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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por João Nassif 29/02/2020 - 21:25

Thiago Ávila *

Neste sábado, a Formula E voltou às ruas de Marrakesh para a disputa da 5ª etapa da temporada. E contou com um domínio altíssimo da DS Techeetah e da BMW, as equipes que vem mandando na categoria de carros elétricos nesses dois últimos anos.

Mas não podemos atribuir a pole position de António Félix da Costa única e exclusivamente pelo carro. O português estava no primeiro grupo da classificação, no período onde a pista ainda é fria e menos emborrachada, o que dificulta os pilotos deste grupo de lutar pela pole. António teve dificuldades, mas conseguiu passar para a Superpole – a etapa final da classificação. Ali ainda teve de enfrentar Max Günther, piloto da BMW, mas se saiu 0,069s melhor e largou na frente.

Festa portugues em Marrocos

Mitch Evans, um dos favoritos para ganhar a corrida, teve problemas no treino, demorou demais para sair e perdeu o tempo de abrir volta rápida. Com isso, largou em último lugar. Lucas Di Grassi foi o 13º e Felipe Massa o 20º. Jean-Éric Vergne, que conseguiu a 11ª posição, estava gripado e passou o dia sem treinar. O francês tinha suspeita de coronavírus, mas foi liberado pelos médicos, depois de os exames reportarem que não havia risco.

Na largada, Da Costa e Günther sumiram na frente e logo em duas voltas já estavam a mais de dois segundos na frente do terceiro Andre Lotterer.

O atual bicampeão Vergne, deixou a gripe de lado e foi escalando o pelotão volta a volta, tão logo ele já era o sexto, em menos de 15 minutos. Dali, ultrapassou Buemi na volta seguinte; aproveitou que Mortara saiu da pista para pegar o modo ataque e assumiu a quarta posição; e da mesma maneira roubou o terceiro lugar de Lotterer.

No meio do pelotão, Di Grassi vinha numa disputa intensa com Calado, d’Ambrosio e Bird, que durou praticamente toda a corrida. Num duelo entre os quatro, o brasileiro, com modo ataque, ultrapassa dois e assume a nona posição. Mais atrás, Evans vinha caçando seus adversários e ganhara oito posições desde a largada.

Na metade da corrida, Günther força ultrapassagem em Da Costa na chicane, e duas curvas depois leva a primeira posição. Esperto, na volta seguinte o português pega o modo ataque, parte para cima do alemão e retoma com tranquilidade a liderança. Uma revanche do que ocorreu em Santiago.

Há dez minutos do fim, Evans já havia passado todo o pelotão do meio e era décimo, com Di Grassi sendo a próxima vítima.

Vergne, em quarto preso atrás de Lotterer pega o modo ataque e parte para uma volta voadora. Ele ultrapassa o alemão da Porsche e na mesma volta, tira a diferença de quatro segundos para o vice-líder. Na primeira curva após a grande reta, o francês leva a melhor sobre o piloto da BMW.

A briga pela segunda posição durou até a última volta, Da Costa já estava com a vitória na mão a sete segundos dos rivais e esperava uma dobradinha da Techeetah. Na penúltima curva, Vergne tinha 0,3% de bateria contra 1% de Günther e não conseguiu segurar, o alemão aproveitou a vantagem e levou a posição do francês.

Evans, magistralmente foi o sexto, de longe o melhor piloto da corrida; Di Grassi foi sétimo e Massa apenas o 17º.

O resultado pôs o português na liderança do campeonato, 11 pontos à frente de Evans e 20 à frente de Alexander Sims, da BMW. Günther pula para quarto e Vergne é oitavo. Nos construtores, a Techeetah assume a ponta com 98 pontos, com oito de vantagem sobre a BMW.

A Formula E volta dia 4 de abril, nas ruas de Roma.

* Jornalista

Por João Nassif 29/02/2020 - 09:58

Uma das figuras mais folclóricas do futebol brasileiro foi o massagista Eduardo Santana, nascido em Andrelândia Minas Gerais em 1934.

Conhecido como Pai Santana tornou-se personagem famoso quando foi trabalhar no Vasco da Gama em 1953. Além de massagista era pai de santo e um ex-lutador de boxe que começou na Bahia. No futebol passou pelo Bahia, Botafogo e Fluminense antes de chegar em São Januário. Foi também durante muitos anos massagista da seleção brasileira.

 

Sua imagem ficou fortemente ligada ao Vasco da Gama, especialmente por ter feitos “trabalhos espirituais” com os quais afirmava ter ajudado o time e prejudicado seus adversários nas décadas de 1970, 80 e 90. Foi inclusive treinador interino do time num torneio em Curitiba em 1974, inclusive ganhando o título.

Pai Santana tinha alguns rituais como acender velas no vestiário vascaíno e estender a bandeira do Vasco no gramado, ajoelhando-se e beijando-a.

Logo depois de deixar o clube em 2006 sofreu um Acidente Vascular Encefálico. Passou a ter dificuldade de fala e respiração, vindo a falecer em 2011 de insuficiência respiratória decorrente de uma pneumonia.

Pai Santana foi incluído na seção de ídolos do site oficial do Vasco da Gama.
 

Por João Nassif 28/02/2020 - 09:26

Faz mais de 42 anos que a Chapecoense comemorou seu primeiro título estadual. Título cercado de muita polemica extracampo, mas confirmado pela Federação Catarinense de Futebol.

O pivô de toda confusão foi o lateral Cosme da Chapecoense que foi expulso em um amistoso contra o Joaçaba no dia 16 de setembro de 1977. O Avaí afirmou que o lateral não poderia atuar no primeiro jogo da decisão em Florianópolis que terminou em 1x1.

A Chapecoense enviou para a Federação uma súmula onde não aparecia o nome de Cosme e sim registrava a expulsão de Elói. O segundo jogo em Chapecó, com Cosme em campo terminou com a vitória dos donos da casa por 4x3.

O Avaí que havia pedido no tribunal a impugnação do primeiro jogo, solicitou o mesmo para o segundo. No tapetão ficou decidido que haveria um terceiro jogo, também em Chapecó, pois o time da casa tinha a melhor campanha no pentagonal final. Além dos finalistas disputaram a fase final o Comerciário que ficou em terceiro, o Joinville e o Paysandu de Brusque.

A partida final terminou com a vitória da Chapecoense por 1x0, gol do atacante Jaime aos 40 minutos do segundo tempo.

Independente da polêmica valeu a decisão de campo e a grande festa realizada em Chapecó. A Associação Chapecoense de Futebol criada dois anos antes mostrava que chegou para se inserir no grupo dos grandes do futebol catarinense.
 

Por João Nassif 27/02/2020 - 09:03

Diferente do que ocorre atualmente lá atrás a seleção brasileira se reunia esporadicamente, não havia as famigeradas datas FIFA e todos discutiam, mas respeitavam as convocações sem prejuízos para os clubes. Hoje não é assim e um simples amistoso da seleção desfalca os times de seus principais jogadores em competições da mais alta importância.

Querem um exemplo? O Brasil perdeu a Copa de 1974 disputada na Alemanha Ocidental. Fez seu último jogo no dia 06 de julho contra a Polônia pela decisão do 3º lugar. 

O próximo jogo da seleção brasileira foi acontecer somente no dia 25 de fevereiro de 1976 em Montevidéu. A partida valeu pela Copa Rio Branco, uma disputa direta entre Brasil e Uruguai que teve várias edições. Quer dizer, mais de 19 meses após o jogo pela Copa de 1974.

Neste período o Brasil jogou uma Copa América, mas com uma seleção formada apenas por jogadores que atuavam em Minas Gerais. Foi um combinado entre Cruzeiro e Atlético Mineiro.

Depois dos mineiros eliminarem na primeira fase Argentina e Venezuela, foi disputar as semifinais com a seleção do Peru.

No primeiro jogo os peruanos venceram em plena Belo Horizonte por 3x1. Obrigada a vencer o Peru em Lima a seleção ganhou alguns reforços. Geraldo meia do Flamengo e Roberto Dinamite do Vasco ajudaram o Brasil na vitória por 2x0.

De forma bizarra a seleção brasileira foi eliminada através um sorteio. Depois desse fracasso a CBF resolveu disputar as futuras Copas sempre com o time principal e assim melhorou o rendimento do país na competição.  
 

Por João Nassif 26/02/2020 - 15:54

De 1924 quando foi disputado pela primeira vez, o campeonato catarinense teve várias denominações até chegar em 2020 como série A. Nas suas quatro primeiras edições era disputado somente por clubes de Florianópolis.

Externato-campeão catarinense de 1925

De 1924 até 1985 foi disputado com o nome de Campeonato Catarinense e não foi realizado apenas em 1946 pelo fato da Federação Catarinense de Desportos ter sido penalizada pela CBD por ter se recusado a enfrentar a seleção paranaense no Campeonato Brasileiro de Seleções. As atividades do futebol profissional em Santa Catarina foram suspensas por um ano. Em 1933 o campeonato não chegou ao final.

O Avaí foi o maior vencedor nas 59 edições do Campeonato Catarinense com 11 títulos. O Joinville foi nove vezes campeão e o Figueirense oito. Metropol e América de Joinville conquistaram cinco títulos cada um, o Caxias também de Joinville foi três vezes campeão, o Hercílio Luz de Tubarão e o Olímpico de Blumenau duas. Foram campeões apenas uma vez o Externato, o Catarinense e o Paula Ramos de Florianópolis, o Lauro Muller, o CIP de Itajaí, o Ipiranga de São Francisco, o Marcílio Dias, o Operário de Joinville, o Carlos Renaux de Brusque, o Perdigão de Videira, o Internacional de Lages, o Ferroviário de Tubarão, o Comerciário e a Chapecoense.

A partir de 1986 foi chamado de Campeonato Catarinense da 1ª Divisão, denominação que durou até 2003.

Nesta nova denominação foram disputados 18 campeonatos. O maior vencedor foi o Criciúma com sete títulos. A seguir vem o Figueirense com quatro, o Joinville com três o Avaí com dois e Brusque e Chapecoense com um título cada.

Nos dois anos seguintes foi chamado de Série A1, de 2006 a 2013 de Divisão Principal e a partir de 2014 até hoje de Série A

Criciúma e Figueirense, uma vez cada foram campeões da Série A1. Das oito disputas da Divisão Principal o Avaí foi campeão três vezes, Figueirense e Chapecoense duas e o Criciúma uma.

A Série A do campeonato catarinense está em sua 7ª edição. O Figueirense já venceu três, a Chapecoense duas e o Avaí uma vez, justamente na última edição em 2019.

Por João Nassif 26/02/2020 - 09:08

Todos sabemos que um jogo de futebol sendo amistoso ou valendo pontos não é realizado sem a presença de um árbitro. O tempo foi mostrando a dificuldade de comunicação entre árbitros e jogadores, já imaginaram um árbitro argentino advertindo com palavras um jogador chinês?

Por este motivo a FIFA introduziu na Copa do Mundo de 1970 os cartões amarelo e vermelho. O primeiro é simples advertência e o segundo a expulsão. Assim a comunicação ficou clara tanto para quem está no gramado como ao público nas arquibancadas.

Até então, em jogos de Copas do Mundo haviam sido expulsos 18 jogadores, o primeiro foi no Mundial de 1930. Nesta primeira edição do Mundial o zagueiro peruano Plácido Galindo foi mais cedo para o chuveiro no jogo em que sua seleção foi derrotada por 3x1 pela Romênia. O árbitro foi o chileno Alberto Warken.

Carlos Caszely

A primeira vez em que foi aplicado o cartão vermelho numa Copa do Mundo foi em 1974 na Alemanha Ocidental. O árbitro turco Dogan Babacan expulsou o chileno Carlos Caszely aos 22 minutos do segundo tempo no jogo em que o Chile foi derrotado pelos donos da casa por 1x0.

A seleção brasileira é a que mais teve jogadores expulsos em todas as Copas. O total é de 11 expulsões, sendo que cinco delas foi enquanto ainda não estava instituído o cartão vermelho. 

Em todas as Copas do Mundo 174 jogadores foram punidos com cartão vermelho.

Na Copa de 1938 na França o Brasil teve seus dois primeiros jogadores expulsos, Zezé Procópio e Machado contra a Tchecoslováquia. A última expulsão brasileira em Mundiais foi de Felipe Melo em 2010 contra a Holanda na África do Sul.
 

Por João Nassif 25/02/2020 - 21:31

Thiago Ávila *

Nessa semana, a Formula 1 iniciou seus primeiros dias de testes da pré-temporada, no circuito de Barcelona-Catalunha. Todas as equipes entraram na pista desde cedo, inclusive a Williams, que chegou com o carro atrasado no ano passado, foi a primeira a dar voltas essa semana.

Falando na equipe com sede em Grove, os britânicos deram uma boa melhora no carro em relação ao ano passado, com George Russell inclusive fazendo tempos melhores que o da Ferrari, e prometem compensar pelo fiasco do ano passado.

Em contrapartida, os italianos, que haviam detectado problemas nos testes do túnel de vento mês passado, sofreram com o carro e fizeram o melhor tempo com Vettel - 1:18,154 – sendo estes com pneus macios, o pior em relação aos outros carros com esse mesmo tipo de pneu. Com pneus médios, foram superados por Williams, Racing Point e Renault. A Ferrari deve fazer alterações no carro até Melbourne, na primeira corrida do campeonato, mas já começa com atraso.

Uma das atrações do treino foi a ‘Mercedes rosa’. O carro da Racing Point apareceu com um design absurdamente idêntico ao dos Flechas Prateadas de 2019. Pérez pôs a equipe de Lawrence Stroll em terceiro na quarta-feira e em segundo na quinta.

Não só a Racing Point apareceu com um design parecido com a Mercedes como também a Haas e a Alfa Romeo se tornaram Ferrari; e a Alpha Tauri, antiga Toro Rosso, tem leves traços de RB15. Isso tudo tem a ver com a manutenção do regulamento do ano passado para este ano, que promete dar uma equilibrada no campeonato, colocando as equipes de meio de pelotão mais próximas às três grandes.

A Renault também veio com um design extremamente diferente. A começar pela pintura em preto, mas também o grande destaque no bico bem arredondado e os traços parecidos com o carro de 2016/17. A McLaren vem com um carro mais enxuto, com um bico mais fino, se assemelhando à Red Bull do ano passado.

Mas no final das contas o grande vencedor da primeira semana foi a Mercedes, que, há pouco menos de um mês do início da F1, já larga muito na frente. Além de colocarem os dois carros nas primeiras colocações na quarta e na sexta feira, Bottas fez tempo de 1:15,732, tempo de pole position, e ainda dois segundos em relação aos demais carros.

E como sempre inovadores são, James Allison, projetista dos alemães, apresentou o sistema DAS, a Direção de Eixo Duplo (Dual Axis Steering). A inovação permite um volante ajustável, que flexiona para frente e para trás, afetando o posicionamento da suspenção, na qual deixa o carro mais estável nas retas. Ou seja: pepino resolvido. Se a Mercedes tinha um pé no sapato em relação a retas, quando perdia constantemente para a Ferrari em voltas rápidas, agora isso parece não ser mais grande problema. Permanecem sendo os ‘reis’ das curvas, e ao chegarem nas retas, o piloto pode ajeitar o ângulo da suspenção para corrigir a instabilidade.

Os carros voltam às pistas nesta próxima quarta-feira, em Barcelona, para a segunda semana de testes.

*Jornalista

Por João Nassif 25/02/2020 - 08:42

Hoje em dia, bicho é uma expressão muito usada no futebol que significa remunerar os jogadores pelos bons resultados colhidos numa partida e até numa conquista de torneio ou campeonato. O Vasco da Gama foi o clube que instituiu esta remuneração.

Em 1923 o clube da Cruz de Malta estreou na Liga Metropolitana e foi campeão. Os portugueses, fundadores do clube, tinham o habito de apostar na vitória do Vasco e como quase sempre ganhavam resolveram dividir o lucro com os jogadores.

Como estes eram amadores não poderiam receber dinheiro e assim foi criada uma tabela de acordo com a importância do adversário.

Um dirigente ia ao vestiário antes dos jogos para dizer aos jogadores quanto ganhariam pela vitória. Não se falava em dinheiro e sim numa espécie de determinação zoológica. A referência era o jogo do bicho que mesmo proibido era de muita popularidade naqueles tempos.

5 mil-réis representava um cachorro, 10 um coelho, 20 um peru, 50 um galo, 100 uma vaca e 400 uma vaca de quatro pernas.

Os jogadores perguntavam: qual o bicho de hoje? O dirigente respondia: um coelho.

Com o advento do profissionalismo não havia mais problema na premiação em dinheiro. Como não existe nenhuma relação dos bichos nas notas estes continuam sendo referência apenas na gíria do dinheiro. 
 

Por João Nassif 24/02/2020 - 09:10

O livro “O negro no futebol brasileiro” escrito pelo jornalista Mário Filho, faz menção ao surgimento do nome Fla-Flu para um dos mais tradicionais clássicos do futebol brasileiro.

A história contada pelo jornalista diz que o futebol no Flamengo surgiu em 1911, quando alguns atletas e dirigentes descontentes com o Fluminense deixaram o tricolor e aportaram no rubro-negro que até então disputava apenas competições de remo.

Fla-Flu pioneiro

O primeiro jogo entre os dois aconteceu no dia 07 de julho de 1912 com vitória do Flamengo por 3x2. Os clubes dividiam as atenções no início da década de 1920, pois ambos não admitiam negros no plantel. Defendiam o amadorismo como forma de permitir que somente famílias tradicionais tivessem acesso aos clubes e, consequentemente, pudessem jogar futebol.

As diretorias, aliás, chegaram a encabeçar a criação de uma liga independente para permitir que apenas clubes selecionados por eles pudessem disputar o campeonato. A medida foi tomada depois que o Vasco, que tinha muitos negros e brancos de origem pobre no elenco, conquistou o Estadual. 

O primeiro registro da expressão Fla-Flu que se tem notícia aconteceu no dia 9 de outubro de 1925, na edição de “O Jornal”. A notícia dava conta da convocação da Seleção Carioca para o Campeonato Brasileiro. Somente jogadores dos dois clubes foram convocados, o que causou um grande mal-estar entre os outros filiados. A expressão até ganhou tom pejorativo na época.

Superados os preconceitos, pela rivalidade, o clássico se tornou um dos mais disputados do país.
 

Tags: Fla-Flu

Por João Nassif 23/02/2020 - 08:47

O campeonato estadual catarinense de 1942 foi o mais curto de todos os tempos. O Avaí foi campeão jogando apenas uma partida e iniciou uma série de títulos que terminou com um tetracampeonato em 1945.

O campeonato de 1942 foi disputado por sete times divididos em regiões como era comum naquela época. O regulamento da competição era muito simples. Como eram poucos times, em cada região o classificado para as semifinais era decidido num único jogo. 

Pela zona sul se enfrentaram Hercílio Luz de Tubarão e Barriga Verde de Laguna. O Hercílio derrotou o Barriga Verde por 4x1.

Pela zona norte o América de Joinville goleou o Peri Ferroviário de Mafra por 5x1. E pela zona Itajaí-Blumenau-Brusque, o Sport Brusquense eliminou o Brasil de Blumenau com a vitória por 4x1.

Numa das semifinais, decidindo o campeão da zona sul o Avaí goleou o Hercílio Luz por 6x1 e se classificou para a final em partida disputada em Florianópolis.

Na outra semifinal, decisão da zona norte em Joinville o América venceu por 3x1 e eliminou o Sport Brusquense e foi para a decisão do título com o Avaí.

O jogo estava marcado para o dia 04 de outubro em Florianópolis e o América não compareceu. O time joinvilense comunicou em ofício a Federação Catarinense de Desportos que não poderia disputar a final por motivo de força maior. Quatro jogadores americanos serviam o Exército e devido à Segunda Guerra Mundial estavam de sobre aviso e não poderiam deixar a cidade.

A Federação declarou o Avaí campeão fato que gerou forte revolta em Joinville.

Por isso o campeonato catarinense de 1942 foi o mais curto da história com o campeão disputando apenas uma partida.
 

Por João Nassif 22/02/2020 - 09:45

De 1930 até 1942, Palmeiras e Corinthians dominavam o futebol paulista. Dos 13 campeonatos estaduais disputados o Palestra Itália/Palmeiras ganhou seis e o Corinthians cinco.

Dizia-se naquela época que para dar outro campeão só se a moeda caísse em pé. Claro que a moeda não caiu em pé, mas o tabu foi quebrado em outubro de 1943 quando o São Paulo conquistou o primeiro título de sua história.

O São Paulo já havia conquistado o campeonato de 1931, mas este título foi incorporado mais tarde, pois sua fundação oficial foi em 1935.

Como resposta aos dirigentes alviverdes e alvinegros a torcida são-paulina desfilou com carro alegórico exibindo uma moeda em pé.

O título só veio na última rodada, num campeonato disputado por pontos corridos. O São Paulo chegou com 32 pontos contra 30 de Palmeiras e Corinthians que tinham chances de ganhar o título. Naquela época vitória valia somente dois pontos e o São Paulo jogaria contra o Palmeiras por um simples empate.

E foi o que aconteceu. O empate em 0x0 no Estádio do Pacaembu deu o título ao tricolor comandado por Leônidas da Silva.

O time foi chamado de “rolo compressor”, pois não tomava conhecimento de quem viria pela frente.

Num campeonato com 11 clubes a campanha do campeão foi de 20 jogos com 15 vitórias, três empates e somente duas derrotas.
 

Por João Nassif 21/02/2020 - 09:58

O Brusque começa a temporada 2020 como o melhor time do futebol catarinense. Depois do acesso para a série C do campeonato brasileiro em 2019, da conquista da Copa Santa Catarina, em janeiro venceu a Recopa Catarinense derrotando o Avaí em plena Ressacada.

Artilheiro do Brusque na temporada

Teve o início de campeonato estadual com derrota para o Marcílio Dias em Itajaí para na sequência engatou vitórias em casa sobre o Joinville por 5x4 e sobre Avaí e Chapecoense fora do Augusto Bauer. Para chegar aos atuais 13 pontos que lhe dá a liderança empatou com o Tubarão e venceu o Juventus.

E não é só a excelente campanha no estadual, o Brusque continua surpreendendo em nível nacional atingindo a terceira fase da Copa do Brasil.

Na fase inicial derrotou o Sport Recife em Brusque por 2x1 e ontem, também em casa, goleou o Remo por 5x1 se classificando para a terceira fase quando irá enfrentar o vencedor de Brasil e Manaus que jogarão em Pelotas no dia 04 de março.

Mais que esta visibilidade o Brusque já garantiu uma cota de R$ 2,7 milhões. Se avançar para a fase seguinte colocará em seus cofres mais R$ 2 milhões, mas não poderá jogar no Augusto Bauer, pois o regulamento da Copa do Brasil exige para esta fase estádios com capacidade de mais de 10.000 torcedores.

Este o próximo adversário do Criciúma na retomada do campeonato no dia 1º de março. 
 

Por João Nassif 21/02/2020 - 09:27

Ontem registramos aqui no Almanaque da Bola a maior goleada aplicada na história do Maracanã. O recorde aconteceu pelo campeonato carioca de 1956 quando o Flamengo venceu o São Cristóvão por 12x2.

No Almanaque de hoje vou destacar as maiores goleadas aplicadas pelo Santos FC ao longo de sua história.

As duas maiores foram pelo placar de 12x1. A primeira no dia 03 de maio de 1927 sobre o Ypiranga da capital paulista e jogo válido pelo campeonato estadual. O destaque foi Araken Patuska que marcou sete gols. O palco foi a Vila Belmiro.

A segunda aconteceu também no estádio santista no dia 19 de novembro de 1959. A vítima foi a Ponte Preta pelo campeonato paulista com destaque para o centro avante Coutinho que marcou cinco dos 12 gols. Neste campeonato o Santos disputou 41 jogos e marcou 155 gols. O artilheiro foi Pelé com 45 gols.

Por falar Pelé, faltava o maior artilheiro do clube aparecer numa grande goleada. O Rei marcou oito gols na vitória sobre o Botafogo de Ribeirão Preto por 11x0 também na Vila Belmiro pelo campeonato paulista no dia 21 de novembro de 1964.

Em competições nacionais a maior goleada realizada pelo Santos foi pela Copa do Brasil de 2010. Esta edição marcou o primeiro título do Peixe na competição. Treinado por Dorival Júnior o Santos venceu por 10x0 o Naviairense do Mato Grosso do Sul.
 

Por João Nassif 20/02/2020 - 09:09

O campeonato carioca de 1956 foi disputado por 12 times em regime de pontos corridos jogando todos contra todos em turno e returno. Começou em julho e foi finalizado às vésperas do Natal.

O Vasco da Gama foi campeão na penúltima rodada ao vencer o Bangu por 2x1 no Maracanã. O técnico era Martim Francisco.

Apesar do Vasco ter sido campeão o grande feito daquele campeonato foi a goleada imposta pelo Flamengo ao São Cristóvão por 12x2. Foi o maior placar registrado no Maracanã até os dias de hoje. O Flamengo que terminou o campeonato em quarto lugar teve o ataque mais positivo com 60 gols.

Na goleada histórica o grande nome foi o centro avante Evaristo que marcou cinco gols. Índio marcou quatro, enquanto Luís Roberto, Paulinho e Joel completaram o massacre.

Quando da disputa da Copa das Confederações em 2013 aqui no Brasil, assim que a tabela foi divulgada havia forte expectativa sobre o jogo Espanha x Taiti marcado para o Maracanã. 

Pela brutal diferença técnica entre as seleções muitos apostavam que os espanhóis campeões do mundo pudessem imprimir nos taitianos um placar mais elástico que o conseguido pelo Flamengo em 1956, fazendo a maior goleada da história do estádio.

Os espanhóis não conseguiram, pois fizeram apenas um 10x0, somente igualando a diferença de gols.

Por João Nassif 19/02/2020 - 09:18

A Taça das Bolinhas, prêmio oferecido pela Caixa Econômica Federal ao primeiro clube que conquistasse três vezes consecutivas ou cinco alternadas o campeonato brasileiro é até hoje motivo de discussão entre Flamengo e São Paulo que se acham no direito de ficar com o troféu. Em outra oportunidade voltarei à polemica.

O título que abriu a discussão foi o do São Paulo em 2007. Foi o quinto título do tricolor que venceu o campeonato da série A de maneira irrepreensível. Tornou-se campeão no dia 31 de outubro com quatro rodadas de antecedência ao derrotar o América do Rio Grande do Norte por 3x0 em pleno Morumbi com 70 mil pagantes.

O São Paulo ficou 16 rodadas sem perder, da 13ª até a 28ª rodada, nove jogos sem tomar gols e ficou 22 rodadas consecutivas na ponta da tabela. Além de tudo isso ainda terminou a campanha com 15 pontos à frente do Santos, segundo colocado.

A comemoração dos são-paulinos foi ainda maior porque o rival Corinthians foi um dos rebaixados para a segunda divisão naquele ano.

A campanha do São Paulo somou 77 pontos com 23 vitórias, oito empates e sete derrotas, duas após a conquista do título. O ataque marcou 55 gols e a defesa sofreu 19. O aproveitamento final foi de 68%.

O time base campeão em 2007 tinha o goleiro Rogério Ceni, André Dias, Breno e Miranda; Souza, Hernanes, Richarlyson, Dagoberto e Jorge Wagner; Borges e Aluísio. O técnico era Muricy Ramalho.
 
 

Por João Nassif 18/02/2020 - 20:20

Mais de cinco anos se passaram e finalmente o Ministério Público de São Paulo depois de uma quebra de sigilo identificou transações suspeitas nas contas do ex-presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar. O cartola dirigiu o São Paulo entre 2014 e 2015.

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o MP classificou como suspeitos os depósitos nas contas do presidente, por conta do “caso Maidana”. 

Iago Maidana foi vendido no início de setembro de 2015 para a empresa Itaquerão Soccer por R$ 800 mil reais e registrado como atleta no Monte Cristo, clube da 3ª divisão de Goiás.  Logo em seguida o São Paulo pagou R$ 2 milhões por 60% dos direitos econômicos do jogador.

Pouco antes de renunciar ao cargo de presidente do São Paulo em meados de outubro de 2015, Carlos Miguel Aidar recebeu em sua conta bancária 14 depósitos de R$ 5 mil num espaço de 20 dias, identificados pelo Ministério Público como movimentação um tanto quanto suspeita. Ponto.

É só fazermos um exercício de memória para lembramos que o Criciúma à época informou que o atleta foi vendido por R$ 400 mil, metade do valor pago pelo Itaquerão Soccer. O motivo? Possivelmente uma investigação aprofundada pelo MP possa trazer à luz esta diferença.
 

Por João Nassif 18/02/2020 - 09:49

O primeiro grande ídolo do futebol brasileiro em Copas do Mundo, nasceu no dia 06 de setembro de 1913. Filho de um marinheiro e uma cozinheira, Leônidas da Silva teve uma infância simples com muitas escapadas do colégio para jogar bola.

Aos nove anos viu seu pai morrer e acabou sendo adotado pelos patrões da mãe. Estes montaram um bar perto do campo do São Cristóvão, onde jogou nas categorias de base. Passou por vários times do subúrbio carioca até ser contratado pelo Sírio Libanês aos 17 anos.

Foi em 1931 que teve início sua brilhante carreira. Foi convocado para a seleção carioca para jogar um amistoso contra o Ferencvaros, campeão húngaro quando marcou um gol. No mesmo ano conquistou o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais.

Disputou as Copas de 1934 e 1938. Foi o artilheiro do Mundial na França sete gols e ajudou o Brasil na conquista do terceiro lugar.

Leônidas jogou em três dos grandes times do futebol carioca, Vasco da Gama, Botafogo e Flamengo. Fez mais de 200 jogos pelo São Paulo entre 1942 e 1950 conquistando cinco campeonatos paulistas. Teve também uma rápida passagem pelo futebol uruguaio jogando pelo Peñarol onde marcou 28 gols em 25 jogos. 

Sua popularidade era tão grande que a Lacta resolveu criar um chocolate com um apelido que ganhou no Uruguai. Surgiu o Diamante Negro.  

Leônidas da Silva pendurou as chuteiras em 1950 com 37 anos. Depois de tentar e rapidamente desistir de ser treinador trabalhou como comentarista esportivo em vários rádios até parar em 1974 depois de cobrir a Copa do Mundo na Alemanha.

Neste ano foi diagnosticado com Mal de Alzheimer doença que o abateu e com a qual conviveu até morrer em 2004 no dia 24 de janeiro com 90 anos.
    
 

Por João Nassif 17/02/2020 - 09:30

Quando Pelé surgiu para o futebol declarou que seu grande ídolo, depois de seu pai Dondinho era um jogador chamado Thomaz Soares da Silva, conhecido como Zizinho, nascido em 14 de setembro de 1921 em São Gonçalo cidade do Estado do Rio de Janeiro.

No início de carreira, Mestre Ziza como ficou conhecido, teve de vencer a desconfiança e superar o então maior ídolo do futebol brasileiro. No primeiro treino no Flamengo teve a dura missão de substituir Leônidas da Silva machucado e jogou os 10 minutos finais.

Zizinho à esquerda da foto

Na primeira bola que recebeu foi desarmado. Na segunda, partiu para cima, driblou três jogadores e tocou no contrapé do goleiro. Marcou ainda outro gol para confirmar a aposta rubro negra.

Zizinho foi espetacular na seleção brasileira e só não foi contemplado com o título mundial. Participou da fatídica Copa de 1950 e mesmo vice-campeão foi escolhido o melhor jogador do torneio.

A maestria com que jogava lhe rendeu o apelido justamente durante a Copa, apelido dado por um jornalista italiano do Gazzetta dello Sport que escreveu: “o futebol de Zizinho me faz recordar Da Vinci pintando alguma coisa rara”.

Jogou pelo Flamengo de 1939 até 1950. Foi para o Bangu onde ficou até 1957 quando foi contratado pelo São Paulo onde jogou uma temporada. De 1958 até 1962 atuou pelo Audax Italiano do Chile onde encerrou a carreira. 

Pelo Flamengo foi campeão em 1939 e tricampeão em 1942/43/44. Foi também campeão paulista em 1957.

Pela seleção brasileira ganhou uma Copa Roca em 1945, uma Copa América em 1949 e um Pan-americano em 1952.

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Por João Nassif 16/02/2020 - 18:30

Thiago Ávila *

A Formula E voltou este sábado na Cidade do México, lugar onde a Audi tem amplo domínio com três vitórias em quatro corridas disputadas, sem contar a vitória em 2016 por Lucas Di Grassi, desclassificado por ter um carro abaixo do peso ideal. Porém dessa vez os alemães não chegaram nem perto de conquistar o pódio.

Largando do final do grid, Di Grassi teve que fazer uma corrida de recuperação, algo que vem se tornando comum para ele nessa temporada. Vandoorne, líder do campeonato, largou em décimo; a pole ficou com André Lotterer, da Porsche, seguido de Mitch Evans, da Jaguar, e Nick de Vries, da Mercedes.

Mitch Evans

Logo na primeira curva, Evans e Lotterer se estranham e o alemão leva a pior, que passa por fora na pista. A roda da Porsche fica danificada depois de uma volta e André é obrigado a abandonar. Nesse tempo, Buemi e Bird assumem o controle da prova, passam De Vries e colam em Evans. Mas o neozelandês é rápido o bastante para abrir distância.

Na metade da prova, as Techeetah, partindo de oitavo e nono, começam subir um a um na tabela. Há vinte minutos do fim da prova, António Félix da Costa já chegara em Buemi. 
Pegando o modo ataque, o português deixa Vergne passar, mas logo retoma a posição por estar mais rápido. Não demora muito e volta a encostar no terceiro colocado, o piloto da Techeetah não dá trégua para o suíço e chega em posição de pódio.

À caça de Sam Bird, o português ameaça passar, mas o britânico fecha ainda na reta. Pressionado, na curva seguinte acerta o muro, e uma liderança de campeonato garantida para Bird vai por água abaixo.

Com três minutos restantes, faltava ao português chegar em Evans. O Safety Car ameaçava chegar, mas apenas a bandeira amarela hasteava. O neozelandês terminou cinco segundos a frente de Félix da Costa, Buemi foi o terceiro, com Vergne – enfim conseguindo terminar uma corrida – chegando em quarto.

O desempenho do português e do francês atual campeão só mostra como a Techeetah continua sendo o melhor carro da temporada em ritmo de corrida – ao lado da BMW -, e da Costa, contratado esse ano, seu piloto de destaque.

Evans assume a ponta na temporada com 47 pontos, seguido por Sims, da BMW, com 46, e Félix da Costa com 39. Nos construtores, a BMW segue líder com 71, seguido de Jaguar, Mercedes e Techeetah, separados por um ponto cada. A Formula E volta dia 29 de fevereiro em Marrakesh. 

*Jornalista

Por João Nassif 16/02/2020 - 11:40

A discussão sobre o lance final do jogo em Chapecó quando o arbitro Rodrigo D’Alonso não observou a vantagem que poderia resultar no gol da vitória do Criciúma foi muito mais insuflada pelas perguntas pós jogo do que propriamente pelo técnico Roberto Cavalo e pelo diretor Evandro Guimarães.

O foco mais importante foram as mudanças feitas pela comissão técnica do Criciúma que fez as três trocas permitidas num intervalo de seis minutos na metade do segundo tempo. A primeira foi imediatamente após o Criciúma abrir o placar. 

A explicação foi no sentido de poder ter mais velocidade com a entra do João Carlos no lugar do Daniel Cruz. As outras duas que também foram alvos de explicações desmontaram a força de marcação e permitiram que a Chapecoense trabalhasse uma bola no miolo da intermediaria e pudesse concluir num chute fraco que o Paulo Gianezini rebateu para frente nos pés do atacante que empatou o jogo.

As saídas de Christopher e Carlos César foram determinantes para a Chapecoense encontrar o caminho do gol numa única jogada em toda a partida. Um jogador de 18 anos pedir para sair por cansaço soa estranho. Foi o argumento usado pelo técnico para justificar a substituição do Christopher.

Mais uma vez experiencias durante um jogo causa confusão e não garantem resultados.
 

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