Caíram de pau em cima do empresário Ricardo Faria pelo que ele disse sobre bolsa família!
Em síntese, Faria disse que muitas pessoas estão "viciadas" no programa, o que dificulta a contratação e o treinamento de novos funcionários.
Poucos dias antes, contei que um prefeito da região encontrou um amigo que disse estar desempregado e pediu emprego.
Sabendo que o amigo é competente na sua profissão, o prefeito respondeu de pronto:
"Passa lá na prefeitura hoje à tarde ou amanhã que vou encaminhar a tua contratação, preciso de profissionais na tua área".
E o amigo reagiu:
"Não, não. Contratado não. Não posso ter carteira assinada, porque perco o bolsa família e o defeso".
Em outras palavras, foi o que o Ricardo Faria falou.
E depoimentos assim, ouvimos quase todos os dias de empreendedores e gestores da região, e de todos os cantos do país.
Não quer dizer que tenha que acabar com o bolsa família, ou com o defeso, ou com outros programas de assistência e apoio do tipo. Longe disso! Mas é preciso rever regras, e aprimorar/atualizar os programas.
O bolsa família e todos os outros programas devem ser apoio para pessoas desempregadas, que não tem renda, que não tem como se sustentar e manter as suas famílias.
Mas, não pode servir para acomodar as pessoas.
A rigor, Bolsa família dever ser "passagem".
Quem entra, deve ser apoiado por um periodo e encaminhado para o mercado de trabalho. Quando necessário, preparado para isso com cursos, treinamentos.
Como disse o Ricardo, não pode "viciar" pessoas no programa, acomodá-los alí.
Mas, se continuar assim, corremos o risco de daqui a pouco aparecer um maluco e acabar com bolsa família e outros programas sociais usando tudo isso como argumento. O que seria um equivoco rotundo, um retrocesso!
Mas, é preciso rever as regras destes programas urgentemente.