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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Maga Stopassoli 28/12/2022 - 10:50 Atualizado em 28/12/2022 - 11:27

Dia 30 de dezembro, sexta-feira agora, as manifestações pós-eleições completam dois meses. Iniciadas imediatamente após o resultado das urnas, o movimento fechou rodovias e em seguida migrou para a frente dos quartéis. À espera de um milagre que não ocorreu, os manifestantes pediam intervenção militar. Aos gritos de “forças armadas, salvem o Brasil”, bolsonaristas permanecem dia e noite rezando e esperando que algo aconteça para que Lula não suba a rampa. Nesse meio tempo teve de tudo. Chuva, sol, calor, frio, hino nacional e oração. Tudo, segundo eles, para salvar o Brasil do comunismo. Essa ameaça ronda o nosso país desde a década de 60 quando esse argumento já era comum nos assuntos políticos, pelo menos aqui em Criciúma, como relatou nosso conterrâneo, Zé Dassilva, em seu primeiro livro “Histórias que a bola esqueceu” (mas essa é outra conversa).

Abandonados pelo presidente

Sim. Eu sei que dizer que os manifestantes foram abandonados pelo presidente é uma frase que provoca reações acaloradas. Mas, você sabe, a verdade é como é. E, neste caso, a verdade é que os manifestantes foram sendo abandonados aos poucos, devagarinho, quase que silenciosamente.

Se nos primeiros dias após a derrota, o silêncio do presidente era visto como reação comum de quem perdeu a eleição, nos dias seguintes foi sendo substituído por promessas. Uma onda impressionante de fake news comoveu os mais apaixonados e fez entrar para a história a triste cena de manifestantes comemorando o fechamento do STF e a prisão do ministro Alexandre de Moraes, dois fatos que nunca estiveram nem perto de acontecer. A esperança depositada na promessa de que algo aconteceria sempre dali a 72 horas, proporcionou imagens que nada tem de cômicas. Enganados por quem aproveitou a ocasião para colher algum fruto político, milhares de pessoas país afora tiveram olhos, mas não quiseram ver. E, assim, enquanto alimentavam a presença das pessoas nas ruas, por trás das cortinas palaciais, o futuro do presidente era definido.

Sem intervenção militar, sem golpe, sem amparo, sem presidente. Os manifestantes foram abandonados às vésperas do último dia do mandato de Jair Bolsonaro enquanto seus assessores estão nos preparativos finais para sua viagem para os Estados Unidos.

“Quem não acredita no presidente, por favor, saia do grupo”

No grupo de whatsapp criado para divulgar informações sobre o acampamento em frente ao quartel em Criciúma, a notícia da viagem do presidente ainda está sendo digerida. Uma das integrantes publicou por lá, o link de uma matéria de que detalhava a informação de que Bolsonaro não irá passar a faixa presidencial, e uma pessoa pergunta: “então o molusco (sic) vai assumir sem a faixa mesmo?”. Em resposta, ouve: “espero que não. Antes de viajar, pode ser que deixe uma surpresa”. Também nesta terça-feira, mais cedo, no mesmo grupo, outra informação circulava. Dizia que o novo prazo para o presidente agir seria dia 30, sexta-feira, último dia de seu mandato.

Dessa vez, uma das pessoas questiona quem divulgou a informação. “Onde você tem essa informação que o presidente agirá no dia 30?”. E é repreendido: “quem não acredita no presidente, por favor saia do grupo”. E, assim, no apagar das luzes de 2022, enquanto algumas pessoas permanecem fora de suas casas, longe de suas famílias, lutando contra um inimigo imaginário, uma parte da classe política que diz apoiar as manifestações (mas só via internet), pois sabem que é antidemocrático pedir intervenção militar, já começa a preparar o look branco pro réveillon. Mas, claro, longe dos acampamentos sem conforto.

“O presidente vai agir”

Na terça-feira (27), Jair Bolsonaro nomeou três assessores para continuarem seus assessores quando for ex-presidente da república, dia 1º de janeiro. Dessa forma, o chefe do executivo age, dentro das quatro linhas da constituição, como sempre disse, já que esse é um direito que tem por ter sido presidente. Pelo visto, a ação do presidente prevista para dia 30, vai ser mesmo subir a rampa, mas não a que os bolsonaristas esperavam e, sim, a do avião com destino à Miami.

 

Por Maga Stopassoli 22/12/2022 - 18:41 Atualizado em 22/12/2022 - 18:49

“Se o partido e o prefeito Clesio Salvaro assim definirem, eu estarei pronta sim para fazer, se Deus quiser, a gestão da cidade de Criciúma”.

Foi assim que a deputada federal Geovânia de Sá (PSDB) respondeu ao meu questionamento sobre se aceitaria ser candidata à prefeita de Criciúma na próxima eleição. Ela foi nossa entrevistada no Plenário, na manhã desta quinta-feira (22). Geovania, que costumava fugir da resposta ou, pelo menos, não ser tão enfática, dessa vez não desperdiçou a oportunidade de deixar claro que quer ser candidata em 2024.

Problema bom (porém depende)

Se as conversas “andarem”, o PSDB de Criciúma terá um problema “bom”, (porém depende), já que, além da deputada, o partido conta com um pré-candidato que figura há tempos entre os prefeituráveis: o vereador Arleu da Silveira. A escolha certamente passará por indicadores como pesquisa, influência, aceitação dos eleitores. Geovânia sempre respondia de forma protocolar a esse questionamento e, pela primeira vez, não só admitiu, como falou de modo enfático sobre o assunto. Salvaro passa a ter duas opções para ocupar a vaga de sucessor. Se isso é bom? Depende do perfil que o atual prefeito busca para ocupar a função.

“Considera a possibilidade de disputar”, perguntei. E ela imediatamente, disse: “considero. Estou à disposição. Até porque todo político sonha um dia ser gestor de sua cidade e eu tenho experiência com o executivo e tenho esse sonho. Fui secretária de assistência social por quatro anos, secretaria de saúde por nove meses. Então, sim, tenho essa vontade.

Segundo ela, já manifestou isso a Clésio Salvaro e ao seu partido. Geovânia de Sá foi candidata a deputada federal nesta eleição e, embora tenha feito mais de 80 mil votos, não se elegeu. É que seu partido estava confederado nacionalmente com o Cidadania, que tinha a deputada Carmen Zanotto concorrendo também. Carmen fez mais votos e se elegeu, Geovania ficou na suplência. Com a eleição de Jorginho Mello, Carmen foi convidada e aceitou a função de Secretária de Estado da Saúde. Sendo assim, a deputada tucana permanecerá em Brasília a partir do próximo ano.

 

 

Por Maga Stopassoli 19/12/2022 - 15:48 Atualizado em 20/12/2022 - 09:05

Deputados estaduais e federais, senador, governador e vice serão diplomados nesta segunda-feira (19), em Florianópolis. Todos devidamente eleitos pelas urnas eletrônicas, essas que foram transformadas em vilãs após a derrota de Bolsonaro nas urnas. Mas, pelo andar da carruagem, parece que esse é um assunto superado. Todo mundo quer saber é do seu mandato para o ano que vem, afinal, 2022 dá seus últimos suspiros. E um dos assuntos mais importantes a serem tratados a partir de agora é a definição da mesa diretora da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina. Claro que as conversas em torno disso já iniciaram faz tempo, mas, até agora, segue tudo indefinido.

A presidência da Alesc é uma das funções mais importantes do estado, depois do governador e da vice. Por isso as negociações são assim mesmo, demoradas, feitas com cautela. Jorginho Mello, o governador eleito, antecipou que o cargo não ficará com ninguém do seu partido, o PL.

Foi aí que surgiram dois nomes na disputa pela vaga: Zé Milton Scheffer (PP) e Mauro de Nadal (MDB). Teoricamente, Zé Milton teria o apoio do PL – e de Jorginho Mello. Apressadamente, o deputado Ivan Naatz – candidato a líder do governo, numa tentativa de mostrar que tinha os predicados para ser o líder de Jorginho – foi para o twitter e disse que “a chapa PP/PL já teria 23 votos garantidos e a meta era chegar a 27 votos”.

No mesmo dia, os partidos não contemplados na conta feita por Naatz, trataram de se mexer pra colocar água no chopp do PL. Foi aí que Mauro de Nadal e Júlio Garcia (PSD), unidos, articularam e "refizeram" a conta inicial de Naatz, fazendo parecer que os ditos 23 votos certos de apoio a Zé Milton, não eram tão certos assim. Desse movimento antecipado do deputado peelista, o saldo até o momento é o seguinte:

- a definição da presidência segue aberta;

- ao fazer conta de votos e apoio, é melhor não tuitar;

- Júlio Garcia é um nome que sempre está no jogo, mesmo quando parece não estar. Caso o deputado Mauro de Nadal venha a ocupar a cadeira de presidente, será uma amostra grátis de que Jorginho não vai nadar de braçada na Alesc em 2023. Vai precisar de muito mais do que o apoio barulhento da bancada do PL, entre vídeos e selfies, e de um líder de governo habilidoso, que não tuíte antes da hora, nem dê informação demais aos adversários.

 

Júlio Garcia se movimenta na Alesc. Foto: Bruno Collaço / Agência AL

Por Maga Stopassoli 14/12/2022 - 18:13 Atualizado em 15/12/2022 - 09:53

Enfermeira. Professora. Gestora. A carreira da profissional da saúde nascida no Rio Grande do Sul, mas que escolheu Criciúma para viver, começou cedo. Luciane Bisognin Ceretta, reitora da Unesc em segundo mandato, chega ao fim de 2022 acumulando em seu currículo duas nomeações tão importantes quanto à que ocupa à frente da universidade do extremo sul. No dia 10 de novembro, tomou posse como Conselheira da Câmara de Educação Superior, no Conselho Nacional de Educação, em Brasília. A cerimônia foi on-line e ocorreu na ponte aérea, literalmente. É que na data da posse, Luciane estava embarcando para o Japão, com a comitiva catarinense que viajou em Missão Internacional liderada pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e pela Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe). O destino foi Japão e Singapura. A viagem durou 17 dias e rendeu 40 reuniões, 12 visitas a instituições em nove cidades e alguns acordos firmados entre as instituições de cada país.

Já nesta terça-feira (13), foi empossada Presidente do Sistema Acafe e terá o reitor Kaio Henrique Coelho do Amarante, da Uniplac, como vice-presidente. A cerimônia de posse ocorreu em Florianópolis e foi prestigiada por representantes de diversos segmentos da sociedade e contou com a presença do governador eleito, Jorginho Mello.

Em Criciúma, Lu Ceretta é uma liderança política, mesmo sem ser “política”. Seu modelo de gestão, colocou a Unesc entre as principais instituições do sul do país. Durante a pandemia, a reitora que virou conselheira e agora presidente, junto de sua equipe, foi incansável na busca de soluções para adaptar a necessidade do ensino que passou a ser remoto, à dura realidade de muitos alunos que não tinham notebooks, por exemplo. Na esfera municipal, Ceretta participou ativamente das reuniões que definiam as ações de enfrentamento ao Covid.

Fiz essas pontuações para dizer que o ritmo de trabalho da professora Lu é intenso e esse deverá ser o estilo que ela deverá imprimir em sua gestão à frente da Acafe. Em seu discurso, que foi sucinto, porém enfático, Lu Ceretta destacou que o plano de governança que o Prof. Kaio e ela pretendem implantar, está baseado em sete eixos. São eles: a socialização da Acafe com a população; o apoio à excelência acadêmica em todos os níveis e modalidades das IES; a ampliação da rede de cooperações interna e externa; a internacionalização das IES; a forte presença no ecossistema de inovação, ciência e tecnologia do Estado de SC; as estratégias de acesso e permanência de nossos estudantes, onde estão programas atuais como o Uniedu e vindouros como a universidade gratuita; a defesa do Marco Regulatório das Universidades Comunitárias junto ao MEC.

Em tempos tão desafiadores para a gestão pública e para a educação a escolha da Profª Lu Ceretta para presidir a Acafe é uma decisão estrategicamente acertada.

No Parlatório, a live semanal que fazemos na Som Maior, Adelor Lessa falou sobre a posse da reitora e o colega Upiara Boschi disse que “a sensação que eu tenho em Criciúma é de que ela é a segunda autoridade pública da cidade”. Ouça o comentário aqui:

Foto: Marciano Bortolin/Agecom Unesc.

Por Maga Stopassoli 07/12/2022 - 16:45 Atualizado em 07/12/2022 - 17:02

A Profª Luciane Ceretta, reitora da Unesc está em Brasília. A representante catarinense (e criciumense <3 ) tomou posse como Conselheira da Câmara de Educação Superior, no Conselho Nacional de Educação no dia 10 de novembro e nesta quarta-feira iniciou oficialmente os trabalhos na capital federal. Em suas redes sociais, Ceretta pontuou que trata-se de um trabalho intenso, com participação em mais de dez comissões para elaboração de diretrizes e regulamentos para a educação superior do país.

Lu Ceretta, reitora da Unesc, inaugura gabinete em Brasília. Foto: Instagram.

 

Por Maga Stopassoli 05/12/2022 - 12:37 Atualizado em 05/12/2022 - 13:23

O governador eleito, Jorginho Mello fez o anúnio de alguns nomes que irão compor o governo do estado a partir do ano que vem, na manhã desta segunda-feira (5), na sede da Defesa Civil, em Florianópolis. Após citar cada um dos selecionados para os cargos de confiança, Jorginho não permaneceu  no local para responder perguntas dos jornalistas presentes. Ele se dirigiu a uma outra sala, para participar da reunião do Fórum Parlamentar que contou com a presença do Secretário Nacional da Defesa Civil, Alexandre Lucas. 

Durante a reunião, Jorginho e o governador Carlos Moisés sentaram à mesma mesa, como é possível ver na foto a seguir. Por falar em Moisés, assim que a reunião foi encerrada, ele se apressou em publicar em seu perfil no twitter e disse:

"Tive a garantia do Ministro do Desenvolvimento Regional (@mdregional_br) do Secretário Nacional de Defesa Civil (@defesacivilbr), agora pela manhã, de que há recursos federais e temos total condição de receber estes recursos ainda em dezembro. Para isso, é necessário que as informações dos municípios cheguem de forma ágil e precisa à Defesa Civil Nacional. Vamos auxiliar os nossos municípios para que essa tarefa seja cumprida em tempo recorde."

Jorginho Mello e Carlos Moisés juntos na reunião com o Secretário Nacional da Defesa Civil, para tratar de ações 
para o estado de Santa Catarina, após as fortes chuvas da semana passada.

 

Por Maga Stopassoli 30/11/2022 - 09:08 Atualizado em 30/11/2022 - 09:35

O Partido Liberal promoveu um jantar em Brasília na noite desta terça (29) para seus parlamentares. O encontro contou com a presença da bancada catarinense do partido que inclui os deputados federais criciumenses Daniel Freitas e Julia Zanatta. Quem também esteve por lá foi o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto e o presidente da Câmara, Arthur Lira. Ambos envoltos em polêmicas recentes. Valdemar por ter levado seu partido a ser multado pelo TSE em R$ 22 milhões após questionar o processo eleitoral brasileiro e Lira que deve receber apoio do PT na sua candidatura à reeleição da Câmara. A deputada federal Julia Zanatta foi a entrevistada de hoje no Plenário, da Som Maior e disse que o presidente Jair Bolsonaro não discursou durante o jantar mas que estava bastante animado, bem diferente do Bolsonaro que se viu após a derrota que sofreu nas urnas. 

A versão premium dessas fotos está em @magastopassoli no instagram. (Conteúdo com potencial senso de humor).

O sorriso de Valdemar no clic espontâneo junto de Júlia e Jair.
Arthur Lira, que deve receber apoio do PT para sua candidatura à reeleição, cumprimenta o presidente.

 

 

 

Por Maga Stopassoli 28/11/2022 - 18:00 Atualizado em 28/11/2022 - 18:16

O governador eleito, Jorginho Mello (PL) despediu-se, nesta segunda-feira (28) do Senado Federal. O parlamentar fez um discurso em homenagem aos micros e pequenos empresários, citou o presidente Jair Bolsonaro e sua suplente, Ivete Appel. O senador fez um balanço dos quatro anos de atuação e destacou o apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Durante seu mandato, ele criou o Pronampe e o MEI Caminhoneiro, programas que emprestaram aproximadamente R$ 5 bilhões de reais à empresas e microempreendedores. Jorginho desejou sucesso para sua primeira suplente, Dona Ivete Appel (MDB) que irá assumir o mandato como senadora titular. “Não tenho dúvidas que serás uma grande senadora e que irás exercer os quatro anos que o ex-governador Luz Henrique da Silveira não conseguiu completar em vida”, disse ele.

Agora, o senador que virou governador, irá concentrar seus esforços para finalizar a composição de sua equipe de governo já que o prazo dado por ele mesmo para anunciar seu secretariado é dia 1º de dezembro (quinta que vem).

Por Maga Stopassoli 25/11/2022 - 16:20 Atualizado em 25/11/2022 - 16:26

Um dos momentos polêmicos que marcaram o primeiro mandato do deputado estadual Jessé Lopes (PL) foi quando ele tirou o quadro com a foto do governador Carlos Moisés da parede de seu gabinete e colocou no chão. Agora, reeleito, o atual Jessé pouco lembra o inexperiente deputado de primeiro mandato. Mas não foi só isso que mudou. Além da experiência adquirida em quatro anos de Assembleia Legislativa, o deputado peelista que antes apostava suas fichas em quem nunca havia participado da vida pública, agora acredita que um político com experiência no comando do executivo estadual trará, em suas palavras, “menos problemas”.

Essa declaração ocorreu durante entrevista ao Plenário, o quadro do Programa Adelor Lessa do qual participo junto do colega Upiara Boschi. A entrevista foi ao ar na manhã desta sexta-feira (25), na rádio Som Maior.

Adelor começou questionando se o PL estaria fechado com o deputado Zé Milton Scheffer (PP) ou teria candidatura própria para a presidência da Alesc, uma das funções mais importantes do estado. Jessé, com discurso afinado, fez questão de ressaltar que “não se pode ter tudo”.

“Por se tratar de um partido que é base natural do governo, sabe que não pode querer tudo. Logicamente a ideia é formar maioria na Alesc. O partido precisa ceder em algumas coisas e com certeza a presidência está descartada, mas, vamos tentar compor com as melhores pessoas."

Na sequência, Upiara relembrou o fato que abre este texto, quando o deputado tirou o quadro do governador Moisés da parede e perguntou a ele se a foto de Jorginho Mello vai estar na parede de seu gabinete e se ele corre algum risco de ser tirado de lá também. Jessé Lopes argumentou que teve seus motivos para isso.

“A questão do quadro teve causas muito específicas pra eu tirar da parede. Eu acredito que o Jorginho é diferente. Ele chegou diferente no governo. A onda do Bolsonaro ajudou o Moisés 100%, só ele não entendeu isso, e quem chega daquela forma, como foi o meu caso também, tem que entender o cenário, o que as pessoas queriam da gente, esperavam da gente. Moisés não dialogava com a gente e eu passei a ser um crítico a ele. Nossa divergência ocasionou nossa inimizade, oposição ao governo e a retirada do quadro do gabinete."

Questionei ao parlamentar se ele não acha que Jorginho também foi beneficiado pela Onda Bolsonaro na eleição deste ano. O deputado reeleito disse que se não existisse Bolsonaro, Jorginho Mello teria grandes chances de ser igualmente eleito.

“O Jorginho foi beneficiado pela onda, mas ele é um político vencedor. Venceu pra deputado estadual, federal, senador, um cara que já tinha um nome, uma estrutura. Então muito por conta dele mesmo ele chegou. Acho que se não existisse o Bolsonaro ele tinha grandes chances de ser governador. A onda ajudou, puxou, não da forma como foi em 2018, mas ajudou. Mas eu acredito que por si só ele tinha chance de ganhar, pelo que ele foi como político, pelo histórico dele de grandes vitórias, ele teria chance de chegar, da mesma forma. Eu apostava só na novidade, o Moisés veio e fez o que fez. Agora to apostando numa pessoa que tem a capacidade de ouvir e entender o cenário. Ele já nos chamou pra duas reuniões pra nos ouvir, pra conversar. Acho que esse tipo de conduta é líder, não de chefe. As chances de a gente ter mais problemas, são menores, uma vez que ele compreende as bandeiras dos deputados."

Ao fim da entrevista Adelor perguntou se era fato que ele havia indicado o delegado Marcio Neves para a vaga de delegado geral da Polícia Civil de Santa Catarina e a indicação havia “batido na trave”. Jessé pontuou que não fez nenhuma indicação de forma oficial ainda e frizou que não é de “buscar o Jorginho pra botar a faca no pescoço dele pra ficar indicando pessoas do governo, não é esse o tipo de conduta que eu acho adequado. Agora se o Jorginho me chamar e quiser minha opinião pra indicar quem seja alinhado com as pautas, eu com certeza terei bons nomes e o delegado Márcio é um deles”.

O Sr. sabe de alguém que tá botando a faca do Jorginho?, finalizou, Adelor.

“Eu digo isso porque tem gente que faz isso, não vou dar nomes, mas já vi gente fazendo. Tem gente que enxerga isso como política, eu vejo como politicagem. Eu busco ser coerente, a coerência pra mim é muito importante, acho que foi isso que me levou à reeleição”, finalizou o deputado.

Na foto, o deputado estadual reeleito, Jessé Lopes, ao lado de Jorginho Mello, agora, eleito governador. O registro foi feito no dia em que Jessé assinou sua ficha no PL, em março deste ano. 

Por Maga Stopassoli 22/11/2022 - 19:18 Atualizado em 22/11/2022 - 19:46

Usando um modelo de comunicação comum entre quem não quer ser questionado de forma imediata, o presidente nacional do PL, Waldemar da Costa Neto, fez uma transmissão ao vivo na tarde desta terça-feira (22) para pedir que os votos de 59% das urnas sejam invalidados. É que segundo ele, urnas fabricadas até 2020 apresentam falhas no logs – que são os registros de dados dos equipamentos. No documento que enviou ao TSE com os devidos questionamentos, Waldemar embasa seu pedido em uma auditoria contratada pelo próprio PL e cita quais modelos de urnas apresentam supostos indícios de mau funcionamento. Por coincidência, as urnas que foram consideradas seguras, são equipamentos em que o Presidente Jair Bolsonaro fez maioria de votos. Neste caso, se considerados somente os votos deste modelo de urna que a auditoria do partido considerou segura, Jair Bolsonaro seria eleito. Além disso, a ação do PL pede que sejam considerados somente os resultados do 2º turno, uma forma de garantir que os parlamentares eleitos pelo partido não sejam prejudicados.

A live do Waldemar mal havia encerrado e já circulava pelo país todo o despacho do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes que, em resumo, diz: “olha, Waldemar, eu não nasci ontem, eu nasci em dezembro de 1968 então ou tu inclui aí o pedido para anular as os votos do 1º e 2º turno, ou eu vou indeferir essa tua ação aí”. E deu ao PL o prazo de 24h para que os advogados “ajustem” a petição inicial que incluía somente as urnas do 2º turno.

Eu disse tudo isso para chegar num ponto comum sobre o que vem acontecendo após o resultado da eleição no Brasil: a estratégia adotada para manter o bolsonarismo vivo e atuante (não disse que o bolsonarismo precisa disso – disse que é a estratégia).

O que fazer para que os acampamentos se mantenham ativos e as manifestações continuem acontecendo? Para isso, a cada três ou quatro dias, “surge” algo novo que renova a esperança de mudar o resultado da eleição. É uma espécie de “agora vai”, quase diário.

Se o nobre leitor puxar pela memória o fio dos fatos, vai lembrar que logo após o resultado da eleição, diversos pontos de rodovias do país foram fechados. Os bloqueios duraram poucos dias. Por força da lei e a pedido do próprio presidente Jair Bolsonaro, os manifestantes desbloquearam as rodovias e migraram para a frente dos quartéis, em diversas cidades Brasil afora e continuaram manifestando sua insatisfação com o resultado da eleição. E, vale destacar, manifestar-se pacificamente é um direito garantido por lei. Depois disso, havia a expectativa entre os manifestantes sobre uma denúncia contra a segurança das urnas que, neste caso, foi feita por um argentino também através de uma live, que apontou alguns questionamentos superficiais sobre o assunto. Na sequência, foi anunciada uma greve geral que deveria acontecer no dia 7 de novembro, uma segunda-feira. Apesar de amplamente divulgada por apoiadores do presidente, a adesão à paralisação foi muito abaixo do esperado. Nem as lojas Havan, do empresário Luciano Hang, um dos maiores apoiadores de Bolsonaro, fecharam as portas. Se a greve geral não atendeu à expectativa, era hora de anunciar que o Ministério da Defesa enviaria ao TSE o relatório sobre o desempenho das urnas. O anúncio foi feito numa segunda à noite e o documento foi entregue somente dois dias depois. O suficiente para, mais uma vez, manter viva a esperança dos manifestantes. O relatório apresentado não trouxe novos elementos para o enredo das urnas. Mas aí o feriado de 15 de novembro já estava batendo à porta. Com isso, o assunto “Ministério da Defesa” foi superado por uma nova promessa de grande paralização no dia da Proclamação da República. Embora as manifestações tenham ocorrido em diversos pontos do país, no dia seguinte a vida seguiu normalmente.

Na semana passada, logo após o 15 de novembro, o PL anunciou que iria pedir a anulação dos votos de algumas urnas. A promessa garantiu combustível para mais dois ou três dias de animação e esperança e foi concretizada hoje, quando Waldemar fez a live.

Tudo isso ocorre enquanto Bolsonaro permanece em silêncio, amparado pelo presidente do seu partido e atual fiel escudeiro, quem vem fazendo as vezes de porta-voz dos anseios bolsonaristas. Ao mesmo tempo, o governo de transição segue o cronograma de trabalho e Lula se movimenta, de modo subliminar, para não deixar dúvidas quanto à legitimidade de sua eleição. A recente viagem para o Egito, na Conferência do Clima, é prova disso. Ao comparecer no encontro, Lula se apresenta ao mundo como presidente eleito e chama para si o holofote deixado de lado por Bolsonaro. Essa briga de gigantes, onde um quis enfrentar o outro, ainda está longe do fim. Enquanto as notícias alimentam a fé e a esperança de mudar o rumo das eleições e mantem vivos os acampamentos, o ano vai chegando ao fim, num apagar das luzes quase nostálgico, fazendo as contas daquilo que poderia ter sido e não foi. Em breve, pode ser que novas promessas surjam, e reacenda o brilho nos olhos de quem realmente acredita num Brasil melhor. Tudo acontece enquanto o alto clero já discute a eleição de 2026. A comprovar que a política, meus amigos, não tem dó de ninguém. Nem de quem tem olhos e não quer ver.

 

 

 

Por Maga Stopassoli 21/11/2022 - 21:16 Atualizado em 21/11/2022 - 21:26

O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSDB), mostrou que quem fica parado é água de poço e foi a Florianópolis visitar o governador eleito, Jorginho Mello (PL). O encontro ocorreu nesta segunda-feira (21), no fim da tarde, no gabinete de Jorginho e Salvaro estava acompanhado de Dalírio Beber, que foi candidato a vice-governador na última eleição, na chapa com Esperidião Amin. Em seu perfil no twitter, onde a foto a seguir foi publicada, o prefeito tucano disse que foi até lá tratar de demandas da cidade e de "questões políticas de Santa Catarina". 

Por Maga Stopassoli 10/11/2022 - 10:02 Atualizado em 10/11/2022 - 16:59

A Câmara de Vereadores de Criciúma parabenizou o ministro Alexandre de Moraes pela condução do processo eleitoral no Brasil. O pedido foi da vereadora Giovana Mondardo (PCdoB). O documento é do dia 3 de novembro.

LEIA MAIS:

Acesse o documento no site da Casa Legislativa clicando aqui.

61/termo:Alexand

Por Maga Stopassoli 01/11/2022 - 18:39 Atualizado em 01/11/2022 - 19:00

Quase 48 horas depois do resultado da eleição, o presidente Jair Bolsonaro se manifestou na tarde desta terça-feira (1), num discurso que durou dois minutos. Inicialmente, agradeceu seus eleitores e depois se dirigiu aos manifestantes, dizendo que eles não devem usar o que ele chamou de mesmas táticas da esquerda, obstruindo o direito de ir e vir, mas destacou que as manifestações nasceram de um sentimento de injustiça. Num momento de tensionamento no país, Bolsonaro “jogou pra torcida” e errou ao não ser enfático sobre o assunto, deixando aberto à interpretação.

Com rodovias bloqueadas, o prejuízo diário no setor de suínos e aves de Santa Catarina pode chegar a R$ 36 milhões. Além disso, os transtornos provocados na vida de todos que precisam se descolar de uma cidade para outra, o desabastecimento dos supermercados e postos de combustíveis começa ganhar tons de preocupação. A conta do que o presidente chamou de “sentimento de injustiça” que embala os protestos será paga por todos, mas vai pesar mais no bolso da população mais pobre. Deixar aberta à dupla interpretação esse trecho do discurso a essa altura do campeonato é uma atitude pequena e não precisaria fazer parte da história do mandato de Jair Bolsonaro que sairá da presidência para ser o líder que a direita precisa. A reestruturação da direita, aliás, vai passar pelo comando e liderança de Jair Bolsonaro. Ao não fazer um gesto claro para minimizar esse momento de crise, Bolsonaro desperdiça a oportunidade de iniciar hoje mesmo uma oposição grandiosa que o Brasil tanto necessita para equilibrar os interesses do país a partir de 2023.

Leia o discurso na íntegra:

Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são frutos de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cessamento do direito de ir e vir.

A direita surgiu, de verdade, em nosso país. Nossa robusta representação do congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, Pátria, Família e Liberdade. Formamos diversas lideranças pelo Brasil, nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso, mesmo enfrentando todo o sistema, superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra.

Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, joguei dentro das quatro linhas da constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei com todos os mandamentos da nossa constituição. É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, religiosa, de opinião, a religião e as cores verde e amarelo da nossa bandeira.

Por Maga Stopassoli 01/11/2022 - 09:57 Atualizado em 01/11/2022 - 10:06

Eleito com 70% dos votos válidos, o que corresponde a 2.983.949 votos, Jorginho dos Santos Mello, nascido em Ibicaré em 15 de julho de 1956, será o governador de Santa Catarina a partir de janeiro de 2023. Ao seu lado, terá a joinvillense Marilisa Boehm, nascida em 16 de dezembro de 1964. Ele do signo de câncer. Ela, de sagitário.

Já a presidência da república será ocupada em 2023 por dois escorpianos. Luiz Inácio Lula da Silva, nasceu em 27 de outubro de 1945, na cidade de Caetés, Pernambuco. o vice, Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho, nasceu em 7 de novembro de 1952 em Pindamonhangaba, São Paulo. Ambos foram eleitos com 60.345.999 votos e são do signo de escorpião.

De posse dessas informações nós queremos saber: como deverão ser os governos estadual e federal a partir do ano que vem?

Sim, você caiu num texto que vai tratar disso com base no signo dos envolvidos. E não adianta fazer cara feia: a gente sabe que todo mundo dá uma espiadinha no signo dos outros (pode confessar :D ). Para isso, consultei a Mestra Kabbalista, Alê Miranda e a Taróloga, Rachel Patrício.

Vamos começar com o mapa de Jorginho e Marilisa, analisado pela Alê Miranda

Jorginho Mello

Ele tem uma proteção muito grande do plano espiritual no governo dele.”

“Vejo no mapa dele que ele tem uma força muito grande de realização e que ele veio nessa vida pra poder aceitar desafios. É como se fosse assim: quando fica tudo muito calmo, muito parado, isso pode até ficar de certa forma depressivo, então mostra que é uma pessoa que gosta muito de desafios. Aqueles desafios que fazem a gente brilhar os olhos. E ele veio nessa vida pra poder sair um pouco de querer ficar apaziguando todos os lados e pra realmente tomar uma atitude, mas uma atitude que seja de coração. Eu vejo também que ele tem uma proteção muito grande do plano espiritual no governo dele.”

Marilisa Bohem

Ainda conforme, Alê Miranda, “o mapa da Marilisa mostra que ela precisa tomar muito cuidado com os momentos que podem “apertar os botões” dela e ela ser muito impulsiva, ou querer jogar tudo pro alto. Ela veio nessa vida realmente para aprender a lidar com as pessoas, a cooperar, colaborar então a política é algo fantástico. Ele e ela podem trabalhar juntos com ele trazendo esse gás e ela trabalhando o jogo de cintura dentro da política”.

Pessoas do signo de câncer costumam ser simpáticas, carinhosas e gentis, tornando a vivência uma experiência divertida. Mas muitas vezes ele pode ser dramático e chorão. Já os sagitarianos têm profundo senso de justiça, são espontâneos, otimistas e animados. Pessoas deste signo costumam ter dificuldade em conter seus impulsos. A mistura da personalidade característica destes dois signos deve render uma boa parceria de trabalho, indicando que eles terão êxito no mandato. Porém vale ressaltar a importância da paciência entre eles para não reeditar um novo “Moisés-Daniela”.

Jorginho deverá focar no crescimento econômico

 A taróloga Rachel Patrício diz que o governo de Jorginho Mello deverá focar em ações focadas na família, nos moldes conservadores e isso deverá ser bem aceito pela sociedade. Por outro lado, diz que a forma de gerir poderá ser interpretada em alguns momentos como inflexível pelos catarinenses. Rachel destaca que o novo governador deverá ter como principal objetivo o crescimento econômico do estado, setor que será exitoso. Além disso, Jorginho deverá ter um olhar voltado a programas de ajuda social. Mas não será simples. “O governo será marcado por trabalho duro e muita mão na massa. Isso vai exigir uma boa dose de paciência tanto do governador quanto da população”, destacou.

Presidência da República

Na presidência da república, teremos dois escorpianos. Lula e Alckmin são do mesmo signo, porém com algumas características diferentes um do outros já que nasceram em datas e locais diferentes. Escorpianos tendem a ser sentimentais, sensíveis, emocionais e determinados. Por outro lado, podem ser rancorosos, desconfiados e vingativos. Aqui lembrei de quando o agora presidente eleito ainda era alvo da Lava-jato e disse ao então juiz Sérgio Moro que se fosse absolvido, o juiz teria de estar preparado para ataques. Vingativo é pouco. “Não vou morrer antes de provar que Sérgio Moro é mentiroso”, diz Lula, provando que de rancor ele entende. Segundo Alê Miranda, ambos estão numa fase de grande maturidade e Escorpião traz a força do renascimento.

O signo de escorpião tem essa força e pode ser que sim, que eles voltem a renascer das cinzas

“O signo de escorpião tem essa força e pode ser que sim, que eles voltem a renascer das cinzas. Mostra muito jogo de cintura, equilíbrio e apaziguamento no mapa do Lula e também muito sentimentalismo. Ele vai ter que tomar cuidado pra não levar as coisas pro lado pessoal (alô Sérgio Moro) e equilibrar a razão com a emoção. O Alckmin pode ajudar ele nesse sentido também. Lula está com o Sol em Capricórnio, com tendência de levar as coisas à sério, de terminar o que começa. Ele também está com o Sol na casa 11 e isso é bom para a parte de relacionamento com as pessoas. Já a Lua de Lula está em Touro. Ele tem que tomar cuidado com a garganta. Se ele ganhar vai ter um ano difícil em termos de bloqueios e barreiras. As principais aberturas marcadas pra janeiro. Vai passar por um período difícil no período de junho do ano que vem e a partir de agosto, as coisas melhoram", destacou a taróloga.

Casos de corrupção e escândalos seríssimos

Rachel Patrício pontua que o próximo governo irá tentar diminuir a polarização para ter governabilidade e que as primeiras ações de governo serão focadas no combate à fome e na estabilidade econômica. A taróloga destaca ainda que Lula vai precisar entender que talvez não irá colher os louros do próximo mandato e isso deve bater de frente com seu ego. O próximo governo deverá revelar muitos casos de corrupção e escândalos seríssimos da atual gestão. Quando isso ocorrer, a polarização tende a aflorar com muita força novamente.

 

 

Por Maga Stopassoli 26/10/2022 - 23:01 Atualizado em 26/10/2022 - 23:06

Bolsonaro com 80% dos votos em Santa Catarina. Essa foi a projeção feita pelo candidato a governador, Jorginho Mello (PL), nesta quarta-feira (26), em Criciúma. Há quatro dias do 2º turno, o franco favorito para vencer as eleições estaduais esteve na Associação da Imbralit em evento que contou com a presença de apoiadores, deputados, prefeitos e vice-prefeitos da região. O palco-palanque quase ficou pequeno para tanto apoio. Entre eles, o prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), que no 1º turno declarou apoio a Carlos Moisés. O tubaronense discursou e disse que sente gratidão pelo candidato do PL.

Já Jorginho Mello falou sobre a expectativa de votos em Bolsonaro aqui no estado. “A gente estabeleceu com o Fabrício (de Oliveira), prefeito de Bal. Camboriú, o mais novo prefeito filiado no PL, a meta de 80% pro presidente aqui no estado. E não é nenhum absurdo porque ele em 2018 ele fez 76% aqui no estado. Não estamos superestimando. É possível”, disse.

Clésio com Jorginho

Quem abriu os trabalhos da noite foi Clésio Salvaro. O prefeito de Criciúma deu boas-vindas aos políticos presentes e disse que o maior ativo de seu partido, o PSDB, é nunca ter estado do “lado esquerdo” e reforçou o apoio a Jair Bolsonaro.

“Todos nós sabemos que a eleição do Jorginho, não tem eleição ganha, mas imaginamos ser uma eleição provável. Se o Jorginho veio até nós é porque ele está precisando do nosso voto, do nosso apoio. O maior ativo que o PSDB de Santa Catarina tem é que nós aqui, diferente de outros estados da federação, nós nunca estivemos do lado esquerdo. O nosso lado sempre foi estar na direita. Nós nunca estivemos com o PT e não é nessa eleição. Nós já decidimos, horas depois do resultado do primeiro turno, que nós estaríamos com o 22 pro governo do estado e 22 pra presidente da república”, declarou animado o prefeito enquanto recebia aplausos.

Julia, bloqueada no zap do prefeito, não aplaudiu

Desde a eleição de 2020, quando foi ferrenha opositora de Salvaro, Júlia Zanatta está bloqueada no whats do prefeito. Enquanto Salvaro discursava e era aplaudido pelo público presente, Júlia Zanatta, deputada federal recém-eleita, fazia cara de poucos amigos e não aplaudiu o prefeito criciumense em nenhum momento. Ela estava ao lado do líder tucano e como estava, ficou. Sem risadinha, como diria Jorginho Mello.

Confira no vídeo:

Sem aplausos: Júlia Zanatta não aplaude prefeito de Criciúma em evento do PL na cidade. (Este vídeo é uma gravação da tela dos stories publicados pelo prefeito).

Por Maga Stopassoli 25/10/2022 - 19:43 Atualizado em 25/10/2022 - 20:55

O prefeito de Criciúma assinou nesta terça-feira (25) um contrato de financiamento junto do Fonplata no valor de US$ 25 milhões de dólares. O que é o Fonplata e quais obras ele vai viabilizar você pode saber aqui: 

- O que é o Fonplata?

Só que um evento de assinatura de uma operação dessa magnitude sempre proporciona mais leituras do que só as doletas que entrarão na conta da prefeitura para realização de importantes obras estruturantes em terras carvoeiras. Uma das leituras foi o protagonismo que Clésio Salvaro pareceu fazer questão de dividir com seu fiel escudeiro, o secretário municipal do governo, Vagner Espíndola, o Vaguinho. No momento em que o prefeito assina e formaliza o contrato, Vaguinho posa despretensiosamente ao lado de Salvaro e, vocês sabem, imagens dizem muito. Seria o secretario de governo um dos nomes que passam pela cabeça do prefeito para ser candidato em 2024 com a sua indicação?

Clésio Salvaro assina novo contrato de empréstimo e tem ao lado, literalmente, Vaguinho Espíndola. Foto: Stefanie Machado/4oito

Claro que as coincidências estão aí pra isso e essa leitura pode estar equivocada, mas, isso nós vamos saber com o tempo. Por lá também esteve o atual secretário municipal de educação, Celito Cardoso que assumiu a pasta recentemente após a saída de Miri Dagostim. Celito é um dos nomes que figuram na lista dos prefeituráveis para 2024 pela sua trajetória e pelos resultados à frente da Secretaria da Fazendo de Criciúma. Vale lembrar que na semana passada a secretaria de educação decidiu fechar uma escola no bairro São Domingos sob o argumento de quue o número de alunos na instituição era baixo (hoje são 81 estudantes) e também os resultados do IDEB que estariam abaixo da média municipal. No planejamento estaria a realocação desses alunos em escolas de outros bairros. A comunidade não gostou da decisão e não arredou o pé, fazendo com que o próprio Clésio Salvaro convocasse uma reunião com a equipe no último domingo (23) e informasse que a escola seria mantida aberta. Depois disso, convocou a comunidade para comunicar a decisão. O secretário Celito Cardoso participou da reunião com a equipe, mas não ficou para a reunião com os pais dos alunos. A conferir se esse pequeno ruído de comunicação irá interferir nos desdobramentos futuros de quem irá receber a missão de encarar as urnas representando o atual prefeito.

Celito Cardoso, presente na assinatura do Flonpata nesta terça-feira (25). Foto: Stefanie Machado/4oito

 

 

Por Maga Stopassoli 14/10/2022 - 10:44 Atualizado em 14/10/2022 - 11:10

Na entrevista exclusiva que concedeu à Adelor Lessa, Upiara Boschi e Maga Stopassoli e que foi ao ar na manhã desta quinta-feira (13), o governador Carlos Moisés falou sobre presente, passado e futuro e revelou que quis fazer um desafio pessoal. Ele queria saber como as pessoas iriam escolher seus candidatos. Em sua visão, era a oportunidade que as pessoas teriam para escolher um candidato com bons resultados e investimentos. Na prática, descobriu que nem os investimentos recordes em educação e infraestrutura ou a aprovação das contas do governo, sem ressalvas, pelo Tribunal de Contas do Estado, foram suficientes. O resultado do desafio, você já sabe.

“Eu descobri que as pessoas não sabem o que a gente faz no governo e que obra não dá voto”, brincou. “As pessoas me perguntam o que faltou? Faltou voto”.

Passado

Moisés foi “vítima”, entre outros fatores, do mesmo fenômeno que o conduziu ao poder em 2018: a onda bolsonarista que varreria o país naquele ano e que se repetiria com a mesma força, quatro anos mais tarde. Mas, a derrota nas urnas não tem só esse fator. O caminho escolhido por Moisés desde que saiu do PSL em 2021 e o partido que escolheu para disputar as eleições também tem lá suas contribuições. Não seria exagero dizer que talvez a maior contribuição do Republicanos, representado pelo número 10, tenha sido facilitar o jingle de campanha: Moisés é 10. Fora isso, o nanico partido conservador pouco conseguiu mobilizar sua militância. A ida de Moisés para o partido só não foi mais atravessada do que sua ausência no evento promovido pelo presidente estadual da sigla, o deputado estadual e bispo, Sérgio Motta, para lançar seus pré-candidatos em junho deste ano. A mini crise seria afastada dias depois quando ambos posaram para foto, sorridentes na Agronômica. Não convenceu. É como se Moisés e o Republicanos não tivessem conseguido levar o relacionamento para além das câmeras.

Depois disso, no período que antecedeu as convenções dos partidos, teve o MDB em chamas, com o perdão do trocadilho, brigando para decidir quem seria o vice. Àquela altura, Udo Döhler e Antídio Lunelli eram as opções viáveis, com mais chances para o primeiro. Na convenção, Moisés fez valer sua vontade e, o vice que ele preferia, venceu. Há um velho ditado que diz: “quem escolhe o vice que quer, tem de aceitar o resultado que vier”. E Moisés aceitou. Bom, a verdade é que não existe esse ditado, mas era o único jeito de explicar o que aconteceu. O MDB, até então o partido dos sonhos de qualquer chapa majoritária por deter 95 prefeituras sob o comando de prefeitos da sigla, também não brilhou os olhos quando viu a vaga de vice ir parar nas mãos de Döhler. Era a água no chopp da reeleição de Moisés. Recorte de cena aqui para dizer que o dia da convenção do MDB e do Republicanos, o fatídico 23 de julho, certamente foi um dos dias em que Moisés mais demonstrou que “brigaria” pela reeleição. “Eles perderam duas vezes e vão perder de novo”, disse durante o discurso que o oficializou candidato, no mesmo 23 de julho, em referência aos dois processos de impeachment que enfrentou e à reeleição. Daí em diante a história já contou.

Presente

O bem-humorado Carlos Moisés que nos recebeu na terça-feira, quando gravamos a entrevista, relatou como foi reagiu ao perceber que não iria para o 2º turno, mesmo antes do fim da apuração dos votos. “Chamei todo mundo que estava comigo e disse: aqueles que puderem contribuir com o novo governo, se forem convidados, mesmo que de modo temporário, independente de ser o governador A ou B, contribuam". 

"Isso é política. A vida não se resume a um cargo eletivo"

Questionado sobre ter feito as coisas a seu modo, o governador pontuou que “não precisava fazer movimento político pra pegar onda de quem quer seja, mesmo que isso me custasse uma não reeleição. Saio tranquilo e sereno com a certeza de que a minha missão foi cumprida e bem cumprida. Isso é política. A vida não se resume a um cargo eletivo. A história vai sendo recontada. Acredito que a gente não enxerga o todo. O tempo vai revelar as decisões corretas. Eu não me trairia. Tudo que a gente fez, fez acreditando muito. Desde acreditar na vacina, acreditar na ciência, acreditar nas medidas pra cuidar da vida das pessoas. Qual é o caminho pra gente enriquecer a democracia? Não tem outro caminho a não ser a educação. A educação vai nos tornar mais políticos”, ressaltou.

Última bolacha do pacote

“Pra nós não é quanto pior, melhor. Santa Catarina vai continuar crescendo, vai continuar sendo o estado mais seguro e mais feliz do brasil. Não existe a última bolacha do pacote. Não é você que faz as coisas acontecerem. É um grupo de pessoas envolvidas pra fazer um estado melhor. E acredito que, no atual contexto politico que se formou, pro governador Moisés o melhor de fato é o recolhimento”, justificou. Moisés não irá declarar voto nem para governador, nem para presidente. Manter-se neutro vai lhe exigir menos explicações do que declarar apoio para esse ou aquele candidato. “Eu vou votar, mas não pretendo influenciar ninguém pela minha escolha. Vou respeitar a escolha de todos, mas me dou o direito de não externar quem me representa”, disse.

"Vamos cada um cuidar da sua vida"

O governador que tem agora menos de 80 dias de mandato, revelou o desejo de passar um tempo na praia da Ipuã em Laguna, falou de fé e do que entende ter sido sua grande missão de vida. “Eu sou um homem de fé e acredito que todos nós temos uma missão. A minha grande missão foi salvar o maior número de catarinenses, isso vai ficar registrado na história e, vamos ser felizes né, vamos cada um cuidar da sua vida também. A mesma onda que me trouxe para o cenário político, sendo um desconhecido, as pessoas votaram num desconhecido e tiveram sorte de votar numa pessoa que fez um governo transparente e integro. A onda voltou e trouxe outras pessoas para o cenário. Tem muitos catarinenses que votaram em pessoas que eles não conhecem. Isso é um fato.”

"Eu dizia: as pessoas vão votar em projetos. Mentira" (risos)

Futuro

O poder é um organismo vivo e se movimenta. Agora, em Santa Catarina, o poder vai trocar de mãos. Em 2023, sai Carlos Moisés e entra o novo governador. Mas, será quem experimentou a  sensação do poder, não fica com um gostinho de quero mais? Moisés garante que não. Ainda durante a entrevista, o governador declarou que não há projetos políticos em seu radar. “Estou convencido de que minha contribuição para o estado aconteceu no período mais duro que foi durante a pandemia. A gente fez bonito. Temos aqui em Santa Catarina o melhor desempenho do Brasil no enfrentamento da pandemia”, destacou. Enquanto Moisés tenta convencer que ficará fora da vida pública, a política e o poder seguem seu curso, como se fossem movimentos sincronizados de uma dança que, ora escolhe quem irá levar para o meio do salão, ora troca de par.

Governador Carlos Moisés da Silva, encerra seu mandato em 31 de dezembro de 2022.

Por Maga Stopassoli 06/10/2022 - 11:23 Atualizado em 06/10/2022 - 11:45

“Ou mudamos, ou ficamos para apagar as luzes”. A declaração vinda de uma fonte próxima do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, mostra o clima pós-eleições no Paço Municipal.

É que o PSDB, partido do prefeito, não teve um bom desempenho eleitoral. Dos três candidatos publicamente apoiados pelo líder tucano, dois eram do seu partido e não se elegeram, mesmo sendo alinhados ao presidente Jair Bolsonaro. Isso comprova, mais uma vez, que o bolsonarismo se concentra mesmo na sigla partidária onde está Bolsonaro. Não adianta declarar voto, fazer santinho, gravar vídeo com o Presidente e não estar em seu partido. Salvaro fez essa conta a começou a correr contra o tempo já que, não é exagero dizer, a eleição de 2024 já começou.

No radar de Salvaro, duas possibilidades: migrar para o PL, o partido de Bolsonaro (e de Jorginho Mello) ou, para o PP (de Esperidião Amin, que foi candidato ao governo e apoiado pelo prefeito de Criciúma).

O PL parece ser um caminho natural. Na esfera estadual, os movimentos do chefe do executivo criciumense começaram na segunda-feira (3), um dia após a ida de Jorginho Mello para o segundo turno. Nesta data, uma reunião capitaneada por Salvaro contou com a presença de prefeitos tucanos da Amrec e Amesc e serviu para unificar o discurso de apoio à reeleição de Jair Bolsonaro e da eleição de Jorginho Mello.

Aí você está se perguntando:

- Tá, mas se o Salvaro reuniu a tucanada, como fica se ele sair do partido?
Aí é que tá. Caso a previsão se confirme, é possível que haja uma debandada do ninho e mais lideranças deixem o PSDB e também migrem para a nova sigla.

Sobre o Progressistas

O PP e o União Brasil estão em conversa para definir se oficializam ou não uma federação partidária que ficaria vigente de 2023 a 2026. A razão central dessa discussão é a tentativa de reconduzir Artur Lira (PP) à Presidência da Câmara dos Deputados no início do ano que vem. Enquanto a definição sobre a federação não sai, Salvaro segue avaliando qual melhor caminho a seguir.

A mesma fonte citada anteriormente, ao ser questionada sobre a possibilidade de Salvaro ir para o PL, disse:

“É um partido com o perfil do Clésio. É uma hipótese, sim.”

 

Por Maga Stopassoli 05/10/2022 - 16:09 Atualizado em 05/10/2022 - 16:29

Sob o pretexto de trabalhar pela reeleição de Jair Bolsonaro, Jorginho Mello reuniu nesta quarta-feira (5), no comitê de campanha, os deputados federais e estaduais eleitos no pleito de domingo. “Não existe eleição ganha. Nós precisamos ter a humildade de apontar os nossos erros no primeiro turno e corrigi-los para o segundo”, disse.

Tentando afastar a ideia de “já ganhou” que paira sob a eleição estadual em que o candidato do PL contabilizou 38,62% dos votos válidos, o que corresponde a mais de 1,5 milhão de votos, Jorginho pediu concentração, força e união da sigla para reeleição do presidente Bolsonaro. Jorginho ouviu palavras de apoio e de compromisso por parte dos eleitos. Ao todo, em Santa Catarina, o PL, elegeu 11 deputados estaduais, seis federais e Jorge Seif como senador.

O encontro de hoje parece marcar um novo momento do PL de Santa Catarina que protagonizou momentos polêmicos entre alguns de seus integrantes durante a campanha. Mas nada como todo mundo eleito para acalmar os ânimos. São tempos de paz.

Jorginho reúne eleitos em momento de calmaria no PL.                                          Foto: Eduardo Valente

 

 

Por Maga Stopassoli 19/05/2025 - 13:26 Atualizado em 19/05/2025 - 13:31

A reitora da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) e presidente da Associação das Fundações Educacionais Catarinenses (Acafe), Luciane Bisognin Ceretta, aceitou o convite do governador Jorginho Mello para assumir a Secretaria de Educação de Santa Catarina. Ela substitui Aristides Cimadon, que deixou o cargo por motivos de saúde; juntos, ambos idealizaram o Universidade Gratuita, considerado o maior programa de democratização do ensino superior do país. 

Primeira mulher a comandar a Unesc, Luciane traz à pasta uma trajetória de trinta anos no magistério superior e uma sólida formação: graduada em Enfermagem e Administração, mestre em Enfermagem pela UFSC, doutora em Ciências da Saúde pela Unesc e detentora de quatro MBAs (Gestão Estratégica de Negócios, Gestão de Pessoas, Gestão Financeira e Gestão de Projetos), além de oito especializações – quatro em saúde e quatro em educação – e uma recente pós-graduação em Educação em Saúde pela FMUSP; Conselheira Estadual de Educação de Santa Catarina, Conselheira Nacional de Educação na Câmara de Educação Superior e vice-presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub), ela reúne mais de 300 pesquisas, 150 artigos científicos, quase 30 livros e cerca de 20 produtos tecnológicos voltados à educação e à saúde. 

No Conselho Nacional de Educação tem participado das comissões para formação continuada de professores,  trilhas formativas para o ensino médio, diretrizes para o ensino técnico profissionalizante e novos formatos avaliativos para a educação básica no Brasil.

Ceretta chega à Secretaria de Educação com a missão de melhorar ainda mais os índices educacionais de Santa Catarina que já são referência para o Brasil. Além disso, o governador Jorginho Mello quer que a nova secretária dê prioridade para as instalações físicas das escolas. A nova secretária deve ser nomeada nos próximos dias.

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