Ir para o Conteúdo da página Ir para o Menu da página
Carregando Dados...
FIQUE POR DENTRO DE TODAS AS INFORMAÇÕES DAS ELEIÇÕES 2024!
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por João Nassif 15/04/2020 - 08:58

A Taça Libertadores da América que em 2020 está na 61ª edição mostra os clubes argentinos como os maiores vencedores. Com a vitória do River Plate em 2018 os clubes argentinos acumularam um total 25 títulos.

O Independiente é o maior vencedor da Libertadores com sete conquistas, seguido pelo Boca Juniors que venceu a competição em seis oportunidades. 

Independiente de 1972-campeão da Libertadores

O segundo país cujos representante mais venceram a Libertadores é o Brasil que acumula um total de 19 títulos.

Santos, Grêmio e São Paulo são os maiores vencedores com três títulos cada um.

Cruzeiro, Internacional e Flamengo venceram a competição em duas oportunidades cada um, enquanto Vasco da Gama, Palmeiras, Corinthians e Atlético Mineiro foram campeões apenas uma vez.

O futebol brasileiro dominou a competição na década de 1990. Nas 10 Libertadores disputas entre 1991 e 2000 os clubes brasileiros venceram seis edições.

A década começou com o Colo Colo do Chile vencendo em 1991. Em 1992 e 1993 o São Paulo foi bicampeão, o argentino Velez Sarsfield venceu em 1994, o Grêmio foi o campeão de 1995. 

Depois do River Plate ter sido o vencedor em 1996 o futebol brasileiro conquistou três títulos seguidos: Cruzeiro em 1997, Vasco em 1998 e o Palmeiras em 1999. 

A sequência foi quebrada no ano 2000 com o título do Boca Juniors que derrotou na final o Palmeiras numa decisão por pênaltis. 

Foi a década de 1990 a mais vitoriosa do futebol brasileiro em se tratando de Taça Libertadores da América.
 

Por João Nassif 14/04/2020 - 11:59

Mesmo que remota ainda existe a possibilidade do Governador do Estado liberar com portões fechados a retomada do campeonato catarinense.

O pedido foi feito pela Federação Catarinense no embalo de outros segmentos terem sido atendidos na volta ao funcionamento, com restrições que nem sempre são cumpridas. O argumento principal é o fato dos clubes poderem ir à falência sem o retorno às atividades.

Rubens Angelotti, presidente da FCF numa entrevista à Rádio Som Maior FM afirmou que além da possível liberação pelo Governo, teria que ter para o retorno às atividades a concordância dos clubes e atletas, além dos testes para todos os envolvidos nas partidas. Isto representaria testes em 35 profissionais em média de cada clube, equipes de arbitragem, mídia e mesmo sem público pessoas que trabalham em várias dependências de um estádio em dias de jogos.  

Suponhamos que clubes e atletas concordem com as medidas preventivas, todos testaram negativo e o campeonato volte a ser disputado.

Existem deslocamentos, proximidade entre todos, contatos na disputa do jogo, sem máscaras, possivelmente com luvas, mas falamos de um jogo. E os demais, serão feitos testes a cada rodada? Os atletas e outros profissionais ficarão isolados nos dias em que não haverá jogos?

É muito arriscado propor uma situação sem a menor possibilidade de controle. Por isso, com todo respeito aos que pedem liberação, espero que o Governador mantenha suas normas e não permita eventos esportivos, mesmo sem a presença de público para preservação da saúde de todos. E que os clubes apelem para sócios e patrocinadores manterem seus pagamentos.
 

Por João Nassif 14/04/2020 - 09:45

A Copa Rio de 1951, também chamada de Torneio Internacional de Clubes Campeões foi disputada por oito equipes da Europa e da América do Sul em São Paulo e no Rio de janeiro nos estádios do Pacaembu e Maracanã, respectivamente.

A competição foi organizada pela Confederação Brasileira de Desportos, a CBD, com auxilio e autorização da FIFA e levou o nove de Copa Rio por ter sido patrocinada prefeitura do Rio de Janeiro. 

O torneio teve a divisão das equipes em dois grupos. 

O grupo do Rio de Janeiro foi formado com o Vasco da Gama campeão carioca de 1950, Sporting de Portugal, Áustria Viena e Nacional do Uruguai.

Pelo grupo de São Paulo disputaram o Palmeiras campeão paulista de 1950 e do Torneio Rio-São Paulo de 1951, Juventus da Itália, Estrela Vermelha da Iugoslávia e Nice da França.

No grupo do Rio de Janeiro o Vasco foi o primeiro colocado com o Áustria Viena em segundo. Em São Paulo o Juventus chegou na frente do Palmeiras que ficou na segunda colocação.

Nas semifinais disputadas em dois jogos, no Pacaembu a Juventus eliminou o Áustria Viena com empate em 3x3 e vitória por 3x1 e no Maracanã o Palmeiras superou o Vasco da Gama com vitória por 2x1 no primeiro jogo e empate em 2x2 no segundo.

As partidas finais foram jogadas no Maracanã. Na primeira o Palmeiras venceu por 1x0 e na segunda houve empate em 2x2 no dia 22 de julho.

Assim o Palmeiras foi o campeão da Copa Rio de 1951. A FIFA declara que o Palmeiras é detentor do título da primeira competição mundial entre clubes da história.
 

Por João Nassif 13/04/2020 - 08:57

Conforme vimos no Almanaque da Bola de ontem não houve eliminatórias para a disputa da 1ª Copa do Mundo na história em 1930. Todos as 12 seleções que se deslocaram para o Uruguai e se integraram aos anfitriões foram convidadas pela FIFA.

Por isso somente no segundo Mundial em 1934 na Itália é que houve necessidade de jogos classificatórios para a disputa do torneio.

A primeira partida da história valendo por eliminatórios às Copas do Mundo foi realizada no dia 24 de setembro de 1933. Iugoslávia e Suíça empataram por 2x2 em Belgrado, capital de Iugoslávia.

O jogo valeu pelo Grupo 6 das eliminatórias que além das duas seleções tinha a presença da seleção da Romênia.

Pelo regulamento apenas duas seleções seriam classificadas por este Grupo 6. No segundo jogo a Suíça em Berna derrotou o Romênia por 2x0 e no terceiro jogo a Romênia em Bucareste derrotou a Iugoslávia por 2x1.

Como a previsão era somente jogos de ida em turno completo sem partidas de volta, Suíça e Romênia se classificaram com a consequente eliminação da Iugoslávia.

Assim a Romênia participou pela segunda vez de uma Copa do Mundo. A Iugoslávia que jogou como convidada na Copa inaugural ficou de fora do Mundial da Itália e a Suíça jogou uma Copa do Mundo pela primeira vez.

Por João Nassif 12/04/2020 - 21:45

O futebol não pode fugir do sacrifício que toda sociedade brasileira vem enfrentando com a pandemia que se alastra a cada dia pelo país.

É compreensível o esforço e diria a necessidade de uma retomada o mais rápido possível, mas o quadro não indica que jogos e campeonatos retornem num curto e até médios prazos.

Rubens Angelotti-presidente da FCF

Ouvi ontem o presidente da Federação Catarinense, Rubens Angelotti, sobre o questionamento ao governo do estado para que tenhamos jogos a partir da segunda semana de maio, jogos com portões fechados para que o campeonato estadual seja finalizado.

Os clubes que já não andam bem financeiramente teriam a oportunidade de conseguir algumas receitas com o patrocínio e com a parcela final da cota da televisão. Será este o argumento e também seriam feitos testes dos profissionais envolvidos nos jogos para isolar quem porventura testar positivo para o Covid-19. 

Ouvi também o secretário geral da CBF, Walter Feldmann, que não acredita num retorno ainda em maio em função da pandemia ainda não atingir seu pico máximo, segundo o Ministério da Saúde. Os dois dirigentes fizeram questão de frisar que a prioridade é zelar pela saúde e pela vida dos que trabalham com o futebol e que obedecerão às recomendações dos órgãos governamentais. O decreto do governador Carlos Moisés é especifico, eventos esportivos somente no final de maio. Jogos com portões fechados se enquadram no impedimento, portanto penso que o pleito da Federação não será atendido. 

Infelizmente a previsão é sombria para clubes e Federações que deverão perder receitas com uma paralisação que se desenha prolongada.
 

Por João Nassif 12/04/2020 - 08:36

A primeira Copa do Mundo da história, disputada no Uruguai em 1930 foi a única que não teve jogos eliminatórios. As seleções que participaram do torneio foram todas convidadas.

Como muitas, principalmente as europeias recusaram o convite feito por Jules Rimet, o idealizador da competição, o Mundial contou com apenas 13 seleções. O projeto era que fossem 16 países representados no torneio.

Foram vários os motivos que fizeram com que não houvesse interesse de seleções importantes em viajar até o Uruguai. 

Estádio Centenário-Montevideo

A Europa estava mergulhada em uma enorme crise econômica e os custos dos deslocamentos das delegações para outro continente eram enormes.

Outro motivo: o profissionalismo estava começando no futebol e os principais clubes europeus não aceitaram ficar muito tempo sem seus principais jogadores.

Mesmo assim Jules Rimet foi irredutível. Como havia sido decidido dois anos antes, a Copa foi realizada no Uruguai que completaria 100 anos de sua República. 

Apenas quatro países europeus, Bélgica, França, Iugoslávia e Romênia aceitaram o convite e a eles somaram os norte-americanos México e Estados Unidos e os sul-americanos Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Peru, além, é claro do Uruguai anfitrião.

Legenda

Em tempo recorde foi construído o gigantesco estádio que por motivos óbvios recebeu o nome de Estádio Centenário. Foram removidas toneladas de terra para rebaixar o terreno para proteger o gramado dos ventos fortes que assolam a região. A construção começou no início do ano da Copa e foi completada em meados de julho. 

Portanto, em sete meses foi construído o gigante de concreto com capacidade para 70 mil espectadores.

O Uruguai foi o vencedor da primeira Copa do Mundo que teve a Argentina como vice.

Por João Nassif 12/04/2020 - 01:10

Thiago Ávila *

Essa é a pergunta que todo mundo me faz. Se eu tivesse a resposta para isso e apostasse, certamente ganharia muito dinheiro. Por isso hoje faremos uma breve análise dos postulantes a próximo candidato tupiniquim a ingressar na Formula 1, mostrando seus pontos fortes e seus agravantes para chegar até lá.

SERGIO SETTE CAMARA

Pontos positivos: O mineiro de 21 anos é filho do presidente do Atlético Mineiro, já tem um aporte financeiro para pegar alguma vaga. Atualmente é piloto reserva da Red Bull e AlphaTauri e conseguiu a superlicença pelos razoavelmente bons resultados na Formula 2 nos últimos dois anos. Ou seja, é o 5º piloto da marca de energéticos, qualquer um que der mole ou se lesionar, ele entra.

Pontos negativos: Ele não está sozinho nessa. Além de torcer para que um dos quatro Red Bulls se der mal, ele tem um outro concorrente que também quer roubar sua vaga. Trata-se do estoniano Juri Vips. Ele já está na academia júnior do time desde 2018, há um bom tempo tendo bons resultados na F3 e F4. Este ano será adversário direto do brasileiro na Super Formula Japonesa. A Red Bull deve estar muito de olho neles, quem tiver os melhores resultados na temporada deve pegar a vaga na AlphaTauri em 2021.

PIETRO FITTIPALDI

Pontos positivos: Neto de Emerson, Pietro é protegido da Haas há dois anos e a equipe faz questão de dizer que o brasileiro é um ótimo piloto de testes. Além de tudo, tem sobrenome, e ter um Fittipaldi de volta é tudo o que a F1 quer. Além de tudo conseguiu a superlicença no início deste ano, ao ficar em quinto na Toyota Racing Series

Pontos negativos: É ruim. Desculpem-me pachequistas, mas ele é muito fraco. Em 2017 foi o último campeão da Formula V8 3.5, mas num grid inteiramente de pilotos pagantes. Ano passado no DTM foi horroroso! Ele foi disparado o pior das Audi – que era o melhor carro do grid – e ainda terminou atrás de uma Aston Martin – que é a Williams da categoria alemã. Quem achar justo que ele entre na F1 é extremamente hipócrita, o Stroll fez mais por merecer do que ele. Outro problema é a idade, 23 anos e um currículo nada satisfatório, passou da validade.

PEDRO PIQUET

Pontos positivos: Filho de Nelson, Pedro teve resultados bons na GP3 2018 e na F3 no ano passado. Agora vai correr na F2, na busca para conseguir a superlicença. Tem sobrenome.

Pontos negativos: O grid da Formula 2 para esse ano é um dos mais fortes dos últimos anos. Piquet terá muitas dificuldades para se destacar. Ele já tem 21 anos, daria no máximo dois anos para mostrar que merece alguma vaga. Outra é que ele não está ligado a nenhuma equipe de F1, isso nos dias atuais é praticamente matar uma carreira próspera.

FELIPE DRUGOVICH

Pontos positivos: Tem 19 anos e já está no grid da F2. Se mostrar bons resultados logo de cara poderá chamar atenção de algumas equipes. Tem tempo, dá para ir se adaptando aos poucos na categoria.

Pontos negativos: Não tem nenhuma relação com equipes da F1. Na Formula 3 ano passado não teve resultados expressivos e mesmo assim achou um lugar na F2. Tenho mais certeza que ele migre a carreira para a Stock Car.

ENZO FITTIPALDI

Pontos positivos: Neto de Emerson, tem apenas 18 anos e uma carreira vitoriosa. Venceu a F4 Italiana em 2018 e foi vice-campeão da F3 Regional em 2019. Além disso há tempos está na academia júnior da Ferrari. Esse ano disputa o mundial de Formula 3 como um dos postulantes ao título. Se há alguém com futuro praticamente garantido na Formula 1 é Enzo.

Pontos negativos: Ainda tem uma longa jornada. Se for bem na F3, ainda terá que passar pela F2, onde terá pelo menos uns outros três membros da academia Ferrari lutando por alguma vaga na Alfa Romeo.

IGOR FRAGA

Pontos positivos: O nipônico-brasileiro foi terceiro na F3 Regional no ano passado, foi campeão da Toyota Racing Series este ano e ainda teve bons desempenhos em categorias de base da Indy. Mês passado ainda ingressou na academia júnior da Red Bull.

Pontos negativos: Já tem 21 anos, está atrasado em relação a outros concorrentes. A Formula 1 de hoje não tem mais espaços para experientes. As equipes querem novos Verstappens, novos Leclercs, jovens de no máximo 22 anos. Mesmo se Fraga tiver uma ascensão meteórica ganhando a F3 e a F2 seguidamente, já terá 24 anos, e a idade vai pesar contra.

GIANLUCA PETECOF

Pontos positivos: O jovem piloto de 17 anos já faz parte da academia júnior da Ferrari. Faz uma carreira praticamente aliada à de Enzo, mas sempre algumas posições mais atrás. Ano passado foi vice na F4 Italiana e esse ano vai disputar a F3 Regional.

Pontos negativos: Os mesmo de Enzo, com um adicional de não ter um sobrenome de peso.

CAIO COLLET

Pontos positivos: Fechamos a lista com um dos nomes mais promissores do automobilismo. Aos 18 anos, o paulistano já é piloto de desenvolvimento da Renault e tem sua carreira gerenciada pelo empresário Nicolas Todt, o mesmo que administra as carreiras de Charles Leclerc e Felipe Massa. Ano passado foi quinto colocado na Formula Renault Eurocup.

Pontos negativos: É bom se apressar, senão o tempo passa. Outro problema é que a Renault não é o melhor lugar para hospedar jovens garotos. Qual foi a última revelação dos franceses? Jolyon Palmer? Romain Grosjean?

E aí? Quem será o próximo brasileiro na Formula 1?

* Jornalista

Por João Nassif 11/04/2020 - 08:11

Quando em 1968 a CBD assumiu o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, criou além deste torneio as Copas Centro-Sul e Norte-Nordeste que seria um tipo de segunda divisão não oficial.

Em 1968, Grêmio Maringá e Sport Recife disputaram em ida e volta a decisão que poderia ser considerada como a final não oficial da segunda divisão do futebol brasileiro.

Em 1969 e 1970, mesmo não oficial não houve a decisão desta chamada segunda divisão, pois a Copa Centro-Sul não foi realizada. Pela Copa Norte-Nordeste o Ceará foi campeão em 1969 e o Fortaleza venceu o torneio no ano seguinte.

Em 1971 a CBF estendeu o direito de participação a qualquer estado interessado e transformou o Torneio Roberto Gomes Pedrosa em Campeonato Brasileiro, as Copas Centro-Sul e Norte-Nordeste tornaram-se zonas regionais da segunda divisão do futebol brasileiro.

Portanto as Copas Centro-Sul e Norte-Nordeste disputas entre 1968 e 1970 podem ser consideradas antecessoras da série B e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa precursor da série A do Campeonato Brasileiro.

A segunda divisão sofreu interrupção de 1973 a 1979 quando não havia regras claras para o número de participantes da série A por extensão não havia acesso e descenso. Todas as equipes eram convidadas a participar da competição do primeiro nível.

Somente a partir de 1980 é que a CBF conseguiu organizar melhor as competições e voltaram acesso e descenso apesar de algumas viradas de mesa até que a partir de 2002 os campeonatos se organizaram e partir de então as regras básicas do futebol foram sendo respeitadas.    

Por João Nassif 10/04/2020 - 09:31

A história mostra que o primeiro Campeonato Brasileiro de Futebol foi realizado em 1971 e tem como campeão o Atlético Mineiro.

Entretanto a CBF em 1974 unificou os títulos da antiga Taça Brasil disputada desde 1959 e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão de 1967 até 1970.

Sendo assim, o Campeonato Brasileiro de 1971 foi a 15ª edição do Campeonato Brasileiro que durante alguns anos foi chamado de Campeonato Nacional.

Dadá Maravilha e o gol do título

Enfim, há muita discussão sobre os títulos da Taça Brasil e do Robertão serem ou não campeonato brasileiros ou nacionais, como queiram.

Muito bem, quando começou em 1971 a competição teve participação de mais clubes de estados que não faziam parte do Torneio Roberto Gomes Pedrosa para ser atingido o total de 20. 

Ceará, Sport do Recife e Atlético Mineiro foram incorporados ao campeonato que foi dividido em duas chaves com 10 times cada uma com a classificação dos seis primeiros para a segunda fase.

Nesta primeira fase os times em princípio jogaram dentro da chave e depois contra adversários do outro grupo em apenas um turno para classificação geral.

Na segunda fase os 12 classificados foram divididos em três chaves e somente o primeiro colocado de cada uma disputaria o triangular final.

Chegaram à decisão do campeonato Atlético Mineiro, São Paulo e Botafogo. No primeiro jogo o time mineiro venceu o São Paulo por 1x0 no Mineirão. Em seguida o São Paulo derrotou o Botafogo por 4x1 no Morumbi.

A partida final foi no Maracanã e o Atlético que jogava por um empate venceu o Botafogo por 1x0 com gol do lendário Dario, o Dadá Maravilha.

Assim o Atlético Mineiro treinado por Telê Santana com toda controvérsia é considerado vencedor do primeiro Campeonato Brasileiro de Futebol.
 

Por João Nassif 09/04/2020 - 09:40

Poucos sabem, mas a primeira transmissão de uma Copa do Mundo pela televisão brasileira foi possível por um blefe de um componente de uma delegação que foi ao México negociar com o Telesistema Mexicano os direitos para que o povo brasileiro pudesse assistir ao vivo o Mundial de 1970.

A empresa mexicana havia comprado os direitos para negociar a transmissão dos jogos com as televisões do mundo inteiro e a TV Tupi comprou a exclusividade para o Brasil. Como havia sido assinado um protocolo em 1966 que proibia a exclusividade para a transmissão de jogos da seleção brasileira as demais emissoras protestaram e foi necessário um novo acordo para compra dos direitos junto ao Telesistema Mexicano.

O contrato de compra pela TV Tupi foi anulado e as emissoras fizeram um “pool” para transmitir os jogos da seleção brasileira. Este “pool” formado pelos representantes de várias televisões brasileira foi ao México no final de 1969 negociar com o todo poderoso Emílio Ascárraga comandante do Telesistema Mexicano.

Numa negociação muito tensa o mexicano pediu a quantia de US$ 1.200.000 para ceder os direitos às emissoras brasileiras. As emissoras responderam com uma contraproposta de US$ 550.000 rejeitada por Ascárraga. 

Foi aí que o diretor da Rádio Nacional, Paulo César Ferreira que estava presente na reunião blefou e disse com todas as letras: “Pois bem, senhor Ascárraga. O senhor é o homem mais poderoso da América Latina, faça então o que quiser. Não transmita a Copa para o Brasil, mas também fique certo que não terá a seleção brasileira em campo. O senhor acha que o governo brasileiro irá permitir que a nossa seleção jogue depois de uma ofensa dessas do México? Eu quero ver como é que vai ficar essa merda de sua Copa sem a seleção brasileira”.

O blefe foi disparado com tanta convicção que o mexicano pensou que o Paulo César fosse também representante do governo brasileiro. O acordo foi revisto e o contrato com o “pool” de emissoras foi fechado em US$ 715.000 e garantiu a transmissão da Copa de 1970 para todo o Brasil.
 
 

Por João Nassif 08/04/2020 - 09:24

O confronto entre seleções nos Jogos Olímpicos foi realizado pela primeira vez em 1906 nas Olimpíadas realizadas em Atenas, Grécia, entre os dias 22 de abril e 02 de maio. Vale ressaltar que estes Jogos não foram reconhecidos pelo Comitê Olímpico Internacional.

O COI instituiu a frequência de quatro anos para a realização dos Jogos e como em 1904 a III Olimpíada havia sido disputa em Saint Louis nos Estados Unidos os Jogos seguintes seriam realizados em Londres no Reino Unido.

De qualquer forma as Olimpíadas de 1906, mesmo não oficial teve o futebol entre seleções disputado pela primeira vez na história.

Quatro times entraram no torneio. A Dinamarca, a seleção grega formada por jogadores de Atenas e Salônica e outros dois times gregos com jogadores de duas das maiores cidades do país à época com um ou outro estrangeiro nas suas formações.

Um time da Esmirna composto por mercadores estrangeiros oriundos da Inglaterra, França e Armênia. Outro de Tessalônica formado por vários artistas vindo de várias partes do mundo.

Nos dois primeiros confrontos valendo como semifinais a seleção da Dinamarca derrotou a seleção de Esmirna por 5x1. No outro jogo a seleção grega derrotou o time de Tessalônica por 5x0.

No jogo final Dinamarca venceu a Grécia por 9x0 com todos os gols marcados no primeiro tempo. Os gregos não retornaram para a segunda etapa.

Com a desistência da seleção da Grécia Esmirna ficou com a medalha de prata goleando Tessalônica por 12x0.

Por João Nassif 07/04/2020 - 10:04

Criciúma viveu nos anos 1960 uma fase de ouro no futebol catarinense. Sempre com quatro clubes participando dos campeonatos estaduais, vários títulos conquistados pelo Metropol e Comerciário e com boas campanhas do Atlético Operário e Próspera.

No final da década os clubes não conseguiram mais se sustentar, terminou o ciclo de ouro do carvão que obrigou Metropol e Atlético Operário encerrarem suas atividades no futebol. 

O Comerciário sem os rivais não teve condições de bancar boas equipes e também fechou o departamento de futebol. Sobrou apenas o Próspera que bancado por empresa do governo resistiu até 1975 quando foi rebaixado e encerrou seu ciclo profissional.

O último campeonato do Time da Raça foi disputado por 13 clubes com todos se enfrentando em turno e returno. Houve divisão em duas chaves para efeito de classificação. Na chave A seis e na B sete clubes.

O regulamento dizia que os quatro primeiros de cada chaves estariam classificados para a segunda etapa, enquanto os dois últimos da A e os três últimos da B seriam rebaixados.

O Próspera caiu no grupo B e ficou em último lugar com apenas nove pontos conquistados. Foi o pior desempenho entre todos os participantes.

O campeão estadual em 1975 foi o Avaí que enfrentou o Figueirense na decisão. 

Junto com o Próspera foram rebaixados o Caxias de Joinville, o Guarani de São Miguel D’Oeste, o Hercílio Luz de Tubarão e o Carlos Renaux de Brusque. 
 

Por João Nassif 06/04/2020 - 09:43

No campeonato catarinense de 1986 o Criciúma reinou soberano e venceu todas as três etapas antes do hexagonal final que decidiu o título. 

O Criciúma que até então não havia conseguido vencer uma única Taça entre tantas que havia disputado desde 1978 quando substituiu o Comerciário EC ganhou na sequência a Taça Governador, a Taça 25 anos da Universidade Federal de Santa Catarina e a Plínio De Nez, antes de levantar a Taça Pedro Lopes pela conquista de seu primeiro campeonato.

Alguns dias antes do início do hexagonal decisivo o Criciúma teve sua primeira experiencia internacional. Passava pelo Estado a seleção da Indonésia numa excursão em que buscava aprender com os brasileiros como fazer futebol.

No dia 08 de julho o Criciúma goleou a seleção visitante por um elástico 7x0 com arbitragem de Dalmo Bozzano.

O atacante Osmair fez três gols e a goleada foi completada por Jorge Veras, Colonetti, Vanderlei e pelo volante Jairo.

O time que o técnico Zé Carlos mandou a campo: Luiz Henrique, Sarandi, Sílvio Laguna, Solis e Itá; Jairo, Carlos Alberto e Vanderlei; Edemílson, Osmair e Jorge Veras. 

Entraram no segundo tempo: Ado, Treze, Colonetti e Rudi. 
 

Por João Nassif 05/04/2020 - 08:59

A Copa Sul-Americana foi criada pela CONMEBOL em 2002 para substituir as Copas Mercosul e Merconorte para se tornar o segundo maior torneio de clubes da América do Sul.

O sistema de classificação foi sendo alterado ao longo do tempo e hoje a se dá por mérito com a definição dos participantes através das suas respectivas competições nacionais. Todos os 10 países filiados à entidade têm representantes no torneio.

Em 2013, por exemplo, os representantes brasileiros na Copa Sul-Americana eram extraídos do campeonato brasileiro da série A de 2012 e incluídos também os quatro clubes promovidos da segunda divisão.

O Criciúma que havia conquistado o acesso em 2012 pode participar da competição continental. Foi a segunda vez que o clube disputou um torneio internacional, a primeira foi a Taça Libertadores em 1992.

Nas primeiras fases da Copa Sul-Americana de 2013 a disputa era entre clubes do mesmo país. O Criciúma teve que enfrentar a Ponte Preta em jogos de ida e volta. 

O Criciúma tinha recentemente vencido o campeonato catarinense sob o comando do técnico Vadão e no primeiro jogo que teve como palco o Heriberto Hülse foi derrotado pelo time campineiro por 2x1. Depois deste jogo Vadão foi demitido.

No jogo da volta em Campinas o placar final foi um 0x0. O Criciúma estava desclassificado. 

O Tigre ainda disputou pela segunda vez a Copa Sul-Americana em 2014. Foi classificado por ter sido 14º colocado na série A do campeonato brasileiro em 2013.

Foi novamente eliminado na primeira fase no confronto contra o São Paulo. Apesar de ter vencido em casa por 2x1 perdeu no Morumbi por 2x0. 

Por João Nassif 04/04/2020 - 09:31

As Confederações de futebol, UEFA e CONMEBOL decidiram fazer uma Recopa Intercontinental que seria realizada em 1968/1969. O torneio tinha como clubes participantes os vencedores da Taça Intercontinental até 1967.

Lembrando que a Taça Intercontinental começou a ser disputada em 1960 em jogos de ida e volta entre os vencedores da Liga dos Campeões da Europa e o vencedora da Libertadores da América.

 

O grupo sul-americano na Recopa Intercontinental foi formado com o Santos do Brasil campeão da Libertadores em 1962/1963, com o Peñarol do Uruguai campeão em 1960/1961/1966 e o Racing da Argentina em 1967.  

Somente dois clubes europeus aceitaram participar, o Real Madrid e a Internazionale de Milão, sendo que o clube espanhol se retirou antes de disputar a classificação.

Os três times sul-americanos jogaram partidas em turno e returno para se apurar o finalista da Recopa.

O campeão foi o Santos que venceu o Racing duas vezes, em São Paulo por 2x0 e em Buenos Aires por 3x2. Teve uma vitória sobre o Peñarol por1x0 no Maracanã e uma derrota por 3x0 em Montevideo.

A decisão da Recopa Intercontinental teve primeiro jogo no San Siro em Milão e o Santos venceu por 1x0. 

Não houve o jogo de volta, pois o time italiano abandonou o torneio. Portanto, Santos campeão da única Recopa Intercontinental realizada na história.

Os europeus desde sempre não dão muita importância em confrontos com os sul-americanos.

Por João Nassif 03/04/2020 - 09:21

A FIFA definiu em janeiro de 2017 que a partir da 23ª edição a Copa do Mundo passará a ser disputada por 48 seleções. Este Mundial em 2026 terá sede compartilhada entre os Estados Unidos, México e Canada.

Antes a edição de nº 22 será disputada em 2022 no Qatar.

Com tantas seleções participantes do torneio não teremos mais sede única e sendo assim vários países limítrofes ao redor do planeta já estão se movimentando para sediar o Mundial de 2030.

A mais comentada até agora é a candidatura conjunto entre Uruguai, Argentina e Paraguai que seria uma forma de levar a Copa do Mundo ao berço no ano de seu centenário.

A Inglaterra deverá vir com força para sediar a Copa de 2030 em parceria com Escócia, País de Gales, Irlanda e Irlanda do Norte.

Marrocos que perdeu a disputa pela sede em 2026 não abandonou seu projeto e possivelmente juntará forças com Argélia e Tunísia.

Ainda há interesses expressos de Camarões juntamente com o Egito, da Espanha com Portugal e da Coréia do Sul com Coréia do Norte, Japão e China.

A todas estas intenções o primeiro ministro da Bulgária declarou recentemente que os Balcãs devem ter sua proposta com seu país se candidatando juntamente com a Sérvia, Grécia e Romênia.

Com todas estas prováveis candidaturas certamente teremos uma verdadeira guerra política entre os países que se propõe a acolher a grande festa do futebol mundial.

Por João Nassif 02/04/2020 - 10:08

A final da Copa do Mundo de 1954 foi certamente a mais surpreendente entre todas realizadas até agora.

A FIFA escolheu a Suíça para sediar o V Mundial da história pela sua neutralidade na Segunda Guerra Mundial e por isso poupada da destruição que o conflito impôs a outros países. Foi a primeira Copa do Mundo na Europa depois da guerra.

Alemanha Ocidental campeã em 1954

A Hungria dominava o futebol europeu quando da época do Mundial, estava invicta a quatro anos e chegou à Suíça como a grande favorita. E foi logo confirmando seu favoritismo impondo duas goleadas na primeira fase, 9x0 contra a Coréia do Sul e 8x3 sobre a Alemanha Ocidental. Os alemães jogaram com meio time de reservas.

Depois nas quartas de final despachou a seleção brasileira na vitória por 4x2 e vencendo o Uruguai nas semifinais também por 4x2.

Os alemães foram mais modestos e antes da goleada sofrida contra a Hungria já haviam vencido a Turquia por 4x1. Pelo regulamento foram obrigados a fazer um jogo desempate com a mesma Turquia e venceram por 7x2.

Nas quartas de final a Alemanha Ocidental derrotou a Iugoslávia por 2x0 e nas semifinais a Áustria por 6x1.

Na grande final a Hungria como já havia feito nos jogos anteriores começou com força total e com oito minutos já faziam 2x0. Os alemães diminuíram dois minutos depois e aos 18 empataram o jogo.

Aos poucos foi prevalecendo o preparo físico e o fato da Alemanha Ocidental ter poupado titulares no jogo da fase de grupos foi preponderante para que no final vencesse por 3x2. O gol da vitória foi marcado aos 39 do segundo tempo.

A Hungria foi vítima do favoritismo que havia derrotado a seleção brasileiro na Copa do Mundo de 1950.

Por João Nassif 01/04/2020 - 10:48

Não causou nenhum impacto o pronunciamento do presidente Jaime Dal Farra. Falou o óbvio, tudo que já sabíamos em razão do noticiário do dia a dia.

Ficou clara mais uma vez a necessidade de buscar ajuda na CBF num movimento de todos os clubes das quatro séries do campeonato brasileiro. Os clubes estão em dificuldades para cumprir suas obrigações com atletas e funcionários.

O CT está à disposição da prefeitura e o Heriberto Hülse do Exército. No site do clube algumas ações em cooperação com as entidades que trabalham no combate ao vírus.

As perguntas feitas on-line mostraram a preocupação dos repórteres com relação ao futuro, contratos terminando no final do mês, futuro do campeonato catarinense, enfim tudo girando na questão financeira. A FIFA está estudando as questões contratuais.

Deu a impressão que o presidente tinha necessidade de se manifestar e ouvindo atentamente seu pronunciamento e respostas não percebi nenhuma novidade. 

Infelizmente  
 

Por João Nassif 01/04/2020 - 09:54

Assim como os jogos Olímpicos, as Copas do Mundo também são integração de povos dos mais variados cantos do planeta Terra. Se nas Olímpiadas quase todos os atletas defendem os países em que nasceram, nos Mundiais de Futebol com suas 32 seleções muitos jogadores que não nasceram no país defendem as cores da terra de origem de seus pais que por um motivo imigraram para outras nações. 

Na Copa do Mundo de 2018 disputada este ano na Rússia, o Marrocos é um exemplo desta situação, pois dos 23 jogadores inscritos apenas seis nasceram no país.

Os outros 17 são filhos de pais imigrantes que se esparramaram por vários países do continente europeu e encontraram no futebol a possibilidade de se tornarem alguém e manter o sustento de seus familiares. Muitos atuam em equipes de ponta nas várias Ligas europeias.

Oito dos “estrangeiros” nasceram na França, cinco na Holanda, dois na Espanha, um no Canadá e outro na Bélgica.

Todos os jogadores marroquinos que atuam pelo mundo estão bem espalhados pelas diversas ligas europeias, são raros os que atuam nos campeonatos africanos e asiáticos.

Esta diversificação de clubes, mostra que apenas dois jogadores atuam num mesmo time, este time é o Feyenoord da Holanda. Não há mais na relação dos 23 que disputaram a Copa do Mundo dois jogadores num mesmo time.

Nos grandes da Europa um o zagueiro Hakimi pertence ao Real Madrid, o zagueiro Benatia joga na Juventus da Itália e o atacante Ziyech no holandês Ajax. Os demais jogam em clubes de menor expressão do futebol europeu.

Por João Nassif 31/03/2020 - 09:53

A Inglaterra é o país que mais cultiva a tradição nas participações em Copas do Mundo. Afinal, os inventores do futebol dificilmente convocam jogadores que jogam em outros campeonatos que não seja a Premier League.

Este conceito foi literalmente aplicado na relação de convocados para o último Mundial disputado na Rússia. O técnico Gareth Southgate, também inglês relacionou os 23 jogadores permitidos pelo regulamento, todos eles jogando o campeonato da terra da Rainha.

Além dos clubes de ponta da Premier League, foram convocados alguns jogadores de times menores do campeonato inglês. Stoke City, Burnley, Crystal Palace são os pequenos times ingleses que tiveram jogadores no grupo que foi à Rússia.

O Everton e o Leicester, times de porte médio também tiveram jogadores convocados, inclusive Pickford do Everton foi o goleiro titular e uma das atrações do torneio. O Leicester campeão inglês há duas temporadas teve dois convocados, o zagueiro titular da seleção Maguire e o atacante Vardy o artilheiro do time.

A lista dos 23 teve cinco jogadores do Tottenham, quatro do Manchester City, outros quatro do Manchester United, dois do Liverpool, além de um do Arsenal e outro do Chelsea.

A seleção brasileira apresentou somente três jogadores que atuavam no país. Dois do Corinthians, o goleiro Cássio e o lateral Fágner e o zagueiro Geromel do Grêmio.

O Manchester City da Inglaterra foi quem cedeu o maior número de jogadores entre os outros 20 que atuam na Europa. O goleiro Ederson, o lateral Danilo, o volante Fernandinho e o atacante Gabriel Jesus. 

Copyright © 2022.
Todos os direitos reservados ao Portal 4oito