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Jessé sobre Jorginho: a chance de a gente ter problemas são menores

Deputado foi entrevistado nesta sexta no Plenário

Por Maga Stopassoli 25/11/2022 - 16:20 Atualizado em 25/11/2022 - 16:26

Um dos momentos polêmicos que marcaram o primeiro mandato do deputado estadual Jessé Lopes (PL) foi quando ele tirou o quadro com a foto do governador Carlos Moisés da parede de seu gabinete e colocou no chão. Agora, reeleito, o atual Jessé pouco lembra o inexperiente deputado de primeiro mandato. Mas não foi só isso que mudou. Além da experiência adquirida em quatro anos de Assembleia Legislativa, o deputado peelista que antes apostava suas fichas em quem nunca havia participado da vida pública, agora acredita que um político com experiência no comando do executivo estadual trará, em suas palavras, “menos problemas”.

Essa declaração ocorreu durante entrevista ao Plenário, o quadro do Programa Adelor Lessa do qual participo junto do colega Upiara Boschi. A entrevista foi ao ar na manhã desta sexta-feira (25), na rádio Som Maior.

Adelor começou questionando se o PL estaria fechado com o deputado Zé Milton Scheffer (PP) ou teria candidatura própria para a presidência da Alesc, uma das funções mais importantes do estado. Jessé, com discurso afinado, fez questão de ressaltar que “não se pode ter tudo”.

“Por se tratar de um partido que é base natural do governo, sabe que não pode querer tudo. Logicamente a ideia é formar maioria na Alesc. O partido precisa ceder em algumas coisas e com certeza a presidência está descartada, mas, vamos tentar compor com as melhores pessoas."

Na sequência, Upiara relembrou o fato que abre este texto, quando o deputado tirou o quadro do governador Moisés da parede e perguntou a ele se a foto de Jorginho Mello vai estar na parede de seu gabinete e se ele corre algum risco de ser tirado de lá também. Jessé Lopes argumentou que teve seus motivos para isso.

“A questão do quadro teve causas muito específicas pra eu tirar da parede. Eu acredito que o Jorginho é diferente. Ele chegou diferente no governo. A onda do Bolsonaro ajudou o Moisés 100%, só ele não entendeu isso, e quem chega daquela forma, como foi o meu caso também, tem que entender o cenário, o que as pessoas queriam da gente, esperavam da gente. Moisés não dialogava com a gente e eu passei a ser um crítico a ele. Nossa divergência ocasionou nossa inimizade, oposição ao governo e a retirada do quadro do gabinete."

Questionei ao parlamentar se ele não acha que Jorginho também foi beneficiado pela Onda Bolsonaro na eleição deste ano. O deputado reeleito disse que se não existisse Bolsonaro, Jorginho Mello teria grandes chances de ser igualmente eleito.

“O Jorginho foi beneficiado pela onda, mas ele é um político vencedor. Venceu pra deputado estadual, federal, senador, um cara que já tinha um nome, uma estrutura. Então muito por conta dele mesmo ele chegou. Acho que se não existisse o Bolsonaro ele tinha grandes chances de ser governador. A onda ajudou, puxou, não da forma como foi em 2018, mas ajudou. Mas eu acredito que por si só ele tinha chance de ganhar, pelo que ele foi como político, pelo histórico dele de grandes vitórias, ele teria chance de chegar, da mesma forma. Eu apostava só na novidade, o Moisés veio e fez o que fez. Agora to apostando numa pessoa que tem a capacidade de ouvir e entender o cenário. Ele já nos chamou pra duas reuniões pra nos ouvir, pra conversar. Acho que esse tipo de conduta é líder, não de chefe. As chances de a gente ter mais problemas, são menores, uma vez que ele compreende as bandeiras dos deputados."

Ao fim da entrevista Adelor perguntou se era fato que ele havia indicado o delegado Marcio Neves para a vaga de delegado geral da Polícia Civil de Santa Catarina e a indicação havia “batido na trave”. Jessé pontuou que não fez nenhuma indicação de forma oficial ainda e frizou que não é de “buscar o Jorginho pra botar a faca no pescoço dele pra ficar indicando pessoas do governo, não é esse o tipo de conduta que eu acho adequado. Agora se o Jorginho me chamar e quiser minha opinião pra indicar quem seja alinhado com as pautas, eu com certeza terei bons nomes e o delegado Márcio é um deles”.

O Sr. sabe de alguém que tá botando a faca do Jorginho?, finalizou, Adelor.

“Eu digo isso porque tem gente que faz isso, não vou dar nomes, mas já vi gente fazendo. Tem gente que enxerga isso como política, eu vejo como politicagem. Eu busco ser coerente, a coerência pra mim é muito importante, acho que foi isso que me levou à reeleição”, finalizou o deputado.

Na foto, o deputado estadual reeleito, Jessé Lopes, ao lado de Jorginho Mello, agora, eleito governador. O registro foi feito no dia em que Jessé assinou sua ficha no PL, em março deste ano. 

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