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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Maga Stopassoli 11/01/2023 - 19:17 Atualizado em 11/01/2023 - 19:42

O deputado estadual reeleito, Júlio Garcia (PSD) poderá voltar à presidência da Alesc em 2023. Pelo menos essa é a informação que circula nos históricos corredores da Assembleia Legislativa do Estado, após a reunião que ocorreu hoje, entre os integrantes dos partidos que inicialmente estavam apoiando o emedebista Mauro de Nadal. A informação não foi confirmada por Júlio, naturalmente. “Deputados Zé Milton e Mauro são os candidatos”, limitou-se a dizer.

Nessa nova configuração, em vez da presidência da Alesc, o MDB ficaria com as Secretarias de Infraestrutura e com a Secretaria de Segurança Pública. Para essas pastas, os nomes ainda não teriam sido definidos, embora os nomes dos deputados Jerry Comper e Volnei Weber estejam cotados. 

Júlio Garcia. Foto: Bruno Colaço/Agencia AL

Por Maga Stopassoli 09/01/2023 - 11:41 Atualizado em 09/01/2023 - 14:51

Um capitólio à brasileira. Assim pode ser resumida a última tentativa golpista que o Brasil presenciou, estarrecido, neste domingo (8). E, antes de me ater aos fatos propriamente ditos, vamos pontuar duas coisas aqui:

1ª - o grupo radical que invadiu Brasília ontem, não representa a maioria dos bolsonaristas;

2ª – a narrativa de que a depredação foi promovida por infiltrados pode convencer a quem apoia atos golpistas. Aqui, não.

O Brasil assistiu ao que deve ter sido a última tentativa golpista de mudar o resultado da eleição. Uma horda de apoiadores de Jair Bolsonaro, invadiu os prédios dos Três Poderes em Brasília e destruiu tudo que viu pela frente. Numa rápida análise de semiótica, é fácil concluir que o ódio que moveu aquelas pessoas não queria destruir móveis e outros objetos que pertencem ao povo brasileiro. Queriam deixar marcado na história do país, o ódio pela democracia. Composto por adultos com comportamentos que denotam emoções cristalizadas, quebraram cadeiras e vidraças, arrancaram portas, destruíram obras de arte de valor imensurável. Deixaram excrementos por onde passaram, como forma de demonstrar suas emoções mais primitivas.

Adultos com emoções cristalizadas correm o risco de passar a vida toda, sem conseguir se desprender emocionalmente de algum fato ou de alguma fase de sua vida. Ficam presos no tempo. Até hoje não encontraram uma razão para viver, uma causa pela qual lutar, um inimigo para enfrentar. Por isso, têm dificuldades em compreender e respeitar a democracia. A cristalização desses comportamentos se evidencia na postura dos radicais de Brasília que negam a responsabilidade na autoria da destruição que provocaram. Antes, negavam que queriam um golpe de estado. Agora, negam a materialidade dos fatos. Perderam datas importantes com a família, aficionados por defender o Brasil do comunismo, esse fantasma imaginário que assombra e tenta justificar atos terroristas como os de ontem.

O furto simbólico de um exemplar da Constituição de 1988 deixa claro o que pretendiam: queriam roubar a nossa Constituição, no mais amplo sentido da expressão.

Mais de seis horas após o início do vandalismo, começaram a surgir as primeiras manifestações de lideranças políticas. Dos apoiadores do ex-presidente, vinham publicações tentando desvincular sua imagem do que estava ocorrendo. Em Santa Catarina, o governador Jorginho Mello fez uma publicação sucinta no instagram tentando não dar ainda mais luz aos fatos, mas também sem passar a ideia de que se omitiu. Jorginho será cobrado para cumprir a determinação do ministro Alexandre de Moraes que ordena desmontar os acampamentos em frente aos quartéis, em 24h, ou seja, ainda nesta segunda-feira. Questionado se iria cumprir a decisão de Moraes, o governador respondeu via assessoria que está avaliando juridicamente a questão.

Santa Catarina é um dos estados mais bolsonaristas do país. Foi em Santa Catarina, também, que os movimentos golpistas iniciaram após o resultado da eleição, em 30 de outubro, quando a BR 101 foi fechada, em Laguna, dando início ao fechamento de diversas outras rodovias pelo Brasil. Além disso, dezenas de ônibus partiram daqui em direção à Brasília, para inflar os ataques de ontem. Esse contexto faz com que o estado esteja na mira do STF que já está trabalhando para identificar quem patrocinou esses movimentos.

Ainda na noite de domingo, a Unesc (Universidade do Extremo Sul Catarinense), emitiu uma nota dizendo que reconhece manifestações democráticas, mas que repudia atos de violência e cobra que os envolvidos sejam responsabilizados na forma da lei.

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina também emitiu nota onde diz que não é possível tolerar atos violentos. Diz, ainda, que o Poder Legislativo Catarinense espera rigor na apuração.

O prefeito de Criciúma, cidade que estava representada nos atos de ontem, Clésio Salvaro (PSDB) foi procurado para falar sobre o assunto, mas não respondeu ao blog. (Caso responda, esse texto será atualizado).

Na esfera federal, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi afastado do cargo por 90 dias pelo STF, no início da madrugada deste domingo. Ele será investigado e recairá sobre ele a (i)rresponsabilidade pela fraca atuação para conter o que se viu ontem.

Sempre chamei de “manifestantes” as pessoas que estão nas ruas desde outubro e várias vezes fui “corrigida”. “Não são manifestantes, são golpistas”, me diziam. E estavam certos. São terroristas, golpistas, fascistas e inimigos da democracia e é assim serão descritos a partir de hoje quando o assunto for pedido de intervenção militar ou qualquer ato não democrático. A esses fascistas, o rigor da lei e o esquecimento de seus nomes na história.

Terrorista quebra vidraça num dos prédios dos Três Poderes em Brasília. Foto: Gabriela Biló (para a Folha).

 

Por Maga Stopassoli 04/01/2023 - 18:53 Atualizado em 05/01/2023 - 08:35

Desde quando começou a anunciar seus primeiros secretários, o governador Jorginho Mello causou boa impressão. Nomes com bom trânsito político, somado a muito conhecimento técnico. O Secretário da Fazenda, Cléverson Siewert e a Secretária da Saúde, Carmen Zanotto, são alguns exemplos. Essas indicações aconteceram ainda no período de transição de governo, que é quando as coisas são muito mais fáceis do que quando o mandato começa, de fato.

No dia da posse, domingo, 1º de janeiro, Jorginho Mello foi provocado por Adelor Lessa, assim que chegou à Alesc, a dizer se anunciaria algum novo nome na ocasião. Ele disse que sim. Mais tarde, ao chegar ao Centro Administrativo para dar posse aos seus secretários, Jorginho disse que seu escolhido para assumir a Secretaria de Administração Prisional, seria o ex-vereador de Jaraguá do Sul, Jeferson Cardozo, que foi candidato a deputado nesta eleição e fez 17 mil votos. Era a primeira escolha política do governador recém-empossado. Imediatamente o nome passou a ser questionado, já que o jaraguaense chegou a ser preso numa investigação do Gaeco, em 2019. Na segunda-feira (2), o assunto ganhou destaque na imprensa nacional e Jeferson, que foi nosso entrevistado no Programa Adelor Lessa na manhã de ontem, quando garantiu que nada mudaria em sua indicação, fez uma live em sua página no facebook para dizer que havia desistido de assumir a pasta. Na transmissão ao vivo, disse que a culpa de sua saída do governo era da imprensa.

O abacaxi de Jorginho

Natan Monteiro, o primeiro criciumense no alto escalão do governo do estado, indicado para ser subchefe da Casa Civil, falou sobre isso nesta quarta-feira (5), em entrevista que nos concedeu. “Agora temos um abacaxi para descascar”, disse em referência ao caso.

Critério usado na escolha

Conforme relatou Natan, Jorginho disse que sua cota de nomeações estava completa e que suas escolhas foram feitas a dedo, com perfil técnico. Já para a pasta em questão, o governador teria usado um critério político. “Nós nos reunimos, o núcleo duro do governo Jorginho e ele disse: quem que foi candidato do Partido Liberal com a bandeira da administração penal, representando a classe, que eu prometi na campanha que seria o secretário de adm penal?. “Aí tinha o Jeferson Cardoso, que fez 17 mil votos, o Neuri Mantelli, que fez 8 mil votos, Jhoni Brasil, 2 mil votos”. “Quem são os dois mais votados? O mais votado será o secretário e o segundo mais votado, será o adjunto. Manda emitir a portaria”, teria dito Jorginho Mello. “Então foi um critério político”, declarou Natan. Monteiro.

Governador soube pela imprensa

O agora subchefe da Casa Civil fez questão de frisar que Jorginho Mello prezou por indicações de pessoas com ficha limpa. “Existe uma rejeição ao nome do Jeferson, descoberta pela imprensa, onde foi-se colocado que ele teve uma intercorrência, nada transitado em julgado, nenhuma condenação, mas existe uma investigação e isso fez nos todos estudar o caso, recorremos a procuradoria e estamos estudando”. Natan destacou que ainda na manhã de hoje poderia haver novidade com relação ao assunto, mas isso não se confirmou. Na edição ordinária do Diário Oficial publicada nesta quarta-feira não constava nenhuma nomeação bem como nenhum ato do Gabinete do Governador.

Por falar nisso, um funcionário do governo procurou o blog para relatar que o governo está parado. Segundo ele “não é uma crítica, já que o secretariado parece ótimo, mas as secretarias têm prazos, processos administrativos ainda tem os titulares, ou pessoal de meio (gerentes, diretores) estão sem ninguém. Parece que estão esperando a MP da Reforma Administrativa, mas isso era para ter sido feito na transição”, desabafou. E finalizou dizendo que o “O Diário Oficial do Estado de hoje saiu sem UMA nomeação. E tem uma fila aguardando na Casa Civil”.

Jeferson Cardozo na cerimônia de posse, quando chegou a ser anunciado. Foto publicado em seu perfil no facebook.

 

Por Maga Stopassoli 03/01/2023 - 14:39 Atualizado em 03/01/2023 - 15:25

De Ibicaré, cidade pequena na região oeste do estado, para a Casa D'Agronômica, residência oficial do Governador do Estado. A trajetória do vendedor de paçoquinha (ou pé-de-granfino como ele gosta de enfatizar), que virou governador ganhou mais um capítulo no último domingo quando tomou posse como chefe do executivo de Santa Catarina. Na semana que antecedeu a assunção ao cargo, Jorginho Mello publicou em suas redes sociais uma das imagens que ilustra esse texto, com um cesto de docinhos, que vendia quando era jovem, em sua cidade natal. A outra foto é deste domingo, quando foi empossado. O novo governador já começou a trabalhar, enquanto o parlamento catarinense volta às funções somente em fevereiro. Até lá, os dias serão doces. 

Foto 1: foto publicada no perfil do instagram de Jorginho Mello. Foto 2: Bruno Collaço/Agência AL.

Quer saber mais sobre esse encontro entre Moisés e Jorginho? Acesse @magastopassoli no instagram.

Por Maga Stopassoli 29/12/2022 - 17:12 Atualizado em 29/12/2022 - 17:28

O deputado estadual Estener Soratto (PL), natural de Tubarão, será o Secretário-Chefe da Casa Civil no governo de Jorginho Mello. A confirmação ocorreu na tarde desta quinta-feira (29) mas a informação já havia sido adiantada por Adelor Lessa, em seu blog, no dia 21 de dezembro.

Sorattinho, como é conhecido, foi eleito deputado estadual em 2022 e deve assumir uma das pastas mais importantes do governo. Ele vai contar com o apoio de Natan Monteiro que deverá ser seu secretário-adjunto. Com a ida de Soratto para a Casa Civil, quem assume a vaga na Alesc é Maurício Peixer, de Joinville.

Por Maga Stopassoli 28/12/2022 - 10:50 Atualizado em 28/12/2022 - 11:27

Dia 30 de dezembro, sexta-feira agora, as manifestações pós-eleições completam dois meses. Iniciadas imediatamente após o resultado das urnas, o movimento fechou rodovias e em seguida migrou para a frente dos quartéis. À espera de um milagre que não ocorreu, os manifestantes pediam intervenção militar. Aos gritos de “forças armadas, salvem o Brasil”, bolsonaristas permanecem dia e noite rezando e esperando que algo aconteça para que Lula não suba a rampa. Nesse meio tempo teve de tudo. Chuva, sol, calor, frio, hino nacional e oração. Tudo, segundo eles, para salvar o Brasil do comunismo. Essa ameaça ronda o nosso país desde a década de 60 quando esse argumento já era comum nos assuntos políticos, pelo menos aqui em Criciúma, como relatou nosso conterrâneo, Zé Dassilva, em seu primeiro livro “Histórias que a bola esqueceu” (mas essa é outra conversa).

Abandonados pelo presidente

Sim. Eu sei que dizer que os manifestantes foram abandonados pelo presidente é uma frase que provoca reações acaloradas. Mas, você sabe, a verdade é como é. E, neste caso, a verdade é que os manifestantes foram sendo abandonados aos poucos, devagarinho, quase que silenciosamente.

Se nos primeiros dias após a derrota, o silêncio do presidente era visto como reação comum de quem perdeu a eleição, nos dias seguintes foi sendo substituído por promessas. Uma onda impressionante de fake news comoveu os mais apaixonados e fez entrar para a história a triste cena de manifestantes comemorando o fechamento do STF e a prisão do ministro Alexandre de Moraes, dois fatos que nunca estiveram nem perto de acontecer. A esperança depositada na promessa de que algo aconteceria sempre dali a 72 horas, proporcionou imagens que nada tem de cômicas. Enganados por quem aproveitou a ocasião para colher algum fruto político, milhares de pessoas país afora tiveram olhos, mas não quiseram ver. E, assim, enquanto alimentavam a presença das pessoas nas ruas, por trás das cortinas palaciais, o futuro do presidente era definido.

Sem intervenção militar, sem golpe, sem amparo, sem presidente. Os manifestantes foram abandonados às vésperas do último dia do mandato de Jair Bolsonaro enquanto seus assessores estão nos preparativos finais para sua viagem para os Estados Unidos.

“Quem não acredita no presidente, por favor, saia do grupo”

No grupo de whatsapp criado para divulgar informações sobre o acampamento em frente ao quartel em Criciúma, a notícia da viagem do presidente ainda está sendo digerida. Uma das integrantes publicou por lá, o link de uma matéria de que detalhava a informação de que Bolsonaro não irá passar a faixa presidencial, e uma pessoa pergunta: “então o molusco (sic) vai assumir sem a faixa mesmo?”. Em resposta, ouve: “espero que não. Antes de viajar, pode ser que deixe uma surpresa”. Também nesta terça-feira, mais cedo, no mesmo grupo, outra informação circulava. Dizia que o novo prazo para o presidente agir seria dia 30, sexta-feira, último dia de seu mandato.

Dessa vez, uma das pessoas questiona quem divulgou a informação. “Onde você tem essa informação que o presidente agirá no dia 30?”. E é repreendido: “quem não acredita no presidente, por favor saia do grupo”. E, assim, no apagar das luzes de 2022, enquanto algumas pessoas permanecem fora de suas casas, longe de suas famílias, lutando contra um inimigo imaginário, uma parte da classe política que diz apoiar as manifestações (mas só via internet), pois sabem que é antidemocrático pedir intervenção militar, já começa a preparar o look branco pro réveillon. Mas, claro, longe dos acampamentos sem conforto.

“O presidente vai agir”

Na terça-feira (27), Jair Bolsonaro nomeou três assessores para continuarem seus assessores quando for ex-presidente da república, dia 1º de janeiro. Dessa forma, o chefe do executivo age, dentro das quatro linhas da constituição, como sempre disse, já que esse é um direito que tem por ter sido presidente. Pelo visto, a ação do presidente prevista para dia 30, vai ser mesmo subir a rampa, mas não a que os bolsonaristas esperavam e, sim, a do avião com destino à Miami.

 

Por Maga Stopassoli 22/12/2022 - 18:41 Atualizado em 22/12/2022 - 18:49

“Se o partido e o prefeito Clesio Salvaro assim definirem, eu estarei pronta sim para fazer, se Deus quiser, a gestão da cidade de Criciúma”.

Foi assim que a deputada federal Geovânia de Sá (PSDB) respondeu ao meu questionamento sobre se aceitaria ser candidata à prefeita de Criciúma na próxima eleição. Ela foi nossa entrevistada no Plenário, na manhã desta quinta-feira (22). Geovania, que costumava fugir da resposta ou, pelo menos, não ser tão enfática, dessa vez não desperdiçou a oportunidade de deixar claro que quer ser candidata em 2024.

Problema bom (porém depende)

Se as conversas “andarem”, o PSDB de Criciúma terá um problema “bom”, (porém depende), já que, além da deputada, o partido conta com um pré-candidato que figura há tempos entre os prefeituráveis: o vereador Arleu da Silveira. A escolha certamente passará por indicadores como pesquisa, influência, aceitação dos eleitores. Geovânia sempre respondia de forma protocolar a esse questionamento e, pela primeira vez, não só admitiu, como falou de modo enfático sobre o assunto. Salvaro passa a ter duas opções para ocupar a vaga de sucessor. Se isso é bom? Depende do perfil que o atual prefeito busca para ocupar a função.

“Considera a possibilidade de disputar”, perguntei. E ela imediatamente, disse: “considero. Estou à disposição. Até porque todo político sonha um dia ser gestor de sua cidade e eu tenho experiência com o executivo e tenho esse sonho. Fui secretária de assistência social por quatro anos, secretaria de saúde por nove meses. Então, sim, tenho essa vontade.

Segundo ela, já manifestou isso a Clésio Salvaro e ao seu partido. Geovânia de Sá foi candidata a deputada federal nesta eleição e, embora tenha feito mais de 80 mil votos, não se elegeu. É que seu partido estava confederado nacionalmente com o Cidadania, que tinha a deputada Carmen Zanotto concorrendo também. Carmen fez mais votos e se elegeu, Geovania ficou na suplência. Com a eleição de Jorginho Mello, Carmen foi convidada e aceitou a função de Secretária de Estado da Saúde. Sendo assim, a deputada tucana permanecerá em Brasília a partir do próximo ano.

 

 

Por Maga Stopassoli 19/12/2022 - 15:48 Atualizado em 20/12/2022 - 09:05

Deputados estaduais e federais, senador, governador e vice serão diplomados nesta segunda-feira (19), em Florianópolis. Todos devidamente eleitos pelas urnas eletrônicas, essas que foram transformadas em vilãs após a derrota de Bolsonaro nas urnas. Mas, pelo andar da carruagem, parece que esse é um assunto superado. Todo mundo quer saber é do seu mandato para o ano que vem, afinal, 2022 dá seus últimos suspiros. E um dos assuntos mais importantes a serem tratados a partir de agora é a definição da mesa diretora da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina. Claro que as conversas em torno disso já iniciaram faz tempo, mas, até agora, segue tudo indefinido.

A presidência da Alesc é uma das funções mais importantes do estado, depois do governador e da vice. Por isso as negociações são assim mesmo, demoradas, feitas com cautela. Jorginho Mello, o governador eleito, antecipou que o cargo não ficará com ninguém do seu partido, o PL.

Foi aí que surgiram dois nomes na disputa pela vaga: Zé Milton Scheffer (PP) e Mauro de Nadal (MDB). Teoricamente, Zé Milton teria o apoio do PL – e de Jorginho Mello. Apressadamente, o deputado Ivan Naatz – candidato a líder do governo, numa tentativa de mostrar que tinha os predicados para ser o líder de Jorginho – foi para o twitter e disse que “a chapa PP/PL já teria 23 votos garantidos e a meta era chegar a 27 votos”.

No mesmo dia, os partidos não contemplados na conta feita por Naatz, trataram de se mexer pra colocar água no chopp do PL. Foi aí que Mauro de Nadal e Júlio Garcia (PSD), unidos, articularam e "refizeram" a conta inicial de Naatz, fazendo parecer que os ditos 23 votos certos de apoio a Zé Milton, não eram tão certos assim. Desse movimento antecipado do deputado peelista, o saldo até o momento é o seguinte:

- a definição da presidência segue aberta;

- ao fazer conta de votos e apoio, é melhor não tuitar;

- Júlio Garcia é um nome que sempre está no jogo, mesmo quando parece não estar. Caso o deputado Mauro de Nadal venha a ocupar a cadeira de presidente, será uma amostra grátis de que Jorginho não vai nadar de braçada na Alesc em 2023. Vai precisar de muito mais do que o apoio barulhento da bancada do PL, entre vídeos e selfies, e de um líder de governo habilidoso, que não tuíte antes da hora, nem dê informação demais aos adversários.

 

Júlio Garcia se movimenta na Alesc. Foto: Bruno Collaço / Agência AL

Por Maga Stopassoli 14/12/2022 - 18:13 Atualizado em 15/12/2022 - 09:53

Enfermeira. Professora. Gestora. A carreira da profissional da saúde nascida no Rio Grande do Sul, mas que escolheu Criciúma para viver, começou cedo. Luciane Bisognin Ceretta, reitora da Unesc em segundo mandato, chega ao fim de 2022 acumulando em seu currículo duas nomeações tão importantes quanto à que ocupa à frente da universidade do extremo sul. No dia 10 de novembro, tomou posse como Conselheira da Câmara de Educação Superior, no Conselho Nacional de Educação, em Brasília. A cerimônia foi on-line e ocorreu na ponte aérea, literalmente. É que na data da posse, Luciane estava embarcando para o Japão, com a comitiva catarinense que viajou em Missão Internacional liderada pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e pela Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe). O destino foi Japão e Singapura. A viagem durou 17 dias e rendeu 40 reuniões, 12 visitas a instituições em nove cidades e alguns acordos firmados entre as instituições de cada país.

Já nesta terça-feira (13), foi empossada Presidente do Sistema Acafe e terá o reitor Kaio Henrique Coelho do Amarante, da Uniplac, como vice-presidente. A cerimônia de posse ocorreu em Florianópolis e foi prestigiada por representantes de diversos segmentos da sociedade e contou com a presença do governador eleito, Jorginho Mello.

Em Criciúma, Lu Ceretta é uma liderança política, mesmo sem ser “política”. Seu modelo de gestão, colocou a Unesc entre as principais instituições do sul do país. Durante a pandemia, a reitora que virou conselheira e agora presidente, junto de sua equipe, foi incansável na busca de soluções para adaptar a necessidade do ensino que passou a ser remoto, à dura realidade de muitos alunos que não tinham notebooks, por exemplo. Na esfera municipal, Ceretta participou ativamente das reuniões que definiam as ações de enfrentamento ao Covid.

Fiz essas pontuações para dizer que o ritmo de trabalho da professora Lu é intenso e esse deverá ser o estilo que ela deverá imprimir em sua gestão à frente da Acafe. Em seu discurso, que foi sucinto, porém enfático, Lu Ceretta destacou que o plano de governança que o Prof. Kaio e ela pretendem implantar, está baseado em sete eixos. São eles: a socialização da Acafe com a população; o apoio à excelência acadêmica em todos os níveis e modalidades das IES; a ampliação da rede de cooperações interna e externa; a internacionalização das IES; a forte presença no ecossistema de inovação, ciência e tecnologia do Estado de SC; as estratégias de acesso e permanência de nossos estudantes, onde estão programas atuais como o Uniedu e vindouros como a universidade gratuita; a defesa do Marco Regulatório das Universidades Comunitárias junto ao MEC.

Em tempos tão desafiadores para a gestão pública e para a educação a escolha da Profª Lu Ceretta para presidir a Acafe é uma decisão estrategicamente acertada.

No Parlatório, a live semanal que fazemos na Som Maior, Adelor Lessa falou sobre a posse da reitora e o colega Upiara Boschi disse que “a sensação que eu tenho em Criciúma é de que ela é a segunda autoridade pública da cidade”. Ouça o comentário aqui:

Foto: Marciano Bortolin/Agecom Unesc.

Por Maga Stopassoli 07/12/2022 - 16:45 Atualizado em 07/12/2022 - 17:02

A Profª Luciane Ceretta, reitora da Unesc está em Brasília. A representante catarinense (e criciumense <3 ) tomou posse como Conselheira da Câmara de Educação Superior, no Conselho Nacional de Educação no dia 10 de novembro e nesta quarta-feira iniciou oficialmente os trabalhos na capital federal. Em suas redes sociais, Ceretta pontuou que trata-se de um trabalho intenso, com participação em mais de dez comissões para elaboração de diretrizes e regulamentos para a educação superior do país.

Lu Ceretta, reitora da Unesc, inaugura gabinete em Brasília. Foto: Instagram.

 

Por Maga Stopassoli 06/12/2022 - 17:13 Atualizado em 06/12/2022 - 17:25

No dia quatro de março de 2022, o deputado estadual Jessé Lopes oficializava sua ida para o Partido Liberal, a convite do então senador, Jorginho Mello. A filiação do parlamentar que buscava uma sigla para aninhar seu projeto de reeleição causou muito alvoroço, mesmo quando o assunto era só especulação. Jessé foi eleito em 2018, impulsionado pelo que se convencionou chamar de Onda Bolsonaro, o fenômeno que alçou aos cargos um sem-número de candidatos de primeira viagem. Entre eles, o nobre deputado natural de Criciúma que chegou à Alesc filiado ao falecido PSL (que depois da fusão com o Democratas, deu origem ao União Brasil). Em 2020, Jessé entrou em rota de colisão com seu partido e quase foi expulso da sigla, da qual saiu de fato em 2021.

À época de sua filiação ao PL, já em 2022, o deputado me concedeu entrevista e disse que o convite para ir para o partido já teria ocorrido em 2020. No mesmo momento em que assinou sua ficha no partido dos liberais, o deputado em busca da reeleição provocou a saída do pré-candidato a estadual, Márcio Búrigo, coordenador do partido na região sul desde 2019. Márcio entendeu que seu projeto estaria em risco com a chegada de Jessé no partido. Entre ameaças de sair, muitas reuniões com Jorginho e algumas cotoveladas, assim que Jessé Lopes entrou por uma porta, Márcio Búrigo saiu pela outra. E, assim, sem adversário interno e tendo Jorginho Mello como seu fiador eleitoral no partido, amenizando e fazendo caber todos os candidatos, o deputado administrou sua campanha e correu pro abraço, sendo reeleito em outubro deste ano para mais um mandato.

Corta a cena para esta segunda-feira (5), quando o agora deputado seguro de já estar reeleito, decidiu usar o twitter para fazer o primeiro gesto de muitos que poderão acontecer: criticar uma nomeação de Jorginho Mello. No centro da polêmica, a indicação da deputada federal, Carmen Zanotto, para a Secretaria da Saúde. Na publicação que fez, Jessé diz:

"A deputada Carmen Zanotto foi nomeada Secretária da Saúde do Estado. Com isso, o governo ressuscita Geovania de Sá, deputada federal não reeleita, que votou a favor da cassação de Daniel Silveira. Avisei sobre a minha insatisfação com relação a isso, mas não fui ouvido. Seguimos."

O peelista argumentou que a nomeação de Carmen fará com que Geovânia possa exercer mandato, já que é a 1ª suplente na federação e irá assumir com a vida de Carmen para a Secretaria da Saúde. Para ele, isso é ruim já que Geovânia votou pela cassação de um parlamentar do Rio de Janeiro, (o deputado federal Daniel Silveira). E aqui não estamos fazendo conta se a situação envolvendo o parlamentar carioca é justa ou não. Mas ao fato de que Jessé ignora o trabalho prestado por Geovânia de Sá, enquanto deputada federal, a todo o estado de Santa Catarina. Em sua avaliação, as questões ideológicas estão acima dos interesses do estado. Durante seus primeiros quatro anos de mandato, a deputada tucana destinou aproximadamente R$ 250 milhões de reais para Santa Catarina, que foram aplicados em diferentes áreas como saúde, infraestrutura e agricultura.

Além de comprar uma mini briga desnecessária, o deputado faz vistas grossas ao fato de que a deputada federal Geovania de Sá (PSDB) é uma parlamentar atuante, foi apoiadora de Jair Bolsonaro, votando com o governo federal na maioria das pautas além de ter declarado apoio público ao presidente. Ao fazer essa crítica em má hora e que não surtirá efeito prático, além de causar má impressão, o deputado esquece do apoio irrestrito que recebeu de Jorginho Mello para ir para o seu partido. E, todos sabemos, estar no mesmo partido de Jair Bolsonaro pode não ter sido decisivo para sua eleição como foi em 2018, mas facilitou e muito sua reeleição. Não é hora de dar cotovelada em quem lhe estendeu a mão. E olha que o governo ainda nem começou.

 

Por Maga Stopassoli 05/12/2022 - 12:37 Atualizado em 05/12/2022 - 13:23

O governador eleito, Jorginho Mello fez o anúnio de alguns nomes que irão compor o governo do estado a partir do ano que vem, na manhã desta segunda-feira (5), na sede da Defesa Civil, em Florianópolis. Após citar cada um dos selecionados para os cargos de confiança, Jorginho não permaneceu  no local para responder perguntas dos jornalistas presentes. Ele se dirigiu a uma outra sala, para participar da reunião do Fórum Parlamentar que contou com a presença do Secretário Nacional da Defesa Civil, Alexandre Lucas. 

Durante a reunião, Jorginho e o governador Carlos Moisés sentaram à mesma mesa, como é possível ver na foto a seguir. Por falar em Moisés, assim que a reunião foi encerrada, ele se apressou em publicar em seu perfil no twitter e disse:

"Tive a garantia do Ministro do Desenvolvimento Regional (@mdregional_br) do Secretário Nacional de Defesa Civil (@defesacivilbr), agora pela manhã, de que há recursos federais e temos total condição de receber estes recursos ainda em dezembro. Para isso, é necessário que as informações dos municípios cheguem de forma ágil e precisa à Defesa Civil Nacional. Vamos auxiliar os nossos municípios para que essa tarefa seja cumprida em tempo recorde."

Jorginho Mello e Carlos Moisés juntos na reunião com o Secretário Nacional da Defesa Civil, para tratar de ações 
para o estado de Santa Catarina, após as fortes chuvas da semana passada.

 

Por Maga Stopassoli 30/11/2022 - 09:08 Atualizado em 30/11/2022 - 09:35

O Partido Liberal promoveu um jantar em Brasília na noite desta terça (29) para seus parlamentares. O encontro contou com a presença da bancada catarinense do partido que inclui os deputados federais criciumenses Daniel Freitas e Julia Zanatta. Quem também esteve por lá foi o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto e o presidente da Câmara, Arthur Lira. Ambos envoltos em polêmicas recentes. Valdemar por ter levado seu partido a ser multado pelo TSE em R$ 22 milhões após questionar o processo eleitoral brasileiro e Lira que deve receber apoio do PT na sua candidatura à reeleição da Câmara. A deputada federal Julia Zanatta foi a entrevistada de hoje no Plenário, da Som Maior e disse que o presidente Jair Bolsonaro não discursou durante o jantar mas que estava bastante animado, bem diferente do Bolsonaro que se viu após a derrota que sofreu nas urnas. 

A versão premium dessas fotos está em @magastopassoli no instagram. (Conteúdo com potencial senso de humor).

O sorriso de Valdemar no clic espontâneo junto de Júlia e Jair.
Arthur Lira, que deve receber apoio do PT para sua candidatura à reeleição, cumprimenta o presidente.

 

 

 

Por Maga Stopassoli 28/11/2022 - 18:00 Atualizado em 28/11/2022 - 18:16

O governador eleito, Jorginho Mello (PL) despediu-se, nesta segunda-feira (28) do Senado Federal. O parlamentar fez um discurso em homenagem aos micros e pequenos empresários, citou o presidente Jair Bolsonaro e sua suplente, Ivete Appel. O senador fez um balanço dos quatro anos de atuação e destacou o apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Durante seu mandato, ele criou o Pronampe e o MEI Caminhoneiro, programas que emprestaram aproximadamente R$ 5 bilhões de reais à empresas e microempreendedores. Jorginho desejou sucesso para sua primeira suplente, Dona Ivete Appel (MDB) que irá assumir o mandato como senadora titular. “Não tenho dúvidas que serás uma grande senadora e que irás exercer os quatro anos que o ex-governador Luz Henrique da Silveira não conseguiu completar em vida”, disse ele.

Agora, o senador que virou governador, irá concentrar seus esforços para finalizar a composição de sua equipe de governo já que o prazo dado por ele mesmo para anunciar seu secretariado é dia 1º de dezembro (quinta que vem).

Por Maga Stopassoli 25/11/2022 - 16:20 Atualizado em 25/11/2022 - 16:26

Um dos momentos polêmicos que marcaram o primeiro mandato do deputado estadual Jessé Lopes (PL) foi quando ele tirou o quadro com a foto do governador Carlos Moisés da parede de seu gabinete e colocou no chão. Agora, reeleito, o atual Jessé pouco lembra o inexperiente deputado de primeiro mandato. Mas não foi só isso que mudou. Além da experiência adquirida em quatro anos de Assembleia Legislativa, o deputado peelista que antes apostava suas fichas em quem nunca havia participado da vida pública, agora acredita que um político com experiência no comando do executivo estadual trará, em suas palavras, “menos problemas”.

Essa declaração ocorreu durante entrevista ao Plenário, o quadro do Programa Adelor Lessa do qual participo junto do colega Upiara Boschi. A entrevista foi ao ar na manhã desta sexta-feira (25), na rádio Som Maior.

Adelor começou questionando se o PL estaria fechado com o deputado Zé Milton Scheffer (PP) ou teria candidatura própria para a presidência da Alesc, uma das funções mais importantes do estado. Jessé, com discurso afinado, fez questão de ressaltar que “não se pode ter tudo”.

“Por se tratar de um partido que é base natural do governo, sabe que não pode querer tudo. Logicamente a ideia é formar maioria na Alesc. O partido precisa ceder em algumas coisas e com certeza a presidência está descartada, mas, vamos tentar compor com as melhores pessoas."

Na sequência, Upiara relembrou o fato que abre este texto, quando o deputado tirou o quadro do governador Moisés da parede e perguntou a ele se a foto de Jorginho Mello vai estar na parede de seu gabinete e se ele corre algum risco de ser tirado de lá também. Jessé Lopes argumentou que teve seus motivos para isso.

“A questão do quadro teve causas muito específicas pra eu tirar da parede. Eu acredito que o Jorginho é diferente. Ele chegou diferente no governo. A onda do Bolsonaro ajudou o Moisés 100%, só ele não entendeu isso, e quem chega daquela forma, como foi o meu caso também, tem que entender o cenário, o que as pessoas queriam da gente, esperavam da gente. Moisés não dialogava com a gente e eu passei a ser um crítico a ele. Nossa divergência ocasionou nossa inimizade, oposição ao governo e a retirada do quadro do gabinete."

Questionei ao parlamentar se ele não acha que Jorginho também foi beneficiado pela Onda Bolsonaro na eleição deste ano. O deputado reeleito disse que se não existisse Bolsonaro, Jorginho Mello teria grandes chances de ser igualmente eleito.

“O Jorginho foi beneficiado pela onda, mas ele é um político vencedor. Venceu pra deputado estadual, federal, senador, um cara que já tinha um nome, uma estrutura. Então muito por conta dele mesmo ele chegou. Acho que se não existisse o Bolsonaro ele tinha grandes chances de ser governador. A onda ajudou, puxou, não da forma como foi em 2018, mas ajudou. Mas eu acredito que por si só ele tinha chance de ganhar, pelo que ele foi como político, pelo histórico dele de grandes vitórias, ele teria chance de chegar, da mesma forma. Eu apostava só na novidade, o Moisés veio e fez o que fez. Agora to apostando numa pessoa que tem a capacidade de ouvir e entender o cenário. Ele já nos chamou pra duas reuniões pra nos ouvir, pra conversar. Acho que esse tipo de conduta é líder, não de chefe. As chances de a gente ter mais problemas, são menores, uma vez que ele compreende as bandeiras dos deputados."

Ao fim da entrevista Adelor perguntou se era fato que ele havia indicado o delegado Marcio Neves para a vaga de delegado geral da Polícia Civil de Santa Catarina e a indicação havia “batido na trave”. Jessé pontuou que não fez nenhuma indicação de forma oficial ainda e frizou que não é de “buscar o Jorginho pra botar a faca no pescoço dele pra ficar indicando pessoas do governo, não é esse o tipo de conduta que eu acho adequado. Agora se o Jorginho me chamar e quiser minha opinião pra indicar quem seja alinhado com as pautas, eu com certeza terei bons nomes e o delegado Márcio é um deles”.

O Sr. sabe de alguém que tá botando a faca do Jorginho?, finalizou, Adelor.

“Eu digo isso porque tem gente que faz isso, não vou dar nomes, mas já vi gente fazendo. Tem gente que enxerga isso como política, eu vejo como politicagem. Eu busco ser coerente, a coerência pra mim é muito importante, acho que foi isso que me levou à reeleição”, finalizou o deputado.

Na foto, o deputado estadual reeleito, Jessé Lopes, ao lado de Jorginho Mello, agora, eleito governador. O registro foi feito no dia em que Jessé assinou sua ficha no PL, em março deste ano. 

Por Maga Stopassoli 22/11/2022 - 19:18 Atualizado em 22/11/2022 - 19:46

Usando um modelo de comunicação comum entre quem não quer ser questionado de forma imediata, o presidente nacional do PL, Waldemar da Costa Neto, fez uma transmissão ao vivo na tarde desta terça-feira (22) para pedir que os votos de 59% das urnas sejam invalidados. É que segundo ele, urnas fabricadas até 2020 apresentam falhas no logs – que são os registros de dados dos equipamentos. No documento que enviou ao TSE com os devidos questionamentos, Waldemar embasa seu pedido em uma auditoria contratada pelo próprio PL e cita quais modelos de urnas apresentam supostos indícios de mau funcionamento. Por coincidência, as urnas que foram consideradas seguras, são equipamentos em que o Presidente Jair Bolsonaro fez maioria de votos. Neste caso, se considerados somente os votos deste modelo de urna que a auditoria do partido considerou segura, Jair Bolsonaro seria eleito. Além disso, a ação do PL pede que sejam considerados somente os resultados do 2º turno, uma forma de garantir que os parlamentares eleitos pelo partido não sejam prejudicados.

A live do Waldemar mal havia encerrado e já circulava pelo país todo o despacho do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes que, em resumo, diz: “olha, Waldemar, eu não nasci ontem, eu nasci em dezembro de 1968 então ou tu inclui aí o pedido para anular as os votos do 1º e 2º turno, ou eu vou indeferir essa tua ação aí”. E deu ao PL o prazo de 24h para que os advogados “ajustem” a petição inicial que incluía somente as urnas do 2º turno.

Eu disse tudo isso para chegar num ponto comum sobre o que vem acontecendo após o resultado da eleição no Brasil: a estratégia adotada para manter o bolsonarismo vivo e atuante (não disse que o bolsonarismo precisa disso – disse que é a estratégia).

O que fazer para que os acampamentos se mantenham ativos e as manifestações continuem acontecendo? Para isso, a cada três ou quatro dias, “surge” algo novo que renova a esperança de mudar o resultado da eleição. É uma espécie de “agora vai”, quase diário.

Se o nobre leitor puxar pela memória o fio dos fatos, vai lembrar que logo após o resultado da eleição, diversos pontos de rodovias do país foram fechados. Os bloqueios duraram poucos dias. Por força da lei e a pedido do próprio presidente Jair Bolsonaro, os manifestantes desbloquearam as rodovias e migraram para a frente dos quartéis, em diversas cidades Brasil afora e continuaram manifestando sua insatisfação com o resultado da eleição. E, vale destacar, manifestar-se pacificamente é um direito garantido por lei. Depois disso, havia a expectativa entre os manifestantes sobre uma denúncia contra a segurança das urnas que, neste caso, foi feita por um argentino também através de uma live, que apontou alguns questionamentos superficiais sobre o assunto. Na sequência, foi anunciada uma greve geral que deveria acontecer no dia 7 de novembro, uma segunda-feira. Apesar de amplamente divulgada por apoiadores do presidente, a adesão à paralisação foi muito abaixo do esperado. Nem as lojas Havan, do empresário Luciano Hang, um dos maiores apoiadores de Bolsonaro, fecharam as portas. Se a greve geral não atendeu à expectativa, era hora de anunciar que o Ministério da Defesa enviaria ao TSE o relatório sobre o desempenho das urnas. O anúncio foi feito numa segunda à noite e o documento foi entregue somente dois dias depois. O suficiente para, mais uma vez, manter viva a esperança dos manifestantes. O relatório apresentado não trouxe novos elementos para o enredo das urnas. Mas aí o feriado de 15 de novembro já estava batendo à porta. Com isso, o assunto “Ministério da Defesa” foi superado por uma nova promessa de grande paralização no dia da Proclamação da República. Embora as manifestações tenham ocorrido em diversos pontos do país, no dia seguinte a vida seguiu normalmente.

Na semana passada, logo após o 15 de novembro, o PL anunciou que iria pedir a anulação dos votos de algumas urnas. A promessa garantiu combustível para mais dois ou três dias de animação e esperança e foi concretizada hoje, quando Waldemar fez a live.

Tudo isso ocorre enquanto Bolsonaro permanece em silêncio, amparado pelo presidente do seu partido e atual fiel escudeiro, quem vem fazendo as vezes de porta-voz dos anseios bolsonaristas. Ao mesmo tempo, o governo de transição segue o cronograma de trabalho e Lula se movimenta, de modo subliminar, para não deixar dúvidas quanto à legitimidade de sua eleição. A recente viagem para o Egito, na Conferência do Clima, é prova disso. Ao comparecer no encontro, Lula se apresenta ao mundo como presidente eleito e chama para si o holofote deixado de lado por Bolsonaro. Essa briga de gigantes, onde um quis enfrentar o outro, ainda está longe do fim. Enquanto as notícias alimentam a fé e a esperança de mudar o rumo das eleições e mantem vivos os acampamentos, o ano vai chegando ao fim, num apagar das luzes quase nostálgico, fazendo as contas daquilo que poderia ter sido e não foi. Em breve, pode ser que novas promessas surjam, e reacenda o brilho nos olhos de quem realmente acredita num Brasil melhor. Tudo acontece enquanto o alto clero já discute a eleição de 2026. A comprovar que a política, meus amigos, não tem dó de ninguém. Nem de quem tem olhos e não quer ver.

 

 

 

Por Maga Stopassoli 21/11/2022 - 21:16 Atualizado em 21/11/2022 - 21:26

O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSDB), mostrou que quem fica parado é água de poço e foi a Florianópolis visitar o governador eleito, Jorginho Mello (PL). O encontro ocorreu nesta segunda-feira (21), no fim da tarde, no gabinete de Jorginho e Salvaro estava acompanhado de Dalírio Beber, que foi candidato a vice-governador na última eleição, na chapa com Esperidião Amin. Em seu perfil no twitter, onde a foto a seguir foi publicada, o prefeito tucano disse que foi até lá tratar de demandas da cidade e de "questões políticas de Santa Catarina". 

Por Maga Stopassoli 10/11/2022 - 10:02 Atualizado em 10/11/2022 - 16:59

A Câmara de Vereadores de Criciúma parabenizou o ministro Alexandre de Moraes pela condução do processo eleitoral no Brasil. O pedido foi da vereadora Giovana Mondardo (PCdoB). O documento é do dia 3 de novembro.

LEIA MAIS:

Acesse o documento no site da Casa Legislativa clicando aqui.

61/termo:Alexand

Por Maga Stopassoli 01/11/2022 - 18:39 Atualizado em 01/11/2022 - 19:00

Quase 48 horas depois do resultado da eleição, o presidente Jair Bolsonaro se manifestou na tarde desta terça-feira (1), num discurso que durou dois minutos. Inicialmente, agradeceu seus eleitores e depois se dirigiu aos manifestantes, dizendo que eles não devem usar o que ele chamou de mesmas táticas da esquerda, obstruindo o direito de ir e vir, mas destacou que as manifestações nasceram de um sentimento de injustiça. Num momento de tensionamento no país, Bolsonaro “jogou pra torcida” e errou ao não ser enfático sobre o assunto, deixando aberto à interpretação.

Com rodovias bloqueadas, o prejuízo diário no setor de suínos e aves de Santa Catarina pode chegar a R$ 36 milhões. Além disso, os transtornos provocados na vida de todos que precisam se descolar de uma cidade para outra, o desabastecimento dos supermercados e postos de combustíveis começa ganhar tons de preocupação. A conta do que o presidente chamou de “sentimento de injustiça” que embala os protestos será paga por todos, mas vai pesar mais no bolso da população mais pobre. Deixar aberta à dupla interpretação esse trecho do discurso a essa altura do campeonato é uma atitude pequena e não precisaria fazer parte da história do mandato de Jair Bolsonaro que sairá da presidência para ser o líder que a direita precisa. A reestruturação da direita, aliás, vai passar pelo comando e liderança de Jair Bolsonaro. Ao não fazer um gesto claro para minimizar esse momento de crise, Bolsonaro desperdiça a oportunidade de iniciar hoje mesmo uma oposição grandiosa que o Brasil tanto necessita para equilibrar os interesses do país a partir de 2023.

Leia o discurso na íntegra:

Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são frutos de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cessamento do direito de ir e vir.

A direita surgiu, de verdade, em nosso país. Nossa robusta representação do congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, Pátria, Família e Liberdade. Formamos diversas lideranças pelo Brasil, nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso, mesmo enfrentando todo o sistema, superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra.

Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, joguei dentro das quatro linhas da constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei com todos os mandamentos da nossa constituição. É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, religiosa, de opinião, a religião e as cores verde e amarelo da nossa bandeira.

Por Maga Stopassoli 01/11/2022 - 09:57 Atualizado em 01/11/2022 - 10:06

Eleito com 70% dos votos válidos, o que corresponde a 2.983.949 votos, Jorginho dos Santos Mello, nascido em Ibicaré em 15 de julho de 1956, será o governador de Santa Catarina a partir de janeiro de 2023. Ao seu lado, terá a joinvillense Marilisa Boehm, nascida em 16 de dezembro de 1964. Ele do signo de câncer. Ela, de sagitário.

Já a presidência da república será ocupada em 2023 por dois escorpianos. Luiz Inácio Lula da Silva, nasceu em 27 de outubro de 1945, na cidade de Caetés, Pernambuco. o vice, Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho, nasceu em 7 de novembro de 1952 em Pindamonhangaba, São Paulo. Ambos foram eleitos com 60.345.999 votos e são do signo de escorpião.

De posse dessas informações nós queremos saber: como deverão ser os governos estadual e federal a partir do ano que vem?

Sim, você caiu num texto que vai tratar disso com base no signo dos envolvidos. E não adianta fazer cara feia: a gente sabe que todo mundo dá uma espiadinha no signo dos outros (pode confessar :D ). Para isso, consultei a Mestra Kabbalista, Alê Miranda e a Taróloga, Rachel Patrício.

Vamos começar com o mapa de Jorginho e Marilisa, analisado pela Alê Miranda

Jorginho Mello

Ele tem uma proteção muito grande do plano espiritual no governo dele.”

“Vejo no mapa dele que ele tem uma força muito grande de realização e que ele veio nessa vida pra poder aceitar desafios. É como se fosse assim: quando fica tudo muito calmo, muito parado, isso pode até ficar de certa forma depressivo, então mostra que é uma pessoa que gosta muito de desafios. Aqueles desafios que fazem a gente brilhar os olhos. E ele veio nessa vida pra poder sair um pouco de querer ficar apaziguando todos os lados e pra realmente tomar uma atitude, mas uma atitude que seja de coração. Eu vejo também que ele tem uma proteção muito grande do plano espiritual no governo dele.”

Marilisa Bohem

Ainda conforme, Alê Miranda, “o mapa da Marilisa mostra que ela precisa tomar muito cuidado com os momentos que podem “apertar os botões” dela e ela ser muito impulsiva, ou querer jogar tudo pro alto. Ela veio nessa vida realmente para aprender a lidar com as pessoas, a cooperar, colaborar então a política é algo fantástico. Ele e ela podem trabalhar juntos com ele trazendo esse gás e ela trabalhando o jogo de cintura dentro da política”.

Pessoas do signo de câncer costumam ser simpáticas, carinhosas e gentis, tornando a vivência uma experiência divertida. Mas muitas vezes ele pode ser dramático e chorão. Já os sagitarianos têm profundo senso de justiça, são espontâneos, otimistas e animados. Pessoas deste signo costumam ter dificuldade em conter seus impulsos. A mistura da personalidade característica destes dois signos deve render uma boa parceria de trabalho, indicando que eles terão êxito no mandato. Porém vale ressaltar a importância da paciência entre eles para não reeditar um novo “Moisés-Daniela”.

Jorginho deverá focar no crescimento econômico

 A taróloga Rachel Patrício diz que o governo de Jorginho Mello deverá focar em ações focadas na família, nos moldes conservadores e isso deverá ser bem aceito pela sociedade. Por outro lado, diz que a forma de gerir poderá ser interpretada em alguns momentos como inflexível pelos catarinenses. Rachel destaca que o novo governador deverá ter como principal objetivo o crescimento econômico do estado, setor que será exitoso. Além disso, Jorginho deverá ter um olhar voltado a programas de ajuda social. Mas não será simples. “O governo será marcado por trabalho duro e muita mão na massa. Isso vai exigir uma boa dose de paciência tanto do governador quanto da população”, destacou.

Presidência da República

Na presidência da república, teremos dois escorpianos. Lula e Alckmin são do mesmo signo, porém com algumas características diferentes um do outros já que nasceram em datas e locais diferentes. Escorpianos tendem a ser sentimentais, sensíveis, emocionais e determinados. Por outro lado, podem ser rancorosos, desconfiados e vingativos. Aqui lembrei de quando o agora presidente eleito ainda era alvo da Lava-jato e disse ao então juiz Sérgio Moro que se fosse absolvido, o juiz teria de estar preparado para ataques. Vingativo é pouco. “Não vou morrer antes de provar que Sérgio Moro é mentiroso”, diz Lula, provando que de rancor ele entende. Segundo Alê Miranda, ambos estão numa fase de grande maturidade e Escorpião traz a força do renascimento.

O signo de escorpião tem essa força e pode ser que sim, que eles voltem a renascer das cinzas

“O signo de escorpião tem essa força e pode ser que sim, que eles voltem a renascer das cinzas. Mostra muito jogo de cintura, equilíbrio e apaziguamento no mapa do Lula e também muito sentimentalismo. Ele vai ter que tomar cuidado pra não levar as coisas pro lado pessoal (alô Sérgio Moro) e equilibrar a razão com a emoção. O Alckmin pode ajudar ele nesse sentido também. Lula está com o Sol em Capricórnio, com tendência de levar as coisas à sério, de terminar o que começa. Ele também está com o Sol na casa 11 e isso é bom para a parte de relacionamento com as pessoas. Já a Lua de Lula está em Touro. Ele tem que tomar cuidado com a garganta. Se ele ganhar vai ter um ano difícil em termos de bloqueios e barreiras. As principais aberturas marcadas pra janeiro. Vai passar por um período difícil no período de junho do ano que vem e a partir de agosto, as coisas melhoram", destacou a taróloga.

Casos de corrupção e escândalos seríssimos

Rachel Patrício pontua que o próximo governo irá tentar diminuir a polarização para ter governabilidade e que as primeiras ações de governo serão focadas no combate à fome e na estabilidade econômica. A taróloga destaca ainda que Lula vai precisar entender que talvez não irá colher os louros do próximo mandato e isso deve bater de frente com seu ego. O próximo governo deverá revelar muitos casos de corrupção e escândalos seríssimos da atual gestão. Quando isso ocorrer, a polarização tende a aflorar com muita força novamente.

 

 

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