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No segundo afastamento, situação de Moisés é mais delicada

Governador foi afastamento pela segunda vez em cinco meses para julgamento de impeachment
Por Adelor Lessa 27/03/2021 - 07:20 Atualizado em 27/03/2021 - 08:02

No segundo afastamento do cargo em cinco meses, a situação do governador Carlos Moisés é mais delicada.

Desta vez, ele foi afastado pelos votos dos desembargadores do Tribunal Especial e mais um deputado (Laércio Schuster, PSB).

No primeiro afastamento, em outubro de 2020, só um desembargador votou a favor do seu afastamento. Os votos dos deputados é que decidiram.

O fato motivador foi o aumento dados nos salários dos Procuradores do estado.

Agora, o Governador foi afastado por causa da operação dos respiradores, que teve pagamento adiantado de r$ 33 milhões e os equipamentos nunca chegaram.

Os votos dos desembargadores foram técnicos e muito consistentes, deixando pouco espaço para reversão.

Os desembargadores sustentaram que o Governador tinha conhecimento da operação dos r$ 33 milhões e poderia ter interrompido o processo, e que ficou evidente o crime de responsabilidade.

A partir de agora, Moisés terá que trabalhar muito para não perder mais um voto durante o julgamento do processo de impeachment.

Ontem, o Tribunal Especial aprovou o afastamento por 6 votos a 4. Para cassar o seu mandato no processo de impeachment são necessários 7 votos.

O caso do aumento dos Procuradores era dificil até para explicar. Muito diferente do episódio dos r$ 33 milhões.

O caso dos respiradores está nas ruas. A busca pela responsabilização da operação que gerou prejuízo ao estado está na boca do povo. Principalmente em se tratando de equipamento impescindível para salvar vidas na pandemia.

O primeiro desdobramento do novo afastamento do Governador Moisés foi o pedido de demissão do chefe da Casa Civil, Eron Giordani, logo depois do julgamento.

Mesmo assim, Giordani deve trabalhar politicamente fora do cargo para evitar o sétimo voto contra o Governador.

Ele tem bom trânsito na Assembléia e o sétimo voto só pode sair de um deputado.

O governador Carlos Moisés se manifestou logo depois da decisão do Tribunal Especial, por nota, reafirmando a sua crença na Justiça.

"Não há justa causa para o impeachment, como já atestaram Ministério Público, Tribunal de Contas e Policia Federal".

A vice-governadora Daniela Reinehr, que assumirá o Governo na terça-feira, informou também por nota que recebeu o resultado do julgamento com tranquilidade e a responsbilidade de trabalhar para que Santa Catarina supere esse momeno crítico da segunda onda da pandemia de forma efetiva.

"Buscarei a união de esforços para imunizarmos e darmos atendimento  hospitalar e imediato à população".

Moisés ficará afastado por até 180 dias, enquanto o Tribunal Especial encaminhará o processo parajulgamento do seu impeachment.

No período, Daniela será governadora com plenos poderes.

 

Os votos

Votaram ontem pelo afastamento de Moisés para julgamento de processo de impeachment os desembargadores Rosane Wolf (relatora), Sonia Schimitt, Roberto Pacheco, Luiz Forneróli e Luiz Zanelatto, e mais o deputado Laércio Schuster, PSB.

Votaram contra os deputados Marcos Vieira, PSDB, Valdir Cobalchini, MDB, José Milton Scheffer, PP, e Fabiano da Luz, PT.

O deputado Laércio Schuster, PSB, manteve a coerência. Repetiu o mesmo voto do ano passado, quando foi aprovado encaminhamento do caso para o Tribunal Especial.

Os outros deputados do Tribunal Especial mudaram de posição. Destaque para o deputado Valdir Cobalchini que foi o relator na Assembléia para abertura do processo, como voto arrebatador contra o Governador, e ontem defendeu Moisés, votando contra o seu próprio parecer.

 

 

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