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Crise no Governo: Douglas deve ser o próximo

Por Adelor Lessa 01/05/2020 - 00:01 Atualizado em 01/05/2020 - 14:12

O governador Carlos Moisés tem o feriadão para fazer as cirurgias necessárias para afastar-se da crise dos respiradores, cortando da própria carne e excluindo aliados envolvidos.

A primeira providência foi tomada ontem à noite, com a demissão do secretário de saúde, Helton Zeferino.

Ele esteve diretamente envolvido com o processo. Os deputados estaduais apuraram que foi ele quem deu autorização para o pagamento antecipado de R$ 33 milhões, sem a entrega do produto, prática incomum na gestão pública.

Ainda de acordo com os deputados da comissão especial da Assembléia, o secretário teria orientando a emissão da nota como se tudo já tivesse sido entregue.

Foi por isso que os deputados aprovaram na sessão da Assembléia do dia anterior, e por unanimidade, um requerimento com pedido ao Governador de afastamento imediato do secretário, pelo menos até que tudo fosse devidamente apurado.

Mesmo assim, ontem, 18h, o secretário estava ao lado do Governador Moisés, na coletiva do dia sobre o coronavírus.

Acabou sendo a "principal informação" da coletiva, porque a sua situação já era insustentável, mas ficou a impressão que ele continuava prestigiado e o Governador estava "bancando" a sua permanência.

Algumas horas depois, no entanto, o Governo anunciou a saída. Mas, porque ele pediu demissão. Não porque tenha sido exonerado. E ainda saiu elogiado.

Por nota oficial, o Governo exaltou o seu trabalho na secretaria.

Consta da nota que no seu período foi quitada a dívida o Governo com os hospitais, o que não é confirmado pelos hospitais, e foi destacada a sua atuação no combate ao coronavírus, não levando em consideração que a crise dos respiradores está inserida neste contexto.

As atenções se voltam agora para o secretário chefe da Casa Civil, Douglas Borba. A expectativa é a sua exoneração seja anunciada a qualquer momento.

Ele já quase caiu no episódio do hospital de campanha de Itajaí. Conseguiu se sustentar, mas saiu muito enfraquecido.

Enfim, o procedimento cirurgico no Governo está em curso.

O caso é grave e se o Governador não fizer tudo o que precisa ser feito, pode comprometer a sua condição de governabilidade.

Como foi dito ontem, isso não dá impeachment, mas pode fazer "sangrar" muito.

Além de tratar das saídas, o Governador precisa administrar as subsituições.

Pode aproveitar para resolver outro problema de seu Governo, que é a relação com o "ambiente externo", especialmente os outros poderes.

É a missão que está posta para o feriadão de Moisés.

 

 

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