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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por João Nassif 10/10/2020 - 09:26

O Campeonato Catarinense de 1962 se estendeu até maio de 1963 e consagrou o Metropol, de Criciúma, como tricampeão do Estado. Logo depois do triunfo, a equipe viajou para Europa, onde disputou 23 jogos. 

Marcílio Dias-1963

Como o Estadual de 1962 se estendeu até 63, a Federação decidiu não fazer Campeonato Catarinense em 1963. Para os clubes não ficarem parados criou o torneio Luiza de Mello, então primeira dama do futebol catarinense, por ser casada com o presidente da Federação Catarinense de Futebol, Osni Mello. 

O campeonato foi disputado por 10 clubes, América e Caxias de Joinville, Avaí e Figueirense de Florianópolis, Carlos Renaux e Paysandu de Brusque, Almirante Barroso e Marcílio Dias de Itajaí e Olímpico e Palmeiras de Blumenau.

No regime de pontos corridos, na última rodada o Marcílio Dias derrotou em Itajaí o Carlos Renaux por 4x1 garantindo o primeiro lugar no dia 23 de fevereiro de 1964. 

Somente em 1983, a FCF decidiu homologar o Marcílio Dias como campeão do Estadual de 63 por ter vencido o único torneio organizado em Santa Catarina naquele ano.
 

Por João Nassif 09/10/2020 - 09:45

A Copa do Mundo de 2006 foi realizada na Alemanha que abrigou as finais do Campeonato Mundial pela segunda vez, a primeira foi em 1974. A escolha da Alemanha como país sede da XVIII Copa do Mundo gerou controvérsias, pois se esperava que a África do Sul promovesse o torneio. 

Legenda

A partir daí a FIFA anunciou que seria feito um rodizio do país sede entre os integrantes de suas Confederações filiadas. A África do Sul foi a escolhida para ser sede do próximo Mundial.

A Alemanha como anfitriã tinha presença garantida na Copa e pela primeira vez o campeão da edição anterior teve que disputar as eliminatórias para estar presente no Mundial. Depois de centenas de jogos entre os 196 países inscritos para as eliminatórias sobraram 31 que se somaram à Alemanha, pré-classificada por ser o país sede.

Contrastando com a perfeita organização, o futebol mais uma vez decepcionou. Nada menos que sete jogos dos 64 disputados terminaram em 0x0, a média de 2,3 gols por jogo só não foi pior que a da Copa de 1990 que teve média de 2,1. 

Esta penúria de gols só poderia terminar com uma decisão por pênaltis com a vitória italiana sobre a França. A final ficou marcada pela cabeçada de Zidane em Materazzi zagueiro italiano que resultou na expulsão do capitão francês.
 

Por João Nassif 08/10/2020 - 17:35

A história do futebol não se explica sem a da gloriosa seleção uruguaia. Afinal, o escrete do país sul-americano era uma potência no começo do século XX e já ostentava quatro títulos em sete edições do antigo Campeonato Sul-Americano, a atual Copa América, antes dos Jogos Olímpicos de 1924, em Paris, onde agigantou sua mística.

Uruguai medalha de ouro em 1924

Para a oitava edição das Olimpíadas, o Comitê Olímpico Uruguaio, formado no ano anterior, teve como representante só um dos 17 esportes disputados à época. 

Mais tarde, essa decisão mostrou-se acertada, pois o selecionado charrúa fez uma grande campanha (5 vitórias em 5 jogos) e subiu no lugar mais alto do pódio – feito inédito para o país.

Na campanha rumo ao título, triunfos sobre a extinta Iugoslávia (7-0), Estados Unidos (3-0) e França (5-1), dona da casa. Na semifinal, os Países Baixos ofereceram dificuldades aos jogadores sul-americanos, mas perderam de virada (2-1), a minutos do fim. 

Na decisão, a vítima foi a Suíça (3-0), no Estádio Olímpico Yves-do-Manor, em Colombas.
 

Por João Nassif 08/10/2020 - 11:08 Atualizado em 08/10/2020 - 11:08

Diz o velho ditado “antes tarde do que nunca”. Deve ter sido doloroso para o presidente Jaime Dal Farra a demissão do técnico Roberto Cavalo, mas não havia alternativa. O mau desempenho do técnico no comando do time, desde a série B, não recomendava continuidade e a insistência levou o Criciúma ao fracasso no campeonato catarinense, na Copa do Brasil e até esta metade da série C.

A vinda do diretor executivo Ocimar Bolicenho, responsável pela demissão, criou o choque necessário para a corrida de recuperação. Com todo segundo turno por jogar o quinto lugar é uma luz amarela, mas pelo nível da disputa, quem vier poderá reverter e colocar o Criciúma na segunda fase do campeonato.

Falei rapidamente pela manhã com Itamar Schülle que estava em Porto Alegre e sem confirmar estaria vindo para Criciúma. Se confirmado tem bom currículo para transformar o Criciúma num time novamente competitivo.

Na esteira da saída de Roberto Cavalo, toda comissão técnica foi demitida, o auxiliar Wilsão, o diretor Evandro Guimarães e o preparador físico Willian Hauptmann. O novo técnico deverá trazer toda sua equipe de trabalho.
 

Por João Nassif 08/10/2020 - 10:34 Atualizado em 08/10/2020 - 10:34

Foi um bom papo com o secrátario geral da CBF, Walter Feldman. Fizemos uma LIVE no meu Facebook na noite desta quarta-feira, 7, e conversamos bastante sobre o futebol brasileiro. Ouçam aqui a nossa conversa.

Por João Nassif 07/10/2020 - 21:26

Finalmente ficou claro o porquê o presidente Jaime Dal Farra ter contratado Ocimar Bolicenho para ser o executivo do Criciúma nesta reta final de temporada. Havia toda uma dúvida da necessidade desta contratação, mas nesta quarta-feira houve a resposta.

Ocimar Bolicenho

Pela amizade fraternal entre o presidente e Roberto Cavalo, o dono da G.A. não tomaria a decisão da demitir o treinador. Questão de parceria. Mas, com Bolicenho é diferente, então que venha um executivo profissional e tome as medidas necessárias para tentar salvar o clube de mais um vexame no futebol brasileiro.

Ocimar Bolicenho, contratado há algumas semanas deu todas as chances para que o comando técnico conseguisse tirar o time do buraco, mas a falta de capacidade dos heróis do passado foi escancarada e o desenlace, necessário para que o clube não passe por outra campanha frustrada e permaneça na terceira divisão do futebol brasileiro.

Nada é definitivo, um choque no comando era necessário e o futuro é incerto, mas a mudança era fundamental para dar ao Criciúma a possibilidade do acesso.
 
 

Por João Nassif 07/10/2020 - 09:52

Durante algumas décadas do século passado a então CBD promoveu em diversas temporadas o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais. A rigor foram disputados 32 torneios e o Rio de Janeiro que foi Distrito Federal até 1960 com a construção de Brasília foi o maior ganhador com 16 títulos. São Paulo foi campeão 14 vezes e Bahia e Minas Gerais ganharam cada qual um campeonato.

Seleção paulista-1922

O primeiro campeonato de seleções estaduais foi disputado em 1922 e contou com apenas sete participantes, pois a seleção pernambucana desistiu da fase eliminatória e a Bahia que seria sua adversaria se classificou automaticamente para a fase final.

Nas outras três eliminatórias, São Paulo derrotou Minas Gerais por 13x0, o Distrito Federal venceu a seleção do Estado do Rio de Janeiro por 2x0 e Paraná e Rio Grande do Sul empataram em 1x1. Na partida desempate os gaúchos eliminaram os paranaenses com vitória por 4x2.

A fase final foi disputada pelos classificados em turno completo.

Na primeira rodada Distrito Federal e Bahia empataram em 2x2, enquanto que São Paulo derrotou o Rio Grande do Sul por 4x2. Na segunda rodada o Distrito Federal venceu o Rio Grande do Sul por 2x0 e São Paulo derrotou a Bahia por 3x0. Na rodada final os baianos derrotaram os gaúchos por 1x0 e os paulistas venceram a seleção do Distrito Federal por 4x1.

as três vitorias conquistadas São Paulo se tornou o primeiro campeão do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais.

Por João Nassif 06/10/2020 - 13:51

Em 1956 foi criada em Santa Catarina a Liga Especial de Futebol Profissional composta pelos 10 principais clubes do estado.

Dois times eram de Florianópolis (Avaí e Figueirense), dois de Joinville (América e Caxias), dois de Itajaí (Marcílio Dias e Estivadores), dois de Blumenau (Olímpico e Palmeiras) e dois de Brusque (Carlos Renaux e Paysandu).

Operário de Joinville-1956

Paralelo à Liga, a Federação Catarinense de Futebol que apesar de reconhecer a Liga, promoveu outro campeonato disputado por 13 times amadores do estado.

O campeonato da Liga foi vencido pelo Paysandu que na final derrotou o América por 2x1 no Estádio Ernesto Schellem Sobrinho. O campeonato da Federação foi vencido pelo Operário, time da Usina Metalúrgica de Joinville.

A Federação resolveu unificar o título apesar do protesto do Paysandu que já havia dispensado grande parte de seu elenco e obrigou a realização de uma final em duas partidas entre os campeões das duas competições.

O primeiro jogo foi disputado em Joinville e o Operário venceu por 2x1. Na partida de volta em Brusque, nova vitória do Operário pelo placar de 3x1.

Desta forma o título de campeão catarinense de 1956 ficou com o Operário de Joinville, um time amador que tem um troféu profissional em sua prateleira.

Por João Nassif 06/10/2020 - 00:36

Deu a lógica no Augusto Bauer, o Brusque melhor time de toda série C dominou completamente o Criciúma, fez com absoluta naturalidade os 3x1 e depois abdicou do jogo, certamente pensando na sequencia do campeonato. Abriu cinco pontos sobre o segundo colocado e por tudo que faz na competição ficou com 10 pontos a mais que o Criciúma, quinto colocado neste término de primeiro turno.

Foto: globoesporte.globo.com

Quando falo do Brusque na competição, estou falando de um time bem treinado, com jogadas de velocidade onde cada um sabe o que fazer, sempre voltado para o gol e quase sempre superando os adversários numa campanha irrepreensível com 81% de aproveitamento. O Brusque tem um técnico que assumiu depois do título da série D, venceu a Supercopa catarinense, foi à quarta fase da Copa do Brasil e terminou o estadual na segunda colocação.

Ao contrário o Criciúma. Rebaixado em 2019 manteve a comissão técnica, foi eliminado na primeira fase da Copa do Brasil sofrendo uma goleada em Santo André, foi eliminado na semifinal do catarinense e faz esta campanha irregular na série C com apenas 44% de aproveitamento.

E pior, mesmo com tanto tempo para treinar, com várias contratações o time não mostra jogo após jogo qualquer evolução, pelo contrário cada vez mais se percebe retrocesso, sem esquema, poucas jogadas trabalhadas, um coletivo ruim e poucas perspectivas para o futuro, pois não se percebe nenhum movimento para troca de comando.

É possível ficar entre os quatro a avançar para a segunda fase pela qualidade dos adversários, mas daí em diante não há garantias de acesso. A colheita é fruto total do que foi plantado nas últimas temporadas.
 

Por João Nassif 05/10/2020 - 15:01

Thiago Ávila *
 

Semana passada tivemos a penúltima etapa da Porsche Supercup de Esports, o campeonato mundial da montadora alemã de corridas virtuais, no simulador. A etapa ocorreu no histórico circuito de Le Mans, e o criciumense Jeff Giassi, o único brasileiro na disputa, participou.

No treino classificatório, conseguiu a décima posição e já na largada pulou para nono. Durante a corrida teve ótimos momentos, como uma disputa roda a roda com o australiano Joshua Rogers, que é o atual campeão. Giassi vinha em sétimo até a última curva, quando se envolveu em um incidente com o finlandês Tuomas Tähtelä, e acabou caindo para 23º.

Jeff Giassi em Le Mans

Na segunda corrida, largando da posição que terminou a primeira, logo nas primeiras voltas se envolveu em um toque com outro finlandês, dessa vez era Valtteri Alander, e acabou abandonando.

Conversei com Jeff após a corrida e ele contou melhor sobre o final de semana e também esclareceu como funciona um simulador, que não é apenas um joguinho, é tão realista que o piloto pode até quebrar a mão. Segue a entrevista abaixo.

Thiago Ávila: Pelo jeito não foi um bom final de semana...
Jeff Giassi: É, esse sábado foi uma etapa muito difícil, até consegui fazer uma classificação boa, larguei entre os dez primeiros, mas Le Mans é uma pista que muita coisa pode acontecer. Consegui ganhar algumas posições, cheguei a estar em sétimo, e um pouco antes da linha de chegada o carro da frente [Tuomas Tähtelä] acabou tendo um enrosco, infelizmente não pude para onde ir, e acabei me envolvendo nesse acidente praticamente faltando uma curva para acabar a corrida. Bastante gente ficou chateada, porque faltava só uma curva para acabar, mas faz parte, é uma situação muito cruel. Agora é erguer a cabeça porque tem a final do campeonato e não focar muito na parte de recuperar pontos, mas fazer o que é possível para tentar ganhar algumas posições.
 
 

TA: Vocês fizeram o protesto contra o Tähtela?
JG: Com certeza o protesto foi feito e já foi reportado, acredito que não foi apenas eu que reportei, imagino, até porque na segunda bateria ocorreram outros incidentes com o mesmo piloto que gerou toda essa situação. Mas eu acho que fiz a minha parte de ter denunciado a atitude antidesportiva, mas não me preocupo se vai haver alguma punição para ele ou não, porque ele está bem atrás no campeonato. Espero que atitudes como essa não se repitam no campeonato.
 
TA: Vi que você estava com a mão machucada antes da segunda corrida, o que houve?
JG: Na largada da segunda corrida, acabou tendo mais um acidente, e o volante é bem pesado, ele realmente simula os efeitos de um carro de verdade. Então da mesma forma que as pessoas na vida real sofrem acidente e machucam a mão, no simulador é a mesma coisa. Eu machuquei a mão, não foi nada grave, mas fiz a corrida com a mão doendo. Acredito que todos que correm disso já machucaram a mão, o pulso ou o dedo. Inclusive, terei que voltar a correr de luva, que protege bastante, machuca do mesmo jeito, mas evita cortes.
 
 

TA: Então o simulador é extremamente realista. Se a batida for muito violenta, o piloto pode acabar quebrando o pulso?
JG: Pode. Nunca vi alguém chegar a quebrar o pulso, mas eu já vi pessoas que quebraram o dedo, eu também uma vez quase quebrei também. É engraçado, porque querendo ou não você está atrás de uma tela de computador e mesmo assim acaba sendo ‘perigoso’, porque você pode quebrar a mão, pulso... É o risco que se corre quando você compra um equipamento que te passa muita precisão. Então ele não sabe diferenciar o que é um acidente e quando não é, ele te passa a informação igual ao um carro de verdade.
 
TA: Esse fator de precisão não pode acabar sendo prejudicial na pilotagem?
JG: Existem simuladores que não machucam, mas são mais iniciantes, e você acaba perdendo um pouco de tempo por falta de informação. Quando você está disputando um campeonato mundial, o ideal é ter sempre 100% do que está acontecendo com o carro. Está saindo de traseira, o simulador vai te passar essa informação, um pouco de frente, ele te passa também. Da mesma forma, quando você bate, ele acaba passando a informação não de um jeito tão confortável. Alguns simuladores tem botão de emergência, para caso o volante não pare, ou caso o carro capote e o volante fica batendo, e o botão serve para desligar o motor dele. Mas o risco do automobilismo real não se compara.
 
Mesmo com os resultados ruins de sábado, Giassi é nono no mundial e segue na disputa para terminar entre os dez primeiros. A última etapa da temporada acontece dia 10 de outubro, no circuito de Monza.

* Jornalista
 

Por João Nassif 05/10/2020 - 09:11

O campeonato catarinense de 1942 foi disputado em várias etapas como era comum naqueles tempos. A competição era dividida por regiões cujos vencedores jogavam para decisão do título.

Avaí campeão em 1942

Sete equipes participaram do campeonato desde seu início, América de Joinville, Avaí da Capital, Barriga Verde de Laguna, Recreativo Brasil de Blumenau, Hercílio Luz de Tubarão, Pery Ferroviário de Mafra e Brusquense de Brusque.

O Hercílio Luz perdeu a decisão da Zona Sul para o Avaí por 6x1 em Florianópolis e o América derrotou o Brusquense por 3x1 em Joinville pela decisão da Zona Norte.

A decisão do Estadual de 1942, entre América, de Joinville, e Avaí nunca aconteceu e o Leão ficou com a taça por conta de um decreto. 

Os jogadores do time joinvillense foram impedidos de viajar para a partida decisiva pelo batalhão do exército porque o América tinha no elenco atletas que faziam parte do 13º Batalhão de Caçadores e estavam de plantão no dia do jogo e não poderiam se ausentar da cidade. 

Assim, o time do Norte do Estado tentou realizar a partida em outra data, ou mesmo em Joinville — onde os jogadores que serviam o exército poderiam jogar, mas a Federação Catarinense de Futebol não cedeu e decretou o Avaí campeão estadual de 1942.  
 

Por João Nassif 04/10/2020 - 10:02

O Lauro Muller Futebol Clube era um time de Itajaí que foi fundado em 24 de março de 1929, cujo nome foi uma homenagem ao ex-governador do Estado, Lauro Severiano Muller. 

O clube teve vida curta e seu departamento de futebol foi fechado em 07 de março de 1951, portanto com apenas 21 anos quando uniu-se ao Clube Náutico Almirante Barroso.

Suas cores eram preto e branco e sua maior glória foi ter vencido o campeonato catarinense de 1931. Seus torcedores eram chamados de lauristas e o time foi durante a década de 1940 o arquirrival do Clube Náutico Marcílio Dias.

A curiosidade sobre o Lauro Muller foi ter sido campeão estadual pela primeira vez por W.O. O campeonato de 1931 em sua fase semifinal foi disputado por quatro equipes, além do Lauro Muller, o Brasil de Tijucas, o Caxias de Joinville, o Atlético de Florianópolis. 

No dia 20 de dezembro de 1931 o Atlético derrotou o Brasil em Tijucas por 2x1. No dia 17 de janeiro de 1932 o Lauro Muller em casa derrotou o Caxias por 3x2.

A data da decisão foi 24 de janeiro de 1932, porém a Federação Catarinense de Desportos decidiu adiar o jogo por mais uma semana e isso irritou os cartolas do time da Capital. 

Insatisfeitos, os dirigentes proibiram os jogadores de entrar no campo do Estádio Adolfo Konder, no dia 31 de janeiro, e assim a Federação Catarinense de Desportos declarou o Lauro Müller campeão catarinense por W.O. 

Por João Nassif 03/10/2020 - 10:03

O projeto de organizar uma Copa do Mundo começou na criação da FIFA em 21 de maio de 1904. A FIFA, entidade máxima do futebol, foi fundada em Paris, na França e tem sua sede em Zurique, Suíça.

Em 1906 houve a primeira tentativa para um torneio mundial de futebol previsto para ser realizado na Suíça, com quatro grupos de quatro seleções. Mas no final das confirmações de inscrição para os dezesseis países convidados, em 31 de agosto de 1905, nenhuma federação confirmou sua participação e o projeto, naquele momento, foi abandonado. 

Com o estabelecimento de um torneio de futebol olímpico no ano de 1908, a FIFA queria o reconhecimento desse torneio como o campeonato mundial de futebol amador. A ideia foi validada no Congresso da FIFA em 1914, mas a Primeira Guerra Mundial bloqueou a iniciativa.

Depois da Guerra, a FIFA mudou a sua atitude. Após a sua eleição como Presidente da FIFA, o francês Jules Rimet colocou em ação o plano para não mais reconhecer o torneio olímpico como o campeonato mundial de futebol amador, lutando para a criação de uma nova competição. 

Os Jogos Olímpicos de 1924 e 1928 puderam estabelecer uma ótima relação entre os países da América do Sul e da Europa.

A proposta de uma Copa do Mundo pela FIFA proposta foi aprovada no Congresso em Amsterdã, no dia 26 de maio de 1928, por vinte e cinco votos a favor e cinco contra, com uma abstenção. 

A organização da primeira Copa do Mundo foi então atribuída ao Uruguai no Congresso da FIFA, em Barcelona, 18 maio de 1929, para celebrar o centenário de sua independência, mas também porque a seleção havia sido campeã olímpica duas vezes, em 1924 e 1928. 

Por João Nassif 02/10/2020 - 08:56

Ainda que de forma tímida o vôlei brasileiro começou aparecer de maneira mais forte no cenário internacional ao conquistar a medalha de prata nas Olimpíadas de 1984 em Atlanta nos Estados Unidos.

 

Na primeira fase a seleção brasileira fez parte do grupo A, jogando quatro partidas com três vitórias e uma derrota. Venceu a Argentina por 3x1 sets, a Tunísia e os Estados Unidos por 3x0. Perdeu apenas para a Coréia do Sul por 3x1, terminando a fase em primeiro lugar.

Na segunda fase, as semifinais o Brasil enfrentou a Itália e venceu por 3x1 sets de virada com parciais de 12x15, 15x2, 15x3 e 15x5.

Na decisão da medalha de ouro o Brasil encarou novamente os Estados Unidos e desta vez foi derrotado ficando com a medalha de prata.

O resultado foi 3x0 a favor dos americanos com parciais de 15x6, 15x6 e 15x7.

Oito anos depois em Barcelona 1992 o Brasil finalmente chegou à medalha de ouro e definitivamente se tornou com potência do voleibol mundial.

Por João Nassif 01/10/2020 - 14:43

O voleibol nos Jogos Olímpicos existe desde 1964, quando o esporte foi incorporado oficialmente ao programa olímpico. A partir de Atlanta 1996 também foi introduzido o voleibol de praia.

O voleibol foi jogado pela primeira vez nos Jogos Olímpicos em 1924, como parte de um evento especial quando foi apresentado apenas como exibição. 

Apenas após a Segunda Guerra Mundial, todavia, começou-se a considerar a possibilidade de adicioná-lo ao programa das Olimpíadas, sob a pressão da recém-formada Federação Internacional (1947) e algumas das confederações continentais. 

Para angariar apoio para esta proposta, foi organizado em 1957 um torneio-exibição durante a 53a sessão do COI em Sófia, Bulgária. A competição foi um sucesso, e o esporte foi oficialmente introduzido em 1964.

O número de países disputando os jogos também cresceu em ritmo constante desde 1964. A partir de 1996, 12 equipes tem participado do torneio, tanto no masculino e no feminino. Cada uma das confederações continentais de voleibol é representada por no mínimo uma equipe nas Olimpíadas.

Brasil, Japão e União Soviética são as únicas nações que conquistaram o ouro tanto no masculino quanto no feminino. O Brasil ainda é o único país que possui o ouro tanto no voleibol masculino e feminino de quadra quanto no voleibol masculino e feminino de praia.
 

Por João Nassif 01/10/2020 - 08:11 Atualizado em 01/10/2020 - 08:11

Os jogos do Criciúma são de uma mesmice que coloca em dúvida o esperado acesso no campeonato brasileiro. 

Foto: Celso da Luz/Criciúma EC

O quarto lugar, por enquanto, é produto das vitórias apenas sobre os adversários na parte debaixo da classificação. O Criciúma não venceu nenhum dos primeiros sete colocados, ainda falta o vice-líder Brusque, e conseguiu vitórias somente sobre os três últimos em jogos dentro do Heriberto Hülse. 

Desde a sofrível campanha na série B de 2019 que culminou com o rebaixamento não se vê evolução na forma do time jogar, por isso afirmei ontem na jornada da Som Maior que a manutenção da comissão técnica é um risco para o futuro do time na busca da série B na próxima temporada.

O jogo de ontem contra o Tombense seguiu o roteiro de todo campeonato. Faltaram criação e finalizações, uma constante que não podem ser justificadas pelas ausências de vários jogadores fora de combate por lesão, suspensão ou Covid-19.

Se não tem reposição é pelo mau planejamento, se tem tempo para treinar e não há evolução é pelo mau trabalho dos técnicos. O time tem alguns bons valores que não conseguem jogar pelo mau coletivo e desta forma as partidas são de baixo nível, inclusive as que foram vencidas.

Ou muda o comando, ou veremos este futebol muito pobre sem qualquer evolução até o final da série C cujo resultado pode frustrar o desejo de toda uma imensa e fiel torcida. 
 

Por João Nassif 30/09/2020 - 10:17

Depois do primeiro campeonato estadual disputado no país em 1902, campeonato promovido pela Liga Paulista de Foot-Ball, em 1905 foi disputado o primeiro campeonato baiano, o segundo estadual mais antigo do país e a competição de futebol mais antiga da região Nordeste do Brasil.

Internacional-primeiro campeão baiano

A competição foi disputada por quatro clubes, todos da capital Salvador. O campeonato foi organizado pela Liga Bahiana de Sports Terrestres, antecessora da Federação Baiana de Futebol fundada somente em 1913.  

Clube de Natação e Regatas de São Salvador, Clube Internacional de Cricket, Esporte Clube Vitória e Sport Club Bahiano foram os participantes do primeiro campeonato baiano de futebol da história.

Depois de muita discussão o regulamento escolhido foi com o sistema de pontos corridos com todos os quatro jogando entre si em turno e returno.

O Internacional foi o primeiro campeão baiano invicto com 100 por cento de aproveitamento, pois venceu suas seis partidas alcançando 12 pontos ganhos. O vice-campeão foi o São Salvador com oito pontos o Vitória ficou em terceiro e o Bahiano foi o quarto colocado com seis derrotas.

Foram realizados 12 jogos e marcados 36 gols, a média foi de exatos 3 gols/jogo. O artilheiro foi Braguinha do Internacional com seis gols.
 

Por João Nassif 29/09/2020 - 08:47

O campeonato paulista foi o primeiro campeonato estadual disputado no Brasil. O campeonato foi organizado pela Liga Paulista de Foot-Ball em 1902 e teve a participação de cinco clubes que fundaram a Liga Paulista, a primeira entidade criada no país.

Disputaram o campeonato o São Paulo Athletic, o Paulistano, o Mackenzie, o Internacional e o Germânia. O primeiro campeão paulista, reconhecido pela Federação Paulista de Futebol foi o São Paulo Athletic, equipe formada por ingleses ou filhos de britânicos.

São Paulo Athletic-1902

Todos os cinco times eram da capital do Estado e todos foram fundados no século XIX. O mais velho, o São Paulo Athletic foi fundado no dia 13 de maio de 1888, o Mackenzie em 1898, o Germânia e Internacional em 1899 e o Paulistano em 1900. O regulamento do campeonato dizia que todos jogariam contra todos em turno e returno, portanto cada equipe disputaria oito jogos, de 08 de maio até 25 de outubro.
São Paulo Athletic e Paulistano terminaram empatados na primeira colocação com 12 pontos ganhos cada um. Ambos obtiveram cinco vitórias e dois empates e foram derrotados apenas uma vez. 

Foi necessária uma partida desempate entre os dois primeiros colocados para ser apurar o campeão. No dia 26 de outubro de 1902 o São Paulo Athletic derrotou o Paulistano por 2x1 no Velódromo de São Paulo.

Charles Muller, o pai do futebol brasileiro foi o autor dos dois gols na final e também foi o artilheiro do campeonato com 10 gols. Em todo campeonato foram realizados 21 jogos e marcados 60 gols, dando a média de 2,86 gols/jogo.

A duração dos jogos era de 80 minutos divididos em dois tempos de 40.
 

Por João Nassif 28/09/2020 - 21:13

HOJE NÃO
 
90 vitórias. Uma a menos que o heptacampeão Michael Schumacher. Os holofotes estavam todos em cima dele. Até a Netflix veio a Rússia para cobrir um feito histórico. Sim, Lewis Hamilton estava a um passo de chegar nos números do maior de todos. E para ele bastava apenas seguir mantendo a constância em uma pista em que ele já é favorito.

Apenas um obstáculo poderia o tirar desse feito, e era Valtteri Bottas. O finlandês tem seus melhores desempenhos na categoria exatamente em Sochi. Em 2015, brigando pelo pódio, protagonizou uma polêmica batalha com o compatriota Kimi Raikkonen, que o tirou da corrida na última volta; venceu em 2017; foi pole em 2018, e só perdeu a corrida porque a Mercedes o pediu para deixar Lewis passar.

Bottas vencedor em Sochi

E parecia que ia dar certo para Bottas, que liderou todas as sessões de treinos. Mas aí chegou a classificação, e Vettel bate a 2:15 do fim do Q2, com Hamilton ainda sem marcar tempo. A bandeira vermelha é acionada e Lewis agora tinha muito pouco tempo para sair e não ser eliminado. A DOIS SEGUNDOS do fim, ele passa pela linha de chegada, conseguindo abrir a volta que o salvaria da 15ª colocação e o pusera em condições iguais com o companheiro para brigar pela pole.

E Hamilton fez simplesmente a melhor volta do circuito, com 1:31.304, a mais de cinco décimos de Verstappen, o segundo, e seis de Bottas. O hexacampeão agora estava a um passo de chegar a lendária marca. Se não fosse por uma coisa... boba.

Minutos antes de os carros se alinharem para a largada, os pilotos aproveitam para dar algumas voltas de aquecimento e treinar largadas. O ideal para quem quiser fazer isso, é posicionar seu carro no lado direito na saída dos boxes e esperar a luz verde acender para ser liberado.

Lewis reportou no rádio se ele poderia treinar a largada mais à frente do ideal, já que a área permitida estava muito emborrachada. A equipe confirmou e o piloto acabou o fazendo por duas vezes no fim da linha do pit. No artigo 19.1 do regulamento afirma que "Treinos de largadas só poderão ser executados no lado direito logo após o semáforo do fim do pit lane. Para evitar dúvidas, isso inclui qualquer momento em que o pit lane esteja aberto. Os pilotos precisam deixar espaço adequado no lado esquerdo para outro piloto passar". Vendo que o piloto havia infringido tal regra, os comissários decidiram puni-lo com duas punições de cinco segundos, pelos dois erros cometidos no mesmo lugar.

Bom, regras são regras, e elas devem ser cumpridas. Porém, há de se ter uma discussão sobre a tal. Será que não foi exigido demais com dez segundos? Talvez começar a arranjar punições mais brandas? Sim, foi um erro, mas que não comprometeu e nem comprometeria ninguém. Se um piloto é punido com 10 segundos por dois pequenos erros nas voltas de aquecimento, qual será o próximo passo? Desclassificar alguém por atrapalhar a volta lenta de outro em um treino livre?

Isso não é de hoje. A FIA vem sendo extremamente exigente nas advertências desde a morte de Charlie Whiting em março do ano passado. Listemos: Vettel perdeu o GP do Canadá por retornar a pista de “um jeito perigoso”, sendo que ele estava em primeiro; Verstappen perdeu a pole no México por acelerar demais na bandeira amarela, mesmo já tendo feito a melhor volta em condições normais; Norris tomou punição de três posições por ignorar bandeiras amarelas NUM TREINO LIVRE! E tem muitas outras.

De fato, todas essas punições estão previstas nas regras, e os comissários estão seguindo fielmente, mas isso pode prejudicar o esporte se utilizada com muita frequência e exigência.

Voltando a corrida, isso acabou com as chances de vitória do britânico, que caiu para terceiro e teve que se contentar com Bottas tirando sarro dos “haters” no rádio.

A vitória 91 fica para a próxima, talvez em Nurburgring daqui duas semanas. Até lá, podem ter certeza que centenas de matérias serão feitas a respeito disso. E... coitada da Netflix.
 
Thiago Ávila, Jornalista

Por João Nassif 28/09/2020 - 09:44

Nunca um país teve tanto tempo para preparar uma Copa do Mundo. A Espanha foi escolhida como sede do Mundial de 1982 no ano de 1964 em Tóquio no Japão. Em setembro de 1978, Sua Majestade o rei João Carlos I assinou decretos reais criando o Comitê Organizador da Copa do Mundo de 1982.

A Guerra das Malvinas envolvendo a Argentina e o Reino Unido criou uma atmosfera de preocupação sobre possíveis desdobramentos durante a disputa do Mundial. 

A cerimônia de abertura que antecedeu o jogo entre Argentina e Bélgica disputado no dia 13 de junho no Camp Nou em Barcelona foi um verdadeiro chamamento à paz e confraternização. 

Numa festa brilhante e colorida, ex-campeões mundiais entraram em campo para relembrar outras épocas do futebol mundial. Gigghia (Uruguai), Ferrari (Itália), Beckenbauer (Alemanha), Bellini (Brasil), Bobby Charlton (Inglaterra) e Larrosa (Argentina) foram homenageados pelo mundo do futebol.

A Copa da Espanha foi um torneio pacifico e apresentou duas seleções Brasil e França que jogaram o futebol mais bonito, mas que ficaram pelo meio do caminho para que Itália e Alemanha Ocidental com seus pragmatismos decidissem o título.

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