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"Não temos o Cristiano Ronaldo"

Por Denis Luciano 12/03/2018 - 00:51 Atualizado em 12/03/2018 - 01:10

Quem não tem Cristiano Ronaldo, vai de Zé Carlos. Sem o Zé, chama o Lucas Coelho. E se o Lucas faltar, vem o Kalil. É a ordem natural das coisas no Criciúma quando o assunto é ter um definidor dentro de campo. "Não adianta querer colocar o Cristiano Ronaldo, não temos o Cristiano Ronaldo. É com esses que vamos", respondeu Argel, com uma irritação no ar, ao ser indagado pós empate em 1 a 1 com o Atlético Tubarão a respeito da entrada meio atrapalhada de Lucas Coelho.

Mas ao menos Argel deu uma boa justificativa para não ter sacado Zé Carlos 18 minutos antes. Eram 17 da etapa final quando Lucas Coelho, chamado que estava, já havia retirado o colete e se preparava para entrar em campo. Daniel Costa resolveu driblar dois, vencer Luiz e empatar o jogo. Argel abortou a saída de Zé. "Ele poderia decidir a nosso favor", lembrou o técnico. E de fato, teve chances. O Zé no auge do ritmo não perderia aquela cruzada por Alex Maranhão, ou aquele passe do Maílson. Mas ele perdeu, e no fim reconheceu, na Som Maior, que ainda falta algo. "É o ritmo, é o ritmo", confirmou o atacante.

Caio Marcelo / Criciúma EC

Ainda assim, Zé Carlos fez das suas. Foi solidário quando necessário, passando a bola aos mais bem colocados, e foi respeitoso com Elvis, entregando a ele a bola do primeiro pênalti, o desperdiçado. Mas assumiu a responsabilidade no segundo, convertendo com categoria. Ficou nítida a órbita do time em torno do Zé tanto que, após a saída dele, lá pelos 35, virou um amontoado.

Cheguei a pensar em votar no Zé como Craque do Jogo da Som Maior, pelo gol, pelo esforço, pelos 80 minutos em campo, por bater no peito e decidir no gol de pênalti que, ao fim das contas, foi decisivo para o empate. Mas Douglas Moreira fez um jogo mais seguro, mais compacto. Longe de ser brilhante, em uma noite que não foi das individualidades no Majestoso. Elvis instável e Eltinho sem pernas para 90 minutos foram os pontos fora da curva para baixo. Zé esforçado, Dodi regular, Enzo entrando com alguma autoridade foram os destaques positivos. A anotar, ainda, o esforço de Maílson, que terminou o jogo se arrastando em campo.

Caio Marcelo / Criciúma EC

O empate foi justo. Argel não gostará de ler isso, mas foi. Ele lembrará das oito chances criadas. Ok. E eu me aproprio de uma frase do próprio Argel para lembrá-lo que futebol é assim, acaba como termina. Não adianta empilhar chances se falta habilidade, competência ou até sorte para concluir. O Criciúma marcou passo e sim, segue candidato ao rebaixamento. Que venha outra jornada de roer as unhas contra o Brusque na sexta-feira.

Outros aplausos da noite: para a torcida do Criciúma, boa resposta, de novo mais de 5 mil torcedores. O Tigre dobrou o público no estádio depois das vindas de Argel e Zé Carlos. Falta é ganhar e ser convincente agora para voltar mais tricolores. Outro aplauso vai para a torcida do Tubarão. Aguerridos, empolgados, correspondem à organização da diretoria, ao profissionalismo do clube da Cidade Azul que dá bons exemplos de onde quer chegar e como faz por onde. 

Caio Marcelo / Criciúma EC

 

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