A Polícia Federal cumpriu, nesta manhã (14), 15 mandados de busca e apreensão em Criciúma e Araranguá, no Sul do estado.
Na mesma operação, também foram cumpridos mandados em Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça, em Santa Catarina, e Curitiba, no Paraná.
O alvo em Criciúma é o Ideas, a ONG que administra o hospital infantil Santa Catarina.
Buscas foram feitas na casa de pelo menos um diretor do hospital.
Foram apreendidos computadores, celulares e documentos.
O hospital Santa Catarina é do municipio, mas foi assumido em 2018 pelo Governo do Estado, que fez o contrato com a ONG que o administra.
A nota da Policia Federal informa que a ação de hoje faz parte da Operação Templo Vendido, deflagrada pela Controladoria-Geral da União e Polícia Federal, que investiga indícios de subcontratações ilegais, superfaturamento de serviços e recebimento de vantagens indevidas, praticados por Organização Social responsável pela gestão de uma Unidade de Saúde.
Informa ainda que as investigações têm como base nota técnica elaborada pela CGU, que teve como escopo o contrato celebrado entre a Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina e uma Organização Social, no valor global de R$ 196 milhões, para gestão da Unidade de Saúde no período entre 2018 e 2023.
Os auditores constataram que a Organização Social subcontratou empresas a ela vinculadas, com suspeitas de execução de serviços com superfaturamento e de recebimento de vantagens indevidas por parte dos dirigentes e ex-dirigentes da entidade.
Sem citar o nome do hospital, a nota detalha que a Unidade de Saúde, gerida pela Organização Social investigada, é referência materno-infantil do Sistema Único de Saúde, na região sul do Estado de Santa Catarina, contando com 125 leitos, UTI pediátrica, estrutura para atendimento com UCI neonatal, maternidade e centro cirúrgico.
Além disso, a Unidade oferece atendimento ambulatorial para 21 especialidades médicas, com Banco de Leite Humano para o atendimento de recém-nascidos e prematuros.
O trabalho contou com a participação de 63 policiais federais e 10 auditores da CGU.
Os investigados poderão responder por crimes relacionados a peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.