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É hora de serenidade e patriotismo

Por Archimedes Naspolini Filho 29/05/2020 - 10:39 Atualizado em 29/05/2020 - 10:45

Pois então: 29 de maio, sexta-feira. Saudades daquelas sextas em que se apressava o final do expediente para o encontro com amigos naquele bar e degustar umas geladas consagradoras de mais uma semana vencida. Ficou tudo igual: a segunda e a terça, a quinta e o sábado, tanto faz, e ninguém mais faz postagens lembrando que “sextou”.

Segunda-feira já será junho. 

A velocidade do tempo é imensurável e nos deixa até assustados. 
Pensei que, em virtude do confinamento a que fomos condenados, o tempo se eternizasse semanalmente, haja vista a monotonia das paredes dos poucos cômodos de nossa casa, nos quais passamos a conviver: ledo engano. Meu sentimento é o de que a velocidade foi acelerada e os dias estão passando num piscar de olhos: segunda-feira já será junho, minha gente. Meio ano se contabilizando.

Mas quero aproveitar esta última participação de maio, deste cinzento ano de 2020, para declarar que não estou gostando do que ocorre em nível nacional. 

A disputa do Poder, a falta de harmonia entre os Poderes, a intromissão intransigente e teimosa de ministros do supremo em particularidades do Poder Executivo, a língua desenfreada do nosso presidente, as atitudes pueris dos seus filhos, a alta taxa de desempregos e a antevisão de dias duros para fechar o ano, nos remetem a um raciocínio muito adequado ao caótico status quo econômico e político do país.

Se não houver serenidade, se o radicalismo não der lugar à harmonia – a começar pelos mais altos dignitários da República –, se o patriotismo não aflorar, as nuvens escuras que povoam o céu do Brasil poderão provocar tempestades, indesejáveis pela maioria dos brasileiros.

A cada dia se avoluma o exército dos desempregados, aumenta o número de iniciativas produtivas cerrando suas portas, de empreendedores jogando a toalha.
Sobrará o quê?

A indústria não produz porque não tem a quem vender. O comerciante não adquire mercadorias porque o freguês desapareceu. O desempregado não compra, pois não tem dinheiro. Os ônibus param porque não há passageiros. Às mesas sentam-se pessoas famintas que, desempregadas, não possuem dinheiro para a compra de alimentos.

Saco vazio não para de pé, diz o adágio popular. 

E quando a fome aperta, os horizontes deixam de existir, o racional dá lugar ao estômago que reclama comida e aí o Homem é capaz de tudo.
Não pretendo, não quero, ser o profeta da desgraça, mas urge que nossos governos nos acenem com projetos que nos animem para não esmorecer.

A continuar assim, tudo parado, tudo estagnado e só o número de desempregados aumentando, e entraremos naquela máxima que nos avisa:  salve-se quem puder!

Hoje é sexta-feira. Segunda-feira será junho. Junho de 2020, um ano perdido!
E que todos comecemos o dia como queremos termina-lo! Bom dia!

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