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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Denis Luciano 13/03/2019 - 15:07 Atualizado em 13/03/2019 - 15:11

O grave atentado em uma escola de Suzano, em São Paulo, onde dois homens invadiram o estabelecimento em um caso que resultou em dez mortes, foi um dos destaques do Debate Aberto desta quarta-feira na Rádio Som Maior.

A discussão sobre a possível bitributação na cobrança da Cosip, a taxa de iluminação pública, envolvendo moradores de condomínios, também foi lembrada. O controverso projeto de rebaixamento da Avenida Centenário, em trecho próximo à Estação Rodoviária, teve destaque. A pauta incluiu ainda a situação do Criciúma, que havia acabado de dispensar o assessor de futebol Ricardo Rocha e, até aquela altura, ainda não havia definido a contratação do técnico Gilson Kleina, o que veio a se confirmar depois.

Participaram desta edição os debatedores Plácido Pizzetti, Jonathas Roberge e Joni Márcio. Confira!

 

Por Denis Luciano 13/03/2019 - 13:50 Atualizado em 13/03/2019 - 13:53

Gilson Kleina tem um histórico de 41 jogos pelo Criciúma, entre maio de 2003 e fevereiro de 2004. O Tigre foi o terceiro clube da carreira do treinador, que antes havia trabalhado no Vila Nova de Goiás e no Iraty, do Paraná. Mais de uma década e meia e outros 17 clubes depois, Kleina retorna para encarar o tricolor em uma fase difícil.

E, ao que tudo indica, o técnico chega com moral. Vem como, provavelmente, o mais elevado investimento do Criciúma da era Dal Farra em um treinador. Em uma lista grande de 2015 para cá, que começou com Roberto Cavalo e passou por Deivid, Luiz Carlos Winck, Beto Campos, Lisca, Argel Fucks, Mazola Júnior e Doriva.

E Kleina acerta no mesmo dia em que o clube encerrou o vínculo com Ricardo Rocha, até então assessor de futebol da presidência. Logo, está claro que o diretor executivo de futebol João Carlos Maringá "chegou, chegando".

Kleina teve experiências como assistente técnico entre 2000 e 2001 no Coritiba, Olympique de Marselha da França e Atlético (MG). Seu primeiro time como técnico efetivo foi o Vila Nova goiano, em 2001. Voltou a ser auxiliar em 2002, no Botafogo, e depois engatou a vida autônoma de treinador, a partir do Iraty paranaense em 2002 e chegando ao Criciúma em 2003.

Pegou o time no Campeonato Brasileiro da Série A na décima rodada, após a queda de Edson Gaúcho que, em nove jogos no Nacional, computava duas vitórias, três empates e quatro derrotas. Caiu em um empate, 1 a 1 diante do Vitória no Heriberto Hülse. Veio Kleina que estreou em 25 de maio daquele 2003, vencendo o Goiás por 2 a 0 fora de casa. No primeiro jogo no HH, em 8 de junho, ganhou do Internacional, 1 a 0. Fechou aquele Brasileirão com um honroso 14º lugar com 60 pontos, à frente de times como Corinthians, Vitória, Vasco, Juventude, Fluminense e Grêmio.

Kleina no Criciúma

41 jogos

17 vitórias

8 empates

16 derrotas

47,9% de aproveitamento

Em 2004 começou o Campeonato Catarinense, pelo qual fez apenas seis jogos despedindo-se em 18 de fevereiro, em um 1 a 1 diante do Avaí no Heriberto Hülse. Do Tigre migrou para o Paraná, clube que acabou comandando três vezes. Depois, rodou por Caldense (MG), Cianorte (PR), Paysandu, Coruripe (AL), Gama, Ipatinga (duas vezes), Caxias, Duque de Caxias (RJ, duas vezes), Boavista (RJ), Ponte Preta (três vezes), Palmeiras, Bahia, Avaí, Coritiba, Goiás e Chapecoense.

Em 2011, subiu a Ponte Preta para a Série A do Brasileiro. No ano seguinte, foi semifinalista do Paulistão pelo mesmo time. Em setembro de 2012 fechou com o Palmeiras, para tentar evitar o rebaixamento. Não conseguiu. Encarou 2013 e ganhou a Série B pelo alviverde paulista. Deixou o clube em maio de 2014, quando ganhava por produtividade. Chegou ao Avaí em 2015, no qual trabalhou de março a novembro. Salvou o Goiás de uma queda à Série C em 2016 e trabalhou na Chapecoense de outubro de 2017 a agosto de 2018.

O anúncio oficial da contratação de Gilson Kleina saiu faz poucos minutos.

Por Denis Luciano 11/03/2019 - 16:46 Atualizado em 11/03/2019 - 16:48

O incidente de ontem, quando nos minutos finais o hino do Criciúma foi disparado nos alto falantes enquanto a torcida fazia um protesto contra o presidente Jaime Dal Farra, motivou um pedido oficial de desculpas pelo clube na tarde desta segunda-feira.

Em nota postada no site, o Criciúma lamenta o ocorrido e o rotula como um equívoco. Não houve a identificação, até agora, do autor do pedido para que o hino fosse executado abafando a ação dos torcedores.

O grupo de oposição no Conselho Deliberativo, Apenas Criciúma, prometeu encaminhar ainda hoje um pedido de esclarecimentos. Leia abaixo a nota oficial do Criciúma:

O Criciúma Esporte Clube, por meio desta, pede desculpas aos seus sócios, torcedores e simpatizantes e lamenta pelo ocorrido no sistema de som do Estádio Heriberto Hulse ontem durante o jogo. O equívoco não se repetirá, e as circunstâncias que levaram ao fato serão discutidas, e os processos internos de comunicação corrigidos.

Por Denis Luciano 11/03/2019 - 12:12 Atualizado em 11/03/2019 - 12:16

O ex-jogador João Carlos Maringá é o novo diretor executivo de futebol do Criciúma. A contratação foi anunciada pelo clube no final da manhã desta segunda-feira. Maringá será apresentado às 16h na Sala de Imprensa Clésio Búrigo, no estádio Heriberto Hülse.

Maringá chega para suceder Nei Pandolfo, demitido na noite da última segunda-feira. O contratado já teve experiências em direção de futebol na Chapecoense, da qual saiu em julho do ano passado, e Joinville, clube pelo qual marcou época como atleta. Enquanto jogador ele passou também pelo Criciúma nas temporada de 1994.

Por Denis Luciano 10/03/2019 - 21:55 Atualizado em 10/03/2019 - 21:59

O caso atípico deste domingo segue repercutindo. O grupo Apenas Criciúma, que faz oposição ao presidente Jaime Dal Farra no Conselho Deliberativo, encaminhará nesta segunda-feira um pedido formal de esclarecimentos sobre a ordem disparada por alguém da direção do Criciúma - ainda não conseguimos determinar o autor do "pedido" - para que o hino do clube fosse disparado no sistema de som para abafar o protesto da torcida nos minutos finais do jogo contra a Chapecoense.

A situação veio à tona depois que o próprio operador, o radialista Renato Teixeira, postou em sua rede social que estava se desligando do clube por não concordar com a ordem.

A direção ainda não se manifestou sobre o incidente. Diz a nota do grupo Apenas Criciúma:

O Grupo Apenas Criciuma. 

 

Grupo esse opositor a gestão da GA de Jaime Dalfara, composto por conselheiros, eleitos no Conselho Deliberativo do Criciuma Esporte Clube, vem manifestar o seu descontentamento com a posição da direção da GA em obrigar o sonoplasta do estádio Heriberto Hülse a aumentar o som e usar o hino do Clube,para abafar o protesto legítimo de uma torcida cansada da maneira amadora que a empresa gestora, conduz, as ações do Criciúma Esporte Clube. 
Reiteramos nosso compromisso com o clube e não com a Gestora. 
Vamos protocolar ainda na segunda um pedido de explicações:
Queremos saber da Gestora e do Presidente do conselho, de quem partiu a ordem e quais medidas serão tomadas. 
Qual a posição da Gestora e Também  do presidente do conselho deliberativo do Criciúma Esporte Clube, Sr. Carlos Henrique Alamini em relação ao desrespeito ao torcedor, e ao uso indiscriminado do Hino do Criciúma Esporte Clube. 
Reiteramos nosso compromisso com a Instituição Criciuma Esporte Clube. 

 

Assina 

Apenas Criciúma. 
Devolvam nosso Tigre.

Por Denis Luciano 10/03/2019 - 18:43 Atualizado em 10/03/2019 - 19:37

Não bastou perder dentro de campo. O Criciúma teve um domingo dos mais atrapalhados fora dele. Antes da partida, em uma entrevista coletiva ainda pouco compreensível, o vice-presidente Arlindo Rocha convidou a torcida a colaborar com o clube usando os canais abertos e diretos, e destacou que a diretoria era a ponte com a GA e o presidente Jaime Dal Farra.

Mas bastou o Tigre estar perdendo para a Chapecoense que, no final da partida, um protesto colocou por terra a abertura do discurso. O Criciúma mandou executar o hino do clube, ainda com o jogo em andamento, enquanto os torcedores protestavam diante do camarote aos gritos de "fora, Dal Farra".

Foto: Daniel Búrigo / A Tribuna

A execução do hino ou qualquer música no sistema de som com a bola rolando é passível de advertência ou punição, mas para isso precisa constar em súmula. Para sorte do Criciúma, o árbitro Bráulio da Silva Machado não anotou isso na súmula online publicada faz pouco pela Federação Catarinense de Futebol:

Mas para piorar, o até então responsável pela operação técnica do sistema de som do Heriberto Hülse publicou a pouco uma nota revoltado com a ordem para executar o hino. O radialista Renato Teixeira, que há anos atua no clube, anunciou o seu desligamento da função por conta da ordem de abafar o protesto com o hino. Mais uma trapalhada do Criciúma. Confira abaixo a postagem do Renato Teixeira:

Foi a gota d'água!
Meu amor pelo Criciúma só não é maior que a minha dignidade.
Por conta do acontecido de hoje me desligo do Criciúma Esporte Clube como Freelancer e sigo como torcedor.
Uma ordem vinda de algum setor da direção dizia que em caso de protesto da torcida se deveria colocar o hino do clube.
Logo após o gol sofrido o protesto começou, o telefone tocou para que a ordem fosse executada e contra a minha vontade tocar o hino do Criciúma que normalmente toca nos finais dos jogos vencidos
Foi uma mistura de sentimentos. Revolta, chateação e raiva com essa decisão que marca o Criciúma por censurar a torcida.

Por Denis Luciano 10/03/2019 - 15:46 Atualizado em 10/03/2019 - 15:49

Foi de difícil interpretação a entrevista coletiva que, em nome da direção do Criciúma, o  vice-presidente Arlindo Rocha concedeu a poucos minutos no estádio Heriberto Hülse. Ficou no ar uma interpretação que o clube tenta se antecipar ao protesto que, é sabido, vai às ruas daqui a alguns dias contra o atual modelo de gestão do Tigre. Ficou no ar a ideia de que o Criciúma buscou uma "vacina antecipada" ao protesto que vem aí.

Tanto é que, lás pelas quantas do seu pronunciamento, Rocha teceu comentários, do ponto de vista jurídico, sobre o molde de relação entre GA e Criciúma. "Discutimos esse modelo há muito tempo. A minha vinda é para modernizar e corrigir as distorções. Isso numa relação civil seria o locador e o locatário, nunca vi no mundo jurídico, foi uma construção feita para possibilitar o negócio, e que está continuando. Não se confunda clube, gestor e GA. Estamos aqui representando o clube enquanto instituição, e o clube precisa ser elevado, precisa ser preservado".

A torcida arrecadou cerca de R$ 2 mil nos últimos dias para instalar, pela cidade e região, outdoors de protesto contra o modelo de administração do Criciúma. Segundo um dos líderes do movimento, o torcedor Roberto Lima, o recurso está garantido na coleta feita junto à torcida e quatro outdoors serão instalados.

"Os locais alguns já sabem, mas ainda vamos guardar em sigilo. Serão quatro outdoors, temos dois modelos. O objetivo não é pegar pesado nem bater de frente, mas sim marcar a posição da torcida e que estamos atentos", enfatizou Roberto, minutos depois da manifestação do vice-presidente.

E o Criciúma vai para o jogo de daqui a pouco pelo Catarinense ainda com técnico interino e sem diretor executivo de futebol. Esses assuntos não foram tratados na coletiva da diretoria. O presidente Dal Farra segue em silêncio.

Por Denis Luciano 10/03/2019 - 15:32 Atualizado em 10/03/2019 - 16:33

A direção do Criciúma convocou uma entrevista coletiva para esta tarde, pouco antes do jogo contra a Chapecoense. De pronto, foi comunicado que nada se trataria sobre contratações do treinador e do diretor executivo de futebol, prioridades do clube após as dispensas recentes de Doriva e Nei Pandolfo.

Estiveram na Sala de Imprensa Clésio Búrigo o vice-presidente de Administração, Arlindo Rocha, o vice-presidente de Finanças, Valcir Montovani, e o presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Henrique Alamini.

"Essa coletiva vem da direção. Estamos tentando preservar a GA e o presidente Jaime Dal Farra. O Criciúma pensa parecido com a torcida e quase igual à nossa torcida. O nosso saco enche, mas precisamos ter tranquilidade, sabedoria e entendimento, enxergando o que está errado", disse Rocha, que falou em nome dos dirigentes.

Em um longo pronunciamento, Rocha elencou o trabalho da GA e a separação de funções entre a empresa parceira e a direção do clube. "Esse modelo de gestão é muito próximo de um arrendamento, GA tem a direção de todo o ativo e passivo, temos investimento de mais de R$ 20 milhões anuais, arrecadação que pouco supera os R$ 7 milhões, essa diferença é de responsabilidade do gestor. o presidente do clube é o mesmo dono da GA. Esse modelo parece um pouco diferente mas foi aceito pelos sócios e tem vigência até 2022 com multa estabelecida de R$ 10 milhões. Logo, nem o clube, nem a direção, nem arrendatário, torcida nem imprensa querem o mal do clube", apontou.

O pedido de unidade entre torcida, imprensa e em torno do clube e da GA foi realçado. "Tem muita gente que não quer o sucesso do Criciúma. Todas as forças positivas não podem deixar contaminar o nosso ambiente de trabalho. O futebol não é tratado pela direção e Conselho, isso é condição do contrato com a GA, é de responsabilidade da GA e do presidente Jaime Dal Farra. Precisamos de ajuda, contamos com a imprensa e esperamos contar muito mais. Aceitamos a crítica para construir e não enfraquecer. O Criciúma está muito bem administrado do ponto de vista patrimonial e econômico. Mas estamos descontentes também", enfatizou.

Rocha deixou uma certa crítica ao modelo de gestão do Criciúma do ponto de vista jurídico. Cabe lembrar que, além de prefeito de Maracajá, ele é dos mais conceituados advogados da região. "Discutimos esse modelo há muito tempo. A minha vinda é para modernizar e corrigir as distorções. Isso numa relação civil seria o locador e o locatário, nunca vi no mundo jurídico, foi uma construção feita para possibilitar o negócio, e que está continuando. Não se confunda clube, gestor e GA. Estamos aqui representando o clube enquanto instituição, e o clube precisa ser elevado, precisa ser preservado".

Arlindo Rocha na eleição e posse com Valcir Montovani, Jaime Dal Farra e Vilmar Casagrande

O vice-presidente destacou que "estamos propondo a abertura de um canal direto com o torcedor, para levar as opiniões diretamente com a GA. E o canal com a GA somos nós, opinando até sobre a demissão do técnico. A GA está nos dando essa abertura e estamos zelando". "Essa nossa iniciativa diz respeito a registrar, de vez, que a direção do clube, o clube enquanto Criciúma é um, a GA é outra, enquanto clube precisamos ter a união de todos, conversar com todos, a GA não. A GA precisa cuidar do futebol e dar resultados. Nós temos que cobrar da GA. Estamos todos juntos, não há diversidade, isso precisa ser bem esclarecido. Torcedor, imprensa, investidores, comunidade, venham, vamos nos abraçar, vamos nos fortalecer, ninguém é mais forte que todos juntos"

No principal momento da fala, Rocha enfatizou que o Criciúma não tem outra opção atual a não ser a GA e o presidente Dal Farra. "Eu não tenho um segundo Jaime Dal Farra, um segundo Antenor Angeloni. Se houver um rompimento desse contrato nesse momento, e não ouvi falar disso, o que vai acontecer com o Criciúma? Não conheço ninguém que tenha uma proposta melhor ao Criciúma que a GA. O presidente Dal Farra está aberto a qualquer proposta".

Ficou no ar uma certa dúvida sobre o real objetivo da fala. Talvez, um pedido de trégua da torcida e das críticas da imprensa, em momentos em que torcedor organiza protestos até com arrecadação de recursos para outdoors pela cidade. Enquanto isso, o time vai de técnico interino e sem executivo de futebol encarar a Chapecoense daqui a pouco pelo Catarinense.

Ouça a entrevista do vice-presidente Arlindo Rocha no podcast:

 

Por Denis Luciano 09/03/2019 - 00:17 Atualizado em 09/03/2019 - 00:22

A desfiliação do PSL na semana passada já fez avolumar as especulações, embora tenha no partido do presidente Jair Bolsonaro o seu filho, Jessé Lopes, recentemente eleito ao primeiro mandato de deputado estadual. Nesta semana, o pedido de tempo ao convite do prefeito Clésio Salvaro para assumir, pela quarta vez, a presidência da Fundação Cultural de Criciúma (FCC). Agora, finalmente, ele fez o prometido - a princípio para segunda-feira - e divulgou faz poucos minutos, por volta de 0h15min, a Carta aos Catarinenses.

Nela, o dentista Julio César Lopes anuncia que é o presidente da executiva provisória da renascida União Democrática Nacional (UDN) em Santa Catarina. Cabe lembrar que a UDN foi dos três partidos mais fortes do Brasil entre 1945 e 1966, quando o governo militar instituiu o bipartidarismo e os udenistas tiveram que compartilhar da Arena com grande soma de oriundos do PSD e de outras agremiações de menor porte da época.

Lopes já vinha dando alguns indícios do seu caminho rumo à UDN. Nesta semana, em entrevista à Rádio Som Maior, chegou a mencionar o novo partido que estava se estruturando para se manter na órbita do PSL e do presidente Bolsonaro. Logo, será base de apoio ao governo. Abaixo, a Carta aos Catarinenses assinada por Julio Lopes.

Carta aos Catarinenses

 

“Política é como nuvem, você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou.” É com essa frase do famoso Udenista, Magalhães Pinto, que abro esta CARTA AOS CATARINENSES.

Digo o que sinto em meu coração conservador, que é a constante busca pelo ideal de aperfeiçoamento político. Para tanto, entro na abertura da reconstrução de uma nova UDN, mas conservando tudo aquilo que ela sempre foi, com seus valores e sua história. 

Com isso, sigo meus ideais democráticos, sempre homenageando meu avô, Major José Lupércio Lopes, e meu eterno amigo, Diomicio Manoel de Freitas. Também quero homenagear os governadores Udenistas de Santa Catarina que marcaram época, Irineu Bornhausen, Heriberto Hülse e Antonio Carlos Konder Reis. 

Claramente, temos como objetivo ser um partido de direita conservador dentro do contexto democrático que é o nosso país, buscando apoiar o maior representante conservador da nação, Jair Messias Bolsonaro.

É na qualidade de Presidente do Diretório Estadual (provisório) da UDN e membro do Conselho Político Nacional que venho conclamar todos aqueles udenistas históricos, descendentes e simpatizantes, para que, como soldados dessa missão, resgatemos o nosso partido. 

Fico pessoalmente à disposição para recolhimento de suas assinaturas de apoio para homologação do partido, não havendo, com suas assinaturas, qualquer vinculação ou filiação. 

Por fim, registro aqui meus votos de admiração pela brilhante iniciativa do atual Conselho Político da UDNacional e o agradeço, pois me delegou essa tarefa, ciente de que “missão dada é missão cumprida.”

Saudações UDNistas.
Dr. Julio Cesar Lopes.
Presidente da UDN Catarinense.
Membro do Conselho Político da UDNacional

Por Denis Luciano 08/03/2019 - 17:00 Atualizado em 08/03/2019 - 17:32

A CBF confirmou nesta tarde as datas dos confrontos da terceira fase da Copa do Brasil. A etapa começará na próxima quarta-feira, 13, com os jogos Botafogo (PB ) x Londrina e Ceará x Corinthians. O Avaí visitará o Vasco no dia 14, quinta-feira.

No dia 27 de março, quarta-feira, jogam Chapecoense x Criciúma na Arena Condá, em Chapecó, às 21h30min. A partida de volta está marcada para 10 de abril, quarta-feira, às 19h15min no Heriberto Hülse. No mais recente confronto, pelo primeiro turno do Campeonato Catarinense e sob forte chuva, a Chape venceu o Tigre por 1 a 0. No próximo domingo os dois times volta a se enfrentar pelo Estadual.

Conforme a tabela da CBF, as duas partidas terão televisionamento. Esta fase volta a contar com jogos de ida e volta, mas sem o saldo qualificado para o desempate. Logo, em caso de resultados iguais haverá decisão da vaga nas oitavas de final nos pênaltis. Na etapa seguinte restam dez times que brigarão pelas cinco vagas nas oitavas de final, onde ingressarão as equipes oriundas da Taça Libertadores e outras competições.

Confira abaixo a tabela completa da terceira fase.

 

Por Denis Luciano 06/03/2019 - 22:58 Atualizado em 06/03/2019 - 23:03

Surgiu lá do oeste a informação no início da noite. Que o Criciúma está de olho em Gilson Kleina para o seu treinador e Rui Costa para assumir como executivo de futebol. O colega Pedro Rocha, da NSC, veio com essa. Com as fontes de que até pouco tempo atrás lidou com esses dois profissionais na rotina da Chapecoense.

Em um primeiro momento, causou surpresa por aqui, já que seria uma guinada bastante grande em uma certa modéstia financeira do Criciúma.

Mas houve quem lembrasse da declaração do presidente Jaime Dal Farra no decorrer da coletiva desta terça-feira, quando, ao comentar as demissões de Doriva e Nei Panfolfo, ele chegou a dizer que "dinheiro não é problema".

A guinada é grande. Afinal, contratar Waguinho Dias do Marcílio Dias e Júlio Rondinelli do Tubarão para treinador e executivo, respectivamente, isso tem um preço. Agora, trazer Kleina e Costa, é outro preço. Bem mais alto. Difícil que dê menos de R$ 200 mil essa conta do novo investimento. E mais: não bastará trazer Kleina e Costa. Virão reforços. O técnico exigirá. Ele é padrão Série A, não vai jogar seu nome em um projeto no qual não vê futuro.

Dal Farra foi advertido por gente próxima sobre o custo dessa operação, mas mandou congelar as negociações com Waguinho e Rondinelli. Ele está mesmo entusiasmado com a ideia de trazer Kleina que, cabe lembrar, já trabalhou no Criciúma, em 2003. E o presidente Jaime já havia especulado ele no ano passado. Não deu negócio.

As próximas horas, antes da possível reunião desta quinta com o técnico pretendido, serão de cálculos e pensamentos para o presidente. Certamente, ele está calculando o risco do investimento, e o quanto pode dar certo. Aquela velha conta: quanto custa estar na Série A e quanto se ganha chegando nela?

E mais: Dal Farra pode estar ousando com base no caixa que fez com Róger Guedes e no caixa que vai engordar com a possível venda de Gustavo. Chegou a hora de apostar, deve estar pensando ele na solidão e na responsabilidade do cargo que ocupa.

O que parecia ser um pensamento utópico torna-se a mais palpável realidade: sim, o Criciúma pode contratar o caro Gilson Kleina para seu técnico, e o não menos caro Rui Costa, ex-Grêmio e Chapecoense, para seu executivo. Seria um enorme passo. As próximas horas serão decisivas. E o Waguinho? Passou a plano B, ainda mais depois da informação do Marcílio Dias sobre multa rescisória.

O assunto estará detalhado nesta quinta-feira no Jornal A Tribuna e trataremos na Rádio Som Maior.

Por Denis Luciano 06/03/2019 - 20:27 Atualizado em 06/03/2019 - 20:33

A América não conhecia o Criciúma. Não conhecia até aquela sexta-feira, 6 de março de 1992, quando 21.345 torcedores curtiram o confronto brasileiro que abriu aquela Taça Libertadores da América. E foi empolgado, mobilizado e jogando muita bola que o Criciúma passou por cima do São Paulo: 3 a 0 no estádio Heriberto Hülse.

"Bota ponta, Telê", relembrava o jornalista Carlos Eduardo Lino, na ocasião repórter da RBS TV Santa Catarina que veio produzir o material que foi ao ar no dia seguinte com a cobertura do jogo para os telespectadores catarinenses. Telê não botou ponta e seu time foi amordaçado pelo Tigre desde os primeiros instantes.

Jairo Lenzi abriu o placar aos 41 minutos do primeiro tempo. Gelson, aos 5, e Adilson Gomes, aos 44 da etapa final, completaram. O Criciúma do técnico Levir Culpi abriu o caminho da sua histórica campanha internacional jogando com Alexandre, Sarandi, Vilmar, Wilson e Itá, Roberto Cavalo, Gelson e Grizzo, Vanderlei (Soares), Zé Roberto (Adilson Gomes) e Jairo Lenzi. 

Depois, o Tigre, em campanha impecável, garantiria a vaga nas oitavas de final, chegaria às quartas e acabaria, no detalhe, eliminado pelo São Paulo. Ainda assim, garantiu um quinto lugar inédito em Libertadores para o futebol catarinense. Relembre aquele Criciúma 3x0 São Paulo no vídeo:

 

Por Denis Luciano 06/03/2019 - 12:36 Atualizado em 06/03/2019 - 12:47

Sensação do Campeonato Catarinense, o Marcílio Dias tem o seu técnico como o número 1 da lista para treinar o Criciúma. E ele sabe disso. "Não houve contato nem proposta ainda, mas eu sei do interesse do Criciúma", confirmou Waguinho Dias a pouco, em entrevista ao Debate Aberto na Rádio Som Maior.

Mas ele coloca algumas condições. "Gostaria muito de terminar o campeonato aqui no Marcílio Dias", pontua. "A cidade está numa grande expectativa, é estádio lotado todo jogo, fizemos a campanha do acesso e agora estamos diante de dar um calendário nacional ao Marcílio".

Outra situação: além de aguardar uma proposta ele desejaria, claro, conhecer o projeto do Criciúma para a Série B. "Tem que ver reforços e outras situações", comentou.

Mas Waguinho não escondeu o sonho. "Eu já trabalhei na Série B no Guarani e, nessa minha vinda para Santa Catarina, trabalhei com a expectativa de chegar ao Criciúma e fazer uma Série B. É meu sonho trabalhar no Criciúma". Antes do Marcílio, ele fez boas campanhas no Inter de Lages e Atlético Tubarão.

O Joinville pode assediar o treinador. "Sim, um conselheiro deles me procurou e pediu para conversar com o presidente do Marcílio". O JEC vem em má fase e ontem anunciou a demissão do técnico Zé Teodoro.

No fim da conversa, nas saudações finais, lasquei um "espero te ver em Criciúma em breve, Waguinho". Ele respondeu: "eu também". Disse tudo sobre a vontade de vir. Agora, é com o Criciúma. Na lista atual do Tigre, ainda, os técnicos Rogério Zimmermann e Léo Condé. Entre as opções para a gerência de futebol, o número 1 agora é Júlio Rondinelli, do Atlético Tubarão.

No podcast, o papo com Waguinho. Confira!

 

Por Denis Luciano 06/03/2019 - 01:05 Atualizado em 06/03/2019 - 01:12

Nas 24 horas seguintes à demissão do técnico Doriva pelo Criciúma, promovemos duas enquetes nas nossas redes sociais. Perguntamos: "o Criciúma acertou ou errou ao demitir o técnico Doriva?".

Nos dois levantamentos, o apoio à decisão da diretoria preponderou. Via Twitter, houve equilíbrio maior. O "sim, acertou" alcançou 52% dos votos, enquanto o "não, errou" teve 48%.

Reprodução / Twitter

No Facebook, o apoio à demissão foi um pouco maior: 57% a 43%.

Reprodução / Facebook

Mas chama a atenção, nas duas enquetes, o bom respaldo que Doriva mantinha. Os votos no "não", reprovando a demissão, chegaram a estar à frente a certa altura do levantamento no Twitter. Os dois levantamentos, somados, recolheram 488 votos únicos de internautas.

Doriva foi dispensado pelo Criciúma após 13 jogos. Estreou perdendo para o Figueirense, 1 a 0 em 17 de janeiro, e despediu-se no sábado, 2 de março, no empate em casa, 1 a 1 com o Marcílio Dias. Caiu com aproveitamento de 46,1%.

Foto: Caio Marcelo / Criciúma EC

 

Por Denis Luciano 05/03/2019 - 11:07 Atualizado em 05/03/2019 - 11:09

O Criciúma vai aumentar o seu investimento no futebol. Fontes próximas à direção informam que a folha de pagamento atual, de pouco mais de R$ 620 mil, será inflada com mais R$ 320 mil. Ou seja, um acréscimo de praticamente 50%. Nesse montante devem estar incluídos os seis jogadores que já vinham sendo aventados pelo agora ex-diretor executivo de futebol Nei Pandolfo.

Essa é uma das novidades que o presidente Jaime Dal Farra deverá anunciar em entrevista coletiva à tarde, no CT Antenor Angeloni, quando vai se pronunciar sobre as demissões de Pandolfo e do técnico Doriva, oficializadas ontem à noite. A conversa com a imprensa seria agora pela manhã, mas foi transferida a pedido do presidente.

Dal Farra liberou mais R$ 320 mil para investir no time / Foto: Daniel Búrigo / A Tribuna / Arquivo

O Criciúma, com a folha citada, avalia que tem o segundo maior investimento do atual Campeonato Catarinense, atrás somente da Chapecoense e à frente de Avaí e Figueirense. Por isso, entende o presidente que o rendimento da equipe precisa ser melhor já com o elenco atualmente disponível. O déficit mensal que Dal Farra está tendo com o Criciúma vai estourar novamente os R$ 500 mil.

O assessor de futebol Ricardo Rocha continua no clube. Ele está em São Paulo, onde submeteu-se a uma cirurgia, mas tem mantido contatos constantes com o presidente. Passará por ele a definição do novo treinador. Será voz ouvida e ativa junto a Dal Farra.

Ricardo Rocha vai ajudar na busca do novo técnico / Foto: Daniel Búrigo / A Tribuna / Arquivo

Léo Condé especulado

E já surgiu o primeiro nome especulado para assumir o Criciúma: Léo Condé, 40 anos, demitido faz poucos dias do Botafogo de Ribeirão Preto, onde agora está Roberto Cavalo. A primeira campanha de destaque de Condé foi em 2015, vice-campeão mineiro pela Caldense. No mesmo ano foi para o Sampaio Corrêa, fazendo uma boa Série B. Em 2016 ele passou por Bragantino e Goiás, e em 2017 treinou o CRB.

Técnico Léo Condé é uma opção / Divulgação

O Criciúma, claro, ainda não confirma qualquer contato. Indagado sobre a busca pelo novo treinador, o superintendente Róbson Izidro garantiu que não houve qualquer contato. "Não procuramos ninguém em respeito ao Doriva, que estava conosco até ontem à noite", reforça. Mas um fato é concreto: Ricardo Rocha terá papel importante na contratação do novo treinador sim. O nome vai passar por ele, e pelo aval dele.

Dal Farra já teve Cavalo, Deivid, Winck, Beto, Lisca, Argel, Mazola e Doriva como técnicos / Foto: Denis Luciano / 4oito / Arquivo

As saídas

Izidro foi quem conduziu, em nome do Criciúma, os rompimentos com Doriva e Pandolfo. Ele contou que a reação de Pandolfo foi de maior surpresa e também tristeza com o acontecido. Ele havia completado um ano no clube no fim de janeiro. O dirigente fez questão de elogiar a polidez e a serenidade de ambos, tanto no cotidiano do clube quanto na conversa final da noite passada.

Wilsão treina

Hoje, na reapresentação, Izidro e o diretor Júlio Remor conversaram com os jogadores. "Chamamos eles à responsabilidade, nos colocaram nessa situação, devem nos tirar. E não podemos, com o time que temos, ter um aproveitamento de apenas 42% no Estadual", lembrou Izidro, dando o tom da cobrança que foi feita no vestiário.

O auxiliar do clube, Wilson Vaterkemper, vai comandar o time no domingo, contra a Chapecoense, com auxílio do técnico Lalo, do sub-20. O preparador físico William Hauptmann continua trabalhando normalmente no Tigre. Os treinamentos hoje serão em dois turnos.

Wilsão é o técnico interino para domingo / Foto: Denis Luciano / 4oito / Arquivo

 

Por Denis Luciano 04/03/2019 - 23:30 Atualizado em 04/03/2019 - 23:38

É fato que o time do Criciúma foi extremamente mal montado para 2019. Poucas contratações, muitas de origem e qualidade imensamente duvidosas, em nome de uma economia que se impõe. Afinal, o presidente Jaime Dal Farra já deu claríssimas mostras da sua dificuldade para investir. Ele vai mantendo a ordem do dia com a esperança de fazer alguma venda que outra e, em paralelo, tentando o tiro na lua de dar certo com um time barato e chegar assim a algum lugar.

Eis uma opção de enorme risco esta assumida por Dal Farra. E o primeiro pára-choques dessa escolha suicida é o treinador. Afinal, é no futebol que está o produto. Em nenhum outro lugar. E produto duvidoso vira um triturador de treinadores.

Assim tem sido desde o início. Como Roberto Cavalo veio no vácuo da gestão Angeloni, e Dal Farra não poderia baixar tanto o investimento repentinamente, foi ele o treinador que mais sobreviveu nessa esmagadora de técnicos que virou a rotina tricolor. As circunstâncias da saída de Cavalo - algumas não esclarecidas, todos lembram - começaram a ditar um novo ritmo do Criciúma: do clube que se diz sem dono no seu marketing (hoje é o discurso vigente) mas que adota procedimentos de "empresa 100% privada", com dono. 

Assim, o investimento foi minguando, as apostas se proliferando dentro e fora de campo e de dois anos para cá o Criciúma vem dessa coleção de insucessos. No campo onde melhor o Tigre de Dal Farra joga é aquele que mais deveria encorajar o investimento que não vem: o das vendas. O presidente fez alguns e bons negócios. Daí, outra situação que dificulta a apresentação plural, aberta e transparente do Criciúma, afinal as transações do Tigre são envolvidas em segredos mercadológicos oriundos da iniciativa 100% privada. De novo, nesse Criciúma que já vendeu Roger Guedes, vendeu Gustavo e vai revendê-lo, passou Dodi adiante e alguns alguns, esse Criciúma até arrecada, mas difícil saber precisamente quanto.

Isso não importaria, se o investimento fosse compatível. Longe de acusar, não é o nosso propósito, mas apenas alertar para a dificuldade que o próprio Criciúma impõe ao pedido de proximidade com o torcedor. Ele quer ser próximo, mas não o é no essencial.

Logo, dar um time ao futuro treinador será necessário, senão vem aí mais um bombeiro como Argel, ou mais um corajoso como Mazola e Doriva, sem citar os mais antigos. A cada queda de treinador estão mais claras as razões das saidas de Lisca e Newton Drummond, afinal capacidade não lhes falta. Talvez tenha batido o pavor de alguns procedimentos aqui vistos e que precisam, com extrema urgência, ser atualizados e profissionalizados. Em nome da saúde do Criciúma enquanto instituição e do investimento de Jaime Dal Farra enquanto catalisador dessa busca desesperada por um futuro melhor.

As contratações deste ano? Elas derrubariam qualquer treinador. A vítima da vez foi Doriva. Isso não o redime de responsabilidades, naturalmente. Ele errou, e bastante. Culminou inventando Ceará em uma função que está longe de ser a sua contra o Marcílio Dias. Teimou em três atacantes em um elenco que mal tem dois. Teimou em esvaziar um meio de campo onde - receita básica da bola - deve ser povoado quando se trata de times limitados. Faltou ao Doriva a humildade de entender que está em um clube que monta um time para não cair à Série C do Brasileiro. E esse erro de cálculo do Doriva, somado à baixa qualidade do grupo a ele entregue, fizeram uma receita fatal e previsível: ele cairia cedo ou tarde.

Se caiu tarde? Não, afinal, quem em sã consciência acreditava no Criciúma campeão catarinense? Sinceramente? Ninguém. O time que entrou em campo veio para voltas por cima - que o diga o Maicon -, para tentar revelar - que o digam as lutas de Julimar e Reinaldo para ter as múltiplas chances que Bortoluzos da vida tiveram -, e veio para não dar vexame. E olha, está dando os seus vexames. Houve instantes em que Doriva tirou leite de pedra. E penso que, no fim das contas, ele está até aliviado com a demissão. A trapalhada de sábado, ao bater boca com um torcedor alegando que por conta de um copo arremessado, foi a linha final de uma história escrita por linhas tortas desde o princípio.

Doriva saiu quase que sem chegar. E de novo o Criciúma perdeu um tempo que não tem. Faltam menos de dois meses para a Série B e montar um time com a mínima condição de não fazer feio demais deve ser a grande prioridade agora. Que a coragem de demitir técnico e diretor executivo - mantendo Ricardo Rocha que não captou um sócio sequer e que para cá trouxe jogadores de qualidade bem duvidosa -, que essa coragem potencialize Dal Farra a fazer o que deve agora: investir. Senão... que venha o próximo treinador a ser demitido.

Por Denis Luciano 04/03/2019 - 22:43 Atualizado em 04/03/2019 - 23:07

Doriva não resistiu. Demitido na noite desta segunda-feira de Carnaval, o técnico entrou na forte ciranda de mudanças que vem marcando a gestão Jaime Dal Farra. Cabe lembrar que depois dos treze meses com Roberto Cavalo, o Criciúma tem alto rodízio o comando desde o início de 2017. De lá para cá, passaram pelo clube Deivid, Luís Carlos Winck, Beto Campos e Grizzo, depois em 2018 teve Lisca, Grizzo, Argel Fucks e Mazola Júnior e agora, Doriva.

Recorrendo aos números, ele sai com aproveitamento de 46,1%. No Catarinense o desempenho é fraco, com o sexto lugar e 14 pontos. Na Copa do Brasil, uma vitória e um empate e a vaga na terceira fase.

Doriva comandou o Criciúma em treze partidas / Foto: Daniel Búrigo / A Tribuna

Com esse desempenho, Doriva é o quarto melhor técnico da era Dal Farra. Perde para Winck, que caiuu com 53,9% de aproveitamento em setembro de 2017; Roberto Cavalo, que saiu com 49,7% dos pontos ganhos em novembro de 2016; e Mazola Júnior, com rendimento de 47,4%.

Em número de jogos. Doriva só ganhou de Beto Campos (12 partidas), Grizzo (nove) e Lisca (quatro), mas ficou a apenas uma partida de igualar Argel na passagem de 2018, quando ele ficou 14 jogos no comando tricolor.

Da estreia (17 de janeiro, derrota por 1 a 0 para o Figueirense em casa) até a despedida (1 a 1 com o Marcílio Dias, sábado passado no HH) foram 13 jogos em apenas 44 dias. Com a queda de Doriva, o auxiliar Wilson Vaterkemper vai tocar o barco no domingo que vem, no Majestoso, contra a Chapecoense.

Os jogos de Doriva no Criciúma

Jogo Data Local
Criciúma 0x1 Figueirense 17/1 Heriberto Hülse, Criciúma
Marcílio Dias 1x2 Criciúma 20/1 Hercílio Luz, Itajaí
Chapecoense 1x0 Criciúma 23/1 Arena Condá, Chapecó
Criciúma 1x0 Tubarão 27/1 Heriberto Hülse, Criciúma
Criciúma 0x1 Brusque 30/1 Heriberto Hülse, Criciúma
Avaí 3x0 Criciúma 3/2 Ressacada, Florianópolis
Criciúma 2x0 Metropolitano 9/2 Heriberto Hülse, Criciúma
São Raimundo (PA) 0x2 Criciúma 13/2 Santarém, Pará
Joinville 2x1 Criciúma 17/2 Arena Joinville, Joinville
Criciúma 0x0 Oeste 21/2 Heriberto Hülse, Criciúma
Figueirense 1x1 Criciúma 24/2 Orlando Scarpelli, Florianópolis
Criciúma 3x1 Hercílio Luz 27/2 Heriberto Hülse, Criciúma
Criciúma 1x1 Marcílio Dias 2/3 Heriberto Hülse, Criciúma

 

Abaixo, a lista dos técnicos da era Dal Farra e seus aproveitamentos:

Técnico Aproveitamento Jogos Dias
Luís Carlos Winck 53,9% 21 101
Roberto Cavalo 49,7% 69 404
Mazola Júnior 47,4% 33 193
Doriva 46,1% 13 44
Argel Fucks 40,4% 14 72
Deivid 39,3% 22 122
Beto Campos 36,1% 12 52
Grizzo (2018) 33,3% 7 22
Lisca 33,3% 4 11
Grizzo (2017) 16,6% 2 6

 

Por Denis Luciano 04/03/2019 - 21:37 Atualizado em 04/03/2019 - 21:40

A conversa das últimas horas é sobre uma possível queda do técnico Doriva e do diretor executivo de futebol Nei Pandolfo. Houve uma primeira reunião, há uma segunda ainda e existe um grupo próximo ao presidente Jaime Dal Farra que defende a dispensa do treinador pelo Criciúma.

Nada é oficial por enquanto. Mas que existe uma crescente insatisfação interna, isso é fato. O empate com o Marcílio Dias no sábado esquentou os ânimos, elevou o debate e o presidente está pressionado a tomar providências no futebol.

Dal Farra em difícil momento / Foto: Denis Luciano / 4oito / Arquivo

Há quem diga que ele já estaria convencido a demitir Doriva e Pandolfo, e isso seria questão de pouco tempo. Estamos de olho.

Nei Pandolfo a perigo / Foto: Daniel Búrigo / A Tribuna / Arquivo

Cabe lembrar que Doriva é o décimo técnico da era Jaime Dal Farra, que começou em outubro de 2015 com Roberto Cavalo. Ele foi o treinador que mais tempo permaneceu com o atual presidente, até novembro de 2016. Foram treze meses.

Dal Farra com Roberto Cavalo, o técnico que mais comandou o Tigre com o atual presidente

Veio 2017 e com ele o segundo treinador de Dal Farra. Deivid ficou quatro meses no Tigre. Caiu e deu lugar a Luiz Carlos Winck, que permaneceu três meses no posto. Depois, Beto Campos, que ficou menos de dois meses no Criciúma. Daí veio a primeira interinidade de Grizzo, que fechou a temporada com duas partidas.

Chegou 2018 e a passagem relâmpago de Lisca, técnico do Criciúma por menos de duas semanas. Veio a segunda interinidade de Grizzo por três semanas. Argel Fucks assumiu e permaneceu no cargo por dois meses e meio. Depois, Mazola Júnior, o segundo treinador que mais tempo ficou com Dal Farra, pouco mais de seis meses. Agora, Doriva, com menos de dois meses no comando tricolor e na corda bamba.

Mazola Júnior comandou o Tigre por seis meses / Foto: Daniel Búrigo / A Tribuna / Arquivo

Na sua entrevista coletiva de sábado, após o empate em 1 a 1 com o Marcílio Dias, o diretor Nei Pandolfo disse que Doriva segue firme. "Nenhuma preocupação. Ele é o treinador, tem o controle de todo o elenco, é um excelente profissional, muito trabalhador".

Antes, Doriva fez elogios ao Marcílio, lamentou a ausência do volante Eduardo. "A dificuldade está evidente, os atletas estão tendo oportunidades e não conseguem aproveitar", comentou. Ele teve até um incidente com um torcedor, com quem discutiu na saída de campo. Depois, pediu desculpas. Confira o que disse Doriva no sábado.

 

Por Denis Luciano 04/03/2019 - 13:35 Atualizado em 04/03/2019 - 13:40

A segunda-feira de Carnaval foi de Debate Aberto na Rádio Som Maior. Os debatedores trataram do Criciúma, que no sábado empatou em 1 a 1 com o Marcílio Dias, no Heriberto Hülse, e está em situação delicada no Campeonato Catarinense. A necessidade por contratações também foi destacada.

Ainda em pauta, o Carnaval do passado em Criciúma e o atual, com grande movimentação no Balneário Rincão.

Participaram do Debate Aberto desta segunda os comentaristas João Nassif, Antônio Sérgio Fernandes e Sérgio Canjica. Confira!

 

Por Denis Luciano 04/03/2019 - 10:49 Atualizado em 04/03/2019 - 10:53

O Criciúma esteve por contratar o atacante Lins pela terceira vez. "Sim, a gente estava conversando com ele", confirma o diretor executivo de futebol Nei Pandolfo. "Conversamos com o Lins na semana passada, ele foi para a China, estávamos com uma negociação em andamento".

Pois é, mas a notícia de agora é que há chance sim de o atacante jogar no Brasil. Mas não no Criciúma. O Lance! divulgou ontem que Lins foi oferecido ao Vitória, que estaria analisando a contratação do atacante de 31 anos.

Bom lembrar que as melhores fases de Lins foram no Criciúma. Na primeira passagem, em 2010, ele participou da equipe que tirou o Tigre da Série C. Depois de passar por Grêmio e ABC, ele voltou em 2012 integrando o elenco que subiu, e jogou a Série A de 2013 pelo tricolor. No total, foram 95 jogos com a camisa tricolor e 29 gols.

Lins não fechou com o Criciúma. Pode ir para o Vitória

Se Lins não vem, Nicolás Herranz, 24 anos, já chegou. O zagueiro argentino de 24 anos começou no Olimpo, da Argentina, e por último defendeu o Vardar, da Macedônia. Ele já está em Criciúma e assistiu o jogo de sábado contra o Marcílio Dias no Heriberto Hülse.

"Ele vem para um período de avaliação até o fim do Catarinense. Veio de uma boa indicação, fez base no Rosário Central, esperamos que ele possaa ter um bom rendimento. Está passando por exames agora", comenta Pandolfo.

Herranz, argentino, em observação no Tigre

Mas Herranz não entra na conta das seis contratações que o Criciúma quer e precisa fazer. "Conversamos com a diretoria, esses jogadores vão chegar", emenda o diretor executivo, sem dar pistas sobre as possíveis contratações.

Esses e outros assuntos no bate papo do Nei Pandolfo com os colegas no sábado, após Criciúma 1x1 Marcílio Dias. Vale conferir.

Enquanto isso, o elenco está de folga nesta segunda-feira. Volta aos treinos amanhã, em dois turnos. Na quarta, o Criciúma conhece seu adversário na terceira fase da Copa do Brasil: Chapecoense ou Mixto de Cuiabá. No domingo, o Tigre recebe a Chape no HH pelo Catarinense. O tricolor está em sexto lugar no Estadual e caso o Marcílio Dias vença o Figueirense em jogo atrasado na quarta-feira, em Itajaí, o Criciúma ficará a sete pontos do G-4.

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