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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Arthur Lessa 30/06/2025 - 08:25 Atualizado em 30/06/2025 - 08:25

O Ibovespa recuou 0,18% na sexta-feira, fechando aos 136.866 pontos, na contramão das bolsas americanas, que renovaram máximas históricas.

Em Wall Street, o S&P500 subiu 0,52% e fechou o dia aos 6.173 pontos, superando o recorde anterior, de 6.144 pontos, atingido em 19 de fevereiro.

No exterior, investidores reagiram ao avanço das negociações comerciais entre EUA e China e à queda de 0,3% do PCE em maio – indicador de gastos pessoais que costuma ser monitorado pelo Federal Reserve para decisões de política monetária.

Em dia de maior tolerância ao risco, investidores americanos buscaram ativos em outros mercados e o dólar caiu globalmente. Contra o real, a moeda americana recuou 0,27% e fechou a sessão cotada a R$ 5,48.

Ainda na sexta-feira, com a publicação do decreto legislativo (176/2025) na edição do Diário Oficial da União, voltaram a valer as alíquotas antigas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

E, enquanto o Governo se movimenta para judicializar a decisão do Congresso, buscando o Supremo Tribunal Federal para reversão da decisão, os investidores e cidadãos e geral que pagaram os impostos majorados se perguntam: posso pedir restituição?

O raciocínio faz sentido, já que o que aconteceu não foi o fim da vigência das regras decretadas, mas sim uma anulação, que torna inválidas as medidas.  

Esse tema foi abordado por diversos veículos como a revista Exame, que entrevistou o advogado Ranieri Genari, da Comissão de Direito Tributário da OAB de Ribeirão Preto. Ele destacou que existe a possibilidade de solicitar o reembolso do IOF pago a mais no período, mas as chances de receber a diferença de volta são pequenas, seja pela esfera administrativa ou judicial.

A chance de sucesso, segundo o advogado, está no reconhecimento de desvio de função, com a justiça entendendo que o IOF é regulatório, mas foi alterado para arrecadatório. Mas ele reforça que são hipóteses de difícil aceitação.

E tem novidade importante no mercado de fundos de investimento. Termina hoje o prazo de adaptação dos fundos à Resolução CVM 175, uma nova regulação que está mudando essa indústria de maneira bastante profunda.

Para os cotistas dos fundos, as novas regras tem possibilitado o acesso a mais produtos com transparência maior. Por outro lado, é importante escolher bem os produtos investidos, já que aumentaram as exigências sobre as gestoras.

Uma das principais mudanças, ao meu ver, é a divulgação mais detalhadas das taxas dos fundos de investimento. É importante pro investidor saber quanto da taxa de administração que ele paga é destinada à gestão do fundo e quanto é destinado, por exemplo, para comissões que  assessores e corretoras recebem para “vender” o fundos aos seus clientes.

Esse é, inclusive, mais um passo importante que foi dado para combater uma indústria de incentivos perversos que leva muito investidor a aceitar colocar um bom dinheiro em produtos claramente ruins, mas que pagam gordas comissões a quem os vende. 

O maior exemplo de como esses incentivos agridem os investimentos é o COE (Certificado de Operações Estruturadas), que é um veículo extremamente complexo (igual uma salsicha, ninguém sabe ao certo o que tem dentro), sem liquidez (dinheiro preso por 5, 7, 9 ou mais anos), rende muito abaixo do mercado e paga até 4% de comissão ao assessor que o coloca nas carteiras dos clientes.   

A indústria de fundos do Brasil é a sexta maior do mundo: inclui 41 milhões de contas, 33 mil fundos, 1 mil gestoras e R$ 9 trilhões de patrimônio.

Os detalhes sobre essas mudanças serão assunto no 60 Minutos de hoje.

Na agenda de hoje, o Banco Central divulga mais uma edição do Boletim Focus, que será impactada pela divulgação do IPCA-15 na semana passada, com alta de 0,26%, indicando uma desaceleração em relação à alta de 0,36% apurada em maio.

Por Arthur Lessa 27/06/2025 - 09:24 Atualizado em 27/06/2025 - 09:27

Como previsto, a derrubada dos decretos que aumentou o IOF no Brasil impulsionou o Ibovespa na sessão de ontem, fechando em alta de 0,99%, aos 137.114 pontos, acompanhando os desdobramentos e informações que foram divulgadas durante o dia.

Outro fator que ajudou nesse resultado foi a alta de 3% das ações da Vale, papel com maior participação no índice, responsável por quase um terço da valorização.

Já o dólar voltou a cair e fechou a sessão cotado a R$ 5,50 – baixa de 1%.

Lá fora, os principais índices americanos subiram motivadas por declarações do presidente Donald Trump sobre a substituição de Jerome Powell no comando do Fed a partir de maio de 2026, quando vence o mandato de Powell.

A expectativa é de que o novo comando do Fed tenha mais inclinação a redução de juros.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,94%, enquanto o S&P 500 subiu 0,80% perto das máximas registradas em fevereiro deste ano, e o Nasdaq terminou com valorização de 0,97%, perto da marca histórica registrada em dezembro de 2024.

Sobre o IOF, a derrubada do decreto, aprovada no Congresso na última quarta-feira, não está nem perto de encerrar a discussão, principalmente pela intenção declarada do governo de levar a questão ao STF.

O decano do Supremo, Gilmar Mendes, em entrevista à CNN no início da tarde de ontem, defendeu que o impasse seja resolvido no campo político, e não no Judiciário, mas reconheceu que há precedentes no STF de casos em que decretos legislativos possam ter excedido os limites constitucionais.

Já o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que a derrubada do decreto do IOF criando um “buraco” de R$ 12 bilhões na receita de 2025, além de impactar de maneira relevante para 2026. Por isso, o governo tem 2 a 3 semana para avaliar alternativas para compensar essa perda de arrecadação.

Também ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista à Folha, que o governo está analisando três opções de ação caso a derrubada do decreto não seja revertida. 

A primeira seria busca por novas receitas, o que pode vir da tributação sobre dividendos e do setor do petróleo, que pode incluir novos tributos ou leilão de áreas não exploradas do pré-sal. 

A segunda alternativa apresentada por Haddad, que sempre aparece com o mesmo viés de chantagem, passaria por cortes de programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida, além de serviços de saúde e educação.

Já a terceira via é a judicialização da decisão, levando o caso ao STF.

Fica claro, novamente, que corte de gastos da máquina pública como auxílios e emendas parlamentares seguem fora da discussão. Ao mesmo tempo, inventam novos deputados e senadores, que impactarão diretamente em aumentos bilionários das despesas.

Na agenda de hoje, o mercado analisa os dados que serão divulgados pelo Caged, do Ministério do Trabalho, e a taxa de desemprego medida pelo IBGE. 

Por Arthur Lessa 26/06/2025 - 08:09 Atualizado em 26/06/2025 - 08:12

O Ibovespa voltou a cair ontem, recuando 1,02%, aos 135.767 pontos, com investidores na expectativa pela votação do projeto que revoga o aumento do IOF.

A queda foi puxada por ações dos grandes bancos, com o Itaú recuando 1,80%, Santander Brasil com baixa de 1,38% e Bradesco e Banco do Brasil com queda de 0,85%.

O dólar subiu ante o real e fechou a sessão negociado em alta de 0,63%, a R$ 5,55.

Nos EUA, as atenção estiveram no depoimento de Jerome Powell, presidente do Fed, ao Senado. Powell disse que o banco central americano ainda luta para determinar o impacto das tarifas comerciais do presidente Donald Trump sobre os preços ao consumidor.

E, no fim do dia, chegou a notícia mais aguardada pelo mercado. 

A Câmara aprovou, com 383 votos favoráveis e 98 contra, o projeto de decreto legislativo que derruba as regras do Imposto sobre Operações Financeiras que o Ministério da Fazenda editou em maio e junho. A proposta, agora, será promulgada pelo Congresso.

Entre maio e junho, o governo federal publicou dois decretos e duas medidas provisórias aumentando as alíquotas do IOF para diversas operações financeiras. 

Um exemplo foi a alíquota para compras com cartões de crédito, débito e pré-pagos internacionais, que subiu de 3,38% para 3,5%. 

Outra operação, que atinge mais diretamente a economia real, foi o imposto sobre operações de crédito para pessoa jurídica do tipo risco sacado, antes isentas, passaram a ter taxação de 0,0082% ao dia.

A derrubada de boa parte dos aumentos do IOF terá, certamente, efeito no movimento do Ibovespa nesta quinta-feira.

Por Arthur Lessa 25/06/2025 - 08:30 Atualizado em 25/06/2025 - 08:31

O Ibovespa fechou ontem em alta de 0,45%, ao 137.164 pontos, em dia marcado por otimismo e alívio por conta do cessar-fogo no conflito no Oriente Médio e da divulgação da ata do Copom, que reforçou a indicação uma pausa no aumento da Selic.

O dólar subiu 0,29% e fechou cotado a R$ 5,52.

E, também pelo esfriamento do conflito, o preço do petróleo voltou a cair, o que impactou as ações de petroleiras brasileiras, como a Petrobras, que viu suas ações preferenciais fechando com perdas de quase 2%.

Em Wall Street, os principais índices de ações registraram altas de mais de 1%, com otimismo pelo alívio da guerra e por declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sobre as perspectivas de cortes nas taxas de juros dos EUA.

Na manha de hoje, o petróleo do tipo Brent avança 1,03%, a US$ 66,86 por barril, enquanto o WTI avança 1,21%, a US$ 65,14 por barril.

E, para hoje, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deve aprovar o aumento da mistura do etanol na gasolina de 27,5% para 30%.

O Governo estima que a mudança deve, por ano, evitar a importação de 760 milhões de litros de gasolina e um aumento de 1,5 bilhão de litros na demanda por etanol e um investimento estimado em R$ 9 bilhões no setor.

Sobre o efeito no preço, a estimativa é de uma redução de até R$ 0,13 por litro da gasolina, impactando também no controle da inflação.

E, em Brasília, o presidente Hugo Motta afirmou que a Câmara dos Deputados vota hoje o projeto que susta o decreto do governo que elevou o IOF.

Na semana passada, a Câmara aprovou a urgência desse projeto, que acelera a sua tramitação ao retirar a necessidade de passagem do texto por comissões temáticas da Casa.

As reviravoltas em torno do IOF já renderam três decretos diferentes sobre o assunto e expectativa do governo é de arrecadar R$ 10 bilhões neste ano com a medida.

Por Arthur Lessa 23/06/2025 - 08:17 Atualizado em 23/06/2025 - 08:19

O Ibovespa fechou a sexta-feira em queda de 1,15%, aos 137.116 pontos, a maior queda intradiária em um mês.

O movimento vem da reação dos investidores à decisão do Copom de elevar a taxa de juros a 15% ao ano e aos riscos geopolíticos com a guerra entre Israel e Irã, naquele momento ainda sem a participação dos EUA.

A dez dias do fim do primeiro semestre, o índice da bolsa brasileira acumula ganhos de 14% em 2025 até agora. 

Já o dólar avançou 0,44% na sexta e fechou cotado a R$ 5,52, em dia de leve valorização da moeda americana frente a outras no mundo.

Nos Estados Unidos, a sessão pós-feriado em Wall Street também foi de queda nas ações. Em Nova York, o S&P 500 caiu 0,22% e o Nasdaq recuou 0,51%, enquanto o Dow Jones fechou perto da estabilidade, com alta de 0,08%.

Mas muita coisa aconteceu desde sexta-feira e o mercado de petróleo, que já vinha se debatendo há dias sobre a possibilidade de uma ação de Donald Trump no conflito crescente no Oriente Médio, agora espera um aumento preços, que tem como catalisador um possível fechamento do Estreito de Hormuz.

Sobre isso, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, disse que ainda não há sinais de interrupção no fluxo do óleo no canal.

Para quem não acompanhou, na noite de sábado para domingo, jatos americanos atingiram as três principais instalações nucleares do Irã, representando a entrada dos EUA no conflito

Em uma semana de turbulência para os mercados, os futuros do Brent subiram 11% desde que Israel atacou seu inimigo no último dia 13, mas com movimentos bruscos para cima e para baixo de um dia para o outro. 

Espera-se que esse aumento seja retomado hoje, depois que o ataque dos EUA aumentou drasticamente os riscos em uma região que responde por um terço da produção global de petróleo.

Outro efeito do ataque aconteceu sobre o dólar, que se fortaleceu nas negociações iniciais nos mercados asiáticos na manhã de segunda no Oriente, noite de ontem no Brasil, à medida que investidores buscam refúgios para se proteger dos crescentes riscos geopolíticos após os ataques dos EUA ao Irã.

E agora há pouco, em Wall Street, futuros operavam em alta por volta das 6h40, com S&P 500 (+0,23%), Dow Jones (+0,11%) e Nasdaq (+0,27%).

Já o Petróleo tipo Brent avançava 0,17%, a US$ 75,61 por barril, enquanto o WTI avançava 0,03%, a US$ 73,80 por barril. Desde o início do conflito, o Brent subiu mais de 14%, enquanto o WTI subiu menos de 4%.

E a Receita Federal libera hoje, a partir das 10h, a consulta ao segundo lote de restituição do Imposto de Renda 2025 no site da Receita Federal.Para saber se vai receber, o contribuinte pode fazer a consulta simples no site www.restituicao.receita.fazenda.gov.br. Basta informar o CPF, a data de nascimento e o ano do exercício da declaração (2025).

Ao todo, 6.545.322 contribuintes recebem a restituição de R$ 11 bilhões na próxima segunda-feira, 30 de junho. Desse total, R$ 1.780.688 serão destinados a contribuintes que possuem prioridade legal.

Por Arthur Lessa 18/06/2025 - 08:14 Atualizado em 18/06/2025 - 08:50

Quinto dia de conflito no Oriente Médio, investidores acompanhando inseguros e bolsas pra baixo.

O Ibovespa caiu ontem 0,30%, fechando aos 138.840 pontos.

Mais uma vez, a Petrobrás, que ocupa mais de 11% do índice, segurou a queda. As ações preferenciais subiram 2,36%, enquanto as ordinárias subiram 3,24%.

Para se ter uma ideia, sem a Petro a queda de ontem seria de 0,6%.

Já o dólar subiu 0,23%, retomando o patamar de R$ 5,50.

Hoje tem Copom

Aqui no Brasil, traders também esperam o posicionamento do Copom sobre os juros, que será divulgado hoje, depois do fechamento do mercado, por volta das 18h30.

O mercado se divide entre aqueles que aguardam a manutenção da taxa Selic em 14,75% e aqueles que esperam um aumento de 0,25%, que firmaria os juros básicos em 15% ao ano.

No exterior, o otimismo da véspera sobre uma possível solução para o conflito no Oriente Médio deu lugar à incerteza. Os principais índices americanos caíram.

Dow Jones caiu 0,70%, S&P 500 caiu 0,84% e Nasdaq caiu 0,91%.

E o petróleo, que tem a demanda diretamente impactada pelo conflito, voltou a subir. Nas últimas 24 horas WTI avançou 2,50% e o Brent, 2,70%. 

Ainda sobre o conflito entre Israel x Irã, que entra no sexto dia

A preocupação mundial aumentou ontem por conta de publicações nas redes sociais, sendo uma atribuída à mídia estatal iraniana afirmando que "esta noite haverá uma grande surpresa, uma que o mundo lembrará por séculos" e outra com um video mostrando um míssil com um adesivo de nuclear.

Nenhuma das publicações foi confirmada ou refutada, mas gera desconforto.

Mas, o que é fato é a tendência crescente de participação direta dos EUA. O embaixador iraniano, afirmou agora a pouco, nas Nações Unidas em Genebra, que comunicou a Washington que responderá firmemente caso os americanos se envolvam na campanha militar de Israel. 

Vitória dos FIIs (Fundos Imobiliários)

O Congresso Nacional derrubou ontem o veto do governo à definição dos FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) e dos Fiagros (Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais) como não contribuintes na reforma tributária. 

Na prática, a redação aprovada isentava esses fundos da incidência do IBS e da CBS, o veto presidencial tinha reestabelecido a tributação e a derrubada do veto mantém a isenção.

O governo vinha negociando com a bancada do agronegócio na tentativa de evitar a derrubada do veto e iria construir uma alternativa legislativa para tratar da isenção. Como esse projeto não foi enviado, o veto foi derrubado.

Por Arthur Lessa 13/06/2025 - 07:46 Atualizado em 13/06/2025 - 07:48

O Ibovespa balançou bastante na quinta-feira com investidores analisando e tentando entender as novas regras divulgadas na Medida Provisória 1.303, que muda praticamente toda a tributação dos investimentos brasileiros.

A reação foi negativa, mas a alta de mais de 2% das ações da Petrobras ajudou a manter o índice no positivo, com alta de 0,49%, fechando aos 137.800 pontos.

Já o dólar ficou de lado, em leve alta de 0,07%, cotado a R$ 5,57.

Lá fora, o principal destaque é para os papéis da Boeing, que recuaram 4,74% na Bolsa de Nova Iorque depois da queda de um 787 Dreamliner operado pela Air India.

E, pra hoje, sexta-feira 13, bolsas pra baixo, petróleo pra cima e as atenções do mundo se voltam pro Oriente Médio.

Os movimentos são resultado pela série de ataques de grande proporção de Israel contra o Irã na última madrugada, ainda de noite no Brasil. 

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou em pronunciamento que o ataque "atingiu o coração do programa de enriquecimento nuclear do Irã" e teve como alvo cientistas iranianos que trabalhavam no desenvolvimento de bombas.

Segundo a mídia estatal iraniana, o chefe do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, Hossein Salami, e o cientista Fereydoon Abbasi, ex-chefe da agência nuclear do país, foram mortos nos ataques.

A morte de Salami foi um golpe duro para o Irã e o líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei afirmou que, com a operação, Israel "preparou para si mesmo um destino amargo, que certamente receberá."

Como resultado dessa tensão, os índices futuros dos EUA operam em queda na manhã hoje. Além disso, o ataque provocou imediatamente uma corrida por ativos considerados seguros, como o ouro, e um movimento de alta nos preços do petróleo, muito produzidos na região do conflito.

O petróleo chegou a subir 13%, o maior salto intradiário desde março de 2022, antes de reduzir os ganhos a cerca de 7% de alta do Brent e quase 9% do WTI de agora há pouco.

Por volta das 6:50, no pré-market dos EUA, as ADRs da Petrobras subiam 3,47% a US$ 12,83, o EWZ, que representa o Ibovespa em dólar, subia 0,12%, e as bolsas americanas caiam, com S&P 500 (-1,20%), Dow Jones (-1,15%) e Nasdaq (-1,50%).

Por Arthur Lessa 12/06/2025 - 17:13 Atualizado em 12/06/2025 - 17:43

A matemática financeira dá calafrios em muita gente. E eu entendo o motivo (mesmo sendo fascinado por ela). Mas existem cálculos simples que são muitos úteis como referencia para algumas grandes decisões financeiras da nossa vida.

Uma dessas fórmulas é a Regra dos 4%, que pode ser um bom balizador do planejamento para a sua aposentadoria.

A tese, publicada por por William Bengen em 1994 no Journal of Financial Planning, leva em conta que utilizar 4% do patrimônio investido para o custeio de vida na aposentadoria é uma Taxa Segura de Retirada.

Mas, para que seja eficiente e resistente aos "sobe e desces" do mercado durante os anos de usufruto do investimento, essa proporção deve ser aplicada apenas no primeiro ano e corrigida nos anos seguintes pela inflação.

Exemplo prático

Você chegou no momento da aposentadoria com R$ 5 milhões em investimentos. Calculando os 4% desse patrimônio, você vai retirar no primeiro ano R$ 200 mil para o seu custeio de vida. Para calcular de maneira simples o valor a ser retirado, você pode dividir o patrimônio por 25.

5.000.000 ÷ 25 = 200.000

Se um ano depois, você estiver estiver com R$ 7,5 milhões de patrimônio e a inflação no período foi de 5%, você não vai retirar R$ 300 mil (4% de R$ 7,5 milhões), mas sim R$ 210 mil, que é o valor da primeira retirada ajustado pela inflação. Mantida essa inflação, você vai retirar no ano seguinte R$ 220,5 mil e por aí vai.

Por que não manter 4% do patrimônio?

Por mais tentador que seja aproveitar uma grande crescimento dos investimentos, é preciso lembrar que existem também momentos de desvalorização da carteira. E por conta dessa natureza cíclica do mercado, é importante contar contar com a “gordura” gerada pelos dias de glória para atravessar os dias de luta.

Esse príncipio, de abrir mão de aproveitar o excesso de rentabilidade presente para compensar possíveis perdas futuras, é um dos pontos centrais da estratégia de David Swensen no fundo de endownment de Yale, um dos cases mais conceituados do mercado, dando origem ao livro Desbravando a Gestão de Portfólios.

Engenharia reversa

E, como um bônus, a Regra dos 4% também pode ser usada ao contrário. No lugar de calcular o quanto pode resgatar com base no patrimônio acumulado, você pode calcular quanto precisa acumular para retirar o valor desejado.

Para isso você deve multiplicar a retirada anual prevista por 25. Para uma retirada de R$ 240 mil por ano (R$ 20 mil por mês), o patrimônio ideal é R$ 6 milhões.

240.000 x 25 = 6.000.000 

Por Arthur Lessa 11/06/2025 - 07:56 Atualizado em 11/06/2025 - 08:06

No meio dessa chuva de granizo tributário, a divulgação do IPCA de maio veio ontem como um alento, abaixo do esperado pelo mercado, e impulsionou a alta de 0,54% do Ibovespa, que fechou aos 136.436 pontos. 

Após a notícia, o dólar chegou a cair para R$ 5,54 na mínima, mas inverteu o sinal ao longo do pregão e subiu 0,14%, cotado a R$ 5,57. 

Os investidores reagiram aos dados do IPCA, que mede a inflação oficial do país. Segundo o IBGE, o indicador de inflação subiu 0,26% em maio. O resultado ficou abaixo da expectativa do mercado, que esperava um avanço de 0,32%, e reduziu o acumulado de 12 meses de 5,53% para 5,32%.

Vale lembrar que a meta do Banco Central é de 3% ao ano, com margem de tolerância chegando a 4,5%. 

Daqui a exatamente uma semana, o COPOM (Comite de Política Monetária do Banco Central) define a taxa Selic para os próximos 45 dias. A queda na inflação acumulada reforça a esperança de fim do ciclo de alta dos juros básicos no Brasil.

Na opinião de Isaac Sidney, presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), a notícia foi positiva, mas segue indefinida a tendência para a decisão, já que "existem argumentos tanto a favor de uma alta dos juros, devido, por exemplo, à inflação de serviços ainda elevada e à atividade resiliente, quanto, posição a que me filio, para a manutenção da Selic, dados os sinais de alguma inflexão do processo inflacionário, ainda que na margem”.

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E sobre os impostos, segue o granizo na cabeça do contribuinte.

O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, confirmou ontem que incluirá na medida provisória de “calibragem" do IOF a alíquota única de 17,5% para todas as aplicações financeiras e aumento do imposto sobre Juros sobre Capital Próprio de 15% para 20%.

A primeira medida, de igualar todas as alíquotas de investimento, muda sensivelmente a dinâmica de incentivos ao investidor, que antes tinha vantagem ao investir com foco no longo prazo, inclusive os títulos do Tesouro, por onde o Governo pega emprestado do mercado para pagar lá na frente.

Já a outra impacta o investimento em empresas na bolsa, já que os JCPs são uma modalidade usadas por muitas empresas para distribuir os resultados financeiros com os acionistas que investem no negócio.

E, por fim, um alerta ao ouvinte. Entre as medidas anunciadas aparece um tal de gasto tributário, que parece corte de despesas do Governo, mas é um jeito diferente de aumentar imposto. Gasto tributário é um gasto indireto efetivado por meio de alguma desoneração de tributo, como acontece com o regime do Simples Nacional, por exemplo. 

E, além da um imposto novo por dia até sair a temida MP do IOF, Haddad ainda fechou o dia falando que esse pacote de carga tributária é para "chamar o dono da cobertura para pagar o condomínio".

Por Arthur Lessa 10/06/2025 - 17:18 Atualizado em 11/06/2025 - 07:55

"Se gritar, vai ser pior!” 

Essa frase, tão ouvida por vítimas de agressões físicas, é altamente aplicável às informações que tem vindo diariamente de Brasília.

Menos de 20 dias depois de anunciar um pacotão de aumento (e criação) de alíquotas de IOF em operações de crédito, câmbio e previdência, o Governo Federal vem anunciando diversas novas medidas que, segundo o próprio, tem o objetivo de compensar um possível recuo daquelas anunciadas no último dia 22.

Mas, na prática, o que se vê é uma série de mais aumentos e novos impostos de uma lado, enquanto se finge recuar nos aumentos anteriores. 

O “soco” de hoje oi o anúncio do ministro Fernando Haddad de aumentar de 15% para 20% o imposto de renda (IR) cobrado sobre os Juros sobre Capital Próprio (JCPs), que é uma modalidade usada por diversas empresas para distribuição de proventos a acionistas. 

Haddad confirmou também que incluirá na medida provisória do novo pacote de impostos a fixação em 17,5% da alíquota de IR sobre investimentos. Atualmente essa modalidade conta com uma tabela regressiva, que vai de 22,5%, para investimentos de até 180 dias, a 15%, para valores investidos por mais de 720 dias.  

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Outros aumentos de impostos anunciados no últimos 20 dias:

  • Fim da isenção de IR para LCIs, LCAs, CRIs, CRAs e Debêntures Incentivadas, que passarão ter o resultado tributado em 5%;
  • Aumento de 12% para 18% o imposto cobrado sobre faturamento das bets;
  • Eliminação da faixa de 9% da CSLL (Contribuição sobre Lucro Líquido) de instituições financeiras, mantendo apenas as faixas de 15% e 20%;
  • IOF de 5% sobre aportes superiores a R$ 50 mil em VGBL;

Vendo essa sucessão de anúncios, atingindo como um jab no queixo de quem produz e investe, uma parte de mim pensa se não era melhor ter silenciado em 22 de maio. 

Será que não era melhor aceitar aquele primeiro chute e sair lambendo as feridas?

Será que não caímos e estamos recebendo o aviso de que "se gritar, vai ser pior"?

Por Arthur Lessa 09/06/2025 - 08:33 Atualizado em 09/06/2025 - 09:11

O Ibovespa fechou o pregão a sexta-feira quase de lado, sem conseguir acompanhar o otimismo global, aos 136.102 pontos, num recuo de 0,10%. Na semana, queda acumulada de 0,67%.

O destaque da sexta na nossa bolsa ficou para as Casas Bahia, subiram 2,24% depois de dispararem quase 13% na máxima do dia. O movimento veio após a companhia divulgar medidas para melhorar o fluxo de caixa e reduzir o nível de alavancagem.

Já o dólar, que iniciou o dia subindo contra o real, virou e fechou caindo 0,28%, cotado a R$ 5,57. Na semana, queda de quase 2,6% da moeda americana.

No exterior, o motivo do otimismo veio com a divulgação do payroll, o relatório americano de empregos não-agrícolas. As folhas de pagamento aumentaram em 139 mil no mês passado, acima da expectativa do mercado.

As principais bolsas americanas subiram após a divulgação do dado.

SOBRE O IOF

O Ministro Fernando Haddad anunciou ontem o pacote aguardado por toda a semana para voltar atrás nas altas do Imposto sobre Operações Financeira.

Segundo ele, será editada uma Medida Provisória que aumenta a tributação do faturamento de empresas que exploram jogos online, as chamadas bets, de 12% para 18%.

Outra medida anunciada é o fim da isenção dos investimentos incentivados, que passam a contar com alíquota de 5% de Imposto de Renda sobre o rendimento. 

Haddad citou claramente as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), mas é provável que essa tributação também chegue aos Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI).

Foi citado também um corte linear de benefícios tributários, com uma redução de 10% em gastos tributários que não estão protegidos pela Constituição. Essa medida necessita da aprovação do Congresso e não foi detalhada.

EM CONTRAPARTIDA

O Governo anunciou as novas cobranças tem o objetivo de possibilitar uma “recalibragem do IOF”.

Um dos recuso anunciado foi um corte de 80% na cobrança sobre risco sacado, que era um dos pontos mais criticados. O risco sacado é uma operação de crédito com base em duplicatas ou faturas que uma empresa tem a receber de seus clientes. Segundo Haddad, a parte fixa do IOF sobre risco sacado será eliminada, já a parte variável (ou seja, a incidência diária), será ajustada para "manter a coerência com o sistema atual de crédito”;

Haverá também a revisão do IOF sobre previdência privada do tipo VGBL, com redução das alíquotas, que hoje estão em 5% sobre os aportes acima de R$ 50 mil; isenção do IOF no retorno de investimento estrangeiro direto ao país; e cobrança mínima sobre Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FDIC).

E PARA O COPOM NA SEMANA QUE VEM

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse que os diretores do BC irão à próxima reunião do COPOM, no dia 18, com flexibilidade e cautela para definir a nova taxa Selic.

Galípolo afirmou que "flexibilidade significa que vamos para a próxima reunião com as opções em aberto, consumindo os dados e cautela significa que estamos em cenário de elevada incerteza no mundo todo".

Ainda segundo ele, não natural nem normal esperar que haja algum movimento brusco da política monetária em meio a instabilidade que temos visto nos mercados internacionais.

 

 

Por Arthur Lessa 06/06/2025 - 08:27 Atualizado em 06/06/2025 - 08:28

Em dia de oscilação dos mercados globais e perdas das bolsas americanas com a tensão política nos EUA, o Ibovespa fechou a quinta-feira em queda de 0,56%, aos 136.236 pontos.

Entre as principais movimentações da nossa bolsa, as ações do Bradesco registraram queda de 2,92%, enquanto as do Itaú Unibanco recuaram 1,22%. Queda também nas ações da Hapvida, que teve os papéis mais negociados do dia e recuou 5,92%.

No Tesouro, a expectativa sobre o novo pacote fiscal que o governo federal deve anunciar no domingo, como alternativa ao aumento do IOF, impactou as taxas oferecidas pelos títulos do Tesouro Direto, principalmente nos papéis mais curtos, que passaram a oferecer juros mais altos.

Já o dólar caiu 1,05% diante do real. A moeda americana fechou cotada a R$ 5,585.

As bolsas dos EUA caíram nesta quinta, registrando sua primeira perda diária nesta semana. As ações da Tesla arrastaram os índices mais amplos para baixo em meio à escalada das tensões entre Elon Musk e o presidente dos EUA, Donald Trump.

Além disso, a relação entre EUA e China ganha destaque após uma ligação de 90 minutos entre Donald Trump e Xi Jinping, na quinta-feira. Segundo o presidente americano, o contato foi “muito bom” e focou quase inteiramente em comércio, com acordo para que autoridades dos dois países se encontrem em breve para avançar nas negociações para encerrar a guerra comercial.

Por Arthur Lessa 05/06/2025 - 08:38 Atualizado em 05/06/2025 - 09:37

O Ibovespa fechou ontem em queda, em dia de pouco movimento nas bolsas no Brasil e no exterior. O principal índice da B3 caiu 0,40%, aos 137.000 pontos.

O movimento negativo foi influenciado, principalmente, pela Petrobras. As ações preferenciais da Petro caíram 2,75%. Entre os papéis mais negociados, o da Magazine Luiza (MGLU3) registrou queda de 2,05%, e a Cogna (COGN3) subiu 4,65%.

O dólar subiu diante do real. A moeda americana registrou alta de 0,17% e fechou cotada a R$ 5,645.

Em Nova York, as bolsas fecharam o dia sem direção única. O índice Dow Jones caiu 0,22%, a 42.427 pontos, o S&P 500 ficou de lado, a 5.970 pontos, enquanto o Nasdaq recuou 0,32%, a 19.460 pontos.

Investidores americanos reagiram à divulgação de dados econômicos mais fracos nos EUA, o que alimentou as expectativas de mais cortes nos juros americanos este ano. Isso levou a uma queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano, já que são atrelados às taxas básicas.

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Também ontem, o Tesouro Nacional captou US$ 2,750 bilhões com emissão de bonds de cinco anos e a reabertura de emissão de bonds de dez anos. 

O governo brasileiro emitiu US$ 1,5 bilhão em papéis de 5 anos, oferecendo retorno de 5,68% ao ano, que corresponde a um spread de 175,5 pontos-base acima da Treasury de referência. Já para vencimento em 10 anos, o Tesouro emitiu US$ 1,25 bilhão, com retorno de 6,73% e pagamento de cupons semestrais. 

Com essa emissão, o Tesouro ampliou em 50% o montante originalmente emitido, totalizando US$ 3,75 bilhões em circulação.

E no Brasil, dados da Anbima apontam que os cotistas dos fundos de investimentos resgataram, em maio, pouco mais de R$ 14 bilhões desses produtos, descontando as aplicações. A saída foi bem abaixo da debandada de quase R$ 68,5 bilhões de abril. 

A categoria que mais sofreu foi a dos fundos multimercados, que tem políticas de investimento mais amplas e podem apostar em altas e baixas e em praticamente qualquer ativo, como ações, commodities, juros e moedas. O saque nessa classe, o resgate liquido foi de R$ 16,2 bilhões.

Por outro lado, a classe que mais recebeu aportes nesse mês foi a de debêntures incentivadas, que tem sido beneficiados pelo patamar alto da Selic e isenção de impostos, além dos fundos de participação (FIPs) e fundos alocados em FIDCs.

E pra hoje, na Zona do Euro, expectativa para a definição da taxa de juros pelo Banco Central Europeu, que está marcada para a manhã de hoje. Com a inflação divulgada abaixo da expectativa do mercado, principalmente pela desaceleração no setor de serviços, a aposta é de queda de 0,25% na taxa de juros no bloco, que estão hoje em 2,4% ao ano. 

Por Arthur Lessa 04/06/2025 - 08:33 Atualizado em 04/06/2025 - 08:55

Depois de dois pregões de baixa, o Ibovespa fechou ontem em alta de 0,56%, aos 137.546 pontos, na expectativa da apresentação de um plano alternativo ao aumento do IOF no último dia 22.

Havia a expectativa de que esse plano fosse divulgado na tarde de ontem, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o pacote será apresentador na semana que vem.

O movimento positivo da Bolsa atingiu também o câmbio, com o dólar se desvalorizando 0,70% contra o real e fechando o dia a R$ 5,64.

No exterior, o otimismo veio com dados mostrando a resiliência do mercado de trabalho dos EUA apesar das preocupações com os riscos decorrentes da guerra tarifária do presidente Donald Trump.

Um dos destaques globais, inclusive, é de Trump, que assinou ontem uma ordem executiva que dobra as tarifas sobre aço e alumínio, de 25% para 50%, já valendo a partir de hoje.

Ele explicou que a medida é o cumprimento da promessa de aumentar os impostos sobre importação para ajudar fabricantes nacionais e assegurar a segurança nacional.

Sobre o que se sabe até o momento sobre o IOF

Após reunião com o presidente Lula e líderes do Congresso, na tarde de ontem, Haddad afirmou que existe um “alinhamento” do Executivo com o Congresso para viabilizar uma alternativa à elevação do Imposto sobre Operações Financeiras, o que vai reduzir o impacto causado no mercado de crédito para pequenas e médias empresa e o desgaste causado no próprio Governo.

Essas alternativas serão apresentadas na semana que vem, mas ontem o Governo já anunciou que decidiu adiar para 25 de junho o início da cobrança do IOF em planos de previdência privada do tipo VGBL. 

A medida, que prevê a cobrança de 5% sobre aportes mensais acima de R$ 50 mil em VGBL, estava prevista para entrar em vigor hoje, mas foi prorrogada por meio de portaria publicada ontem.

Sobre o que pode vir, o Valor apurou que está sendo negociada uma PEC para segurar o crescimento da participação da União no Fundeb, que atualmente está em 21% e com previsão de aumento para 23% no ano que vem, e uma revisão ampla das isenções tributárias no país, que impactam hoje, de acordo com o Ministério da Fazenda, mais de R$ 800 bilhões.

E hoje também tem novidade no Pix 

Agora de manhã, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, lança o Pix Automático. A modalidade permite pagamentos recorrentes de contas e boletos via Pix; o recurso deve estar disponível sem nenhum custo adicional a partir de 16 de junho.

Por Arthur Lessa 03/06/2025 - 08:12 Atualizado em 03/06/2025 - 08:14

O Ibovespa estendeu ontem as perdas de sexta-feira e fechou com queda de 0,18%, aos 136.787 pontos.

Entre as ações que puxaram o índice pra baixo está o Itaú, que caiu 0,71%. Do outro lado, a alta de 0,58% das preferenciais da Petrobras compensou as quedas, mas não foi suficiente para colocar o Ibovespa no campo positivo.

Já nos mercados globais, segue a incerteza depois de novas reviravoltas na agenda tarifária de Donald Trump, com o presidente americano e o governo chinês se acusando mutuamente de violar o acordo comercial entre os dois países.

Como efeito, o dólar recuou globalmente. Contra o real, a moeda americana caiu 0,75% e fechou o dia negociada a R$ 5,68.

TIM anuncia limpeza da base acionária

A diretoria da TIM Brasil, em reunião realizada ontem, aprovou os procedimentos combinados de de grupamento seguido de desdobramento de ações. O primeiro movimento consiste em transformar 100 ações em uma. Na sequência, a empresa realiza o desdobramento na mesma proporção, agora transformando uma em 100. 

Essa estratégia, que parece não fazer sentido, foi realizada pela concorrente Vivo alguns meses atrás e tem o objetivo de otimizar a base de acionistas e aumentar a liquidez das ações no mercado, retirando ações das mãos dos pequenos acionistas e recolocando no mercado. 

A TIM definiu ainda o prazo de 30 dias, até 2 de julho, para que os acionistas possam ajustar suas posições acionárias em múltiplos de 100 ações. E aqueles acionistas que estiverem fora desse padrão terão as ações agrupadas e vendidas em leilão.

Fusão aprovada para Petz e Cobasi

A Superintendência-Geral do Cade aprovou sem restrições a fusão entre a Petz e a Cobasi. A operação consiste na combinação de negócios entre as duas empresas, que será implementada por meio da incorporação das ações da Petz pela Cobasi. Com isso, a Petz se torna subsidiária integral da Cobasi.

Com a fusão, os acionistas da Petz receberão 52,6% das ações da nova empresa e os acionistas da Cobasi, 47,4%.

Alívio nas bombas

A Petrobras reduziu em 5,6% o preço da gasolina vendida às distribuidoras. Primeira boa notícia para motoristas em tempos de IOF alto e economia apertada. Resta saber se o corte chega mesmo nos postos ou fica no meio do caminho.

Falando em Petróleo, uma solução para o IOF (?)

O Ministério de Minas e Energia estuda um pacote de medidas que pode elevar em até pouco mais de R$ 35 bilhões a arrecadação com o setor de petróleo e gás entre 2025 e 2026. A iniciativa foi discutida ontem entre o ministro Alexandre Silveira e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O objetivo da medida é conter desgaste político do Governo ao criar uma alternativa ao aumento do IOF anunciado no último dia 22.

E, pra hoje

O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, espera apresentar uma nova proposta aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado. Haddad afirma que a regulação do IOF deve ser associada a calibragem de tributos e também reformas estruturais.

Por Arthur Lessa 02/06/2025 - 07:59 Atualizado em 02/06/2025 - 08:03

O Ibovespa fechou a sexta-feira, último pregão de maio, em queda de 1,09%, aos 137.027 pontos. Ainda assim, o Ibovespa acumulou alta de 1,45% no mês, o terceiro seguido de ganhos.

O movimento de queda de sexta foi motivado pelo clima global de aversão ao risco diante do aumento das incertezas a respeito das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Já o dólar subiu forte contra o real. A moeda americana valorizou 0,91% e fechou o mês cotada a R$ 5,72. Nesse valor, o dólar subiu os mesmo 1,45% que o Ibovespa no acumulado de maio. 

A queda na bolsa e o fortalecimento do dólar acompanharam o dia de fraqueza para as ações americanas após novas declarações de Trump sobre a China. O presidente dos EUA disse que Pequim “violou completamente” o acordo comercial preliminar firmado entre os dois países, mas não entrou em detalhes.

IOF presente no dia-a-dia do brasileiro

Quase 3 em cada 10 brasileiros bancarizados fez alguma transação com incidência de IOF nos últimos 12 meses, de acordo com um levantamento da fintech de inteligência de dados Klavi feito para o Valor Investe. 

E, mais que isso: entre os que realizaram esse tipo de operação, a média foi de quase 10 transações por pessoa no período, gerando um gasto médio de aproximadamente R$ 24,25 só de IOF.

Ainda no mesmo levantamento, o curto prazo também apresenta presença forte do IOF: nos últimos 30 dias, cerca de 11% da base pesquisada realizou transações com incidência do imposto. A média foi de 2,29 operações por pessoa, com gasto médio de R$ 4,46 no período.

O IOF, que, por decreto do Governo Federal no último dia 22, teve aumentos que chegam a quase 10 vezes em alguns casos, está presente em operações financeiras de consumo e de crédito como empréstimos, financiamentos, compras internacionais, cartão de crédito e resgates de investimentos.

Boletim Focus 

Como hoje é segunda-feira, às 8h30 o Banco Central divulga o Boletim Focus, com o sentimento do Mercado sobre o futuro da Selic, do dólar, do IPCA, entre outros indicadores.

Come-cotas

E deve aparecer só hoje, para os investidores de alguns fundos, os efeitos do come-cotas, a antecipação do Imposto de Renda que atinge fundos de investimento de Renda Fixa e Multimercado a cada seis meses. 

O come-cotas é a cobrança antecipada de imposto que “come" 15% do lucro dos fundos de investimento, sempre nos últimos dias úteis de maio e novembro.

Com essa mordida da última sexta-feira, o Governo planeja arrecadar entre R$ 8 bilhões e R$ 9 bilhões. Em 2024, juntando as duas antecipações, a arrecadação da Receita foi de aproximadamente R$ 26 bilhões.

Apesar de incrementar o caixa do Governo e, na teoria, cobrar o imposto se já seria pago, o sistema de come-cotas também come sensivelmente a rentabilidade dos fundos, já que reduz o patrimônio investido e, por consequência, a rentabilidade do investimento.

Vale lembrar que sofrem essa cobrança antecipada os fundos de Renda Fixa, Multimercados, Cambiais e, há pouco tempo, os Fundos Exclusivos.

Por Arthur Lessa 30/05/2025 - 08:37 Atualizado em 05/06/2025 - 09:37

O Ibovespa fechou em queda de 0,25% ontem, aos 138.533 pontos, depois de um dia marcado por incertezas no cenário internacional com decisões judiciais dos EUA que bloquearam e depois liberaram novamente as tarifas de Donald Trump. 

As ações da Azul foram as mais negociadas da bolsa no dia e voltaram a registrar forte queda, com perdas de 6,80%. Os papéis da Ambipar, por outro lado, tiveram a maior alta do dia, subindo 18,50%.

O dólar recuou 0,50%, cotado a R$ 5,67.

No exterior, operadores de Wall Street enfrentaram a realidade da desaceleração dos dados econômicos e das incertezas jurídicas em torno da guerra comercial de Donald Trump.  

Os principais índices de ações de Nova York registraram altas. A Nvidia liderou os ganhos entre as megacaps, com alta de mais de 3%. 

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E a XP calculou o custo do novo IOF nas empresas

De acordo com a estimativa, que considera o dólar a R$ 5,70, o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras vai custar até R$ 19,9 mil a cada US$ 100 mil dólares movimentados pelas empresas em remessas ao exterior.

Antes da semana passada, essas operações tinham um custo médio de R$ 2,1 mil a cada US$ 100 mil dólares. Ou seja, o pacote anunciado pelo Ministério da Fazenda cria um custo de mais de R$ 17 mil reais. 

Estes valores são referentes a operações como compra e venda de mercadorias sem passagem pelo país, transporte internacional, seguros, viagens internacionais, importação de serviços, e pagamento de royalties. Para todas elas, a alíquota, que era de 0,38% até 22 de maio, passou a ser de 3,5%.

E o Governo agora está fazendo terror sobre a possibilidade de recuo do IOF

Depois de Haddad anunciar que, se o IOF retornar a patamares aceitáveis, pode acontecer um apagão nos serviços do Governo, agora foi a vez do secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmar que uma eventual derrubada do decreto causaria impacto direto em programas como o Minha Casa, Minha Vida (MCMV), investimentos do Ministério da Defesa e o programa Farmácia Popular. 

Ceron afirma que revogar o decreto seria “equivalente a extinguir” essas políticas públicas.

E, vale lembrar que hoje é o último dia para declaração do imposto de renda pessoa física. Se você ainda não fez a sua declaração, não deixe pra última hora para não correr o risco de precisar buscar alguma informação que não tenha em mão na hora ou de sofrer com a avalanche de acessos de deve acontecer no sistema do Governo.

E, se tratando de Declaração de Imposto de Renda, é melhor mal feito que não feito. 

Faz, entrega com o que tem e corre pra retificar na semana que vem!

Por Arthur Lessa 29/05/2025 - 11:37

Alguns dias atrás eu recebi uma mensagem de um cliente da consultoria de investimentos que dizia o seguinte:

"Hoje minhas ações aumentaram um monte. Vamos vender alguma coisa pra entrar em outra posteriormente?”

Respondi que não, porque esta não é a estratégia que adotamos. E lembrei ainda que, assim como existem dias de valorização, existem também os dias de queda.

E a resposta dele foi: "Não! Dias de queda não pode ter!”

Esse raciocínio é tão comum quanto compreensível. A lógica humana entende altas como vitórias e quedas como derrotas. E, para piorar, temos a tendência de estender o que acontece no momento para a perpetuidade.

Ou seja: Se a ação XPTO que eu investi caiu 2% hoje, significa que ela vai cair 2% por dia até ir a zero. O que não é necessariamente verdade.

Essa conversa me lembrou de um ensinamento do Morgan Housel, autor do livro A Psicologia Financeira.

Segundo ele, existem situações que entendemos como um multa, mas deveríamos ver um ingresso. A diferença entre elas é que a multa é a punição por algo que fazemos errado, como uma infração de trânsito, enquanto um ingresso é o bilhete que compramos para acessar algo bom, como o cinema ou um parque da Disney.

E na bolsa de valores essa confusão acontece em relação à volatilidade. Que é o constante sobe e desce dos preços.

E, se existe uma certeza nesse mercado, é a volatilidade!

Enquanto muitos entendem a desvalorização de uma ação como uma derrota, a punição por uma má decisão, ela pode ser uma oportunidade de aumentar seu investimento gastando menos. 

É inclusive por esses momentos, de comprar barato ações de boas empresas, que são construídos grandes patrimônios.

E a disciplina de confiar na estratégia e esperar o tempo fazer a sua mágica é o ingresso que nos dá acesso a um futuro financeiramente confortável.

 

Por Arthur Lessa 29/05/2025 - 08:22 Atualizado em 29/05/2025 - 08:23

O Ibovespa fechou em queda ontem de 0,35%, aos 138.888 pontos, com investidores avaliando incertezas sobre o IOF e a divulgação da ata do Fed nos EUA.

Já o dólar avançou 0,89% ante o real, cotado a R$ 5,70.

O movimento ruim do mercado brasileiro é reação à incerteza em relação ao aumento das alíquotas do IOF, Imposto sobre Operações Financeiras, que segue pressionando a perspectiva de resultado das empresas listadas. 

Um dos destaques do dia foi para a Azul, que recuou 3,74% depois de anunciar o pedido de recuperação judicial, acionando a proteção no Chapter 11 nos Estados Unidos. 

Por conta desse pedido, tanto a Fitch quanto a S&P Global rebaixaram o rating da companhia, de risco elevado de calote para o estado de calote de fato (default).

As duas agências já haviam rebaixado os ratings da Azul recentemente para CCC-, diante do elevado risco de a companhia entrar com um pedido de recuperação judicial.

E lá fora, a preocupação com os rumos da economia americana foram reforçadas pela ata da última reunião do Fed, realizada em maio, que reforçou que a abordagem cautelosa é apropriada diante da incerteza econômica. 

Por conta desse recado do banco central americano, os índices S&P 500, Dow Jones e Nasdaq 100 tiveram perdas.

E ontem, depois de uma reunião que pareceu animadora com o presidente Isaac Sidney, da Febraban, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não há alternativas para o aumento do IOF. 

Essa declaração foi dada depois da reunião com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta, para discutir o tema. 

Haddad afirmou o seguinte: “Nesse momento, não [há alternativa para o IOF]. Nós recebemos da Febraban (federação de bancos) uma série de sugestões, estamos analisando e falei dos problemas constitucionais de você prever receita imediata”, afirmou. “No momento essa não é a decisão tomada sobre o decreto”, falou.

O ministro disse ainda que alertou os parlamentares sobre os impactos de uma eventual queda da medida, e sinalizou a possibilidade de “shutdown“, que é quando a máquina pública fica impossibilitada de funcionar pela indisponibilidade de recursos.

No Congresso, já foram protocolados mais de 20 projetos para derrubar o decreto do Governo.

E, segundo o que disse o deputado Valdir Cobalchini à Som Maior na manhã desta quinta, “se o Governo não recuar do aumento do IOF, será uma vitória acachapante pela derrubada do IOF”.

Por Arthur Lessa 28/05/2025 - 08:20 Atualizado em 28/05/2025 - 08:49

O Ibovespa fechou esta terça-feira (27) em alta, com investidores reagindo a dados de inflação abaixo do esperado no Brasil.

O principal índice da bolsa brasileira avançou 1,02%, aos 139.541 pontos. Já o dólar recuou 0,53%, aos R$ 5,65.

Os movimentos ocorreram após a divulgação da prévia da inflação oficial do país, o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15), que desacelerou para 0,36% em maio, ante expectativa de alta de 0,44%.

O dado contribui para a expectativa de que o Banco Central deve manter as taxas de juros inalteradas na próxima reunião em vez de manter as altas. 

No exterior, as bolsas americanas voltaram do feriado do Memorial Day também em alta. 

Investidores reagiram à notícia de que o presidente Donald Trump decidiu estender o prazo até 9 de julho para que a União Europeia enfrente tarifas de 50% sobre os produtos exportados aos EUA.

BTG Pactual informou, em fato relevante, que comprou um total de R$ 1,5 bilhão em ativos de Daniel Vorcaro, dono do Master, que se comprometeu a destinar os recursos para o banco.

No pacote estão ações que correspondem a 15,17% da Light e 8,12% da Méliuz, além de outros ativos como a unidade do Hotel Fasano no Itaim, em São Paulo, uma das regiões mais caras do país, numa transação de R$ 400 milhões.

O BTG cita ainda a “aquisição de imóveis, créditos, direitos creditórios, outras ações listadas em percentuais inferiores a 5% e participações societárias privadas detidas, direta ou indiretamente, pelo Sr. Daniel Bueno Vorcaro”.

E, por fim, o fato relevante ressalta que a operação "não inclui qualquer participação societária do BTG Pactual no Master ou em qualquer sociedade por este detida, controlada ou veículos de investimento que integrem o seu conglomerado prudencial, tampouco teve quaisquer destes como contraparte".

Azul anunciou hoje que protocolou um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, por meio do chamado Chapter 11.

Segundo fato relevante divulgado ao mercado, a empresa informou que começou um processo de reestruturação pré-acordada nos EUA para viabilizar acordos que envolvem aproximadamente US$ 1,6 bilhão em financiamento DIP (debtor-in-possession).

A proposta também contempla a eliminação de mais de US$ 2 bilhões em dívidas e a previsão de até US$ 950 milhões em novos aportes de capital no momento da saída do processo.

A decisão ocorre após a dívida da companhia atingir R$ 31 bilhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), alta de 50,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

As ADRs da Azul desabavam 40% nas negociações de pré-mercado nos Estados Unidos na manhã nesta quarta-feira (28), cotadas a 0,299 dólares.

Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou um convite para ouvir o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a respeito da elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Ainda não há uma data para a audiência. Ela só deve acontecer a partir do dia 9 de junho, uma vez que, na primeira semana do mês não haverá sessões do plenário ou de comissões do Senado por conta da realização do 11° Fórum Parlamentar do Brics no Congresso.

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