A operação “Exame Final”, que investiga duas professoras e quatro adolescentes por crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), avançou nesta sexta-feira (10) com o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão em Araranguá. Em uma das residências, uma das investigadas se recusou a abrir a porta, permaneceu escondida mesmo após ser insistentemente chamada pelos policiais civis e peritos todos devidamente identificados e a entrada precisou ser forçada com o arrombamento da casa. A delegada responsável, Eliane Chaves, também criticou a reação social ao caso, destacando a gravidade dos crimes independentemente do gênero das vítimas.
A Polícia Civil apura possíveis crimes como produção, armazenamento e compartilhamento de material pornográfico envolvendo menores, além de fornecimento de bebida alcoólica a adolescentes. A investigação é conduzida pela Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI), com apoio da Polícia Científica.“Com o recolhimento desse material para perícia, veremos que tipo de crime foi praticado e também iniciaremos a coleta de depoimentos de todas as pessoas envolvidas”, afirmou a delegada.
O inquérito também investiga uma possível omissão de autoridades que poderiam ter denunciado os fatos anteriormente. A delegada Eliane Chaves aproveitou para rebater críticas e comentários que tentam minimizar o caso por envolver meninos como vítimas e mulheres como investigadas.“Cobram atenção aos homens vítimas, em críticas à Lei Maria da Penha, e quando meninos adolescentes são vítimas, preferem fazer piadas, normalizando o fato. Criança é criança, adolescente é adolescente, sejam do sexo masculino ou feminino, e todos são destinatários da proteção legal do ECA”, declarou.
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