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De olho nas reeleições!

Por Archimedes Naspolini Filho 31/08/2020 - 09:35

Lá se foi o mês oito, agosto, para alguns o mês do desgosto. Pelo sim e pelo não foi no agosto de 1954 e de 1961 que, respectivamente, Getúlio suicidou-se e Jânio renunciou à presidência da República. 
Será?

Por diversas vezes, tenho me pronunciado sobre o embate eleitoral do dia 15 de novembro deste ano. Em nossa região, lá pelas 18h30, desse dia, teremos os nomes de todos os prefeitos, vices prefeitos e vereadores eleitos naquela data. 

Neste sentido – o da rapidez das apurações – a justiça eleitoral do Brasil dá de relho no mundo inteiro, diria um amigo meu. E é verdade! 

Aquela expectativa de pleitos anteriores, quando as apurações varavam infindáveis dias, e até noites, uma semana, inclusive, aqui em Criciúma, deu lugar a uma explosão de sentimentos que, mal fechadas e lacradas as urnas, a contagem final passa a ser conhecida por todo o município, que passa a digerir os respectivos resultados. 

Sentimentos de alegria e de tristeza, dependendo da voz das urnas.

Por diversas vezes, também, tenho me manifestado sobre o perfil do candidato que eu gostaria de votar, tanto para prefeito quanto para vereador. O vice prefeito não conta, haja vista que temos, nessa escolha, uma escolha de cabresto: votando no candidato a prefeito estamos votando, automaticamente, no candidato a vice prefeito que com ele foi registrado. E isto frustra muitos eleitores: há os que gostariam de votar naquele vice, mas são impedidos porque não confiam no candidato a prefeito. E vice-versa. 

A indecisão de concluir a pesquisa para saber quem merecerá o nosso voto define, de pronto, em quem não votaremos. Nisso nós todos somos perfeitos, e rápidos!

Com menor frequência, tenho me ocupado do sistema eleitoral brasileiro e condenado a prática da reeleição. Especialmente quando se observa que o candidato quer a reeleição como arma, ou trampolim, para se candidatar a um outro posto nas eleições imediatamente subsequentes, aquelas que serão feridas daqui a dois anos. 
Ridículo! 
O indivíduo se candidata à reeleição e já faz uma composição eleitoral que vincula o apoio, do partido do candidato a vice prefeito, ao compromisso deste – o vice - concluir o mandato, haja vista que, em tempo hábil, renunciará ao posto para o qual foi eleito, isto é, o de prefeito, para se candidatar a um grau mais elevado. 

Assim, na maior! 
Fácil assim!

Manobrando com o eleitor como se maneja o gado ao matadouro.

A função pública é um ato de alta significância para o dignitário e para os seus eleitores. E o eleito não poderia, na minha ótica, trair a confiança que o eleitor lhe conferiu, auto reduzindo o seu mandato pela metade, renunciando ao mandato, para satisfazer a ganância pelo poder. 

É preciso que estejamos atentos a tais desideratos.

Digo-lhes, com absoluta convicção, que prefeito que busca a reeleição, como trampolim para galgar postos mais elevados nas eleições seguintes, deveria ficar na estrada. Se é para se candidatar com data marcada para renunciar, deveria rodar no primeiro turno, esse turno aí do dia 15 de novembro.

E que todos comecemos o dia como queremos termina-lo!
Bom dia!

 

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