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DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Maga Stopassoli 28/09/2022 - 17:39 Atualizado em 28/09/2022 - 18:04

Você já deve ter ouvido por aí que eleição geral é a copa do mundo do jornalismo político. Igual à Copa, a cobertura das eleições exige dedicação, treino, time jogando junto. Às vésperas da semifinal, já que em Santa Catarina devemos ter 2º turno, tenho a satisfação de integrar a equipe de jornalistas políticos do Portal 4oito e Rádio Som Maior, composto por um time que está ganhando. Estaremos juntos durante todo o dia na cobertura especial no Dia do Voto e, depois que a votação for encerrada, seguiremos acompanhando voto a voto a apuração. O eleitor vai votar para Deputado estadual, federal, Governador, Senador e Presidente da República e não é eleição pra cardíaco. As pesquisas recentes encomendadas pela Som Maior indicam que o cenário estadual ainda está indefinido, então imagina acompanhar a apuração com a trilha sonora, aquela, do Adelor?!

Antes disso, na sexta-feira (30), às 19h, teremos o Parlatório edição especial, com um balanço do 1º turno das eleições, incluindo os melhores momentos (outros nem tanto), dos candidatos e a repercussão do debate promovido pela NSC nesta terça-feira (27).

Ainda não sabemos o resultado das eleições deste domingo, mas, uma coisa a gente garante: na política, de tédio, ninguém morre.

Eu sou Maga Stopassoli e a partir de agora nos encontraremos também aqui no Portal 4oito. 

Por Maga Stopassoli 28/09/2022 - 20:24 Atualizado em 28/09/2022 - 20:53

O último debate entre os candidatos ao governo do estado em Santa Catarina, promovido pela NSC e que foi ao ar na noite desta terça-feira (27) não teve grandes emoções. Mas a essa altura do campeonato e com as pesquisas indicando que as coisas não estão definidas, você sabe: um risco vira Francisco.

Foi o que aconteceu no penúltimo bloco do debate de ontem. O governador licenciado e candidato à reeleição, Carlos Moisés (Republicanos) deu uma declaração em resposta ao candidato Jorginho Mello (PL) que acabou sendo o ponto alto da noite. Veja:

“- Bom, já que você quer que eu fale a verdade. A Casan está em boas mãos, o Estado está investindo, são 3 bilhões na Celesc, investimentos altíssimos na Casan. Porque nós temos integridade, cuidamos dos contratos públicos. Diferentemente de você, que me procurou para eu não mexer em um contrato público que eu revisei, e economizei. Era R$ 100 milhões por ano, baixou para R$ 50 milhões”, disparou Moisés.

Mello reagiu imediatamente à fala do adversário, chamando-o de mentiroso e que ele teria de provar o que disse. Nesta quarta-feira, tanto Jorginho quanto Moisés estiveram em Criciúma para atos de campanha com seus apoiadores, mas a pergunta de milhões, foi: que contrato é esse, Moisés?

No fim do dia, Moisés falou com o blog por vídeo e em pouco mais de cinco minutos de conversa, respondeu que se tratava de um contrato do sistema prisional e que o encontro entre ele e o então senador teria acontecido no final de 2020. O candidato aproveitou para, mais uma vez, alfinetar Jorginho Mello e disse: “Se você perguntar pras lideranças políticas de Santa Catarina quem é Jorginho Mello, não tem um que dê uma referência boa. Eu realmente fico impressionado. Se tem uma unanimidade é isso”, disparou.

Assista aqui: 

Mais cedo, o jornalista Upiara Boschi publicou em seu site a informação de que Jorginho Mello havia protocolado uma ação por danos morais contra Carlos Moisés. Ainda durante a tarde, o candidato do Progressistas, Esperidião Amin, também entrou na conversa e apresentou notícia-crime contra Jorginho Mello para que o Ministério Público do Estado de Santa Catarina apure a denúncia que Carlos Moisés fez ontem no debate da NSC TV, ao afirmar que Jorginho teria solicitado ao governador para que não interferisse num contrato público de seu interesse, o que, se confirmado, pode configurar crime contra a Administração Pública estadual.

Em entrevista ao jornalista Adelor Lessa, Jorginho Mello negou que a conversa citada por Moisés tenha acontecido.
 

 

Por Maga Stopassoli 29/09/2022 - 18:11 Atualizado em 29/09/2022 - 18:16

No centro de uma polêmica nacional, o termo “voto útil” vem ganhando força nas discussões políticas, especialmente nesta reta final de campanha. O conceito de voto útil é mais ou menos o seguinte:

“Não gosto do candidato 1, mas gosto menos ainda do candidato 2 e o candidato que eu gostaria de votar não tem chance de se eleger, portanto, vou votar no candidato 1 pois me parece menos pior”.

Ao melhor estilo “segura na mão de Deus e vai” o eleitor tem feito suas escolhas buscando não só eleger o candidato de sua preferência, mas, principalmente, dificultar a eleição daquele que ele não quer ver ocupando cargo público, nem pintado de ouro. Ruim com esse, pior com aquele, bradam na internet e nos grupos de whatsapp.

Na esfera nacional o chamado voto útil foi abraçado em sua maioria pela esquerda. Entre os principais argumentos, defendem que os eleitores de Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Soraya Trhonick (União) devem migrar seus votos a Lula (PT), pois projetam que o petista tem chance de ser eleito em 1º turno. E, claro, isso despertou fortes emoções entre os eleitores.

Diga ao povo que sou candidato

A narrativa que parece substituir o movimento #elenão de 2018 não foi abraçada integralmente pelo eleitor, mesmo assim, vem mobilizando militantes, artistas e empresários e provocou reação acalorada de Ciro Gomes (PDT). O candidato a presidente chegou a anunciar que faria um Manifesto à Nação – e fez – para dizer, em resumo, que: “diga ao povo que mantenho a candidatura e, repare bem, parem com esse negócio de voto útil”. Foi uma tentativa de estancar a possível debandada de parte de votos que irá contabilizar no próximo domingo. Segundo o levantamento feito pela Vox Radar, especializada em análise de redes sociais e publicado no site da Revista Valor Econômico, as menções sobre voto útil citando Ciro Gomes e Simone Tebet começaram no fim de agosto e tiveram um aumento expressivo entre os dias 9 e 10 de setembro. Paralelo a isso, Ciro subiu o tom dos ataques a Lula.

Em Santa Catarina essa história vai colar?

Nos últimos dias o eleitor catarinense vem considerando a possibilidade de entrar na onda do voto útil. Abertamente, nenhum candidato ao governo em Santa Catarina abraçou a narrativa a ideia, mas, o movimento começa a crescer por aqui também mesmo a essa altura do jogo, faltando dois dias e algumas horas para o dia da eleição. É possível perceber apoiadores deste ou daquele candidato se mobilizando através das redes sociais para conseguir atrair aquele valoroso eleitor que ainda não se decidiu ou que ainda possa mudar seu voto.

Acima de quaisquer narrativas, o voto deve ser útil mesmo para cada cidadão brasileiro.

 

 

 

 

 

Por Maga Stopassoli 04/10/2022 - 20:51 Atualizado em 05/10/2022 - 08:53

O 1º turno das eleições gerais aconteceu neste domingo (2) e 48h após o fim da apuração ainda tem muita gente sacudindo a poeira. Além de muitos vídeos nas redes sociais dos candidatos eleitos e não eleitos, mandando um recado ao seu eleitor agradecendo pelos votos recebidos, nós também vimos outros recados nesta eleição. É bem verdade que as urnas não falam, as urnas simplesmente exalam o recado que vem do eleitor. Baseado nisso, fizemos uma breve análise do que elas disseram no domingo e compartilhamos aqui, com o nobre leitor.

1 - Catarinenses continuam campeões em Bolsonarismo

Santa Catarina concentra apenas 3,5% do eleitorado brasileiro, aproximadamente 5.5 milhões de eleitores. Neste primeiro turno, o estado deu a Jair Bolsonaro 62,21% dos votos (2.694.906 votos). Em Criciúma o percentual foi um pouco maior: 64,5% dos votos, o que corresponde a 75.743 votos, contra 26,79% de votos para Lula.

2 - Mulheres votam em mulheres?

Em Santa Catarina, não necessariamente. É que, segundo dados do TSE, as mulheres representam 52% do eleitorado catarinense, mas a representatividade feminina diminuiu nesta eleição. Em 2018 foram cinco mulheres eleitas entre os 40 representantes da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina. Em 2022, foram três. Paradoxalmente, são duas mulheres as parlamentares mais bem votadas do estado: Ana Caroline Campagnollo (PL) com 196.571 votos e Luciane Carminatti (PT) com 92.478 votos. Além delas, Ana Paula da Silva (Podemos) fez 58.694. As três são candidatas reeleitas, ou seja, não houve nenhuma candidatura feminina eleita para exercer seu primeiro mandato na Alesc.

3 - Moisés não teria governabilidade

O governador Carlos Moisés da Silva ainda não se manifestou publicamente sobre a derrota que sofreu neste domingo ao não ir para o 2º turno. Enquanto ele encaminha o fim do mandato e começa a organizar a transição de equipe para o próximo governo, deve estar olhando a lista de parlamentares que estarão na Alesc em 2023 e agradecendo o resultado das urnas. Moisés teria dificuldades em seu governo, já que o PL fez a maior bancada aqui no estado, elegendo 11 deputados estaduais. Por lá, encontraria, ainda, Antídio Lunelli, o ex-quase-candidato ao governo pelo MDB que, ao ser derrotado nas prévias, lançou candidatura como deputado estadual e foi eleito com 74.500 votos.

4 - Salvarismo em risco?

O prefeito de Criciúma, Clesio Salvaro apoiou publicamente três candidatos nesta eleição: a deputada federal Geovânia de Sá (PSDB), candidata à reeleição, Acélio Casagrande (candidato a estadual) e Esperidião Amin (PP), candidato ao governo do estado. Nenhum foi eleito. Dada a influência política de Clésio Salvaro, o resultado ficou abaixo da expectativa.

5 – O apoio de João Rodrigues

Lembra que em março deste ano, João Rodrigues e Clésio Salvaro ensaiaram uma chapa para concorrer ao governo do estado? À época, a possibilidade chegou a causar um reboliço nos bastidores já que ambos são políticos influentes em suas cidades e têm alto nível de aprovação de suas gestões. Mas, assim como Salvaro, Rodrigues também não conseguiu transferir essa influência aos candidatos que apoiou. Prova disso foi o desempenho de Gean Loureiro (União), candidato a governador apoiado por Rodrigues, que ficou em 4º lugar em Chapecó, atrás, inclusive, do candidato do PT, Décio Lima. Além disso, o prefeito do oeste não conseguiu eleger sua candidata a deputada federal, Marlene Fengler. Isso não tira, em nenhum momento, o mérito dos líderes que são Salvaro e João Rodrigues. Mas mostra que o eleitor vota neles, propriamente, mas, mostra alguma resistência quando o voto é para candidatos que apoiam.

6 - Eleitor gosta de opiniões mais do que de projetos para o mandato

Se o nobre leitor fizer uma análise rápida dos eleitos nesta leva, vai observar que alguns dos que fizeram boa votação não apresentaram ao eleitor, digamos assim, nenhuma grande proposta. Eles entenderam que, melhor do que boas propostas, o eleitor gosta mesmo é de saber a opinião do candidato que irá receber seu voto. Planos para a educação, infraestrutura, saúde, emprego? Que nada. Quero saber o que você pensa sobre a família, hino nacional, constituição, etc. A essa altura do texto, talvez seja válido repetir o que disse lá no início: essa não é minha opinião. É apenas a leitura do que as urnas nos disseram no domingo.

7 – O Sul manteve suas oito cadeiras no parlamento catarinense

Uma das grandes preocupações da região sul nesta eleição era a possibilidade de diminuir a representatividade na Alesc, diminuindo o número de eleitos já que esta foi uma eleição com grande de número de candidatos. A pulverização dos votos poderia acabar “jogando contra” e elegendo menos deputados. Não foi o que aconteceu. Eram oito representantes em 2018 e permanecem oito em 2022. São eles: Jessé Lopes (PL), Julio Garcia (PSD), Volnei Weber (MDB), Tiago Zilli (MDB), Rodrigo Minotto (PDT), Estener Soratto (PL), Pepê Colaço (PP), Zé Milton Scheffer (PP).

8 – Na Câmara federal, nossa região manteve três cadeiras

Na Câmara Federal, o eleitor da região sul também ajudou a manter as três cadeiras que já a região já ocupava. Os representantes que estarão lá a partir de 2023 são: Júlia Zanatta (PL), Daniel Freitas (PL) e Ricardo Guidi (PSD).

9 – Amin em 5º lugar 

Baluarte da política catarinense, o agora novamente senador, Esperidião Amin terminou a eleição num amargo quinto lugar. Com uma trajetória vitoriosa, acumulando no currículo os cargos de governador do estado, deputado estadual federal, prefeito de Florianópolis e senador, Amin não passou batido pelos debates entre os candidatos no 1º turno. O candidato do Progressistas marcou o que deve ser sua última disputa eleitoral por momentos interessantes de embate com seus adversários, mas não conseguiu convencer o eleitor de que poderia ser “a renovação que o estado precisa”.  Em Criciúma, onde era apoiado por  Clesio Salvaro, o pepista também teve baixo desempenho, ficando em 4º lugar.

10 – Não há bolsonarismo fora do partido de Bolsonaro

Essa lição foi a mais importante lição desta eleição e foi feita pelo colega Upiara Boschi. Em sua análise, o jornalista conclui que não adianta ser bolsonarista e pedir votos para si e para o atual presidente se não estiver no mesmo partido de Jair Bolsonaro. Exemplo disso aqui no estado foi a tentativa de vários candidatos em tentar colar sua imagem a Bolsonaro pra tirar casquinha dessa influência. Não funcionou. Portanto, não importa a sigla partidária – em 2018 foi o falecido PSL com o 17 – para ter alguma vantagem na urna, só se for o mesmo número do partido do presidente.

Por fim, respondendo a pergunta mais repetida desde domingo, com a devida licença poética, lanço mão desse momento histórico de Dilma Roussef que disse: “Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder”.

Assista Dilma Rousseff em 2010:

(to brincando, gente). O segundo turno vem aí e ainda temos muito chão até dia 30 de outubro.

 

 

Por Maga Stopassoli 07/10/2022 - 20:06 Atualizado em 07/10/2022 - 20:17

Começou nesta sexta-feira (7) e vai até o dia 28 de outubro a propaganda eleitoral gratuita (mas não muito), no rádio e na tv. Aqui em Santa Catarina, onde haverá 2º turno, o eleitor vai poder acompanhar a propaganda dos candidatos ao Governo do Estado, Décio Lima e Jorginho Mello e também para Presidente, na disputa entre Lula e Bolsonaro.

É nessa hora que o eleitor deve pensar:

- Tá, mas e eu com isso?

Vamos combinar que assistir propaganda eleitoral não é lá uma das coisas mais interessantes de se fazer. Imagina você, no seu momento de descanso, à noite, pensando: “nossa, queria tanto ver uma propaganda eleitoral agora pra dar uma distraída!”. Mas é do jogo. Faz parte do processo eleitoral. O eleitor deve ter direito ao acesso à propaganda dos candidatos que, por sua vez, tem a obrigação de bem comunicar suas propostas. Ou seria o candidato que tem o direito de falar de suas propostas e, o eleitor, o dever de assistir para fazer uma boa escolha na urna? Enquanto você decide qual é a melhor teoria, vamos falar dos candidatos que voltaram à cena hoje, mas não sem antes pontuar que:

O jogo virou, queridinhos

Antigamente, as peças publicitárias de um candidato tinham o poder de atrair voto e mudar o resultado de uma eleição. Só que desde 2018, essa lógica parece ter ficado para trás. Se antes a equipe de marketing traçava uma estratégia e conduzia o eleitor, primeiro atraindo sua atenção e depois convertendo essa atenção em voto, (como se fosse um funil de vendas), agora, o eleitor “diz” o que quer ver na propaganda de quem ele pretende votar. É ele, o eleitor, quem dá as cartas. Se havia restado alguma dúvida sobre isso lá em 2018, a eleição do último domingo, sacramentou. O eleitor é o dono da bola e, parece que o jogo virou.

Décio Lima: o que Bolsonaro fez em SC?

Com essa pergunta, o candidato a governador, Décio Lima (PT), abriu o primeiro programa de tv dessa segunda temporada de “Santa Catarina”. Ao melhor estilo lulista e sem medo de ser feliz, o candidato do PT citou nomes, provocou, falou de Lula, e foi pra cima de Bolsonaro e de Jorginho Mello, criticando as motociatas e cortes de verbas federais para o estado. Nos cinco minutos de duração, também teve imagens de bastidores do momento da apuração dos votos, trechos do comício de Lula em Florianópolis e propostas.

Jorginho Mello: agradecimento e vínculo com Bolsonaro

Com a segurança de quem sobreviveu ao 1º turno e captou a mensagem do que o eleitor quer ver na tv, Jorginho Mello deu continuidade ao que já vinha fazendo: vincular sua candidatura a Jair Bolsonaro. No vídeo que foi ao ar hoje, também com duração de cinco minutos, Jorginho cita o expressivo número de eleitos pelo PL, chama o Presidente de capitão e agradece os votos que recebeu. No recheio da peça de campanha, o candidato faz um breve resume de sua vida e lembra que nunca perdeu uma eleição.

62,21% x 29,54%

Enquanto Décio Lima tenta não demonstrar preocupação com as estatísticas que não estão a seu favor, no estado que votou massivamente em Bolsonaro, Jorginho Mello deixa claro que está só administrando o jogo. Ambos adotaram estratégias diferentes um do outro neste primeiro dia de propaganda do 2º turno. Enquanto Décio faz críticas ao atual Presidente com a estratégia de virar votos para Lula, Jorginho Mello passeia de verde e amarelo, sem fazer muitos ataques. No último domingo, Santa Catarina deu 62% de votos a Jair Bolsonaro, percentual que deve se repetir e até aumentar no próximo dia 30. Eleitoralmente, é como se Jorginho não tivesse muito mais o que fazer além de citar Jair Bolsonaro repetidamente. Já Décio Lima trabalhar para tentar virar esse jogo, ou, pelo menos, aumentar o percentual de Lula por aqui.

Por fim,

Tanto o candidato que nunca perdeu uma eleição, quanto o candidato que fez história na esquerda catarinense, indo para o 2º turno, sabem que atrair a atenção do eleitor não é tarefa fácil. Mas sabem, também, que o eleitor nunca esteve tão atento ao que dizem os postulantes às vagas de emprego abertas de quatro em quatro anos no Brasil.

 

 

 

Por Maga Stopassoli 10/10/2022 - 13:06 Atualizado em 10/10/2022 - 13:15

Atual representante do bolsonarismo em Santa Catarina e franco favorito a vencer a eleição para governador, o experiente candidato Jorginho Mello (PL), concedeu entrevista na manhã desta segunda à Rádio Som Maior, de Criciúma. Eu disse “atual” pois em 2018 a vaga de candidato bolsonarista foi ocupada por Carlos Moisés da Silva, eleito pelo falecido PSL, com uma votação expressiva, por ostentar a imagem de “candidato do Bolsonaro” aqui no estado. De lá para cá, muita coisa mudou e o candidato que representa o bolsonarismo, também. Jorginho Mello, que foi batizado “Jorginho” e não Jorge, como ele gosta de frisar, em algum momento parece destoar da imagem bolsonarista que tenta impor, como quando reforça que irá destinar 50% das vagas dos cargos comissionados de seu governo, às mulheres. Mello tem vasta vivência política, tendo ocupado diferentes funções, entre elas, deputado estadual, federal, presidente da Alesc, governador interino, senador.

Há três semanas do 2º turno, tem como adversário o candidato do PT, Décio Lima. Era o cenário dos sonhos projetado pelo candidato, já que pesquisas indicavam que enfrentar o representante da esquerda apontaria uma vitória com folga. Eu sei que você está aí pensando que as pesquisas falharam aqui no estado, mas vale lembrar que agora temos o resultado das urnas no 1º turno e elas deram 38% para Jorginho Mello e 17% para Décio Lima. Esses são os fatos. Uma semana após carimbar sua ida ao 2º turno, é possível observar que a preocupação dos eleitores catarinenses está voltada para duas questões centrais: qual será o perfil da equipe de governo que Jorginho pretende montar e como seria sua gestão numa eventual vitória de Lula.

Em meia hora de conversa, Jorginho Mello foi questionado sobre essas questões e também sua opinião sobre o piso da enfermagem, cotas para mulheres em seu governo, aporte de recurso estadual em obra federal, quais projetos do atual governo ele manteria, entre outros assuntos. A entrevista completa está disponível no youtube do Portal 4oito.

Se Lula vencer as eleições

No caso de uma vitória de Lula no próximo dia 30, Jorginho Mello disse que ocupar uma função pública é representar uma coletividade. “No caso do governador, está representando o estado, que precisa de parceria com o governo federal. Quem não fizer isso, prejudica o estado. Então não tenho dúvida, de que se não for o Presidente, mas, fique tranquila, a eleição já foi revertida. O relacionamento respeitoso tem que acontecer e isso eu sei fazer muito bem”, destacou, deixando claro que pretende manter bom relacionamento com o governo federal, independente de quem seja o Presidente.

Mello já foi governador

Upiara Boschi lembrou que neste domingo (9) fez 13 anos que Jorginho Mello assumiu o governo do estado interinamente (durante a gestão de Luiz Henrique da Silveira) e perguntou se foi naquela ocasião que ele decidiu que queria ser governador legítimo. Mello ressaltou que sempre imaginou um dia poder ser o governador deste estado. “Há muito tempo eu desejo ser. Quando assumi o senado eu falei que iria trabalhar pra construir uma candidatura a governador”.

Tirar dinheiro de obra dá uma conversa ruim

Adelor Lessa citou a BR 285, rodovia federal que teve a obra interrompida no início desse ano por falta de recurso. Depois, as obras foram retomadas com recurso estadual e, na sequência, com recurso federal. Para 2023 o orçamento da União prevê apenas R$ 320 mil pra essa obra, o que não daria para fazer nem um quilômetro de asfalto. Se o Sr. for governador, o estado vai colocar dinheiro na obra pra ela não parar, questionou o jornalista.

“Tirar dinheiro de uma obra dá uma conversa ruim. Se o governo federal não conseguir - mas vai conseguir-, é claro que nós vamos fazer isso. Tudo que é do Sul a gente vai tocar. Se o governo federal não tiver, nós vamos colocar e descontar imediatamente da dívida do estado”.

Dinheiro pra lá, dinheiro pra cá

Recentemente, Jorginho Mello disse que pretende dar continuidade ao Plano 1000, programa de repasse de verba aos municípios que ficou conhecido como “Pix”. Hoje, o candidato foi questionado sobre qual outro programa do atual governo ele daria sequência, além do pix. “Eu disse para os prefeitos, se a preocupação é dinheiro pra lá, dinheiro pra cá, fiquem tranquilos. Eu sendo governador a gente vai tocar com racionalidade todas as obras que são estruturantes”, respondeu.

Lu Ceretta na pasta da Educação?

Upiara Boschi perguntou se nomes que já foram indicados por Mello em outras gestões, como é o caso de Ronaldo Carioni (DNIT), podem compor o secretariado de seu governo. O candidato disse que não tem nenhum nome definido. “Depois de eleito vou tratar disso imediatamente. A imprensa falou sobre Professor Cimadon de Joaçaba, a Professora Lu Ceretta aí de Criciúma, para a Educação, são dois nomes extraordinários, mas não temos nada definido ainda. Vou chamar os melhores nomes de Santa Catarina”, pontuou.

Completar a tabela SUS

Adelor Lessa trouxe à pauta a tabela SUS e perguntou se em seu governo, Jorginho pretende completar a tabela, fazer um aporte periódico aos hospitais filantrópicos pra fazer um equilíbrio financeiro dos hospitais. “Claro. Nós vamos fazer um grande mutirão para zerar as filas”, disse o candidato.

Piso da Enfermagem

Continuando na pauta da saúde, perguntei sua opinião sobre o piso da enfermagem. “Sou a favor. Acho que o governo federal pode mexer no imposto da folha de pagamento dos hospitais pra ajudar. Tem fundos que a deputada federal Carmen Zanotto está fazendo um trabalho em Brasília.  Sou favorável ao piso. O Brasil tem dinheiro, os estados têm, acho que não é um bicho de sete cabeças. Dá pra fazer um sacrifício pra prestigiar eles”, concluiu.

Educação superior: aumentar os investimentos de 3 para 5%

“Vou comprar as vagas do sistema Acafe. Passar de 3 para 5% o investimento estadual em educação superior”, ressaltou.  Upiara quis saber de onde o governo vai tirar o dinheiro (aproximadamente R$ 2 bilhões). “Vamos tirar do próprio orçamento. é questão de prioridade”.

50% dos cargos comissionados para mulheres

Lembrei o candidato que no primeiro turno, ele havia dito que destinaria 50% das vagas dos cargos comissionados às mulheres. “O Sr. mantém essa promessa?”, perguntei. “Claro. Eu quero prestigiar as mulheres. Até brinquei que pode ser 60%. Quero contratar as melhores cabeças, pode ser 60% homem, mulher”.

 

 

Por Maga Stopassoli 12/10/2022 - 20:25 Atualizado em 12/10/2022 - 20:28

O dobro de votos do 1º turno (e um pouco mais). É essa a votação que o candidato do PT, Décio Lima, precisa fazer para vencer a eleição no próximo dia 30. A verticalização da eleição nacional respingou em Santa Catarina e levou para a disputa em 2º turno, os representantes de Lula e de Bolsonaro, Jorginho Mello (PL) e Décio Lima (PT). Nesta terça (11), o candidato do Lula foi nosso entrevistado e questionado sobre como pretende fazer para reverter esse cenário e ser o próximo governador.

Décio citou como exemplo sua eleição para prefeito de Blumenau em 1996 quando não havia perspectiva de vitória. Antes disso, disse que nunca faltou paixão em sua trajetória.

“Governar é levar resultado. Eu vou fazer um governo plural”, destacou.

Plano 1000 vai continuar

“Vocês vão me perguntar se eu vou continuar com o plano 1000. Tudo que é bom tem que continuar”, disse o candidato, em referência ao Plano 1000, programa criado durante a gestão de Carlos Moisés.

Piso da enfermagem

Décio Lima disse defendeu o piso da enfermagem e disse que esse setor da saúde se tornou um alicerce da saúde pública. “Vou lutar pelo piso e se for governador vou garantir o pagamento do ´piso da enfermagem”, frisou.

Preço da gasolina

“O problema da gasolina nós vamos com a retomada do pré-sal”, respondeu Décio Lima ao ser questionado sobre como compensar a queda da receita dos estados por conta da diminuição do preço da gasolina.

Quanto tempo vai durar o amor

Décio se autointitula o candidato do amor. Caso Bolsonaro vença a eleição presidencial, e Décio, a eleição estadual, quanto tempo duraria esse amor, questionamos. O candidato disse que o amor é eterno. Eu não tenho problema em conviver com as diferenças. Eu convivo com Bolsonaro 12 anos debaixo do mesmo teto (no período em que foram deputados federais).

Assista a entrevista na íntegra aqui:

 

Por Maga Stopassoli 17/10/2022 - 13:20 Atualizado em 17/10/2022 - 13:52

“Isso não está nos meus planos”. Essa é resposta que você mais vai ouvir de agora em diante dos recém reeleitos deputados federais de Criciúma quando questionados sobre uma candidatura a prefeito em 2024. É que passada a eleição, pelo menos o 1º turno, quando são definidos os deputados estaduais e federais, começam as especulações sobre os possíveis nomes para a disputa municipal. Termina uma eleição, começa outra. Aqui em Criciúma, capital nacional dos apaixonados por política, existe ainda uma outra pergunta também repetida à exaustão: quem será o sucessor do Salvaro?

Por enquanto, três nomes surgem no cenário carvoeiro. São eles: Ricardo Guidi (PSD), Daniel Freitas (PL) e Acélio Casagrande (PSDB). Antes de continuar, importante destacar: sim, temos outros nomes no radar, porém, esta primeira análise levou em conta os federais reeleitos e quem obteve a maior votação da cidade. Resultaram os três nomes supracitados e que foram entrevistados após as eleições na Som Maior.

Ricardo Guidi

Mas é inegável que no dia a dia eu recebo inúmeras manifestações de que eu devo ser candidato a prefeito já na próxima eleição.

O deputado federal Ricardo Guidi foi reeleito com 74.066 votos. Destes, 13.582 foram de eleitores criciumenses. Vale destacar que a cidade contabilizou 117.431 votos válidos no 1º turno. Guidi, por estar em segundo mandato e ter feito boa votação em Criciúma, está automaticamente credenciado a ser candidato a prefeito na próxima eleição. Questionado sobre essa possibilidade, o deputado negou (mas não muito). “Acho que não é o momento de falar em eleição municipal agora. Mas é inegável que no dia a dia eu recebo inúmeras manifestações de que eu devo ser candidato a prefeito já na próxima eleição. Sem dúvida nenhuma eu tenho me preparado, acompanhei meu pai desde cedo, que foi prefeito dessa cidade. Mas realmente acho que não é o momento de discutir isso”, disse. Após a insistência de Adelor Lessa em saber se o filho da dona Sandra Zanatta já havia tratado do assunto com a prima e agora também deputada federal, Júlia Zanatta, o parlamentar disse que “muito sutilmente, como a gente conversa com todo mundo”, admitiu.

Daniel Freitas

Eleição na terra é tempo de guerra

O deputado federal Daniel Freitas (PL), também foi reeleito para mais um mandato na Câmara Federal. Freitas pôs na conta 108.001 votos, sendo 19.995 somente em Criciúma. Mais do que um nome natural para disputar a prefeitura, Freitas demonstrou vontade de ser candidato em 2024, ainda que com algum receio de usar as palavras erradas em terras salvaristas. É que no 1º turno das eleições deste ano, o prefeito de Criciúma gravou um vídeo de apoio ao então candidato. Por isso, na hora de responder se projetava uma candidatura municipal, ele disse o seguinte:

“Dizer que criciúma não passa pelos meus planos, seria uma ingratidão da minha parte. Mas as competentes mãos do prefeito Clésio Salvaro nos deixam muito tranquilos que a cidade está em boas mãos”. Depois, na sequência da entrevista, Daniel lembrou que “eleição na terra é tempo de guerra”. Vamos guardar essa frase pro futuro.

Acélio Casagrande

De que forma fazer o eleitor voltar a votar em propostas, em bandeiras e não em números?

Acélio Casagrande obteve o apoio público de Salvaro nesta eleição e fez a maior votação da história de Criciúma para deputado estadual: 26.621 votos. Mesmo assim, faltaram 780 votos para que ele conseguisse se eleger. A boa votação foi fruto da imagem colada a de Salvaro ou resultado do trabalho à frente da Secretaria da Saúde durante a pandemia? Por esse ou aquele motivo, seu desempenho foi expressivo e Casagrande passa a figurar de modo natural como um dos possíveis nomes para concorrer à prefeitura na próxima eleição. Questionado sobre isso, o agora novamente secretário municipal da saúde, escapou da resposta ao dizer que, mais importante que isso, é hora de reaprender a faze campanha. “De que forma fazer o eleitor voltar a votar em propostas, em bandeiras e não em números?”, disse em referência ao 13 e ao 22 (dos candidatos a presidente).

Acélio será o candidato do Salvaro?

Ele pode ser o que ele quiser

Na semana passada, quando reuniu a imprensa para falar sobre as obras do mirante Realdo Guglielmi, no Morro Cechinel, Salvaro falou que permanece no PSDB e se referiu a Acélio Casagrande dizendo que “ele pode ser o que ele quiser”. A manifestação em tom otimista com relação ao seu pupilo deu margem à interpretação de que o candidato que não se elegeu para deputado estadual, pode ser o nome do atual prefeito para as próximas eleições na Salvarolandia. É bom ressaltar que talvez nem o próprio Clésio tenha certeza da resposta para a pergunta que abre esse parágrafo, mas, uma coisa é certa: é bom começar a treinar a resposta pois será cada vez mais comum ouvi-la de agora em diante.

 

 

Por Maga Stopassoli 19/10/2022 - 16:05 Atualizado em 19/10/2022 - 16:09

Eleito em 2018 com mais de 70% dos votos, o governador Carlos Moisés da Silva era o candidato do Bolsonaro em Santa Catarina. Até aí, tudo bem, não fosse o fato de isso não ter sido combinado com os russos, ou melhor, com Bolsonaro.  Desde que iniciou sua gestão, Moisés mostrou que, de “candidato do Bolsonaro”, mesmo, ele só tinha o 17 do PSL, partido que naquele ano serviria de hospedeiro para abrigar os candidatos do presidente. E não que isso seja uma crítica. Sob alguns aspectos, pode até ser um elogio, dependendo de quem observa. Em quatro anos de mandato, além das polêmicas, Moisés nunca conseguiu se livrar da marca de traidor do presidente, assunto que ainda gera discussão e que nunca respondeu à pergunta: quando ocorreu o afastamento entre o governador e o presidente, fato que gerou a fama de traidor?

Corta para outubro de 2022, pós 1º turno das eleições

Nesta terça-feira (18), a jornalista Dagmara Spautz (NSC), divulgou com exclusividade em sua coluna, um vídeo gravado em 30 de agosto de 2018, em Porto Alegre, durante um evento, no início da campanha daquela eleição. Na gravação, estão presentes Lucas Esmeraldino (candidato a senador), Jair Bolsonaro (candidato a presidente), Carlos Moisés (candidato a governador) e Daniela Reihner (candidata a vice na chapa com Moisés). Todos do PSL e todos concorrendo pela primeira vez aos cargos citados.

O áudio da gravação é acompanhado de muito ruído, mas é possível compreender o breve diálogo entre eles. Enquanto uma pessoa da produção do evento coloca o microfone em Jair Bolsonaro, ele está de costas para Moisés, enquanto se dirige a Esmeraldino e diz em tom áspero:

“Olha só, vamos abrir o jogo aqui. Eu me dou bem com o Amin, eu me dou bem com todo mundo. Se fecha lá no estado, eu ganho antipatia com todo um montão de gente, e o candidato sou eu”.

Lucas Esmeraldino responde:

“Não, nós estamos subindo nas pesquisas”

Bolsonaro então vira de frente para Moisés, se dirige a Esmeraldino e continua:

“Então você fala, você encaminha".

Nesse momento, Moisés tenta interromper e argumenta dizendo que entre os candidatos ao governo no estado, não tem nenhum do PP.

Bolsonaro prossegue:

“Eu não quero problema no estado, a candidatura é minha. Quando você fecha com um cara, vocês sabem que, se ele não tem chance, eu ganho uma porrada de inimigos. É isso que eu quero que vocês entendam”.

A gravação é encerrada com Moisés dizendo: “nós vamos para o segundo turno”.

Naquela eleição, Jair Bolsonaro, então candidato a presidente pelo PSL, não queria que seu partido tivesse candidato próprio em Santa Catarina, decisão que foi contrariada pela sigla que, não só lançou candidato, como venceu a eleição com folga. Desde o primeiro dia de seu mandato, Moisés e Bolsonaro nunca tiveram uma relação aproximada, à exceção de situações que o cargo exigiu. A fama de traidor, que sempre pairou sobre a cabeça do governador catarinense, agora, parece muito mais uma birra de alguém que não lidou bem com uma ordem não cumprida, numa briga comprada por seus apoiadores.

A história

Moisés e Bolsonaro se elegeram em 2018. Em 2022, o governador catarinense não chegou ao segundo turno. Bolsonaro disputa a presidência com Lula, seu maior adversário e precisa recuperar 6 milhões de votos para garantir o segundo mandato. Amin, citado no vídeo e de quem o presidente nunca escondeu a proximidade, também foi candidato a governador neste ano e ficou em 5º lugar. Daniela Reihner, a vice, agora, foi candidata e se elegeu deputada federal, pelo atual partido de Bolsonaro. Nesta eleição, sabendo que a disputa seria mais difícil e menos previsível do que foi em 2018, Bolsonaro não negou e ainda declarou apoio a Jorginho Mello, “seu” candidato, desde o começo da campanha. É que agora a situação é outra e não dá para desperdiçar voto. Mello, que está no partido do presidente, tem aproximadamente 60% das intenções de votos aqui no estado. A conferir, caso eleito, se seguirá a cartilha bolsonarista à risca, ou se vai arriscar ser o próximo a ser chamado de traidor.

Por Maga Stopassoli 29/10/2022 - 19:57 Atualizado em 29/10/2022 - 20:00

Estamos a poucas horas do início da votação 2º turno da eleição mais disputada desde a redemocratização. Lula e Bolsonaro pautaram e foram pautados, desde a pré-campanha. A 3ª via nem arrancou. Todos os nomes que ensaiaram ser uma opção além do que estava posto, viraram coadjuvantes. É como se a história já estivesse escrita e esse duelo não pudesse ser protagonizado por nenhum outro nome da política nacional. Claro, que, cada um a seu modo, trabalhou para que esse embate fosse exatamente assim, como vai ser. Lula x Bolsonaro. Ambos queriam isso. Suas torcidas, também. Um tira-teima, um segundo turno que começou em 2018 e só está terminando agora.

Há um sentimento visceral de brasilidade entre a população. O clima de eleição furou a bolha dos apaixonados por política e foi parar nas rodas de conversas de todas as idades e classes sociais. Corroborando com o que dizem as pesquisas, de que mais de 90% dos eleitores já tem voto definido, o sentimento das ruas é exatamente esse. Não há ninguém que não esteja interessado em falar sobre política ou sobre seu candidato.

Como nunca visto antes na história desse país, artistas, empresários e influencers entraram no jogo e fizeram das tripas coração para tentar virar voto, com direito, inclusive, a vídeos inacreditáveis. Só que ninguém vira o voto de quem iria votar em Lula para votar em Bolsonaro, como não vira o voto de quem vai votar em Bolsonaro para votar em Lula. Se acontecer, é um ou outro. Não é regra, é exceção. A escolha de cada eleitor por esse ou aquele candidato é carregado de emoção.

Mas quem vai ganhar essa eleição?

Com a massiva participação popular, eu arrisco dizer que quem vai ganhar a eleição é o povo brasileiro.

“Maga, mas se fulano ganhar, teremos isso e aquilo e mais aquilo”.

É, e se beltrano ganhar, teremos outros tantos issos e aquilos. As coisas são como são. Quem poderia imaginar, lá em 2018, que o presidente eleito teria de gerir uma pandemia? Porque é assim que a história acontece, com alguma previsibilidade, mas, também, como muito “dar-se um jeito”, como bem disse o poeta.

Desde a eleição de 1989 que marcou o início de uma nova era política no Brasil pós-ditadura passaram-se pouco mais de 30 anos. Somos uma democracia jovem e, jovens, você sabe, se apaixonam com alguma facilidade e, por vezes, cometem erros. O brasileiro se “apaixonou” por seus candidatos. Tudo isso faz parte do aprendizado. Errar e acertar. Ao dizer que quem ganha a eleição é o povo brasileiro, me refiro justamente a esse processo indelével que promove o amadurecimento. Ganharemos experiência e aprendizado para lidar com o jogo eleitoral, de um jeito ou de outro.

As pesquisas indicam equilíbrio na disputa deixando absolutamente aberto o resultado. Tudo pode acontecer. Isso significa dizer que aproximadamente metade do país não vai gostar do resultado da eleição deste domingo. E é aqui que a coisa fica séria. Ainda que o processo eleitoral tenha sido permeado por notícias falsas e com recorde de denúncias de assédio eleitoral, que tiveram um aumento de 2000% em comparação com 2018, quem ganha, paradoxalmente, é o povo brasileiro. É lidando com essa espécie de submundo da vida real que o eleitor vai adquirir experiência. A internet, esse brinquedo proibido, ainda é uma ferramenta usada de modo pouco republicano. Por mais que dizer isso possa exaltar os ânimos, é assim que as coisas são, a gente concordando ou não.

No domingo, quando você for votar, escolha seu candidato pelas suas convicções e não por medo. Você tem um direito garantido por lei que é o direito ao voto. Num país em que a luta pelos direitos básicos da população precisa ser alimentada todos os dias, o seu direito ao voto talvez seja o único que ninguém possa tirar. É você e sua consciência, sozinhos, diante do teclado da urna. E é ali, que você protagoniza esse momento histórico, ainda que em silêncio. Segunda-feira a vida vai seguir seu curso e nós teremos escrito um dos capítulos mais importantes da história recente desse país.

Que a gente tenha orgulho quando precisar olhar para trás.

Boa eleição a todos.

Por Maga Stopassoli 07/11/2022 - 13:04 Atualizado em 07/11/2022 - 14:26

Eleição na terra, tempo de guerra. Fazendo jus ao dito popular, Santa Catarina protagoniza manifestações e protestos desde os minutos seguintes ao resultado oficial da eleição, no domingo passado. São eleitores que não estão satisfeitos com o que as urnas “disseram”. As portas dos quartéis do nosso estado tornaram-se endereço certo de acampamentos que já duram mais de uma semana. “Com disposição e recursos para ficar muito mais”, dizem os manifestantes. Durante o tempo em que o estado perdeu mais de R$ 40 milhões em arrecadação por dia, segundo o Sindifisco, por conta dos bloqueios ilegais nas rodovias, as forças de segurança parecem se revezar para desbloquear os novos pontos que vão surgindo. Abre um ponto, fecham outro.

Enquanto isso, políticos eleitos fazem algum aceno de apoio aos manifestantes, mas muito mais pelas redes sociais do que presencialmente nos atos de protesto. Estão entre a cruz e a espada: sabem que pedir intervenção militar é crime, mas também não podem entrar em rota de colisão com seus eleitores. Entre orações e o hino nacional, os manifestantes aguardam, solitários, por um milagre que não virá.

Hoje pela manhã, a jornalista Geórgia Gava, do Portal 4oito, foi até o acampamento no 28º GAC em Criciúma e ouviu de uma manifestante que “acha que as Forças Armadas vão nos atender”. Leia a matéria completa aqui: 

O blog também fez contato com o 28º GAC para saber se há previsão de se manifestarem sobre os fatos recentes. Como resposta, ouvi da Sargento que me atendeu que “por enquanto não podemos falar sobre isso".

No roteiro desses dias recentes, o brasileiro, animado que é e desconhecedor, muitas vezes, da legislação, criou listas de nomes de profissionais e empresas aos quais sugeriu boicote por conta de posicionamentos políticos. Antes de prosseguir, vale ressaltar que esse tipo de atitude é crime. Mas, para quem gosta de lista, fizemos uma, numa versão que não é ilegal e nem sugere boicote. Pelo contrário: pode ser enviada no zap, sem medo de responder processo e ainda vai ajudar quem precisa:

1 – Entre em contato com instituições de caridade da sua cidade que estejam necessitando de doações e faça uma campanha de arrecadação entre amigos;

2 – Seja voluntário num abrigo que acolhe crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social;

3 – Participe de campanhas de doação de brinquedos para crianças, especialmente na época do Natal;

4 – Recolha um cão ou gato abandonado ou apadrinhe uma ONG animal;

5 – Vá ao Hemosc e doe sangue;

6 – Doe material escolar para crianças carentes;

7 – Doe roupas em bom estado;

8 – Seja gentil no trânsito;

9 – Ofereça ajuda a um familiar ou colega de trabalho;

10 – Ame e seja grato.

Se gabaritar a lista, melhor ainda.

Boa semana! 

 

Por Maga Stopassoli 10/11/2022 - 11:31 Atualizado em 10/11/2022 - 16:58

Causou reação acalorada e imediata a nota publicada mais cedo pelo blog sobre os cumprimentos enviados pela Câmara de Vereadores ao ministro Alexandre de Moraes, a pedido da vereadora Giovana Mondardo (PCdoB). Até o momento, três parlamentares fizeram contato para informar que foram contrários ao pedido da colega de bancada para parabenizar o ministro e que solicitaram a retirada de seus nomes do documento.

LEIA MAIS:

A nota publicada anteriormente pode ser acessada no site da Câmara.

O vereador Obadias Benones (Avante) enviou a seguinte nota:

“Fui surpreendido hoje com a notícia divulgada pelo Portal 4oito sobre documento da Câmara de Vereadores de Criciúma que parabenizou o Ministro do TSE, Alexandre de Moraes pela sua atuação nas eleições deste ano. No momento em que tal documento foi solicitado pela vereadora Giovana Mondardo, imediatamente me manifestei em plenário pedindo de forma enfática que meu nome não fosse incluso nesta aberração. Pelo contrário, não enxergo lisura no pleito e tenho repulsa pelas atitudes ditatoriais tomadas pelo senhor Alexandre de Moraes durante a campanha eleitoral. Já entrei em contato com a direção da casa para que tal documento não seja enviado em nome dos vereadores e sim, somente em nome de quem fez a tal proposição.”

O vereador Manoel Rozeng entrou em contato via whatsapp e disse:

“infelizmente deixou a gente numa situação delicada. Nós não concordamos com esse requerimento. Eu pedi que meu nome não fosse incluído e pedimos que isso não fosse enviado pela Câmara. A gente sabe muito bem quem é Alexandre de Moraes e o mal que ele está causando ao povo brasileiro. Não fui a favor de enviar parabéns a este senhor”.

Nícola Martins, também via whatsapp, disse:

“Eu estou em licença e fui surpreendido com essa informação hoje. Se estivesse na câmara, jamais concordaria com isso. Retorno na próxima semana e deixo claro meu posicionamento contrário ao apresentado”.

Câmara também se manifesta

No início da tarde desta quinta-feira, a Câmara de Vereadores emitiu sobre o assunto. Confira:

NOTA OFICIAL 

A Câmara Municipal de Criciúma esclarece que o envio de mensagens de congratulações e condolências é resultado de um pedido verbal e individual do vereador. Não depende de votação do plenário ou da concordância da Presidência da Casa Legislativa.

Sobre a Questão de Ordem específica da Vereadora Giovana Mondardo (PCdoB) para envio de congratulações ao Ministro Alexandre de Moraes, no momento do pedido, foi deixado claro, em plenário, inclusive com manifestação de alguns vereadores, que não havia concordância da maioria.

Câmara Municipal de Criciuma

 

Por Maga Stopassoli 10/11/2022 - 17:00 Atualizado em 10/11/2022 - 17:11

A Casa Civil do Estado de Santa Catarina deve publicar na próxima semana o decreto que está sendo elaborado, com os horários de funcionamento do Governo que seguirá o padrão estadual.  Quando o jogo da seleção brasileira for às 13h, o expediente dos servidores será das 8h até 12h. Quando o jogo da seleção brasileira for às 16h, o  expediente dos servidores será das 8h até 14h. Não haverá retorno ao trabalho após os jogos.

A Copa do Mundo de Futebol vai começar no dia 20 de novembro, no Qatar. 

 

 

Por Maga Stopassoli 11/11/2022 - 10:32 Atualizado em 11/11/2022 - 11:08

Na manhã desta sexta-feira (11), 11 dias após o início das manifestações pós-eleições no país, o Exército Brasileiro publicou uma nota à imprensa em seu perfil no Twitter. 

A nota veio na mesma semana em que o próprio Exército enviou ao STF o relatório com a análise sobre o processo eleitoral brasileiro. Documentos desse tipo costumam ser interpretados de modos diferentes, dependendo de quem lê. Por isso, divido com vocês a "tradução" da nota, pelo modo como interpretei. Essa não é a primeira vez que "traduzo" publicações oficiais mas, aqui no 4oito, será a primeira vez. Digo isso pois o nobre leitor que me dá a honra de sua leitura neste momento verá esse modelo de texto por aqui outras vezes. Dito isso, ressalto que os trechos a seguir em negrito são a íntegra da nota publicada pelo Exército. Já os trechos em itálico são uma livre interpretação do que o texto quis dizer. Lembrando que trata-se de interpretação pessoal, e, sendo assim, pode ser vista de outro modo pelo leitor (e tá tudo bem).

Nota à imprensa

 

Acerca das manifestações populares que vêm ocorrendo em inúmeros locais do País, a Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira reafirmam seu compromisso irrestrito e inabalável com o Povo Brasileiro, com a democracia e com a harmonia política e social do Brasil, ratificado pelos valores e pelas tradições das Forças Armadas, sempre presentes e moderadoras nos mais importantes momentos de nossa história. 

Manifestações são constitucionais e acontecem com frequência, nós compreendemos isso. Porém, nosso compromisso é justamente defender a democracia para que manifestações possam continuar ocorrendo, em todos os governos, se precisar, mas sempre de forma pacífica.

A Constituição Federal estabelece os deveres e os direitos a serem observados por todos os brasileiros e que devem ser assegurados pelas Instituições, especialmente no que tange à livre manifestação do pensamento; à liberdade de reunião, pacificamente; e à liberdade de locomoção no território nacional.

A Constituição Federal está acima de tudo e de todos. Não adianta pedir intervenção.

Nesse aspecto, ao regulamentar disposições do texto constitucional, por meio da Lei nº 14.197, de 1º de setembro de 2021, o Parlamento Brasileiro foi bastante claro ao estabelecer que: “Não constitui crime [...] a manifestação crítica aos poderes constitucionais nem a atividade jornalística ou a reivindicação de direitos e garantias constitucionais, por meio de passeatas, de reuniões, de greves, de aglomerações ou de qualquer outra forma de manifestação política com propósitos sociais”.

Podem criticar o STF. Isso não é crime. 

Assim, são condenáveis tanto eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos, quanto eventuais excessos cometidos em manifestações que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública; bem como quaisquer ações, de indivíduos ou de entidades, públicas ou privadas, que alimentem a desarmonia na sociedade.

Não concordamos com algumas atitudes do STF. Também não concordamos que bloqueiem rodovias e nem com atos violentos nas manifestações. Não é esse o propósito e nem a solução para os conflitos.

A solução a possíveis controvérsias no seio da sociedade deve valer-se dos instrumentos legais do estado democrático de direito. Como forma essencial para o restabelecimento e a manutenção da paz social, cabe às autoridades da República, instituídas pelo Povo, o exercício do poder que “Dele” emana, a imediata atenção a todas as demandas legais e legítimas da população, bem como a estrita observância das atribuições e dos limites de suas competências, nos termos da Constituição Federal e da legislação.

Quem não está contente com os rumos das coisas deve cobrar dos políticos que foram eleitos, além de estar atentos às pautas que cada um defende São eles que podem e devem ser cobrados, sempre em concordância com o que diz a Constituição.

Da mesma forma, reiteramos a crença na importância da independência dos Poderes, em particular do Legislativo, Casa do Povo, destinatário natural dos anseios e pleitos da população, em nome da qual legisla e atua, sempre na busca de corrigir possíveis arbitrariedades ou descaminhos autocráticos que possam colocar em risco o bem maior de nossa sociedade, qual seja, a sua Liberdade.

Cada Poder constituído deve cuidar do seu cercadinho. Não devendo, portanto, interferir no Poder ao qual não pertence, tendo em vista sempre a defesa da democracia. 

A construção da verdadeira Democracia pressupõe o culto à tolerância, à ordem e à paz social. As Forças Armadas permanecem vigilantes, atentas e focadas em seu papel constitucional na garantia de nossa Soberania, da Ordem e do Progresso, sempre em defesa de nosso Povo.

É preciso saber conviver com quem pensa diferente. O nome disso é democracia. Nosso papel é garantir isso e, não, tomar o poder. Não adianta pedir intervenção.

Assim, temos primado pela Legalidade, Legitimidade e Estabilidade, transmitindo a nossos subordinados serenidade, confiança na cadeia de comando, coesão e patriotismo. O foco continuará a ser mantido no incansável cumprimento das nobres missões de Soldados Brasileiros, tendo como pilares de nossas convicções a Fé no Brasil e em seu pacífico e admirável Povo.

Acreditamos e confiamos no povo brasileiro que é, por natureza, um povo pacífico e admirável. Continuaremos trabalhando para garantir a segurança desse povo, tendo em vista, obstinadamente, a defesa da democracia.
Bom fim de semana a todos.

Assinado: O Exército.

Por Maga Stopassoli 11/11/2022 - 18:47 Atualizado em 11/11/2022 - 19:01

A Câmara de vereadores de Criciúma emitiu Moção de Repúdio ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, no fim da tarde desta sexta-feira (11). A proposição foi do vereador Jair Alexandre (PL) e foi assinada também pelos vereadores Daniel Antunes, Juarez de Jesus, Manoel Rozeng, Maria Sidnei Goulart e Valmir Dagostim.

No texto, consta que a moção de repúdio foi motivada pela a censura imposta aos meios de comunicação e perfis em redes sociais de parlamentares de influenciadores durante e após as eleições deste ano. Confira a seguir:

Por Maga Stopassoli 21/11/2022 - 18:26 Atualizado em 21/11/2022 - 18:47

A vereadora criciumense, Giovana Mondardo (PCdoB), foi convidada para integrar o conselho consultivo da juventude no Governo de Transição de Lula. O convite veio através do presidente da juventude de seu partido, Tiago Morbach. O trabalho será voluntário e vai ocorrer de modo virtual, sempre após as reuniões da equipe de transição. O conselho consultivo citado deverá mapear os problemas relacionados à juventude e irá contar com a colaboração de lideranças políticas jovens para apresentar sugestões de melhorias de políticas públicas para os jovens brasileiros. Na próxima semana os integrantes do conselho deverão receber os relatórios da Secretaria Nacional de Juventude e, a partir daí, definir o cronograma de ações. Giovana Mondardo foi candidata a deputada federal em 2022, fez quase 40 mil votos e, por enquanto, é a única catarinense que fará parte deste grupo de trabalho. A estratégia do presidente eleito tem por objetivo pulverizar a participação de novas lideranças de esquerda no governo que vai iniciar e, com isso, ampliar a atuação d em suas bases. 

 

 

Por Maga Stopassoli 05/12/2022 - 14:19 Atualizado em 05/12/2022 - 14:27

Causou boa impressão os primeiros onze nomes convidados por Jorginho Mello para o seu secretariado. O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira (5), em Florianópolis, na sede da Defesa Civil.

Entre os pontos que chamaram atenção no anúncio do governador eleito, um deles foi o fato de não ter coletiva de imprensa, algo que é comum nestes casos. O novo chefe do executivo divulga os nomes que convidou e, depois, responde perguntas dos jornalistas. Mas não foi o que ocorreu. No convite enviado pela assessoria de Jorginho, ainda na semana passada, constava que ele faria, de fato, um anúncio, ou seja, não era convite para coletiva. E assim foi. A “solução” para evitar responder perguntas não foi difícil. É que o Secretário Nacional da Defesa Civil estaria em Santa Catarina para avaliar os estragos provocados pela chuva e Jorginho participou da reunião entre o secretário, o atual governador e parlamentares. Assim, fez o anúncio e dirigiu-se para outra sala.
Outro ponto que chamou atenção foi quando ele disse “escolhi os melhores quadros” e “chegar fazendo”, numa referência de como deve ser o começo de seu governo.

Governo técnico (e político)

Uma das coisas que Jorginho fez questão de ressaltar durante sua quase coletiva foi que seus indicados são “técnicos”. Ele quis dizer que optou por técnicos nos assuntos e não “políticos”. Embora a preocupação do novo governador até faça algum sentido, é válido destacar que: ao estar num ambiente político, toda indicação é política. Pode não ser político-partidária, mas é política, no sentido de estabelecer boas relações entre a pasta para a qual a pessoa foi nomeada e a sociedade catarinense. Dito isso, não há motivos para se preocupar com as nomenclaturas das indicações. Não importa se é “técnico” ou “político”, o que vale é fazer um bom trabalho.

Nenhum nome do Sul no anúncio de hoje

Na lista anunciada hoje, Jorginho não convocou nenhum nome da região Sul. Mesmo assim, Criciúma será diretamente beneficiada já que a indicação da deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania) para a Secretaria da Saúde, abre a vaga para que a deputada federal não reeleita, Geovânia de Sá (PSDB), possa assumir, pois ficou como 1ª suplente na federação. Sendo assim, Criciúma passa a contar com quatro representantes na esfera federal. Geovânia de Sá, Daniel Freitas e Júlia Zanatta, ambos do PL, Ricardo Guidi (PSD).

Outro convite que também beneficiou o Sul, foi Aristides Cimadon para a Secretaria de Educação. É que ele era o presidente do sistema Acafe (associação Catarinense das Fundações Educacionais) e tinha como vice-presidente a reitora da Unesc, a Professora Luciane Ceretta. Com a ida de Cimadon para a educação, Luciane Ceretta foi definida por aclamação, a nova presidente da Acafe (em cerimônia de posse que ocorrerá dia 12 de dezembro). Ceretta é mais um nome do Sul com reconhecido trabalho prestado à comunidade acadêmica pelo seu modelo de gestão e com grande prestígio e bom trânsito no meio político. Sendo assim, ainda que por enquanto não tenham surgido nomes da região sul para o secretariado de Jorginho, as indicações do novo governador impactam toda a região.

Veja a lista com os onze escolhidos:

Secretário de Administração – Moisés Diersmann (atual coordenador da transição de governo)

Secretária de Saúde – Carmen Zanotto (deputada federal)

Secretário de Educação – Aristides Cimadon (reitor da Universidade do Oeste de Santa Catarina)

Chefe da Casa Militar – tenente-coronel José Eduardo Vieira

Comandante-Geral da Polícia – José Eduardo Pelozato

Procurador-geral do Estado – Márcio Vicari (advogado)

Secretário da Fazenda – Cleverson Siewert

Secretaria Geral de Governo – Daniele Corporate

Secretaria de Articulação Nacional – Vânia Franco

Secretaria de Agricultura e Pesca – Valdir Colatto  (ex-deputado federal)

Secretaria de Prevenção e Defesa Civil – Coronel Armando (atual deputado federal que não se reelegeu).
 

Por Maga Stopassoli 09/12/2022 - 11:11 Atualizado em 09/12/2022 - 11:14

Você já me ouviu dizer por aí que “em Criciúma, de tédio, ninguém morre”, né? Pois bem. Nós pegamos esse conceito bem criciumense e transformamos num produto para um público extremamente exigente: você. Nasceu o podcast Ninguém Morre de Tédio, um produto digital da Som Maior Comunicações, pensado para quem ama uma boa conversa.

Como todo projeto, esse também conta com uma equipe comprometida e dedicada, que não mediu esforços para tirar essa ideia do papel. A essa altura da vida, todo mundo já aprendeu que ninguém faz nada sozinho, né?! Portanto é justo, antes de tudo, agradecer: obrigada, Som Maior e 4oito. Depois, confesso que dá um frio na barriga entregar um produto para um público acostumado com conteúdo de alta qualidade. Mas é esse frio da barriga que faz todo o processo ser ainda mais incrível.

Por fim, agradeço também ao gerente de conteúdo do 4oito, Arthur Lessa e ao diretor geral da Som Maior, Adelor Lessa, pela confiança e pela provocação necessárias para que o pod saísse da conversa e fosse para as plataformas. Este não será um podcast sobre política somente. Vamos meter o bedelho nos mais diversos assuntos embora já na estreia o tema será marketing político (vai ver é o costume!).

E vamos combinar uma coisa aqui entre a gente?
Se você gostar da estreia, conta pra todo mundo. Se não gostar, não conta pra ninguém, combinado? <3

Te espero amanhã, às 10h, na Som Maior, no Spotify e no Youtube.

Por Maga Stopassoli 20/12/2022 - 11:05 Atualizado em 20/12/2022 - 11:27

Fim de ano, você sabe: ninguém morre de tédio. Um exemplo, é a eleição de quem irá compor a mesa diretora para o ano de 2023 em Imbituba que está sendo marcada por fortes emoções. Na sessão desta segunda-feira, o vereador Renato Figueiredo, conhecido como Ladiada (PSB), chegou a rasgar uma pasta com alguns documentos, num momento de tensão.

A confusão aconteceu, pois, o atual presidente da câmara de vereadores do município, Elísio Sgrott (PP), que está concorrendo à reeleição, retirou a votação da nova mesa diretora, da pauta do dia. Segundo ele, não foi respeitado o princípio da proporcionalidade pela chapa adversária.

O que isso significa: a composição da mesa é feita por quatro parlamentares, sendo eles o presidente, vice-presidente, além de 1º e 2º secretários. Os partidos convidados para compor a chapa que irá disputar, são os com maior número de representantes eleitos. E foi isso que Elísio diz que a chapa oponente à sua, não fez, alegando que seus adversários não respeitaram esse detalhe do regimento interno. Ele diz que a chapa adversária não comprovou ter feito o convite aos partidos com maior representatividade e nem a desistência dos outros partidos, com menos representantes.

Já o vereador Ladiada, que aparece no vídeo rasgando papéis, disse que há provas de que o processo foi respeitado e que Elísio só retirou a votação da pauta do dia por que não tinha votos suficientes para se reeleger. Pelas contas do vereador, o placar está 7 x 6 para a chapa oponente à atual gestão da câmara. Ainda segundo ele, a votação deverá ocorrer nesta sexta-feira (23).

O caso será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e a decisão se a chapa poderá ou não concorrer, ficará a cargo do plenário. São 13 vereadores, sendo que 7 apoiam a chapa adversária ao atual presidente. Segundo o vereador, o processo regimental foi seguido, registrado em ata e aprovado em sessão. “É como se ele tivesse jogando futebol, ele que faz o gol e ele que apita se tá impedido ou não”, exemplificou Ladiada.

As chapas que vão disputar, são:

Chapa 1

Presidente: Leonir de Sousa PODEMOS

Vice-presidente: Bruno Pacheco PSB

1° Secretário Valdir Rodrigues PSD

2°Secretário Thiago Rosa PP

Chapa 2

Presidente: Elisio sgrott PP

Vice-presidente: Matheus Pereira PSDB

1º Secretário: Michell Nunes PL

2º Secretário: Deivid Aquino MDB

Assista ao vídeo aqui:

 

Por Maga Stopassoli 22/12/2022 - 19:42 Atualizado em 22/12/2022 - 19:49

O Progressistas de Criciúma nem esperou virar o ano para cravar: o partido terá candidato a prefeito em 2024. Quem? “Isso ainda não está definido, Maga”. A bancada se reuniu hoje para organizar os próximos passos do partido e isso inclui, naturalmente, a próxima eleição. O candidato pode não estar definido oficialmente, mas quem lembra da última eleição municipal, conclui com alguma facilidade que o nome possa ser Júlio Kaminski. É que naquele ano aconteceu de um tudo e ele acabou não conseguindo por em prática seu projeto para a disputa majoritária.

Relembre

Em janeiro de 2020, Kaminski fincou bandeira no terreno das disputas e alardeou: “sou pré-candidato a prefeito pelo partido Democratas”. Ele ainda estava filiado ao PSDB, mas com um pé dentro, outro fora. À época, ele viria como uma opção para fazer oposição ao prefeito Clésio Salvaro. Seria o antisalvarismo em Criciúma. Teria de sair da base para fazer oposição. Mas a intenção não vingou. Talvez nem o próprio Kaminski tenha de fato acreditado que seria possível fazer a oposição que prometeu fazer, ao Clésio Salvaro.

Resultado disso foi que em março do mesmo ano, Julio Kaminski estava em Florianópolis, reunido com a cúpula do PSL, para assinar a sua filiação, passando a fazer parte do comando do partido na cidade (e também disputar a majoritária). Em junho de 2020, alegando razões partidárias, Kaminski fez uma transmissão ao vivo nas suas redes sociais informando que não seria mais candidato a prefeito e que assinaria sua desfiliação. Isso aconteceu por que ele foi afastado da diretoria executiva do partido em Criciúma (mas essa é uma outra história). Kaminski não foi candidato a prefeito, mas concorreu como vereador e acabou se reelegendo. Atualmente ele está filiado no Progressistas. Isso ocorreu após a fusão de seu então partido, o PSL e o DEM, que deu origem ao União Brasil. Em casos de fusão partidária, o parlamentar pode trocar de partido sem perder o mandato. 

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