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Setembro Amarelo: Alimentação saudável é uma importante aliada da saúde mental

Mas é imprescindível reforçar que um cardápio balanceado e o acompanhamento nutricional não substituem o tratamento psicológico e, sim, são tratamentos aliados
Por ESPAÇO NATURAE 13/09/2022 - 05:45 Atualizado em 20/10/2022 - 17:25 * Conteúdo de responsabilidade do anunciante
Foto: Divulgação/Naturae
Foto: Divulgação/Naturae

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O corpo e a mente precisam estar em equilíbrio para que o organismo funcione bem. Mas, para além disso, alimentar-se de forma saudável pode ser um importante mecanismo de combate a transtornos psicológicos, depressivos e ansiosos. A campanha Setembro Amarelo reforça a importância do cuidado com a saúde mental e o benefício de uma alimentação rica em nutrientes. 

“O cérebro exerce a função de um órgão muito importante, por isso, é fundamental escolhermos alimentos que vão levar nutrientes a ele. Pensando na parte de alimentos que fazem bem para o nosso organismo, temos que escolher fontes de carboidratos, porque o nosso cérebro funciona prioritariamente com carboidratos, então é necessário glicose para que ele exerça todas as suas funções cerebrais”, então saber escolher boas fontes de carboidratos é importante, pontua a nutricionista do Espaço Naturae, Sara Daminelli Nunes. 

Além dos bons carboidratos, outras fontes de nutrientes são essenciais para o bom funcionamento do cérebro. “Precisamos incluir na alimentação vitaminas do Complexo B, que são importantes para a função neurológica e, também, nutrientes como a Colina, e, também, um aminoácido que é muito conhecido por ajudar a formar um neurotransmissor importante para a felicidade, ajudando nos sintomas da depressão, que é o Triptofano”, acrescenta a nutricionista. 

O que precisa ser evitado por pessoas que possuem transtornos psíquicos são os itens industrializados. “Grande parte deles não são bons em virtude da falta de nutrientes que têm e pelos aditivos químicos que estão contidos neles, como, por exemplo, o glutamato monossódico. Quando a pessoa prioriza uma alimentação com fontes de alimentos processados ou ultraprocessados, indo para essa linha do fast food, a gente acaba diminuindo o consumo dos outros nutrientes que são importantes para manter nossa saúde em dia”, pontua Sara. 

Segundo a nutricionista, existem estudos que comprovam a comunicação do intestino com o cérebro - eles são ligados através do nervo vago. “As toxinas que são produzidas no nosso intestino chegam até o nosso cérebro. Temos que pensar que, além dessa comunicação, quando a gente tem uma desregulação da microbiota intestinal por conta de uma alimentação mais industrializada ou desequilibrada, acabamos tornando o intestino mais disfuncional e diminuindo a produção da serotonina”, frisa. 

Um olhar atento ao intestino também é importante

Por isso, em quadros de depressão ou degeneração, é necessário olhar com atenção para o intestino. “A alimentação saudável é uma grande aliada no combate a transtornos como ansiedade. Isso, juntamente, é claro, com o trabalho psicológico, para a pessoa entender de onde está vindo a ansiedade. Existem nutrientes importantes que a gente deveria incluir diariamente como, por exemplo, o magnésio”, pontua Sara. 

Uma alimentação saudável, com fontes de alimentos naturais, é importante para equilibrar a saúde de maneira geral. “O Ômega 3 é um excelente antioxidante e quando a gente pensa na função neurológica, ele tem um papel importante na forma do DHA, ajudando não só a diminuir a inflamação, mas também é uma fonte de nutriente neuroprotetor”, comenta a nutricionista do Espaço Naturae. 

Para Sara, o tratamento multidisciplinar, com nutricionistas e psicólogos, é ideal para se atingir o equilíbrio. “O nosso corpo é uma máquina muito sábia de autorregulação, em que se a gente fornecer substratos corretos, ele vai funcionar da forma correta. A boa alimentação não substitui o tratamento psicológico, é uma aliada para a pessoa conseguir lidar com esses transtornos”, finaliza. 

O ponto de vista da psicologia

Para a psicóloga do Espaço Naturae, Fernanda Burg Conti, atualmente, a população está mais preocupada com a alimentação e a saúde, mas, ao mesmo tempo, com a correria do dia a dia, não consegue dar atenção ao que consome da forma que deveria. “Muitas vezes, a pessoa está se alimentando, mas está com o celular, olhando a televisão, escutando uma música, fazendo várias coisas ao mesmo tempo. Isso tudo acaba atrapalhando”, comenta. 

Sem tempo para se alimentar de forma correta, as pessoas acabam não se atentando, também, à mastigação. “Quanto mais correria, ritmo acelerado e pouco cuidado com a alimentação, há impacto na saúde mental, chegando, muitas vezes, ao estado extremo de cansaço e exaustão, porque acabam não cuidando de si”, comenta a profissional. 

A psicóloga comenta que um dos sintomas mais comuns dos transtornos mentais é a alteração do apetite. “Para menos ou para mais”, detalha. “Então, uma pessoa que está sofrendo com a ansiedade, ela pode começar a comer muito pouco ou até deixar de comer. Em outro extremo, ela pode comer demais”, acrescenta Fernanda. 

Nestes casos, a pessoa com ansiedade costuma buscar alimentos gordurosos, como chocolate, salgadinhos, pizza e hambúrguer. “Com esses tipos de comidas ela tenta, de alguma forma, aliviar aquela ansiedade e sofrimento. Uma coisa que sempre reforço com meus pacientes ao longo do tratamento é que sim, é importante cuidar da alimentação, mas a gente não pode esquecer que junto dela vem a atividade física, que é uma importante aliada no tratamento da ansiedade”, pontua. 

“Às pessoas que estão comendo muito pouco devido à ansiedade, eu sempre reforço para comer mesmo que seja uma quantidade mínima. Em pacientes que estão comendo muitos alimentos gordurosos, oriento que desvie o foco da comida e foque em coisas que gosta de fazer, como se envolver em outras atividades e não buscar a comida como uma fuga”, acrescenta, ainda, a psicóloga. 

A alimentação saudável e a prática de atividades físicas são importantes aliadas no tratamento contra a ansiedade. 

Boa alimentação não substitui a ida ao psicólogo

“A boa alimentação não vai substituir a ida ao psicólogo. Quando a gente pensa em uma pessoa que está sofrendo com transtorno mental, no primeiro momento, ela deve procurar algum profissional de saúde mental, como uma fonte de ajuda. Dependendo dos sintomas, muitas vezes, é necessário fazer um tratamento com um psiquiatra - profissional responsável pelo uso de medicações”, finaliza Fernanda. 

Fontes importantes de vitamina:

B12 - É encontrada em proteínas animais;

B6 - É encontrada em salmão, banana, castanhas e feijões; 

B9 - É encontrada em cereais integrais como arroz, trigo e quinoa;

Triptofano- É encontrado em proteínas animais, cereais integrais e leguminosas, como feijão, lentilha, ervilha e grão-de-bico;

Magnésio- É encontrado em alimentos com folhas verdes escuras, abacate, sementes, nozes e castanhas e leguminosas;

Ômega 3 - É encontrado em chia e linhaça, de fonte vegetal, e, de fonte animal, em peixes de águas frias, como sardinha, atum, salmão e tainha;

Colina - Gema do ovo e em algumas carnes, brócolis e soja.

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