Duas decisões importantes na convenção estadual do PP, realizada ontem, em Florianópolis.

A primeira, é que não teve a disputa prevista. O presidente do partido, deputado Esperidião Amin, conseguiu sacramentar um entendimento com os outros candidatos a presidência e representantes de correntes do partido. 

Garantiu a sua reeleição, com o compromisso de renunciar em janeiro.

Pelo acordo, será substituído pelo deputado Silvio Dreveck, presidente da Assembléia, que foi eleito primeiro vice-presidente da executiva.

A segunda decisão importante foi a moção aprovada pela convenção que confirma compromisso de aliança com o PSD para eleição majoritária de 2018.

Mas, a moção não faz referência ao nome do deputado Gelson Merisio, PSD, como candidato a governador, como pretendia um grupo do PP.

O documento nem aponta qual partido indicará o candidato a governador, na medida em que registra na ultima linha: “.. a fim de encaminhar coligação entre PSD e PP e demais legendas que venham a integrar o projeto”. Abre a possibilidade de o candidato ser de um “terceiro partido”, ou o próprio Amin.

Mas, Merisio foi à convenção do PP e fez discurso de candidato.

Afirmou que a aliança entre PMDB e PSD chegou ao fim, e lembrou sua afinidade com o PP, onde começou sua carreira política.

O ambiente na convenção era amplamente favorável a Merisio. 

Mas, Amin empurrou a decisão para depois de decisões importantes previstas para este período de seis meses. 

Destaque para a decisão do governador Raimundo Colombo de entregar ou não o governo na virada do ano para Eduardo Moreira (e o PMDB), a confirmação ou não da migração de parte do PSD para o DEM, e até que ponto a eleição nacional vai interferir nas decisões do partidos no estado.