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DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Denis Luciano 09/03/2018 - 09:45

O Criciúma voltou ao oitavo lugar e está a dois pontos da zona de rebaixamento. Dois rivais do Tigre da parte de baixo da tabela somaram quatro pontos contra as equipes da Capital ontem à noite no complemento da rodada do Catarinense. O Brusque ganhou um ponto em casa no 1 a 1 diante do Figueirense mas a façanha maior coube ao Hercílio Luz, que bateu o Avaí por 1 a 0 em plena Ressacada.

É a segunda aprontada que um time do grupo de baixo faz na casa avaiana nesse Estadual. Não faz muito e o Concórdia ganhou por lá também. Detalhe é que o Hercílio Luz demitiu o técnico Luiz Carlos Cruz na segunda-feira, depois da derrota de sábado no Anibal Costa para o Brusque por 2 a 1. Nazareno Silva, o gerente de futebol, acumulou a função de treinador interinamente e, com essa, certamente vai ficando.

O Hercílio subiu para 13 pontos, ultrapassou o Criciúma de novo e está na sétima posição. Abriu três do Concórdia, que na véspera havia tomado a virada em Tubarão nos 3 a 2 para o Atlético. Com o Inter de Lages na lanterna com 9 pontos, vai se desenhando a zona de rebaixamento do Estadual. Que o Hercílio não queira aprontar fora de casa na despedida do Catarinense, já que na última rodada visita o Tigre no Heriberto Hülse no dia 1º de abril...

Jamira Furlani / Avaí FC

 

Por Denis Luciano 09/03/2018 - 10:22 Atualizado em 09/03/2018 - 10:38

Sempre fui um crítico da participação do poder público no futebol profissional. Mas a recente passagem por Chapecó me fez repensar. E muito. Minha última visita à Arena Conda havia sido em 2009. Ainda não era possível chama-la de arena. Era o Estádio Regional Indio Condá melhorado. Mais de oito anos depois, vi uma transformação incrível. 

A prefeitura de Chapecó acampou por lá. Construiu aquela nova rampa, oposta às cabines. Reestruturou tudo. Arrumou a casa. No novo setor levantado, instalou uma série de repartições do município. Fez do velho estádio uma arena com ampla visão multiuso. Capitalizou. Movimentou. E colaborou com a estrutura de forma decisiva para a Chapecoense ser o que é. Daí justifica-se a municipalidade investir no futebol. Afinal, o retorno está visto.

Alguém perguntará: a tragédia, infelizmente, projetou Chapecó, deu visibilidade. Ok. Mas antes mesmo da queda trágica da LaMia na Colômbia a Chapecoense já estava grande, já estava na Série A, já estava organizada. Já era um exemplo. Logo, profissionalizar traz retorno. Não é que defendamos a aplicação de somas de dinheiro público em time de futebol. Sigo tendo resistência. Mas está provado que investir em estrutura dá retorno, e essa resposta é para todos. 

Sirli Freitas / Chapecoense

Nem vou me aprofundar no dia do jogo. Chegamos, eu e o Jotha Del Fabro, por volta das 18h na Arena Condá. Muitos funcionários, muita limpeza, muita organização. Tudo no lugar. No jogo, quase dez mil pessoas, a cidade movimentada, um agito só. Tudo funcionou muito bem. Vou me reportar ao dia seguinte. Em qualquer estádio que você vá na manhã posterior a uma partida, é comum ver sujeira. Ver a necessidade da limpeza. Chegamos ontem pouco depois das 9h. Voltei para uma visita. Na recepção, atendimento ímpar, de alto nível, com simpatia e respeito. Como é comum do povo chapecoense. Sempre foram assim. Fui liberado para percorrer corredores internos da Arena Condá com profundo encantamento. Tudo muito organizado. Funcionários eficientes e bem informados por toda a parte. Depois de dois corredores brancos, fui levado a um enorme, largo, ilustrado de cima a baixo nas suas paredes por cartazes enormes, por plotagens emocionantes dos times vencedores, dos jogadores campeões. E não era o famoso túnel que leva ao gramado. Era outro. De trânsito de funcionários no dia a dia. E para visitantes. Cheguei ao campo por outro lado que não o da véspera. E me deparei com gente limpando, gente carregando, gente olhando a grama. "Chegamos às seis da manhã aqui", contou um feliz trabalhador vestindo camisa verde e branca, um dos tantos ali destacados para cuidar bem da estrutura deles.

Chapecoense / Divulgação

O sorriso desse senhor, acompanhado da organização do lugar, e depois somado à beleza da loja da Chapecoense, não me fez perceber que o gramado do vizinho é sempre mais bonito que o nosso. Me fez notar que estrutura ganha jogo, que organização ganha jogo, e que sim, recurso público bem aplicado em qualquer lugar dá resultado para o coletivo, mesmo que seja em um estádio de futebol transformado em arena. A Chapecoense não somente vende futebol hoje. Vende uma imagem de eficiência, vende uma mensagem contundente sobre o "fazer bem" e "fazer certo" em qualquer área repercute no todo. E a colheita deles está nas ruas, na cidade, na região oeste, que parece florescer para um novo amanhã a partir do que o futebol bem feito oferece. A economia agradece, eles respiram, ganham mais e compartilham mais. É o ganha-ganha, outra obrigação do bom gestor público, ter a visão ampla do futuro maior e não a visão tacanha do presente pequeno. Que aprendizado, amigos!

Denis Luciano / 4oito

 

Por Denis Luciano 09/03/2018 - 12:38 Atualizado em 09/03/2018 - 12:43

"Se não fosse com a caneta na mão, eu nem viria". Esta foi uma das frases marcantes do Róbson Izidro em sua apresentação como superintendente do Criciúma na manhã desta sexta-feira, no Heriberto Hülse. O clima já é outro no Majestoso. Ele esteve acompanhado do presidente Jaime Dal Farra, do diretor executivo de futebol Nei Pandolfo e de Vilmar Casagrande, que vem assessorando a diretoria.

"Todo bolso tem fundo", cravou, quando indagado sobre investimentos no futebol. Mas fez uma revelação interessante: na proporção em que aumentar a arrecadação, aumentará o investimento no futebol. E que sim, "um sacrifício" será feito para que no Campeonato Brasileiro o Tigre tenha um time mais caro que o atual, cuja folha de pagamento beira os R$ 500 mil depois da vinda de Zé Carlos.

Róbson confirmou a renovação de contrato com a Caixa Econômica Federal até o final de 2018. E nos contou que será pelo mesmo valor que vinha vigorando. Ou seja, o contrato original era de R$ 1,5 milhão por doze meses. Feita a proporção, são R$ 125 mil mensais. Multiplicando pelos nove meses que restam faturar até o fim do ano, a Caixa repassa R$ 1,125 milhão ao Tigre até concluir a temporada. A parceria será formalizada até o dia 18. O contrato já está redigido.

Denis Luciano / 4oito

E o Criciúma incorpora mais dois parceiros: a Hipper Freios, empresa com sede em Sangão, e a Cristalcopo, do empresário Anselmo Freitas, que está de volta à camisa tricolor. As duas marcas, mais a Caixa e a Saint Bier, que formalizou o contrato ontem, estarão na nova camisa que o Tigre vai apresentar em uma semana, na próxima sexta-feira, 16, no jogo diante do Brusque. "São valores consideráveis", elogiou. A marca vai ficar abaixo do número nas costas da camisa. 

Chamou a atenção, durante a apresentação, a presença do ex-diretor financeiro Deloir Brunelli. Ele é amigo particular de Róbson Izidro e está entre as opiniões das quais o novo superintendente se cerca para trocar ideias a respeito do Criciúma. Brunelli não terá cargos. É outro parceiro que vai colaborar sem vínculo muito menos custo a exemplo do próprio Róbson, que dedicará seu tempo ao Criciúma gratuitamente. Assim, o presidente Jaime Dal Farra vai sutilmente saindo de cena não para entregar o Criciúma, mas para colocá-lo nos eixos. "O Jaime vai ficar com a captação de recursos e os negócios e eu aceitei esse convite com autonomia de gestão", explicou Izidro.

Aqui, a coletiva do Róbson.

Por Denis Luciano 09/03/2018 - 18:11 Atualizado em 09/03/2018 - 20:28

O volante Douglas Moreira será uma baixa do Criciúma para o Campeonato Brasileiro. Com contrato encerrando em maio, o volante terá como destino a Chapecoense. É a informação que circulou no CT do bairro Cristo Redentor na tarde desta sexta-feira, enquanto o time treinava esperando a partida de domingo frente ao Atlético Tubarão. Em Chapecó, porém, a notícia é negada pelo departamento de futebol.

Mas, claro, não será surpresa se, encerrado o Estadual, ou concluída a campanha do Criciúma - que não irá à decisão, ao contrário provavelmente da Chape -, o anúncio seja feito. É fato que existe um contato e, mais que isto, um pré-contrato. Não é de hoje que o volante desperta interesse de outros clubes. Ainda no ano passado o presidente Jaime Dal Farra nutria a expectativa de fazer caixa com Dodi, com uma possível venda para o Exterior. Não ocorreu, o tempo passou e agora, com o contrato acabando, não há o que fazer. A única solução seria uma grande valorização salarial para uma possível renovação, o que fugiria aos padrões financeiros do clube tão bem delineados sob a batuta do superintendente geral recém apresentado, o ex-presidente Róbson Izidro.

Denis Luciano / 4oito

Se o Criciúma não fará loucuras para contratar - Zé Carlos veio por um salário bem abaixo dos R$ 50 mil que recebia à época do acesso -, não fará loucuras também para renovar com quem aqui está às vésperas do fim do contrato. A propósito, à boca pequena comenta-se que o salário do Zé do Gol ficou em R$ 35 mil, claro que nada confirmado pela diretoria, afinal, o salário é dele e no frigir dos ovos só interessa a ele.

E Dodi? Alheio a isso, bom profissional que é, certamente continuará se dedicando até a sua provável despedida, no dia 1º, contra o Hercílio Luz. Está ele portanto em contagem regressiva. Terá os jogos contra Tubarão, Brusque, Avaí, Inter de Lages, Joinville e Hercílio para então se despedir rumo ao oeste. Dodi é dos jovens mais experientes do atual elenco. Já conta com 141 partidas oficiais no cartel pelo Criciúma, desde a sua estreia em 23 de novembro de 2014, em um empate em 1 a 1 com o Flamengo em São Luís no Maranhão na reta final da Série A na qual o Tigre já estava rebaixado.

Mais detalhes a gente conta às 18h50min, no "De olho no Tigre" na Som Maior, e neste sábado no jornal A Tribuna.

Daniel Búrigo / A Tribuna

 

Por Denis Luciano 09/03/2018 - 20:09 Atualizado em 09/03/2018 - 20:17

O frio na barriga pegou. A calculadora ardeu. As derrotas judiaram do torcedor. Mas o Criciúma nunca correu risco de cair no atual Campeonato Catarinense. A opinião veemente é do técnico Waguinho Dias, do Atlético Tubarão, o adversário da próxima rodada. "Está próximo dos últimos lugares mas tem elenco, tem tradição, tem bons jogadores", enfatizou, em entrevista ao colega Eduardo Ventura, da Rádio Super Santa.

Waguinho conta que conhece Argel, já trabalhou com ele e alerta seus jogadores para o estilo do treinador adversário. "O Argel já deu moral para o time dele dizendo que foi superior", lembra, realçando a declaração do técnico tricolor após a derrota para a Chapecoense por 1 a 0, quando Argel afirmou que o Tigre "colocou a Chape na roda". "É o estilo dele, sabe motivar. Eu sei como ele trabalha, como age e pensa. E gosto muito dele", pontua.

O técnico do Tubarão acredita, ainda, que Zé Carlos inicia o jogo de domingo no Majestoso. E traça as metas. "Nosso primeiro objetivo era fugir do rebaixamento. Precisamos de seis vitórias, já conseguimos quatro. Alcançando isso, queremos a vaga do Estadual na Copa do Brasil", destaca. "Mas esse campeonato é muito difícil, vê só o Hercílio, foi lá e ganhou do Avaí", lembra, citando o rival.

O Atlético tem problemas para encarar o Tigre no Majestoso às 20h de domingo. O atacante Rodrigo Alves, lesionado, está fora. Os zagueiros Petterson e William Mineiro e o volante Matheus Barbosa são dúvidas, também por questões físicas. O meia Daniel Costa e o volante Guilherme Amorim, em contrapartida, voltam. O Tubarão deverá jogar com Júnior Belliato, Marcos Vinícius, Jailton, Canavesio e Jean, Liel, Guilherme Amorim (Alex Nemetz), Everton Dias e Daniel Costa, Índio e Matheus Batista.

Cabe lembrar que no turno o Tubarão bateu o Criciúma por 3 a 0 no Domingos Gonzales. Foi a partida que determinou a queda do técnico Lisca.

CA Tubarão / Divulgação

 

Tags: Tubarão

Por Denis Luciano 10/03/2018 - 08:30

Sim, o Criciúma fará testes hoje, na véspera do jogo com o Atlético Tubarão. A partir das 16h, no coletivo apronto, Argel Fucks vai testar o atacante Maílson e o clube tentará medir a confiança do torcedor. Acontece que o trabalho será no Heriberto Hülse e com portões abertos, repetindo o que foi feito na véspera da reestreia de Argel diante do Figueirense, há duas semanas. O técnico realça, assim, seu discurso de não fechar treinos e trazer os tricolores para perto do time.

Será a primeira oportunidade para a torcida rever Zé Carlos. Visivelmente em forma, o atacante treinou bem nesta sexta no CT. Correu, passou, recebeu, falou, cobrou, foi cobrado e demonstrou entusiasmo entre os colegas. "O Zé vem para nos ajudar muito, tanto pela qualidade que tem quanto pelo carisma com a torcida", lembrou o meia Élvis, com quem Zé e Maílson jogaram no CRB, formando a linha ofensiva dos alagoanos em 2017.

Zé Carlos está no jogo. Foi o próprio Argel quem confirmou ontem. Resta saber se ele terá condições para os 90 minutos. O técnico dá indicativos que sim, mas Lucas Coelho está preparado.

Daniel Búrigo / A Tribuna

Sobre o teste de Maílson, o atacante saiu do jogo diante da Chapecoense com torção de tornozelo e muito inchaço. Fez tratamento nesta sexta e a expectativa é que possa treinar hoje. Se não reunir condições de jogo, vai Caio. Na lateral esquerda, Eltinho é a primeira opção para o lugar do suspenso Andrew, mas Argel não descarta uma oportunidade para o jovem Enzo, das categorias de base.

O Criciúma deve ter Luiz, Sueliton, Sandro, Nino e Eltinho (Enzo), Barreto, Douglas Moreira e Élvis, João Paulo, Zé Carlos e Maílson (Caio). As notícias do Criciúma a gente atualiza daqui a pouco, às 10h, no Som Maior Esportes, com o Marco Búrigo e o João Nassif. Amanhã tem Futebol Som Maior a partir das 19h.

Daniel Búrigo / A Tribuna

 

Por Denis Luciano 10/03/2018 - 11:00

Terminou ontem o trabalho de medição e remarcação do gramado do Heriberto Hülse. Conforme já noticiado aqui, ele está 7 centímetros menor. "Se contar o diâmetro da trave, chega aos 10 centímetros, esclarece o diretor administrativo do Criciúma, Carlos Zanelatto. A correção veio por orientação da CBF dentro do processo de unificação das medidas dos gramados do Campeonato Brasileiro nas séries A, B e C. Agora, o Majestoso - reconhecido como dos melhores campos do país - conta com exatos 105 x 68 no seu piso de jogo.

Uma dupla de funcionários fazia as últimas marcações ontem. E não bastou remover a linha de fundo do setor da goleira do Colegião. Foi preciso ir além. "Sim, tivemos que rever todas as medidas, encurtar proporcionalmente a grande área, a pequena área, o grande círculo, até a marca do pênalti", conta Zanelatto. Tudo isso contou com total supervisão da CBF. "Eles deixaram toda a nova medição marcada, apenas refizemos. Eles nem precisarão voltar para uma nova vistoria", adianta.

Com o gramado já adequado para a Série B, o Criciúma estreia as novas medidas neste domingo, 20h, contra o Atlético Tubarão.

Denis Luciano / 4oito

 

Por Denis Luciano 10/03/2018 - 18:18 Atualizado em 10/03/2018 - 19:40

O Criciúma do treino apronto da tarde deste sábado no Heriberto Hülse foi um só. De pronto, o técnico Argel Fucks separou os onze titulares em uma atividade tática, de campo reduzido e passes rápidos, e os reservas trabalharam em outra parte do gramado do Majestoso. Não ficou qualquer dúvida. O atacante Maílson treinou o tempo inteiro e vai para o jogo deste domingo diante do Tubarão. "A princípio sim. Ele treinou legal, vamos avaliar até amanhã. Tem grande possibilidade de começar a partida", contou Argel à reportagem da Som Maior, que esteve conferindo a atividade.

Eltinho foi o escolhido para a vaga de Andrew na lateral esquerda. A chance para Enzo, não foi desta vez. "É um jogo importante e difícil. Precisamos buscar o resultado. Vamos trabalhar com seriedade e pé no chão", comentou Argel, que exigiu bastante dos seus jogadores. A certa altura do treino, chamou alguns reservas e treinou a bola parada defensiva, em especial a aérea, trabalhando cobertura e marcação. Depois, colocou Élvis e Alex Maranhão para os cruzamentos de bola aérea ofensiva, com o zagueiro Sandro como destaque nos cabeceios.

Denis Luciano / 4oito

Assim, o Tigre jogará com Luiz, Sueliton, Sandro, Nino e Eltinho, Barreto, Douglas Moreira e Elvis, João Paulo, Zé Carlos e Maílson. Zé do Gol treinou bem. Participou de toda a atividade e no final ainda trabalhou bolas paradas. Até cobrou um pênalti, convertendo e ganhando aplausos dos cerca de 200 torcedores que conferiram ot treinamento.

Nas cobranças de falta, de novo Argel destacou Elvis, Alex Maranhão e João Paulo, que teve um aproveitamento um pouco melhor. Elvis, o mais exigido, lembrou que tem sido poucas as chances nos jogos. "Vamos torcer para, no jogo, aparecer alguma oportunidade dali. O João teve uma chance contra o Concórdia e marcou. Se Deus quiser vai sair um gol de falta amanhã", projetou Elvis.

Denis Luciano / 4oito

Agora vai! É o sentimento que o grupo transmite com a descontraação do treino deste sábado e a boa relação de Argel com o elenco. "Demoramos um pouco a achar o time, a verdade foi essa, a troca de comando complicou um pouco mas agora o Argel está dando confiança", comentou Elvis que, no rodízio dos capitães, é candidato, junto a Douglas Moreira, a usar a braçadeira, que na rodada passada pertenceu a Barreto.

E o entrosamento com Zé Carlos? "Eu já conheço o Zé, jogamos juntos no CRB. Aqui com a camisa do Criciúma vamos dar alegria para a torcida e fazer muitos gols", concluiu Elvis. Entre os novos reservas do Criciúma, destaque justamente para quem perdeu lugar para Zé: Lucas Coelho (foto abaixo).

A lista dos concentrados: goleiros Luiz e Vinícius, laterais Sueliton, Eltinho e Enzo, zagueiros Sandro, Nino e Jacy Maranhão, volantes Barreto e Jean Mangabeira, meias Douglas Moreira, Elvis, Alex Maranhão, Natan e Wallacer e atacantes João Paulo, Zé Carlos, Maílson, Lucas Coelho e Caio. Não aparecem nem no banco, por exemplo, o lateral Carlos Eduardo e o zagueiro e volante Christian, apontados recentemente como grandes apostas da base tricolor.

Tudo isso em detalhes a gente conta a partir das 19h deste domingo no Futebol Som Maior.

Denis Luciano / 4oito

 

Por Denis Luciano 11/03/2018 - 09:30

Final do treino de ontem, véspera do jogo diante do Atlético Tubarão pelo Campeonato Catarinense. Tudo certo, trabalho tranquilo, time escalado, alto astral. Eis que o goleiro Luiz, em fala exclusiva à Rádio Som Maior, colocou um tempero que não se esperava para o clássico do sul, logo mais no Heriberto Hülse.

"Precisamos fazer um grande jogo. No turno o Tubarão fez graça, fez firulas com a bola e eu não gostei disso, nós não gostamos, não havia necessidade, alguns jogadores deles fizeram isso. Temos que ganhar na bola, respeitar no adversário e jogar firme, se puder fazer dois ou três vamos fazer", afirmou. Em suma, o camisa 1 tricolor afirmou que o Criciúma ganhou ainda mais motivação para ir ao ataque em função da postura que o Tubarão teve quando vencia por 3 a 0 a partida do turno no Domingos Gonzales.

Um aditivo importante. Uma arma que, nas mãos de Argel Fucks, um motivador de primeira, tende a funcionar muito bem. Uma razão a mais para ver o Criciúma mordido e mordendo em campo. Perguntei ao Luiz, ainda, sobre a fala de sexta-feira do técnico Waguinho Dias, do Tubarão, que comentou que o Criciúma jamais esteve ameaçado pelo rebaixamento. Luiz admitiu que, a certa altura, temeu o pior.

"Claro que tem receio, pois depender de outros adversários com certeza complica. Mas time grande também cai. se der mole e depender dos outros, complica. O Criciúma como maior do Estado e depender de outros, todos querem ver o Criciúma numa situação ruim. Então eu fiquei um pouco preocupado mas sabia da nossa qualidade", disse.

Com Luiz, o Criciúma vai a campo ainda com Sueliton, Sandro, Nino e Eltinho, Barreto, Douglas Moreira e Elvis, João Paulo, Zé Carlos e Maílson. Ouça a entrevista do goleiro no podcast abaixo.

 

Por Denis Luciano 11/03/2018 - 10:30 Atualizado em 11/03/2018 - 10:45

Treze jogos, nove vitórias, três empates e uma derrota. Eis a campanha da Chapecoense que ontem à noite ampliou sua vantagem na liderança do Campeonato Catarinense ao vencer o Joinville por 1 a 0. Chegou a 30 pontos, contra 26 do Figueirense que hoje encara o clássico das 17h frente ao Avaí.

Analisando a campanha da Chape, alguns dados curiosos. Das nove vitórias, seis foram por um gol de diferença: cinco por 1 a 0 e uma por 2 a 1. "Goleadas" mesmo foram os 2 a 0 no Inter de Lages e Brusque e os 3 a 0 contra o Concórdia, todas em casa. Os três empates do Verdão foram por 0 a 0, contra Criciúma, Figueirense e Inter, todos fora de casa.

Somente os times de Tubarão fizeram gols na Chapecoense até agora. O Tubarão anotou um ao perder por 2 a 1 na Arena Condá e o Hercílio Luz também fez um, ao impor à Chape a única derrota deles até agora no Estadual, 1 a 0 no Anibal Costa. E são justamente as equipes de Tubarão as adversárias das próximas rodadas, Tubarão fora e Hercílio em Chapecó.

Disparado então, a Chapecoense tem a melhor defesa do Catarinense, apenas dois gols sofridos. Depois aparecem Figueirense (9), Hercílio Luz (12), Avaí (13), Joinville, Tubarão e Criciúma (14), Brusque (15), Inter (22) e Concórdia (26). O melhor ataque do campeonato é o do Tubarão, com 17 gols. Figueirense, Avaí e Concórdia marcaram 16. Joinville tem 15 e Chapecoense, apenas sexto melhor ataque, 14 gols. Depois aparecem Brusque (13), Criciúma e Inter (12) e Hercílio (10 gols).

JEC / Divulgação

Em casa, ninguém chega perto da Chapecoense. Ganhou sete de sete jogos na Arena, com 13 gols marcados e um sofrido. Fora, então, são duas vitórias, três empates e uma derrota, com apenas dois gols marcados e um sofrido.

O que eles ainda tem pela frente? Após os tubaronenses, pegam Brusque (fora), Figueirense (em casa) e Avaí (fora). Nas duas últimas rodadas, os confrontos diretos contra os rivais pelas vagas na decisão. 

Por Denis Luciano 11/03/2018 - 12:43 Atualizado em 11/03/2018 - 13:02

Nas últimas sete temporadas, ele foi artilheiro da Série B do Campeonato Brasileiro duas vezes: em 2012 pelo Criciúma, em 2015 no CRB. Zé Carlos sagrou-se, no ano do último acesso do Tigre, o maior goleador de uma edição da Segunda Divisão, com 27 gols anotados. Foi superado no ano seguinte por Bruno Rangel, da Chapecoense, que fez 31.

Em busca de mais gols e recordes, Zé Carlos reestreia hoje no Criciúma. Ele retorna ao Tigre com 57 gols em 80 jogos disputados com a camisa tricolor. Está a 28 de alcançar a honraria de maior aritlheiro da história do Criciúma. Superaria, assim, os 84 gols do ídolo Vanderlei Mior. Na sua apresentação, Zé projetou marcar de 20 a 25 gols neste ano, o que o deixaria muito próximo, pelo menos entre os três, já que o vice-artilheiro histórico do Criciúma é Soares, com 82 gols.

A primeira estreia de Zé foi em 4 de junho de 2011, em um empate em 0 a 0 com o Náutico no Heriberto Hûlse pela Série B. Marcou seu primeiro gol na quarta partida, em 28 de junho de 2011, no 1 a 0 do Tigre contra o Bragantino. Guto Ferreira era o técnico do Criciúma. Naquela Série B, de campanha mediana do Tigre, Zé fez 13 gols em 22 partidas. Veio 2012 com todo aquele sucesso. Em 2013, o artilheiro deixou o clube logo no início do ano. Ainda teve tempo, em quatro jogos, de marcar três gols naquele Catarinense do qual o Tigre foi campeão. Marcou dois nos 6 a 0 frente ao Camboriú, em 19 de janeiro no HH, e fez seu último gol com a camisa tricolor em 23 de janeiro de 2013 em um empate por 1 a 1 com o Atlético Herman Aichinger em Ibirama.

A segunda estreia de Zé Carlos no Criciúma ocorreu em 7 de setembro de 2014, um 0 a 0 contra o Corinthians pelo Brasileirão no Majestoso. Foram nove partida naquela campanha e nenhum gol marcado.

Denis Luciano / 4oito

Agora Zé volta mais maduro. E esperamos que tome menos cartões, já que nas duas passagens ele somou 29 cartões amarelos e três vermelhos. Em uma análisee grosseira, ele deve ter ficado de fora de até 12 jogos por suspensões automáticas, fora outras eventuais punições. Uma delas era aquele gancho de seis jogos no Catarinense por conta de uma cusparada no zagueiro André Paulino, da Chapecoense, naquela derrota por 1 a 0 em Xanxerê pelo Estadual de 2013. "Aquilo caducou. Já checamos", confirma o diretor executivo de futebol do Criciúma, Nei Pandolfo.

E para essa retomada, Zé Carlos fez uma aposta no Criciúma. Às vésperas de completar 35 anos, em abril, o jogador aceitou um salário menor que o recebido à época do acesso, e agora ainda terá produtividade. Ou joga pelo menos 45 minutos em cada partida escalado, ou nao recebe o plus por jogo estabelecido. Desafios não faltam para Zé do Gol. Ontem ele treinou no gramado do Heriberto Hülse e bateu uma bola com os seus filhos, treinou pênaltis e até uma cobrança de falta. Está escalado por Argel. 

Por Denis Luciano 11/03/2018 - 15:14 Atualizado em 11/03/2018 - 15:22

Tudo corria bem, o jogo era movimentado, faltavam dois minutos para terminar o primeiro tempo. Eis que alguém invadiu a arena do Balneário Rincão - algo nada difícil, basta levantar a rede e correr - e a confusão estava feita. Durou 33 minutos de bola correndo a decisão do Praião 2018 entre Praia do Rincão e Ajax de Siderópolis na manhã deste domingo. Na invasão, um jogador do Ajax - o visitante, já que o Praia joga o Praião em casa - foi acertado na cabeça. Depois de mais de 20 minutos de paralisação o árbitro José Nazareno Marcelino ainda conseguiu, a muito custo, convencer os dois times a voltar à partida.

Porém, com a falta de segurança e o clima pesado, o pessoal do Ajax resolveu bater em retirada. "Vamos embora. Não tem segurança. Não vale a pena arriscar a vida de um pai de família aqui por causa de um jogo", afirmou o presidente Tinho. O time foi embora. Abandonou a partida. Eles alegaram falta de garantia mínima de segurança. A organização ofereceu segurança privada, mas a Polícia Militar (PM), que garantiria a ordem, até apareceu, mas ficou fora da arena e não quis entrar lá.

Clarissa Crispim / TV Litoral Sul

A lamentar. O Praião é uma grande tradição, um torneio sensacional, um encontro espetacular dos nossos melhores jogadores que fazem o futebol amador nos gramados durante o ano e, na temporada, vão se exibir na areia. Mas há muito que o Praião requer uma nova perspectiva. Como disse o prefeito Jairo Custódio em uma entrevista à Rádio Hulha Negra, que fazia a cobertura da partida, é momento de afastar um pouco mais a torcida, criar uma divisória mais consistente e garantir a presença efetiva da PM. Assim, desse jeito, não tem mesmo como ter campeonato.

Na bola rolando, o Praia vencia por um 1 a 0, gol do zagueiro Tijolo. O diretor de esportes do Balneário Rincão, Edmilson Braz, o Negão do Braz, comentou que uma reunião dos organizadores vai determinar o futuro do torneio. Ao que tudo indica, a taça será entregue ao Praia, embora os protestos do Ajax. A aguardar.

Por Denis Luciano 12/03/2018 - 00:51 Atualizado em 12/03/2018 - 01:10

Quem não tem Cristiano Ronaldo, vai de Zé Carlos. Sem o Zé, chama o Lucas Coelho. E se o Lucas faltar, vem o Kalil. É a ordem natural das coisas no Criciúma quando o assunto é ter um definidor dentro de campo. "Não adianta querer colocar o Cristiano Ronaldo, não temos o Cristiano Ronaldo. É com esses que vamos", respondeu Argel, com uma irritação no ar, ao ser indagado pós empate em 1 a 1 com o Atlético Tubarão a respeito da entrada meio atrapalhada de Lucas Coelho.

Mas ao menos Argel deu uma boa justificativa para não ter sacado Zé Carlos 18 minutos antes. Eram 17 da etapa final quando Lucas Coelho, chamado que estava, já havia retirado o colete e se preparava para entrar em campo. Daniel Costa resolveu driblar dois, vencer Luiz e empatar o jogo. Argel abortou a saída de Zé. "Ele poderia decidir a nosso favor", lembrou o técnico. E de fato, teve chances. O Zé no auge do ritmo não perderia aquela cruzada por Alex Maranhão, ou aquele passe do Maílson. Mas ele perdeu, e no fim reconheceu, na Som Maior, que ainda falta algo. "É o ritmo, é o ritmo", confirmou o atacante.

Caio Marcelo / Criciúma EC

Ainda assim, Zé Carlos fez das suas. Foi solidário quando necessário, passando a bola aos mais bem colocados, e foi respeitoso com Elvis, entregando a ele a bola do primeiro pênalti, o desperdiçado. Mas assumiu a responsabilidade no segundo, convertendo com categoria. Ficou nítida a órbita do time em torno do Zé tanto que, após a saída dele, lá pelos 35, virou um amontoado.

Cheguei a pensar em votar no Zé como Craque do Jogo da Som Maior, pelo gol, pelo esforço, pelos 80 minutos em campo, por bater no peito e decidir no gol de pênalti que, ao fim das contas, foi decisivo para o empate. Mas Douglas Moreira fez um jogo mais seguro, mais compacto. Longe de ser brilhante, em uma noite que não foi das individualidades no Majestoso. Elvis instável e Eltinho sem pernas para 90 minutos foram os pontos fora da curva para baixo. Zé esforçado, Dodi regular, Enzo entrando com alguma autoridade foram os destaques positivos. A anotar, ainda, o esforço de Maílson, que terminou o jogo se arrastando em campo.

Caio Marcelo / Criciúma EC

O empate foi justo. Argel não gostará de ler isso, mas foi. Ele lembrará das oito chances criadas. Ok. E eu me aproprio de uma frase do próprio Argel para lembrá-lo que futebol é assim, acaba como termina. Não adianta empilhar chances se falta habilidade, competência ou até sorte para concluir. O Criciúma marcou passo e sim, segue candidato ao rebaixamento. Que venha outra jornada de roer as unhas contra o Brusque na sexta-feira.

Outros aplausos da noite: para a torcida do Criciúma, boa resposta, de novo mais de 5 mil torcedores. O Tigre dobrou o público no estádio depois das vindas de Argel e Zé Carlos. Falta é ganhar e ser convincente agora para voltar mais tricolores. Outro aplauso vai para a torcida do Tubarão. Aguerridos, empolgados, correspondem à organização da diretoria, ao profissionalismo do clube da Cidade Azul que dá bons exemplos de onde quer chegar e como faz por onde. 

Caio Marcelo / Criciúma EC

 

Por Denis Luciano 12/03/2018 - 01:20 Atualizado em 12/03/2018 - 01:32

Empresário por demais reconhecido, Gilson Pinheiro ousou no ano passado, ao terminar uma grande obra de reestruturação do velho Crisul Hotel e reabri-lo sob a bandeira Interclass. Pois será no seu hotel da Avenida Centenário que ele recebe a imprensa às 14h30min desta segunda-feira para ser anunciado oficialmente como novo diretor de futebol do Próspera. O acerto para que ele assuma a função veio em uma reunião no sábado com o presidente Dorval Arriola. Empolgado, Pinheiro, fez uma postagem em sua rede social anunciando.

Nela, o empresário comenta que o Próspera está inativo desde 2011 e quer voltar ao futebol profissional pela Série C do Catarinense. "Para atingir esse objetivo fui convidado para ser o diretor de futebol do clube. Aceitei o desafio e a partir de segunda-feira já estarei trabalhando a favor do clube", escreveu. Abaixo, a foto dele com o presidente Arriola.

E por aquelas coincidências, no mesmo sábado em que se acertou com o Próspera, Gilson Pinheiro recebeu a delegação do Atlético Tubarão em seu hotel. Chamou a atenção inclusive, estacionado ali defronte, o ônibus preto e azul imponente na noite de sábado. "Eles estão levando o campeonato a sério. O Criciúma foi duas vezes jogar lá e viajou no dia", chegou a comentar o técnico Argel Fucks depois do 1 a 1 deste domingo.

Bem, no hotel o diretor Pinheiro conheceu o presidente Luiz Henrique Ribeiro, do Tubarão e da Associação de Clubes. Na conversa, já contou sobre os planos do Próspera. "Eu não sabia. Ficamos felizes com a volta do Próspera. E vamos ajudar". Que ajuda será essa? O Tubarão cederá jovens jogadores - e olha que a base deles é boa - para reforçar o Time da Raça. Já é um bom começo.

Eis mais um evidente sinal de que, realmente, o Próspera finalmente vai voltar. Ainda houve quem duvidasse nas últimas semanas mas esse anúncio de agora fomenta ainda mais o projeto. 

Por Denis Luciano 12/03/2018 - 10:13 Atualizado em 12/03/2018 - 10:17

Seria na sexta-feira, 16, mas o Criciúma confirma o adiamento do lançamento da sua nova camisa para a partida diante do Internacional de Lages, marcada para o dia 25 no Heriberto Hülse. Foi um pedido da Embratex, a fornecedora. A informação foi antecipada ontem no Futebol Som Maior. No começo do mês já apontávamos aqui no blog que seria muito difícil a entrega breve do novo uniforme.

Acontece que, em reunião no sábado, o empresário Beto Spillere, o fornecedor, explicou ao Róbson Izidro, o superintendente do Criciúma, que não teria tempo hábil para abastecer a Loja Tigremaníacos e o mercado em geral com as camisas novas, e ponderou que não adianta fardar o time com a camisa nova se não tiver a mesma para o público. Pode até causar um impacto negativo jogar com um uniforme não disponível à venda.

"É melhor fazer com calma e fazer certo". Assim, objetivamente, Izidro definiu a decisão de adiar. Com ponderação e pés no chão, características do gestor responsável que ele é. A pressa seria o pior aliado agora. Ocorre que no sábado o Criciúma entregou à Embratex a logomarca da Hipper Freios, a nova patrocinadora, que acertou com o Tigre na sexta-feira. É preciso fazer todo o desenho da camisa com as marcas, testar, aprimorar, para depois colocar na linha de produção. Os poucos dias até sexta-feira realmente não seriam suficientes para tanto trabalho.

Hoje o Criciúma tem definidos para a sua camisa a Caixa Econômica Federal (cujo contrato de renovação ainda não foi assinado, será nesta semana), a Hipper Freios e a Saint Bier. Cabe mais? Claro. Mas não há outro parceiro novo engatilhado ao menos para os próximos dias. Se existe a necessidade? Sem dúvida. Róbson Izidro já antecipou que o crescimento do investimento no futebol será proporcional ao acréscimo de receitas, seja com sócios, seja com patrocínios. "Todo bolso tem fundo", lembra ele com propriedade, na defesa do aporte que a GA pelo presidente Jaime Dal Farra já vem fazendo.

Ah, outra sobre camisa. Foi necessário produzir duas unidades para o Zé Carlos usar contra o Tubarão. Detalhe, tamanho EGG, o extra grande. Nada demais. Com 1m86cm, o grandalhão atacante do Criciúma difere do padrão físico atual do time tricolor. Não está gordo. Não está fora de forma. Pelo contrário, aparenta estar melhor que nos bons tempos de cinco anos atrás aqui. Mas isso é assunto para as próximas postagens.

Por Denis Luciano 12/03/2018 - 12:20 Atualizado em 12/03/2018 - 12:31

Em tempos em que o Criciúma espia desconfiado para a zona de rebaixamento, é importante uma lembrança histórica: dos cinco grandes, só o Criciúma nunca foi rebaixado dentro de campo no Catarinense. Figueirense e Avaí caíram e jogaram a Segundona. Joinville e Chapecoense despencaram mas, por caminhos diferentes, livraram-se da dureza de jogar em Gaspar, Tangará, Sombrio e outros lugares, como os da Capital tiveram que encarar.

Em 86, enquanto o Criciúma era campeão estadual com sobras, o FIgueirense desabava para a segundona depois de acirrada briga com o Ferroviário de Tubarão. Jogou a Segundona em 87, encarou Araranguá, Tupy de Gaspar, Caçadorense, Ipiranga de Tangará, Blumenau e outros até retornar à elite. O poster abaixo, publicado na época no Diário Catarinense, é prova da "façanha" alvinegra.

Em 92 o Avaí foi vice-campeão contra o Brusque, e os dois caíram juntos no ano seguinte. Na Série B estadual de 94 os avaianos tiveram que encarar Xanxerense, Flamengo de Florianópolis, Laguna, Sombrio e outros. Voltou.

O JEC caiu em 2007, mas foi salvo pelo regulamento. Encarou uma Divisão Especial, um atalho disfarçado. Num quadrangular, passou por Próspera, Videira e Camboriuense e voltou à Primeira no mesmo ano. Em 2010 quem caiu foi a Chapecoense. Teria que jogar a Segundona em 2011 mas foi salvo pelo Atlético de Ibirama. Ao desistir do Catarinão, abriu a vaga para os verdes. "A Chapecoense comprou aquela vaga", lembrou outro dia Argel Fucks, o técnico do Criciúma.

Mas Argel e Luiz, o goleiro e líder do atual elenco do Tigre, combinam em uma lembrança: "time grande cai sim". Detalhes destas lembranças e do alerta dos dois na página 29 do jornal A Tribuna desta segunda-feira.

Por Denis Luciano 13/03/2018 - 08:42 Atualizado em 13/03/2018 - 08:53

Levantamos na edição de hoje do jornal A Tribuna a possível judicialização em que pode resultar uma futura venda do atacante Róger Guedes. O Criciúma diz ter 75% dele. O Palmeiras, os demais 25% dos direitos econômicos. Mas o advogado Cristofer Nunes, empresário da CNN Sports e presidente do Internacional de Lages, garante ter documento comprovando possuir 25% dos direitos sobre o jogador. Neste cenário, outros 15% seriam do pai do atleta e, dos 60% que restariam ao Criciúma, 25% foram repassados ao Palmeiras. Ou seja, na versão de Nunes ao Tigre cabem 35%.

E mais, a parcela do Criciúma não é exatamente do clube, mas da GA, a gestora que tem os direitos econômicos de Róger Guedes. Até o ano passado ele era alvo de sondagens de uma possível venda por até 10 milhões de euros. Hoje, especialistas apontam em 5 milhões de euros o valor de mercado do atleta. Não há um negócio a caminho, nos confirma o Nei Pandolfo, diretor executivo de futebol do Criciúma, e o clube está de olho. Afinal, se a conta do Criciúma estiver certa, o clube poderia colocar a mão em R$ 15 milhões em caso de uma futura venda de Róger. Mas e se a conta do Cristofer Nunes for a certa, daí caberão ao clube R$ 7 milhões.

Seja como for, Róger Guedes precisa voltar a encher os olhos nos gramados, e não conseguirá com a atual fase no Atlético (MG), discutindo com treinador e se isolando dos colegas, conforme os relatos que vem de lá. Ele já foi emprestado pelo Palmeiras por relacionamento difícil também. Ou controla o temperamento, ou morre na casca. E isso será ruim para todos: Róger e, no frigir dos ovos, o Criciúma. Todos os detalhes na página 40 de A Tribuna nesta terça. Confere lá!

 

Por Denis Luciano 13/03/2018 - 10:12 Atualizado em 13/03/2018 - 10:37

No seu último dia como secretário de Estado da Infraestrutura, o deputado Luiz Fernando Cardoso, o Vampiro (PMDB) anunciou o resgate de um velho projeto, agora renomeado e redimensionado. É a construção da Interpraias. "Agora, Caminhos do Mar, a SC-100", corrige rapidamente o ex-vereador criciumense. A rodovia que vai interligar os balneários do sul catarinense terá avanços em 2018.

"O projeto da Caminhos do Mar ficou quatro meses no grupo gestor do Governo e foi vetado. O governador Eduardo Moreira resgatou, reencaminhou e agora foi liberada a licitação", reforçou o agora ex-secretário. "Estamos esperando o primeiro trecho entre Passo de Torres e Balneário Gaivota. A rodovia é diferente da Interpraias, mas vai fazer o mesmo leito da rodovia já existente, para não precisar fazer desapropriações. É um projeto de menor proporção, não poderá passar caminhão pesado, terá ciclofaixa lateral e vai melhorar o acesso ao nosso litoral sul", detalhou Vampiro.

O governador Eduardo Moreira deverá lançar esta primeira etapa entre julho e agosto.

A ligação entre Passo de Torres e Sombrio deverá tirar proveito da extensão da SC-485. Depois. o traçado da Caminhos do Mar desembocará na SC-449, no Balneário Arroio do Silva, havendo um terceiro lote posterior do Arroio do Silva à SC-445, no Balneário Rincão, e a quarta etapa ligando Rincão ao Arroio Corrente, em Jaguaruna. Daí por diante a Interpraias, ou Caminhos do Mar, já existe, até Laguna.

A SC-100 tem asfalto sobre a antiga SC_487, de Jaguaruna à Barra do Camacho, em um investimento de 2009, do então governador Luiz Henrique da Silveira, de 18,1 quilômetros. Em 2013, após aplicar mais de R$ 20 milhões, o governador Raimundo Colombo entregou mais 15 quilômetros de asfalto do Camacho até Laguna, costeando o Farol de Santa Marta que no ano passado ganhou também seu acesso pavimentado.

A foto abaixo ilustra um dos acessos à praia de Bellatorres, em Passo de Torres, um dos lugares que será beneficiado com a SC-100 asfaltada. Hoje, este é o acesso, piorado na estação de chuvas.

Andresa Miguel / Jornal Nortesul

 

Por Denis Luciano 13/03/2018 - 11:35

Ele é um empresário muito bem sucedido. Sócio de sete empreendimentos, emancipado financeiramente, Gilson Pinheiro anunciou ontem que "ser diretor de futebol do Próspera é um presente de 60 anos". Até o fim do ano, a princípio, Pinheiro vai se dedicar a ajudar na reestruturação do Time da Raça. Logo, parece que quem está ganhando o presente, na verdade, é o Próspera. Afinal, futebol e messianismo estão de mãos dadas. É difícil fazer futebol sem mecenas, sem gente que invista tempo e dinheiro não esperando retorno imediato.

E aí está o caso. Pinheiro poderia ter sido vice-prefeito duas vezes, e não quis. Contou que abriu mão dos convites de Eduardo Moreira e Paulo Meller para, enquanto líder do PSDB criciumense, compor com os dois peemedebistas. Venceram. Pinheiro não quis e o espaço político foi então ocupado por Anderlei Antonelli e Maria Dal Farra Naspolini, respectivamente. O empresário contou isso para dizer que, em momento algum, sua motivação para estar no futebol é política.

O novo diretor de futebol do Próspera não quer dinheiro, pois não precisa. Não quer espaço político. Quer realizar um antigo desejo. Já colocou seu pessoal para trabalhar no estádio Mário Balsini, começará nos próximos dias as reformas, e vai empenhar nome e, pelo visto, recursos próprios para montar o time prosperano para a Série C do Campeonato Catarinense. Já pediu ajuda ao Atlético Tubarão, que vai emprestar jogadores, e vai bater na porta do Criciúma, a quem chama de "primo rico". Faz bem.

Denis Luciano / 4oito

Ligou para o Rubinho Angelotti. Quis ouvir do presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF) a real situação do Próspera. Teve a confirmação de que o clube nada deve, está apto a jogar, mas precisa colocar o estádio em dia. Por isso, eis a prioridade. Arrumar a casa, e depois montar um time. O orçamento do futebol ainda não está definido, mas será nos padrões da Terceirona, com condições de brigar por um acesso.

A certa altura, foi questionado sobre "quem efetivamente entende de futebol no novo Próspera?". Respondeu que ele próprio, já teve experiências, conhece gente, e colocou na prosa o presidente Dorval Arriola, que recordou seus tempos de juvenil do São Paulo e do Juventus paulista e sua vivência de mais de três décadas no futebol. "Nenhuma cidade em Santa Catarina gosta mais de futebol que Criciúma", disseram os dois, para justificar a razão de Criciúma voltar a ter dois times profissionais.

Já confirmaram que no dia 7 de maio o Próspera bate ponto na FCF para garantir sua vaga na Terceirona. O Time da Raça realmente voltou.

Por Denis Luciano 13/03/2018 - 16:08 Atualizado em 13/03/2018 - 16:14

Estava eu saindo do Paço Municipal. Que ficou muito bonito por sinal. Amplo, bem distribuído, um espaço qualificado para bem atender ao cidadão criciumense. Já de volta da tarefa lá realizada, caminhando pelo estacionamento rumo ao meu destino, fui abordado por um senhor. Empreendedor. Daqueles que geram empregos, que pagam pilhas de impostos para continuar sobrevivendo. Que trabalha para pagar, produzir e ter algum ganho, natural. Um cidadão de bem. Responsável.

Estava ele com o celular à mão. Fazia fotos dos estacionamentos do Paço. Repletos. Cheios de carros. Ao me abordar, depois do educado "boa tarde", lascou: "esse é o Brasil que não queremos". Explicou-se. "É tanto funcionário público que falta vaga no estacionamento. Você acredita que todas essas centenas de carros são de servidores da prefeitura?". Incrédulo, ele, castigado como todos nós por essa vida de pagar impostos do brasileiro, estarrecia-se com o cenário ali posto.

Denis Luciano / 4oito

Longe de se contestar a capacidade de trabalho de todos aqueles ali lotados, a "indignação cidadã" do interlocutor era sobre o peso da máquina pública. No mesmo dia em que, mais cedo, em breve bate papo com outro parceiro que empreende em Criciúma, o mesmo apontava para a falta de soluções na via política. "Não diminuem os impostos com medo de recuar na arrecadação e não pagar a conta dessa máquina gorda e pesada, esquecendo que com menos impostos abrirão mais empresas, que recolherão mais tributos e, no montante, arrecadarão mais". Eis a lógica deste segundo amigo do dia que nos abordou sob o mesmo dilema.

Voltando ao primeiro amigo, aquele do estacionamento, disse mais ele: "isso aqui parece o estacionamento de uma fábrica. Daquelas grandes, como a que estamos precisando atrair para Criciúma". Esses dois diálogos me levaram a recordar, das tantas leituras do fim de semana, a de um editorial do Diário Catarinense, artigo assinado pelo advogado Salomão Ribas Júnior, ex-deputado e ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Tratou ele sobre os "novos tempos das prefeituras", lembrando que elas precisam buscar outras fontes de recursos. Recomendou que as mesmas revisem seus tributos e taxas, levando-se em conta a exaustão do contribuinte. "Leis velhas são como colchas de retalhos construídas ao sabor de momentos ou pressões populares ou políticas", escreveu.

Disso tudo, a conclusão de que não podem mais as prefeituras serem as maiores empregadoras de cidades médias e pequenas do Brasil. Isso vai na contramão da modernidade. O estacionamento lotado do Paço de Criciúma fez cidadãos pensarem nisso hoje.

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