Na rodada 32 o Criciúma foi derrotado pela Chapecoense em casa e ficou numa incômoda posição na tabela, terminou a rodada na 8ª colocação.

Quando se esperava mais uma temporada frustrante nas três rodadas seguintes o time conquistou três vitórias e pulou para a vice-liderança com 60 pontos.

Não sou de ficar fazendo contas, secando os adversários, até entendo os torcedores, mas a história é contada pelos protagonistas e o Criciúma assumiu seu protagonismo e estas três vitórias deram o impulso necessário para o acesso.

O líder Vitória com o acesso quase garantido somou apenas cinco pontos nas três últimas rodadas e chegou aos 66 pontos.

O hoje terceiro colocado é o Juventude que também somou apenas cinco pontos nas últimas três rodadas e fechou a 35ª também com 60 pontos. O Atlético-GO conquistou apenas quatro pontos neste recorte de três rodadas e terminou a 35ª com os mesmos 60 pontos de Criciúma e Juventude, mas ficou em quarto lugar. O primeiro critério de desempate definiu a posição dos três times com 60 pontos.

O Criciúma atingiu 18 vitórias, o Juventude 17 e o Atlético-GO  16. Atrás dos quatro primeiros vem uma galera também buscando o G-4. Sport com 59, Novorizontino e Mirassol com 57 na sétima posição.

São estes os mais cotados para subir, não vejo o Guarani na oitava posição com 56 pontos com chances, mesmo que vença o Criciúma na próxima rodada em Campinas. Com o Vitória praticamente garantido os outros três no G-4 depende de suas próprias pernas para também jogar a série A em 2024.
 

A oscilação faz parte de um time durante um campeonato longo como o brasileiro da série B. A campanha do Criciúma foi de muita oscilação em algumas rodadas que variou entre a primeira e a oitava colocação. 

Terminou em primeiro somente uma vez, na quarta rodada e depois de 20 rodadas alternando no G-4, voltou à quarta posição na rodada 34. Como ainda joga na 35ª poderá ser o vice-líder com 60 pontos dependendo apenas de suas pernas para conquistar o acesso. 

Vencendo o ABC o Criciúma irá desalojar o Sport do G-4, o time pernambucano ficou até agora 20 rodadas na zona de acesso. Juventude a Atlético-GO são as outras duas equipes que ocuparão o G-4, todos atras do Vitória que perde o acesso somente se sofrer uma catástrofe.

Resumindo, ainda ninguém está garantido, depois do término desta rodada faltarão ainda mais três jogos para cada time até o final.

Vitória, Criciúma e Sport farão dois jogos em casa, enquanto Atlético-GO e Juventude jogarão apenas uma vez em seus domínios.

Correndo mais atras Novorizontino, Mirassol e Guarani poderão surpreender caso os ponteiros não tenham bom aproveitamento nos nove pontos que disputarão, lembrando que o Criciúma ainda terá 12 pontos para jogar.
 

A campanha do Tigre até agora foi oscilando na classificação, oscilação que variou sempre na parte de cima da tabela e também muito próxima da zona de acesso.

Até duas rodadas atras o Criciúma era o oitavo colocado e duas vitórias seguidas contra CRB e Sampaio Correa, combinando com tropeços dos concorrentes o colocou na quarta posição, posição que lhe dá a prerrogativa de depender somente de suas pernas para o acesso.

Se considerarmos o Vitória líder e com 65 pontos classificado e certamente será o campeão a distancia do segundo colocado o Atlético-GO que já jogou na rodada, até o Mirassol, oitavo colocado a diferença é de apenas 06 pontos. Todos terão ainda quatro jogo até o final.

De certa forma a tabela é extremamente favorável. Nesta rodada, a 35ª o Criciúma irá enfrentar em casa o ABC, único até agora rebaixado matematicamente. Seus concorrentes diretos, farão jogos de resultados totalmente imprevisíveis. 

Hoje o Sport (3º) com 59 pontos enfrentará fora de Recife o Mirassol (9º) com 54 pontos. O Guarani (7º) com 55 pontos irá a Londrina enfrentar um time que esta a 20 rodadas na zona de rebaixamento. E o Juventude (5º) com os mesmos 57 pontos do Criciúma Jogará em Caxias contra o Ituano que está 03 pontos acima do Z-4.

Uma vitória sobre o ABC combinado com tropeço do Sport o Criciúma terminará a rodada na segunda posição pelos critérios de desempate, pois terá uma vitória a mais que Atletico-GO e Sport. 

Disputam a série B este ano seis clubes do Estado de São Paulo. Depois de 34 rodadas três deles ainda sonham com o acesso, um não vai classificar e nem corre riscos de rebaixamento enquanto dois lutam contra a degola.

Para não me alongar a minha pesquisa levantou as campanhas dos times paulistas que ainda sonham com a classificação nos seus confrontos estaduais.

O paulista melhor colocado é o Novorizontino que ocupa a sexta posição com 56 pontos e tem rendimento de 54%. Nos outros 10 jogos contra times do estado venceu seis e teve quatro derrotas. Seu rendimento nestes confrontos foi de 60%.

A seguir vem o Guarani na sétima posição com 55 pontos, seu rendimento foi de 53%. Nos confrontos com os outros cinco paulista venceu quatro, empatou três e foi derrotado outras três vezes, portanto com rendimento de 50%.

Por último entre os paulistas que têm chances de subir vemos o Mirassol que ocupa a nona posição com 54 pontos apresentando o rendimento de 52%. Nos 10 confrontos estaduais venceu três, empatou dois e perdeu cinco, rendimento de 37%.

A rivalidade pode-se tornar um componente importante para que um clube alcance seu objetivo. Numa competição em que somente um estado que tenha 30% os confrontos estaduais podem ser decisivos.

Pelo levantamento acima se percebe que há equilíbrio no aproveitamento de Novorizontino e Guarani, enquanto o Mirassol mesmo próximo do G-4 seu rendimento nos confrontos foi o mais baixo, por isso está um pouco afastado da zona de acesso.

O Criciúma que neste momento está no G-4 com 57 pontos, nos confrontos contra Avaí e Chapecoense conquistou apenas quatro pontos dos 12 possíveis, rendimento de 33%.

Os jogos entre times do mesmo estado podem ser decisivos para o bem ou para o mal na busca do acesso.

Pode parecer surpreendente, mas a derrota contra a Chapecoense num momento crucial do campeonato foi nada mais nada menos que o desempenho do Criciúma quando joga dentro de casa, apesar dos 70% de aproveitamento.

O Criciúma já jogou 16 vezes no Heriberto Hülse, perdeu quatro, empatou apenas uma vez e venceu os outros 11 jogos. Apenas em três jogos aconteceram resultados com dois ou mais gols de diferença. Contra o Londrina e Tombense que estão na zona do rebaixamento foram duas vitórias por 2x0 e um 3x0 contra o Atlético de Goiás que hoje está à frente do Criciúma na classificação. Nos outros 11 jogos foram registrados o empate em 1x1 e derrotas por um gol de diferença.

Vale frisar que em alguns jogos as vitórias foram conquistadas muito mais por erros dos adversários como por exemplo contra o Vila Nova que perdeu um pênalti no último lance do jogo e contra o Mirassol, também no último lance na falha gritante do goleiro do time paulista.

Fiz todo este levantamento e observações para dizer que o desempenho ao longo do campeonato foi ruim e mesmo as quatro vitórias e os cinco empates fora de casa foram alcançadas com extrema dificuldade e por placares ajustados, sempre correndo riscos.

No momento decisivo do campeonato o desempenho até então e esta derrota contra um time na zona do rebaixamento coloca em dúvida a forma de trabalho de um time que está junto desde o ano passado e que fica muito próximo de não alcançar o objetivo tão sonhado por sua apaixonada torcida.
 

O título deste post está baseado na previsão feita pelo técnico Cláudio Tencati antes do jogo contra o Vitória afirmando que faltariam sete vitórias nos oito últimos jogos da série B para o Criciúma conquistar o acesso.

Agora, vencendo os quatro jogos que restam no Heriberto Hülse ficariam faltando duas vitórias como visitante para a previsão do técnico se concretizar. 

A previsão é ambiciosa, vencer dois dos três jogos que restam longe de casa será uma tarefa hercúlea pelo fato do enfrentamento ser contra adversários que lutam na ponta de cima da tabela, CRB, Guarani e Novorizontino.

Dentro de casa é possível acertar na previsão, pois serão jogos contra equipes que brigam contra o rebaixamento, Chapecoense, Sampaio Correa, ABC e Botafogo.

A vitória sobre o time baiano foi ajustada com o Criciúma mesmo dominando a maior parte do jogo correu riscos pela pequena margem no placar. Tem sido assim no campeonato e para confirmar as vitórias dentro de casa terão que ser mais consistentes, evitando riscos que colocariam o acesso em dúvida.

O tempo dirá, o campeonato terminará no final de novembro, portanto em sete semanas saberemos se a previsão do Tencati será confirmada.
 

O dia 22 de outubro de 2022 registrou um jogo que definiu a sorte do Criciúma na série B. O time foi derrotado pelo Vasco da Gama por 2x1 de virada jogando em São Januário.

O Criciúma lutava com chances reais de acesso, contra um adversário que não vinha jogando o suficiente para subir. O jogo foi pela 36ª rodada e o Tigre ainda sonhava com a série A.

O atacante Hygor, artilheiro do time foi o responsável para deixar o Criciúma na briga pelo acesso, fez o gol que colocou o time na frente e a ironia do futebol mostrou sua cara. O atacante perdeu dois gols incríveis, daqueles imperdíveis e em seguida o Vasco virou o resultado com o Criciúma perdendo qualquer chance de continuar na luta pela tão sonhada série A.

Vimos quarta-feira em Porto Alegre uma situação semelhante. O atacante Ener Valencia que o Internacional buscou para o tri da Libertadores foi responsável por colocar o time na semifinal com gols importantes contra adversários de peso.

E no jogo no Beira Rio pela semifinal do torneio o time gaúcho tinha a vantagem no placar, dominava o adversário e o Valencia perdeu dois gols, também na conta dos imperdíveis e viu o Fluminense em cinco minutos no final do jogo virar o placar deixando o Inter fora da final.

Dois artilheiros, dois erros fatais de cada um em seus campeonatos, que guardadas as proporções frustraram em poucos minutos o sonho de seus torcedores. 
  

Existem várias versões sobre a origem do “minuto de silêncio”.

A mais popular é que tenha surgido em 1912 como um tributo dos portugueses quando chegou a notícia do falecimento do Barão do Rio Branco, ministro das Relações Exteriores do Brasil e figura querida em Portugal. Quando os parlamentares portugueses souberam de sua morte em 10 de fevereiro resolverem manter-se em silêncio por 10 minutos.

Outra versão assinala que o ritual foi para celebrar o Dia da Memória Nacional em honra ao tratado que encerrou a Primeira Guerra Mundial. O rei George V do Reino Unido decretou em novembro de 1919, dois minutos de silêncio em homenagem aos soldados britânicos mortos em combate.

Tanto as versões portuguesa e britânica se espalharam pelo mundo passando a ser adotadas em competições esportivas, principalmente no futebol quando o rito foi fixado em apenas um minuto.

Na Europa, berço do “minuto de silêncio”, o momento de reflexão e homenagem a pessoas ilustres é respeitado por todos, jogadores perfilados ao redor do círculo central do gramado e principalmente pelos torcedores que se mantem em silêncio até o árbitro apitar o fim do ritual.

O que vemos nos estádios brasileiros é exatamente o oposto, não pelos jogadores, mas pelos torcedores que durante o ritual ficam entoando palavras de ordem, gritos de guerra, charanga tocando num total desrespeito aos mortos homenageados.

Esta falta de educação fica na conta da cultura do brasileiro, então pergunto por que o “minuto de silêncio”?
 

Confesso que já cansei de ficar examinando o desempenho do Criciúma neste campeonato brasileiro. Quando muito falava que o resultado superava a qualidade do time, mas de uns jogos para cá os resultados vão se escasseando cada vez mais.

A dificuldade em jogar fora de casa é visível e preocupante, mesmo em casa os jogos são muito aquém da expectativa que foi criada ao longo da temporada que fez subir vertiginosamente o número de sócios torcedores que abraçaram o time fazendo com que a união de todos mirassem a série A em 2024.

Depois de um excelente primeiro turno quando o time passou 15 das 19 rodadas no G-4 terminando a primeira parte na segunda colocação, no returno em 11 jogos realizados o Criciúma neste momento está na 6ª posição podendo ainda ser ultrapassado pelo Vila Nova e Atlético=GO que jogarão neste domingo.

A queda de rendimento pode ser explicada por quem está apenas na observação do andamento do clube e principalmente do time.

Com as finanças sob total controle e a postura de não gastar mais que o previsto o clube não aproveitou a janela para contratar com qualidade. Trouxe apenas o volante Barreto e o atacante Neílton que não estão sendo aproveitados, certamente por não ser a necessidade do técnico que prefere continuar com quem está com ele desde o início de sua caminhada.

Todos os times que estão ponteando a classificação foram se reforçando com jogadores que têm feito a diferença enquanto o Criciúma continua com o mesmo modelo de jogo, com praticamente o mesmo time e o desgaste é natural, além do esquema ser de conhecimento de todos.

Quando se imaginava que os treinamentos fechados trariam novidades, o que se vê é o mais do mesmo. E a queda neste momento do campeonato exigirá uma mudança radical para aproveitar o mínimo de chance que ainda existe para concretizar o sonho do acesso. 

Sabem aquela da barata tonta quando atravessa o galinheiro? O Corinthians está igual a esta cascuda, seus diretores estão completamente tontos sem saber quem poderá comandar o time nesta reta final de temporada.

A queda do técnico Vanderlei Luxemburgo já era especulada há muito tempo e a direção do clube optou por demiti-lo em meio a disputa das semifinais da Copa Sul-Americana e na reta final do campeonato brasileiro. Ok, era pedra cantada num momento errado.

Os dirigentes devem estar esperando que alguém milagroso possa sair do Castelão classificado na próxima terça-feira, na partida de volta contra o Fortaleza depois do empate no primeiro jogo disputado no Itaquerão.

Tite foi o primeiro nome para realizar o milagre, mas com muito a ver com a possibilidade do técnico ir para o Flamengo no lugar do Sampaoli. Tite não aceitou, penso que o Corinthians escapou e agora o alvo do momento é Mano Menezes.

A CBF criou um curso para capacitação de treinadores de futebol, seria ótimo se criasse um curso para presidente de clubes e também para diretores de futebol.  

Não vou ficar pesquisando jogo a jogo, mas o melhor momento do Criciúma nesta série B foi quando Marquinhos Gabriel estava lesionado e o time jogou com três volantes. Fellipe Matheus era o articulador.

Quando Marquinhos Gabriel entrou no jogo a opção do técnico foi para abrir um pouco o setor defensivo com Arílson de primeiro volante. Havia quase um clamor para que Arílson jogasse mais como segundo e um volante de contenção para encaixar o time com dois jogadores na armação. 

Ok, a teoria era esta, mas quando entrou o recém contratado Barreto no jogo em Goiânia, o que se viu foi um time que além da dificuldade em trabalhar com qualidade ficou vulnerável defensivamente e dois gols dos três que o time sofreu foi por absoluta falta de marcação no setor vital do campo, a frente da área.

Por que não Miqueias ou Léo Costa, volantes de contenção? Opção do técnico. E outra por que o Neílton fica no banco e ver o Torrão entrar no jogo? Opção do técnico.

Ainda dá tempo para corrigir, mas as rodadas vão passando e o Criciúma não consegue apresentar um rendimento que condiz com a condição de postulante ao acesso.

Cruzamento na área, o atacante está cercado por dois, três zagueiros, domina com o braço e faz o gol. Revisão, gol anulado.

O atacante recebe passe fora da área na meia direita completamente livre, a bola sobe e bate no braço, domina, repito sem nenhuma marcação rola para um companheiro completamente livre na frente da área, a marcação chega é driblada e um chute certeiro para longe do goleiro. Revisão, gol validado.

O técnico do Criciúma que esconde treino e não leva nenhuma novidade para os jogos comparou o lance com o gol anulado do Felipe Vizeu. São situações completamente diferentes, a bola bate no Vizeu e entra no gol.

Gostaria que o Tencati explicasse o destempero de seu time. Quando o gol foi validado todos gastaram uma energia desnecessária que de certa forma comprometeu o time que até então fazia um bom jogo.

Quando o Eder empatou numa cobrança de falta imaginei que os nervos estariam no lugar. Mas, novamente o erro de posicionamento da zaga num cruzamento o atacante do time goiano subiu totalmente livre e desempatou cinco minutos após o empate.

O terceiro foi uma copia o primeiro, um jogador sem nenhuma marcação na frente da área definiu o placar.

O Criciúma pode reclamar das duas bolas na trave, Higor e Eder de falta, mas cometeu erros primários que nem treinos fechados conseguem corrigir.
 

Nos últimos cinco jogos o Criciúma venceu dois, empatou outro e foi derrotado nos outros dois. Portanto, conseguiu sete pontos nos 15 pontos que disputou.

Em três destes cinco jogos o time marcou nos momentos finais garantindo cinco pontos que poderão ser decisivos na classificação final para o acesso.

Depois de ser derrotado pelo Ituano fora de casa na rodada 24, o Criciúma venceu o Vila Nova por 1x0 com o goleiro Gustavo pegando um pênalti no último lance do jogo evitando o empate que faria o Criciúma perder dois pontos no Heriberto Hülse.

Na sequencia foi derrotado pelo Ceará em Fortaleza. Continuando fora de casa conseguiu um empate improvável contra o Sport com um gol de pênalti marcado nos instantes finais do jogo.

E no último jogo dentro do Heriberto Hülse achou a vitória praticamente no último lance do jogo. 

Somando, dois pontos contra o Vila Nova, um ponto contra o Sport e dois contra o Mirassol, os cinco pontos conquistados nestes jogos poderão ser decisivos lá na frente no final do campeonato.

Todos pensamos que o futebol é igual nos quatro cantos do planeta, que as regras são as mesmas que todos as cumprem com clareza e que os torcedores têm comportamento digno pela educação que recebem. E que os jogadores mostram um alto grau de profissionalismo.

Não enlouqueci, sempre pensei no futebol ideal como um todo e vejo que por aqui para ficarmos no único país que contraria todo o ideal que porventura alguém além de mim possa ter.

Sem me estender pego como exemplo o comportamento dos torcedores em todos os estádios brasileiros num momento de homenagem e reflexão antes do início dos jogos, o tal de minuto de silêncio.

De há muito acompanho os jogos pela Europa e podem ter certeza da minha frustração quando comparo com o que acontece aqui no Brasil.

Lá é primeiro mundo meus amigos e as pessoas transferem para os estádios o respeito pelo momento sublime que reverencia um ídolo ou mesmo alguém com passagem marcante pelo mundo do futebol.

O trio de arbitragem e os 22 jogadores ficam agrupados cada qual em seu campo ao redor do grande círculo, o locutor do estádio anuncia a homenagem póstuma e é possível ouvir um mosquito voando tal o silêncio que toma conta do estádio. 

Por aqui nem preciso dizer, vocês frequentam os estádios e neste minuto de silêncio o barulho é infernal com charangas tocando, grito de guerra entoados e o locutor do estádio se quiser falar algo não é ouvido por ninguém.

Somos o país do terceiro mundo sem nenhuma educação, pois os governantes que sempre tivemos nunca se preocuparam em dar ao povo o que está estampado na própria constituição. EDUCAÇÃO.

Posso afirmar que o Criciúma achou um ponto em Recife pelo seu desempenho contra um adversário que apresentou uma dupla reserva inexperiente no setor defensivo, um zagueiro com 21 anos e outro com 24. 

A dupla titular estava fora do jogo e os erros cometidos pelos substitutos foram erros primários que garantiram ao Criciúma alcançar o número mágico dos 45 pontos.

Não só os zagueiros, o Sport tem no comando de seu ataque um ex-jogador, Vágner Love, que começou muito bem o campeonato e que com a maratona de jogos não consegue mais manter o mesmo rendimento, a idade cobra sua conta.

Foi novamente visível o Criciúma entrar num jogo decisivo como se apenas estivesse cumprindo tabela. Foi dominado quase o tempo todo e os gols que conseguiu foram conquistados pelas falhas do adversário. Mesmo com uma boa imposição ofensiva o Sport não segurou a vitória que estava em suas mãos por, repito erros primários de sua defesa.

Destaquei os 45 pontos, pois foi a primeira meta traçada pelo técnico Cláudio Tencati, então posso dizer mesmo contrariado que o Criciúma não corre mais nenhum risco de rebaixamento.

Depois de dois jogos fora de casa e o único ponto conquistado terá na próxima rodada o Mirassol no Heriberto Hülse. Mesmo na sexta posição, podendo perde-la caso o Juventude amanhã vença o Atlético-GO a situação ainda é boa se projetarmos o G-4 lá no final do campeonato.

Hoje à tarde Espanha x Geórgia pelas eliminatórias ao torneio de seleções da Europa e fiquei sabendo que um moleque de 16 anos mais dois meses estava convocado e entrou no segundo tempo marcando um gol na goleada espanhola por 7x1.

Entrou no intervalo quando o jogo já estava 4x0, mas não interessa sem nenhum constrangimento a seleção espanhola levou um garoto para uma competição oficial e muito pesada.

Fiquei pensando qual o motivo da seleção brasileira não aproveitar talentos indiscutíveis como, por exemplo, Vitor Roque e Endrick de 18 e 17 anos respectivamente.

Com um novo técnico que em princípio está esquentando banco para Carlo Ancelotti, obsessão da CBF deveria haver a possibilidade de trazer jovens talento para o grupo que se prepara para o Mundial de 2026.

Mas não, Fernando Diniz preferiu se curvar ao sistema imposto pela que obriga os treinadores da vez chamar jogadores que pertencem a empresários que colocam na seleção quem eles bem entendem, ou não?

Analisem, de todos os 23 convocados apenas quatro atuam no futebol brasileiro, um goleiro, os dois do Fluminense e Raphael Veiga que só foi chamado pelo problema extra campo de Lucas Paquetá.

Goleiros, ok Ederson e Alisson são figuras carimbadas e quem joga no Brasil vai como terceiro goleiro sem chances de atuar. Nino e André, ok fazem um bom campeonato brasileiro pelo Fluminense e são da confiança do técnico.

Como explicar Gabriel Jesus e Raphinha que são reservas na Europa, nem falo do Richarlison que apesar de ter feito gols não foi destaque na Copa do Mundo.

Deixar de fora da convocação Vitor Roque e Endrick é um crime e Fernando Diniz apesar de estar sendo incensado pelo pessoal da Globo tem que rever seus conceitos nas próximas convocações, isso se não for engolido pelo sistema. Seria ótimo se seguisse o exemplo a seleção espanhola.

Relembro 2012 um dos anos mágicos na história do Criciúma. Depois das glórias de 1991 e 2002 o Criciúma disputou o mais difícil campeonato brasileiro de pontos corridos da série B.

Numa campanha impensável os quatro clubes que subiram registraram juntos a maior pontuação da história até agora. O Goiás foi campeão com 78 pontos, o Criciúma vice com 73 e Atlético Paranaense e Vitória subiram com 71. Incrível foi o São Caetano que fez os mesmos 71 pontos e não conseguiu o acesso.

Voltei no tempo para dizer que naquele ano a torcida do Criciúma foi ao êxtase com a campanha de jogos e viradas memoráveis dentro de casa e muitas vitórias como visitante. E mais, os treinos não eram escondidos, o acesso ao técnico e jogadores era fácil e o clube muito mais transparente. 

Agora o Criciúma está num momento de forte oscilação e dependendo até aqui de outros resultados para se manter no grupo de acesso e deixando os torcedores sempre atentos e torcendo muito para os adversários de seus concorrentes.

Já há algum tempo está aberta a temporada de “secação”, diferente de 2012 quando em todo campeonato a confiança no time de Zé Carlos e Lucca era total e o resultado foi o que todos esperavam. 

Não sei se é sorte ou simples incompetência dos adversários que sempre deixam o Criciúma na zona de acesso. Não que o Criciúma esteja sendo competente, mas o andamento do campeonato deixa uma pequena possibilidade de o Tigre visitar a Série A em 2024.

As próximas cinco rodadas irão definir o futuro do Criciúma no campeonato. Serão três jogos fora de casa contra o Sport, o Atlético-GO e Juventude. Em casa irá enfrentar o Mirassol e o Vitória. Todos os adversários, à exceção do Mirassol, estão dentro ou colados no G-4. 

A derrota sofrida em Fortaleza foi a quinta fora do Heriberto Hülse.  Como visitante o Criciúma venceu quatro jogos, três contra times da parte de baixo da tabela e também derrotou o líder Vitória.

Contra o Sport o Criciúma deverá ter o retorno do volante Arílson que tanta falta fez em Fortaleza e com ele equilibrar o meio de campo. Sem brilhar contra o Ceará jogando poucos minutos Marquinhos Gabriel deveria começar o jogo, seria uma forma do Criciúma adquirir mais qualidade e voltar a jogar com apenas dois atacantes.

O técnico poderia apresentar algo diferente, se é que tem treinado opções nos trabalhos com portões fechados.

A vitória do Novorizontino e o empate do Juventude deixaram ainda mais acirrada a luta pelo acesso. Até podem argumentar que faltam muitas rodadas até o final, estamos na 26ª, portanto restam ainda 36 pontos em disputa, mas são vários clubes candidatos ao G-4 final.

No momento consigo listar sete clubes com potencial para o acesso, além dos que já jogaram na rodada, o líder Vitória vai enfrentar o Mirassol hoje à noite e amanhã outros dois jogos. O Guarani como mandante terá o clássico contra a Ponte Preta e o Criciúma que jogará em Fortaleza contra o Ceará de técnico novo. Vitória, Guarani e Criciúma estão entre os sete que no momento são os mais cotados.

No grupo da ponta de cima da tabela restam o Sport que domingo jogará contra i Botafogo em Ribeirão Preto e o Vila Nova que receberá o CRB. 
Independente dos resultados no complemento da rodada ainda não dá para cravar os quatro que irão subir. Diferente do campeonato de 2022 quando nesta altura já estavam bem definidos que iria conseguir o acesso. 

O Cruzeiro estava disparado com 57 pontos, o Bahia era o segundo com 47, o Grêmio terceiro com 44 e o Vasco da Gama vinha na quarta colocação com 42 pontos. A diferença em relação a 2023 é que em 2022 o quinto colocado era o Londrina com 38 pontos.

Alguém arriscaria quais os times que subirão para a série A em 2024? 

Foi outra noite de muita tensão no Heriberto Hülse. Novamente o time mostrou sua verdadeira face, não conseguindo manter o mesmo ritmo quando sai na frente do marcador e poder usar a estratégia que vem sendo sua marca no campeonato. 

Depois de exercer a habitual pressão no início dos jogos em casa, faz o gol e fica administrando a vantagem. Principalmente nos segundos tempos, deixa o adversário trabalhar a bola da sua intermediaria para trás e dificilmente sofre pela postura de seu setor defensivo. Além dos zagueiros e volantes os atacantes também recuam para consolidar o sistema defensivo.

Contra o Vila Nova este procedimento ficou escancarado e correu riscos somente nos instantes finais quando o time goiano teve um pênalti para empatar o jogo. Novamente o Gustavo foi decisivo como aliás tem sido em todo campeonato. Não fosse seu goleiro, certamente o time estaria com pontuação de meio de tabela.

A arbitragem foi um caso à parte no jogo. Vinha tranquilo até pouco mais de 35 minutos do segundo tempo quando houve a falta no Arílson que revidou. O jogador do Vila foi amarelado, os árbitros ficou procurando o Arílson para mostrar o segundo cartão amarelo. O Arílson saiu de cena e o árbitro pressionado não teve coragem para expulsá-lo.

Resultado, ficou refém dos jogadores que no momento da marcação do pênalti cometido pelo Rodrigo armaram o cerco e pressionado foi ao VAR para justificar sua decisão, ouviu o que não gostaria e não teve pulso para evitar a enorme pressão que sofreu.

De qualquer maneira o Criciúma assumiu a terceira colocação que não perde mais na rodada e vai mostrando claramente que está com a sorte de quem vai conquistar seu objetivo no final desta série B.