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Com STF ou Ir nos dividendos, Governo busca dinheiro pra fechar a conta em 2025

Por Arthur Lessa 27/06/2025 - 09:24 Atualizado há 2 horas

Como previsto, a derrubada dos decretos que aumentou o IOF no Brasil impulsionou o Ibovespa na sessão de ontem, fechando em alta de 0,99%, aos 137.114 pontos, acompanhando os desdobramentos e informações que foram divulgadas durante o dia.

Outro fator que ajudou nesse resultado foi a alta de 3% das ações da Vale, papel com maior participação no índice, responsável por quase um terço da valorização.

Já o dólar voltou a cair e fechou a sessão cotado a R$ 5,50 – baixa de 1%.

Lá fora, os principais índices americanos subiram motivadas por declarações do presidente Donald Trump sobre a substituição de Jerome Powell no comando do Fed a partir de maio de 2026, quando vence o mandato de Powell.

A expectativa é de que o novo comando do Fed tenha mais inclinação a redução de juros.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,94%, enquanto o S&P 500 subiu 0,80% perto das máximas registradas em fevereiro deste ano, e o Nasdaq terminou com valorização de 0,97%, perto da marca histórica registrada em dezembro de 2024.

Sobre o IOF, a derrubada do decreto, aprovada no Congresso na última quarta-feira, não está nem perto de encerrar a discussão, principalmente pela intenção declarada do governo de levar a questão ao STF.

O decano do Supremo, Gilmar Mendes, em entrevista à CNN no início da tarde de ontem, defendeu que o impasse seja resolvido no campo político, e não no Judiciário, mas reconheceu que há precedentes no STF de casos em que decretos legislativos possam ter excedido os limites constitucionais.

Já o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que a derrubada do decreto do IOF criando um “buraco” de R$ 12 bilhões na receita de 2025, além de impactar de maneira relevante para 2026. Por isso, o governo tem 2 a 3 semana para avaliar alternativas para compensar essa perda de arrecadação.

Também ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista à Folha, que o governo está analisando três opções de ação caso a derrubada do decreto não seja revertida. 

A primeira seria busca por novas receitas, o que pode vir da tributação sobre dividendos e do setor do petróleo, que pode incluir novos tributos ou leilão de áreas não exploradas do pré-sal. 

A segunda alternativa apresentada por Haddad, que sempre aparece com o mesmo viés de chantagem, passaria por cortes de programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida, além de serviços de saúde e educação.

Já a terceira via é a judicialização da decisão, levando o caso ao STF.

Fica claro, novamente, que corte de gastos da máquina pública como auxílios e emendas parlamentares seguem fora da discussão. Ao mesmo tempo, inventam novos deputados e senadores, que impactarão diretamente em aumentos bilionários das despesas.

Na agenda de hoje, o mercado analisa os dados que serão divulgados pelo Caged, do Ministério do Trabalho, e a taxa de desemprego medida pelo IBGE. 

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