Por Denis Luciano
05/06/2019 - 16:34 Atualizado em 05/06/2019 - 16:38
Um helicóptero desceu no estacionamento do estádio Heriberto Hülse pouco depois das 14h desta quarta-feira, 6. A movimentação despertou curiosidade. O até então misterioso visitante trata-se, segundo apurou o repórter Jota Éder, do Timaço da Rádio Som Maior, do empresário Fernando Weber, que atua no ramo imobiliário e mantém outros negócios. Ele é de Braço do Norte e um possível novo investidor do Criciúma.
Foto: Carvoeiro Doente
Ele desembarcou com o presidente Jaime Dal Farra e o diretor comercial e de marketing, Júlio Remor, e com os dois reuniu-se no Majestoso. Weber pode ser também patrocinador do time. O modelo do negócio está sendo tratado. O empresário foi até o estádio para conhecer mais e melhor o clube.
Mais detalhes às 18h no Ponto Final na Rádio Som Maior.
Por Denis Luciano
08/06/2019 - 09:23 Atualizado em 08/06/2019 - 09:32
Mesmo com a fraca campanha até aqui, o Criciúma pode neste sábado alcançar o objetivo inicial de chegar ao grupo dos dez primeiros colocados da Série B. Para tanto, terá que vencer o Vila Nova por dois gols de diferença e torcer por empate em Brasil x Operário e tropeços de Oeste e Paraná contra Figueirense e Coritiba, respectivamente. Logo, quatro resultados poderão bastar para que o Tigre saia do incômodo décimo sétimo lugar momentâneo para a décima posição. Ficará nesta hipótese, com 8, a 4 pontos do G-4 e talvez a 2 pontos do Z-4, daí dependendo de mais combinações.
A rodada 7 da Série B / Futebol Interior / Reprodução
O décimo colocado é o Cuiabá O décimo primeiro, Operário. É por causa desses dois que a vitória precisará ser por dois gols de diferença para que a décima posição venha ainda neste sábado. Ocorre que ambos contam com saldo negativo de 2 gols e o Criciúma de 3. Mas não basta igualar o -2, é preciso superar já que os dois rivais possuem mais gols marcados. Eis a justificativa para a vantagem de dois ou mais necessária ao tricolor diante do Vila. Se esse resultado vier, fatalmente o Vila Nova entrará no Z-4.
Léo Gamalho comemora o gol da única vitória até aqui, contra o Guarani por 1 a 0
Foto: Caio Marcelo / Criciúma EC
A vitória, por qualquer placar, bastará para que o Criciúma deixe o Z-4. Empurrará o próprio Vila Nova e quem sabe o Brasil de Pelotas, caso ele tropece e o Vitória tenha êxito em seu compromisso desta sétima rodada, contra o Sport em Recife na noite deste sábado.
A Série B teve dois jogos nesta sexta. O Cuiabá perdeu no estádio do Café, 1 a 0 para o Londrina que segue firme no G-4. Esse resultado pode beneficiar o Criciúma dentro da matemática apresentada acima.
A parte do Tigre na tabela / Futebol Interior / Reprodução
Em Campinas, em confronto de G-4, empate em 0 a 0 entre Ponte Preta e Botafogo de Ribeirão Preto. Um bom resultado para o time do técnico Roberto Cavalo.
A turma de cima na tabela / Futebol Interior / Reprodução
Promete emoções esta penúltima rodada antes da Copa América. Estaremos contando em detalhes a partir das 15h com o Timaço no futebol em FM 100,7.
Por Denis Luciano
17/06/2019 - 07:58 Atualizado em 17/06/2019 - 08:05
Quando aquele temporal de 24 de maio caiu sobre a região, não foram poucos os estragos. Entre os municípios de Sangão e Jaguaruna houve os maiores estragos. Aquela cabeceira da BR-101 na ponte sobre o Rio Sangão, arrastada no quilômetro 357, foi uma confirmação da força da água naquele dia. Cabe lembrar que, poucos metros antes, na área urbana de Sangão, ao menos um ônibus foi arrastado de um pátio como se de brinquedo fosse.
Mas a cabeceira que, levada, forçou o bloqueio da BR-101 por alguns dias, e desvios, e operação de emergência pelo Dnit, não foi o único ponto da rodovia seriamente danificado naquele trecho. Na mesma altura da estrada, sobre o mesmo rio, há uma via marginal, que faz o sentido aeroporto de Jaguaruna à BR-101, que segue bloqueada. Quem hoje estiver no Regional Sul e quiser apanhar a rodovia federal em direção a Jaguaruna e para o norte não conseguirá chegar na estrada. Há uma cratera ali. Sinalizada. Ninguém passa. E não há nem sinal de conserto. Na época da intervenção no trecho consertado, na pista de rolamento, uma fonte do Dnit nos informou que aquela marginal não era prioridade e não havia nem previsão de quando ela seria consertada. Claro que trata-se de uma via secundária, que há outras formas de chegar à BR-101 para quem sai do aeroporto. Mas está ali, como uma prova que certamente se arrastará por meses do desleixo como muitas vezes o que é nosso é tratado.
O buraco continua ali, desde o temporal de 24 de maio
Foi nesse ponto que um caminhão ficou pendurado naquela noite de caos no sul
Cenários que, muitos pensam, pode mudar quando a privatização da BR-101 chegar. Prova inconteste de que o governo, por forças próprias, tem mesmo tremenda dificuldade de dar manutenção. O leilão vem aí, até agosto, e provavelmente em 2020 já estaremos pagando pedágios em Imbituba, Tubarão, Maracajá e São João do Sul. Pelo visto, caberá ao concessionário cobrir o buracão da marginal da BR-101 levado pelas águas de maio.
Maicon não é mais titular do Criciúma. Está claro, pelas últimas opções do técnico Gilson Kleina, que o experiente lateral direito é banco de Marcos Vinícius. Tanto que chegou, na mais recente titularidade, a compor como um de três zagueiros em um mal sucedido 3-5-2 naquela derrota para o Botafogo em Ribeirão Preto. Pois a discussão agora é a continuidade ou não dele no Tigre.
Por um simples raciocínio. Maicon ganha por produtividade. Quer dizer, ele recebe se jogar 60 minutos por partida. E como isso vai ser cada vez mais raro, tanto pela inconstância física dele, quanto pela opção de Gilson Kleina, é bem provável que o lateral vá, cada vez mais, ficando sem salário no Criciúma. Esse foi o acerto. Esperava-se, quando o mesmo foi estabelecido, que ele pudesse dar uma resposta melhor. Não está dando. Perdeu espaço.
Havia um dilema no ar. Não era de hoje que Kleina percebia a dificuldade dele. Não que o técnico tenha feito de tudo para manter o jogador no time, mas Kleina de certa forma respeitou a história do Maicon, a trajetória dele. Não o sacou por simplesmente sacar, mas esgotou a cota de possibilidades. Precisou pensar no time. No rendimento geral.
Assim, Maicon vai ficando inviável, afinal o acordo antes estabelecido não contempla uma mínima garantia de rendimentos. Isso não é bom para ele - embora o lateral não precise do dinheiro, já tem o suficiente - mas é desconfortável também para o clube. Cria uma situação, no mínimo, estranha. Logo, não será surpresa se o desfecho breve seja pelo fim da parceria. A aguardar.
Por Denis Luciano
18/06/2019 - 21:39 Atualizado em 18/06/2019 - 21:41
Quatro dos sete próximos jogos do Criciúma na Série B serão disputados em terças-feiras. Três delas longe de casa. Serão dois sábados, ambos no Majestoso. E vai ter um domingo. Sim, o dia que não era da Série B, passou a ser com casos isolados, dará vez ao Criciúma no que vem por aí na tabela recém desmembrada. A repartição das próximas 70 partidas é tão recente que nem a própria CBF, ocupada com a Copa América, postou em seu site. Está no GloboEsporte, veículo da Globo, que detém o campeonato. Logo, tudo em casa.
A volta do Criciúma após o recesso será em uma terça, 9 de julho, às 21h30min contra o Coritiba, no Heriberto Hülse. Confira abaixo a nona rodada completa:
8/7 - Segunda - 20h - São Bento x Sport
9/7 - Terça - 19h15 - Vitória x Cuiabá
9/7 - Terça - 21h30 - Criciúma x Coritiba
12/7 - Sexta - 19h15 - CRB x Guarani
12/7 - Sexta - 21h30 - Ponte Preta x Oeste
13/7 - Sábado - 11h - América (MG) x Figueirense
13/7 - Sábado - 16h30 - Botafogo (SP) x Brasil
13/7 - Sábado - 16h30 - Atlético (GO) x Vila Nova
13/7 - Sábado - 16h30 - Operário x Londrina
13/7 - Sábado - 19h - Paraná x Bragantino
Depois, o Tigre viaja duas vezes para o nordeste. Literalmente. A CBF não quis saber de economizar e tratou de complicar a já não muito simples logística do Criciúma. Colocou o tricolor a jogar numa terça, 16 de julho, contra o Vitória em Salvador às 21h30min. Exatamente uma semana depois, na terça, 23, o Tigre encara o CRB em Maceió às 21h30min. Essa partida em Alagoas é de uma rodada cheia, a décima, dez partidas na terça. Logo. bem que a CBF poderia ter colocado o jogo com o Vitória no sábado anterior. Mas... complicar é preciso.
Adiante. Pela décima primeira rodada, a surpresa. O clássico Criciúma x Figueirense será em um horário que certamente jamais ocorreu em sua história de 180 confrontos, 63 vencidos pelo Tigre e 61 perdidos. O clássico 181 vai ocorrer no sábado, dia 27 de julho, às 11h no estádio Heriberto Hülse. Será o segundo compromisso tricolor nesta faixa na atual Série B. O anterior foi aquele 0 a 0 contra o América (MG) na terceira rodada.
Na décima segunda rodada, o Tigre joga na terça seguinte, dia 30 de julho, visitando o São Bento em Sorocaba às 20h30min. Agosto chegou e, pela décima terceira rodada, o Criciúma joga num sábado, dia 3, ás 16h30min, diante do Operário. Depois, na última rodada agora desdobrada, o décimo quarto compromisso tricolor na Série B será contra o Sport Recife em casa. Detalhe: a volta do futebol aos domingos no Majestoso, característica pouco comum, rara, na Série B. Criciúma x Sport se enfrentarão às 16h do domingo, 11 de agosto.
Os jogos desdobrados:
9/7 - Terça - 21h30 - Criciúma Coritiba
16/7 - Terça - 21h30 - Vitória x Criciúma
23/7 - Terça - 21h30 - CRB x Criciúma
27/7 - Sábado - 11h - Criciúma x Figueirense
30/7 - Terça - 20h30 - São Bento x Criciúma
3/8 - Sábado - 16h30 - Criciúma x Operário
11/8 - Domingo - 16h - Criciúma x Sport
Faltam desdobrar ainda, do primeiro turno, os jogos do Criciúma contra Londrina (fora), Bragantino (em casa), Paraná (fora) e Oeste (em casa).
Por Denis Luciano
19/06/2019 - 10:39 Atualizado em 19/06/2019 - 10:45
No extinto Restaurante Coliseum, quem chegava via, à direita, uma galeria com os troféus do Criciúma. Com o fim do estabelecimento e a abertura da Loja Tigremaníacos no espaço, no estádio Heriberto Hülse, o resgate do passado e das vitórias do Tigre perdeu esse espaço. Pois agora está prestes a tê-lo de novo.
Os diretores Julio Remor e Carlos Zanelatto receberam para uma conversa, no começo da semana, um grupo de torcedores. Do bate papo surgiu a ideia de uma sala de troféus no mesmo espaço citado acima, hoje uma vitrine na qual estão expostos produtos à venda na loja do clube. Por ali estão, atualmente, troféus históricos do Criciúma, como os dos títulos nacionais.
No grupo que ampara o Criciúma na ideia estão os torcedores Dailton Ronchi, Mateus Canani, Heron Sangaletti Pereira, Luciano Fernandes e Pedro Paulo Canella. "Montaremos o projeto e apresentaremos ao clube na semnaa que vem. Depois, se ele for aprovado, montaremos uma comissão para buscar os recursos e executar", conta Luciano. O clube não dispõe de verba para o projeto, e tudo será levado adiante pela torcida.
A sala a ser ocupada mede 10,26m x 3,26m. Os torcedores conseguiram a colaboração do chargista Zé Dassilva, que criará artes para a decoração do ambiente. A intenção é colocar no espaço os troféus e outros itens, como flâmulas, camisas, faixas e fotos antigas. O clube dispõe desse material, que deverá ser complementado por itens das coleções particulares dos torcedores envolvidos. "Camisas, por exemplo, vimos que o clube tem poucas, flâmulas também", observa Luciano, apontando para itens que deverão ser emprestados pelos tricolores.
É nesta sala que os troféus ficarão expostos
O grupo fez uma visita à sala do estádio onde está armazenado o acervo do clube. Há alguns anos, em um convênio com a Unesc, o material começou a ser catalogado. O objetivo, na época, era criar o museu do Criciúma, mas o projeto acabou não saindo do papel. "Troféus tem muitos, inúmeros, e estão bem guardados. Muitos inclusive contam com etiqueta de catalogação", refere Luciano.
Por Denis Luciano
21/06/2019 - 11:44 Atualizado em 21/06/2019 - 11:47
Ele foi uma figura controversa. Que despertou paixões e gerou ódio. Foi, certamente, o mais barulhento dos exilados brasileiros na época do regime militar. Da sua saída do país ao seu reingresso, histórias não faltaram para narrar uma das mais agitadas histórias políticas do Brasil, que começou muito antes de 1964.
Filho de família humilde de Carazinho, no interior do Rio Grande do Sul, demorou para ganhar um nome. Era para ter se chamado Itagiba, conforme o gosto da mãe Oniva. O pai morreu cedo, na guerra que dividiu o estado entre chimangos e maragatos. Ainda criança, viu o pai voltar morto de um dos tantos combates, sobre o lombo de um cavalo. Amigos diziam que ali começou a revolta, ali nasceu o discurso aguerrido e corajoso que pautou a vida do velho líder.
Brizola com o cunhado Jango Goulart
O menino brincava de espadinha. Combatia. E de tanto simular essas cenas, ouviu falar de Leonel Rocha, uma das lideranças daquela revolução que banhava de sangue os campos do Rio Grande, a mesma que tirou a vida do pai. Daí veio a ideia: chamar o menino de Leonel. Ele já contava alguns três ou quatro anos quando finalmente ganhou um nome.
De dificuldade em dificuldade, saiu sem um tostão no bolso e ainda muito jovem, embarcado em um trem, de Carazinho para Porto Alegre. Na capital gaúcha, estudou, fez amigos, trabalhou. Conheceu a política, entrou na ala moça do PTB, foi vereador e deputado estadual ainda muito jovem. Formou-se engenheiro, conheceu Neusa em uma reunião do partido. Logo namoraram e casaram. Ela, irmã de João Goulart. Getúlio Vargas foi o padrinho de casamento. Perdeu na primeira, mas ganhou na segunda tentativa de ser prefeito de Porto Alegre. Fez uma gestão modernizadora, construiu estradas e escolas. Não demorou e tornou-se governador do Estado. Em seu período, o Rio Grande do Sul foi precursor da reforma agrária, estatizou empresas de energia e telefonia para melhorar os serviços e ergueu mais de 6 mil escolas.
O presidente Jânio Quadros renunciou em 61. João Goulart, o cunhado de Brizola e vice-presidente, estava na China. Eis que Brizola entrou em ação. Liderou um movimento, a Rede da Legalidade, que se apoderou da Rádio Guaíba para, durante semanas de tensão, convocar o Rio Grande e o Brasil às armas para defender a Constituição e garantir a posse do vice democraticamente eleito. A operação teve sucesso. Não da forma que Brizola esperava. O Congresso engendrou um parlamentarismo contra o qual o cunhado do presidente se insurgiu, primeiro como governador, depois como deputado estadual pela antiga Guanabara. Era um dos mais fortes discursos de esquerda na Câmara. Defendia as reformas de base, um pacote estruturante que gerava ojeriza aos donos do poder, principalmente latifundiários, temerosos da reforma agrária. Brizola fez campanha forte para o Não no plebiscito de janeiro de 63, que derrubou o parlamentarismo e devolveu plenos poderes ao presidente. Há quem diga que a pressão de Brizola prejudicou o governo do cunhado Jango.
"Cunhado não é parente, Brizola presidente", reverberavam os partidários do ex-governador gaúcho. Ele era um dos pré-candidatos postos para a eleição presidencial de 65. Talvez concorresse com o ex-presidente Juscelino Kubitschek, ainda em alta pelo PSD, e com Carlos Lacerda, o grande líder de então da UDN, com quem travava ferozes debates. Mas essa eleição nunca houve. Jango foi derrubado no golpe de março de 64 e dali em diante o exílio começou para Brizola e muita gente.
Uma imagem clássica de Brizola no exílio no Uruguai
No exílio, viveu primeiro no Uruguai. Depois, nos Estados Unidos. Por fim, em Portugal. Nessa última etapa, já com a abertura começando a vingar no Brasil, ele estruturou com outras lideranças o resgate do trabalhismo. De volta ao país, em 79, teve grande recepção no Rio Grande do Sul, e anunciou sua disposição em fixar domicílio eleitoral no Rio de Janeiro. Entendia que por lá estaria mais perto do centro do poder, podendo liderar o trabalhismo. Lutou pela retomada do antigo PTB, que perdeu em uma manobra na Justiça Eleitoral. Chorou diante das câmeras, prometendo força para achar um novo caminho. Fundou o PDT, do qual foi o presidente até a morte.
Brizola chamando Maluf de "filhote da ditadura" na TV Bandeirantes em 1989
Pelo PDT, viveu três grandes momentos nos anos 80. A improvável eleição para governador do Rio em 82, denunciando um esquema de desvio de votos. Ali começava uma série de conflitos dele com a Rede Globo, a quem acusou sempre de manipulação. Depois, a participação ativa na campanha das Diretas Já. E, em 89, competitivo candidato à presidência, não chegando por 0,5% ao segundo turno, perdendo a vaga para Lula, depois derrotado por Collor de Mello.
"Se você quiser, se essa for a tua consciência, não vota no Leonel Brizola. Aí há gente digna, competindo, leal e honestamente. Mas não vota nesses candidatos. Eles estão aí para te enganar, é para tudo continuar como vai, esse país está sendo colonizado, o nosso país está em perigo. A pátria brasileira está em perigo. Estão entregando o nosso país. Você não vê que estão entregando o nosso país para tudo continuar na mão de gente irresponsável. Esses dois, Collor e Sílvio Santos, são dois instrumentos da liquidação dos sonhos deste país, um povo que pode ter um destino próprio. Vamos juntos dizer um não. Escolhe aqui entre nós aquele que você considera capaz de pronunciar esse não que tu tens abafado no teu peito. Um não rotundo contra tudo o que fizeram neste país nos últimos 25 anos".
Voltou a ser governador do Rio em 1990, na última eleição que venceu. Daí começa o declínio eleitoral de Brizola. Tentou a presidência de novo em 94, sendo pouco votado. Em 98, foi vice na chapa de Lula. Não passaram do primeiro turno contra Fernando Henrique Cardoso. Em 2002 buscou o Senado pelo Rio, sem sucesso. Em 2004, negociava com o PMDB uma coligação para a eleição à prefeitura, quando faleceu. Das memórias de Brizola, uma lembrança de março de 1994, o dia em que o Jornal Nacional da Rede Globo foi obrigado a apresentar um contundente direito de resposta do então governador contra a emissora. A interpretação de Cid Moreira em horário nobre foi um momento histórico da TV brasileira, no auge da guerra entre Brizola e a Globo.
'Todos sabem que eu, Leonel Brizola, só posso ocupar espaço na Globo quando amparado pela Justiça. Aqui cita o meu nome para ser intrigado, desmerecido e achincalhado perante o povo brasileiro. Quinta-feira, neste mesmo Jornal Nacional, a pretexto de citar editorial de 'O Globo', fui acusado na minha honra e, pior, apontado como alguém de mente senil. Ora, tenho 70 anos, 16 a menos que o meu difamador Roberto Marinho, que tem 86 anos. Se é esse o conceito que tem sobre os homens de cabelos brancos, que os use para si. Não reconheço à Globo autoridade em matéria de liberdade de imprensa, e basta para isso olhar a sua longa e cordial convivência com os regimes autoritários e com a ditadura de 20 anos, que dominou o nosso país.
Todos sabem que critico há muito tempo a TV Globo, seu poder imperial e suas manipulações. Mas a ira da Globo, que se manifestou na quinta-feira, não tem nenhuma relação com posições éticas ou de princípios. É apenas o temor de perder o negócio bilionário, que para ela representa a transmissão do Carnaval. Dinheiro, acima de tudo.
Em 83, quando construí a passarela, a Globo sabotou, boicotou, não quis transmitir e tentou inviabilizar de todas as formas o ponto alto do Carnaval carioca. Também aí não tem autoridade moral para questionar. E mais, reagi contra a Globo em defesa do Estado do Rio de Janeiro que por duas vezes, contra a vontade da Globo, elegeu-me como seu representante maior.
E isso é que não perdoarão nunca. Até mesmo a pesquisa mostrada na quinta-feira revela como tudo na Globo é tendencioso e manipulado. Ninguém questiona o direito da Globo mostrar os problemas da cidade. Seria antes um dever para qualquer órgão de imprensa, dever que a Globo jamais cumpriu quando se encontravam no Palácio Guanabara governantes de sua predileção.
Quando ela diz que denuncia os maus administradores deveria dizer, sim, que ataca e tenta desmoralizar os homens públicos que não se vergam diante do seu poder.
Se eu tivesse as pretensões eleitoreiras, de que tentam me acusar, não estaria aqui lutando contra um gigante como a Rede Globo.
Faço-o porque não cheguei aos 70 anos de idade para ser um acomodado. Quando me insulta por nossas relações de cooperação administrativa com o governo federal, a Globo remorde-se de inveja e rancor e só vê nisso bajulação e servilismo. É compreensível, quem sempre viveu de concessões e favores do Poder Público não é capaz de ver nos outros senão os vícios que carrega em si mesma.
Que o povo brasileiro faça o seu julgamento e na sua consciência límpida e honrada separe os que são dignos e coerentes daqueles que sempre foram servis, gananciosos e interesseiros.' Assina, Leonel Brizola."
Lembrar Brizola, independente de quaisquer paixões políticas, é lembrar tempo de posição na política, de postura e de embate. E de ideias, muitas e polêmicas ideias. De líderes que o Brasil está precisando de novo, para combater o bom combate.
Por Denis Luciano
24/06/2019 - 12:04 Atualizado em 24/06/2019 - 12:15
O Criciúma ganhará uma sala de troféus em um modelo diferenciado. Ela será feita em parceria entre o clube e um grupo de torcedores. Para começar a elaborar o projeto, Luciano Fernandes, Pedro Canella, Dailton Ronchi e Heron Sangaletti Pereira, que estão à frente da iniciativa, reuniram-se na última sexta-feira, 21.
"A nossa ideia começa a sair do papel. Vamos nos próximos dias fazer um projeto em 3D e apresentar ao clube", confirma Luciano. A sala já está designada, é a galeria da Loja Tigremaníacos, em um espaço que mede 10,26 x 3,26. Já houve uma primeira conversa com os diretores Julio Remor e Carlos Zanelatto e os torcedores esperam formalizar em breve a parceria. "Assim que entregarmos o projeto e o clube formalizar, no papel, a parceria, daí vamos em buscar dos parceiros", refere Luciano.
Já há uma ideia inicial do modelo da sala. Ela terá três espaços diferentes. No primeiro, um destaque para os títulos de campeão catarinense, desde o conquistado pelo Comerciário em 1968. "Queremos colocar todos os troféus, camisas, faixas e medalhas que o clube tem relacionadas", detalha. "Sabemos que o clube não tem todas as camisas, muitas se perderam e nós, colecionadores, vamos emprestar em comodato. O título de 86 por exemplo, o Criciúma usou quatro camisas, a do título foi uma diferente, essas nós vamos emprestar e colocar em bustos para exposição", informa.
No segundo espaço, a ênfase aos títulos nacionais da Copa do Brasil, Série B de 2002 e Série C de 2006, com o mesmo modelo que vale para os estaduais. No terceiro, na outra lateral da sala, uma linha do tempo com as camisas que o clube tem em seu acervo. "E no meio da sala vamos criar um balcão grande, alto, para colocar outros troféus, medalhas, flâmulas, faixas", refere o torcedor. "Tudo em prateleiras fechadas com vidros", observa.
Assim que for dada a arrancada efetiva ao projeto, um bingo com paella deve ser realizado no estádio Heriberto Hülse para arrecadar recursos. O clube já antecipou que não possui fundos para colaborar com a criação da sala de troféus, mas franqueou aos torcedores o acesso ao acervo para a montagem do espaço histórico do Tigre.
Por Denis Luciano
01/07/2019 - 01:30 Atualizado em 01/07/2019 - 01:42
Eram pouco mais de 20h deste domingo, 30, quando quem passava pela Rua Constante Casagrande foi surpreendido com um "Criciúma antifascista" pichado no muro do estádio Heriberto Hülse. Era uma manifestação política? Ou esportiva? Fomos investigar.
Fascismo (segundo o dicionário Michaelis):
1 Sistema ou regime político e filosófico, antiliberal, imperialista e antidemocrático, centrado em um governo de caráter autoritário, representado pela existência de um partido único e pela figura de um ditador, fundado na ideologia de exaltação dos valores da raça e da nação em detrimento do individualismo, como o estabelecido na Itália por Benito Mussolini (1883-1945), em 1922, cujo emblema era, simbolicamente, o fascio, isto é, o feixe de varas dos lictores romanos.
2 Tendência para o controle ditatorial; regime autoritário.
3 Atitude ou postura própria de fascista.
A soma do prefixo "anti" à palavra "fascismo" oferece, naturalmente, uma ideia de contraponto ao conceito acima exposto. Logo, "Criciúma antifascista", por uma singela análise política, seria um movimento de oposição ao fascismo, termo tão em voga nos últimos tempos na definição do acirrado cenário que o Brasil vive desde as eleições passadas.
Atrás das explicações, encontramos no Facebook um perfil intitulado "Criciúma antifascista". Cabe lembrar que a pichação feita no muro do Majestoso foi removida, sabe-se lá por quem, poucas horas depois. Passamos no local em seguida das 23h30min e o que restava ali era esse borrão de tinta, na tentativa de remover o que ali estava escrito.
O muro ainda borrado depois da pichação "Criciúma Antifascista" da noite passada / Foto: Denis Luciano / 4oito
Muito bem. Acionamos então a página "Criciúma Antifascista" no começo desta madrugada. Fomos rapidamente atendidos por um interlocutor, articulado e respeitoso, que tratou de imediatamente assegurar que o movimento Criciúma Antifascista nada tem a ver com a pichação.
Perguntamos: "Como os dizeres da pichação foram 'Criciúma antifascista', joguei o termo na busca e cheguei na página de vocês. Tem relação?". Abaixo, a pronta resposta:
Opa, obrigado pelo questionamento. Não temos nada a ver, não. Até porque somos um grupo que se formou via WhatsApp, em outubro, diante de todo o cenário político que se instalou no Brasil.
Tendo vista a região conservadora que vivemos, formamos a fã page com alguns membros que torcem pro Criciúma, mas algumas pessoas moram em Nova Veneza, outras Floripa e algumas em Criciúma.
Sobre o ocorrido no HH hoje, fomos pegos de surpresa. Alguém postou uma matéria no grupo e até questionamos se seria alguém dali.
Somos totalmente contra essa forma de protesto. Pode ter sido alguém que acredita nas nossas ideias, mas que não faz parte do grupo. Também estamos querendo saber quem foi o autor da escrita.
Nos chamou então a atenção a relação entre o movimento e torcedores do Criciúma. E em uma rápida recorrida à fan page, notamos que são vários os clubes brasileiros que contam com grupos e canais de semelhantes nomenclatura e conteúdo. A postagem abaixo, de 11 de outubro de 2018, define a missão e objetivos do Criciúma Antifascista:
Reprodução / Facebook
Em seguida da primeira postagem, uma internauta perguntou quem cuidava da página. E recebeu a seguinte resposta, também reveladora:
Reprodução / Facebook
Mais uns dias depois e, logo em seguida do segundo turno da eleição presidencial, outra postagem que desnuda um pouco mais do vínculo entre os debates políticos do Criciúma Antifascista e o Tigre. Um print de uma postagem de Mikael Dal Farra, filho do presidente do Criciúma, mostrando Jaime Dal Farra comemorando a vitória de Jair Bolsonaro na eleição presidencial, foi utilizado, com o seguinte teor:
Reprodução / Facebook
Abaixo, a íntegra do texto da postagem acima:
JÁ ERA DE SE ESPERAR
Que a região tá comemorando a vitória do Coiso como se fosse Copa do Mundo, não é novidade. Mas chama a atenção o nivel do apoio-base presente por aqui. No print, a comemoração de Mikael Dal Farra. Mikaelzinho passou a vida toda em colégios abonados criciumenses, nadando no dinheiro do pai. Nunca precisou deixar cair sequer uma gota de suor para chegar onde chegou. E nem tem a qualificação para ter, por puro nepotismo, o cargo que ocupa no Criciúma.
Mikael e Jaime representam bem a motivação do apoio a Bolsonaro. Mostram que isso vai muito além de qualquer questão econômica. Os Dal Farra, afinal, conseguiram a presidência do clube em época de governo petista, não?
Saibam bem seus lugares na história. Larguem o Criciúma Esporte Clube.
Escória.
Perguntamos então ao mesmo interlocutor que nos atendeu nesta madrugada via fan page do Criciúma Antifascista sobre esse vínculo: o movimento trata de futebol e de política?
Isso. É um movimento que tem por diferentes torcidas no Brasil. Nesse primeiro momento, o intuito é unir torcedores do Criciúma/região que colaborem com essas ideias. A página está um pouco desatualizada por conta de compromissos pessoais dos ADMs.
Várias torcidas com movimentos antifascistas / Reprodução / Facebook
Cabe lembrar que a pichação ocorreu poucas horas depois de mais um ato pró-governo Bolsonaro, que ocorreu em várias cidades brasileiras e teve sua versão criciumense, com pouca participação - dizem os seguidores da causa que foi por conta da chuva da tarde passada -. Não estabelecemos relação direta nem ponto e contraponto, e reiteramos que os líderes do Criciúma Antifascista garantem que não tem relação com a pichação que durante pouco mais de três horas esteve ali, gravada sobre os azulejos do muro do HH. Mas que o episódio descortinou uma relação entre futebol e política como não se vinha notando publicamente, é fato.
A pergunta continua sem resposta. Quem é o pichador? Voltaremos ao assunto nesta segunda, às 9h, no Jornal das Nove na Rádio Som Maior.
O grande tormento do brasileiro na primeira metade dos anos 90 era a inflação. Um pouco menor do que aquela que levava pelo ralo o nosso dinheiro nos anos 80, mas ainda era um problema seríssimo. Tempos em que havia os remarcadores, os sujeitos contratados pelos supermercados para, de maquininha em punho, passar de produto em produto, até três vezes por dia - ou mais, conforme o tamanho da crise - para trocar os preços. Encontrar um litro de leite por um preço em cruzeiros logo cedo, outro ao meio dia e um terceiro valor, mais alto, no meio da tarde, era algo corriqueiro. E isso quando havia produtos nas gôndolas. Tempos em que se fazia filas para comprar pão, carne e, também, o leite.
Eis que o ministro Fernando Henrique Cardoso apresentou, no governo Itamar Franco, o Plano Real. Primeiro, a esquisita URV, a Unidade Real de Valor que convertia os preços estratosféricos e descontrolados em uma medida cambial que prometia estabilizar os números até que a nova moeda pudesse entrar em circulação. E assim foi em 1º de julho de 1994. Os brasileiros começaram a sentir o prazer de comprar com moedas, algo que há muito não se fazia. As antigas notas do finado cruzeiro real, o último estágio da antiga e moribunda moeda, deram lugar a notas coloridas, vistosas, bonitas, desejadas e com valor. As moedas eram perseguidas e bem guardadas. Cada real valia um dólar quando da estreia da nova moeda brasileira, o equivalente a CR$ 2.750 (os cruzeiros reais).
Aqui em Criciúma, a cena resgatada na manhã desta segunda-feira pelo jornalista Nei Manique em postagem no Facebook ilustra como foram aqueles novos tempos em Criciúma há exatamente um quarto de século.
25 anos do Real
No dia 30 de junho de 1994, uma quinta-feira, soldados do 28º GAC montaram guarda no entorno da agência do Banco do Brasil em Criciúma. A operação garantiu a chegada dos primeiros lotes de Real, a moeda que entraria em vigor no dia seguinte. (Arquivo / Jornal da Manhã)
Claro que as moedas de Real não compram que compravam há 25 anos, e as cédulas, fruto da inflação que não é mais galopante mas ainda existe, não contam com tanto valor assim. Mas o Real vem garantindo o quarto de século mais estável desde os tempos dos mil-réis do Império.
Ontem pela manhã havia uma equipe de profissionais da Oi promovendo a retirada de orelhões, telefones públicos na área central de Criciúma. Foram retirados pelo menos quatro do entorno do Terminal Central e um da Rua Itajaí. Esses telefones foram removidos dentro de uma orientação da Anatel, que tem desde o fim do ano passado, a partir de um decreto do então presidente Michel Temer, a liberação para retirar orelhões considerados inviáveis, com custo acima do que arrecadam. Há um estudo da Anatel apontando que telefones que faturavam R$ 40 arrecadam menos de R$ 4 atualmente, e que existem aparelhos que passam semanas sem receber ou fazer uma ligação sequer. Tudo por consequência do avanço da telefonia celular.
Essa retirada de orelhões pelo Brasil ocorre com o decreto que atualizou as obrigações das operadoras de telefonia. Pelas novas regras, os orelhões não são mais um investimento obrigatório. Agora, as empresas tem que canalizar recursos para levar o 4G para regiões carentes de telefonia móvel. Antigamente havia a obrigação de quatro aparelhos para cada mil habitantes. Agora a obrigação é de um aparelho para cada 1,5 mil habitantes.
Entre janeiro de 2018 e janeiro de 2019, o Brasil desativou 482.522 orelhões, 56% dos 854,3 mil aparelhos que existiam país afora até o começo do ano passado. Na contramão disso, o país tem mais de 250 milhões de linhas de telefones celulares em operação.
Ponto da Rua Itajaí, no Centro, onde havia um telefone público, retirado pela Oi com autorização da Anatel
Foto: Vanderlei Silva / Especial
A norma da Anatel obriga, porém, a ter orelhões em universidades, parques de exposições, escolas, hospitais, aeroportos, hospitais, rodoviárias, presídios ou qualquer lugar público onde já existiam aparelhos. A distância entre os aparelhos passa de 300 para 600 metros. Todo dia, 120 orelhões são retirados das ruas do Brasil. Santa Catarina, em 2014, tinha 30.298 orelhões.
Essa retirada em Criciúma continua. Serão retirados mais alguns de bairros e outros da área central.
Por Denis Luciano
02/07/2019 - 23:57 Atualizado em 03/07/2019 - 00:14
O Próspera faz coisas. O Time da Raça conseguiu, via Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), converter uma derrota por 6 a 0 em uma vitória por 3 a 0. Foi o seguinte. Na primeira rodada da Série B do Campeonato Catarinense, a equipe criciumense foi a Itajaí enfrentar o Almirante Barroso no estádio Camilo Mussi. Foi há exatamente um mês, no dia 2 de junho. Com uma atuação desastrosa e repleto de desfalques - o clube não conseguiu inscrever todos os seus jogadores a tempo da estreia - o Próspera tomou 6 a 0. Uma derrota incontestável. Uma atuação amplamente superior do adversário, justificada pelo placar.
Mas o resultado acabou contestável. O Barroso foi denunciado ao TJD por atrasar o jogo diante do Próspera em 38 minutos por falta de médico no estádio Camilo Mussi. Disse a denúncia da Procuradoria:
Clube Náutico Almirante Barroso, entidade filiada à FCF, uma vez que, conforme se depreende da súmula, partida iniciou-se com 38 (trinta e oito minutos) de atraso, face a ausência de médico da partida. Responde então a denunciada pelo previsto no art. 191, III, c/c 206, do CBJD/2009.
A comissão disciplinar decidiu aplicar R$ 200 de multa por minuto de atraso, totalizando o débito em R$ 7,6 mil e, pior que isso, a perda dos pontos da partida em favor do Próspera, sendo proclamado o time de Criciúma, antes perdedor por 6 a 0, vencedor por 3 a 0. Está escrito na decisão:
Juntada defesa escrita pelo dr. Eduardo Luiz. Por unanimidade de votos conhecer da denúncia e, por maioria aplicar a pena de R$ 200 (duzentos reais) por minuto de atraso, considerando o atraso de 38 minutos, totaliza-se a pena em R$ 7.600,00 (sete mil e seiscentos reais), e perda de pontos em favor do adversário, considerando o adversário vencedor pelo placar de 3x0, comm fulcro no art. 206, inciso 1o do CBJD c/c art. 84 inciso 1o do RGC, vencidos o auditor relator e o auditor Cláudio Roberto Koglin, somente quanto a dosimetria, que aplicavam pena de R$ 100,00 (cem reais) por minuto de atraso. Fica determinado o prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento da obrigação, sob pena das sanções previstas no art. 223 do CBJD. Foi requerido lavratura de acórdão.
Como fica
Com isso tudo, o Próspera soma 3 pontos, salta dos 9 que possui em sexto para 12 pontos na quarta posição, a 1 ponto do Juventus (tem 13 pontos), o terceiro, e 2 pontos do Concórdia (que soma 14 pontos), o vice-líder. O Barroso cai de 19 para 16 pontos. O saldo do Próspera melhorou bastante, passando a 4 gols positivos, com 9 marcados e 5 sofridos. O Barroso caiu para saldo de 3 gols positivos, com 9 marcados e 6 sofridos.
Série B - Classificação
1 - Almirante Barroso, 16 pontos*
2 - Concórdia, 14
3 - Juventus, 13
4 - Próspera, 12**
5 - Fluminense, 11
6 - Inter de Lages, 10
7 - Camboriú, 7
8 - Blumenau, 6
9 - Guarani, 4
10 - Barra, 4
* Perdeu 3 pontos no TJD
** Ganhou 3 pontos no TJD
Como o Próspera enfrenta o Juventus em casa nesta quarta-feira, pela oitava rodada da Série B, pode, em caso de vitória, ser o vice-líder até a noite. É que o Time da Raça joga às 15h no Mário Balsini e o Concórdia encara o Guarani de Palhoça às 19h em casa.
Série B - Oitava rodada, nesta quarta
Às 15h, em Criciúma - Próspera x Juventus
Às 15h, em Lages - Internacional x Fluminense
Às 15h, em Indaial - Blumenau x Barra
Às 19h, em Concórdia - Concórdia x Guarani
Às 20h30min, em Itajaí - Almirante Barroso x Camboriú
Uma excelente notícia para esquentar a partida da tarde desta quarta em Criciúma.
Por Denis Luciano
05/07/2019 - 10:42 Atualizado em 05/07/2019 - 10:50
A camisa do Criciúma ganha três novas marcas a partir da próxima segunda-feira. Em ato às 11h, na Sala de Imprensa Clésio Búrigo, o presidente Jaime Dal Farra recepciona os novos parceiros. Trata-se de um patrocinador master, que vai ocupar o principal espaço da camisa, à frente, outro parceiro que vai expor sua marca na altura dos ombros, e um terceiro nas costas, dentro do número.
"Vamos manter um segredo aí para não estragar a surpresa. Mas são três empresas, duas da região e uma de fora", confirma o diretor comercial e de marketing do Criciúma, Julio Remor.
Mas o blog já apurou quem é o novo patrocinador master. Trata-se de um antigo parceiro do Criciúma que aditivou o seu investimento. É a Cristalcopo, do empresário Anselmo Freitas, que estará expondo sua marca no principal espaço da camisa, onde esteve até algum tempo atrás a Caixa.
Anselmo Freitas com Dal Farra em 2016, quando a Cristalcopo estava nas costas da camisa tricolor
Os valores dos três novos parceiros somados vão dar um fôlego ao caixa do Criciúma, mas ainda não resolvem o déficit apontado recentemente pelo presidente Dal Farra, de cerca de R$ 1 milhão ao mês. "Diminui o déficit, mas ainda não resolve. Precisamos de mais apoio", confirma Remor. As novas marcas já estarão na camisa a ser usada pelo Tigre na terça contra o Coritiba.
Mais sócios
O clube conta com mais sócios para melhorar as contas. E a campanha de recadastramento para adequação ao novo sistema continua. Cerca de 1,8 mil associados já fizeram o cadastro novo e estão aptos a assistir Criciúma x Coritiba na próxima terça-feira. "Vamos estender o horário de funcionamento da secretaria para este sábado até 17h e na segunda-feira até as 20h", informa Remor. O diretor projeta que o clube alcançará a marca de 2,2 mil sócios recadastrados, dos cerca de 3,6 mil que possui adimplentes. "Vão ficar mais de mil de fora, sem condições de entrar. Daí vamos pensar em um plano B para terça-feira", observa.
As novas catracas estão em fase de instalação no estádio Heriberto Hülse. "Quem já fez a carteirinha nova está no sistema novo. O cabeamento das catracas está sendo feito, os pontos de espera também, e tudo estará pronto para o jogo de terça", confirma Remor. O dirigente lembra que sócios em atraso poderão quitar suas dívidas pagando R$ 100, independente do tamanho do débito, e assim voltarão ao quadro para assistir os jogos do Tigre.
Criciúma x Coritiba jogam às 21h30min de terça, na volta do Tigre à Série B depois da Copa América, e estaremos conferindo com o Timaço da Som Maior.
Por Denis Luciano
08/07/2019 - 10:42 Atualizado em 08/07/2019 - 10:45
O Criciúma ainda tem a expectativa de contratar o atacante Vico, do Grêmio. O jogador foi alvo de uma sondagem na segunda quinzena de maio e o assédio foi reiterado na última sexta-feira, 5, quando do jogo-treino do Tigre no CT do clube gaúcho, em Porto Alegre. O técnico Gilson Kleina conversou com o colega do Grêmio, Renato Gaúcho, sobre o jogador.
"Sim, o Kleina e o Renato são amigos, o Kleina fez sim uma sondagem, perguntou se eles poderiam liberar o Vico. O Renato ficou de pensar, tem chances. O Renato gosta muito dele", confirmou o diretor executivo de futebol do Criciúma, João Carlos Maringá. "Ele é um canhoto que joga muito bem pelas extremidades, faz um papel de meia atacante pela esquerda também. Se o Grêmio liberar e o Vico não estiver muito fora dos nossos padrões financeiros, queremos trazer sim", reforçou.
Vico jogou no Gauchão contra Aimoré e Caxias e também defendeu o Grêmio na Copa do Brasil diante do Juventude
Foto: Lucas Uebel / Grêmio / Divulgação
Mas há um problema. A boa campanha que o atacante Everton fez na Copa América, com a Seleção Brasileira - ele terminou como craque da decisão, artilheiro e campeão - poderá atrapalhar os planos do Criciúma. É que fala-se em uma proposta de 50 milhões de euros do Bayern de Munique pelo jogador e, caso saia o negócio, o Grêmio abriria espaço para Pepê e Vico serem mais aproveitados.
Em busca de outros reforços, Maringá fez contato com o técnico Luiz Felipe Scolari e o executivo de futebol Cícero Souza, do Palmeiras. "Eles nos informaram que no Palmeiras não contam com jogadores em condições de jogar a Série B e disponíveis para empréstimo", lamentou o diretor do Criciúma.
Ele confirmou que houve um interesse do Tigre pelo meia Vitinho, que o Palmeiras emprestou ao São Caetano no último Campeonato Paulista. "Mas ele está indo para a Europa", informou.
Vitinho, meia do Palmeiras e que esteve emprestado ao São Caetano, também interessou ao Criciúma
Com essas dificuldades, e mais as limitações de orçamento, tudo indica que o Criciúma vai seguir sem mais reforços por um bom tempo. O único acertado "já faz 70 dias", lembra o próprio Maringá, é o meia Foguinho, do Caxias. Ocorre que o clube gaúcho classificou-se ontem para as quartas de final da Série D. Vai brigar pelo acesso à Série C contra Brusque ou Boavista (RJ). "Na pior das hipóteses para nós, se o Caxias for até a decisão, ele se libera no fim de julho. Então no máximo em agosto já estamos com o Foguinho aqui reforçando o nosso elenco", garantiu Maringá, lembrando que esse jogador tem características semelhantes as de Wesley e Eduardo. "É uma alternativa a eles", pontuou. "Vai agregar muito", concluiu.
O Criciúma está na véspera de sua volta à Série B. Passado o recesso para a Copa América, feita a intertemporada com muitos treinos, o Tigre confia que chegou a hora de saltar na tabela. "Nossa esperança é que o pior já passou", me disse o diretor executivo de futebol tricolor, João Carlos Maringá, em um interessante bate papo na noite passada no nosso Programa Papo de Bola, na RTV Criciúma.
"Temos um grupo bom e confiamos", enfatizou, quando questionado sobre contratações. "Não adianta contratar jogadores do mesmo nível ou inferiores aos que temos aqui", argumentou. E há o cuidado com as finanças também. "Não adianta trazer um jogador de R$ 30 mil igual aos que temos, pois o Criciúma prima por pagar em dia. Nós não atrasamos salário", disse, salientando o cuidado com os limites orçamentários do Criciúma. Ou seja, o Tigre não vai fazer loucuras.
Nesse sentido, há uma clara intenção de resgatar alguns jogadores que já estão no elenco e não vem sendo muito aproveitados. Um desses casos foi Reis. "Ele não vinha jogando fazia uns 50 dias, começou a treinar muito bem, entrou nos jogos e deu resposta", comentou Maringá, lembrando que Reis é um dos casos que exemplificam a nova leitura que o técnico Gilson Kleina vem fazendo de determinados atletas. Tanto que Reis passou de atacante a meia. E cresceu contra Vila Nova e Brasil de Pelotas.
O próximo a seguir esse roteiro deve ser Bruno Cosendey. O volante que veio emprestado do Vasco e pouco jogou, teve boas atuações contra Chapecoense e Metropolitano mas depois perdeu espaço. "Ele vem vindo muito bem nos treinos. Falamos para todos, que não desistam. Daqui a pouc otem oportunidade, tem é que estar pronto para jogar. E o Cosendey é um caso", reafirmou o diretor. "É um campeonato longo, todos serão úteis", enfatizou.
Maringá batendo um papo conosco ontem à noite
O Criciúma diminuiu o ritmo na busca por um lateral esquerdo. "Procuramos bastante até uns 40 dias atrás, depois percebemos a evolução do Marlon, que está muito bem, e o Caíque se convenceu que ele precisa, no nosso grupo, ser lateral esquerdo também. Então hoje entendemos que estamos bem servidos por ali", comentou.
E o Foguinho vem aí. O volante contratado junto ao Caxias só não chegou ainda pois o clube gaúcho segue avançando na Série D do Brasileiro. Ontem eliminou o Cianorte e garantiu vaga nas quartas de final. "Na pior das hipóteses, para nós, ele vem no fim do mês", contou Maringá.
Sobre jogadores para o meio campo, o dirigente não nega que o clube ainda está no mercado, mas com dificuldades. "Eles (os jogadores) sabem que estamos avaliando, mas que está difícil conseguir. Tentamos o Dudu, que já jogou aqui, aquele ex-Coritiba e Fluminense, mas ele renovou com o clube árabe", revelou.
Os atacantes da casa
A sorte não anda soprando muito a favor de Léo Gamalho. "Ele tem que se benzer", resumiu Maringá. Ele segue sendo o principal trunfo ofensivo do Criciúma. Mas sem ele, a aposta está depositada em Lúcio Flávio. "O Lúcio está treinando muito bem, o William (Hauptmann, preparador físico) fez um trabalho especial com ele", afirmou.
E tem outros dois nomes que já está na casa e o Criciúma acredita no crescimento de ambos: Ceará e Pedro Bortoluzzo. "O Ceará estava em término de contrato, a gente tinha bastante dúvida se ele permaneceria. Ele tem custo baixo e treinou muito bem nas duas últimas semanas. Ë muito leve, rápido e tem treinado muito bem", enfatizou Maringá. Sobre Bortoluzzo, Maringá observa que "ele está voltando de lesão, não começou bem o ano mas acreditamos que pode evoluir". E tem Julimar ainda, que treina bem, conforme o diretor.
O que vem por aí
Maringá faz uma projeção sobre o futuro do Criciúma na Série B. "Em seis a sete rodadas estaremos estáveis, entre os oito. No nível que temos, podemos chegar ali e beliscar. O acesso é um sonho, não é uma promessa. É uma fissura. Temos de dez a doze concorrentes em nível muito igual", concluiu o dirigente.
Nesta terça tem Criciúma x Coritiba às 21h50min no Majestoso, com cobertura do Timaço da Som Maior a partir das 20h.
Por Denis Luciano
10/07/2019 - 15:08 Atualizado em 10/07/2019 - 15:13
Gostem ou não de Paulo Henrique Amorim, mas ele era um homem que gerava debate. Que suscitava a controvérsia. Que mexia. E tinha conhecimento. De economia, falava muito bem, embora não fosse possível concordar com tudo. Ou talvez você concordasse com muito pouco, ou quase nada. Mas era uma voz crítica, que cativava o debate e colaborava, nesses tempos difíceis, com o cultivo da imprensa livre, democrática, ampla e plural.
Tinha as convicções dele, natural, inerente do ser humano. O exercício de um direito. E claro que, por isso, gerava discórdia muitas vezes. Havia quem o adorasse, e quem dele não gostasse. Mas convenhamos, viveu do risco de opinar, de cativar ou não, deixando de lado o conforto que para muitos o muro oferece.
A partida do Paulo Henrique Amorim no dia em que a reforma da Previdência tem sua crucial votação na Câmara me faz pensar na pressa. Na pressa que pode ser danosa. Senão vejamos. Essa reforma é abrangente demais. Ampla, enorme, imensa. Não está ela sendo debatida a toque de caixa em nome de uma necessidade que, convenhamos, já existe faz muito tempo? Será prudente apressar um debate que precisaria ser mais aprofundado, ponto a ponto? E estará efetivamente preparado o atual Congresso para uma missão tão importante?
Há quem diga que essa reforma está sendo discutida há anos, foi preparada desde Lula, Dilma e Temer, mas não é bem assim. A retirada de estados e municípios foi de agora. Ainda ontem o presidente Bolsonaro falava de sacar a segurança pública do texto. E há muitas controvérsias. Muitas dúvidas.
A pressa é inimiga da perfeição. Frase velha, surrada porém tão necessária quanto útil nessas horas de debates acirrados por paixões alojadas em polos. Até essa divisão dramática que o Brasil vive, com esse olhar ambidestro preocupante, torna a reforma perigosa para todos com essa pressa toda. Um pouco de prudência seria muito importante.
Tudo isso para dizer que hoje é Dia da Pizza, e não gostaríamos que uma reforma que valerá para as futuras gerações não terminasse em pizza. Comentamos a respeito hoje no Jornal das Nove. Está no podcast:
Teve queda de técnico hoje no futebol catarinense. Ney Franco não resistiu ao rendimento de apenas 35% em 18 jogos e foi demitido pela Chapecoense nesta quinta-feira. Em carta postada na rede social, o treinador agradeceu a oportunidade no clube. Confira:
"Foi um privilégio vivenciar intensamente a Chapecoense, mesmo que por pouco tempo. Ficarei na torcida para que o clube permaneça na elite do futebol brasileiro, encantando fãs do futebol e unindo pessoas de todos os cantos do Brasil"
Ney Franco venceu cinco jogos, empatou quatro e perdeu nove no comando da Chape.
Kleina não foi procurado
Havia a expectativa de que a Chapecoense pudesse procurar Gilson Kleina. Mas essa expectativa não avançou. Fontes em Chapecó asseguram que a Chapecoense vai apostar no auxiliar técnico do clube, Emerson Cris, que já comandará o time na próxima rodada, fora de casa, contra o Bahia. Há uma forte tendência para que ele seja efetivado. O próprio presidente Plínio Arlindo De Nês Filho ressaltou, nesta quinta, a confiança em Emerson.
Por aqui, o diretor João Carlos Maringá confirmou, em contato com o Timaço da Som Maior, que a Chapecoense não procurou Kleina.
Logo, vida que segue para o técnico do Criciúma por aqui. Ele que completou nesta terça, na derrota para o CRB, 60 jogos no comando do Tigre, somando esta e a passagem anterior. Os números não são muito animadores, com 23 vitórias, 13 empates e 24 derrotas na soma das temporadas de 2003, 2004 e a atual, com aproveitamento de 45,5%.
Por Denis Luciano
05/08/2019 - 00:25 Atualizado em 05/08/2019 - 00:27
Gilson Kleina pediu uma reunião com o presidente Jaime Dal Farra na manhã deste domingo. Na conversa, colocou do seu desejo de deixar o Criciúma, salientou que não vem conseguindo mobilizar os jogadores e reconheceu as dificuldades que vem enfrentando na Série B. Essa informação foi o destaque do nosso Programa Papo de Bola, neste domingo à noite, na RTV Criciúma.
Não chegou a ser um pedido de demissão, mas Kleina deixou clara a intenção de sair. Só não oficializou o desligamento ainda pois, no decorrer da conversa, requereu o pagamento da multa rescisória. Solicitou algo em torno de R$ 430 mil. Dal Farra argumentou, fez uma contraproposta mas não houve acerto. Kleina ainda não saiu. Ele segue técnico mas, depois dessa, o ambiente claro que não é dos melhores. Isso tudo horas depois do tropeço de sábado, derrota por 2 a 1 em casa para o Operário, resultado que consolidou o Criciúma em antepenúltimo, na zona de rebaixamento da Série B.
Parece ser questão de horas para ser consumada a saída de Gilson Kleina. Com o ajuste da multa, é provável que muito em breve seja oficializado o rompimento.
Na entrevista coletiva de sábado, depois da derrota para o Operário, Kleina foi questionado pelo Jota Éder, do Timaço da Rádio Som Maior. "Você consegue tirar algo mais, mais rendimento desse time?", perguntou o repórter. Kleina começou com um argumento técnico, mencionou os desfalques, disse que "trabalho não falta" e citou um "vida que segue". Depois, continuou na análise do jogo e se esquivou da questão da reportagem. "A sorte tem que voltar para o Criciúma", chegou a dizer.
O diretor de futebol João Carlos Maringá veio na sequência e usou palavras de Dal Farra para dizer que "o Kleina segue com a gente", tratou de convicção e do desejo da diretoria de continuar com o treinador até o fim. A certa altura, indagado sobre a multa rescisória, Maringá afirmou que "a multa é maior para o Kleina pedir para sair do que nós manda-lo embora". "A hora que o kleina achar que não tem condições de reverter, ele abre mão da multa", disse. "Se o Kleina chegar e falar que não consegue mais, é outra coisa", completou.
Já há uma lista rondando os bastidores do Criciúma, para a provável saída de Gilson Kleina. Os candidatos a técnicos que passam pelas ideias do presidente Dal Farra são Hemerson Maria, que saiu faz pouco do Figueirense; Roberto Cavalo, que está no Botafogo de Ribeirão Preto; e Waguinho Dias, finalista da Série D pelo Brusque. A segunda-feira promete ser longa no Heriberto Hülse. E o Tigre, no Z-4, volta a campo domingo que vem em casa contra o Sport Recife. No Dia dos Pais.
Por Denis Luciano
05/08/2019 - 13:36 Atualizado em 05/08/2019 - 13:39
O ambiente está agitado nos bastidores do Criciúma. A informação do domingo, de que o presidente Jaime Dal Farra e o técnico Gilson Kleina estariam tratando da saída do profissional e de um ajuste referente a multa rescisória, causou diversas interpretações. Algumas delas, inclusive, desabonadoras ao próprio Kleina, treinador do mais alto quilate na sua trajetória.
Para dirimir essas dúvidas e direcionar o rumo do Criciúma a partir de agora, o clube agendou uma entrevista coletiva para as 14h30min desta segunda no estádio Heriberto Hülse. A princípio, deverão participar Dal Farra, Kleina e o diretor executivo de futebol João Carlos Maringá.
A Rádio Som Maior e o 4oito vão transmitir ao vivo.
A situação de Kleina e do Criciúma foi a pauta principal do Debate Aberto desta segunda. Confira!
Por Denis Luciano
07/08/2019 - 00:13 Atualizado em 07/08/2019 - 00:24
O anúncio oficial deve vir nesta quarta-feira, 7, mas Roberto Cavalo vai assumir o Criciúma. A convicção foi transmitida na noite desta terça-feira pelo jornalista Luiz Ademar no seu blog Futebol Caipira, que trata de assuntos do futebol do interior de São Paulo. O jornalista assegura que Roberto Cavalo deixou o Botafogo de Ribeirão Preto, que está no G-4, para assumir o Criciúma, que está no Z-4 da Série B, pois ganhará o dobro do que recebia.
Diz o jornalista:
Ele (Roberto Cavalo) decidiu deixar o cargo nesta terça-feira após receber proposta salarial para ganhar o dobro no comando do Criciúma, que dispensou Gilson Kleina, e está na zona do rebaixamento, na 18ª colocação na tabela de classificação, com apenas 13 pontos.
Sem ambição para colocar o Botafogo no grupo de elite do futebol brasileiro em 2020 e pensando única e exclusivamente no alto salário que receberá no Criciúma, Roberto Cavalo alegou estar pressionado no cargo. Jogo de cena! Ele pediu demissão de olho no novo salário.
O Criciúma ainda trata com reservas do assunto, mas a confirmação oficial é questão de horas. Rafael Jaques, do São José de Porto Alegre, foi sondado. Hemerson Maria, ex-Figueirense, também. Luiz Carlos Winck e Waguinho Dias foram lembrados. O 4oito apresentou um perfil dos cinco nesta terça.
Ainda no Blog do Ademar o jornalista lembra que esta troca, de Kleina por Cavalo, será a nona entre os times na atual Série B. Confira a postagem completa.
Natural de Rio Grande (RS), onde começou no rádio esportivo em 1995 e trabalhou nas rádios Cultura Riograndina e Cassino. Em 2001 migrou para a Rádio ABC de Novo Hamburgo. De 2001 a 2006 atuou na Rádio Guaíba de Porto Alegre. Em 2006 transferiu-se para a Rádio Bandeirantes, de Porto Alegre. Migrou para Criciúma em 2007, onde atuou na Rádio Eldorado e teve primeira passagem na Rádio Som Maior em 2013, para a qual retornou em 2018. Atuou nas TVs Guaíba (de Porto Alegre), Litoral Sul e RTV de Criciúma. Atualmente é comentarista da NSC TV Criciúma. Graduou-se em Jornalismo pela Faculdade Satc. Trabalha com jornalismo online desde 2001.Conheça outros Blogs