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O Conselho Fiscal da Cooperaliança se reuniu ontem e decidiu notificar o presidente Dedê de Jesus para que se afaste voluntariamente do cargo, depois que a denúncia do Ministério Público contra ele, por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro foi aceita pela Justiça.
Se não for atendido, o Conselho deve convocar assembléia da Cooperativa para discutir afastamento do presidente, e já anunciou que vai recorrer à ANEEL.
Dedê garante que não vai se afastar, e que segue sua agenda normal. Hoje, estará em Florianópolis, junto com dirigentes de outras cooperativas do estado, em reunião com o governador Jorginho Mello.
Dedê emtiu nota ontem à tarde:
"Em relação as notícias veiculadas a respeito da decisão proferida pelo Poder Judiciário, que recebeu a denúncia no tocante a minha gestão à frente da CooperAliança, informo que tomei conhecimento com serenidade e respeito, da mesma maneira que recebi a informação de que foi indeferido, pela segunda vez, o pedido para o meu afastamento da Presidência da Cooperativa, a qual seguirei exercendo pautado na seriedade e responsabilidade que o cargo exige.
Reitero que confio nas instituições do Poder Judiciário e Ministério Público, e reafirmo a retidão de minha conduta tanto pessoal quanto profissional a frente desta Cooperativa, tanto é verdade que muitos dos fatos investigados já foram objeto de promoção de arquivamento pelo MPSC.
Por fim, informo que meus advogados ja estão elaborando minha defesa e que no decorrer da instrução processual ficará provado, dentro dos princípios da ampla defesa e do contraditório, a minha inocência frente as acusações".
O Conselho da Cooperaliança também emitiu nota, no fim da tarde:
"O Conselho Fiscal da Cooperaliança, no exercício de suas atribuições legais e estatutárias, informa que o processo decorrente das investigações em curso é amplo, complexo e de grande abrangência financeira envolvendo diferentes áreas e servidores da Cooperativa; O Conselho Fiscal está em fase de análise detalhada dos dados, documentos e informações já disponibilizados; Neste momento, ainda não foram definidas medidas concretas, uma vez que o Conselho Fiscal está avaliando, com cautela e responsabilidade, quais providências serão adotadas frente ao andamento das investigações; O objetivo é garantir que todas as decisões sejam pautadas na legalidade, na transparência e na proteção dos interesses dos cooperados.O Conselho Fiscal da Cooperaliança, no exercício de suas atribuições estatutárias e legais, vem por meio deste comunicar que estará reunido com representantes da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, em data agendada, com o objetivo de tratar de ações de intervenção e medidas regulatórias relacionadas à Cooperaliança de Içara. A iniciativa decorre da necessidade de assegurar a transparência, a boa governança e a proteção dos interesses dos cooperados, diante dos fatos apurados e das recentes investigações criminais que atingem a Cooperativa. Destacamos que o Conselho Fiscal considera fundamental o apoio institucional da FECOERUSC, tanto na interlocução junto aos órgãos de controle quanto no fortalecimento das práticas de fiscalização e conformidade no âmbito das cooperativas de energia. Colocamo-nos à disposição para compartilhar informações e alinhar estratégias conjuntas em prol da credibilidade do sistema cooperativista de eletrificação catarinense".
