seria também artilheiro em 1978 quando marcou 19 gols.

Depois de seu retorno ao futebol o Comerciário já com o nome de Criciúma a partir de 1978 foi consecutivamente três vezes vice-campeão, em 1980, 1981 e 1982, três anos em que o Joinville conquistou o título. O Joinville, aliás, foi octa campeão vencendo ininterruptamente de 1978 até 1985.

O Criciúma conseguiu interromper a série joinvillense em 1986 quando venceu o campeonato com três rodadas de antecedência.

Em breve conterei nesse espaço a história deste primeiro título da história do Criciúma.
 
 

Por João Nassif 30/12/2019 - 09:13

As Olimpíadas Antigas foram uma série de competições atléticas disputadas por atletas das cidades-estados que formavam a Grécia Antiga. As cidades-estado possuíam um alto nível de independência, ou seja, tinham liberdade e autonomia econômica. 

De acordo com registros analisados por historiadores, os Jogos Olímpicos surgiram no ano de 776 a.C. na cidade de Olímpia (região sudoeste da Grécia). Estes jogos foram celebrados até o ano de 393.

As Olimpíadas possuíam uma grande importância para os gregos, pois possuía caráter religioso, político e esportivo. Primeiramente era uma forma de homenagem aos deuses, principalmente Zeus (deus dos deuses).  Era também um momento importante na busca pela harmonia entre as cidades-estados. Servia também como um evento de valorização da saúde e do corpo saudável.

Os jogos ocorriam de quatro em quatro anos. Na época da realização do evento esportivo ocorria uma trégua nas guerras e conflitos. A conhecida "paz olímpica" servia para garantir segurança para os atletas que tinham que se deslocar de suas cidades-estado até Olímpia.

Na antiguidade somente os homens livres que falavam a língua grega podiam participar dos Jogos Olímpicos. Os vencedores das competições eram tratados como heróis em suas cidades-estado. Ganhavam prêmios que simbolizavam a honra e a glória conquistada. Coroas de louro e ramos de palmeira eram dados aos atletas vencedores.

Os atletas disputavam várias modalidades na antiguidade como, por exemplo, arremesso de disco, corrida, natação, pentatlo, boxe, luta, salto à distância entre outros.

Já sobre o domínio do Império Romano cristianizado, os gregos foram proibidos, em 392 pelo imperador Teodósio I, de praticar qualquer manifestação que valorizasse o politeísmo (culto a vários deuses). Desta forma, os últimos Jogos Olímpicos ocorreram em 393 a.C.
 

Por João Nassif 29/12/2019 - 09:37

Existem poucos registros sobre os campeonatos disputados em meados do século passado. Um registro que sobreviveu e que tenho acesso foram os livros que registraram todos os jogos do Metropol na era profissional que foram muito bem guardados pelo saudoso Divino Antônio da Silva. 

Além das fichas técnicas de todos os jogos em alguns são feitos comentários por um cronista não identificado da época.

Um desses comentários fala do primeiro título estadual conquistado pelo Metropol. Foi pelo campeonato catarinense de 1960 que terminou no dia 16 de julho de 1961.

 

A crônica do jogo realizado em Itajaí que teve no apito Iolando Rodrigues da FCF e uma renda de CR$ 192.000,00, diz assim:

“A delegação metropolitana partiu para a cidade praiana afim de cumprir o seu último compromisso no certame estadual catarinense. Por feliz coincidência, naquela cidade, o Metropol se concentrou no Hotel Vitória, nome que antecipou sua conquista.

Os valorosos e voluntariosos rapazes do Clube dos Mineiros entraram em campo debaixo de laranjas e limôes por parte da torcida marcilista num gesto bastante anti-desportivo. Por outro lado, a pequena torcida organizada do Metropol os recebeu com fogos e salva de palmas, incentivando-os para uma vitória consagradora. 

A direção técnica enpregou um sistema completamente diferente já que o empate lhe garantia o título máximo. A batalha foi árdua e disputada, haja vista que o marcador foi movimentado aos 43 minutos da etapa derradeirs, obra cerebral do comandante Nilzo, aproveitada por Chagas que num chute violento da pequena área abriu a contagem no Estádio Dr. Hercílio Luz.

Seis minutos além do tempo regulamentar, Nilzo numa jogada pessoal completava a vitória e consequentemente a conquista do título de Campeão Estadual Catarinense do ano de 1960.

De nada valeu aquela demonstração de laranja e limões, pois justamente delas o Metropol aproveitou para fortalecer a conquista do cetro máximo catarinense.” 

Por João Nassif 28/12/2019 - 10:57

O futebol de Criciúma passou por dois ciclos de dominio no futebol catarinense. O primeiro foi na década de 1960 quando conquistou seis campeonatos estaduais, cinco com o Metropol e o outro com o entao Comerciário. 

Outra década de predominio aconteceu nos anos 1990 com o Criciúma, sucessor do Comerciário vencendo cinco campeonatos catarinenses além de seu primeiro título conquistado em 1986 e depois em 1989.

No total a cidade foi campeã estadual em 15 oportunidades, as cinco do Metropol, a do Comerciário e os nove títulos conquistados pelo Criciúma EC.

Por duas vezes Criciúma foi tricampeã estadual. O Metropol foi campeão em 1960 1961 e 1962 e o Criciúma EC em 1989, 1990 e 1991.

O primeiro título da história do Metropol em 1960 foi conseguido de forma surpreendente. Como era comum naquela época os campeonatos começavam na metade do ano e terminavam quase na metade do ano seguinte. 

O Metropol que já disputava desde alguns anos o regional da LARM foi montado com estrutura profissional em 1960 e disputou sua primeira partida oficial em outubro derrotado pelo Ferroviário por 1x0 jogando no Estádio do Nacional de Capivari em Tubarão.

Com o campeonato seguindo para o ano seguinte a direção do clube, diga-se, Dite Freitas trouxe reforços de vários estados do país e montou um time espetacular que derrubou os adversarios, principalmente o Marcílio Dias de Itajaí, até então a melhor equipe do estado.

Depois de vencer duas vezes o Caxias de Joinville e o Comercial de Joaçaba no quadrangular final a vitória sobre o Marcílio Dias em plena Itajaí o Metropol confirmou seu primeiro título estadual. No primeiro turno Metropol e Marcílio Dias empataram no Estádio Euvaldo Lodi.

Por João Nassif 27/12/2019 - 09:37

Já vimos que o Torneio Rio-São Paulo foi disputado pela primeira vez em 1933. Em 1934 e 1940 foi interrompido......

O torneio retornou para valer em 1950. Promovido pelas Federações do Rio de Janeiro e de São Paulo transformou-se no primeiro campeonato regular de clubes interestaduais jogado no Brasil. 

Roberto Gomes Pedrosa

Em 1954 passou a ser chamado oficialmente de “Torneio Roberto Gomes Pedrosa” em homenagem ao ex-goleiro da seleção brasileira e presidente do São Paulo FC que havia morrido naquele ano.

O crescimento do torneio era esperado e aos poucos foi se tornando mais atraente com a entrada de clubes de outros estados. A partir de 1967 os promotores convidaram clubes de Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul que se interessaram em participar.

Com a ampliaçao o torneio foi apelidado de “Robertão”.

Em 1968, o torneio passou a ser organizado pela CBD (atual CBF),que convidou clubes da Bahia e de Pernambuco e criou um troféu de prata para ser concedido aos campeões (portanto, o torneio também ficou conhecido como "Taça de Prata"). 

Além deste torneio, a CBD também criou as Copas Centro-Sul e Norte-Nordeste, que podem ser vistas, de certa forma, como "uma segunda divisão não oficial", até mesmo porque não existe acesso e nem descenso nesses torneios. 
 

Por João Nassif 26/12/2019 - 09:24

A Copa América conhecida até 1975 como Campeonato Sul-Americano de Futebol é disputado pelas seleções integrantes da CONMEBOL que é a Confederação Sul-americana de Futebol.

Com o encerramento do torneio entre as seleções do Reino Unido disputado anualmente de 1883 até 1984 a Copa América se tornou o torneio de seleções mais antigo do mundo.

O Campeonato Sul-americano de seleções teve início em 1916 quando a Argentina convidou o Uruguai, Brasil e Chile para participar das comemorações do centenário de sua Independência. 

Seleção do Uruguai em 1916

O torneio foi chamado de Campeonato Sudamericano de Fútbol e viria ser a primeira edição da Copa América.

Os jogos foram disputados em Buenos Aires entre os dias 02 e 17 de julho e teve o Uruguai como campeão. A Argentina foi a segunda colocada o Brasil o terceiro e o Chile ficou no último lugar.

No primeiro jogo do torneio o Uruguai goleou o Chile por 4x0 com dois gols do ponteiro direito Gradín. Os chilenos tentaram anular a partida alegando que o Uruguai havia contratado jogadores africanos. Além de Gradín o médio Juan Delgado também era negro. Os dois foram chamados pejorativamente de atletas de carnaval.

Com a confirmação da nacionalidade uruguaia dos dois jogadores a luta contra o racismo ganhou mais um ponto e aos poucos foi sendo aberto o caminho para a introdução definitiva do negro no futebol.

Segundo o jornalista Mário Filho, autor do belíssimo livro “O negro no futebol brasileiro”, no momento em que o futebol brasileiro começava a dar oportunidade ao ingresso de jogadores negros, a crônica especializada sempre se referia à figura do uruguaio Gradín.  
 

Por João Nassif 25/12/2019 - 09:45

O pernambucano Nelson Rodrigues, em sua época, foi um dos mais influentes jornalista e cronista dos costumes e do futebol brasileiro.

Trabalhou em alguns jornais de grande circulação do Rio de Janeiro e suas crônicas eram consumidas com avidez no dia a dia.

Escreveu muito sobre Pelé e uma de suas crônicas foi escrita após um jogo do Santos contra o América no Maracanã.

Disse assim Nelson Rodrigues: “ A confiança em si nunca faltou a Pelé. Apesar de franzino e constituição física aparentemente impropria para uma carreira atlética, já nas velhas fotografias de infância Pelé estampa sempre um ar confiante, que parece ser uma antevisão do que ele viria a viver”.

Segue a crônica do Nelson Rodrigues publicada na Manchete Esportiva: “O meu personagem anda em campo com uma dessas autoridades irresistíveis e fatais. Em suma: - ponham-no em qualquer rancho e sua majestade dinástica há de ofuscar toda corte em derredor”. 

O mais impressionante é que Nelson Rodrigues não fez essa descrição inspirando-se na imagem de Pelé maduro, vitorioso que conquistou o tricampeonato mundial. Quando escreveu sua crônica Pelé era ainda um menino de 17 anos de idade e acabara de brilhar não em palco internacional, mas numa simples partida doméstica. 

 

Naquele jogo o menino Pelé fez quatro gols no respeitado goleiro Pompéia, o mais importante da história do América.

Nelson se espantou, em particular com um gol feito ainda no primeiro tempo. Depois de receber a bola no meio de campo Pelé saiu driblando um a um, seus adversários americanos. “Sem passar a ninguém, sem receber ajuda de ninguém”, descreveu o cronista, ele promoveu a destruição minuciosa e sádica da defesa rubra.

O momento mais celebrado por Nelson, contudo, é exatamente o do gol, quando Pelé dá o último drible no desamparado Pompéia.

Nelson Rodrigues escreve: “Até que chegou o momento em que não havia mais ninguém para driblar. Não existia uma defesa. Ou por outra, a defesa estava indefesa”.

Então, não satisfeito, Pele decidiu, em vez de chutar, ou antes disso, assinar o lance com um último e desnecessário drible no goleiro americano. E, só depois fez seu gol.

Texto retirado do livro: Pelé – os 10 corações do Rei de José Castello.   
 

Por João Nassif 24/12/2019 - 09:36

Em 1933 os clubes do Rio de Janeiro e São Paulo resolveram fazer o primeiro torneio interestadual no país. Com a participação de 12 equipes todas jogariam entre si em turno e returno e pelos pontos acumulados seria apurado o campeão.

Do Rio de Janeiro foram inscritos cinco clubes: Fluminense, Vasco da Gama, Bangu, América e Bonsucesso. De São Paulo os outros sete: Palestra Itália, São Paulo, Corinthians, Portuguesa, Santos, São Bento da capital e Ypiranga.

Nem todos jogavam na mesma rodada, pois havia a necessidade de adaptação do calendário aos campeonatos estaduais, por isso o torneio durou de maio a dezembro quando no dia 10, na última rodada o Palestra Itália venceu o Fluminense por 2x1 jogando no Parque Antártica e se tornou campeão.

 

Palestra Itália campeão em 1933

As Federações de Rio e São Paulo tentaram repetir o torneio em 1934, mas, houve discussão sobre a fórmula. Em princípio seriam formados grupos classificatórios com um mata-mata entre os três primeiros colocados para a decisão.

Palestra Itália e Vasco da Gama não concordaram pelo fato de terem sido campeões estaduais e entendiam que não deveriam disputar jogos eliminatórios. A Federação do Rio de Janeiro cedeu às exigências e decidiu que o Vasco entraria somente na fase final. A Federação Paulista em contrapartida manteve a obrigatoriedade do Palestra Itália disputar a fase classificatória. 

 

Resultado, mesmo já em andamento o torneio acabou cancelado.

Houve nova tentativa para o torneio ressurgir em 1940, mas por muitos desencontros também foi cancelado depois de alguns jogos terem sido realizados.

Somente em 1950 é que Federações e clubes se acertaram e finalmente o torneio Rio-São Paulo foi reabilitado, teve sequência e foi disputado até 1966.

Voltou em 1993 e depois em 1997 sendo disputado até 2002 quando perdeu força, prestigio e com o advento do campeonato brasileiro não mais se falou em Torneio Rio-São Paulo;
 

Por João Nassif 23/12/2019 - 10:06

Mudando a prosa, depois de abordar em detalhes a participação do Criciúma em três edições da série C do campeonato brasileiro, o Almanaque da Bola volta a apresentar histórias do mundo do futebol em todos os quadrantes do planeta. Então, vamos lá!

O primeiro jogo internacional de futebol foi realizado em 1872 entre Inglaterra e Escócia. Naqueles tempos o futebol raramente era praticado fora do Reino Unido.

Em maio de 1904 foi fundada a FIFA e deu-se o início da expansão do futebol internacional. A FIFA começou formada por sete países do continente europeu, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Suécia e Suíça.

Com a crescente popularidade o futebol tornou-se parte dos Jogos Olímpicos de Verão de 1900, 1904 e 1906 como esporte demonstração, sem direito a medalhas. A seleção amadora da Inglaterra foi campeã em 1908 e 1912.

 

Como o conceito olímpico não admitia participação de equipes ou atletas profissionais a FIFA aceitou as competições de futebol dos Jogos Olímpicos disputado apenas por amadores a partir de 1920 com a Bélgica se tornando a primeira campeã nos Jogos disputados em Antuérpia (Bélgica).

Em 1924 e 1928 o campeão foi o Uruguai que até hoje tem sua seleção chamada de Celeste Olímpica. 

Por estas conquistas no congresso da entidade realizado em 1928 em Amsterdam na Holanda ficou decidido que seria realizado um torneio internacional que seria denominado Copa do Mundo e teria como sede o Uruguai em homenagem ao Centenário do país que era o bicampeão olímpico.

Começava um torneio que com o tempo se tornaria o maior evento esportivo do planeta.

Até hoje o futebol é o esporte mais popular do mundo, disputado em todos os países e a FIFA tem mais nações filiadas que a própria ONU.
 

Por João Nassif 22/12/2019 - 09:02

Em 2020 o Criciúma irá viver sua quarta passagem pela série C do campeonato brasileiro. Em duas edições o clube conseguiu retornar imediatamente após o rebaixamento, somente em 2009 não conseguiu o acesso e por pouco não indo parar na quarta divisão.

Nos três campeonatos da série C em que esteve presente o Criciúma disputou um total de 42 jogos e marcou 83 gols contra 54 sofridos.

Criciúma x Brasil em 2018

Em 2006 quando esteve pela primeira vez na série C o Criciúma disputou 32 partidas com 19 vitórias, sete empates e seis derrotas. Foi campeão com aproveitamento foi de 67%.

Em 2009 na segunda passagem pela série C o Criciúma esteve em campo oito vezes com duas vitórias um empate e cinco derrotas. Foi eliminado na primeira fase com 29% de aproveitamento. 

E em 2010 o Criciúma disputou 12 jogos, venceu quatro, empatou cinco e foi derrotado três vezes. Mesmo com rendimento de 47% e eliminado nas semifinais conseguiu o acesso para a série B em 2011.

Por ser uma competição regionalizada em suas primeiras fases o adversário que o Criciúma mais enfrentou foi o Brasil de Pelotas. 

Em oito jogos o Tigre venceu cinco, empatou um e perdeu dois, marcou 14 gols e sofreu sete.

Nos últimos dias fiz um balanço detalhado de todas as participações do Criciúma na série C do campeonato brasileiro. Os dados apresentados são do meu arquivo pessoal, do site www.meutimenarede.com.br do meu amigo Jaime Tibúrcio e da Revista A Bola de 2006. 

Por João Nassif 21/12/2019 - 18:23

Perdeu e ponto! Não tem essa de cair de pé como a Globo tentou jogar para a torcida. Uma derrota que podem crer, abala o emocional dos torcedores que batem palmas, mesmo com sorrisos amarelos querendo dizer que ficaram satisfeitos por terem chegado à uma final de Mundial. Pura balela. 

o Flamengo tem hoje o melhor time do Brasil não se discute. Que tem o melhor da América do Sul, se pode discutir pelo Lucas Pratto, mas ganhar o mundo como milhares apregoavam a distancia é muito grande. Ah! Mas, foi apenas 1x0 e na prorrogação. Beleza, já dizia o filosofo que o jogo só acaba quando termina e gol na prorrogação também vale título.

E o Liverpool é gigante perto do melhor sul-americano. Foi para uma decisão deste tamanho com um elenco pequeno e desgastado, sem titulares que fizeram falta, mas com jogadores diferenciados que pela qualidade superaram todas as dificuldades.

O tempo de preparação do Flamengo foi muito maior por ter sido campeão brasileiro com muita antecedência e com calendário mais flexível na reta final da temporada. O Liverpool que está atrás do título inglês há quase 20 anos jogou até o final de semana a Liga Inglesa com força máxima. 

O título ficou em ótimas mãos!
 

Por João Nassif 21/12/2019 - 15:14

Depois de ultrapassar com sucesso na primeira posição de seu grupo o Criciúma se classificou para a segunda fase do campeonato brasileiro da série C de 2010. 

Seu adversário foi o Macaé do Estado do Rio de Janeiro que havia sido segundo colocado em sua chave e nos jogos em ida e volta o vencedor estaria automaticamente classificado para a série B de 2011.

Foto: Engeplus

Além do acesso o vencedor deste mata-mata seguiria em frente no campeonato para a decisão do título. Por ter sido primeiro colocado em seu grupo na primeira fase o Criciúma adquiriu o direito de jogar a segunda partida no Heriberto Hülse.

Assim com a maioria dos confrontos eliminatórios a disputa entre Criciúma e Macaé foi dramática. No primeiro jogo no Estádio Cláudio Moacyr de Azevedo, o Moacyrzão em Macaé o Criciúma terminou o primeiro tempo vencendo por 2x0 com gols do Fábio Santana e Marcos Denner.

Jogando fora de casa o Criciúma não suportou a pressão no segundo tempo e dos 18 aos 26 minutos sofreu três gols que decretaram sua derrota por 3x2.

Precisando vencer por dois gols de diferença o Criciúma fez bem o dever de casa e perante um público de mais de 19 mil torcedores confirmou o acesso com vitória por 2x0, gols de Marcos Denner e Ronny.

Festa no Heriberto Hülse para o presidente Antenor Angeloni e para o técnico Argel Fucks, comandantes de toda campanha.

Nas semifinais o Criciúma foi eliminado pelo Ituiutaba depois de dois empates em 1x1 no Heriberto Hülse e no Parque do Sabiá em Uberlândia. Lincom fez o gol na primeira partida e Lucca na segunda. Na decisão por pênaltis o Ituiutaba venceu por 4x2.
 

Por João Nassif 21/12/2019 - 07:41

Thiago Ávila *

Na semana passada trouxemos a primeira parte do Ranking dos pilotos da temporada 2019 da F1, hoje vamos mostrar os dez melhores pilotos, analisando o desempenho corrida a corrida. Vamos a lista em ordem decrescente.

10º SERGIO PEREZ – 67 pontos
Muito criticado no início do ano por seus resultados ruins em uma equipe que também não era boa. Evoluiu muito no segundo semestre, tendo um ótimo desempenho na Bélgica e Abu Dhabi, mostrando que ainda é um piloto de ponta numa equipe de meio de pelotão. Em Spa, fez sua melhor corrida, conquistando o sexto lugar, vencendo as Renault em um duelo particular pelo melhor do resto. Em Abu Dhabi, na briga pelo décimo lugar no campeonato com Norris, foi mais uma vez sensacional. Fez a melhor estratégia, controlou bem os pneus e conseguiu terminar na frente do britânico.

9º ALEXANDER ALBON – 76 pontos
Apontado por muitos como um dos cinco melhores da temporada. Acho exagero se olharmos para sua primeira metade de temporada. Ele foi simplesmente atropelado por Kvyat em tempos de Toro Rosso, e uma única corrida que salvou sua estadia no grupo Red Bull o levou para voos muito altos. Na Alemanha, apesar do pódio do companheiro, o tailandês fez sua melhor prova na equipe italiana. Não fez a melhor estratégia, mas se manteve entre o top-10 durante toda a corrida e teve um ótimo duelo com Hamilton em certa parte da prova. Se manteve firme na pista, enquanto praticamente metade do grid rodava ou batia, chegou a ser terceiro colocado e terminou em sexto. Foi esse ótimo desempenho que o colocou na equipe principal na volta das férias, e desempenhou um papel fantástico como substituto de Gasly. Depois de duas corridas medianas, se tornou um piloto de ponta a partir de Singapura, e se firmou como segundo piloto da Red Bull. Para coroar os belos resultados na equipe dos energéticos, o quase pódio em Interlagos, com direito a disputa direta com Hamilton, que só se enterrou por causa de um toque do britânico no tailandês.

8º DANIEL RICCIARDO – 77 pontos
Um ponto na frente de Albon temos o ótimo piloto australiano. Ao contrário do tailandês, Daniel manteve regularidade do início ao final da temporada, com poucas corridas para se esquecer. Além do quarto lugar na Itália, onde a Renault era visivelmente rápida, foi sensacional no Canadá, onde brigou no top-5 durante toda a corrida e terminou como o melhor do pelotão intermediário, e nos EUA foi sexto colocado durante toda a corrida e também terminou como melhor do resto.

 

7º LANDO NORRIS – 97 pontos
O melhor estreante do ano. Durante toda a temporada disputou com Sainz como o melhor do resto no Ranking. Foi melhor que o companheiro nos qualys e fez diversas corridas memoráveis. A começar por Bahrein, onde foi o melhor do pelotão do meio. Depois na Áustria, na qual teve bons duelos contra o big-5 e se mantinha na frente nas primeiras voltas. E sua grande aparição foi na Bélgica, onde se manteve em quinto por toda a corrida e tinha tudo para ser o melhor do resto, até seu motor estourar na última volta, uma pena tremenda, mas que não pode ser descartada. No final, terminou a temporada em 11º, marcada por muitos erros de estratégia e problemas no motor.

6º CARLOS SAINZ – 109 pontos
Esse provavelmente vai ser bem discutível. Muitos o apontam como top-3 da temporada, e até posso ter sido injusto com ele na minha análise ao longo da temporada. Também é muito complicado quando não se tem um carro competitivo avalia-lo em comparação a carros como Mercedes, Ferrari ou Red Bull. Mas Sainz foi sem sombra de dúvidas o melhor do resto, com grande destaque para três atuações: França, Japão e Brasil. Na chata corrida em Paul Ricard, o espanhol chegou a estar no top-4, acabou superado por Vettel e Verstappen e mesmo assim chegou muito na frente do restante do pelotão. Já no Japão terminou em quinto, quase foi quarto se não fosse a ultrapassagem de Albon no final, e ficou na frente de Leclerc. Por fim seu pódio em Interlagos. Saindo da última posição, conseguiu fazer uma excelente recuperação até chegar em quarto lugar e ganhar a terceira posição por uma punição de Hamilton.

5º SEBASTIAN VETTEL – 200 pontos
Esse com certeza vai ser bem questionado. Até porque eu mesmo considero ter sido a pior temporada da história do alemão. Primeiro por seus erros grotescos e suas diversas péssimas corridas em que foi simplesmente engolido por todo mundo. Mas no fim, o alemão teve uma temporada equilibrada de altos e baixos. Sim, foi horroroso em Silverstone, Monza, Austin e Interlagos, mas ao mesmo tempo em que foi brilhante no Canadá, Alemanha, Singapura, Rússia e Japão. Na primeira o tiraram a vitória por uma punição boa. Em Hockenheim fez uma excelente corrida de recuperação para chegar em segundo. Em Singapura deu um ótimo undercut em Leclerc para ganhar a corrida. Na Rússia ganharia a corrida se não fosse o motor estourar. E por fim no Japão, onde fez a pole e perdeu corrida porque Bottas foi melhor na largada.

4º VALTTERI BOTTAS – 263 pontos
Ao contrário de Seb, o finlandês fez sua melhor temporada na carreira. Começou muito bem com a vitória na Austrália e depois manteve o bom desempenho nas corridas seguintes. Eu diria que Valtteri conseguiu manter a regularidade durante toda a temporada, e se muitos dizem que Bottas foi um piloto de primeiro semestre, não vejo como tal. Bottas mostrou uma boa melhora na reta final do campeonato depois do seu brilho inicial ter se apagado. Com destaque para a corrida no Japão, onde saiu de terceiro para conseguir a vitória. E na vitória magistral nos Estados Unidos, talvez a melhor vitória de sua carreira, onde foi prejudicado pela estratégia da Mercedes e mesmo assim conseguiu ultrapassar Lewis na raça.

3º CHARLES LECLERC – 281 pontos
Há quem diga que Leclerc não foi tudo isso, mas eu afirmo: Foi tudo isso, e com sobras. Leclerc começou bem seu caminho na Ferrari, logo de cara fez pole no Bahrein e perdeu a corrida por perda de potência. Em seguida, na Áustria, fez pole de novo e novamente viu sua vitória escapar porque Max Verstappen estava naqueles dias. Mas engatou uma sequência absurda de ótimas corridas na volta das férias: três poles e duas vitórias (Bélgica e Itália) e só não ganhou em Singapura porque Vettel fez uma estratégia de gênio.

2º MAX VERSTAPPEN – 323 pontos
Inquestionável. O mais rápido piloto da Fórmula 1 hoje. Dê uma Mercedes para ele que faz chover troféus na sua galeria. Levou o questionado motor Honda para três vitórias monumentais. A primeira delas na Áustria, se recuperando depois de um mal início e endiabrado passou um a um. Nas retas finais teve um toque com Leclerc, mas conseguiu assumir a frente sem tomar punição. A segunda veio na Alemanha, onde simplesmente deitou e rolou com as rodadas e batidas dos adversários, desde que assumiu a frente não perdeu mais. Por fim, uma corrida espetacular no Brasil, onde sofreu com os erros estratégicos da Red Bull e de um tal Kubica que quase o tirou da prova. Mesmo assim não deu trégua para Hamilton e fez a festa da torcida holandesa presente em todos os lugares. Além disso, devemos dá-lo destaque para as corridas do Azerbaijão, Mônaco, Silverstone e Hungria.

1º LEWIS HAMILTON – 377 pontos
Um dos melhores da história. Não está dando para questionar o hexacampeão. O britânico se manteve constante do início ao fim da temporada, além do merecido título. Se no primeiro semestre classificamos Verstappen como o melhor, o segundo não houve dúvidas que Lewis foi o grande destaque. Principalmente porque a Mercedes perdeu cenário para a Ferrari e não mantinha o mesmo domínio que antes das férias. Hamilton mesmo assim lutou pela vitória em todas as etapas restantes e esmagou o companheiro que o assustara no início da temporada. Se tiver que nomear as corridas que este brilhou, terei que fazer um texto à parte, foram muitas. Ele é, indiscutivelmente, o melhor piloto do ano.

 *Jornalista de automobilismo

Por João Nassif 20/12/2019 - 14:14

Para a série C de 2010 a CBF manteve o formato do ano anterior dividindo os 20 clubes em quatro chaves de cinco em cada uma com os dois primeiros se classificando para as quartas de final.

Definidos os confrontos, as equipes se enfrentaram no sistema mata-mata e os vencedores automaticamente estavam confirmados para a série B em 2011.

A CBF procurou dividir os grupos o mais regionalmente possível e o Criciúma fez pare do Grupo 4 junto com a Chapecoense, o Caxias, o Juventude e o Brasil de Pelotas, coincidentemente três gaúchos e dois catarinenses lutaram pelas duas vagas às quartas de final.

Festa no Heriberto Hülse em 2010

O Criciúma começou sua caminhada de retorno à série B empatando em 1x1 com o Juventude em Caxias do Sul, gol do zagueiro Evaldo. Fez o segundo jogo em casa contra o Brasil e venceu por 2x0 com gols do Márcio Guerreiro e Lincom.

O terceiro jogo também foi no Heriberto Hülse e nova vitória por 2x0, desta feita sobre a Chapecoense e de novo com gols do Márcio Guerreiro e Lincom. O Criciúma fechou o turno derrotado pelo Caxias em Caxias do Sul por 1x0.

Perdeu a primeira do returno por 1x0 em Chapecó, depois venceu em casa o Caxias por 1x0 com gol de Lins. Depois desta vitória o Criciúma empatou os dois últimos jogos da chave, 0x0 com o Brasil em Pelotas e 1x1 contra o Juventude em casa com o gol marcado por Diogo Oliveira.

O Criciúma terminou em primeiro lugar no grupo com 12 pontos com a Chapecoense em segundo com 11. Os dois catarinenses passaram às quartas de final e os três adversários gaúchos foraa eliminados sendo que o Juventude ficou na última colocação rebaixado para a série D.

Nas quartas de final o Criciúma decidiu o acesso em dois jogos contra o Macaé do Estado do Rio de Janeiro que será nosso assunto de amanhã.
 

Por João Nassif 19/12/2019 - 14:50

Em 2009 o Criciúma disputou a série C do campeonato brasileiro pela segunda vez em sua história.

Diferente de 2006 quando foi campeão da série C, retornando à segunda divisão imediatamente após o rebaixamento em 2005, o Criciúma não conseguiu repetir a façanha e foi eliminado ainda na primeira fase do campeonato.

Itamar Schülle técnico do Criciúma em 2009

O campeonato de 2009 foi disputado por 20 clubes devido a CBF ter criado a série D, a quarta divisão do futebol brasileiro. Os 20 cubes foram divididos em quatro grupos de cinco equipes com jogos em turno e returno dentro dos próprios grupos. Os dois primeiros de cada grupo avançaram para a segunda fase e o último colocado de cada grupo rebaixado para a série D em 2010.

O Criciúma teve como adversários no Grupo 4 o Caxias, o Brasil de Pelotas, o Marília do interior de São Paulo e o Marcílio Dias. Com a mudança de regulamento para 2009 a CBF procurou regionalizar ao máximo a série C.

 

A participação do Criciúma na terceira divisão em 2009 foi lamentável sendo eliminado ainda na primeira fase com cinco derrotas e apenas duas vitórias e um empate.

Nos quatro primeiros jogos o técnico do Criciúma era Roberto Fonseca que foi demitido após o time ser goleado por 4x1 pelo Marcílio Dias em pleno Heriberto Hülse. Nestes quatro jogos foram três derrotas e apenas um empate em casa contra o Marília. O Criciúma marcou seis gols e sofreu 12.

Veio Itamar Schulle que completou a primeira fase com duas vitórias e duas derrotas. Venceu em casa o Brasil de Pelotas por 3x2 e o Marcílio Dias em Itajaí por 1x0. Esta vitória salvou o Criciúma da queda para a série D.

Amanhã vou começar contar a história do Criciúma na série C de 2010 e seu retorno à segunda divisão do futebol brasileiro.
 

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