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Novos tempos, novas práticas

Texto publicado no Toda Sexta
Por Adelor Lessa 27/04/2021 - 15:10 Atualizado em 27/04/2021 - 15:11

Conheci o Ney Lopes na Fucri (quando ainda não era Unesc). Ele fazia curso de educação física.
Sempre foi muito bem relacionado, mas trabalhou muito.
Tudo o que conseguiu foi com muito esforço, ousadia, criatividade.
Foi assim que montou a maior empresa de outdoor do sul.

Com o tempo, e conectado às novas ferramentas, migrou para os painéis luminosos. E tem negócios por toda Santa Catarina.

Com os ganhos, alimenta alguns caprichos (e realiza sonhos).
O Jaguar que está todos os dias estacionado na frente do seu prédio é um deles.

Por isso, quando soube que o Ney tinha sofrido um acidente, levei um susto.
Imaginei um acidente grave com um dos carros “chiques" dele.

Fiquei surpreso quando me disseram que tinha sido um acidente de bicicleta.
“Mas, ele foi atropelado por uma bicicleta?”, perguntei.
“Não, não. Ele estava pedalando. Ele é praticante do ciclismo”.

Surpresa 2. Nunca imaginei o Ney pedaleiro !

Só que ele é, na real, a prova de uma mudança de postura, que tem levado à uma nova prática.
Tem muita gente que foi para o pedal.

Atualmente o ciclismo é dos esportes que mais crescem no país. Nos tempos de pandemia, mais ainda.
Números oficiais mostram que as vendas de bikes aumentaram 118%.

Ao mesmo tempo, as cidades têm implementado novos projetos em sintonia com esse movimento. Como as ciclovias temporárias, para viabilizar deslocamentos seguros durante a pandemia de Covid-19 e evitar que usuários do transporte coletivo migrem para carros e motos.

Virou uma oportunidade de ouro fortalecer a mobilidade urbana por bicicleta.
Mas, de outro lado, isso requer intervenções emergenciais que incorporem boas práticas de segurança viária. As “benditas" ciclovias.

E aí, Criciúma fica de fora!

Não que as pessoas não queiram. Ao contrário.
É que a idéia da ciclovia ainda não convenceu o “andar de cima”.

A bicicleta tem um valor mais acessível, contribui para a saúde e para o meio ambiente.
O cidadão está sendo cada vez mais estimulado a procurar soluções para evitar as aglomerações do transporte público.

Araranguá entregou ciclovia nova faz poucos dias, Forquilhinha incluiu ciclovia no projeto de modernizar a avenida 25 de julho, Rincão tem ciclovia, Turvo também, e tem por todos os lugares.
Em Criciúma, continua em estudos …

No Mercado Livre a venda de peças categorizadas como "ciclismo" aumentou 88%.
Isso tem a ver aumento do número de bicicletas e de pedaleiros nas ruas.

Os irmãos Freitas de Criciuma, Augusto e Gustavo, confirmam isso. Estão vendendo como nunca, para todo o Brasil e a América Latina. Eles tem aqui a maior empresa do país no segmento.

O crescimento do pedal na cidade e região mereceu matéria de capa do Toda Sexta.

No Brasil, a cada três habitantes, um tem bicicleta.

Então, de novo -
Por que ainda não espalharam ciclovias por toda Criciúma?
Por que a cidade resiste em não acompanhar a tendência?

É a maior cidade de todo o sul, vanguarda em tudo, pólo na saúde e na educação, maior parque industrial, mas vai acabar sendo a última a assimilar as ciclovias?

A pergunta a ser feita não é quando a onda do pedal vai chegar aqui, porque já chegou. O número de praticantes aumenta todos os dias.
A pergunta que está na rua é: Por que ainda não chegou aos gabinetes que decidem?

Ou, o que falta para passar a ser considerada nos projetos oficiais da gestão pública ?

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