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Gilson Pinheiro: a saída de quem mal chegou

Por Denis Luciano 29/05/2018 - 20:50 Atualizado em 29/05/2018 - 20:57

Nos últimos três meses ele foi de diretor de futebol do Próspera a vice-presidente de Administração do Criciúma. Com duas passagens relâmpago e turbulentas pelos clubes do Mário Balsini e do Heriberto Hülse, o empresário Gilson Pinheiro colocou a cereja no bolo na tarde de hoje, ao entregar a carta de renúncia ao Conselho Deliberativo do Tigre. 

Não consegui falar com ele. Ao colega Marco Búrigo, disse que "não se adaptou ao comportamento do presidente". Na noite de 23 de abril, com 85 votos favoráveis e um contrário, Pinheiro foi eleito vice-presidente do Criciúma pelos conselheiros. Na ocasião, já causou polêmica ao, logo na posse, criticar o modelo de gestão do próprio clube. "Sempre fui contra esse negócio de o clube ter um dono só", disparou.

Gilson Pinheiro na eleição no Criciúma em abril / Foto: Denis Luciano / 4oito

A sugestão que ele deixou, de venda de 50% da GA, foi acatada pelo presidente Jaime Dal Farra. E o próprio Gilson Pinheiro encarregou-se de buscar os investidores. Seriam cinco cotistas, cada um de R$ 1,5 milhão, injentando R$ 7,5 milhões na empresa por metade das cotas. Dal Farra continuaria à frente do negócio, com a outra metade. Pinheiro compraria uma das cotas. Não comprou, e não conseguiu vender as outras quatro.

Outra. Tão logo ele assumiu o cargo, passou a parceiro inseparável de Dal Farra por umas duas semanas. Despachava com ele, mantinha reuniões quase todo dia. Chegou a convencer o presidente a mudar a concentração do time do CT Antenor Angeloni para o hotel de sua propriedade na Avenida Centenário. Não deu certo. Houve alguns desacertos, um deles sobre a conta a ser paga, e depois de apenas um jogo a equipe voltou a concentrar no CT.

A partir da crise do hotel, começou o afastamento de Pinheiro e Dal Farra e, de duas semanas para cá, a crise foi tornada pública, chegando ao rompimento de agora. Provocado por um torcedor, cutucou em uma rede social no fim da tarde: "o Criciúma tem dono. Ele me pediu para ajudá-lo. Mas ajudar como? Ele é o dono e é quem manda. Não tenho perfil para ser capacho de ninguém".

A mesa diretora do Conselho reuniu-se no final da tarde. Na conversa, o presidente Carlos Henrique Alamini abriu a carta de renúncia de Gilson Pinheiro e compartilhou o conteúdo entre seus pares. "Nada demais. Foi apenas uma carta de despedida e agradecimento", informou Alamini, que agora convocará uma nova eleição para vice-presidente, por edital a ser lançado em breve. Na reunião foi tratado ainda sobre o pedido de um grupo de 50 conselheiros para a realização de uma assembleia geral extraordinária. "Estamos verificando o enquadramento legal no estatuto", concluiu o presidente do CD.

Gilson diretor de futebol do Próspera em março / Foto: Daniel Búrigo / A Tribuna

Antes de tudo isso no Criciúma, Gilson Pinheiro já teve uma passagem complicada no Próspera. Se desentendeu com os dirigentes e a saída foi repentina, com ele aparecendo em um jogo do Criciúma em Joinville ao lado do presidente Dal Farra, enquanto ainda era oficialmente dirigente do Time da Raça. Mais detalhes na edição desta quarta-feira do jornal A Tribuna.

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